A IMPORTÂNCIA DA AUTOGESTÃO DO EQUILÍBRIO EMOCIONAL PARA O DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL



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Transcrição:

11 A IMPORTÂNCIA DA AUTOGESTÃO DO EQUILÍBRIO EMOCIONAL PARA O DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL Ensaio Síntese da Monografia apresentada ao Programa de Pós-graduação do MBA em Gestão de Recursos Humanos da Universidade Ibirapuera, como parte das exigências para a obtenção do título de Especialista em Gestão de Recursos Humanos. 2010. Aurelina Silvia Martinhão RESUMO Muito se tem falado da importância do equilíbrio do corpo para uma perfeita harmonia do ser humano. Porém, no âmbito profissional, no qual a pressão pela alta performance e o aumento de produtividade é uma exigência constante, mais do que uma saúde física adequada é preciso cuidar do equilíbrio emocional, que é um fator determinante do sucesso no ambiente de trabalho, pois com as adversidades do dia-a-dia é comum que o profissional fique sem o controle necessário para compreender e lidar com as situações conflitantes que possam ocorrer. O presente trabalho será baseado em uma pesquisa exploratória, na qual será composta pela análise dos principais autores (GOLEMAN, 2007; WEISINGER, 2001), destacando a sua relevância para a importância da autogestão do equilíbrio emocional para o desenvolvimento do profissional, bem como a influência deste equilíbrio para a busca da satisfação do profissional e o crescimento das organizações. Na pesquisa de campo, será aplicado um questionário em profissionais, de diversos setores, idade, sexo e cargos, que atuam em uma Instituição Financeira no Estado de São Paulo para verificar a relação entre o controle emocional, seu desempenho e satisfação/realização no trabalho. Palavras-chave: Autogestão, Equilíbrio Emocional, Desenvolvimento Profissional, Instituições Financeiras.

12 INTRODUÇÃO O equilíbrio emocional é fundamental em qualquer profissão, mas em se tratando do profissional que atua em Instituições Financeiras, há de se exigir uma atenção especial, pois o fato de ter que lidar com prazos, pressões e corresponder às exigências de seus supervisores, de forma a executar todas as tarefas em pouco tempo e de maneira qualificada, sugere que a busca deste equilíbrio seja mais intensificada, o que proporcionará condições adequadas para analisar o que deve ser priorizado e qual a melhor forma de executar cada tarefa. Mas o que é de fato este equilíbrio emocional? Podemos dizer que é a capacidade de fazer suas emoções agirem a seu favor, produzindo os resultados que deseja. Em outras palavras, é fazer intencionalmente com que suas emoções trabalhem em seu favor, usando-as como uma ajuda para ditar seu comportamento e seu raciocínio de maneira a aperfeiçoar seus resultados. INTELIGÊNCIA E EQUILÍBRIO EMOCIONAL Segundo Daniel Goleman (2007:58) A inteligência emocional é a capacidade de criar motivação para si próprio e de persistir num objetivo apesar dos percalços; de controlar impulsos e saber aguardar pela satisfação de seus desejos; de se manter em bom estado de espírito e de impedir que a ansiedade interfira na capacidade de raciocinar; de ser empático e autoconfiante. De acordo com tal citação, podemos dizer que o esforço pessoal é um dos elementos chaves da expansão da sua inteligência emocional. Isto quer dizer que todos temos um potencial para desenvolvermos, mas isso depende dos estímulos dados e do interesse pessoal, ou seja, a inteligência emocional pode transformar seu desempenho e sua carreira, porém isto dependerá da atitude do profissional. A inteligência emocional é a capacidade de desenvolver, sendo esta uma das chaves para o sucesso pessoal e profissional. É importante dizer que o indivíduo tende a colocar a emoção em tudo o que faz, e quanto mais emoções, melhores serão seus resultados. De acordo com Weisinger (2001:14) O equilíbrio emocional é simplesmente o uso inteligente das emoções isto é, fazer intencionalmente com que suas emoções trabalhem ao seu favor, usando-as como uma ajuda para ditar seu comportamento e seu raciocínio de maneira a aperfeiçoar seus resultados. Com base na teoria citada, ter equilíbrio emocional é saber lidar com suas emoções, é ter controle

13 sobre as reações, sabendo usar a razão de maneira adequada, isto é, sem desqualificar os sentimentos. É se manter íntegro numa discussão, defendendo seu ponto de vista de maneira cordata e educada e entender os sentimentos dos outros, não se deixando contaminar por eles. Podemos dizer ainda que o equilíbrio emocional é o preparo psicológico para superar adequadamente as adversidades que surgirão na empresa e fora dela, e cabe ao profissional identificar suas fraquezas e trabalhar de forma favorável para controlar suas emoções e agir de forma sensata e produtivamente, o que resultará em uma melhor qualidade de vida e ascensão profissional. Por uma questão de sobrevivência, nossas emoções foram desenvolvidas naturalmente através de milhões de anos de evolução. Como resultado, nossas emoções possuem o potencial de nos servir como um sofisticado e delicado sistema interno de orientação. É possível gerenciar as emoções, embora o termo gerenciar dê a idéia mecânica, como se elas fossem tratáveis da mesma maneira que grupos ou técnicas são gerenciadas. Na verdade, nós aprendemos a gerenciar nossas emoções desde pequenos, ou seja, desde a infância. De acordo com Hendrie Weisinger (2001:45) Controlar as emoções significa algo bastante diferente de sufocá-las; significa compreende-las e usar essa compreensão para modificar as situações em seu benefício. Portanto, para controlar nossas emoções, precisamos assumir o controle das nossas atitudes, e para assumir o controle das nossas atitudes, precisamos primeiro reconhecêlas. COLETA DE DADOS O desenvolvimento da pesquisa foi voltado ao comportamento pessoal de indivíduos de faixa etária distintas, tanto em nível intrínseco (particularidades profissionais), quanto em nível de exploração de idéias e realização de trabalho em equipe. A partir de questões voltadas à personalidade, possibilitou-se a identificação do posicionamento do público em prol do equilíbrio emocional para a satisfação no desenvolvimento profissional. Nesta pesquisa, a autogestão teve efeito cascata. Antes da manutenção e resolução de problemas macros, pertinentes a uma organização, são necessários o controle dos limites e desejos pessoais, íntimos a qualquer pessoa. Se autogerindo, o desenvolvimento de um profissional torna-se inevitável.

14 O questionário composto por cinco questões de teor interpessoal, em que o pesquisado responde sobre seu comportamento de equilíbrio emocional em situações profissionais. Para cada pergunta foram condicionadas quatro alternativas, sendo elas: (A)sempre, (B)às vezes, (C)raramente e (D)nunca. O questionário aplicado contemplou as seguintes questões: 1. Você tem percepção em relação à mudança de comportamento e humor? 2. Você tem formação de estratégia defensiva em situações complexas? 3. Você tem noção de quando o comportamento emotivo sobressai e influencia o resultado final? 4. Você tem iniciativa em prol da gestão e resolução de conflitos? 5. Você tem facilidade em trabalhar em equipe de forma imparcial?. A pesquisa, método survey, foi apresentada na forma escrita e dirigida aos respondentes em único momento. Participaram da pesquisa 14 profissionais, com idade entre 20 e 35 anos, de ambos os sexos (sete homens e sete mulheres) e que trabalham em instituição financeira no estado de São Paulo. DISCUSSÃO As cinco questões escolhidas e disponibilizadas para o trabalho de pesquisa foram tabuladas e formatadas com base em 25 perguntas de um questionário real, especificamente elaborado para análises de equilíbrio emocional de um indivíduo para o seu desenvolvimento profissional. Todos os itens, interligados direta ou indiretamente, tiveram o objetivo de por frente a frente, o funcionário da instituição no relacionamento com terceiros e consigo próprio. Todavia, o foco do trabalho não foi dar prioridade às pessoas físicas ou jurídicas distintamente, tampouco tornar paralelo o percurso de ambos. A idéia central foi identificar os possíveis problemas de comportamento, para que todos, em conjunto possam criar um plano de ação, a fim de melhorar e dar sustentabilidade ao ambiente de trabalho. Sendo assim, torna-se possível e confortável, usufruir dos benefícios que o equilíbrio emocional pode trazer para toda uma organização.

15 Através da análise dos dados da pesquisa, constatou-se que a grande maioria dos entrevistados está ciente do que os resultados, positivos ou negativos, possam trazer para o futuro de todos. Tratando-se de percepções e iniciativas, as alternativas, sempre (A) e às vezes (B), mostram que aproximadamente 70% das pessoas conhecem e seguem as regras impostas, como obrigações e advertências, enquanto que os outros 30% raramente (C) e nunca (D) ignoram ou faz vistas grossas às ações e reações, quaisquer que sejam: teóricas ou práticas. O fato de estarem contidas na cultura e política de uma instituição, tais condutas são de fácil aceitação, como explícito na pesquisa. Partindo da premissa que os quatro tópicos não se dividem exatamente em dois (AB e CD) e nem mesmo em quatro (A B C D) separadamente, esta margem de aceitação e conhecimento cai para 45% utilizando uma margem de erro de 10% nas alternativas A e B, itens positivos da pesquisa. Levando em conta que a segunda premissa, que diferencia o universo masculino e feminino, não destacou sazonalidade comprometedora e satisfatória a fim de mudar as diretrizes, deu-se a idéia de criação de um único plano de ação, voltado a todos indiscriminadamente. Destarte, o projeto experimental em seu início e o plano de ação em seu desfecho, visam atingir e conscientizar 55% dos profissionais, da importância do equilíbrio emocional. Considera-se que, a finalidade desta análise foi mostrar a percepção do comportamento no universo emocional e não as tomadas de decisões em prol deste estado de personalidade, e fica bem claro que a necessidade de um plano de ação é concreta e precisará de estudo minucioso e implacável aplicação. CONSIDERAÇÕES FINAIS Conforme apurado na pesquisa, houve a necessidade de um plano de ação voltado para todos os integrantes da instituição, especialmente para aquela parcela que raramente ou nunca percebem a importância da autogestão do equilíbrio emocional para o desenvolvimento profissional. O objetivo deste plano de ação é conscientizar estes profissionais a fim de nivelar por cima todo o quadro, para que todos possam se desenvolver por igual. Outrossim, o trabalho proposto tem a finalidade de estruturar a capacidade de percepção do indivíduo que não está a

16 par dos benefícios gerados pelo tema em destaque e também solidificar e confirmar o pensamento da parcela que se mostra consciente às percepções expressas na pesquisa. Este trabalho pode ser dividido em duas partes: 1 - Projeto experimental - em que o Gestor reúne todo o grupo a fim de expor o problema, a estratégia de solução e captar, de forma imparcial, opiniões e sugestões que possam dar suporte ao plano. 2 Plano de Ação - em que líderes serão nomeados pelo Gestor, a fim de formarem grupos para trabalhos voltados à área específica e à instituição de forma abrangente, sempre focando o equilíbrio emocional. Com base nos planos propostos, espera-se que possa ser desenvolvido um bom trabalho e que os profissionais sintam-se motivados e emocionalmente equilibrados, porém é importante lembrar que a Inteligência Emocional só poderá ser alcançada por meio de treino e esforço, mas isso requer persistência. Os profissionais têm de identificar exatamente o que querem alcançar, sendo um melhor ouvinte e controlando seu estado emocional. E conforme Weisinger (2001:211), em um ambiente de trabalho todos têm a responsabilidade de expandir sua própria inteligência emocional, ampliando sua autoconsciência, controlando suas emoções e adquirindo motivação. Cada um deles tem a responsabilidade de usar sua inteligência emocional no relacionamento com os outros, desenvolvendo técnicas de comunicação eficazes e destreza interpessoal, e ajudando os outros a se ajudarem. E todos têm a responsabilidade de usar sua inteligência emocional para aplicar tudo isso à organização como um todo.

17 REFERÊNCIAS ALBERTI, Robert E.; EMMONS, Michael L. Comportamento Assertivo: Um guia de autoexpressão. Minas Gerais: Interlivros, 1978. CASTRO, A, P.; MARIA, V, J. Motivação de Equipes Virtuais.:a inteligência emocional para se relacionar com pessoas diferentes a cada dia. São Paulo: Editora Gente, 1999. COVEY, Stephan R. Os Sete Hábitos da Pessoas Altamente Eficazes: Lições Poderosas para a Transformação Pessoal. Rio de Janeiro: Editora Best Seller Ltda., 2009. DAMÁSIO, Antonio R. O Erro de Descartes: Emoção, Razão e Cérebro Humano. São Paulo: Companhia das Letras, 2005. FERLA, Luiz Alberto. Resolução de conflitos internos no trabalho. Incorporativa a Revista Corporativa, Novembro/2009. Disponível em: http://guialocal.incorporativa.com.br/resolucao_de_conflitos_internos_no_trabalho_santare m_para-r1358199-santarem_pa.html. Acesso em: 11/04/2010. GASPARETTO, Glau. Bom humor traz sucesso profissional. Revista Visão, Abril/2010. Disponível em: www.revistavisao.com.br. Acesso em: 30/05/2010 GOLEMAN, Daniel. Inteligência Emocional: Por que ela pode ser mais importante que o QI. Rio de Janeiro: Objetiva. 2007. MOSCOVICI, Felá. Razão e Emoção A Inteligência Emocional em questão. Salvador: Casa da Qualidade. 1997. OLIVEIRA, Milton de. Energia Emocional: Base para Gerência Eficaz. São Paulo: Makron Books, 1997. SARAI, Leandro. Transação e direitos individuais do empregado. Revista Eletrônica Jus Vigilantibus, Fevereiro/2004. Disponível em: http://jusvi.com/artigos/748. Acesso em: 14/05/2010 STOLF, Raul Simonsen. O que fazer e o que não fazer no ambiente de trabalho. Catho Online, Edição 192 de Agosto/2003. Disponível em: http://www.catho.com.br/jcs/inputer_view.phtml?id=6085. Acesso em: 01/06/2010. WEISINGER, Hendrie. Inteligência Emocional no trabalho: Como aplicar os conceitos revolucionários da I.E. nas suas relações profissionais, reduzindo o stress, aumentando sua satisfação, eficiência e competitividade. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.