Micotoxinas: exigências do mercado brasileiro



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Transcrição:

Micotoxinas: exigências do mercado brasileiro Myrna Sabino, E-mail: myrna.sabino@globo.com INTRODUÇÃO As micotoxinas são produzidas por várias espécies de fungos e são conhecidas por vários efeitos nocivos entre eles mutagenicidade, carcinogenicidade e teratogenicidade, com efeito cumulativo,podendo afetar a saúde humana e dos animais. Atualmente, centenas de micotoxinas são conhecidas mas tem sido mais estudadas somente 30, e dentre estas as mais conhecidas são as aflatoxinas, ocratoxinas, tricotecenos, fumonisinas,zearalenona, alternariol e patulina. Sabe-se também que as micotoxinas são de ocorrência universal, porém predominam em climas tropicais e subtropicais e, o desenvolvimento fúngico é favorecido pelas condições ambientais. A ocorrência de micotoxinas em agricultura depende das condições as quais uma safra cresceu, foi colhida e armazenada. Fungos não podem crescer ou as micotoxinas ser produzidas em alimentos devidamente secos, portanto, a secagem eficiente em grãos após colheita e a sua conservação sem umidade é a arma mais eficiente contra o crescimento de fungos e a produção de micotoxinas. Micotoxinas no Brasil Anteriormente o conhecimento sobre a contaminação por micotoxinas em nosso país estava direcionado para as aflatoxinas e as culturas mais estudadas eram o amendoim e o milho. Nos últimos anos, episódios sucessivos que vem acontecendo no que se refere a itens de exportação tais como café, páprica, castanha do Brasil entre outros fez com que os pesquisadores da área, dirigissem suas atenções para outras micotoxinas e culturas. O Brasil tem uma área de 8.511.996 km 2, e uma população estimada em 201.032.714 habitantes, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O dado, referente a 1º de julho deste ano, foi publicado no 106

Diário Oficial da União, é o maior país da América Latina e o 5º do mundo em área territorial, 1/3 de florestas equatoriais e ¾ da população vive em área urbana. A agricultura é uma das principais bases da economia e considerando a extensão do país e a diversificação do clima nas diversas regiões há uma variedade de culturas e consequentemente a presença de fungos produtores de micotoxinas. Os pesquisadres brasileiros começaram a se preocupar com outras micotoxinas além das aflatoxinas e ocratoxina A, mas também com micotoxinas produzidas por Fusarium,particularmente fumonisinas e também com aquelas pertencentes ao grupo de tricotecenos em especial o desoxinivalenol (DON) em trigo. A presença de ocratoxina A em café exportado propiciou aos pesquisadores brasileiros um tema de pesquisa na área não somente desenvolvendo metodologias analíticas sensíveis mas também estudos para detectar os pontos críticos na formação da toxina. Vários trabalhos foram desenvolvidos principalmente no que se refere aos fungos produtores. Posteriormente, no inicio do novo século, foi a vez da castanha do Brasil, quando a EC introduziu condições especiais para os países membros que importassem este produto do Brasil.Um novo problema surgiu quando em 2004 a Hungria grande consumidor de páprica tomou conhecimento que,em análises realizadas pela Inglaterra detectaram ocratoxina A e foi dado um alerta que misturada com a páprica húngara continha também páprica brasileira que havia entrado na Europa via Espanha.Portanto,os pesquisadores brasileiros estão sempre tentando solucionar problemas emergentes que afeta a economia nacional além da saúde humana e animal. O trigo corresponde atualmente por cerca de 30% da produção mundial de grãos e o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA),mostraram que a produção mundial de trigo safra 2013/2014 situa-se aproximadamente 711,42 milhões de tonelada/ano. A China, CE,India e Rússia representam 64% do total mundial e a produção norte-americana foi mantida em 58 milhões de toneladas em 2013.Já na América do Sul, a Argentina é o maior produtor de trigo e está em 5º lugar na lista do exportadores mundiais. No Brasil, o trigo é cultivado nas regiões Sul (RS,SC e PR), Sudeste (MG e SP) e centro-oeste (MS,GO e DF) sendo que a produção anual varia entre 5 e 6 milhões de toneladas. O consumo anual no país tem se mantido em torno de 10 milhões de toneladas, portanto o Brasil é um dos maiores importadores mundiais de trigo. Como as outras micotoxinas, em trigo e outros cereais, a infecção com 107

fungos produtores de DON e a produção de micotoxinas está relacionada principalmente com as condições ambientais no campo. A toxina uma vez produzida permanece no grão após a colheita, podendo ocorrer um aumento nos níveis de contaminação durante o armazenamento podendo ser encontrado em produtos de trigo processados. Uma outra preocupação são as micotoxinas mascaradas:alguns pesquisas tem mostrado que as plantas podem desenvolver mecanismos para reduzir a toxicidez das micotoxinas através da formação de ligações covalentes entre açúcares e micotoxinas resultando as micotoxinas mascaradas, que não são detectadas pelos métodos de análise convencionais. Estas micotoxinas mascaradas (ou conjugadas) podem se tornar ativas no interior do corpo, pois perdem a molécula de açúcar,causando toxicidade da mesma forma que as micotoxinas livres. A presença destas micotoxinas no alimento animal pode ser subestimada e explicaria os alimentos analisados que mostram níveis baixos de micotoxinas e causam problemas nos animais. LEGISLAÇÃO O conhecimento de que as micotoxinas podem causar sérios efeitos sobre a saúde humana e também dos animais, tem levado muitos países estabelecerem regulamentos sobre estes contaminantes ( tanto para alimentos de consumo humano como animais.) Os níveis de micotoxinas deverão ser tão baixos quanto possível, devendo se aplicar as melhores práticas e tecnologias na produção, manipulação, armazenamento, processamento e embalamento, de forma a evitar que um alimento contaminado seja comercializado ou consumido Existem duas razões que justificam o estabelecimento de LMT para micotoxinas:(1) Proteger a saúde do consumidor e animal dos produtos de origem vegetal e animal; (2) perdas econômicas, e são 02 fatores que são considerados: (1) Científicos e, (2) Econômicos e Comerciais Fatores Científicos Disponibilidade de dados toxicológicos Conhecimento sobre a distribuição das micotoxinas nos produtos Composição na dieta básica Legislação nos países com os quais existe relação comercial Metodologia Analítica 108

Fatores Econômicos e Comerciais Interesse comercial Suprimento suficiente de alimentos Sem informação toxicológica não se pode determinar se a substância em questão induz perigo ou não. O estabelecimento de LMT para micotoxinas em rações tem como objetivo é proteger a saúde do consumidor de alguns produtos de origem animal (resíduos de micotoxinas ou metabólitos de micotoxinas) Devido aos efeitos adversos exercido por algumas micotoxinas citamos como exemplo de perdas econômicas a diminuição na.produção de leite, ovos e carne. Outro exemplo de prejuízo econômico: efeito adverso da vomitoxina (DON) em suínos ( recusa do alimento, diarréia e redução no ganho de peso do animal). Fatores na determinação de LMT: Disponibilidade de dados toxicológicos; Disponibilidade de dados sobre a ocorrência de micotoxinas nos produtos; Disponibilidade de métodos analíticos Legislação nos países com os quais existe relação comercial e suprimento de alimentos suficientes (sem informação toxicológica não se pode determinar se a substância em questão induz perigo ou não) Sem informação toxicológica não se pode determinar se a substância em questão induz perigo ou não Disponibilidade de dados toxicológicos A disponibilidade de dados sobre a ocorrência de micotoxinas nos produtos são fatores que fornecem informações necessárias para: avaliação do perigo e avaliação da exposição, que são os principais ingredientes para avaliação de risco. Avaliação de risco: é a avaliação científica da probabilidade de ocorrência ou o potencial dos efeitos a saúde, resultado da exposição humana aos perigos dos alimentos, que é a base científica para o estabelecimento dos regulamentos Caracterização do perigo (JECFA): Micotoxina PTDI (ng/kg bw) Desoxinivalenol 1000 Fuminisina B 2000 Ocratoxina A 100 (PTWI) Patulina 400 T-2 e HT-2 60 Zearalenona 500 109

Para o estabelecimento dos LMT para Micotoxinas no Brasil, a ANVISA considerou todos estes critérios e fatores e a Resolução RDC nº 7, de 18 de fevereiro de 2011, estabeleceu limites máximos tolerados (LMT) para as aflatoxinas (B1, B2,G1, G2 e M1),Ocratoxina A, Patulina, Desoxinivalenol (DON),Fumonisinas (B1 e B2) e zearalenona para algumas categorias de alimentos e matérias primas.. Algumas micotoxinas foram escalonadas para aplicação em janeiro de 2014 e janeiro de 2016, entretanto por solicitação, de acordo com a Resolução-RDC nº 59/13,publicado no DOE, em 30/12/13,os prazos foram prorrogados até 1º de janeiro de 2017,para adequação do setor produtivo;para DON em trigo e derivados. O setor se comprometeu a realizar um planejamento de obtenção e apresentação dos dados à ANVISA, necessários para avaliação de risco e revisão dos limites, caso necessário. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL.RESOLUÇÃO-RDC Nº 7 de 18 de fevereiro de 2011.Limites máximos tolerados para micotoxinas em alimentos.brasilia 2011. BRASIL.RESOLUÇÃO-RDC Nº 59 de 26 de dezembro de 2013.Prorrogação dos prazos estabelecidos nos artigos 11 e 12 e respectivos anexos III e IV da Resolução da Diretoria Colegiada RDC n.7, de 18 de fevereiro de 2011 que dispõe limites máximos tolerados (LMT) para micotoxinas em alimentos.brasilia, 2013 ETZEL,R.Mycotoxins.Journal American Medical Association,v.289,p.425-427,2002 -MALLMANN,C.A.;DILKIN,P.-Micotoxinas e micotoxicoses em suínos.santa Maria:Editora Palotti,2007,240 p. PESTKA,J.J.-Dexynivalenol: mechanism of action, human exposure, and toxicological relevance.archives of Toxicology,v.84,p.663-679,2010 110