CONCURSO TEMPOS DE ESCOLA 2014



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Transcrição:

CONCURSO TEMPOS DE ESCOLA 2014 GUIA DE ORIENTAÇÕES PARA EDUCADORES ciclo 1 estudantes ciclo 2 família ciclo 3 comunidade ciclo 4 sociedade IOV-0001-14-Guia_Orientacao_AF.indd 1 2/27/14 12:05 PM

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Mensagem ao Educador Prezado educador, Visa contribuir com a melhoria da qualidade da Educação por meio de ações de mobilização social e do apoio à gestão pública municipal. O concurso Tempos de Escola é uma iniciativa do projeto Parceria Votorantim pela Educação (PVE), que tem por objetivo sensibilizar os estudantes sobre a importância da dedicação aos estudos e o valor da Educação para seu desenvolvimento pessoal e da sociedade. Para isso, o concurso estimula que os alunos produzam textos sobre assuntos relacionados ao que se aprende no universo escolar, registrando histórias e vivências que marcam as relações, as conquistas e os desafios que o ambiente da Educação na escola proporciona às pessoas. Também tem por objetivo orientar os educadores para que realizem boas propostas de produção escrita com os alunos, de modo que todos possam ter aprendizagens significativas ao longo desse processo. Essa publicação pretende orientar professores, coordenadores pedagógicos e gestores escolares na execução de atividades para a participação no concurso Tempos de Escola 2014 e para o desenvolvimento do processo de produção de escrita com intuito de produzir um livro por escola, caso esta seja a escolha feita pela equipe (vide explicações específicas ao longo do guia). Aqui também estão presentes o regulamento do concurso, com todas as orientações necessárias para participação dos alunos, bem como as orientações para realização das propostas em sala de aula, divididas em seis etapas. O grande desafio colocado este ano pelo concurso, que traz como tema NOSSA CIDADE TAMBÉM ENSINA. A EDUCAÇÃO ESTÁ EM TODOS OS LUGARES diz respeito ao envolvimento de todos alunos, familiares, profissionais da escola e a comunidade de seu entorno com o reconhecimento de que a aprendizagem pode e deve acontecer, de fato, em todos os lugares. Nesse sentido, o papel dos gestores escolares para convocar e envolver a todos é fundamental. Portanto, também é um dos objetivos dessa publicação, que gestores, coordenadores e professores se sintam apoiados para realizarem as ações previstas no concurso e para tomarem suas decisões e, assim, complementarem o Projeto Político Pedagógico da escola. Ao final do documento há um quadro que pode ajudar na distribuição de papéis e atribuições de toda a equipe em função da construção coletiva de conhecimentos e, sobretudo, da atuação de todos tendo um objetivo comum, que é a aprendizagem de todos os alunos. Esperamos que essa publicação seja útil a você, tanto para a mobilização que está acontecendo em seu município, como nas práticas desenvolvidas em sala de aula. Bom trabalho! Projeto Parceria Votorantim pela Educação IOV-0001-14-Guia_Orientacao_AF.indd 3 2/27/14 12:05 PM

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1. Introdução... 6 2. Regulamento do concurso Tempos de Escola 2014... 8 2.1. O concurso... 8 2.2. Objetivos... 8 2.3. Tema e categorias desta edição... 9 2.4. Propostas das categorias... 10 2.5. Destaques Municipais e Nacionais... 12 2.6. Reconhecimento e premiação... 13 2.6.1. Destaques Municipais... 13 2.6.2. Destaques Nacionais... 14 2.7. Inscrição... 15 2.8. Avaliação... 15 2.9. Cronograma... 16 2.10. Municípios participantes... 16 3. Planejamento das atividades: atuação conjunta de professores, coordenadores e gestores escolares... 17 3.1. 1 a Etapa: Compartilhamento da proposta com os alunos... 19 3.2. 2 a Etapa: Ampliação dos conhecimentos dos alunos quanto ao conteúdo e à linguagem dos textos a serem escritos....24 3.3. 3 a Etapa: Visita ao local a ser divulgado nas cartas, entrevista com as pessoas escolhidas para serem biografadas, análise em documentos ou outras fontes de informação para compor relatos de experiência... 29 3.4. 4 a Etapa: Produção do texto... 33 3.5. 5 a Etapa: Revisão dos textos dos alunos... 37 3.6. 6 a Etapa: Finalização dos textos para publicação... 40 Anexo: Quadro de atribuições do acompanhamento à produção dos alunos...43 5 IOV-0001-14-Guia_Orientacao_AF.indd 5

1. Introdução No ano de 2014, ao chegar à sua 6ª- edição, o concurso coloca um foco específico nas aprendizagens que podem ocorrer, com todos nós, em diversos lugares da nossa cidade, porque aprender é um processo contínuo na vida dos seres humanos. Não se pede licença para aprender. A relação com os familiares e pessoas próximas é uma das primeiras fontes de aprendizagem que temos. A educação formal, ministrada nas escolas é outra. Porém, também se aprende na relação com os espaços, lugares e objetos, porque é possível aprender sobre sua história, sobre o contexto no qual foram inventadas ou construídas, as transformações que sofreram com o passar do tempo, as ações do homem sobre elas... Por tudo isso é que as cidades educam, isso é, os espaços, as relações que se estabelecem entre as pessoas, a criação de oportunidades nos espaços onde vivem os cidadãos também garante aprendizagens variadas. E este é o grande tema do concurso Tempos de Escola de 2014: Nossa cidade também ensina. A educação está em todos os lugares. Em todo esse processo de múltiplas aprendizagens, a escola tem seu valor e o conhecimento formal construído em seu contexto apoia os cidadãos a compreenderem melhor o mundo em que vivem. Já o conhecimento local, ou seja, a cultural local apreendida nos demais espaços sociais aquilo que é comum a um grupo de pessoas, ou os conhecimentos próprios de uma localidade, de uma comunidade que são passados de geração a geração podem enriquecer os conhecimentos adquiridos formalmente na escola. Além disso, esses conhecimentos formais ajudam os alunos a valorizarem tudo aquilo que faz parte da cultura local. Para os alunos, saber mais sobre os lugares e as manifestações econômicas, históricas e culturais da cidade pode permitir que observem o que antes poderia passar despercebido. Conhecer a história da igreja da cidade há quanto tempo está ali, como era o lugar antes de ser uma igreja transforma o olhar e permite aprofundar seus vínculos afetivos com os locais estudados. Assim, a 6ª- edição do concurso Tempos de Escola pretende que seus participantes compreendam que numa sociedade somos todos responsáveis, direta e indiretamente, pela educação uns dos outros e que, mesmo valorizando o conhecimento formal construído e apreendido apenas na escola, é possível e desejável que se aprenda muito em outros espaços. E S C O L A 6 IOV-0001-14-Guia_Orientacao_AF.indd 6

É uma organização do terceiro setor, que desde 1997 desenvolve ações e projetos que visam a contribuir para a melhoria da aprendizagem dos alunos das redes públicas de educação. Para isso, nós, da Parceria Votorantim pela Educação e da Comunidade Educativa CEDAC, por meio do concurso Tempos de Escola, elaboramos propostas que podem ajudar vocês, educadores e seus alunos, a investigarem e compreenderem quais espaços, pessoas, histórias pessoais, manifestações culturais e econômicas também fazem da cidade em que vivem, uma cidade que ensina. O regulamento do concurso, presente na primeira parte deste material, apresenta as categorias estipuladas neste ano, além de trazer as informações necessárias para inscrição e premiação dos alunos, professores e escolas, cronograma para participação de todos, critérios de avaliação etc. Os temas para participação dos alunos em cada categoria estão descritos no regulamento e foram agrupados dentro do grande tema: NOSSA CIDADE TAMBÉM ENSINA. A EDUCAÇÃO ESTÁ EM TODOS OS LUGARES. São os seguintes: Categoria 1 (4º-, 5º- e 6º- anos) e Categoria 4 EJA Nacional 1 : Venha conhecer a minha terra : carta de apresentação da cidade que ensina; Categoria 2: 7º-, 8º- e 9º- anos Pessoas da minha cidade : biografia de personagens da cidade; Categoria 3: 1º-, 2º- e 3º- anos do Ensino Médio - Minhas aprendizagens na cidade e na escola: relato de experiência vivida por jovens do Ensino Médio. Além disso, a segunda parte deste material poderá apoiar vocês, educadores (professores, coordenadores e gestores escolares), a acompanharem todos os passos da sequência de atividades de produção escrita, porque traz detalhes e orientações para cada uma das categorias do concurso, além de ter também indicações específicas para professores, coordenadores e gestores escolares. Pretendemos que sejam úteis nessa empreitada tão necessária que é planejar e valorizar as boas situações para que os alunos aprendam a escrever mais e melhor. Para isso, desejamos que vocês, profissionais das escolas, se sintam apoiados, tanto para que os alunos se inscrevam no concurso, quanto para que organizem suas produções (as escolas poderão fazer essa escolha), elaborando um livro que reúna o produto desse processo. Em ambos os casos escolas que participarão do concurso e aquelas que além dele, também farão a finalização com a divulgação das produções dos alunos e profissionais o envolvimento da toda a equipe da escola será fundamental. 1. Essa categoria terá apenas premiação pelos destaques nacionais vide regulamento a seguir. 7 IOV-0001-14-Guia_Orientacao_AF.indd 7

2. Regulamento do concurso Tempos de Escola 2014 2.1. O concurso O concurso Tempos de Escola - 6ª- edição é uma iniciativa do Instituto Votorantim, em parceria com o Ministério da Educação (MEC) e o Canal Futura, que visa premiar redações de alunos do Ensino Fundamental e Médio de escolas públicas dos municípios brasileiros participantes do projeto Parceria Votorantim pela Educação e dos municípios convidados pelo Instituto Votorantim a participar do concurso, que são: Anita Garibaldi/ SC, Aracruz/ES, Barra Mansa/RJ, Capão Bonito/SP, Candeias do Jamari/RO, Conceição da Barra/ES, Itapeva/SP, Jaboatão dos Guarapapes/PE, Niquelândia/GO, Paulista/ PE, Primavera/PA, Resende/RJ, Rio Branco do Sul/PR, São Félix/BA, Selvíria/MS, Três Marias/MG, Vazante/MG. 2.2. Objetivos O concurso Tempos de Escola tem por objetivo sensibilizar os estudantes sobre a importância da dedicação aos estudos e o valor da educação para seu desenvolvimento pessoal e da sociedade. Para isso, o concurso estimula que os alunos produzam textos sobre assuntos relacionados ao que se aprende no universo escolar, registrando histórias e vivências que marcam as relações, as conquistas e os desafios que o ambiente da educação na escola proporciona às pessoas. Também tem por objetivo orientar os educadores para que realizem boas propostas de produção escrita com os alunos de modo que todos possam ter aprendizagens significativas ao longo desse processo. E S C O L A 8 IOV-0001-14-Guia_Orientacao_AF.indd 8

2.3. Tema e categorias desta edição Em 2014, o concurso Tempos de Escola terá como tema geral: NOSSA CIDADE TAMBÉM ENSINA. A EDUCAÇÃO ESTÁ EM TODOS OS LUGARES e estará organizado em quatro categorias 2 : Categoria 1: Alunos do 4º-, 5º- e 6º- anos do Ensino Fundamental de escolas da rede pública dos municípios participantes do concurso Tempos de Escola, regularmente matriculados em 2014. Categoria 2: Alunos do 7º-, 8º- e 9º- anos do Ensino Fundamental de escolas da rede pública dos municípios participantes do concurso Tempos de Escola, regularmente matriculados em 2014. Categoria 3: Alunos do 1º- 2º- e 3º- anos do Ensino Médio de escolas da rede pública dos municípios participantes do concurso Tempos de Escola, regularmente matriculados em 2014. Categoria 4: EJA (Educação de Jovens e Adultos): Alunos inscritos no segmento Ensino Fundamental modalidade EJA ou no Ensino Médio modalidade EJA, regularmente matriculados em 2014 dos municípios participantes do concurso Tempos de Escola. 2. Com a experiência do concurso Tempos de Escola de anos anteriores, decidiu-se que os alunos serão agrupados de acordo com a proximidade de seus conhecimentos sobre a escrita e sobre a língua e não mais pelo segmento que cursam no Ensino Fundamental I ou II. Assim, em 2014, ficarão numa mesma categoria os alunos de 4º-, 5º- e 6º- anos e em outra, os alunos do 7º-, 8º- e 9º- anos. 9 IOV-0001-14-Guia_Orientacao_AF.indd 9

2.4. Propostas das categorias Categoria 1: 4º-, 5º- e 6º- anos do Ensino Fundamental Venha conhecer a minha terra : carta de apresentação da cidade que ensina Proposta Caracteres Os alunos produzirão uma carta (texto epistolar) a um destinatário específico (que supostamente não conhece a cidade), apresentando as atrações do seu município em que podem aprender sobre as diversas características locais: história, cultura, atividades econômicas e tradições locais. É possível destacar paisagens, costumes, pontos turísticos etc. Os professores, coordenadores e gestores escolares poderão utilizar material com orientações específicas, disponibilizado pelo concurso sobre como planejar e realizar as atividades de produção e revisão dos textos dos alunos. Este material será distribuído nos municípios participantes do PVE 2014 e estará disponível no Blog Educação. 1.000 a 2.000 caracteres, contando espaços. Categoria 2: 7º-, 8º- e 9º- anos do Ensino Fundamental Pessoas da minha cidade : biografia de personagens da cidade Proposta Caracteres Os alunos produzirão a biografia de um personagem local que colabora e contribui com a história, a cultura e o desenvolvimento da cidade. Poderão entrevistar essa pessoa e, a partir da entrevista, produzir a biografia que trate da maneira como ela contribui para ter uma cidade melhor, uma cidade que educa. Vale ressaltar que a entrevista apenas dará base à biografia, pois o texto deverá ser escrito em terceira pessoa. Os professores, coordenadores e gestores escolares poderão utilizar um material com orientações específicas, disponibilizado pelo concurso sobre como planejar e realizar as atividades de produção e revisão dos textos dos alunos. Este material será distribuído nos municípios participantes do PVE 2014 e estará disponível no Blog Educação. 1.000 a 2.000 caracteres, contando espaços. E S C O L A E S C O L A 10 IOV-0001-14-Guia_Orientacao_AF.indd 10

Categoria 3: 1º-, 2º- e 3º- anos do Ensino Médio Minhas aprendizagens na cidade e na escola : relato de experiência vivida por jovens do Ensino Médio. Proposta Caracteres Os alunos produzirão um relato de experiências que já viveram em sua cidade e que contribuíram para a aprendizagem que tiveram dentro e fora da escola (na vida). Contarão, por exemplo, como vivenciaram aprendizagens em diferentes espaços ou por meio das tradições culturais, costumes típicos do município e de que forma seus conhecimentos na escola e na vida foram ampliados. Por exemplo, um adolescente pode conhecer uma das fábricas da Votorantim e compreender a aplicação e importância das Ciências Exatas na vida e na cidade. Os professores, coordenadores e gestores escolares poderão utilizar um material com orientações específicas, disponibilizado pelo concurso sobre como planejar e realizar as atividades de produção e revisão dos textos dos alunos. Este material será distribuído nos municípios participantes do PVE 2014 e estará disponível no Blog Educação. 2.000 a 3.000 caracteres, contando espaços. Categoria 4: EJA nacional 3 (todos os anos) Venha conhecer a minha terra: carta de apresentação da cidade que ensina Proposta Caracteres Os alunos produzirão a biografia de um personagem local que colabora e contribui com a história, a cultura e o desenvolvimento da cidade. Poderão entrevistar essa pessoa e, a partir da entrevista, produzir a biografia que trate da maneira como ela contribui para ter uma cidade melhor, uma cidade que educa. Vale ressaltar que a entrevista apenas dará base à biografia, pois o texto deverá ser escrito em terceira pessoa. Os professores, coordenadores e gestores escolares poderão utilizar um material com orientações específicas, disponibilizado pelo concurso sobre como planejar e realizar as atividades de produção e revisão dos textos dos alunos. Este material será distribuído nos municípios participantes do PVE 2014 e estará disponível no Blog Educação. 1.000 a 2.000 caracteres, contando espaços. 3. Essa categoria terá apenas premiação pelos Destaques Nacionais. 11 IOV-0001-14-Guia_Orientacao_AF.indd 11

2.5. Destaques municipais e nacionais Serão selecionados alunos e professores Destaques Nacional nas quatro categorias; e alunos e professores Destaques Municipais nas categorias 1, 2 e 3. Veja abaixo os critérios de seleção: Destaques Municipais Aluno Destaque Municipal pela melhor redação da categoria Critério Aluno que produziu o melhor texto em sua categoria, dentre todos os inscritos do seu município, segundo a seleção da Comissão Julgadora do concurso Professor orientador do aluno Destaque Municipal Professor que orientou o aluno que foi premiado como Destaque Municipal Professor Destaque Municipal pelo maior número de alunos inscritos sob a sua orientação Professor que teve, dentre todos os professores do seu município, o maior número de alunos inscritos Destaques Nacionais Aluno Destaque Nacional pela melhor redação da categoria Critério Aluno que produziu o melhor texto em sua categoria, dentre todos os municípios brasileiros participantes do concurso, segundo a seleção da Comissão Julgadora do concurso Professor orientador do aluno Destaque Nacional Professor que orientou o aluno que foi premiado como destaque nacional Professor Destaque Nacional pelo maior número de alunos inscritos sob a sua orientação Professor que teve, dentre todos os professores dos municípios participantes do concurso, o maior número de alunos inscritos 12 IOV-0001-14-Guia_Orientacao_AF.indd 12

2.6. Reconhecimento e premiação Veja abaixo um quadro resumo das formas de reconhecimento de alunos, professores e escolas no âmbito municipal do concurso: 2.6.1. Reconhecimento e premiação Destaques Municipais Destaques Municipais Categoria Aluno Destaque Municipal Professor orientador do aluno Destaque Municipal Professor Destaque Municipal por maior nº- de inscritos sob a sua orientação Escola Destaque Municipal por maior nº- de inscritos Categoria 1: 4º-, 5º- e 6ºanos do EF Bicicleta Publicação do texto no Blog Educação Diploma de participação Troféu Troféu Placa Categoria 2: 7º-, 8º- e 9ºanos do EF Câmera fotográfica* Publicação do texto no Blog Educação Diploma de participação Troféu Troféu Placa Categoria 3: 1º-, 2º- e 3ºanos do EM Câmera Fotográfica* Publicação do texto no Blog Educação Diploma de participação Troféu Troféu Placa Categoria 4: EJA (todos os anos) Não haverá Destaque Municipal em EJA (apenas nacional) Placa ATENÇÃO: *Modelo de referência da câmera fotográfica: 14.1 MP com tela LCD 2,7, zoom óptico 4x e cartão de memória 4GB ou modelo similar 13 IOV-0001-14-Guia_Orientacao_AF.indd 13

2.6.2. Reconhecimento e premiação Destaques Nacionais Veja abaixo um quadro-resumo das formas de reconhecimento de alunos e professores no âmbito nacional do concurso: Categorias Aluno Destaque Nacional Professor orientador do aluno Destaque Nacional Professor Destaque Nacional por maior nº- de inscritos sob a sua orientação*** Categoria 1: 4º-, 5º- e 6º- anos do EF Notebook* Kit de livros** Notebook* Categoria 2: 7º-, 8º- e 9º- anos do EF Notebook* Kit de livros** Notebook* Categoria 3: 1º-, 2º- e 3º- anos do EM Notebook* Kit de livros** Notebook* Categoria 4: EJA (todos os anos) Notebook* Kit de livros** Notebook* ATENÇÃO: *Modelo de referência do notebook: tela de 12.1 a 14, com 4GB ou 6GB de memória, e 750GB de HD ou similar. **O kit de livros será escolhido a partir de uma lista selecionada pela equipe técnica do projeto. ***Na premiação nacional, caso mais de um professor tenha tido o número máximo de inscrições na sua categoria, será realizado um sorteio público para definir o professor que receberá o computador e os demais receberão uma placa. E S C O L A 14 IOV-0001-14-Guia_Orientacao_AF.indd 14

Os textos premiados nacionalmente serão tema de reportagem exclusiva a ser produzida pelo Canal Futura. A equipe do Canal fará a cobertura na cidade e realizará entrevistas com os alunos, professores e escolas premiadas. A entrega dos prêmios municipal e nacional será feita localmente por um representante do Grupo Votorantim. 2.7. Inscrição A participação dos alunos no Concurso Tempos de Escola será feita unicamente via internet, por meio do preenchimento de uma Ficha de Inscrição, disponível no Blog Educação: www.blogeducacao.org.br A inscrição e o envio dos textos serão feitos em uma única etapa. Cada participante poderá concorrer com somente uma redação (caso envie mais de uma produção, ele será desclassificado), com indicação obrigatória do professor orientador. Na Ficha de Inscrição deverão ser apontados: Dados pessoais e informações para contato. Informações para contato com a escola onde estuda. Informações para contato com o professor orientador. 2.8. Avaliação Os textos passarão por um processo de triagem pela equipe técnica do projeto e os finalistas serão encaminhadas para a avaliação de uma Comissão Julgadora formada por representantes do Instituto Votorantim, Ministério da Educação (MEC), Canal Futura e Comunidade Educativa CEDAC. A Comissão avaliará as produções, indicando os melhores textos para premiação, segundo os critérios: Qualidade do texto quanto à adequação ao gênero do discurso sugerido em cada categoria e à linguagem escrita apropriada a cada um. Qualidade do texto quanto à concordância e coerência textuais, gramática, pontuação e ortografia. Qualidade do texto quanto ao tema: adequação e tratamento do tema. 15 IOV-0001-14-Guia_Orientacao_AF.indd 15

Serão desclassificadas as produções que: Não atenderem às propostas de cada categoria. Não atenderem ao número de caracteres estipulado para cada categoria. Não sejam acompanhadas de ficha de inscrição devidamente preenchida com as informações solicitadas (corretas e fidedignas). Não tenham sido elaboradas por alunos da rede pública de ensino dos municípios participantes do concurso. Apresentarem linguagem inadequada, inconveniente ou ofensiva a pessoas ou instituições, assim como informações com caráter de denúncia. Sejam resultado de reprodução (total) de outros textos, com o objetivo de burlar as disposições norteadoras do concurso. Os textos são encaminhados aos participantes da equipe técnica responsável pela triagem e aos integrantes da Comissão Julgadora sem as informações pessoais do aluno e do professor (nome, série/ano, escola e demais informações solicitadas na ficha de inscrição). 2.9. Cronograma Inscrições: 20 de março a 10 de julho de 2014 Organização e triagem técnica: julho e agosto de 2014 Seleção pela Comissão Julgadora: setembro de 2014 Divulgação dos resultados: 15 de outubro de 2014, no Blog Educação (www.blogeducacao.org.br) Premiação: até 30 de novembro de 2014 2.10. Municípios participantes 1. Anita Garibaldi/SC 2. Aracruz/ES 3. Barra Mansa/RJ 4. Candeias do Jamari/RO 5. Capão Bonito/SP 6. Conceição da Barra/ES 7. Itapeva/SP 8. Jaboatão dos Guararapes/PE 9. Niquelândia/GO 10. Paulista/PE 11. Primavera/PA 12. Resende /RJ 13. Rio Branco do Sul/PR 14. São Félix/BA 15. Selvíria/MS 16. Três Marias/MG 17. Vazante/MG E S C O L A ESCO LA 16 IOV-0001-14-Guia_Orientacao_AF.indd 16

3. Planejamento das atividades: atuação conjunta de professores, coordenadores e gestores escolares O planejamento consiste em um dos principais instrumentos metodológicos do professor, pois é com ele que se antecipam as condições necessárias para que as aprendizagens dos alunos ocorram. Portanto, planejar deve fazer parte da função de qualquer professor. Contudo, um planejamento bem feito requer que o professor saiba o que pretende que os alunos aprendam (objetivos), o que deverá abordar para fazer isso (conteúdos), o que deverá fazer (desenvolvimento e passo a passo), quais serão seus principais comandos (consignas) e intervenções, ou seja, ações e propostas que colocarão problemas para que os alunos precisem lançar mão dos conhecimentos que já possuem para tentar resolver algo e, a partir daí, avançar para um grau de maior conhecimento. Por tudo isso, o planejamento detalhado do que deve ser feito em sala de aula também diz respeito à atuação do coordenador pedagógico da escola como parceiro mais experiente dos professores e à atuação do gestor escolar. Afinal, todos estes profissionais atuam tendo um único objetivo: a aprendizagem de todos os alunos. Portanto, as orientações que seguem servem aos professores, mas também compõem material de trabalho para coordenadores e gestores escolares por trazerem orientações específicas que tratam das gestões escolares e por ajudar a definir como cada um pode atuar para alcançar esse grande objetivo comum. Um planejamento bem feito de atividades para sala de aula prevê espaço para uma verdadeira interlocução, um diálogo entre o que o professor problematiza e os conhecimentos dos alunos. Para isso, é preciso que o professor conheça o que os alunos já sabem sobre determinado conteúdo e atue justamente ali, no espaço entre o que sabem e o que precisam aprender para que tenham avanços. Uma boa estratégia para isso é que o professor, durante o momento do planejamento junto com coordenador e outros professores, antecipe: as consignas (o comando que será dado para que os alunos saibam o que precisam fazer e como poderão contar com o professor); as intervenções que fará; os problemas que colocará para os alunos e as possíveis respostas que os alunos poderão dar para tais ações. 17 IOV-0001-14-Guia_Orientacao_AF.indd 17

Em se tratando do planejamento de uma sequência de atividades de produção escrita com um propósito comunicativo claro (ser publicada no livro da escola e participar de um concurso de produção de textos), é possível que algumas atividades aconteçam com frequência para que haja uma ampliação no repertório dos alunos sobre o gênero em que escreverão o que ocorre por meio do contato com o tipo de texto, tanto pela leitura em voz alta do professor aos alunos, quanto dos alunos além do exercício de reflexão sobre a língua, ou seja, sobre a linguagem específica do gênero em que a produção escrita ocorrerá. E é também nesse aspecto que coordenadores e gestores têm muito a contribuir: apoiar e garantir as condições necessárias para que as atividades sejam bem planejadas pelos professores, sejam incluídas na rotina, aconteçam com frequência, tenham recursos materiais suficientes e garantam aprendizagens reconhecidas por meio da reflexão dos professores juntamente com seus parceiros (outros professores e coordenadores pedagógicos). Escrever: o desafio diante do papel em branco Escrever não é uma tarefa simples para qualquer pessoa. Mas é preciso destacar que não se trata de algo impossível, pois para escrever podemos lançar mão de um bom planejamento do que se pretende escrever ou de uma sequência de etapas a serem cumpridas. É preciso ressaltar também que essa tarefa pode se tornar menos difícil quando se sabe O que, para que e para quem escrever, ou seja, quando o gênero e o propósito comunicativo do que se escreve estão claros, pois é possível ajustar ao destinatário tanto o que se escreve, como a linguagem do que se está escrevendo. Assim também ocorre com os alunos nas escolas quando estão diante do desafio do papel em branco, ou seja, de uma atividade de escrita: quando ela está ligada a um propósito comunicativo claro para eles faz muito mais sentido, pois podem ter pistas de onde partir. Portanto, é preciso que saibam o que, para que e para quem escrevem também durante as tarefas escolares. Afinal, aprende-se a escrever, escrevendo. Além disso, quando se conhece o gênero discursivo, a comunicação ocorre com maior fluidez e os alunos conseguem entender o que suas produções escritas precisam contemplar, mesmo que ainda vivenciem o processo de aprendizagem sobre esses mesmo gêneros. A seguir são propostas as etapas com o planejamento da sequência de atividades para participação no concurso Tempos de Escola e produção dos textos dos alunos. E S C O L A 18 IOV-0001-14-Guia_Orientacao_AF.indd 18

3.1. 1ª Etapa: Compartilhamento da proposta com os alunos Para que os alunos saibam o que, para que e para quem escreverão é preciso que compartilhem os objetivos da proposta. Para isso, nada melhor do que compreenderem, desde o início, o contexto em que essa produção se insere. O professor pode criar uma situação em que apresentará a proposta e envolverá os alunos com o que farão. Objetivos (o que podem aprender) Colaborar, dando sua opinião quanto ao estudo proposto e valorizando o que os colegas têm a dizer. Participar de uma situação de leitura pelo professor e refletir sobre os locais, pessoas e manifestações culturais de sua cidade que também ensinam além da própria escola. Materiais Textos variados sobre lugares, suas manifestações culturais e suas paisagens, para serem lidos aos alunos, garantindo que haja uma considerável diversidade de conteúdos. Desenvolvimento/Etapas da atividade Organizar os alunos em roda para que possam acompanhar a leitura e ver o suporte em que o texto foi publicado. Se for ilustrado, apresentar as imagens antes de começar a leitura e explicar que, depois, o livro circulará para que todos possam vê-las mais de perto. Realizar a leitura de acordo com seu planejamento prévio e, em seguida, propor uma conversa sobre como é interessante descobrir coisas novas de lugares já conhecidos ou obter informações sobre lugares desconhecidos e novas paisagens; aprender sobre o que algumas pessoas fizeram para tornar um local melhor de se viver, tornando-se personagens típicos das localidades em que vivem; saber sobre a vida em regiões distantes e diferentes daquelas em que vivemos; conhecer manifestações culturais que representam uma cidade; entender a importância de um rio para a economia local; ou, ainda, ver uma foto e imaginar-se no local onde foi tirada. Contar aos alunos que existem muitas formas de adquirir conhecimento além da escola e que, geralmente, aprendemos coisas variadas, que nos fazem entender mais e melhor até mesmo aquilo que a escola ensina. 19 IOV-0001-14-Guia_Orientacao_AF.indd 19

Dizer que há diversas maneiras de se conhecer essas manifestações. Questionar e ouvir o que os alunos têm a dizer sobre isso (de que forma acham que podemos aprender sobre essas manifestações). Ajudá-los a concluir que podem visitar os locais, conversar com pessoas, fazer pesquisas em documentos antigos do município etc. Propor que os alunos participem do concurso, questionando: Que tal se para entender que NOSSA CIDADE TAMBÉM ENSINA. A EDUCAÇÃO ESTÁ EM TODOS OS LUGARES, nós participássemos de um concurso?. Explicar a proposta específica do concurso, dizendo que além de enviarem seus textos, também contribuiriam com a ampliação do conhecimento sobre o município escrevendo as cartas (categoria 1 e 4), as biografias (categoria 2) os relatos de experiência (categoria 3) que poderão ser reunidas num único livro da escola e expostas aos visitantes no evento de finalização do projeto. Combinar com os alunos que para participarem do concurso terão que escolher os lugares, as pessoas e as manifestações culturais da cidade que farão parte de seus textos. Escrever juntamente com eles, uma lista de possíveis lugares, pessoas ou experiências que poderão entrar nos textos e afixar em algum local da classe para ser consultada mais adiante. Questionar e ouvir o que os alunos têm a dizer quanto às etapas do trabalho que deverão percorrer para produzir bons textos: ler, conversar, investigar, observar e estudar bastante sobre a pessoa, a manifestação cultural ou o lugar sobre o qual escreverão; conhecer bastante o tipo de texto que será escrito carta, biografia ou relato de experiência (a depender da categoria); ler vários exemplos deles para conhecer sobre o gênero; fazer o trabalho de campo visita ao local, entrevista com a pessoa ou investigação em algum documento para obter as informações; produzir o texto; revisar o texto; passar o texto a limpo para a sua eventual publicação no livro da escola e/ou enviado para o concurso. Quais ajustes podem ser feitos para a escrita da carta (categoria 1 e 4) Se possível, realizar a leitura de dois textos nessa primeira proposta: uma leitura de um texto que trate de locais ou manifestações culturais ou econômicas a serem reconhecidos e estudados pelos alunos; e outra leitura de uma carta em que uma pessoa apresenta à outra uma ou mais atrações da cidade em que vive (assim como será proposto aos alunos fazerem). Há livros, revistas e guias que têm o objetivo de divulgar lugares e manifestações culturais interessantes e curiosos para atrair visitantes ou documentar algumas particularidades de um lugar. Esses materiais podem servir como insumos para a produção das cartas, com exemplos de informações que podem ser colocadas nelas. E S C O L A 20 IOV-0001-14-Guia_Orientacao_AF.indd 20

Quais ajustes podem ser feitos para a escrita da biografia (categoria 2) Se possível, realizar a leitura de dois textos nessa primeira proposta: uma leitura de um texto que trate de locais ou manifestações culturais ou econômicas a serem reconhecidos e estudados pelos alunos; e outra leitura de uma biografia em que uma pessoa que realizou feitos ao longo de sua vida é retratada (assim como será proposto aos alunos fazerem). Realizar uma conversa com os alunos para saber se conhecem (ou têm algum familiar ou conhecido) que poderia ser um dos entrevistados. Realizar um levantamento prévio (e registrar) sobre as pessoas conhecidas que procurarão para ser entrevistadas e ter suas biografias registradas. Como sugestões, alguns sites e vídeos podem ser consultados pelos alunos, como por exemplo, a leitura dos trechos biográficos do maestro João Carlos Martins escritos e lidos pelos alunos participantes das Olimpíadas de Língua Portuguesa (http://www. youtube.com/watch?v=whm6svj8ndw); a memória e experiência de vida de uma senhora (http://www.youtube.com/watch?v=5fho02xinn8) ou ainda o Museu da Pessoa (http://www.museudapessoa.net/_index.php/v2013/home#) que traz inúmeros trechos de biografias e autobiografias (o site inteiro é muito interessante como consulta, mas para ler as histórias e os relatos, basta clicar no item Explore histórias ). Quais ajustes podem ser feitos para a escrita do relato de experiência (categoria 3) Se possível, realizar a leitura de dois textos nessa primeira proposta: uma leitura de um texto que trate de locais ou manifestações culturais ou econômicas a serem reconhecidos e estudados pelos alunos; e outra leitura de um relato de experiência ou de uma autobiografia em que uma pessoa narra as aprendizagens complementares que teve na vida e na escola (assim como será proposto aos alunos fazerem). Como sugestões, alguns sites e vídeos podem ser consultados pelos jovens alunos, como, por exemplo, a leitura dos trechos biográficos do maestro João Carlos Martins escritos e lidos pelos alunos participantes das Olimpíadas de Língua Portuguesa (http:// www.youtube.com/watch?v=whm6svj8ndw); a memória e experiência de vida de uma senhora (http://www.youtube.com/watch?v=5fho02xinn8) ou ainda o Museu da pessoa (http://www.museudapessoa.net/_index.php/v2013/home#) que traz inúmeros relatos de experiência vivida (o site inteiro é muito interessante como consulta, mas para ler as histórias e os relatos, basta clicar no item Explore histórias ). 21 IOV-0001-14-Guia_Orientacao_AF.indd 21

Como o professor pode se preparar Para realizar as leituras, planejar antecipadamente como apresentará os textos selecionados aos alunos e seu suporte livro, guia de viagem, carta, folheto, revista, explicando sua escolha. Pensar nas pausas que fará para chamar a atenção sobre aspectos interessantes no decorrer da leitura e os momentos em que pedirá que deem sua opinião sobre o que foi lido. Informar-se antecipadamente sobre o significado de palavras ou expressões técnicas que possam dificultar o entendimento do texto e planejar como vai tratá-las durante a leitura para os alunos. Como o coordenador pedagógico pode ajudar O apoio que o coordenador pedagógico pode dar ao professor diz respeito ao acompanhamento das atividades por meio do planejamento, da observação das aulas realizadas, da orientação ao professor quanto aos objetivos das propostas. Ou seja, o coordenador pode ajudar da seguinte maneira. Reunir-se com mais de um professor de cada ano de escolaridade, ou com professores cujos alunos participam da mesma categoria do concurso, por exemplo, e fazer um planejamento conjunto das atividades a serem realizadas. Em seguida, combinar de observar uma das salas de aula (cuidando para que haja um rodízio e, ao final, todos os professores tenham suas práticas observadas pelo coordenador) e estipulando com os professores uma parceria, para que compreendam que o intuito da observação é para a melhoria do trabalho de ambos (e não para vigiar o que faz). Realizar uma devolutiva ao professor que teve sua prática observada, ajudando que ele mesmo faça uma reflexão e ressalte os pontos positivos e coerentes com o planejamento e aquilo que ainda poderá melhorar. Depois de acompanhar as aulas, reunir-se novamente com o grupo de professores para discutirem o que foi bom do ponto de vista das aprendizagens dos alunos, o que deu certo do que tinham planejado juntos e o que podem melhorar. Também pode apoiar o trabalho realizado, estabelecendo uma relação entre as necessidades dos professores ao realizarem as propostas e as demandas da gestão, ou seja, apoiando aquilo que o gestor precisa garantir juntamente com o que se coloca como uma necessidade aos professores. E S C O L A 22 IOV-0001-14-Guia_Orientacao_AF.indd 22

Como o gestor escolar pode ajudar O gestor escolar tem muito a contribuir para que as atividades de sala de aula sejam bem sucedidas. Afinal, seu trabalho também tem por objetivo central que os alunos aprendam. Para isso, precisa cuidar e prover algumas gestões no cotidiano da escola. São elas: Gestão material garantindo que haja livros, textos, computadores para pesquisas para professores e alunos consultarem antes e durante as aulas. Gestão do tempo ajudando a criar e colocar em prática uma rotina escolar e de cada ano de escolaridade com tempo necessário para que as propostas se realizem. Gestão de aprendizagem conversar com o coordenador e garantir que nas reuniões pedagógicas reserve-se tempo para que as orientações, sugestões e materiais relativos ao concurso sejam compartilhados com todos os educadores. Esta é uma ação que deverá acontecer durante todo o processo do concurso. Gestão das relações interpessoais além de tudo isso, o gestor também poderá ajudar na divulgação do concurso, envolvendo os alunos, incentivando-os a participarem e combinando que seus textos, além de concorrerem ao concurso, serão publicados em um livro de toda a escola, em que constará o resultado de todo projeto político pedagógico do ano de 2014 (com base no tema NOSSA CIDADE TAMBÉM ENSINA. A EDUCAÇÃO ESTÁ EM TODOS OS LUGARES ). Ainda em relação à gestão das relações interpessoais, o gestor poderá, nesta etapa do trabalho, entender quais locais, pessoas e manifestações culturais e econômicas serão divulgadas e estudadas pelos alunos em seus textos, para começar a planejar e organizar as visitas a esses locais ou as entrevistas às pessoas. 23 IOV-0001-14-Guia_Orientacao_AF.indd 23

3.2. 2ª etapa: Ampliação dos conhecimentos dos alunos quanto ao conteúdo e à linguagem dos textos a serem escritos É muito importante, como já dito anteriormente, que os alunos saibam O QUE, PARA QUE E PARA QUEM vão escrever. Assim, precisam conhecer muito bem o conteúdo que será escrito neste caso, o conteúdo diz respeito aos espaços, manifestações e locais que ensinam além da escola; aos personagens que também ensinam e contribuíram com as cidades, tornando-as locais que também ensinam e, por fim, as experiências vividas por jovens que complementam as aprendizagens entre vida e escola. No entanto, conhecer o COMO escreverem, ou seja, a linguagem dos textos a serem escritos, a função dos gêneros discursivos que serão utilizados para comunicar as ideias, é peça fundamental para realizarem uma boa escrita. Portanto, a realização frequente de atividades (como a descrita a seguir) que familiarizem os alunos com o conteúdo do que vão escrever e que garantam um aprofundamento na linguagem do gênero discursivo a ser escrito, deve estar garantida na rotina e precisa acontecer ao longo desse processo com intuito de que ampliem seus repertórios de conhecimentos. Objetivos (o que podem aprender) Opinar sobre o assunto tratado no texto lido. Seguir atentamente a leitura do professor, analisando seu conteúdo. Utilizar o registro escrito, principalmente as listas, para organizar os estudos e servir de referência para o desenvolvimento do trabalho. Utilizar procedimentos de leitura e estudo, como selecionar informações relacionadas a um propósito, grifar, numerar para localizar posteriormente. Responsabilizar-se pela própria leitura, assumindo seu papel de leitor na interpretação e compreensão dos textos lidos. Materiais Textos e livros selecionados pelo professor para serem lidos aos alunos e pelos alunos. Desenvolvimento/Etapas da atividade As propostas de ampliação de repertório dos alunos sobre o conteúdo a ser escrito e/ ou sobre a linguagem dos textos que escreverão poderão ocorrer frequentemente por meio de duas situações didáticas: tanto pela leitura pelo professor, quanto pela leitura pelo aluno. E S C O L A 24 IOV-0001-14-Guia_Orientacao_AF.indd 24

Leitura pelo professor Com os alunos organizados em círculo, para que possam acompanhar a leitura e observar o suporte em que o texto foi publicado, explicar que trouxe um texto sobre um lugar para ler para a classe. Pedir que prestem atenção às informações que serão lidas. Apresentar o texto e realizar a leitura como planejada antecipadamente. Os textos a serem lidos podem ser, dependendo da categoria do concurso que os alunos participarão, por exemplo, textos expositivos sobre locais de interesse turístico e manifestações culturais/econômicas; cartas com relatos sobre locais e experiências; biografias e autobiografias com passagens em que as pessoas comentem sobre experiências e aprendizagens que tiveram ao longo da vida. Após a leitura, abrir uma discussão sobre as indicações presentes no texto relativas às suas fontes de informação. Retomar alguns desses aspectos, deixando claro aos alunos que há coisas que podem ser mais bem identificadas (dependendo da categoria que se inscreverem no concurso), no trabalho de campo que farão adiante visitando locais do município (como os detalhes de uma construção); obter informações por meio de entrevista ou, ainda, pelo estudo de documentos escritos, como informações sobre datas, curiosidades etc. Leitura pelo aluno Entregar os textos selecionados aos grupos de acordo com os lugares e as manifestações culturais/econômicas sobre os quais precisam obter novas informações ou de acordo com as pessoas que serão entrevistados ou documentos que serão analisados. Para auxiliar a compreensão dos alunos, avaliar se estão destacando as informações pertinentes ao que foi proposto. Se tiverem alguma dificuldade, faça a leitura com eles e promova pequenas discussões para destacar as informações que desejam obter. Se não conseguirem achar uma informação no texto, questioná-los sobre o que está escrito, reler com eles partes que permitam localizar a informação buscada e dar os esclarecimentos necessários para que as compreendam. Se depois disso, ainda não tiverem localizado a informação que procuram, reler para eles o trecho que a contenha e questioná-los se seria isso o que procuram. Registro das novas informações Nas diferentes situações de leitura (pelo aluno e pelo professor), após localizarem o que procuram, proponha que cada grupo organize e registre as informações, tanto em relação às descobertas sobre os conteúdos do que irão escrever, quanto em relação às descobertas sobre o gênero discursivo. O importante é que façam anotações que sirvam para conservar as informações que leram, compreenderam e considerem relevantes. 25 IOV-0001-14-Guia_Orientacao_AF.indd 25

Quais ajustes podem ser feitos para a escrita da carta (categoria 1 e 4) O professor pode propor que os alunos levem cartas que já receberam de alguém, ou que seus familiares já receberam. O professor também pode levar cartas que ele mesmo recebeu para que os alunos se apropriem mais do que pode conter nesse tipo de texto. Nessa situação, o professor deve distribuir as cartas entre grupos de 3 ou 4 alunos e pedir para que leiam e identifiquem o que aparece como estrutura do texto (se puder distribuir mais de uma carta por grupo, melhor). Em seguida, num registro coletivo, agrupar as informações encontradas por todos os grupos, num cartaz que tenha por título: descobertas sobre o texto carta. Esse registro poderá ser ampliado na medida em que novas descobertas sobre a linguagem desse texto forem feitas, além de servir de apoio no momento da produção escrita. Quais ajustes podem ser feitos para a escrita da biografia (categoria 2) A leitura de biografias diferentes poderá ser feita em diversos momentos do processo de produção dos textos. Tanto o professor pode ler para os alunos biografias mais longas, em partes, ou capítulos, quanto pode propor que os alunos realizem leituras de biografias e conversem sobre os diferentes aspectos encontrados em cada um dos textos. Semanalmente, por exemplo, pode propor rodas de leitura em que os alunos troquem essas impressões, façam indicações e compartilhem as biografias que leram ao longo da semana e o que lhes chamou atenção. Depois de repetir algumas vezes essas atividades, propor que façam um registro coletivo para agrupar as informações sobre as caraterísticas desse tipo de texto encontradas por todos os alunos nas biografias lidas. Esse registro poderá ser ampliado na medida em que novas descobertas sobre a linguagem desse texto forem feitas, além de servir de apoio aos alunos no momento da produção escrita. Quais ajustes podem ser feitos para a escrita do relato de experiência (categoria 3) A leitura de relatos de experiência vivida ou de autobiografias diferentes poderá ser feita em diversos momentos do processo de produção dos textos. Tanto professor e alunos podem realizar leituras compartilhadas de um mesmo texto, quanto os alunos podem realizar leituras de relatos por meio de blogs e conversarem sobre os diferentes aspectos encontrados em cada um dos textos. Semanalmente, por exemplo, também pode propor rodas de leitura em que os alunos troquem essas impressões, façam indicações e compartilhem os relatos que leram ao longo da semana e o que lhes chamou atenção. E S C O L A 26 IOV-0001-14-Guia_Orientacao_AF.indd 26

Depois de repetir algumas vezes essas atividades, propor que façam um registro coletivo para agrupar as informações sobre as caraterísticas desse texto encontradas por todos os alunos. Esse registro poderá ser ampliado na medida em que novas descobertas sobre a linguagem desse tipo de texto forem feitas, além de servir de apoio aos alunos no momento da produção escrita. Como o professor pode se preparar Realizar uma seleção prévia do que oferecer para os alunos lerem (mesmo que seja indicação de blogs na internet, autobiografias, livros ou cartas). O importante é que consiga antecipar os desafios com que os alunos vão se deparar ao lerem tais textos e planejar perguntas ou intervenções que os ajudem a interpretá-los. Selecionar diferentes textos, de acordo com o grau de desafio que oferecem: para lerem e interpretarem coletivamente, em duplas ou pequenos grupos e individualmente. Como o coordenador pedagógico pode ajudar Nesta etapa, o coordenador pedagógico da escola pode apoiar os professores da mesma forma que fez na primeira. Contudo, pode também ajudar na ampliação de conhecimentos dos professores quanto à linguagem escrita dos gêneros e os conteúdos. Outro apoio que o coordenador pode dar diz respeito à rotina de atividades: para garantir que o repertório de conhecimentos dos alunos seja ampliado, é preciso que as atividades descritas acima ocorram de forma permanente na rotina. Assim, o coordenador pode apoiar o planejamento semanal dos professores, garantindo que isso aconteça. Como o gestor escolar pode ajudar O trabalho com as gestões da escola nesta etapa é semelhante à etapa anterior, mas é preciso que o gestor dê continuidade a todas elas para que estejam garantidas na rotina escolar. Gestão de aprendizagem: o gestor, conjuntamente com o coordenador, pode organizar na sala dos professores um mural só para divulgar as informações relativas ao Concurso e os encaminhamentos realizados na escola. Esta é uma boa estratégia para divulgar e compartilhar com todos, as novidades, os desafios e o cronograma das atividades. 27 IOV-0001-14-Guia_Orientacao_AF.indd 27

Conhecimentos sobre os gêneros do discurso presentes no concurso da carta Faz parte do gênero epistolar em prosa e, de acordo com seu objetivo, pode ser particular, social, comercial, bancária, oficial. A escrita de uma carta pode dar resposta a algumas perguntas, como: quem será o responsável pela mensagem? A quem se destina a mensagem? Que mensagem se pretende transmitir? De quais informações preciso para tratar do assunto principal da carta?. Para o desenvolvimento dos objetivos da escrita é preciso usar alguns elementos de que dispõe: caracterização de quem é o responsável pela carta (remetente) e do destinatário. Utilizar o apelo, incorporando à mensagem algo capaz de sensibilizar o destinatário e predispô-lo a agir conforme os desejos do remetente. Impulso à ação: visa sensibilizar o destinatário e predispô-lo a agir conforme os desejos do remetente. Biografia/Relato de experiência vivida/autobiografia De acordo com os domínios sociais de comunicação, a biografia, os relatos de experiência vivida e a autobiografia fazem parte da documentação e memorização das ações humanas. São gêneros da ordem do narrar. Para produzi-los, algumas capacidades de linguagem dominantes são necessárias, como a representação pelo discurso narrativo de experiências vividas e situadas no tempo. Relato de experiência vivida e autobiografia são escritos em primeira pessoa (eu). Biografia é escrita em terceira pessoa (ele/ela). E S C O L A E S C EOSL CAO L A 28 IOV-0001-14-Guia_Orientacao_AF.indd 28