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Transcrição:

PREVIDÊNCIA Aposentadoria privada: como, quanto, quando, onde e por que aplicar PLANEJAR A APOSENTADORIA É GARANTIR UMA QUALIDADE DE VIDA FUTURA, MAS É IMPORTANTE INVESTIR NUM PLANO QUE SE ADEQUE AO ESTILO DE VIDA DE CADA CIDADÃO Previdência Privada Um futuro sossegado para curtir a vida, aproveitar e colher os frutos dos anos já desfrutados. Esse é o desejo de muita gente que se aposenta. Mas a reflexão de muitos é: como vou manter um padrão de vida com condições dignas de viver aposentado? E com a tendência de uma redução gradual do benefício de aposentadoria pago pelo governo, muitas pessoas, de diferentes faixas etárias, têm investido em planos de previdência privada. A AEMFLO e CDL-SJ estudam a possibilidade de lançar um plano de previdência privada aos associados e para esclarecer melhor o assunto a Revista Empresarial conversou com especialistas no tema. A PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR. Nasceu da indisponibilidade do modelo público de cobrir, na aposentadoria, o padrão de vida conquistado por cada trabalhador na fase laborativa. Dentre os vários fatores, está o aumento da expectativa de vida no mundo todo. Diante desse quadro, o governo criou incentivos para que a população em geral organize e planeje a previdência complementar, por meio dos diversos modelos existentes e oferecidos pelos bancos, seguradoras, empresas ou associações. A necessidade das pessoas e os incentivos governamentais se traduzem em mais de dez milhões de pessoas no Brasil, fazendo o planejamento previdenciário privado com reservas que ultrapassam R$ 700 bilhões. Esse índice fez da previdência complementar o investimento que mais cresceu nos últimos dez anos. A superintendente da Previsc Previdência Complementar, Regidia Alvina Frantz, aponta ainda que esse é um assunto muito atual, principalmente por dois fatores: os brasileiros estão vivendo cada vez mais e devem ter claro, que para isso, também devem ter condições financeiras para usufruir dessa fase da vida e viver com qualidade, uma vez que, apenas com os rendimentos do sistema público, muitas atividades ficam restritas. Leandro Andrade, diretor comercial da LUZ Engenharia Financeira, explica que a previdência privada é uma forma de acumular recursos para garantir uma renda mensal após a aposentadoria. O objetivo, na maioria dos casos, 20 / REVISTA EMPRESARIAL / Março-Abril 2013

especialmente para profissionais que atuam junto à iniciativa privada, é complementar a renda originada com a aposentadoria pública, comenta. A previdência privada pode ser uma iniciativa da pessoa física, que contrata um plano de previdência junto a uma instituição financeira ou gestora de recursos. Porém, nos casos mais comuns, as empresas optam por uma previdência complementar de forma a oferecer benefício aos funcionários. Existem diversos tipos e formas de ação nesse caso. Desde previdências em que a empresa seja a patrocinadora, uma entidade fechada de previdência complementar e os participantes só podem ser os funcionários, até formas mais simples, em que a empresa contrata um plano aberto de um banco, ou até mesmo um PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre), explica Andrade. Cada uma dessas formas refletem em custos diferentes para a empresa e para o funcionário, bem como resultados diferentes para os dois lados. Isso irá depender muito da estratégia de Recursos Humanos da empresa em questão e sua visão em relação aos seus colaboradores. O educador financeiro Mauro Calil explica ainda que a previdência complementar é um sistema que acumula recursos que garantam uma renda mensal no futuro, especialmente no período em que se deseja ou que se precisa parar de trabalhar. Denise Maidanchen, diretora da Quanta Previdência Unicred, explica que os planos de previdência complementar possuem duas fases, uma delas é a fase de contribuição e a outra é a fase de recebimento da renda. Na fase de contribuição, as reservas previdenciárias serão formadas livremente pelos participantes, por meio de contribuições mensais ou eventuais. Os recursos são aplicados no mercado financeiro pela instituição administradora e, nesse caso, alguns planos oferecem perfis de investimentos variados, alguns com mais risco, outros com menos risco, adianta Maidanchen. A diretora ainda complementa a importância que a legislação impõe sobre todos os planos de previdência limites de alocação, que promovem diversificação e controle de riscos, o que é muito favorável para os investidores. Nessa fase, o participante tem a flexibilidade de alterar o valor das contribuições, resgatar os recursos ou até mesmo portar (transferir) para uma outra instituição administradora, a qual perceba que possui melhores vantagens. DENISE MAIDANCHEN Diretora da Quanta Previdência Unicred Quando o participante alcançar a idade escolhida, ou o saldo desejado, ele poderá transformar o saldo em renda, e então é chegada a tão esperada fase do recebimento da renda complementar de aposentadoria. Calil pontua que a previdência complementar funciona como um investimento onde se faz aportes regulares, porém não é um investimento comum e sim um seguro. Costumo dizer que a previdência privada é um seguro contra a falta de renda na terceira idade. Num primeiro momento, era vista como uma forma de poupança extra, além da previdência oficial, mas como o benefício do governo tende a ficar cada vez menor, muitos adquirem um plano como forma de garantir uma renda razoável ao fim da carreira profissional. Os tipos de renda variam conforme o plano escolhido. Na previdência oferecida pelos bancos e seguradoras (Planos PGBL e VGBL - Vida Gerador de Benefício Livre), a mais comum é a renda vitalícia, na qual o participante compra uma renda que perdurará por toda a vida, nesse caso, a renda se esgota com a morte, independente de haver saldo ou não, configurando o mutualismo NA FASE DE CONTRIBUIÇÃO, AS RESERVAS PREVIDENCIÁRIAS SERÃO FORMADAS LIVREMENTE PELOS PARTICIPANTES, POR MEIO DE CONTRIBUIÇÕES MENSAIS OU EVENTUAIS. OS RECURSOS SÃO APLICADOS NO MERCADO FINANCEIRO PELA INSTITUIÇÃO ADMINISTRADORA E, NESSE CASO, ALGUNS PLANOS OFERECEM PERFIS DE INVESTIMENTOS VARIADOS, ALGUNS COM MAIS RISCO, OUTROS COM MENOS RISCO de recursos participantes que vivem menos, deixam saldos para outros que vivem mais. Para aqueles que têm acesso a planos fechados, sem fins lucrativos, existe um modelo de contas individuais, chamado de CD (Contribuição Definida), em que o participante (ou beneficiários) tem mais flexibilidade e garantia de recebimento de 100% da poupança, podendo escolher percentuais de saldo e/ou alterar a renda anualmente. Isso tudo dependendo das regras regulamentares de cada plano. Março-Abril 2013 / REVISTA EMPRESARIAL / 21

PREVIDÊNCIA PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR ABERTA E FECHADA. Existem dois tipos de planos, a previdência complementar aberta e a fechada. De acordo com a Lei nº 6.435, de 15/07/77, Entidades de Previdência Complementar são aquelas que têm por objetivo instituir planos privados de concessão de pecúlios ou de rendas, de benefícios complementares ou semelhantes ao da previdência social, mediante contribuição dos participantes, dos respectivos empregadores ou de ambos. A Lei determinou, ainda, a divisão das atividades da previdência complementar em dois segmentos de operações distintos: o das entidades abertas e o das entidades fechadas. Segundo Denise Maidanchen, os dois modelos possuem o mesmo propósito, entretanto, possuem diferenças de formatação, acesso e retorno ao participante, como é possível observar na tabela abaixo: Entidades a que se vinculam PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR PRIVADA ABERTA PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR PRIVADA FECHADA Fundos de Pensão ou Entidades Associativas Objetivo Finalidade lucrativa Natureza jurídica Como é comercializada Quem fiscaliza Por bancos e seguradoras Susep www.susep.gov.br Podem ser patrocinados por empresas aos Previc www.previc.gov.br Quem normatiza Quem pode aderir Tipos de Planos Fonte: Quanta Previdência Unicred COMO ESCOLHER UM PLANO QUE SEJA VANTAJOSO AO INVESTIDOR. Com a variedade, é preciso analisar e escolher o que melhor se adeque ao perfil de cada consumidor. Segundo Andrade, considerando o cenário corporativo, as entidades fechadas (que podem ter uma ou mais de uma patrocinadora - multipatrocinados) equilibram melhor a relação empresa x empregado, pelo próprio sistema de governança, cobrança por resultados dos investimentos e assim por diante, sempre alinhados com a legislação do Conselho Monetário Nacional e reporte à Previc (autarquia vinculada ao Ministério de Previdência Social). O que rege essa relação é o regulamento do fundo de pensão, onde estão escritas todas as regras e direitos para cada parte, como contribuição, resgate, e assim por diante, argumenta Leandro Andrade, especialista em previdência complementar. Por outro lado, as entidades abertas ou PGBLs tendem a ter outro tipo de relação empresa x empregado, até porque é outro tipo de serviço, geralmente contratado com um banco. Os planos de previdência possuem incentivos fiscais governamentais, que se bem aproveitados, podem fazer dos planos de previdência investimentos muito rentáveis, possibilitando acumulação de reservas bem maiores do que se poupado por outros investimentos. Esses incentivos são três: a) a rentabilidade não sofrerá a retenção de imposto de renda; b) as contribuições poderão ser descontadas da base de cálculo de IR (para aqueles que fazem a declaração completa de imposto de renda); c) haverá o pagamento do imposto, apenas no resgate ou recebimento do benefício, o que poderá ser muito bom, em longo prazo. Denise Maidanchen, diretora da Quanta Previdência Unicred, alerta que é preciso atenção, pois esses incentivos podem se concretizar ou não, dependendo do plano e das questões ao lado: 22 / REVISTA EMPRESARIAL / Março-Abril 2013

Taxas Cobradas Rentabilidade Conversão do saldo em renda Garantia de repasse de saldo aos beneficiários IMPORTANTE ANALISAR: Observar o histórico de rentabilidade de pelo menos dois montante total. de até 100% no valor. DICA Planos com rentabilidades muito que precisa ser observado. Financeira. Leia o regulamento do Plano e analise as regras antes de converter seu saldo em renda. Fonte: Quanta Previdência Unicred VANTAGENS E DESVANTAGENS DA PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR. ALGUMAS DAS VANTAGENS DE SE APLI- CAR EM PLANOS DE PREVIDÊNCIA: quenos valores é possível aplicar em fundos diversificados e com retornos maiores do que aqueles alcançados na alocação individual; do imposto de renda no aporte, mas no resgate, e isso em longo prazo fará com que a reserva seja maior. Exemplo: em 30 anos de acumulação o saldo; poderá ser 40% maior, comparando-se com um fundo de renda fixa que come cotas semestrais de 20% de IR sobre a rentabilidade; base de cálculo de IR, em até 12% da renda bruta anual, economizando no pagamento do imposto (dependendo do modelo de plano); em inventário, tornando mais fácil o planejamento sucessório e a disponi- bilização de recursos aos familiares; planejamento previdenciário. DESVANTAGENS: seguradoras, podem ter taxas muito elevadas de administração; curto prazo, devido ao imposto de renda que será retido. Março-Abril 2013 / REVISTA EMPRESARIAL / 23

PREVIDÊNCIA O educador financeiro Mauro Calil ainda explica que os planos fechados são muito vantajosos visto que o trabalhador contribui com uma parte mensal do salário e a empresa banca o restante, valor que normalmente é dividido em partes iguais. Outras empresas, essas mais raras, bancam toda a contribuição. Os planos abertos não são tão vantajosos e podem ser muito ruins, se por acaso, quem opta por esse caminho fizer aportes irregulares ou mesmo saques antes do período final de contribuição. Em comum, os planos de aposentadoria devem ter um prazo mínimo de dez anos para a maturação. Prazos menores podem não render bons frutos. O educar financeiro ainda esclarece que hoje em dia não se estabelece um plano de aposentadoria razoável com menos de dez anos de prazo, o ideal é contar com ao menos 20 anos de contribuição. COMO ADERIR A UM PLANO DE PREVI- DÊNCIA PRIVADA. As pessoas físicas que procuram um fundo de previdência privada podem encontrá-los em bancos, tanto públicos, quanto privados, ou seguradoras. Todos os fundos seguem a mesma legislação, porém, o prospecto do fundo muda de instituição para instituição. O educador financeiro ainda esclarece quanto à possibilidade de saques nesses investimentos. É possível, dentro das regras do produto, mas as perdas também estão sujeitas às mesmas regras e também à tributação, por isso cada caso é diferente e é necessário fazer contas antes de se tomar a decisão. Denise complementa: Como se trata de um investimento em longo prazo, o objetivo não é realizar resgates antecipados, porém cada regulamento possui regras de resgate. O que será retido no momento será a alíquota de imposto de renda, e então, dependendo do modelo do plano da alíquota escolhida e do prazo, essa alíquota poderá ser de 10% até 35% do saldo. QUANDO COMEÇAR A INVESTIR. Os entrevistados foram unânimes: quanto antes começar a investir, melhor. Calil ainda reitera: desde o nascimento da criança. Isso não é brincadeira. Em nossa cultura pais e avós abrem uma caderneta de poupança para os pequenos. Deveriam montar uma carteira de ações ou, no mínimo, contratar um plano de previdência carregado de renda variável. A superintendente da Previsc, Regidia Alvina Frantz, constuma di- COMO CALCULAR A RENDA DO FUTURO zer que o investimento já deveria ter sido feito ontem, que quanto antes o cidadão começar a investir, melhor será a situação, por três fatores: quanto antes iniciar as contribuições ao plano, mais essa pessoa irá economizar, consequentemente a parcela a ser desembolsada mensalmente será menor, comprometendo menos o orçamento, uma vez que se uma pessoa de 30 anos resolve aderir a um plano com expectativa de aposentadoria aos 60 anos, o custo ao mês será menor do que uma que decide investir aos 50 anos. Os outros dois fatores são o tempo de investimento e a rentabilidade, que estão diretamente relacionados. O educador financeiro Mauro Calil ensina uma regra básica para calcular a renda a ser recebida no futuro. Todos os produtos oferecem simulações que não configuram compromisso pelo alto grau de incerteza envolvido. De qualquer forma siga essa regrinha : mês = 180.000,00 por ano. e IR que temos hoje na economia brasileira. acumulado para que se garanta a renda de 15mil/mês, com perpetuidade. REGIDIA ALVINA FRANTZ Superintendente da Previsc Previdência Complementar OS BRASILEIROS ESTÃO VIVENDO CADA VEZ MAIS E DEVEM TER CONDIÇÕES FINANCEIRAS PARA USUFRUIR DESSA FASE DA VIDA E VIVER COM QUALIDADE, UMA VEZ QUE, APENAS COM OS RENDIMENTOS DO SISTEMA PÚBLICO, MUITAS ATIVIDADES FICAM RESTRITAS 24 / REVISTA EMPRESARIAL / Março-Abril 2013

EXEMPLO DE UM PLANO A superintendente da Previsc Previdência Complementar, Regidia Alvina Frantz, demonstra um exemplo de renda futura: Atuarial AT-2000 MAURO CALIL Educador financeiro OS PLANOS ABERTOS NÃO SÃO TÃO VANTAJOSOS E PODEM SER MUITO RUINS, SE POR ACASO, QUEM OPTA POR ESSE CAMINHO FIZER APORTES IRREGULARES OU MESMO SAQUES ANTES DO PERÍODO FINAL DE CONTRIBUIÇÃO. EM COMUM, OS PLANOS DE APOSENTADORIA DEVEM TER UM PRAZO MÍNIMO DE DEZ ANOS PARA A MATURAÇÃO. PRAZOS MENORES PODEM NÃO RENDER BONS FRUTOS