Epistemologia Jurídica
Epistemologia estudo dos postulados, conclusões e métodos dos diferentes ramos do saber científico Teoria Geral do Conhecimento GNOSIOLOGIA FINALIDADE Filosofia Aplicada ao Direito RACIOCÍNIO Operações Mentais Formulação de Ideias Elaboração de Juízos FILOSOFIA GERAL DO DIREITO E ÉTICA Identidade Não Contradição 3º Excluído PRINCÍPIO AS LÓGICA Verita Aletheia Emunah VERDADE SOFISMA Argumento enganador Falácia Pseuda verdade SILOGISMO A. Argumento com dois antecedentes e uma conclusão B. Raciocínio que se pauta com duas premissas Paulo Dourado Gusmão Indutivo Dedutivo NORMA Hipotético-dedutivo Fenomenológico Analógico Dialético TEORIA TRIDIMENCIONAL MÉTODO DO DIREITO Expositivo Teoria do SER enquanto sujeito de Crítico um juízo lógico. Operacional Razão da Existência. ONTOLOGIA Transformação evolução OBJETOS Jurídico Físico psíquico AXIOLOGIA Teoria dos Valores CARACTERÍSTICAS DAS NORMAS JURÍDICAS Bilateralidade Generalidade Abstratividade Imperatividade Coercibilidade TEORIA MARXISTA DO DIREITO Eficácia Efetividade Vigência legitimidade ATRIBUTOS DE VALIDEZ REALIDADE Relação Social Padrão de Conduta Valor de Justiça CARACTERÍSTICAS DO VALOR Bipolaridade Implicação Referibilidade Preferibilidade Incomensurabilidade Graduação Hierárquica A finalidade de filosofia aplicada ao Direito consiste em despertar a dúvida sobre as verdades jurídicas, geralmente ideológicas, e, como tal, históricas; abrir a mente para a realidade jurídica, imperfeita, e, quase sempre, injusta; incentivar reformas jurídicas, criando a consciência de a lei ser obra inacabada, em conflito permanente com o direito.
Conhecer é trazer para o sujeito ( o pesquisador) algo que se põe como objeto. Ter acesso ao que se investiga/pesquisa.
Objeto: É tudo aquilo de que se pode dizer alguma coisa. (O Universo, a Fauna, a Flora, o réptil, a rosa, a sociedade, etc)...
Ciência: do latim scientia, refere-se ao "conhecimento" sistemático, com enunciado e método próprio.
O conhecimento científico é, portanto, aquele que procura dar às suas constatações um caráter estritamente descritivo, genérico, comprovado e sistematizado. Que sempre está em busca da verdade comprovada.
O Conhecimento Vulgar ou Não científico é obtido de forma assistemática, ou seja, sem método, vai sendo acumulado ao longo do tempo de forma desorganizada
Conhecimento Vulgar Origem no cotidiano espontâneo, sem método específico Pode até ser correto, mas não adota a prova Não esquematizado Casual Conhecimento Científico Adota metodologia Busca a verdade, a certeza Passível de esquematização Causal Aleatório, fortuito Forma regras a partir de casos particulares
Ciência do direito: é o conjunto sistematizado de conhecimentos relativos ao que é reto (directum), objeto ideal.
Assim... A expressão Ciência do Direito é usada em sentido amplo, indicando qualquer estudo metódico, sistemático e fundamentado dirigido ao direito.
O MÉTODO é: METODOLOGIA JURÍDICA a garantia de veracidade de um conhecimento. a direção ordenada do pensamento na elaboração da ciência. ele que guia a investigação científica o caminho a ser percorrido até o conhecimento
O Método refere-se a um aglomerado de regras básicas de como deve ser o procedimento a fim de produzir conhecimento dito científico Não se deve confundir método com técnica, pois o saber científico pode utilizar diversas técnicas, mas só pode ter um método.
O método indicará o caminho a ser percorrido pelo cientista para se chegar a um determinado fim (uma verdade). Ex.: Método proposto por Decartes: chegar à verdade através da dúvida sistemática e da decomposição do problema em pequenas partes Método proposto por Edgar Morim: uma visão sistêmica, do todo. Já a técnica será a forma utilizada para percorrer este caminho Ex.: Procedimento invasivo O método indica "o que fazer" e a técnica indica "como fazer".
TÉCNICA JURÍDICA A técnica da ciência do Direito é o conjunto de procedimentos (como fazer) destinados a tornar mais perfeita e eficaz a criação e aplicação do direito, bem como a tornar mais completo o seu conhecimento.
Avaliação textual 2018 Texto: Êxodo 21 : 28-36 Prof. Welington Fernandes de Lima Carolina e Maria Rosa
Ex: requisitos da petição inicial Artigo 282 CPC A petição inicial indicará: I - o juiz ou tribunal, a que é dirigida; II - os nomes, prenomes, estado civil, profissão, domicílio e residência do autor e do réu; III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido; IV - o pedido, com as suas especificações; V - o valor da causa; O DIREITO COMO CIÊNCIA VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados; VII - o requerimento para a citação do réu.
Art. 284 CPC: Verificando o juiz que a petição inicial não preenche os requisitos exigidos nos arts. 282 e 283, ou que apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito, determinará que o autor a emende, ou a complete, no prazo de 10 (dez) dias. Parágrafo único. Se o autor não cumprir a diligência, o juiz indeferirá a petição inicial.
Compete à técnica dar forma ao direito.
A técnica jurídica divide-se em três partes: 1. técnica da formulação legislativa do direito a criação de normas; 2. técnica da ciência do direito, que se destina a concentrar, sistematizar e unificar a matéria jurídica, simplificando e organizando o direito para sua melhor compreensão e aplicação; 3. técnica de aplicação do direito, que engloba as técnicas de interpretação do direito (determina o sentido da norma) e de integração do direito (busca resolver o problema das lacunas no direito).
Direito é a ciência da organização social que regra a conduta humana, formulando leis, fundado no ideal de justiça e segurança.
Teorias do Direito Jusnaturalista o jusnaturalismo teológico: Direito decorre da revelação divina; independente dos próprios seres humanos; assumindo caráter transcendental, o jusnaturalismo racionalista, o Direito é inerente à condição humana, anterior às organizações político-sociais humanas, as quais apenas o concretizarão.
Platão
Direito Natural eterno, atemporal, imutável, justo, não escrito universal.
Críticas ao jusnaturalismo Desconsiderar que os seres humanos se organizam de maneiras distintas, que as realidades sociais variam e que os anseios e os interesses humanos estão em constantes mudanças.
Juspositivismo O Direito decorre de atos de vontade, de formulação humana, por isso, é sempre positivo. Entende que o direito deve ser formulado pelo Estado Exige neutralidade do cientista, o qual não emite juízo de valor
Direito essencialmente moral Direito separado da moral Fundamento numa lei superior Fundamento na possibilidade de coerção Interpretação de acordo com a natureza (Razão) Interpretação declarativa
Teoria Pura do Direito (Hans Kelsen) (A TEORIA MAIS APLICADA NOS CURSOS DE DIREITO) Decorre do juspositivismo Exige pureza metódica (estudo do Direito a partir de métodos jurídicos, e não a partir de uma metodologia sociológica, filosófica, antropológica, teológica etc) Ausência de Juízo de Valor Estabelece apenas duas categorias originárias de conhecimento: O ser (fato) e o dever-ser (norma)
SER Fato (fonte jurídica material) Baseia-se na causalidade (toda causa tem um efeito) Previsibilidade DEVER-SER Norma (fonte jurídica formal) Baseia-se na imputação (determinação externa) Imprevisibilidade
Direito = Dever Ser = Imputação Necessidade de um escalonamento de normas jurídicas Normas Jurídicas Básicas Normas Jurídicas Decorrentes
Teoria Tridimensional do Direito (Miguel Reale) DIREITO = fato + valor + norma A norma incide sobre o fato conforme uma determinada ordem de valores O valor é que dá sentido ao fato.
A TEORIA TRIDIMENSIONAL DO DIREITO NORMA
A teoria tridimensional do direito, esta relacionada a adequação da norma á evolução da sociedade, dando valor ao fato e então adequando a norma.
Teoria Pura do Direito (Kelsen) (contraposição entre fato e norma) X Teoria Tridimensional do Direito (Reale) (A norma é o caminho que tem início no fato, o qual é guiado pelo valor)
Direito e Moral Formas de controle social Teoria dos Círculos Concêntricos (Teoria do Mínimo Ético) Teoria dos Círculos Secantes Teoria dos Círculos Independentes
CASO CONCRETO Thiago Souza, menor de idade, recorre à Justiça requerendo alimentos em face de seus avós. Na oportunidade, a justificativa para tal pedido foi a de que teriam esses (avós) melhores condições financeiras do que os pais. Porém, a Justiça negou o pedido de alimentos requerido contra os avós, porque, com base no artigo 397 do CC, não ficou demonstrada a impossibilidade dos pais poderem prestar assistência ao filho menor. Alegou o juiz que a responsabilidade pelos alimentos é, em primeiro lugar, dos pais e filhos, e, secundariamente, dos avós e ascendentes em grau ulterior, desde que o parente mais próximo não possa fazê-lo. Nesta mesma direção, a Revista Jurídica CONSULEX Ano VIII n 172, em 15/03/04, já informava que a responsabilidade de avós é complementar, valendo apenas nos casos em que os pais não estiverem em condições financeiras de prestar essa assistência alimentar ao filho.