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Transcrição:

Companhia Energética de Minas Gerais Informe Demonstrativo de Resultados do 4º Trimestre de 2003 A Companhia apresentou no período de janeiro a dezembro de 2003, um lucro de R$ 1.198 milhões, ou R$ 7,39 por lote de mil ações, em comparação ao prejuízo de R$ 1.002 milhões apresentado no mesmo período de 2002, com perdas de R$ 6,18 por lote de mil ações. Cemig busca assegurar o crescimento e a criação de valor para seus acionistas com responsabilidade social tendo as seguintes ações implementadas em 2003: Investimentos de R$ 900 milhões, com geração de milhares de empregos; Projetos ambientais consumiram R$ 42 milhões em 2003; Ligação de 152 mil novos consumidores; Atendimento a mais de 1,4 milhões de consumidores baixa renda; Impostos, taxas e contribuições pagos superaram a R$ 3,4 bilhões; Salários e participação nos lucros pagos aos empregados atingiram a R$ 834 milhões. A Contribuição de cada empresa do grupo para o resultado foi a seguinte: Empresa Valores em milhões de reais CEMIG Gasmig Sá Carvalho Ipatinga Infovias Efficientia Horizontes Energia TOTAL Lucro Líquido 1.166 37 21 4 (29) (2) - 1.198 EBITDA 1.718 48 26 10 (4) (2) 1 1.797

Este resultado mostra uma evolução positiva frente a 2002 sendo que os principais indicadores apresentaram o seguinte desempenho: o Margem líquida de 21%; o Geração de caixa, medida pelo EBITDA, alcançou a R$ 1,8 bilhões; o Margem de geração de caixa subiu para 32%; o Resultado operacional nos últimos cinco anos: R$ 3.7 bilhões; o Retorno sobre o ativo permanente alcançou a 13,6%. Nosso Presidente, Djalma Bastos de Morais, disse que as realizações de 2003 são resultado de estratégia de sucesso que a companhia implementou no decorrer do ano, elevando o valor de mercado para R$ 7.440 milhões, representa 80% da meta prevista para 2006, R$ 9.200 milhões e um crescimento em relação a 2002 foi de 82%. Hoje o valor da empresa (valor de mercado mais dívida) ultrapassa a R$ 11 bilhões tendo o valor da empresa por EBITDA superado a 6,2 vezes. Isto mostra que nossos objetivos de crescer e criar valor, como determinado pelo acionista controlador, o Estado de Minas Gerais, estão produzindo resultados em velocidade superior ao que estimávamos. Além disso, os resultados de 2003 confirmam a solidez dos fundamentos da empresa, principalmente, os indicadores financeiros que se comportaram de maneira a permitir uma reestruturação do vencimento da dívida em 2004. Nosso diretor de Finanças, comercialização e de relações com os investidores, Flávio Decat de Moura, disse que a Cemig possui base sólida, porém, com a dívida mostrando vencimentos concentrados no curto prazo. Temos um fluxo de caixa sólido, mostrado pelo EBITDA que alcançou em 2003 o montante de R$ 1.798 milhões, com sua margem aumentada para 32%. Outro fator que nos alegra é o lucro operacional de 2003, com um aumento de 133% para R$ 1.226 milhões. Ainda temos uma baixa alavancagem, com a razão dívida por patrimônio líquido atingindo 37 %. As razões que contribuíram para o bom desempenho em 2003 foram : o Aumento tarifário de 31,5% em abril de 2003. o Aumento de 1,8% no volume de energia vendido em GWh. o Reducão de despesas operacionais. o Valorização do Real frente ao dólar o que permitiu redução substancial na dívida externa. o Reversão de parte das provisões relativas ao acordo geral do Setor RTE no montante de R$ 188 milhões. o Provisionamento com o Programa de desligamento Incentivado PDI montando a R$ 77 milhões, com redução do quadro de pessoal de 800 empregados. o Resultado financeiro mostrou ganhos com variação cambial de aproximadamente R$ 336 milhões Comparativamente ao anterior, o desempenho foi afetado pelo reconhecimento de diversas receitas e despesas relativas ao racionamento conforme procedimentos aprovados no âmbito do Acordo Geral do Setor, tornando complexa as comparações com 2003.

Entretanto, a comparação trimestral, principalmente do quarto trimestre, é bastante útil para demonstrar o ganho de lucratividade que a companhia apresenta como visto abaixo: Demonstração dos Resultados Valores em milhões de Reais ANO 4º TRI 4º TRI Receita Líquida 5.623 5.119 1.567 1.298 Despesas Operacionais (4.397) (4.593) (1.157) (1.208) EBIT 1.226 526 410 90 Resultado Financeiro 335 (615) (166) 142 Resultado não Operacional (61) (27) (37) (7) Perda Extraordinária - (1.045) - - Lucro Líquido 1.198 (1.002) 385 149 A receita líquida no quarto trimestre de 2003 aumentou 20,7% comparada ao mesmo período de 2002, sendo que as despesas operacionais tiveram um decréscimo de 4,5%, como se verá a seguir. Receita Operacional A receita operacional líquida aumentou 20% em 2003 quando comparada ao mesmo período de 2002 em razão do reconhecimento em 2002 de receitas extraordinárias relativos ao acordo geral do setor que proporcionou a recuperação das perdas ocorridas durante o racionamento de 2001-2002. Receitas Operacionais Valores em milhões de Reais ANO 4º TRI 4º TRI Vendas a consumidores finais 7.179 5.458 1.962 1.515 Receitas Extraordinárias - 275-6 Suprimento 57 534 7 45 Receita de Transmissão de Rede 257 185 66 51 Outras 475 300 203 129 Deduções (2.345) (1.633) (671) (448) Receitas Líquidas 5.623 5.119 1.567 1.298

Fornecimento bruto de energia elétrica A receita com fornecimento bruto de energia elétrica apresentou no período de janeiro a dezembro de 2003, um crescimento de 31,5% em relação ao mesmo período de 2002, sendo que no trimestre o crescimento foi de 29,5%. Os principais fatores que impactaram a receita com fornecimento bruto de energia são como se segue: Reajuste nas tarifas de 10,51% a partir de 8 de abril de 2002 (efeito integral no exercício de 2003) Reajuste nas tarifas del 31,53% a partir de 8 de abril de 2003. Aumentos dos valores cobrados dos consumidores referente ao Encargo de Capacidade Emergencial. Aumento de 1,7% no volume de energia vendida. MWh R$ mil ANO ANO Residencial 6.528.746 6.360.335 2.330.449 1.791.096 Industrial 21.715.148 21.906.479 2.874.841 2.191.718 Comercial 3.402.088 3.283.429 1.040.675 791.300 Rural 1.783.220 1.704.626 332.435 252.291 Outros 2.478.052 2.329.123 499.593 370.292 Consumo próprio 55.028 50.064 - - Fornecimento não faturado, líquido - - 100.800 60.923 Suprimento 621.288 313.392 32.836 20.469 Transações no MAE - - 23.848 513.127 TOTAL CONSOLIDADO 36.583.570 35.947.448 7.235.477 5.991.216 O crescimento de vendas a consumidores finais foi de 0,9% no ano comparado ao mesmo período ao passo que o consumo residencial cresceu 2,6% e o comercial 3,6%. Por outro lado, o consumo industrial decresceu 0,6% como resultado da não renovação de contratos de fornecimento por parte de consumidores industriais que desenvolveram projetos próprios de geração. A tarifa média da Cemig chegou a R$ 199,62 por MWh, um aumento de 30,3% quando comparada a 2002.

2003 2002 R$/MWh Industrial 356,95 281,60 Residencial 305,89 241,00 Comercial 132,39 100,05 Média 199,62 153,16 A tarifa média industrial subiu 32,3% em função do programa de eliminação de subsídios implementado pela ANEEL que resultou em um aumento diferenciado para os consumidores industriais de 31% em abril último. Despesas Operacionais A energia comprada para revenda, nossa maior despesa, representa 32% do total, seguida pela despesa com pessoal/participação que atinge a 19%. 7% 2% 11% 32% 7% 3% 6% 13% 19% Energia Comprada para Revenda Depreciação e Amortização CDE Servicos Terceiros Outras Pessoal/Participação CCC Encargos Rede Basica Forluz As despesas operacionais foram reduzidas em 4,5%, apesar do realinhamento tarifário implicar em aumento de despesas em função do reajuste de diversas despesas não controláveis conforme tabela abaixo.

Despesas Operacionais Valores em milhões de Reais ANO 4º TRI 4º TRI Energia Comprada 1.393 1.733 356 278 Pessoal 834 591 240 155 Depreciação e amortização 570 551 148 142 CCC 282 345 62 92 Conta de Desenvolvimento Energético - CDE 118-40 - Encargos de Uso de Rede de Transmissão 310 298 62 78 Serviços de Terceiros 321 265 99 85 Forluz Benefícios de empregados pós aposentadoria 74 145 38 (17) Outras Despesas 495 663 112 395 Total 4.397 4.593 1.157 1.208 Despesa de pessoal cresceu mais de 40% Participação nos lucros de R$ 92 milhões; Reajustes de 11,45% e 16,20% nos salários dos empregados da CEMIG em novembro de 2002 e 2003, respectivamente; Redução no percentual dos gastos com pessoal transferidos para o custo das obras em andamento; Provisão de R$ 78 milhões referente ao Programa de Desligamento Incentivado; implementado pela Companhia em dezembro de 2003, que contou com a adesão de 842 empregados; Número médio de empregados: redução de 1,4 %. Consolidado Controladora Remunerações e Encargos 654,03 570,09 638,46 559,22 Contribuições para Suplementação de Aposentadoria Plano de Contribuição Defin 30,82 21,40 30,82 21,40 Benefícios Assistenciais 70,76 58,67 68,88 57,28 755,61 650,16 738,15 637,90 ( - ) Custos compessoal Transferidos para Obras emandamento (95,46) (100,94) (94,03) (99,15) 660,15 549,22 644,13 538,75 Programa de Desligamento Incentivado - PDI 77,63 1,75 77,63 1,75 737,77 550,97 721,75 540,51

Resultado financeiro Os seguintes fatores foram determinantes para a apuração do resultado financeiro, a saber: A contabilização da correção monetária da RTE Recomposição Tarifaria Extraordinária, referente ao acordo Geral do Setor, que recompôs as perdas do racionamento; Ganhos referentes à valorização do Real frente ao dólar nos últimos trimestres; Juros e correção monetária do contrato de cessão da CRC ao Estado de Minas Gerais; Correção monetária da CVA, conta de compensação da variação dos custos da parcela A. Receitas Financeiras Análise do Resultado Financeiro Valores em milhões de Reais ANO 4º TRI 4º TRI Renda da Aplicação Financeira 78 236 12 39 Acrésc. Morat. Ctas Energia Elétrica 56 43 15 14 Contrato CRC/Estado (juros + variação monetária) 164 308 45 128 Variação monetária da Recomposição Tarifária Extraordinária 379 199 (19) - Variações cambiais 352 75 13 (7) PASEP/COFINS sobre a receita financeira (77) (45) (24) (15) Outras 162 51 146 (52) Despesas Financeiras 1.114 867 188 107 Encargos de empréstimos e financiamentos (350) (251) (106) (67) Variação monetária da recomposição Tarifária Extraordinaria e Supridores (56) - 1 - Variações cambiais (16) (803) 8 166 Var. Monet. Passivas-Empr. Financ. (53) (101) (9) (31) CPMF (39) (28) (12) (9) Provisão p/ desval. Tít. Valores Mobiliários 75 (61) 21 9 Venda antecipada de energia elétrica - (10) - - Outras (90) (8) (7) 66 (529) (1.262) (104) 134 Juros sobre capital próprio (250) (220) (250) (100) 335 (615) (166) 142

DÍVIDA CONSOLIDADA 31/dez/03 CURTO PRAZO LONGO PRAZO 31/dez/02 MOEDA ESTRANGEIRA 1.579.154 972.493 606.661 1.964.421 CEMIG 1.612.287 1.024.061 588.226 1.996.483 OUTRAS 99.158 20.684 78.474 122.564 FUNDOS VINCULADOS (132.291) (72.252) (60.039) (154.626) MOEDA NACIONAL 1.804.343 526.657 1.277.686 1.420.323 CEMIG 1.799.877 524.721 1.275.156 1.406.831 OUTRAS 4.466 1.936 2.530 13.492 SUBTOTAL 3.383.497 1.499.150 1.884.347 3.384.744 BNDES 475.252 88.186 387.066 - TOTAL CEMIG 3.858.749 1.587.336 2.271.413 3.384.744 A dívida total da Cemig atingiu ao final de 2003 o total de R$ 3.859 milhões, sendo que a dívida em moeda estrangeira alcançou a R$ 1.579 milhões, ou 40,9%, e a dívida em moeda nacional a R$ 2.280 milhões, ou 59,1%. Nos próximos doze meses, a dívida a vencer será de R$ 1.587 milhões de reais, o que levou a empresa a buscar o alongamento do vencimento através de transações financeiras de mais longo prazo. Entretanto, todos os parâmetros que medem a saúde financeira da empresa se encontram em níveis bastante confortáveis tais como o quociente entre a dívida líquida e EBITDA que alcançou a 4,31 e a cobertura de juros, EBITDA por juros, atingiu a 5,04 vezes. A política de gestão financeira procura assegurar o crescimento sustentado e a criação de valor para os acionistas atuando de forma a maximizar o resultado financeiro: Endividamento busca maximizar os benefícios da estrutura de capital; Redução do custo médio ponderado de capital; Ampliação do acesso ao mercado financeiro; Combinação de custos reduzidos com prazos alongados; Redução do estoque da dívida em curto prazo; Dívida excluído BNDES com variação mínima; Oportunidades de alongamento da dívida tanto local como externa; Debêntures:10 anos; Medium term notes: 5 anos. A volatilidade da taxa de câmbio tem trazido oscilações no resultado financeiro devido à exposição ao risco cambial ter trazido volatilidade aos seus resultados: Perdas de R$ 728 milhões em 2002 Ganhos de R$336 milhões em 2003 A política de hedge compatível com risco cambial vis a vis custo financeiro busca a redução percentual da dívida denominada em moeda estrangeira e a proteção de 12 meses minimizando custo financeiro.

Valores em R$ milhões 2003 2002 Dívida externa 1.712 2.119 Hedge 625 102 A sensível melhora nos indicadores permite aspirar a uma classificação de risco compatível com a qualidade de crédito A: Projeções mostram perspectiva favoráveis para upgrade ; Melhoria substancial dos ratios nos últimos trimestres; Convenants sob controle e com espaço para absorção de variações inesperadas de câmbio e inflação. Contratos Banco Itaú Limite 31/12/2002 31/3/2003 30/6/2003 30/9/2003 31/12/2003 EBITDA/ Juros maior ou igual a 2,8 3,4 3,2 3,1 3,5 4,2 Dívida / PL + Dívida menor ou igual a 53% 36% 37% 33% 34% 36% Dívida / EBITDA menor ou igual a 3,36 3,2 4,1 2,8 2,5 2,2 Investimento / EBITDA menor ou igual a 60% 99% 146% 92% 64% 50% Contratos Citibank, Lloyds Bank e ABN/Amro EBITDA/ Juros maior ou igual a 2,8 4,1 3,2 3,6 4,0 4,3 Dívida Líquida / EBITDA menor ou igual a 2,5 2,6 3,2 2,2 2,1 1,9 Buscar a maximização do retorno das aplicações de recursos é a meta da gestão de caixa: Gerenciamento conservador de caixa permite execução orçamentária eficiente sob ponto de vista de alocação de recursos; Priorização dos investimentos mais rentáveis no curto prazo, beneficiando a geração de caixa; Aplicação do caixa ocioso maximizando retorno das aplicações financeiras; Oportunidades de mercado versus ganhos na antecipação de despesas; Manutenção de caixa mínimo operacional minimiza captações de curto prazo. Valores em R$ milhões 2003 2002 Caixa gerado pelas operações 591 786 Atividade de Financiamento 631 (324) Atividade de Investimentos 904 1035 Variação 318 (573) Caixa no início do período 123 696 Caixa no final do período 440 123

Programa de Investimentos Cemig No ano de 2003, a Cemig realizou investimentos no montante de 941 milhões, para expandir mais ainda o seu sistema de geração, no seu parque de transmissão e para expandir o seu sistema de distribuição, além dos seus negócios de gás, telecomunicações, eficiência energética e outros. Programa de Investimentos Valores em Milhões de Reais constantes de Junho/2004 2003 2004 2005 2006 2007 2008 Geração 341 427 249 108 274 297 Transmissão 70 106 239 308 144 113 Subtransmissão 42 58 161 186 139 156 Distribuição 288 330 446 431 312 301 Holding e Suporte 17 80 50 39 32 30 Coligadas 69 80 0 0 0 0 Eficientização e P&D 0 0 4 4 4 4 Juros Capitalizados 114 Total 941 1081 1149 1076 905 901 - Os investimentos previstos para 2004 atingirão a R$ 1.081 bilhão, sendo que R$ 58 milhões referem-se a programas subsidiados pelo Governo Federal; - Política de Investimentos para os próximos 5 anos prevê investimentos de R$ 5 bilhões nos segmentos de geração, transmissão e distribuição; - Expandir em 10% capacidade de geração nos próximos 3 anos para substituir contrato de compra de eletricidade que vencerá no mesmo período; - Conectar 200.000 novos clientes por ano; - Atingir 100% de atendimento em áreas rurais em 3 anos; - Melhorar confiabilidade da rede de transmissão; - Reduzir interrupções em número e em duração; - Reduzir perdas de energia; - Ampliar participação de mercado tanto no segmento de geração quanto do de transmissão e distribuição mesmo que através de aquisições; - Expansão do suprimento de gás em MG através da negociação de participação da Petrobrás na Gasmig; - Em todos os casos, retorno deve ser maior do que o custo médio ponderado do capital.