ANÁLISE DO DESENVOLVIMENTO MOTOR DE CRIANÇAS DOS 11 AOS 13 ANOS



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Transcrição:

ANÁLISE DO DESENVOLVIMENTO MOTOR DE CRIANÇAS DOS 11 AOS 13 ANOS FERREIRA, Gislaine¹ FERNANDES, Matheus¹ GIARETTON, Poliana¹ GASPARETTO, Tatiane¹ BAGNARA, Ivan Carlos³ DELLANI, Marcos Paulo³ GOMES, José Ricardo³ SOARES, Angela³ VITALI, Cristiano³ BARRO, Dânia² RESUMO: Estudos recentes têm indicado que aulas de Educação Física (EF) contribuem decisivamente para o refinamento das habilidades motoras, portanto, objetivo do presente trabalho é analisar o nível de desenvolvimento das habilidades motoras das crianças de 11 a 13 anos de uma escola pública. O método utilizado para o presente artigo foi um trajeto aplicado na escola, abordando questões relacionadas à observação dos movimentos motores, juntamente com pesquisas e leitura de artigos, livros e textos onde se procurou abordar e repassar as ideias dos autores sobre o desenvolvimento motor e suas habilidades. Concluiu-se que as crianças observadas estão em diferentes fases motoras por vários fatores como vivências, genéticas dificuldades da tarefa em si (biomecânica). Várias questões foram analisadas referente ás dificuldades e contribuições da importância de estímulos para que as habilidades sejam aprimoradas com sucesso, estas questões nos fazem refletir que devemos cada vez mais despertar o interesse do nosso aluno mediante as aulas a serem ministradas. Palavras Chave: Educação Física; Desenvolvimento Motor; Habilidades Motoras; Escola Pública; Dificuldades; Contribuições. ABSTRACT: Recent studies have indicated that physical education classes (EF) contribute decisively to the refinement of motor skills, so aim of this study is to analyze the level of development of motor skills of children 11-13 years of public school. The method used for this article was a path applied in school, addressing issues related to the observation of motor movements, along with research and reading articles, books and texts where it sought to address and pass the ideas of authors on motor development and their skills. It was concluded that children are observed in different motor phases by various factors such as experiences, genetic task difficulties itself (biomechanics). Several questions were analyzed regarding ace ¹ Acadêmicos do curso de Educação Física da Faculdade IDEAU Getúlio Vargas ² Professora do curso de Educação Física da Faculdade IDEAU Getúlio Vargas; Orientadora do PATP ³ Professores do curso de Educação Física da Faculdade IDEAU Getúlio Vargas

difficulties and contributions of the importance of incentives for skills are successfully improved, these issues make us think that we should increasingly attract the interest of our students through the lessons to be taught. Keywords: Physical Education; Motor development; Motor Skills; Public School; difficulties; Contributions. 1- INTRODUÇÃO Estudos recentes têm indicado que aulas de Educação Física (EF) contribuem decisivamente para o refinamento das habilidades motoras (COTRIN et al., 2011; LEMOS et al., 2012; PANG & FONG, 2009) e, portanto, questionam a importância de aulas de EF apenas após a primeira década de vida. Por outro lado, programas de intervenção motora (BRAGA et al., 2009) e participação em aulas de EF (COTRIN et al., 2011; LEMOS et al., 2012) têm indicado que crianças podem exibir melhora na execução de habilidades motoras e no autoconceito com a prática de atividades. Segundo Medina (2010) a experiência motora propicia o amplo desenvolvimento, tais como a coordenação, o equilíbrio e o esquema corporal. Esse desenvolvimento é fundamental, particularmente, para o desenvolvimento das diversas habilidades motoras básicas como andar, correr, saltar, galopar, arremessar e rebater. No entanto, embora o desenvolvimento motor não ocorra de forma linear, é fundamental que se ofereça a criança um ambiente diversificado, de situações novas e que propicie meios diversos de resolução de problemas, uma vez que o movimento se apresenta e se aprimora por meio dessa interação, das mudanças individuais com o ambiente e a tarefa motora. Para Karla Cristina (2012) e Tani (2010) os professores devem estar sempre atentos aos processos de crescimento físico, maturação biológica e desenvolvimento fisiológico das crianças, contribuindo efetivamente para minimizar possíveis evasões e frustrações causadas por práticas esportivas não direcionadas, respeitando os ritmos de evolução de acordo com as atividades correspondentes. Costuma-se dizer que o desenvolvimento motor é rico em dados, mas pobre em explicações, onde as perspectivas tradicionais tentam explicar tal fenômeno, mas suas argumentações são bastante reducionistas, em que a

única causa se dá através da maturação ou experiência. Com isso é interessante identificar as sequências do desenvolvimento motor, já que essas têm virtude de sintetizar os conhecimentos acumulados acerca das mudanças que irão ocorrer no comportamento motor (BERGMANN e COLABORADORES, 2008). Segundo Gallahue (2006), o movimento pode ser classificado de acordo com seu nível de desenvolvimento, como sendo as fases reflexiva, rudimentar, fundamental ou especializada do desenvolvimento motor. Assim, o objetivo do nosso estudo foi avaliar e classificar o desenvolvimento motor dos alunos de 11 á 13 anos da Escola Estadual Normal José Bonifácio, das habilidades no aspecto do voleibol. 2- MATERIAIS E METÓDOS Foi elaborado um trajeto com um foco especial nas habilidades do voleibol, atividades com o objetivo de estabilização, manipulação e locomoção ao qual foi aplicado nos alunos de 11 à 13 anos de uma Escola de Erechim com o intuito de analisar em qual fase do desenvolvimento motor as crianças estão conforme a habilidade especifica. A elaboração do trajeto fundamentouse nos indicativo de Gallahue e Ozmun (2005). Das atividades aplicadas na escola participaram do teste 43 crianças (de 11 à 13 anos) sendo que 18 eram meninos e 25 meninas. Foram utilizados cones, bolas de voleibol, uma quadra de futsal para montar o trajeto. O estudo foi quantitativo. Através desta abordagem procurou-se registrar, escrever, interpretar em qual fase motora a criança da escola em questão está, avaliar se está dentro do esperado para a idade e que fatores poderiam contribuir para ela estar na fase esperada ou não estar. 3- ANÁLISE E DISCUSSÃO A EF tem passado por grandes ajustes no âmbito escolar, buscando uma identidade e reafirmando seu valor para uma formação integral do aluno. Santana (2003) observa que no esporte ou na EF a dimensão psicológica vem

sendo relacionada de forma ampla e discutida na sua totalidade e que influências da EF e dos esportes sobre o autoconceito não depende somente da ação da atividade no funcionamento biológico, mas também da dimensão social em torno disso tudo. Tamayo et al. (2001) reforça essa tese destacando o impacto da atividade sobre o autoconceito que deve ser observado nas suas diversas situações e não somente em períodos curtos das férias, quando a criança realiza as atividades de uma forma mais descontraída. A partir da primeira década de vida, a proposta de EF decorreu principalmente do entendimento de que as habilidades motoras que eram desenvolvidas antes dos 10 anos de idade, eram adquiridas naturalmente, não necessitando de práticas estruturais e instruções propiciadas por uma aprendizagem formal. Entretanto, a visão de que uma criança adquire as habilidades naturalmente (GALLAHUE & DONNELLY, 2008) e que não necessitem de profissional e prática não corresponde com a realidade. Recentes estudos têm indicado que as aulas de EF contribuem para o refinamento das habilidades motoras (COTRIM et al., 2011; LEMOS et al., 2012; PANG & FONG, 2009). Esses resultados são de grande importância para os profissionais da área de EF (COTRIM et al., 2011; LEMOS et al., 2012). Embora a EF ainda não tenha conquistado um espaço notável no sistema de ensino, mesmo sabendo que é de grande importância, sua presença ainda é muito questionada no conjunto de disciplinas do currículo escolar. Apesar de conceitos que justificam a mesma alguns argumentos são apresentados e o importante é que é considerado um meio privilegiado de transmissão às crianças e aos adolescentes dos benefícios da cultura corporal, assim como ideal para a promoção da prática de atividades regulares. Essa área estabelece uma missão educativa, assim, a EF neste contexto é uma maneira da relação do sistema educativo do corpo do aluno. Segundo Freire (1994, p.41): [...] uma Educação Física que exercesse o papel de falar com o cidadão comum, que atuasse para despertar a consciência da corporeidade nas pessoas, mudaria bastante a realidade. Uma criança, por exemplo, vai à escola para aprender um mundo de coisas: Matemática, Geografia, História, Ciências, mas nunca para aprender sobre motricidade, sobre sensibilidade. Para mim, matéria de escola deveria ser Educação Motora, ou Educação Corporal, onde se ensinasse a ser corpo, onde se ensinasse as crianças a serem

mais sensíveis, onde se ensinasse a elas nunca esquecerem o corpo que são [..] Inserida na escola a EF encontra-se em uma situação privilegiada pelas atividades que promove, proporcionando ao aluno explorar seu corpo através de movimentos que pode vivenciar, do contato com os outros, para que ele aprende sobre si mesmo e que possa fazer uso da corporeidade. Contribuindo com a formação do conhecimento corporal do educando, o profissional de EF estará ajudando o mesmo a se conhecer, a buscar autonomia pessoal, aprofundando o processo de educação geral com atividades físicas. O aluno precisa descobrir os motivos para praticar uma atividade física, favorecendo o desenvolvimento de atitudes positivas e levando o mesmo a aprendizagens de comportamentos adequados na prática de atividades físicas (BETTI 1991). O desenvolvimento da criança dá-se perante os níveis de crescimento e a maturação em que a aprendizagem torna-se significativa se respeitarem os ritmos de evolução com as atividades correspondentes. O desenvolvimento de padrões motores em crianças é um fator para que esta, no decorrer, possa ter habilidades motoras fundamentais bem desenvolvidas e conseguir refiná-las para que consiga chegar a habilidades motoras especificas desenvolvendo atividades desde as mais simples até as mais complexas. O desenvolvimento é o processo contínuo de mudanças ao longo do tempo que se inicia na concepção e cessa na morte. O desenvolvimento motor, portanto, pode ser visto como uma mudança progressiva do comportamento motor através do ciclo de vida. Desenvolvimento motor envolve contínua adaptação às mudanças nas capacidades de movimento de um indivíduo por meio do esforço contínuo para atingir e manter o controle motor e a competência motor (GALLAHUE e DONNELLY 2008). Segundo Medina (2010) a experiência motora ajuda no amplo desenvolvimento de componentes da motricidade, tais como coordenação, equilíbrio e esquema corporal. Esse desenvolvimento é fundamental para que sejam desenvolvimentos as outras diversas habilidades motoras básicas. O problema é que os alunos são diferentes, de idades diferentes em um mesmo ambiente ou sala de aula, então, é de grande importância que profissionais de EF consigam demonstrar estratégias diferentes de ensino para tornar a prática

de esportes mais prazerosos para todos, assim, fazendo com que o aumento de crianças nas aulas de EF cresça. Rosa Neto e Almeida (2007) ressaltam a importância do desenvolvimento dos aspectos referentes à aplicação nas tarefas escolares dos desenvolvimentos das habilidades motoras, visto que deficiências em determinados campos do desenvolvimento podem gerar atraso ou avanços relacionadas com a aprendizagem em geral. A EF adquire um papel importantíssimo na medida em que pode estruturar o ambiente adequado para as crianças refletirem suas ações, pois, isso funciona como um grande auxiliar e promotora do desenvolvimento tanto humana quanto motor. Também, Azevedo e Fernandes (2009) afirmam que para as atividades atingirem os objetivos esperados em relação aos componentes motores das crianças, há certa necessidade em saber sobre o nível de desenvolvimento motor da mesma tanto em atividades básicas como correr, saltar e pular, quanto nas mais complexas em jogos esportivos. Como finalidade, a avaliação motora torna-se um instrumento que favorece o conhecimento relacionado com o desenvolvimento motor da criança e sugere estratégias de atividades relacionadas às necessidades especificas de cada uma. Segundo Ramos e Neves (2008) a iniciação esportiva é o processo que a criança começa aprender a modalidade desportiva, com o objetivo de atrelar o seu desenvolvimento motor e normal com a prática de um esporte. Estudos apontam que a idade considerada adequada para a inserção do aprendizado de voleibol é por volta dos 8 anos. Dentre esses, Krug (2005) afirma que com 7 ou 8 anos a criança começa a combinar e aplicar as habilidades dos movimentos fundamentais na execução de habilidades esportivas, chamando esse estágio de transitório, mas no estudo realizado na Escola Pública de Erechim percebemos que muitas crianças com idades entre 11 à 13 anos, ainda estão nesse estágio de transição ao invés de estar na Fase de Movimentos Especializados Estágio de Aplicação. Sendo assim, parece que a partir dessa idade a inserção no processo de ensino pode ser cada vez mais incentivada, desde que sejam respeitadas às limitações de cada um. O mesmo autor afirma ainda que todos os fundamentos do jogo podem ser ensinados antes dos 10 anos de idade, desde que contextualize a aplicação dos mesmos no jogo em si.

Já Rosa Neto (2001) afirma que aproximadamente aos nove anos de idade a criança é regida pelo pensamento operacional concreto, o que faz com que ela não se interesse muito pelos detalhes técnicos do jogo, tendo uma visão sincrética, ou seja, olhando o todo e somente assim percebendo um sentido na atividade, o que reforça a necessidade da contextualização das atividades às características e procedimentos técnicos inerentes a modalidade. Em contra partida das afirmações acima, Ramos e Neves (2008) destacam que tudo isso deve objetivar a conquista de habilidades motoras através das formas básicas de movimento e dos jogos pré-desportivos. Campos e Brum (2004) ressaltam que professores da área de EF devem estar sempre atentos aos processos de crescimento físico, desenvolvimento fisiológico das crianças, maturação biológica para contribuir efetivamente a minimização de possíveis frustações e evasões causadas por práticas esportivas mal conduzidas e não direcionadas. Sendo assim, profissionais de EF, tem que incentivar, pois tudo isso acrescenta um diferencial para a criança, que provavelmente irá desenvolver processos cognitivos e motores de uma forma que seja satisfatória. A importância deste estudo é de provar que o desenvolvimento motor traz sim um diferencial para a vida das crianças e que os esportes em questão trazem a diferença na evolução e nos padrões motores dos mesmos, obtendo então uma melhora significativa em diversos aspectos que independem a idade, mesmo que este seja mais satisfatória se desenvolvido na infância. Jogos são incorporados com o propósito de oferecer às crianças oportunidades para aplicar habilidades motoras fundamentais maduras, junto a conceitos de movimento, em ambientes de aprendizagem dinâmicos (GALLAHUE e DONNELLY 2008). Então, sabe-se que para um bom desenvolvimento há uma grande necessidade de as crianças praticarem atividades esportivas e ainda melhorar competências, sejam elas sociais, intelectuais, cognitivas ou motoras. A partir da estimulação dessas capacidades, estão construindo seu aprendizado e estimulando seu desenvolvimento, dessa maneira, a iniciação á prática esportiva e a atividade física devem ser estimuladas desde cedo.

Neste contexto, para Rosa Neto (2001) os fatores ambientais são de vital importância no momento do processo de crescimento e desenvolvimento, onde ocorre o conjunto de mudanças que o ser humano experimenta ao longo da sua vida (vivência por meio de sua adaptação e interação ao meio ambiente). Pois é na infância, segundo Cole (2000) que o desenvolvimento motor está sendo construído, o mesmo necessita dos estímulos externos do ambiente. Com isso é importante e muito interessante identificar as sequências do desenvolvimento motor, portanto, estas tendem a sintetizar os conhecimentos acumulados acerca de mudanças que acorrem no comportamento motor. Então para Tani (2010) baseia-se em um importante princípio, porém para que ocorram mudanças, é preciso passar por estágios instáveis para sim, alcançar estágios estáveis de habilidades e comportamento motor. Gallahue (2003) enfatiza o desenvolvimento motor através das fases reflexivas, rudimentares, fundamentais e a que mais nos interessa nesse momento por ser importante neste trabalho é a fase motora especializadas. MOVIMENTOS REFLEXIVOS: são controlados subcorticalmente e como resultado, involuntários. MOVIMENTOS RUDIMENTARES: constituem movimentos voluntários tipicamente utilizados durante a infância. MOVIMENTOS FUNDAMENTAIS: constituem habilidades de coordenação motora grossa comum à vida diária e tipicamente dominadas durante a infância. MOVIMENTOS ESPECIALIZADOS: movimentos complexos como às vezes são denominados, constituem movimentos fundamentais que foram refinados ou combinados com outros movimentos em formas mais complexas. Poderíamos aprofundar cada fase motora, mas não é o foco de nosso artigo, como estamos focando as idades de 11 à 13 anos, nessa faixa etária predomina a fase motora especializada e por tanto nos achamos no dever de aprofundar um pouco desta fase. FASE DE MOVIMENTOS ESPECIALIZADOS

Segundo Gallahue e Donnelly (2008), os movimentos especializados são tipicamente dominados no final da infância e pouco mais tarde podem se apresentar na forma de habilidades complexas na vida diária, nas atividades de recreação e no esporte competitivo. Caminhar sobre uma superfície escorregadia, esquiar e realizar uma rotina competitiva de ginástica sobre uma barra de equilíbrio constituem exemplos de habilidades de estabilidade especializadas. As habilidades manipulativas e locomotoras especializadas são encontradas nas atividades diárias como carregar uma mala ao subir uma escada ou andar em uma escada rolante em movimento com uma sacola repleta de compras. Elas também são encontradas em um jogo de recreação de golfe ou tênis e nos esportes competitivos de futebol americano, futebol e basquetebol. Nessa fase que as habilidades estabilizadoras, locomotoras e manipulativas fundamentais são refinadas, combinadas e elaboradas para um uso crescentemente exigidas. Esta fase é subdividida por 3 estágios sendo o Estágio Transitório, Estágio de Aplicação e o Estágio de Utilização Permanente. ESTÁGIO TRANSITÓRIO NOS 7 AOS 11 ANOS: No período transitório, o indivíduo começa a combinar e a aplicar habilidades motoras fundamentais ao desempenho de habilidades especializadas no esporte e em ambientes recreacionais. ESTÁGIO DE APLICAÇÃO NOS 11 AOS 13 ANOS: No estágio de aplicação, a sofisticação cognitiva crescente e certa base ampliada de experiências tornam o indivíduo capaz de tomar numerosas decisões de aprendizado e de participação baseadas em muitos fatores da tarefa, individuais e ambientais. No estágio de aplicação, os indivíduos começam a buscar ou a evitar a participação em atividades específicas. Há ênfase crescente na forma, habilidade, precisão e nos aspectos quantitativos do desempenho motor. Essa é a época para refinar e usar habilidades mais complexas em jogos avançados, atividades de liderança e em esportes selecionados. ESTÁGIO DE UTILIZAÇÃO PERMANENTE NOS 14 ANOS EM DIANTE: O estágio de utilização permanente representa o pináculo do processo de desenvolvimento motor e é caracterizado pelo uso do repertório de movimentos adquiridos pelo indivíduo por toda a vida. Fatores como tempo

disponível, dinheiro, equipamento, instalações e limitações físicas e mentais afetam esse estágio. Gráfico 1: Driblar a bola mão esquerda. 11% 11% Driblar a bola 5 vezes (Mão Esquerda) Meninos Fase Especializada Est. Transitório 78% Driblar a bola 5 vezes (Mão Esquerda) Meninas Fase Especializada Est. Transitório Fase Fundamental Est. Maduro 12% 12% 4% 72% Fonte: Dados da Pesquisa 2015. O gráfico 1 mostra o estágio da fase especializada das crianças na habilidade de driblar a bola com a mão esquerda, sendo que a maioria dos meninos (78%) e das meninas (72%) estão no estágio de utilização permanente. Para Böhme (1999) o desempenho motor na infância e na adolescência está fortemente associado com o crescimento e a maturação, devido a essa relação de interdependência, no desempenho motor, devem ser considerados os aspectos do crescimento físico, as idades cronológicas e biológicas. Tais fatores exercem muita influência na prática esportiva, pois, encontra-se jovens de diferentes estágios maturacionais dentro de um mesmo grupo ou categoria, situação que pode favorecer ou desmotivar dependendo da situação.

Gráfico 2: Driblar a Bola mão direita. 11% Driblar a bola 5 vezes (Mão direita) Meninos Fase Especializada Est. Utilização Permanente 17% 72% Driblar a bola 5 vezes (Mão Direita) Meninas Fase Fundamental Est. Maduro 4% 12% 8% 76% Fonte: Dados da pesquisa 2015. Podemos ver e constatar que a maioria das crianças estão no estágio de utilização permanente da fase especializada na habilidade driblar a bola com a mão direita, sendo que a maioria dos meninos (72%) e das meninas 76%. Fase fundamental estágio Maduro temos (4%) meninas, é incrível como esse dado nos mostra que ainda temos adolescentes com um atraso significante ao menos nessa habilidade motora, nesse caso meninas e a causa desse dado poderíamos citar inúmeros fatores como falta de experiências, genética entre outros. Gráfico 3: Toque de Bola para cima. Toque de bola para cima em deslocamento (Meninos) 6% Toque de bola para cima em deslocamento (Meninas) Fase Fundamental Est. Maduro 4% 44% 50% 24% 40% 32% Fonte: Dados da Pesquisa 2015. No gráfico 3 temos a habilidade toque de bola para cima em deslocamento, sendo que a maioria dos meninos (72%) e das meninas (76%) estão na fase

especializada no estágio de utilização permanente. No estágio de Aplicação temos (44%) dos meninos e (32%) das meninas. Percebemos que temos mais meninos nesse estágio do que meninas. Ainda observando o gráfico importante o dado de que (4%) das meninas estão no estágio maduro da fase fundamental. A precocidade no crescimento morfológico provavelmente proporciona algumas vantagens no esporte. Entretanto, as implicações da maturação para o desempenho ainda necessitam de maior investigação e entre as variáveis de desempenho motor, a potência e agilidade são frequentemente citadas como características fundamentais em modalidades esportivas que exigem grandes acelerações e mudanças de direção. Deste modo é importante também compreender os fatores que interferem nessas características durante o processo ensino aprendizagem de jogos esportivos e nos estágios do desenvolvimento motor (MILLER 2000, TEIXEIRA, MASSA e BHÖME 2003). Gráfico 4: Cortada em suspensão mão esquerda. Cortada em Suspensão Mão Esquerda (Meninos) 72% 11% 17% Cortada em Suspensão Mão Esquerda (Meninas) Fase Fundamental Est. Maduro 60% 4% 12% 24% Fonte: Dados da Pesquisa 2015. : Nesse gráfico temos a cortada em suspensão com a mão esquerda e percebemos que a maioria das crianças estão no estágio Transitório (60% meninos e 72% meninas). Na adolescência se os estímulos não forem oferecidos á criança, a mesma crescerá com uma pobreza nas habilidades motoras e terá dificuldade de refinar e estimular cada vez mais os movimentos para chegar a um estágio especializado. Resultando assim dificuldades em seu desempenho esportivo. O início da escolarização formal constitui uma

mudança importante no desenvolvimento físico da criança, assim, a escola significa o começo do período em que esta deverá aprender as competências especificas que são parte da sua cultura. (BHÖME, 2002). Gráfico 5: Cortada em Suspensão mão direita. Cortada em Suspensão Mão Direita (Meninos) Fase Especializada Est. Utilização Permanente Cortada em Suspensão Mão Direita (Meninas) Fase Especializada Est. Utilização Permanente 45% 22% 44% 20% 33% 36% Fonte: Dados da Pesquisa 2015. Segundo o gráfico 5 podemos observar que a maioria das crianças estão no estágio transitório (44% meninas e 45% meninos), porém uma boa parte está no estágio de aplicação (36% meninas e 33% meninos) e o restante no estágio de utilização permanente (20% meninas e 22% meninos). Gráfico 6: Pulos em linha reta com a perna esquerda. Pulos em Linha Reta com a Perna Esq. (Meninos) 6% Pulos em Linha Reta com a Perna Esq. (Meninas) 8% 33% 61% 36% 56% Fonte: Dados da Pesquisa 2015.

No gráfico 6 a maioria das crianças estão no estágio de utilização permanente relacionado a pulos em linha reta com a perna esquerda, sendo meninas 61% e meninos 56%, e percebemos também que no estágio de aplicação estão entre 30% a 40%. Gráfico 7: Pulos em Linha Reta Perna direita. Pulos em Linha Reta com a Perna Direita (Meninos) 33% 6% 61% Pulos em Linha Reta com a Perna Direita (Meninas) 28% 8% 64% Fonte: Dados da Pesquisa 2015. No gráfico 7, nota-se que as crianças estão no estagio de utilização permanente em relação aos pulos em linha reta com a perna direita, sendo que meninos 61% e meninas 64%, também se observaram que entre 25% a 35% das crianças estão no estagio de aplicação. Gráfico 8: Avião Perna esquerda. Avião Perna Esquerda (Meninos) 0% Avião Perna Esquerda (Meninas) 0% 37% 63% 48% 52% Fonte: Dados da Pesquisa 2015.

O gráfico 8 com relação a habilidade avião com perna esquerda notou-se que os meninos estão (63%) e meninas (52%) no estagio de utilização permanente. No estagio de aplicação, (37%) meninos e (48%). O equilíbrio é a base primordial de toda ação diferenciada dos membros superiores. Quanto mais defeituoso é o movimento mais energia consome, tal gasto energético poderia ser canalizado para outros trabalhos neuromusculares. Nesta luta constante, ainda que inconsciente, contra o desequilíbrio resulta numa fadiga corporal, mental e espiritual, aumentando o nível de stress, ansiedade, e angustia do indivíduo (ROSA NETO,1996). Gráfico 9: Avião Perna direita. Avião Perna Direita (Meninos) 0% 17% 83% Avião Perna Direita (Meninas) 4% 32% 64% Fonte: Dados da Pesquisa 2015. No gráfico 9 notou-se que os meninos na habilidade avião com a perna direita estão em (83%) no estagio de utilização permanente e as meninas com (64%), já no estagio de aplicação os meninos (17%) e as meninas (32%), enquanto no estagio transitório só as meninas demostraram (4%) não tivemos meninos no estágio transitório nessa habilidade. 4- CONCLUSÃO Notou-se que é no desenvolvimento motor infantil que se aprende os movimentos, alguns atrasos motores nesta fase podem acarretar prejuízos que podem se estender até a fase adulta. Com a identificação precoce destes distúrbios de desenvolvimento, é possível determinar uma intervenção

adequada, a fim de que as crianças possam seguir a mesma sequência que as crianças com desenvolvimento dentro do esperado. Esta intervenção tem demonstrado mais benefícios para as crianças. Das observações em campo realizadas na Escola de Erechim, concluímos que a maioria das crianças de 11 à 13 anos estão com os movimentos na fase especializada e no estágio de utilização permanente em várias das habilidades motoras propostas por nós. Com o trajeto aplicado, percebemos que as crianças tiveram mais facilidade em realizar atividades como driblar a bola com a mão (manipulativa), toque de bola para cima em deslocamento (manipulativa e locomotora), pulos em linha reta (estabilização e locomotora), e o avião (habilidade estabilizadora). E mais dificuldade na cortada em suspensão. Poderíamos explicar essa dificuldade na cortada em suspensão por falta de vivências oufatores genéticos. Observando os resultados nota-se o quão importante é qualquer atividade física para as crianças, neste caso o voleibol, pois sem realizar alguma atividade, a criança não recebe os estímulos necessários, podendo assim ficar atrasada no seu desenvolvimento motor em relação a outras crianças, e até talvez a prejudicando no futuro. REFERÊNCIAS AZEVEDO, Camila Cavalcanti. FERNANDES, Juliana. Desenvolvimento motor na infância: influência dos fatores de risco e programas de intervenção. Ev Neurocienc in press. Ano 2009. BRAGA, R.K. A influência de um programa de intervenção motora no desempenho das habilidades locomotoras de crianças com idade entre 6 e 7 anos. Revista da Educação Física/UEM, 20(2), 171-181. Ano 2009. BOHME, M.T.S. Aptidão física de jovens atletas do sexo feminino analisado em relação a determinados aspectos biológicos, idade cronológica e tipo de modalidade esportiva praticada. 1999. Tese (Livre Docência) - Escola de Educação Física e Esporte, Universidade de São Paulo, São Paulo. Rev. bras. Educ. Fís. Esp., São Paulo, v.19, n.2, p.153-62, abr./jun. 2005. BÖHME, M. T. S. Auto-avaliação puberal feminina por meio de desenhos e fotos. Revista Brasileira de Atividade Física e Saúde. Vol.7. Núm.2. p.24-34. Ano 2002.

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