QUESTÕES. conceito de crime é pré-jurídico, ou seja, é a concepção da sociedade a respeito do que pode e deve ser proibido.

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Transcrição:

QUESTÕES 1 Se vigorava lei mais benéfica, depois substituída por lei mais grave, hoje vigente, é a lei mais grave que será aplicada ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência foi iniciada antes da cessação da continuidade. 2 A lei excepcional ou temporária, se decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, não retroage ao fato praticado durante sua vigência. 3 A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas. 4 Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado. 5 Observa-se nas leis temporárias que sua vigência é previamente fixada pelo legislador. 6 A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ; a lei excepcional ou temporária,. Preenchem as lacunas completa, correta e respectivamente, as seguintes expressões: mas desde que não decididos por sentença condenatória transitada em julgado embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência. 7 Em relação ao tempo do crime, o Código Penal adotou a teoria do resultado, pela qual considera-se praticado o delito no momento da ocorrência do resultado, jurídico ou normativo. 8 Majoritariamente entende-se que, de acordo com o conceito analítico, crime é um fato típico, antijurídico e culpável. 9 No caso de crime, admitem-se penas de reclusão e detenção, enquanto que, para as contravenções penais, admite-se prisão simples. 10 No que tange ao conceito de crime, nos termos do Código Penal brasileiro, é correto afirmar que a omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. 11 Sob o prisma formal, crime corresponde à concepção do direito acerca do delito, em uma visão legislativa do fenômeno; sob o prisma material, o conceito de crime é pré-jurídico, ou seja, é a concepção da sociedade a respeito do que pode e deve ser proibido. 12 O direito penal brasileiro não admite a punição de atos meramente preparatórios anteriores à fase executória de um crime, uma vez que a criminalização de atos anteriores à execução de delito é uma violação ao princípio da lesividade. 13 No crime comissivo por omissão, admite-se a forma tentada. 14 Na legislação pátria, adotou-se o critério bipartido na definição das infrações penais, ou seja, estas se subdividem em contravenções penais e crimes ou delitos, inexistindo diferença conceitual entre as duas últimas espécies. 15 No tipo dos crimes culposos, o desvalor do resultado é definido pelo resultado de lesão do bem jurídico, como produto específico da violação do dever de cuidado ou do risco permitido. 16 O erro, quanto aos pressupostos fáticos, se vencível, permite o tratamento do crime como culposo. 17 O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. E considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. 18 O sonambulismo exclui o seguinte elemento do crime: Culpabilidade. 19 As causas concomitantes absolutamente independentes não possuem relação de causalidade com a conduta do sujeito e excluem o nexo causal. 20 O Código Penal, ao tratar da relação de causalidade, consignou que a superveniência de causa relativamente independente somente afasta a imputação quando, por si só, produziu o resultado, excluindo outras considerações quanto aos fatos anteriores ocorridos. 21 Um cidadão americano residente no Estado da Califórnia, onde o uso medicinal de Cannabis é permitido, vem ao Brasil para um período de férias em Santa Catarina e traz em sua bagagem uma certa quantidade da substância, conforme sua receita médica. Ao ser revistado no aeroporto é preso pelo delito de tráfico internacional de drogas. Neste caso, considerando-se que seja possível a não imputação do crime, seria possível alegar erro de proibição indireto. - 1 -

22 O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá diminuí-la de 1/6 (um sexto) a 1/3 (um terço). 23 Nos crimes materiais, a consumação só ocorre ante a produção do resultado naturalístico, enquanto que, nos crimes formais, este resultado é dispensável. 24 Considera-se o crime consumado, quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal. Entretanto, a tentativa de crime pode gerar várias repercussões jurídicas. Nessa matéria, o código penal determina que a tentativa é punida, salvo disposição expressa em contrário, com pena correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços. 25 No crime preterdoloso, a totalidade do resultado representa um excesso de fim (isto é, o agente quis um minus e ocorreu um majus), de modo que há uma conjugação de dolo (no antecedente) e culpa (no subsequente). 26 Situação hipotética: Maria entrou em uma loja de cosméticos e furtou um frasco de creme hidratante, em um momento de descuido da vendedora. Assertiva: Nesse caso, a consumação do crime ocorreu com a mera detenção do bem subtraído. 27 O arrependimento eficaz é incompatível com crimes formais ou de mera conduta. 28 Quando o partícipe instiga outrem a praticar um crime de homicídio, mas durante a execução do ataque tenta impedir que o resultado se produza, mas não consegue, pode-se dizer que, consequentemente é reconhecível a participação de menor importância. 29 A conduta será culposa quando o agente der causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia e só poderá ser considerada crime se houver previsão do tipo penal na modalidade culposa. 30 Caso a restituição da coisa ou a reparação do dano se dê até o recebimento da denúncia, configurar-se-á o arrependimento posterior. Caso se dê após o recebimento da denúncia e até a sentença, a restituição ou reparação será considerada circunstância atenuante. 31 Configura-se o crime, quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal; Configura-se o crime, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo; Configura o crime, quando por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, a finalização e consumação do ato típico, antijurídico e culpável é afetada; Configura se o crime, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia. Preenchem corretamente: I. consumado; II. doloso; III. impossível; IV. Culposo. 32 Se a preparação de flagrante pela polícia impedir a consumação do crime, estará caracterizado crime impossível. 33 Situação hipotética: André, que tinha praticado crime de roubo e subtraído, na ocasião, R$ 1.000 de Bruno, restituiu voluntariamente o referido valor a este antes do recebimento da denúncia. Assertiva: Nessa situação, a restituição do dinheiro subtraído configura arrependimento posterior, o que incorre no reconhecimento de causa de diminuição de pena. 34 João, empregado de uma empresa terceirizada que presta serviço de vigilância a órgão da administração pública direta, subtraiu aparelho celular de propriedade de José, servidor público que trabalha nesse órgão. Se devolver voluntariamente o celular antes do recebimento de eventual denúncia pelo crime, João poderá ser beneficiado com redução de pena justificada por arrependimento posterior. 35 Em matéria de erro jurídico-penal, é correto dizer que o erro de tipo essencial sempre exclui o dolo. 36 Tanto a conduta do agente que age imprudentemente, por desconhecimento invencível de algum elemento do tipo quanto a conduta do agente que age acreditando estar autorizado a fazêlo ensejam como consequência a exclusão do dolo e, por conseguinte, a do próprio crime. 37 Nas descriminantes putativas, se o erro deriva de culpa, responde o agente por crime culposo, se previsto em lei. 38 Após a morte da mãe, A recebeu, durante um ano, a pensão previdenciária daquela, depositada mensalmente em sua conta bancária, em virtude de ser procuradora da primeira. Descoberto o fato, A foi denunciada por apropriação indébita. Se a sentença concluir que a acusada (em razão de sua incultura, pouca vivência, etc.) não tinha percepção da antijuricidade de sua conduta, estará reconhecendo erro de proibição. - 2 -

39 Caio, agente da polícia, durante suas férias, resolve manter a forma e treinar tiros. Vai até um terreno baldio e ali alveja uma caçamba de lixo. O agente imaginava-se sozinho e, sem querer, acerta um mendigo que ali dormia, dentro da caçamba. Em tese, ocorreu erro de tipo. 40 No concurso de pessoas, o auxílio prestado ao agente, quando não iniciada a execução do crime, é passível de punição. ANOTAÇÕES OPERAÇÃO QUE VAI MUDAR A SUA VIDA: OPERAÇÃO FEDERAL #estudaprarealizar - 3 -

GABARITO 1 Certo. Comentário: STF Súmula 711 - A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência. 2 Errado. Comentário: Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência. 3 Certo. Comentário: Art. 8º - A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas. 4 Certo. Comentário: Tempo do crime Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado. 5 Certo. Comentário: Conforme Fernando Capez ensina em suas obras, lei temporária é a feita para vigorar em um período de tempo previamente fixado pelo legislador. Traz em seu bojo a data de cessação de sua vigência. É uma lei que desde a sua entrada em vigor está marcada para morrer. 6 Errado. Comentário:...AINDA QUE DECIDIDOS POR SENTENÇA TRANSITADA EM JULGADO. Esse é o certo. 7 Errado. Comentário: Em relação ao TEMPO do crime o CP adotou a teoria da ATIVIDADE, ou seja, considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado, nos termos do art. 4º do CP. 8 Certo. Comentário: Teoria tripartite do crime, sendo seus elementos o fato típico, ilícito e culpável. 9 Certo. Comentário: A infração penal (gênero) possui duas espécies: crime/delito e contravenção penal (delito anão; delito Liliputiano; crime vagabundo), sistema binário. O crime admite pena reclusão ou detenção, cumulada ao não com multa. Já a contravenção penal só admite prisão simples (art. 5º e 6º da LCP) e multa (que não é pena privativa de liberdade), isolada ou cumulada. 10 Certo. Comentário: Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 2º - A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem: (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 11 Certo. Comentário: FORMAL: Descrição técnica da conduta delituosa (Princípio da legalidade e da anterioridade). MATERIAL: Alusão à famosa figura do grau de reprovação social à conduta do agente, que incide, diretamente, na análise do magistrado acerca da culpabilidade do infrator. 12 Errado. Comentário: Em regra, os atos preparatórios não são puníveis no Direito Penal brasileiro, ex do art. 14, II, do CP, salvo quando configurarem, por si mesmos, infração penal. 13 Certo. Comentário: De fato, o crime comissivo por omissão admite-se na forma tentada, uma vez que o omitente tinha o dever jurídico de impedir o resultado. Deste modo, se não desempenha o dever de agir aquele que a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância; b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado; ou c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado e, ainda assim, o resultado não se produz por circunstâncias alheias à vontade do agente, não há porque não considerar que o crime possa ser punido na forma tentada. 14 Certo. Comentário: A Infração Penal se subdivide, pelo critério bipartido, em: Crime (ou Delito); ou Contravenção Penal. 15 Certo. Comentário: A literatura jurídico penal contemporânea trabalha com dois critérios para definir culpa: 1) o conceito fundado no dever de cuidado, próprio da posição dominante desde WELZEL até JESCHECK/WEIGEND; 2) o critério fundado no conceito de risco permitido, relacionado à teoria da elevação do risco desenvolvida por ROXIN (...) Sob qualquer desses critérios, o tipo de injusto é formado por dois elementos correlacionados: a) em primeiro lugar, a lesão do dever de cuidado objetivo, como criação de risco não permitido, que define o desvalor da ação; b) em segundo lugar, o resultado de lesão do bem jurídico, como produto da violação do dever de cuidado objetivo ou realização de risco não permitido, que define o desvalor do resultado. 16 Certo. Comentário: O erro quanto aos pressupostos fáticos é tratado como erro de tipo. O erro de tipo, quando vencível, exclui o dolo, mas permite a punição a título de culpa. O erro incide sobre os fatos e não sobre eventual ilicitude, razão pela qual a sua caracterização atinge o fato típico, excluindo o dolo. - 4 -

17 Certo. Comentário: Art. 13. O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. 18 Errado. Comentário: Sonambulismo exclui a conduta. FATO ATÍPICO. 19 Certo. Comentário: Se elas são absolutamente independentes do resultado por que então teriam nexo causal entre a conduta e o próprio resultado?? Portanto, ela quebra o nexo causal. 20 Errado. Comentário: Artigo 13, 1º, CP - A superveniência de causa relativamente independente exclui a imputação quando, por si só, produziu o resultado; os fatos anteriores, entretanto, imputamse a quem os praticou. 21 Certo. Comentário: Erro de Proibição Direto Desconhece o conteúdo proibitivo ou interpreta mal (Valoração Paralela na esfera do Profano) Agente, por ser permitida a droga em seu País, desconhece que no país em que visita é proibido ou interpreta mal a situação em tese. Erro de Proibição Indireto Acredita, erroneamente, que exista uma causa de permissão para a conduta, sabidamente, proibida. Ex: O da questão (achar que a receita médica excluiria a ilicitude). 22 Certo. Comentário: Erro sobre a ilicitude do fato Art. 21 - O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá diminuí-la de um sexto a um terço. Parágrafo único - Considera-se evitável o erro se o agente atua ou se omite sem a consciência da ilicitude do fato, quando lhe era possível, nas circunstâncias, ter ou atingir essa consciência. 23 Certo. Comentário: Crime material ou de resultado: é aquele cujo tipo descreve conduta e resultado e exige ambos para a consumação. Ex: homicídio, lesão corporal. Crime formal ou de consumação antecipada: é aquele cujo tipo descreve conduta e resultado, mas se contenta com a conduta para efeito de consumação. O resultado constitui o exaurimento do crime. Ex: extorsão. 24 Certo. Comentário: Art. 14º diz-se o crime: Pena de tentativa Parágrafo único- Salvo disposições em contrário, pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços. 25 Certo. Comentário: O crime preterdoloso é espécie de crime agravado/qualificado pelo resultado, sendo que a conduta do agente é dolosa, mas o resultado é agravado por culpa do agente (dolo + culpa). Ex: lesão corporal dolosa seguida de morte (art. 129, 3º, CP). 26 Certo. Comentário: O crime se consuma quando a coisa subtraída passa para o poder do agente, mesmo que não haja posse mansa e pacífica e mesmo que a posse dure curto espaço de tempo. Não é necessário que o bem saia da esfera patrimonial da vítima. (No caso da questão não é necessário que o bem fosse conduzido para fora do estabelecimento na posse do agente para que ocorresse a consumação). 27 Certo. Comentário: O arrependimento eficaz (ponte de ouro) consiste no impedimento do resultado pelo agente, após este ter completada execução do crime. Ocorre que os crimes formais e de mera conduta se consumam mesmo que não haja resultado naturalístico. Logo, o arrependimento eficaz seria inócuo do ponto de vista da consumação, pois o crime formal e de mera conduta não exigem o resultado naturalístico. 28 Certo. Comentário: CP Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade. 1º - Se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída de um sexto a um terço. 29 Certo. Comentário: Art. 18, par. único, CP: Salvo nos casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por fato previsto como crime, senão quando o pratica dolosamente. 30 Certo. Comentário: Caso a reparação do dano ocorra depois do recebimento da denúncia ou queixa, mas antes do julgamento (sentença), deverá ser reconhecida a circunstância atenuante do artigo 65, III, "b", in fine, do Código Penal. 31 Certo. 32 Certo. Comentário: Súmula 145 STF Não há crime, quando a preparação do flagrante pela polícia torna impossível sua consumação. 33 Errado. Comentário: Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços. - 5 -

34 Certo. Comentário: Art. 16 do CP- Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços. 35 Certo. Comentário: Erro de tipo essencial: Recai sobre as elementares do fato, levando a atipicidade do delito, se inevitável (escusável) exclui o dolo e a culpa, se evitável (inescusável) só exclui o dolo, pune culpa se previsto em lei. Assista à explicação sobre erro no app Periscope do Operação Federal. 36 Errado. Comentário: A questão trata da diferença entre erro de tipo e erro de proibição. Naquele é dividido em erro invencível (excluindo-se o dolo e a culpa) e erro vencível (excluindo-se apenas o dolo, punindo a culpa). Enquanto no outro o agente sabe o que faz, mas ignora ser proibido, portanto sua conduta será punida. 37 Certo. Comentário: Os efeitos das descriminantes putativas recaem sobre o erro escusável ou inescusável: o primeiro isenta o agente de pena; o segundo, embora tenha ele agido com dolo, será responsabilizado como se tivesse praticado um delito culposo. 38 Certo. Comentário: Erro de proibição caracterizase pela falsa percepção/equívoco quanto a ilicitude do fato, ou seja, quando desconheço que minha conduta se enquadra na lei, muito embora dela seja conhecedor (já que o desconhecimento é inescusável). Art. 21. É hipótese clássica de potencial consciência da ilicitude - um dos elementos da culpabilidade - de modo que reconhecido o erro de proibição haverá sua exclusão. 39 Certo. Comentário: Erro de tipo essencial: falsa percepção da realidade (art. 20 CP); O agente desconhece a situação fática ocorrida (sobre os dados elementares do tipo). 40 Errado. Comentário: CP. Art. 31 - O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, salvo disposição expressa em contrário, não são puníveis, se o crime não chega, pelo menos, a ser tentado. - 6 -