ENTREVISTA FAMILIAR. Milene Gonçalves Cobianchi. Enfermeira CNCDO/GO. A Família / Tarsila do Amaral

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Transcrição:

ENTREVISTA FAMILIAR A Família / Tarsila do Amaral Milene Gonçalves Cobianchi Enfermeira CNCDO/GO

COMUNICAÇÃO DE MÁS NOTÍCIAS A principal aliada é a COMUNICAÇÃO EFICAZ.

A comunicação ocorre de forma verbal e não verbal. Estratégias de comunicação e habilidades farão a diferença no momento da entrevista familiar. O principal objetivo é ACOLHER a família envolvida no processo desde sua entrada no hospital.

O sucesso da Entrevista Familiar depende principalmente de 3 fatores: Predisposição à Doação Qualidade do atendimento hospitalar recebido Habilidade e conhecimento do entrevistador

VÍDEO MÁ NOTÍCIA

A família encefálica Desgaste frente à morte emocional (tempo do processo); ME = MORTE??; Perda; Doação de órgãos; Tomada de decisão; Não existe jeito certo de receber a notícia de morte de um familiar e menos ainda uma reação adequada e esperada ; Somos nós profissionais da saúde que devemos nos adaptar frente as situações ocorridas.

Fases do Luto Negação Revolta Barganha Depressão Aceitação Fonte: Kübler-Ross E. On Death and Dying: what the dying have to teath doctors, nurses, cleargy and their own families. Editora: Scribner, 1969.

VÍDEO GIRAFA

DÚVIDAS!!!!!... Quando Quem entrevistar? deve entrevistar? Onde deve ser a entrevista? Como deve ser a entrevista?

QUANDO... SOMENTE após o diagnóstico de ME devidamente comunicado para a família; ser Após coleta de informações sobre o potencial doador; Após a avaliação da condição emocional da família; Após certificação de que a família já foi informada do diagnóstico.

QUEM... Membro da CNCDO/CIHDOTT (DEVIDAMENTE TREINADO) TREINADO Profissional: Discreto Linguagem simples Empático Honesto Sensível Seguro Dominar o processo de doação-transplante

Onde realizar?? Fonte: Guía de buenas prácticas en el proceso de donación de órganos. Organización Nacional de Trasplantes, 2011.

COMO... Utilizando um roteiro semiestruturado com os seguintes objetivos: Acolher a família mediante a perda provocada pela morte; Diminuir a tensão a que está submetida a família; Esclarecer que morte encefálica é morte; Criar ambiente propício para a solicitação da doação

Linguagem simples; Segurança na fala; Conhecimento do caso e dirimir as dúvidas; Colocar-se a disposição; Não é convencer ou sensibilizar sobre ajudar o próximo ; Doar é um direito; Ouvir é diferente de escutar (pare de falar); Dar o tempo necessário para a família; Não limitar o número de pessoas; Não tenha pressa; Respeitar e apoiar a decisão da família.

CUIDADOS... Nunca evite a família mesmo em situações constrangedoras; Cumprimentos devem ser neutros ; Sorrisos largos devem ser evitados, mesmo que com terceiros alheios a situação; Não discuta o caso a beira do leito;

CONSIDERAÇÕES FINAIS Famílias que foram mantidas atualizadas sobre as condições de saúde dos seus entes queridos, eram 5 vezes mais favoráveis a doar. Famílias com mais contato com as equipes das OPO s eram 3 vezes mais favoráveis a doar. Siminoff et all, JAMA 2001.

Embora ninguém Embora ninguém possa voltar possa voltar atrás e fazer um novo começo, Atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e Qualquer um pode começar fazer um novo fim. Chico Agora e fazer um novo fim Xavier Chico Xavier OBRIGADA!!

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS http://www.portaldapsique.com.br/artigos/escuta_analitica_a_diferenc a_entre_ouvir_e_escutar.htm, acessado em 28 de abril de 20012. Doação de órgãos e visão da famílias sobre a atuação dos profissionais neste processo: Revisão sistemática da literatura brasileira / Elton Carlos de Almeida; Orientadora Sônia Maria Villela BuUSP, 2011. http://dynabrasil.galeon.com/productos1801934.html, 03/05/2012. ANGERAMI, Valdemar et al, E A PISICOLOGIA ENTROU NO HOSPITAL, Ed. Pioneira 2003. CABRERA, Luiz Carlos Eaesp-FGV, Fonte:http://vocesa.abril.com.br/desenvolva-sua-carreira/materia/arteouvir-505186.shtml, acessado em 28 de abril de 20012. Manual de doação/o PROCESSO DE DOAÇÃO E TRANSPLANTE Reginaldo Carlos Boni ABTO Acta paul. enferm. vol.26 no.4 São Paulo 2013 /http://dx.doi.org/10.1590/s0103-21002013000400005 / Avaliação das causas de recusa familiar a doação de órgãos e tecidos/ João Luis Erbs Pessoa; Janine Schirmer; Bartira de Aguiar Roza acessado em

CONTATOS CENTRAL DE NOTIFICAÇÃO CAPTAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ÓRGÃOS (62) 3201-6720 (62) 3201-6722 (62) 9614-7990 E-mail: transplantesgo@saude.gov.br Endereço: Avenida Vereador José Monteiro, nº 1655, 2º andar, Setor Negrão de Lima / Goiânia - Goiás. CEP: 74653-230 (HOSPITAL CRER) E-mail: milenegc@hotmail.com