III AMOSTRAGEM E INTERVALO DE CONFIANÇA Conceito de Amostragem AMOSTRA ALEATÓRIA

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Transcrição:

III AMOSTRAGEM E INTERVALO DE CONFIANÇA 3.1- Conceito de Amostragem AMOSTRA ALEATÓRIA Consideremos uma população e observando alguns elementos queremos obter informações a respeito da mesma. Estes elementos são obtidos de forma aleatória (em geral independentes) o que chamaremos de amostra aleatória. É preciso garantir que a amostra ou as amostras que serão usadas sejam obtidas por processos adequados. Se erros forem cometidos no momento de selecionar os elementos da amostra, o trabalho todo ficará comprometido e os resultados finais serão provavelmente bastante viesados. Devemos, portanto, tomar especial cuidado quanto aos critérios que serão usados na seleção da amostra. O que é necessário garantir, em suma, é que a amostra seja representativa da população. Isso significa que, com exceção de pequenas discrepâncias inerentes à aleatoriedade sempre presente, em maior ou menor grau, no processo de amostragem, a amostra deve possuir as mesmas características básicas da população, no que diz respeito à(s) variável(is) que desejamos pesquisar. A necessidade da representatividade da amostra não é difícil de entender. O que talvez não seja fácil é saber quando temos uma amostra representativa ou não. Veremos adiante algumas recomendações sobre como proceder para garantir, da melhor forma possível, a representatividade da amostra. Os problemas de amostragem podem ser mais ou menos complexos, dependendo das populações e das variáveis que se deseja estudar. Na indústria, onde amostras são freqüentemente retiradas para efeito de controle de qualidade dos produtos e materiais, em geral os problemas de amostragem são mais simples de resolver. Por outro lado, em pesquisas sociais, econômicas ou de opinião, a complexidade dos problemas de amostragem é normalmente bastante grande. Em tais casos, extremo cuidado deve ser tomado quanto à caracterização da população e ao processo usado para selecionar a amostra, a fim de evitar que os elementos desta constituam um conjunto com características fundamentalmente distintas das da população.

No caso de questionários serem distribuídos, muita atenção é também requerida em sua elaboração, visando evitar perguntas capciosas ou inibidoras, o que viria a distorcer os resultados. Em resumo, a obtenção de soluções adequadas para o problema de amostragem exige, em geral, muito bom senso e experiência. Além disso, é muitas vezes conveniente que o trabalho do estatístico seja complementado pelo de um especialista do assunto em questão. Veremos a seguir, algumas recomendações básicas referentes ao problema de amostragem e a apresentação das principais técnicas de amostragem. 3.2 - Técnicas de amostragem AMOSTRAGEM PROBABILÍSTICA Existem dois tipos de amostragem: a probabilística e a não probabilística. A amostragem será probabilística se todos os elementos da população tiverem probabilidade conhecida, e diferente de zero, de pertencer à amostra. Caso contrário, a amostragem será não probabilística. Segundo essa definição, a amostragem probabilística implica um sorteio com regras bem determinadas, cuja realização só será possível se a população for finita e totalmente acessível. A utilização de uma amostragem probabilística é a melhor recomendação que se deve fazer no sentido de se garantir a representatividade da amostra, pois o acaso será o único responsável por eventuais discrepâncias entre população e amostra. A seguir, damos algumas das principais técnicas de amostragem probabilística. AMOSTRAGEM ALEATÓRIA SIMPLES Esse tipo de amostragem, também chamada simples ao acaso, casual, elementar, randômica, etc., é equivalente a um sorteio lotérico. Nela, todos os elementos da população têm igual probabilidade de pertencer à amostra, e todas as possíveis amostras têm também igual probabilidade de ocorrer. Sendo N o número de elementos da população e n o número de elementos da amostra, cada elemento da população tem probabilidade de Prof. Paulo Ricardo B. Guimarães 2

pertencer à amostra. A essa relação denomina-se fração de amostragem. Por outro lado, sendo a amostragem feita sem reposição, o que suporemos em geral, existem possíveis amostras, todas igualmente prováveis. Na prática, a amostragem simples ao acaso pode ser realizada numerando-se a população de 1 a N, sorteando-se, a seguir, por meio de um dispositivo aleatório qualquer, n números dessa seqüência, os quais corresponderão aos elementos sorteados para a amostra. Esse sorteio pode ser feito utilizando a tabela de números aleatórios. AMOSTRAGEM SISTEMÁTICA Quando os elementos da população se apresentam ordenados e a retirada dos elementos da amostra é feita periodicamente, temos uma amostragem sistemática. Assim, por exemplo, em uma linha de produção, podemos, a cada dez itens produzidos, retirar um para pertencer a uma amostra da produção diária. A principal vantagem da amostragem sistemática está na grande facilidade na determinação dos elementos da amostra. O perigo em adotá-la está na possibilidade da existência de ciclos de variação da variável de interesse, especialmente se o período desses ciclos coincidir com o período de retirada dos elementos da amostra. Por outro lado, se a ordem dos elementos na população não tiver qualquer relacionamento com a variável de interesse, então a amostragem sistemática terá efeitos equivalentes à amostragem casual simples, podendo ser utilizada sem restrições. AMOSTRAGEM ESTRATIFICADA Muitas vezes a população se divide em subpopulações ou estratos, sendo razoável supor que, de estrato para estrato, a variável de interesse apresente um comportamento substancialmente diverso, tendo, entretanto, comportamento razoavelmente homogêneo dentro de cada estrato. Em tais casos, se o sorteio dos elementos da amostra for realizado sem se levar em consideração a existência dos estratos, pode acontecer que os diversos estratos não sejam convenientemente representados na amostra, a qual seria mais influenciada pelas características da variável nos estratos mais favorecidos pelo sorteio. Evidentemente, a tendência à ocorrência de tal fato será tanto Prof. Paulo Ricardo B. Guimarães 3

maior quanto menor o tamanho da amostra. Para evitar isso, pode-se adotar uma amostragem estratificada. Constituem exemplos em que uma amostragem estratificada parece ser recomendável, a estratificação de uma cidade em bairros, quando se deseja investigar alguma variável relacionada à renda familiar; a estratificação de uma população humana em homens e mulheres, ou por faixas etárias; a estratificação de uma população de estudantes conforme suas especificações, etc. AMOSTRA DE CONVENIÊNCIA A amostra de conveniência é formada por elementos que o pesquisador reuniu simplesmente porque dispunha deles. Então, se o professor tomar os alunos de sua classe como amostra de toda a escola, estará usando uma amostra de conveniência. Os estatísticos têm muitas restrições ao uso de amostras de conveniência. Mesmo assim, as amostras de conveniência são comuns na área de saúde, onde se fazem pesquisas com pacientes de uma só clínica ou de um só hospital. Mais ainda, as amostras de conveniência constituem, muitas vezes, a única maneira de estudar determinado problema. De qualquer forma, o pesquisador que utiliza amostras de conveniência precisa de muito senso crítico. Os dados podem ser tendenciosos. Por exemplo, para estimar a probabilidade de morte por desidratação não se deve recorrer aos dados de um hospital. Como só são internados os casos graves, é possível que a mortalidade entre pacientes internados seja maior do que entre pacientes não-internados. Conseqüentemente, a amostra de conveniência, constituída, neste exemplo, por pacientes internados no hospital, seria tendenciosa. Finalmente, o pesquisador que trabalha com amostras sempre pretende fazer inferência, isto é, estender os resultados da amostra para toda a população. Então é muito importante caracterizar bem a amostra e estender os resultados obtidos na amostra apenas para a população de onde a amostra proveio. Prof. Paulo Ricardo B. Guimarães 4

3.3 - Cálculo do tamanho amostral; ERRO AMOSTRAL E NÍVEL DE CONFIANÇA Uma das etapas do planejamento amostral é a definição do erro amostral e do nível de confiança desejado pelo pesquisador, no levantamento a ser realizado. Estas são informações que poderão levar à um aumento ou redução do tamanho amostral, dependendo dos recursos disponíveis para realização da pesquisa. Trataremos abaixo desses conceitos especificamente para o caso em que estamos interessados em estimar uma proporção populacional. 1) ERRO AMOSTRAL Imagine que para estimação de um proporção (ou porcentagem) tenhamos interesse em atingir uma certa precisão para nossa estimativa de mais ou menos ε %. Isto significa que se o nosso levantamento proporcionar uma estimativa de P % então poderemos afirmar que a porcentagem da população deve estar entre P ε < P < P + ε (1) com uma certa margem (ou nível) de confiança; 2) NÍVEL DE CONFIANÇA Imagine agora que o levantamento amostral acima tenha sido realizado com a definição de um nível de confiança de (1 - α) ou (1 - α) X 100 %. Isto significa que se realizarmos 100 levantamentos semelhantes, o intervalo definido acima (1) conterá o verdadeiro valor da população em (1 - α) X 100 % das vezes. O nível de confiança é exatamente o oposto do nível de significância (α) de forma que o efeito causado pelo aumento ou diminuição dessas quantidades pode ser melhor representado na tabela abaixo: Erro amostral Nível de confiança Nível de significância Tamanho amostral Prof. Paulo Ricardo B. Guimarães 5

CÁLCULO DE TAMANHO AMOSTRAL Desta forma uma expressão que poderá nos ajudar na definição do tamanho que uma amostra deve ter para satisfazer algumas condições pré-estabelecidas é dada por: n = 0 Z 2 ε pq 2 onde: Z é o valor da variável padronizada para um nível de significância α. É o valor da distribuição Normal padronizada cuja área à direita é de α %; p é uma pré-estimativa definida a partir de informações que o pesquisador possui acerca desse parâmetro. Geralmente é desconhecida e portanto assumese que ela é igual a 0,5; q é o complemento de p, ou seja, q = 1 p; ε é o erro amostral definido pelo pesquisador; n 0 é o tamanho amostral sugerido. Sugere-se ainda que seja realizada uma correção no caso de estarmos trabalhando com uma população finita, da seguinte forma: n = 1 + n n 0 0 N Prof. Paulo Ricardo B. Guimarães 6

PLANEJAMENTO AMOSTRAL DE UMA PESQUISA DE OPINIÃO O termo População, em Estatística, é o público-alvo a ser avaliado. Amostra é parte da População a ser investigada, de preferência, com características muito semelhantes á População. Em qualquer pesquisa, principalmente naquelas onde o número investigado é muito grande, torna-se quase impossível ou inviável pesquisar todos os elementos da População. É necessário então retirar uma amostra representativa para ser analisada. Quando se quer fazer uma checagem na qualidade de determinado produto na linha de produção de uma empresa, não é necessário analisar todas as unidades produzidas, mas apenas uma amostra representativa, a ser colhida segundo critério que se respalda em método de representação (um em cada dez, por exemplo), a partir da qual se obterá o padrão de qualidade do lote produzido. A amostra na pesquisa de mercado é um fator básico para validar ou não um procedimento adotado, como no exemplo citado acima. Vale dizer que este item é bastante complexo porque, dependendo do universo a ser analisado e dos objetivos do estudo, temos que usar um critério amostral. Uma vez definida a população a ser investigada, há que se elaborar seleção do método e do tamanho da amostra. Este método vai depender do conhecimento da delimitação do universo a ser pesquisado, de suas características e ordenamento, pois nem toda amostra permite que os resultados sejam inferidos para o universo como um todo. Prof. Paulo Ricardo B. Guimarães 7