MICHEL OLIVEIRA GOUVEIA Michel Gouveia Prof. Michel Gouveia Professor Michel Gouveia / Previtube michelogouveia
REGIME PROBATÓRIO PREVIDENCIÁRIO Na lição de José Antonio Savaris, as provas no Direito Previdenciário, têm duas elementares observações. Primeira: a preservação do direito processual de sua produção e o direito material ao benefício previdenciário. Segunda: é uma laboriosa tarefa de examinar os fatos para identificar a prova necessária para o direito material.
As provas tem uma missão nobre, uma vez que através da dilação probatória chegaremos ao direito fundamental da satisfação de um determinado bem. A violação do direito de provas é um ato gravíssimo, sendo, reiteradamente, reparado pelos Tribunais:
PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA ESPECIAL OU APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO. RECONHECIMENTO DE TEMPO ESPECIAL. PRELIMINAR DE CERCEAMENTO DE DEFESA ACOLHIDA. - Cuida-se de pedido de aposentadoria especial ou aposentadoria por tempo de contribuição. - A r. sentença julgou parcialmente procedente o pedido, apenas para reconhecer como especial a atividade desenvolvida no período de 08/11/1991 a 31/12/2007. Fixada a sucumbência recíproca. - Apela a parte autora, sustentando, preliminarmente, que houve nulidade da sentença por cerceamento de defesa, ante a não realização das provas necessárias para instrução processual. No mérito, sustenta que faz jus ao benefício. - Apelo do INSS pela improcedência do pedido. - No caso dos autos, faz-se necessária a realização da prova pericial para a comprovação dos agentes agressivos a que estava exposto o autor em cada uma das empresas, o que pode ser feito ainda que por similaridade, e, assim, possibilitar o exame do preenchimento dos requisitos para o deferimento do pedido. - A instrução do processo, com a realização de prova pericial, é crucial para que, em conformidade com a prova material carreada aos autos, possa ser analisado o reconhecimento ou não das atividades especiais alegadas, sob pena de incorrer em incontestável prejuízo para as partes. É preciso, ao menos, que seja dada oportunidade ao requerente de demonstrar o alegado à inicial. - Ao julgar o feito sem franquear ao requerente a oportunidade de comprovar todo o labor especial, a MM. Juíza a quo efetivamente cerceou o seu direito de defesa, de forma que a anulação da r. sentença é medida que se impõe. - Acolhida a preliminar de cerceamento de defesa do autor, restando prejudicados o apelo da parte autora em seu mérito e a apelação do INSS. (TRF 3ª Região, OITAVA TURMA, AC - APELAÇÃO CÍVEL - 2201859-0006116- 48.2015.4.03.6120, Rel. DESEMBARGADORA FEDERAL TANIA MARANGONI, julgado em 06/03/2017, e-djf3 Judicial 1 DATA:20/03/2017 )
O caminho probatório é árduo, ainda mais quando se busca efetivar uma prova, quase impossível. O objetivo das provas é materializar o direito do segurado ou dependente.
O QUE SE BUSCA COM AS PROVAS? Ao segurando quando se busca comprovar a incapacidade para o trabalho; a preexistência ou não da incapacidade, bem como seu agravamento, o tempo de início da incapacidade; sua cessão; a pendência de Ação Trabalhista discutindo vinculo de emprego, entre muitas outras possibilidades.
O QUE SE BUSCA COM AS PROVAS? Ao segurando: A comprovação do exercício da atividade especial; A condição de rurícula.
O QUE SE BUSCA COM AS PROVAS? Os dependentes: A comprovação da união estável; a comprovação da dependência econômica dos pais para o filho falecido; A negativa do benefício previdenciário de auxíliodoença ou aposentadoria por invalidez e a concessão do LOAS, sem gerar direito a pensão por morte.
O QUE SE BUSCA COM AS PROVAS? Os dependentes: A composição da renda familiar para fins da LOAS; a invalidez do filho maior, para se fundamentar a manutenção da pensão por morte.
OBJETIVO DA PROVA O objetivo é a busca da verdade real; Sua finalidade é o convencimento do julgador sobre a tese e/ou fatos levados para discussão; É preciso delimitar o tipo de prova, sem renunciar outros meios de provas.
TIPOS DE PROVA Documental Testemunhas Perícia médica, técnica e assistencial Prova emprestada
COMPROVAÇÃO PARA O PERÍODO DE GRAÇA Nos termos do artigo 15, da Lei de Benefício, 8.213/91, o segurado que deixar de contribuir com o INSS, manterá qualidade de segurado por 12 meses. Nos termos do 2º do mesmo artigo, o período de graça e qualidade de segurado, será prorrogado por mais 12 meses, desde que o segurado comprove o desemprego.
COMPROVAÇÃO PARA O PERÍODO DE GRAÇA A comprovação de que o segurado à época do evento mantinha qualidade de segurado é essencial para concessão do benefício, seja para ele ou para seus dependentes. Veja-se:
COMPROVAÇÃO PARA O PERÍODO DE GRAÇA PREVIDENCIÁRIO. SALÁRIO-MATERNIDADE. QUALIDADE DE SEGURADA. PRORROGAÇÃO DO PERÍODO DE GRAÇA. POSSIBILIDADE. SEGURADA DESEMPREGADA. ART. 15, II E 2º, DA LEI 8.213/91. REQUISITO PREENCHIDO. BENEFÍCIO DEVIDO. 2. Tendo em vista a comprovação da situação de desemprego, possível a prorrogação do período de graça, nos termos do art. 15, II e 2º, da Lei 8.213/91. 3. Prorrogado o prazo por mais 12 meses, totalizando assim 24, ao todo, verifica-se que a autora mantinha a qualidade de segurada à época do nascimento do seu filho. 4. Preenchidos os demais requisitos necessários à concessão do benefício, faz jus a autora ao recebimento do salário-maternidade. 5. A correção monetária deverá incidir sobre as prestações em atraso desde as respectivas competências e os juros de mora desde a citação, observada eventual prescrição quinquenal, nos termos do Manual de Orientação de Procedimentos para os Cálculos na Justiça Federal, aprovado pela Resolução nº 267/2013, do Conselho da Justiça Federal (ou aquele que estiver em vigor na fase de liquidação de sentença). Os juros de mora deverão incidir até a data da expedição do PRECATÓRIO/RPV, conforme entendimento consolidado pela colenda 3ª Seção desta Corte. Após a devida expedição, deverá ser observada a Súmula Vinculante nº 17. 6. Apelação do INSS desprovida. Fixados, de ofício, os consectários legais. (TRF 3ª Região, DÉCIMA TURMA, AC - APELAÇÃO CÍVEL - 2195498-0033874- 68.2016.4.03.9999, Rel. DESEMBARGADOR FEDERAL NELSON PORFIRIO, julgado em 06/12/2016, e-djf3 Judicial 1 DATA:14/12/2016 )
COMPROVAÇÃO PARA O PERÍODO DE GRAÇA No mesmo sentido é a súmula 27 da TNU: A ausência de registro em órgão próprio do Ministério do Trabalho não impede a comprovação de desemprego por outros meios admitidos em Direito Prova testemunhal é apta a comprovação do desemprego, bem como a ausência de anotações de novos vínculos.
PROVA DO TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO Para fins de comprovação do tempo de contribuição, não se admite prova exclusivamente testemunhal, sendo necessário um início de prova material. Um dos maiores problemas é a comprovação do tempo de contribuição quando o vínculo de emprego não está devidamente registrado no CNIS e o segurado perdeu sua CTPS.
PROVA DO TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO Lei 8.213/91: Art. 55. O tempo de serviço será comprovado na forma estabelecida no Regulamento, compreendendo, além do correspondente às atividades de qualquer das categorias de segurados de que trata o art. 11 desta Lei, mesmo que anterior à perda da qualidade de segurado: 3º A comprovação do tempo de serviço para os efeitos desta Lei, inclusive mediante justificação administrativa ou judicial, conforme o disposto no art. 108, só produzirá efeito quando baseada em início de prova material, não sendo admitida prova exclusivamente testemunhal, salvo na ocorrência de motivo de força maior ou caso fortuito, conforme disposto no Regulamento.
PROVA DO TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO O caso fortuito e força maior: Segurado perde sua CTPS e as informações não estão no CNIS. Se o segurado possuir em mãos BO da época, onde declarar que perdeu sua CTPS, poderá se utilizar deste documento para realizar uma Justificação Administrativa para comprovação do tempo de serviço/contribuição.
PROVA DO TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO Instrução Normativa 77/2015 INSS Art. 10. Observado o disposto no art. 58, a comprovação do vínculo e das remunerações do empregado urbano ou rural, far-se-á por um dos seguintes documentos: I - da comprovação do vínculo empregatício: a) Carteira Profissional - CP ou Carteira de Trabalho e Previdência Social - CTPS; b) original ou cópia autenticada da Ficha de Registro de Empregados ou do Livro de Registro de Empregados, onde conste o referido registro do trabalhador acompanhada de declaração fornecida pela empresa, devidamente assinada e identificada por seu responsável;
PROVA DO TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO Instrução Normativa 77/2015 INSS Art. 10. Observado o disposto no art. 58, a comprovação do vínculo e das remunerações do empregado urbano ou rural, far-se-á por um dos seguintes documentos: I - da comprovação do vínculo empregatício: d) acordo coletivo de trabalho, desde que caracterize o trabalhador como signatário e comprove seu registro na respectiva Delegacia Regional do Trabalho - DRT; e) termo de rescisão contratual ou comprovante de recebimento do Fundo de Garantia de Tempo de Serviço - FGTS; f) extrato analítico de conta vinculada do FGTS, carimbado e assinado por empregado da Caixa, desde que constem dados do empregador, data de admissão, data de rescisão, datas dos depósitos e atualizações monetárias do saldo, ou seja, dados que remetam ao período em que se quer comprovar;
PROVA DO TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO Instrução Normativa 77/2015 INSS Art. 10. Observado o disposto no art. 58, a comprovação do vínculo e das remunerações do empregado urbano ou rural, far-se-á por um dos seguintes documentos: I - da comprovação do vínculo empregatício: g) recibos de pagamento contemporâneos ao fato alegado, com a necessária identificação do empregador e do empregado; h) declaração fornecida pela empresa, devidamente assinada e identificada por seu responsável acompanhada de cópia autenticada do cartão, livro ou folha de ponto; ou i) outros documentos contemporâneos que possam vir a comprovar o exercício de atividade junto à empresa;
PROVA DO TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO ENUNCIADO nº 18 do CRPS (CRSS) Editado pela Resolução Nº 1/1999, de 11/11/1999, publicada no DOU de 18/11/1999. Não se indefere benefício sob fundamento de falta de recolhimento de contribuição previdenciária quando esta obrigação for devida pelo empregador.
PROVA DO TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO CTPS COMO PROVA Art. 62. do Decreto 3.048/99: (...) 2 o Subsidiariamente ao disposto no art. 19, servem para a prova do tempo de contribuição que trata o caput: I - para os trabalhadores em geral, os documentos seguintes: a) o contrato individual de trabalho, a Carteira Profissional, a Carteira de Trabalho e Previdência Social, a carteira de férias, a carteira sanitária, a caderneta de matrícula e a caderneta de contribuições dos extintos institutos de aposentadoria e pensões, a caderneta de inscrição pessoal visada pela Capitania dos Portos, pela Superintendência do Desenvolvimento da Pesca, pelo Departamento Nacional de Obras Contra as Secas e declarações da Secretaria da Receita Federal do Brasil; (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008).
PROVA DO TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO CTPS COMO PROVA Súmula 75 da TNU A Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) em relação à qual não se aponta defeito formal que lhe comprometa a fidedignidade goza de presunção relativa de veracidade, formando prova suficiente de tempo de serviço para fins previdenciários, ainda que a anotação de vínculo de emprego não conste no Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS).
PROVA DO TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO CTPS COMO PROVA PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO. VALIDADE DE ANOTAÇÕES EM CTPS. PREENCHIDOS OS REQUISITOS PARA A CONCESSÃO DO BENEFÍCIO. CORREÇÃO MONETÁRIA. JUROS DE MORA. FIXAÇÃO DE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. - A questão em debate consiste na possibilidade de se reconhecer a validade de lapsos de trabalho comum, que contam com registro em CTPS. - É pacífico na doutrina e jurisprudência que as anotações na CTPS possuem presunção iuris tantum, o que significa admitir prova em contrário. - Na Justiça Trabalhista, o Enunciado nº 12 do Tribunal Superior do Trabalho fixou entendimento que as anotações feitas na CTPS são relativas, podendo, portanto, ser invalidadas por qualquer outra espécie de prova admitida no ordenamento jurídico (perícia, prova testemunhal, etc). Além da Súmula nº 225 do STF sedimentando a matéria. - As anotações na CTPS do requerente não apresentam irregularidades que justifiquem sua não aceitação pela Autarquia. - O fato de não constar no sistema CNIS da Previdência Social o registro de recolhimentos previdenciários quanto aos períodos de 02.01.1976 a 30.10.1979 e 02.01.1990 a 09.05.1991 não pode prejudicar o autor, visto que tais recolhimentos são de responsabilidade dos empregadores. -Os períodos de 02.01.1976 a 30.10.1979 e 02.01.1990 a 09.05.1991, portanto, devem ser considerados válidos e computados no tempo de serviço do autor. - Apelo da Autarquia improvido. (TRF 3ª Região, OITAVA TURMA, AC - APELAÇÃO CÍVEL - 2176998-0002313- 62.2015.4.03.6183, Rel. DESEMBARGADORA FEDERAL TANIA MARANGONI, julgado em 06/03/2017, e-djf3 Judicial 1 DATA:20/03/2017 )
PROVA DO TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO RURAL Nos termos do art. 106 da lei 8.213/91, a comprovação do exercício de atividade rural será feita, alternativamente, por meio de: Logo o rol do artigo 106 é exemplificativo e nunca exaustivo.
PROVA DO TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO RURAL I contrato individual de trabalho ou Carteira de Trabalho e Previdência Social; II contrato de arrendamento, parceria ou comodato rural; III declaração fundamentada de sindicato que represente o trabalhador rural ou, quando for o caso, de sindicato ou colônia de pescadores, desde que homologada pelo Instituto Nacional do Seguro Social INSS; IV comprovante de cadastro do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária INCRA, no caso de produtores em regime de economia familiar; V bloco de notas do produtor rural; VI notas fiscais de entrada de mercadorias, de que trata o 7 o do art. 30 da Lei n o 8.212, de 24 de julho de 1991, emitidas pela empresa adquirente da produção, com indicação do nome do segurado como vendedor; VII documentos fiscais relativos a entrega de produção rural à cooperativa agrícola, entreposto de pescado ou outros, com indicação do segurado como vendedor ou consignante; VIII comprovantes de recolhimento de contribuição à Previdência Social decorrentes da comercialização da produção; IX cópia da declaração de imposto de renda, com indicação de renda proveniente da comercialização de produção rural; ou X licença de ocupação ou permissão outorgada pelo Incra.
PROVA DO TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO RURAL No que toca ao segurado rural, a jurisprudência tem admitido a prova documental em nome de outros membros da família. É sabido que grande parte da população rural não guardam os documentos ou se quer possuem documentação comprobatória em seus nomes, por essa e outras razões o judiciário entende que documentos em nome de membros da família são aptos a comprovação do labor campesina.
PROVA DO TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO RURAL PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR TEMPO DE SERVIÇO. CONTAGEM RECÍPROCA DE ATIVIDADE RURAL E URBANA. POSSIBILIDADE SOMENTE COM O ADVENTO DA LEI Nº 8.213/91. PRECEDENTES DO STF. RECONHECIMENTO DO TEMPO DE SERVIÇO DE LABOR AGRÍCOLA. CONCESSÃO. Embora a requerente não possua documentos comprobatórios do exercício da atividade agrícola em seu nome, tal circunstância não elide o seu direito ao benefício postulado, pois, como normalmente acontece no meio rural, os documentos de propriedade e talonários fiscais são expedidos em nome de quem aparece frente aos negócios da família. Nesse caso, os documentos referentes à atividade agrícola, emitidos em nome do marido, corroborados pelos depoimentos das testemunhas ouvidas em juízo, constituem prova material indireta, hábil para a comprovação do tempo de serviço rural prestado pela esposa, em regime de economia familiar. (...) (TRF da 4ª Região, Ap. Cív. N. 96.04.21410-1/RS, 6ª Turma, Rel. Juiz Nylson Paim de Abreu, Fonte: DJU de 31/12/97).
PROVA DO TEMPO ESPECIAL Formulários: SB/40; DIRBEN 8030; DSS 8030; PPP. Demonstrações Ambientais: 1) PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais); 2) PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional); 3) LTCAT (Laudo Técnico de Condições Ambientais), dentre outros.
PROVA DA UNIÃO ESTÁVEL Equivocadamente, o INSS, pede para a companheira comprovar dependência econômica. Entendo ser desnecessário a comprovação da dependência econômica para a companheira, visto que a Lei de Benefícios, dispõe que a dependência econômica é presumida. O que se deve comprovar é a existência da união estável, com animus de constituição de família. Aliás, a comprovação da União Estável pode ser realizada nos mesmos autos do pedido de pensão por morte/auxílio-reclusão.
PROVA DA UNIÃO ESTÁVEL Súmula nº 63 TNU/JEF A comprovação de união estável para efeito de concessão de pensão por morte prescinde de início de prova material. Prescinde = dispensa Logo, a união estável pode ser comprovada por testemunhas. São poucas as hipóteses que dispensam o início de prova material.
PROVAS NO INSS O que o segurado precisa provar perante o INSS? E como fazer a prova na seara administrativa?
PROVAS NO INSS CNIS IN 77 - Art. 58 - A partir de 31 de dezembro de 2008, data da publicação do Decreto nº 6.722 30/12/2008, os dados constantes do CNIS relativos a atividade, vínculos, remunerações e contribuições valem, a qualquer tempo, como prova de filiação à Previdência Social, tempo de contribuição e salários de contribuição.
PROVAS NO INSS CNIS IN 77 / 15: Art. 681. Os dados constantes do CNIS relativos a vínculos, remunerações e contribuições valem como prova de filiação à Previdência Social, tempo de contribuição e salários de contribuição, salvo comprovação de erro ou fraude.
PROVAS NO INSS AÇÃO TRABALHISTA A Ação Trabalhista não é prova perante o INSS. Art. 71 (IN 77). A reclamatória trabalhista transitada em julgado restringe-se à garantia dos direitos trabalhistas e, por si só, não produz efeitos para fins previdenciários. Para a contagem do tempo de contribuição e o reconhecimento de direitos para os fins previstos no RGPS, a análise do processo pela Unidade de Atendimento deverá observar:
PROVAS NO INSS AÇÃO TRABALHISTA Para que haja o reconhecimento do tempo de contribuição, será necessário constar no processo trabalhista início de prova material do tempo de trabalho, lembrando que nos termos do 3º do artigo 55 da Lei 8.213/91, não é admitido prova exclusivamente testemunhal.
JA- Justificação Administrativa Art. 142 ao 151- Decreto 3.048/99 Art. 574 ao 600, IN 77/2015
Art. 142- Decreto 3.048/99 ( RPS) A justificação administrativa constitui recurso utilizado para suprir a falta ou insuficiência de documento ou produzir prova de fato ou circunstância de interesse dos beneficiários, perante a previdência social.
JUSTIFICAÇÃO ADMINISTRATIVA INICIO DE PROVA MATERIAL, imprescindível para; 1)comprovação de tempo de serviço/contribuição, 2) dependência econômica; 3) união estável, 4) identidade; 5) relação de parentesco.
JUSTIFICAÇÃO ADMINISTRATIVA Do requerimento Para o processamento de JA, o interessado deverá apresentar; a) início de prova material, b) requerimento expondo os fatos que pretende comprovar; c) lista de testemunhas idôneas; ( 3 no mínimo, 6 no máximo )
MICHEL OLIVEIRA GOUVEIA Michel Gouveia Prof. Michel Gouveia Professor Michel Gouveia / Previtube michelogouveia michel@michelgouveia.adv.br