Exercícios de Revisão 8º Ano - 4º Bimestre 1ª parte: Exercícios dissertativos. Unidade 6: O Segundo Reinado no Brasil

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Transcrição:

Exercícios de Revisão 8º Ano - 4º Bimestre 1ª parte: Exercícios dissertativos Unidade 6: O Segundo Reinado no Brasil 1. D. Pedro II, manteve-se no poder por quase cinquenta anos: de 1840 a 1889. Atendendo aos interesses dos ricos proprietários rurais, o imperador conseguiu a estabilidade política que lhe permitiu ficar tanto tempo à frente do país. (PILETTI, Nelson & PILETTI, Claudino. História e vida integrada. 7ª série. São Paulo : Ática, 2007, p. 177.) Elabore um texto e nele sintetize as características políticas do Segundo Reinado. Nomeie os partidos políticos existentes, descreva a sua composição e cite suas principais ideias. Caracterize as eleições ocorridas nesse período e explique o sistema parlamentarista adotado por D. Pedro II. 2. Acredita-se que as primeiras mudas de café tenham entrado no Brasil por Belém, no Pará, em 1727. Nos primeiros tempos, o cafeeiro era plantado no quintal das casas e servia apenas para o consumo doméstico. A partir do século XIX, o hábito de beber café tornou-se moda na Europa, estimulando o desenvolvimento de cafezais no Brasil. (BOULOS JÚNIOR, Alfredo. História: Sociedade & Cidadania. 9º ano. São Paulo : FTD, 2006, p. 8.) Descreva as características da produção cafeeira no Brasil durante o Segundo Reinado, especificando os fatores que favoreceram o seu desenvolvimento no Oeste Paulista, as dificuldades enfrentadas pelos cafeicultores e as soluções encontradas para resolver esses problemas. 3. Desde o início do século XIX, período de grande expansão da indústria inglesa, o governo daquele país pressionava o governo português no Brasil e posteriormente os governos do Brasil independente, pelo fim do tráfico de escravos africanos. No entanto, essa pressão aumentou consideravelmente em 1845, com a publicação, pelo Parlamento Inglês, do Bill Abeerdeen. Explique o que determinava o Bill Aberdeen e os motivos que levaram a Inglaterra a defender o fim do tráfico de escravos africanos. 4. Em 1850, a lei Eusébio de Queiros proibiu definitivamente o tráfico de escravos no Brasil. Essa lei trouxe importantes mudanças para a sociedade brasileira. De acordo com o professor Boris Fausto: Dessa vez, a lei pegou. A entrada de escravos no país caiu de cerca de 54 mil cativos, em 1849, para menos de 23 mil, em 1850, e em torno de 3300, em 1851, desaparecendo praticamente a partir daí. (FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo : Edusp, FDE, 1999, p. 195.) Elabore um texto e nele explique as transformações econômicas e sociais ocorridas no Brasil, após a aprovação da Lei Eusébio de Queirós. 5. Observe a ilustração abaixo a respeito da Lei dos Sexagenários, uma das leis abolicionistas. (SCHWARCZ, Lilia M. & ANGELI. Cai o Império! República vou ver. São Paulo: Brasiliense, 1983, p.59.) Sintetize as determinações das principais leis abolicionistas (Lei do Ventre Livre, Lei dos Sexagenários e Lei Áurea) e elabore uma crítica a respeito do impacto que elas tiveram sobre a vida dos escravos.

6. O incentivo à vinda de imigrantes passou por alguns ensaios e erros. Em 1847, Nicolau de Campos Vergueiro, antigo regente do Império e fazendeiro, cuja fortuna provinha em boa parte do comércio de importação de escravos, tentou uma primeira experiência, trazendo imigrantes alemães e suíços para trabalhar em suas fazendas, pelo regime de parceria. (FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: Edusp, FDE, 1999, p. 206.) Após a proibição do tráfico negreiro para o Brasil, os grandes proprietários rurais, passaram enfrentar problemas para obter mão de obra. A vinda de imigrantes europeus foi a solução encontrada para resolver essa questão. Sobre esse assunto: a) explique o motivo que levou as elites brasileiras preferirem o trabalhador europeu ao negro africano. b) compare o sistema de parceria com a imigração subvencionada. 7. Observe a charge abaixo. (SCHWARCZ, Lilia M. & ANGELI. Cai o Império! República vou ver. São Paulo: Brasiliense, 1983, p.45.) Sobre a imigração europeia para o Brasil: a) explique os fatores que motivaram a vinda desses imigrantes para o Brasil. b) cite algumas contribuições culturais que eles trouxeram para o país. 8. Desde o fim do tráfico negreiro, os cafeicultores vinham negociando, com o governo imperial, compensações pela ausência do trabalho escravo. Para o seu lugar, reivindicavam a vinda de imigrantes europeus financiados pelo Estado. Mas no Brasil havia terras disponíveis, e certamente os imigrantes e trabalhadores não se sujeitariam a trabalhar nas lavouras dos grandes cafeicultores, pois buscariam tornar-se pequenos proprietários. Nesse contexto, foi elaborada a Lei de Terras em 1850. (CABRINI, Conceição, CATELLI JUNIOR, Roberto & MONTELLATO, Andrea. História temática: terra e propriedade. 8º Ano. São Paulo : Scipione, 2010, p. 198.) Explique o que a Lei de Terras determinava e o que ela representou para os grandes proprietários rurais e para os trabalhadores livres no Brasil. 9. A partir de meados do século XIX, foram inauguradas no Brasil dezenas de indústrias (de tecidos, chapéus, cervejas) e várias companhias de seguro, navegação a vapor, bancos, estradas de ferro, além de empresas de mineração e transportes urbanos. Muitas dessas empresas tinham a participação de Irineu Evangelista de Souza, o barão de Mauá, o mais importante industrial do Segundo Reinado. (BOULOS JÚNIOR, Alfredo. História: Sociedade & Cidadania. 9º ano. São Paulo : FTD, 2006, p. 10.) A segunda metade do século XIX no Brasil foi marcada por um processo de industrialização, acompanhado por uma acentuada modernização. Cite e explique os fatores que contribuíram para essas transformações. 10. Em torno de dois grandes rios, Uruguai e Paraguai, quatro nações dividiam fronteiras: Brasil, Uruguai, Paraguai e Argentina. Nesse terreno quatro contendores aplicavam-se bem em desempenhar o complicado jogo de fronteiras. Em questão, estavam, além do acesso à livre navegação da bacia platina, a hegemonia na região e os diferentes processos por que passavam os diferentes Estados nacionais envolvidos. (Lilia Schwartz. As barbas do imperador) No texto acima, a historiadora Lilia Schwartz aborda a complexa situação vivida pelos países envolvidos na Guerra do Paraguai, antes do início do conflito. Elabore um texto e nele aponte as causas dessa guerra e explique quais foram as suas consequencias para o Paraguai e para o Brasil.

Exercícios de Revisão 8º Ano - 4º Bimestre 2ª parte: Exercícios objetivos Unidade 6: O Segundo Reinado no Brasil 1. A partir do Golpe da Maioridade, em 1840, a vida partidária brasileira resumiu-se a dois partidos: o Partido Liberal, antes chamado Progressista, e o Partido Conservador, antes chamado Regressista. Sobre esses partidos políticos, podemos concluir que: a) o partido conservador era fortemente influenciado pelas ideias republicanas, enquanto os liberais defendiam o poder fortemente centralizado, apoiando Dom Pedro II de modo incondicional. b) durante todo o Segundo Reinado, os conservadores sempre estiveram no poder e os liberais mantiveram-se na oposição, convertendo-se em republicanos por esse motivo. c) esses partidos caracterizavam-se por possuir ideias políticas bem definidas e diferenciadas. O Partido Conservador representava os interesses das classes dominantes, enquanto o Partido Liberal representava os interesses das camadas populares. d) os conservadores conduziam a vida partidária do Império, mas quem governava eram os liberais radicais, que ganharam destaque com as revoltas provinciais após 1848. e) ambos os partidos representavam os interesses das classes dominantes. O Partido Conservador defendia um governo imperial forte e centralizado, enquanto que o Partido Liberal defendia um governo imperial menos centralizado. 2. Durante o Segundo Reinado o Brasil adotou um sistema de governo, utilizando como modelo o parlamentarismo inglês. No entanto, o parlamentarismo brasileiro diferenciava-se muito daquele adotado na Inglaterra. Identifique, entre as alternativas abaixo, aquela que caracteriza o modelo de parlamentarismo adotado no Brasil durante o reinado de D. Pedro II. a) O Poder Legislativo tinha autonomia política para indicar o primeiro-ministro e os membros do seu gabinete ministerial. b) O parlamentarismo brasileiro era mais democrático que o inglês, pois permitia a participação das mulheres nas eleições provinciais. c) O Poder Moderador contribuiu para que o parlamentarismo brasileiro fosse autônomo e sem a interferência do Imperador. d) No parlamentarismo brasileiro o chefe de governo era o presidente do Conselho de Ministros, que era indicado pelo próprio Imperador. Caso o indicado não tivesse maioria na Câmara, o Imperador podia dissolvêla e convocar novas eleições. e) O Imperador acumulava as funções de monarca e de primeiro-ministro, o que era previsto inclusive na Constituição de 1824. 3. Ao longo do século XIX, o café tornou-se o mais importante produto agrícola brasileiro. São características da atividade cafeeira nesse período: a) a partir de meados do século, o Oeste Paulista tornou-se uma grande região produtora, pois possuía um tipo de solo, conhecido como terra roxa, propício para o plantio do café. b) a produção de café concentrou-se sempre nas áreas litorâneas, pois isso facilitava a exportação do produto para a Europa. c) a produção do café em pequena escala, voltada exclusivamente para o abastecimento do mercado interno. d) o emprego exclusivo de mão de obra livre em todas as etapas da produção e do beneficiamento do café. e) a proibição, pelo governo imperial, da utilização de mão de obra do imigrante europeu no cultivo do café.

4. Analise a tabela quanto às exportações brasileiras de café ao longo do século XIX e leia o texto abaixo. Exportações brasileiras de Café: 1821 1890 (em 1000 sacas de 69 kg) Década Quantidade Década Quantidade 1821-30 3178 1861-70 29103 1831-40 10430 1871-80 32509 1841-50 18367 1881-90 51631 1851-60 27339 (Fonte: MENDONÇA; PIRES, 2002, p. 128.) "Após a introdução do transporte ferroviário e a implantação do trabalho de imigrantes, os dois grandes entraves à expansão da agricultura cafeeira foram eliminados." (www.fae.br) A partir da tabela e do texto podemos concluir que: a) apesar de terem surgido algumas dificuldades no que diz respeito à mão de obra e ao escoamento da produção, as exportações de café no Brasil cresceram bastante ao longo do século XIX. b) a expansão cafeeira não foi significativa no período citado, pois os fazendeiros brasileiros não tinham meios eficientes para transportar toda a sua produção. c) a partir de 1871, os problemas com a escravidão afetaram seriamente a produção cafeeira no Brasil, e por isso, as exportações brasileiras caíram significativamente. d) a falta de investimentos e de apoio do governo aos cafeicultores impediu o crescimento das exportações de café durante o segundo reinado. e) o grande crescimento da produção cafeeira verificada no segundo reinado ocorreu exclusivamente devido à introdução do trabalho escravo. 5. Desde o início do século XIX, a Inglaterra pressionava o Brasil para que abolisse o tráfico de escravos. Entre os fatores que explicam o interesse inglês pelo fim do tráfico de escravos estão: a) a sensibilização dos ingleses diante do sofrimento enfrentado pelos trabalhadores escravos. b) a pretensão inglesa de monopolizar (controlar com exclusividade) o comércio de escravos africanos. c) o desejo de que o dinheiro dos proprietários, antes utilizado na compra de escravos, fosse, após o fim do tráfico, empregado na compra de produtos ingleses. d) a Inglaterra desejava a extinção do tráfico negreiro para o Brasil, pois queria que apenas suas colônias continuassem com a escravidão, evitando-se assim, a concorrência brasileira. e) a necessidade de atender aos apelos do papa, que era contrário à escravidão africana no Brasil. 6. No contexto das disputas entre Brasil e Inglaterra a respeito do fim do tráfico negreiro, o governo inglês aprovou uma lei conhecida como Bill Aberdeen. Podemos caracterizar a Bill Aberdeen como uma lei que: a) permitia aos comerciantes da Inglaterra vender escravos mais baratos no Brasil, pois qualquer produto transportado em navios ingleses não pagava impostos. b) obrigava os brasileiros a comprar apenas escravos da Inglaterra, já que o comércio de outros artigos ingleses estava proibido no Brasil. c) proibia os ingleses de fazerem comércio com países que utilizassem mão de obra escrava, levando o Brasil a abolir a escravidão. d) estabelecia que apenas a Inglaterra poderia transportar escravos para o Brasil, o que fortaleceu as relações comerciais entre os dois países. e) dava aos ingleses o direito de aprisionar navios suspeitos de serem negreiros, prejudicando os brasileiros ao dificultar, cada vez mais, o tráfico de escravos.

7. Vestida em rendas valencianas e sedas peroladas, a princesa regente procurava passagem no meio da multidão de 10 mil pessoas, na tentativa de chegar ao balcão do Paço, no Rio de Janeiro. Sob uma chuva de flores atiradas por senhoras, conseguiu subir à sacada. Do lado de fora, ao saber que a princesa Isabel havia sancionado a Lei Áurea, o povo explodiu em gritos, vivas, salves (...). Mas os relatos de uma velha escrava da ilha (de Itaparica) contam que, acabada a comemoração, o senhor do engenho reuniu todos os escravos e os mandou embora, um a um. Os negros partiram dali sem terra, sem comida, sem dinheiro, sem sapatos, vestidos em roupas velhas de algodão grosso. Naquela dispersão miserável começava a liberdade. (Revista Aventuras na História. Edição 70/2009.) Assinale a alternativa que justifica a importância da Lei Áurea e explica a frase grifada no texto. a) A Lei Áurea encerrou o tráfico de escravos para o Brasil, o que levou os negros a conquistarem plenamente a sua liberdade e a sua cidadania. b) A Lei Áurea encerrou definitivamente a escravidão no Brasil. Todos ex-escravos tornaram-se trabalhadores assalariados, conquistando condições dignas de vida. c) Além de proibir a escravidão para os maiores de 60 anos, a Lei Áurea obrigava o Estado a amparar os exescravos, ao menos no final de sua vida. d) A Lei Áurea declarou extinta a escravidão no Brasil. Apesar de livres, a situação do ex-escravo não era favorável, pois o governo não garantiu a eles nenhuma assistência ou meios de integrá-los à sociedade. e) A Lei Áurea não teve importância alguma, pois determinava que apenas os escravos maiores de 60 anos fossem libertados, e naquela época, poucos cativos atingiam essa idade. 8. No dia 09/06/1889, o antropólogo Silvio Romero escreveu no editorial da Gazeta de Piracicaba: Sendo, porém, os povos europeus os mais progressistas da terra, muito nos convém a dupla corrente do norte e do sul, de alemães e italianos, que estão vindo unir-se a nós, associando-se às nossas lutas, às nossas fadigas e às nossas vitórias. De todas essas origens vai saindo o brasileiro por excelência, o tipo de hoje e ainda mais característico o do futuro. (Citado por SIMÕES, José Luis. Anotações sobre a abolição, imigração e o mercado de trabalho na República Velha. In: www.fef.unicamp.br/sipc/anais9/artigos/mesa_debates/art16.pdf). De acordo com o texto, uma das justificativas utilizadas para estimular a vinda dos imigrantes europeus para o Brasil era: a) os povos europeus, por terem uma capacidade física superior à dos negros, e por estarem mais acostumados à escravidão, poderiam contribuir para a produção de riquezas no Brasil graças à sua produtividade. b) a presença dos europeus, considerados povos superiores, poderia contribuir para que o brasileiro, no futuro, atingisse o progresso e também se tornasse um povo evoluído. c) os imigrantes vindos da Europa eram culturalmente e intelectualmente inferiores ao negro africano, sendo, portanto, mais fácil para os fazendeiros brasileiros dominarem esses trabalhadores europeus. d) o Brasil só poderia ser considerado um país evoluído se, no futuro, sua população fosse composta exclusivamente por europeus. e) a generosidade dos brasileiros, que se ofereciam para receber os europeus que enfrentavam guerras e revoluções em seus países de origem. 9. O crescimento industrial brasileiro, verificado na segunda metade do século XIX, foi especialmente favorecido por duas medidas de grande repercussão econômica: a tarifa Alves Branco (1844) e a lei Eusébio de Queirós (1850), que estabeleceram, RESPECTIVAMENTE: a) a redução das taxas alfandegárias para os produtos importados da Inglaterra e a abertura dos portos brasileiros para produtos industrializados ingleses. b) o apoio governamental à produção de café no Vale do Paraíba e a abolição da escravidão no Brasil. c) o aumento das taxas sobre os produtos importados e a extinção do tráfico negreiro. d) a permissão para que embarcações inglesas inspecionassem navios negreiros brasileiros e a proibição da entrada de imigrantes europeus no Brasil. e) a proibição da comercialização de produtos estrangeiros no Brasil e a proibição da escravidão indígena.

10. Observe no mapa abaixo as regiões envolvidas na Guerra do Paraguai. (http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/guerra-do-paraguai/guerra-do-paraguai-13.php) Em relação à Guerra do Paraguai podemos concluir que: a) apesar de derrotado, o Paraguai saiu fortalecido da guerra, pois esse conflito permitiu o desenvolvimento da sua indústria nacional. b) o Exército brasileiro saiu fortalecido da guerra e seus líderes passaram a exigir maior participação na política nacional, aderindo ao movimento que queria implantar a República no Brasil. c) foi um conflito que envolveu apenas dois países, Brasil e Paraguai e foi vencido pelos paraguaios. d) o Brasil iniciou o conflito ao invadir o Paraguai, na tentativa de tirar o ditador Solano López do poder e implantar a monarquia no país. e) com o apoio da Inglaterra, o Paraguai venceu o conflito, alcançando, a partir daí, elevados índices de desenvolvimento econômico e social.