RELATÓRIO ACADÊMICO ESTÁGIO: NÚCLEO DE ESTUDO DA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA

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Transcrição:

Revista Intercâmbio - vol. VIII - 2017 / ISSN - 2176-669X - Página 255 RELATÓRIO ACADÊMICO ESTÁGIO: NÚCLEO DE ESTUDO DA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA Malena Pereira da Silva 1 INTRODUÇÃO O estágio no Núcleo da Criança e Adolescência foi uma experiência de aprendizado e reflexão sobre o contexto histórico da educação infantil no Brasil e no mundo. O estágio dividiu-se em duas partes muito importantes: a primeira consistiu em uma pesquisa detalhada dos aspectos históricos da educação infantil ao longo do tempo com a leitura de artigos e levantamento de dados, a segunda parte do estágio tinha como objetivo a utilização na prática dos conhecimentos adquiridos durante a pesquisa em uma escola pública no município de Januária. A leitura de artigos e material relacionados à educação infantil foi fundamental para compreendermos como o processo de educação de crianças foi introduzido na sociedade. É de conhecimento de todos que criança tem o direito a uma educação infantil em creches e pré-escolas, mas os processos de lutas que garantiram que tais direitos fossem incluídos na sociedade poucas pessoas sabem. Por isso, é importante descobrir como o processo de ensino infantil começou, como uma necessidade de um lugar para as crianças ficarem enquanto seus pais trabalhavam e como foi que se tornou o que é hoje, um processo que demandou muito tempo e lutas. No artigo da autora Sonia Kramer (2006) ela discute as transformações da educação infantil brasileira nos últimos anos, com foco nas políticas públicas, que passaram a investir mais significativamente na educação de crianças de 0 a 6 anos. O direito a educação está presente na constituição de 1988, no Estatuto 1 Acadêmica do 6º período do curso de Letras Inglês da Universidade Estadual de Montes Claros, Campus Januária

Revista Intercâmbio - vol. VIII - 2017 / ISSN - 2176-669X - Página 256 da Criança e Adolescente de 1996. Mas a luta para a inclusão da educação infantil só passou a ser intensificada no Brasil nos últimos 20 anos, inicialmente as instituições de educação atendiam apenas crianças de 4 a 6 anos, o que automaticamente excluía as crianças de 0 a 3 anos. Só em 1974, a pré-escola recebe uma atenção do governo federal com a criação da Coordenação da Educação Pré-Escola, esse órgão teve o papel de impulsionar a educação nas pré-escolas, mas apesar dos avanços muitas mudanças ainda eram necessárias para legitimar uma educação de qualidade para crianças. No artigo a autora deixa claro que a inclusão das crianças num contexto escolar foi um processo longo e muito difícil. No segundo artigo as autoras Jaqueline Delgado Paschoal e Maria Cristina Gomes Machado abordam o tema da criação da creche e pré-escola no período da Revolução Industrial. No início a educação e criação das crianças era de total responsabilidade da família, mas essa realidade começou a mudar durante a transição do feudalismo para o capitalismo na Europa quando, o trabalho com máquinas possibilitou a entrada da mulher no mercado do trabalho. E com a entrada das mulheres nas fábricas houve uma profunda alteração na estrutura social da época, as mães que precisavam trabalhar nas indústrias e não tinham com quem deixar seus filhos, recorriam aos trabalhos de outras mulheres que eram chamadas na época de mãe mercenárias. Em função dessa crescente necessidade de um local para acolher as crianças foram surgindo novas organizações para o cuidado com as crianças. Com o número muito grande de crianças, os maus tratos e violência contra elas também aumentaram. A preocupação das famílias pobres era a sobrevivência por meio do trabalho, e sem um melhor lugar para colocar seus filhos os maus tratos eram ignorados. Mas como o passar do tempo na Europa e Estados Unidos foram criadas instituições melhores que tinham como objetivo cuidar e educar as crianças enquanto as mães trabalhavam. No artigo Histórias da educação infantil brasileira do autor Moysés Kuhlmann (2000) ele discute sobre o papel das primeiras instituições criadas no Brasil, essas tinham como objetivo o acolhimento de crianças abandonadas e tinham um papel puramente assistencialista, sem nenhum foco na área da educação das crianças. Mas durante o regime militar iniciou-se uma nova fase na educação infantil brasileira com a consolidação da Constituição de 1988 e da

Revista Intercâmbio - vol. VIII - 2017 / ISSN - 2176-669X - Página 257 Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996. Com as mudanças na legislação a educação infantil ganhou novas possibilidades e incentivos, para oferecer as crianças de 0 a 6 anos a educação que elas merecem. No artigo O direito da criança à educação infantil a autora Anete Abramowicz (2003) tem como foco discutir os direitos das crianças à educação. A discussão acerca da educação infantil não é um tema recente, há muitos anos a educação de crianças de zero a seis anos é tema de várias discussões ao longo da história do Brasil. Muitos foram os fatores que contribuíram para a necessidade de uma educação para as crianças pequenas no Brasil e no mundo, a urbanização, a participação e inserção cada vez maior do trabalho feminino, todas essas mudanças na estrutura da sociedade foi o que levou à criação de creches e pré-escola. A infância tem constituído alvo de saberes e poderes que foram construindo-se e modificando-se ao longo da história e têm sua configuração em categorias sociais. A história das crianças sempre foi escrita sobre as crianças, e não com as crianças essa falta de uma representatividade para os cuidados da criança gerou e ainda hoje gera uma realidade de abandono, violência, morte, e maus trados as crianças, que são seres que não tem como se defender contra a violência dos adultos. PROJETO DE INTERVENÇÃO A leitura e pesquisa de todos os matérias relacionados foram fundamentais para a segunda fase do estágio com o desenvolvimento de um projeto de intervenção que foi realizado em uma escola estadual do município de Januária. O projeto de intervenção criando pela minha equipe foi voltado para a aprendizagem de língua inglesa no ensino fundamenta. Depois de realizadas as leituras de todos os artigos e fazermos uma reflexão sobre a importância de proporcionamos as crianças uma educação que elas merecem, decidimos pela realização das monitorias como uma forma de complementação do ensino que eles já recebem na sala de aula. O objetivo do projeto era observar e analisar as dificuldades dos alunos durante as aulas de língua inglesa. O projeto também contou com aulas de

Revista Intercâmbio - vol. VIII - 2017 / ISSN - 2176-669X - Página 258 monitoria que tinham o objetivo de auxiliar os alunos no processo de aprendizagem da língua inglesa. Nas monitorias os alunos tinham a oportunidade de tirar suas dúvidas sobre a disciplina. Com a observação das aulas notava-se que os alunos tinham muitas dificuldades com aprendizagem da língua inglesa e muitos deles não mantinham atenção à aula, mas quando o conteúdo da aula era apresentado com o uso de metodologia diferenciadas, com o uso de músicas e jogos educativos os alunos gostavam e tinham interesse em aprender. As monitorias e a observação do cotidiano de uma sala de aula foram experiências incríveis, fazer parte da educação dessas crianças e poder ajudar no seu aprendizado me deixou muito satisfeita. Como futura profissional da educação sei a importância que uma atendimento e aconselhamento de um aluno pode mudar a sua vida e eu desejo que todas essas crianças possam receber só o melhor da educação nas escolas. CONCLUSÃO O estágio no Núcleo da Criança e Adolescência foi uma experiência de muito aprendizado e reflexão sobre a história da educação infantil ao longo de diversos tempos e lugares, compreender que não foi uma tarefa fácil garantir às crianças o direto a uma educação de qualidade. Historicamente fica claro que a educação infantil não surgiu do interesse de se educar as crianças, mas pela necessidade de um lugar para deixá-las em quanto os pais trabalhavam. Por muitos anos as instituições tiveram um papel apenas assistencialista de apoio às famílias, muitas dessas instituições não contavam com pessoas qualificadas para o cuidado com as crianças, o que gerou anos de maus tratos e violência contra seres inocentes que não tinha como se defender da crueldade do mundo. Aprender e refletir sobre a trajetória da educação no nosso país e no mundo me fez ver que muitas conquistas foram efetivadas com relação os direito das crianças, mas há muito a se fazer para que nenhuma criança passe pelos maus tratos ou formas de violência que ocorreram no passado. E é nosso dever

Revista Intercâmbio - vol. VIII - 2017 / ISSN - 2176-669X - Página 259 como cidadãos cuidar e proteger nossas crianças, esse é o maior ensinamento que aprendi com a participação no estágio do Núcleo da Criança e Adolescência. REFERÊNCIAS ABRAMOWICZ, Anete. O direito das crianças á educação infantil. UFSCar.anetabra@power.ufscar.br, p.13-14, 2013 KRAMER, Sonia, As crianças de 0 a 6 anos nas políticas educacionais do Brasil: Educação Infantil e/é Fundamental, Educ. Soc., Campinas, vol. 27, n. 96 - Especial, p. 797-818, out. 2006. KUHLMANN, Moysés, História da educação infantil brasileira, Revista Brasileira de educação. N14, 5-18, 2000. PASCHOAL, Jaqueline Delgado; MACHADO, Maria Cristina Gomes. A história da Educação Infantil no Brasil: Avanços, Retrocessos e Desafios dessa modalidade educacional. Revista HISTEDBR online, Campinas, n.33, p.78-95. 2009