Grandes Dicotomias (b) 27. Direito Objetivo x Subjetivo definições e fundamentos 28. Direito Objetivo x Subjetivo estrutura do direito subjetivo
Grandes Dicotomias (b) Direito objetivo e direito subjetivo Definições Direito subjetivo Estrutura Análise Sujeito de direito Capacidade e competência Dever e responsabilidade Relação jurídica
Direito objetivo e direito subjetivo Definições: A dicotomia pretende realçar que o direito é um fenômeno objetivo, que não pertence a ninguém socialmente, que é um dado cultural, composto de normas, instituições, mas que, de outro lado, é também um fenômeno subjetivo, visto que faz, dos sujeitos, titulares de poderes, obrigações, faculdades, estabelecendo entre eles relações (FERRAZ JÚNIOR, 4.2.5)
Definições O direito objetivo é um dado cultural: conjunto de normas Questão: o direito subjetivo é... um dado natural ou um dado cultural ou derivado do direito objetivo? Direito objetivo apenas reconhece o direito subjetivo ou o cria? Questões: descompasso social entre o direito objetivo e o direito subjetivo; conflito de direitos subjetivos
Definições Direito subjetivo significa que: A relação jurídica é considerada da perspectiva de um sujeito a quem ela favorece Essa situação favorável surge em face de normas que restringem o comportamento dos outros Direito dever Há, na relação, a possibilidade de fazer valer a situação em face de outro Faculdade ou poder Deficiências Situações em que uma massa patrimonial é favorecida Situações em que o favorecido é um e aquele que dispõe da faculdade ou poder é outro
Grandes Dicotomias (b) Direito objetivo e direito subjetivo Definições Direito subjetivo Estrutura Análise Sujeito de direito Capacidade e competência Dever e responsabilidade Fatos, atos, relações e negócios jurídicos Direito positivo e direito natural
Direito Subjetivo Estrutura Há elementos básicos que aparecem em quase todas as modalidades de direito subjetivo: Sujeito do direito (titular do direito) Conteúdo do direito Faculdade de constranger o outro (direito pessoal) Faculdade de usar, fruir, dispor e gozar da/a coisa Objeto do direito Coisa (real) ou interesse protegido (pessoal) Proteção do direito (garantia) Possibilidade de fazê-lo valer por meio de ação processual
Grandes Dicotomias (b) Direito objetivo e direito subjetivo Definições Direito subjetivo Estrutura Análise Sujeito de direito Capacidade e competência Dever e responsabilidade Relação jurídica
Sujeito de direito Titular do direito subjetivo Ponto de confluência de normas jurídicas Conferem direitos e deveres Pessoa Física: feixe de papéis que se confundem Jurídica: feixe de papéis isolado e integrado por meio de um estatuto
Capacidade e competência São formas de poder jurídico Aptidão do sujeito para o exercício impositivo de comportamentos para si (capacidade) ou para terceiros (competência) Normas autorizam as ações e estabelecem suas condições Capacidade Liga-se à autonomia privada Permite ao sujeito dar forma a suas relações, conforme seus interesses - auto-vincular-se É um poder não qualificado (comum a qualquer pessoa), autônomo (própria pessoa se obriga), discricionário (exercido livremente) e transferível Competência Permite ao sujeito dar forma a relações de terceiros É um poder qualificado, heterônomo, vinculado e intransferível
Dever e responsabilidade Toda obrigação revela dois conteúdos: Vínculo = dever Exigência garantida de uma prestação = responsabilidade As normas impõem um dever a uma pessoa obrigada (criando um vínculo) e geram a responsabilidade pelo seu cumprimento (possibilitando a exigência desse cumprimento pelo credor)
Relação Jurídica Os sujeitos de direito relacionam-se entre si Tais relações são previstas e definidas pelas normas, tornando-se jurídicas a identificação das relações jurídicas é para a dogmática estrutural um ponto crucial, posto que a decidibilidade de conflitos depende das posições que os agentes ocupam, uns perante os outros, nas comunicações ou interações sociais: quem deve, quem paga, quem manda, quem obedece, quem prescreve, quem cumpre, são posições que implicam relações que compete ao direito constituir (dirá Kelsen) ou disciplinar (dirá a doutrina tradicional) juridicamente (FERRAZ JÚNIOR, 4.2.5.6)
Relação Jurídica O fato jurídico é um fato juridicamente qualificado Evento ao qual as normas atribuem consequências É todo e qualquer fato que, na vida social, corresponda ao modelo de comportamento ou de organização previsto na norma (REALE) Hipótese normativa Ato jurídico é todo ato lícito, que tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar ou extinguir direitos (art. 81 do CC antigo)
Relação Jurídica Negócio Jurídico É o ato jurídico pelo qual uma ou mais pessoas, em virtude de declaração de vontade, instauram uma relação jurídica, cujos efeitos se subordinam a essa vontade declarada, nos limites da lei Culmina, pelo menos em potência, numa relação jurídica Elementos: Declaração de vontade Subordinação dos efeitos decorrentes dessa situação às condições constantes no termo de declaração