CURSO DE ATUALIZAÇÃO. Gestão das Condições de Trabalho e Saúde dos Trabalhadores da Saúde



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Transcrição:

CURSO DE ATUALIZAÇÃO Gestão das Condições de Trabalho e Saúde dos Trabalhadores da Saúde Promoção da Saúde do Trabalhador da Saúde: conscientização acerca do uso de luvas e higienização das mãos pelos profissionais da Enfermagem das Unidades Básicas de Saúde do Município de Berizal - MG Jair Antonio Carvalho Ruas Junior Berizal - MG Agosto/ 2012

1. PROBLEMA E JUSTIFICATIVA 1 O exercício da profissão de enfermagem é por todos considerado de elevado risco para a saúde e segurança dos próprios enfermeiros assim como dos pacientes, destinatários dos cuidados. No entanto, esses riscos podem ser minimizados se os profissionais tiverem acesso à informação que lhes permita agir corretamente, de forma a criar e manter um ambiente de trabalho seguro. Tal beneficiaria não só a equipe de saúde, mas também o paciente, o ambiente e a comunidade. Durante a sua atividade profissional, os enfermeiros encontram-se expostos a uma grande variedade de riscos de natureza física, biológica, química, psicossocial e ergonómica, que se sabe contribuírem de forma decisiva para a ocorrência de acidentes e doenças com etiologia diversa. Uma ação-chave dentro do desafio é promover a higienização das mãos na assistência à saúde, com a campanha Uma Assistência Limpa é Uma Assistência Mais Segura. A higienização das mãos, uma ação muito simples, reduz infecções e aumenta a segurança dos pacientes em todos os ambientes, desde sistemas avançados de cuidados a saúde em países industrializados a consultórios locais em países em desenvolvimento. A fim de suprir os profissionais de saúde, gestores de hospitais, clinicas, unidades básicas e autoridades da área de saúde com as melhores evidências científicas e recomendações para aperfeiçoar as práticas e reduzir as infecções associadas à assistência à saúde, a OMS desenvolveu as Diretrizes sobre a Higienização das Mãos na Prestação de Cuidados de Saúde. De acordo com Melo et al. (2006), a utilização de precauções padrão é recomendada na prestação de cuidados a todos os pacientes, independentemente do estado presumível de infecção, e incluem medidas como: lavagem das mãos, uso de barreiras protetoras (por exemplo, luvas, avental, máscara, óculos), cuidados com artigos, equipamentos e roupas utilizadas durante a prestação de cuidados, controlo ambiental, descarte adequado de material corto-perfurante e colocação do utente, conforme o nível de exigência, enquanto fonte de transmissão de infecção, para além da imunização dos profissionais. Entre as várias medidas referidas, tem particular importância a utilização de equipamentos de proteção individual pelos enfermeiros, e nomeadamente as práticas relacionadas com o uso de luvas e a lavagem correta das mãos. Com efeito, as mãos são consideradas a principal via de transmissão de microrganismos

2 de um indivíduo para outro, ou seja, as principais responsáveis pelas infecções hospitalares. As luvas devem ser usadas como uma medida de segurança e como complemento da higienização das mãos. Contudo, o seu uso não protege totalmente os utilizadores nem o utente do risco de infecção cruzada, se estas não forem usadas corretamente (Pina, 2006). Tendo por base o contexto dos conhecimentos atuais relacionados com esta temática e a preocupação sentida, a vários níveis, para que sejam esclarecidas as razões do não uso, ou uso inadequado dos EPI disponíveis para o apoio às práticas dos enfermeiros, surge, como objetivo geral deste estudo, melhorar as práticas dos enfermeiros relativamente a lavagem correta das mãos e ao uso de luvas. 2. OBJETIVOS Objetivo geral: avaliar as práticas de utilização e capacitar a equipe de Enfermagem do PSF Planalto do Município de Berizal - MG sobre a importância da lavagem correta das mãos e utilização da luva.. Objetivos específicos: Identificar se os profissionais estão lavando corretamente as mãos e a sua frequência entre um procedimento e outro, e a frequência do uso de luvas pelos enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, durante os vários procedimentos; Determinar o nível de risco identificado pelos profissionais relativo a assepsia correta das mãos e ao não uso de luvas; Identificar os motivos que levam os profissionais a negligenciar a lavar as mãos e fazer o uso de luvas; Disponibilizar informações relevantes para subsidiar a mudança de conduta dos profissionais.

3 3. PLANO DE AÇÃO O que será feito Inicialmente será aplicado, no próprio local de trabalho, um questionário que busca identificar as práticas e crenças de cada profissional. Posteriormente serão realizadas capacitações e reuniões periódicas onde serão abordados temas para que os profissionais da enfermagem sejam melhor preparados para utilização adequada de EPIs principalmente luvas e aprendam corretamente como se deve lavar as mãos. Nessa abordagem serão tiradas duvidas, ouvidas sugestões e feitas adequações. Quem fará Coordenadores da Atenção Básica e dos PSFs, Enfermeiros Especialistas em Enfermagem do Trabalho, entre outros. Quando será feito Serão realizadas reuniões periódicas com no mínimo uma capacitação e uma reunião mensal a partir de Janeiro de 2013. Onde será feito Os encontros serão realizados no salão de reuniões da prefeitura. Por que será feito Para buscar o fortalecimento das condições de trabalho e da saúde dos profissionais e dos pacientes de todas as unidades básicas de saúde do município de Berizal compreendendo e atingindo os objetivos do projeto. Como será feito Nas capacitações serão apresentados conceitos teóricos e atividades práticas relacionadas ao tema abordado. Nas reuniões serão discutidas sugestões para melhoria do trabalho e dificuldades observadas. Quanto custará Serão necessários recursos mínimos para sua realização, já que os recursos

4 humanos, materiais e físicos o município já dispõe da maior parte. Serão realizadas pequenas despesas para os eventos como contratações de serviços de lanches para os participantes, palestrantes quando necessário, de acordo com a descrição do investimento do projeto. 4. CRONOGRAMA 2013 J F M A M J J A S O N D Ações Capacitação com Enfermeiro do Trabalho x x x x x Capacitações com Enfermeiro do PSF local x x x Reuniões com equipe de enfermagem, coordenadores e x x x x x x x gestor. 2014 J F M A M J J A S O N D Ações Capacitação com Enfermeiro do Trabalho x x x x x x Capacitações com Enfermeiro do PSF local x x x x x x Reuniões com equipe, coordenadores e gestor. x x x x x x 5. INVESTIMENTO Material permanente Tela para projeção (com tripé) R$ 450,00 R$ 450,00 2 microfones de lapela R$ 250,00 R$ 500,00 2 mini gravadores digitais R$ 350,00 R$ 700,00 Total: R$1.650,00 Material de consumo - Papel A4 (10 pcts com 500 folhas) R$18,00 R$180,00 - Cartuchos (5 unidades) R$75,00 R$ 375,00 -Pastas plásticas (50 unid) R$7,00 R$ 350,00 -Luvas (2 cx com 100 unid) R$23,00 R$ 46,00 -Luvas Estéril( 50 unid.) R$5,00 R$ 250,00 -Canetas(01cx com 100 unid) R$25,00 R$ 25,00 Total: R$ 1.186.00

5 Total Geral: R$ 2.826.00 6. AVALIAÇÃO A avaliação do projeto se dará por meio da reaplicação do questionário individual e comparação das respostas. Será disponibilizado também, nas reuniões mensais, um momento onde os profissionais terão a chance de se expressar colocando sua opinião sobre o método que está sendo implantado e apresentar alguma sugestão ou critica. 7. REFERÊNCIAS Gestão das condições de trabalho e saúde dos trabalhadores da saúde Cadernos de Estudos e Textos. MELO, D.S. [et al] Compreensão sobre precauções padrão pelos enfermeiros de um hospital público de Goiânia - GO. Rev. Latino-Americana de Enfermagem [Em linha]. Vol. 14: nº 5 (2006), p. 720-727. PINA, E. O uso de luvas na prestação de cuidados de saúde. Rev. Nursing. Ano 16: nº 214 (2006), p. 28-33. OMS - Diretrizes das OMS sobre a Higienização das Mãos (versão preliminar avançada). World Health Organization (2005.)