ASPECTOS POSITIVOS DA CINTILOGRAFIA RENAL EM ANIMAIS DOMÉSTICOS

Documentos relacionados
PRINCIPAIS PROCEDIMENTOS DE MEDICINA NUCLEAR APLICADOS EM VETERINÁRIA

As funções dos rins incluem. Objetivos da aula. Medicina Nuclear Nefrourologia 17/10/2011. Walmor Cardoso Godoi, M.Sc.

Obrigada por ver esta apresentação Gostaríamos de recordar-lhe que esta apresentação é propriedade do autor.

Infecção do Trato Urinário na Infância

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PEDIATRIA E SAÚDE DA CRIANÇA DISSERTAÇÃO DE MESTRADO

Cintilografias Renais

ESTUDO EVOLUTIVO E COMPARATIVO DOS EQUIPAMENTOS DE MEDICINA NUCLEAR

Estudo do tempo de excreção renal pela cintilografia em felinos domésticos

TÍTULO: BOAS PRÁTICAS DURANTE A FABRICAÇÃO E MANUSEIO DO TECNÉCIO-99M NA MEDICINA NUCLEAR.

Concurso Público Medicina Nuclear Caderno de Questões Prova Objetiva 2015

Imagem da Semana: Cintilografia Renal c/99mtc

Tomografia Computadorizada ou Ressonância Magnética qual a melhor opção para cada caso?

Após um episódio de ITU, há uma chance de aproximadamente 19% de aparecimento de cicatriz renal

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL PÓS-GRADUAÇÃO EM PEDIATRIA E SAÚDE DA CRIANÇA MESTRADO EM PEDIATRIA E SAÚDE DA CRIANÇA

Campus de Botucatu. SEMESTRE LETIVO: (X) Primeiro ( ) Segundo

Estimativa de dose do radiofármaco 99m Tc-MDP em exames de cintilografia óssea em pacientes adultos

Instrumentação em Medicina Nuclear

Cartilha de Radiofarmacia

Antonie - Henri Becquerel

Verificação do uso de dosímetros individuais em serviço de medicina nuclear de Pernambuco nos anos de 2002 a 2010

GLUCO-TEC. glicoheptonato de cálcio

APRESENTAÇÃO. Professor: Augusto Sampaio. Conceitos Básicos Sobre Medicina Nuclear.

Testes de controle de qualidade em calibradores de dose utilizados em laboratórios de pesquisa do IPEN

Radioatividade: efeitos e aplicações. [Imagem:

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE FACULDADE DE MEDICINA Departamento de Medicina Clínica

CINTILOGRAFIA COMO TESTE COMPLEMENTAR PARA A AVALIAÇÃO DA MORTE ENCEFÁLICA

PLANO DE TRABALHO DA DISIPLINA PRO 127 : TECNOLOGIA EM MEDICINA NUCLEAR I

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE FACULDADE DE MEDICINA Departamento de Medicina Clínica

CONTROLE DE QUALIDADE DE ACEITAÇÃO DE GAMA CÂMARA

TOXICOCINÉTICA TOXICOCINÉTICA TOXICOLOGIA -TOXICOCINÉTICA

TOXICOLOGIA -TOXICOCINÉTICA. Profa. Verônica Rodrigues

Anais do 38º CBA, p.0882

RESOLUÇÃO Nº 24, DE 16 DE ABRIL DE 2019

Cintilografia Pulmonar. Tecnologia em Medicina Nuclear Prof. Leonardo

Excelência das imagens cintilográficas a partir do controle de qualidade das gama câmaras

Radioatividade: efeitos e aplicações

PLANO DE TRABALHO: TECNOLOGIA EM MEDICINA NUCLEAR I

PLANO DE TRABALHO: TECNOLOGIA EM MEDICINA NUCLEAR - I

Ministério da Educação INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA PORTARIA Nº 304, DE 8 DE JUNHO DE 2016

Princípio de radiotraçador Observação não invasiva de processos fisiológicos

PLANO DE TRABALHO TECNOLOGIA EM TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA

DMSA-TEC succímer Conjunto de reagente liofilizado para marcação com solução injetável de pertecnetato de sódio (99m Tc) succímer (99m Tc)

MEDICINA NUCLEAR: DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DO CÂNCER DE MAMA. 1

Estudo da influência do invólucro protetor de contaminação no frasco de radiofármacos na medição da atividade

DIRETRIZ PARA CONFIRMAÇÃO DE MORTE ENCEFÁLICA ATRAVÉS DA CINTILOGRAFIA DE PERFUSÃO CEREBRAL

IMPORTÂNCIA DOS DADOS QUANTITATIVOS NA INTERPRETAÇÃO DA CINTILOGRAFIA RENAL. DINÂMICA COM Tc99m-MAG3 E DIURÉTICO NA SUSPEITA DE OBSTRUÇÃO DO TRATO

PLANO DE TRABALHO: TECNOLOGIA EM MEDICINA NUCLEAR I

PROTOCOLO MÉDICO CÓLICA NEFRÉTICA. Área: Médica Versão: 1ª

PLANO DE TRABALHO: TECNOLOGIA EM MEDICINA NUCLEAR I

TRATAMENTO DO HIPERTIROIDISMO COM IODO-131 ANA CAROLINA GALVÃO, FELIPE GOBBI GONÇALVES, GUSTAVO TOLEDO, MATHEUS SENA

Módulo 1 ABORDAGEM E OPÇÕES TERAPÊUTICAS NO DOENTE COM LITÍASE RENAL AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA CÓLICA RENAL 3 OBSERVAÇÃO 4 OPÇÕES TERAPÊUTICAS

PLANO DE ENSINO I IDENTIFICAÇÃO. CURSO: Ciências Biomédicas. DISCIPLINA: Biofísica de Instrumentação Médica (X) OBRIGATÓRIA ( ) OPTATIVA

Programa para Seleção Clínica Cirúrgica e Obstetrícia de Pequenos Animais

PLANO DE TRABALHO: DISCIPLINA TECNOLOGIA EM TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA II

PLANO DE TRABALHO: DISCIPLINA TECNOLOGIA EM TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA II

PROCEDIMENTOS DE RADIOTERAPIA CONVENCIONAL REALIZADOS NO HC-FMB PARA O CÂNCER DE PRÓSTATA 1 INTRODUÇÃO

PLANO DE TRABALHO TECNOLOGIA EM TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA

Aspectos metrológicos na estimativa da atividade administrada em pacientes de medicina nuclear

O Brasil na Formação de Pessoal na área de Engenharia Nuclear

UTILIZAÇÃO DE PET CT NO DIAGNÓSTICO DE NEOPLASIA PULMONAR

Influência da repleção vesical na pesquisa de obstrução do trato urinário utilizando cintilografia renal dinâmica

PLANO DE TRABALHO TECNOLOGIA EM TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA

PLANO DE TRABALHO TECNOLOGIA EM TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA

DTPA-TEC É PARA USO EXCLUSIVO EM RADIODIAGNÓSTICO NA MEDICINA NUCLEAR

Condições de radiação em tomografia computadorizada para laboratórios sem o feixe padrão em radiologia diagnóstica convencional

Medicina Nuclear. Publicado em: 27/08/2007. Autor: Assessores médicos em Neurodiagnósticos

Avaliação Por Imagem do Abdome Introdução

DTPA-TEC 10 mg ácido pentético Componente não radioativo para preparação do pentetetato de sódio (99m Tc) injetável

AVANÇOS NA MEDICINA VETERINÁRIA: UM BREVE HITÓRICO SOBRE A RADIOTERAPIA EM ANIMAIS 1 INTRODUÇÃO

Cintilografia com hemácias marcadas com 99mTc-PYP

CALIBRAÇÃO DE MEDIDORES DE ATIVIDADE NO IPEN. Av. Prof. Lineu Prestes, 2242, São Paulo SP

MENSURAÇÃO DA TAXA DE DOSE PARA TRATAMENTOS AMBULATORIAIS COM I 131

DAT-IPEN edetato crômico (51 Cr)

Modelo quantitativo de avaliação da contribuição de cada fonte radioativa na dose individual externa Hx em trabalhador de serviço de medicina nuclear

Faculdade da Alta Paulista

ProtocoloClínico-LitíaseRenal

AVALIAÇÃO DA TAXA DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR EM CÃES OBESOS RESUMO

PALESTRANTES II SimCaPeq

Acadêmica do curso de Medicina Veterinária; 2

Ministério da Educação

EXAMES COMPLEMENTARES NO DIAGNÓSTICO DA DOENÇA DE PARKINSON COMPLEMENTARY EXAMS IN PARKINSON S DISEASE DIAGNOSIS RESUMO

HIPUR-IPEN iodoipurato de sódio (131 I)

XIV Congresso Paulista de Clínicos Veterinários de Pequenos Animais - CONPAVEPA - São Paulo-SP

Avaliação do controle de qualidade de radiofármacos em serviço de medicina nuclear

Aula 05 DIABETES MELLITUS (DM) Definição CLASSIFICAÇÃO DA DIABETES. Diabetes Mellitus Tipo I

Radiologia área acadêmica diagnostico por imagem

Audiência Pública Projeto de Lei 3.661/2012 Projeto de Lei do Senado 26/2008

Imagens de medicina nuclear

Anexo III Alterações às secções relevantes do resumo das características do medicamento e do folheto informativo

EDITAL Nº 20 /2015 FUNDAÇÃO MUNICIPAL DE ENSINO SUPERIOR DE BRAGANÇA PAULISTA

Decaimentos radioativos. FÍSICA DAS RADIAÇÕES I Paulo R. Costa

ESTUDO DA INFLUÊNCIA DO INVÓLUCRO PROTETOR DE CONTAMINAÇÃO NO FRASCO DE RADIOFÁRMACOS NA MEDIÇÃO DA ATIVIDADE

Concurso: Clínica Médica de Animais de Produção Edital Nº 08 de 19 de fevereiro de 2018

MEDIDA DA CAPTAÇÃO DE IODO PELA TIREÓIDE: ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE SISTEMA GAMA-CÂMARA COM COLIMADOR PINHOLE E SISTEMA 13S002

Pesquisadores e Colaboradores

Interpretação de Exames Laboratoriais para Doença Renal

Ultrassonografia (ecografia)

PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA 2016 Sociedade de Anestesiologia do Distrito Federal 3ª ETAPA

FLUR-IPEN fluoreto de sódio (18 F)

XIV Reunião Clínico - Radiológica Dr. RosalinoDalazen.

Transcrição:

ASPECTOS POSITIVOS DA CINTILOGRAFIA RENAL EM ANIMAIS DOMÉSTICOS Jéssica Leite Fogaça 1, Sergio Augusto Lopes de Souza 2, Michel de Campos Vettorato 3, Marco Antônio Rodrigues Fernandes 4, Vânia Maria Vasconcelos Machado 5 Maria Cristina Reis Castiglioni 6 1 Aluno de Pós-gradução da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia - Campus de Botucatu (UNESP), Distrito de Rubião Junior. Email: jesicaleite@hotmail.com 2 Docente da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Email: sergiosouza@gmail.com 3 Aluno de Pós-gradução da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia - Campus de Botucatu (UNESP), Distrito de Rubião Junior. Email: m_vettorato@hotmail.com 4 Docente da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia Campus de Botucatu (UNESP) e Faculdade de Medicina Botucatu (UNESP), Distrito de Rubião Junior. Email: marco@cetea.com.br 5 Docente da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia - Campus de Botucatu (UNESP), Distrito de Rubião Junior. Email: vania@fmvz.unesp.br 6 Aluno de Pós-gradução da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia - Campus de Botucatu (UNESP), Distrito de Rubião Junior. Email: maria.castiglioni@hotmail.com 1 INTRODUÇÃO A medicina nuclear é uma prática médica que permite analisar o estado fisiológico ou fisiopatológico do sistema em estudo por meio da administração de um radiofármaco cuja composição é dada por um material radioativo (radionuclídeo) combinado com moléculas químicas (fármacos) que podem se ligar a órgãos e tecidos de interesse (DIAS, 2009; HECHT et al., 2010; ZIESSMAN et al., 2015). O radiofármaco é administrado no paciente por via intravenosa, oral ou inalatória, ou subcutânea tornando o paciente uma fonte emissora de radiação ionizante (GOGGIN et al., 1999; JARRETTA; BOMBONATO; MARTIN, 2010; SCHMIDT et al., 2012). A cintilografia renal permite estudar a função e as formas dos rins por dois estudos cintilográficos: cintilografia renal quantitativa e cintilografia renal dinâmica. Na cintilografia quantitativa o paciente é posicionado em decúbito dorsal na mesa do equipamento gama-câmara e as imagens são adquiridas três horas após a administração do radiofármaco. A cintilografia renal dinâmica o posicionamento é o mesmo, o que difere é que administração do radiofármaco é realizada com o paciente posicionado na mesa do equipamento gama-câmara e as imagens são adquiridas desde o momento em que o radiofármaco é injetado até o momento da produção da urina e sua eliminação (DÄHNERT, 2001; HECHT et al., 2010; NETO, 2012). A cintilografia renal é um dos estudos que são realizados na medicina veterinária (BALOGH, 1999; MARTINS et al., 2001; MICHIELS et al., 2001; KAMPA et al., 2002; KUBA, 2008; DEBRUYN et al., 2012). Os radiofármacos utilizados para esse

procedimento são: Ácido Dietilenotriaminopentacético (DTPA-99mTc), Ácido Dimercaptossuccínico- Tecnécio-99m (DMSA- 99m Tc) e Ácido Glucoheptonato de Sódio (GHA- 99m Tc), no qual, esse último é pouco utilizado atualmente (DONDI et al., 1991; TAYLOR; NALLY, 1995; PIEPSZ et al., 1999; BERDICHEVSKI et al., 2013; ZIESSMAN et al., 2015). Os procedimentos de cintilografia renal na medicina veterinária são semelhantes aos métodos realizados na medicina humana (BOLOGH, 1999; MICHIELS et al., 2001;KAMPA et al., 2002; SCHMIDT et al., 2012). Entretanto existem algumas diferenças que são praticadas na medicina veterinária, o que torna imperativo um estudo detalhado. Devido a isso, esse trabalho propôs apresentar os aspectos positivos da cintilografia renal em animais domésticos (cães, gatos e equinos). 2 DESENVOLVIMENTO DO ASSUNTO A gama-câmara foi desenvolvida para detecção da radiação gama oriunda do órgão de interesse, o qual codificará a radiação captada posteriormente em imagens, proporcionando dessa forma, imagens estática, dinâmica ou tomográfica, sendo está última por tomografia computadorizada de fóton único (SPECT) ou por tomografia por emissão de pósitron (PET) (HUAIJANTUG, 2015). Os radiofármacos são administrados nas doses de 1 a 5 mci (37 a 185 MBq) em cães e gatos (BOLOGH, 1999; MICHIELS et al., 2001;KAMPA et al., 2002; HECHT et al., 2010) e de 3 a 8 mci em equinos (MATTHEWS; TOAL, 1996; WOODS et al., 2000). Os radiofármacos citados são concentrados nos rins, as imagens são feitas em diferentes tempos após a administração. O radiofármaco DTPA- 99m Tc permite adquirir imagens nos primeiros 25 a 30 minutos, concede informação adicional sobre o fluxo plasmático renal, filtração glomerular, da função dinâmica e da patenticidade do sistema coletor. O figado serve de rota alternativa de excreção, podendo ocorrer preenchimento da vesícula biliar, com excessão de equinos, os quais não possuem vesícula biliar (DANIEL et al., 1999; MICHIELS et al., 2001; HECHT et al., 2008; ZIESSMAN et al., 2015). O DMSA- 99m Tc possue retenção estável e prolongada nos rins, permitindo adquirir imagens tardias, entre o período de 4 a 6 horas, devido ao pico de captação do córtex renal ocorrer 3 horas após administração. Esse radiofarmaco permite obtenção de

excelentes imagens funcionais do parenquima cortical, seja em imagem estática ou SPECT, dependendo do equipamento. A imagem cortical é utilizada para diagnosticar cicatrizes renais em pacientes com histórico de refluxo vesico-ureteral e infecção do trato urinária recorrente e para diferenciar infecção do trato superior do inferior (ZIESSMAN et al., 2015). Em cães e gatos, a insuficiência renal é relativamente frequente e as doenças que podem afetar os rins são numerosas, contudo, a cintilografia renal vem demostrando ser uma técnica eficaz e prática para o diagnóstico das enfermidades, além de ser muito utilizado para o acompanhamento do tratamento (BALOGH, 1999; KAMPA et al., 2002; KRZEMIŃSKI et al., 2004; SCHMIDT et al., 2012; HECHT et al., 2010; ZIESSMAN et al., 2015). A cintilografia renal quantitativa permite avaliar principalmente a anatomia cortical, cicatriz renal recorrente do refluxo vésico-uretal e infecção do trato urinário, além de anomalias renais e a avaliação da funcionabilidade renal. Já a cintilografia renal dinâmica é indicada especialmente em estudos de obstruções, hidronefrose, cálculos renais e cistos (KRZEMIŃSKI et al., 2004; HECHT et al., 2010; ZIESSMAN et al., 2015). A medicina nuclear veterinária se distinta da medicina humana por isolar os animais em gaiolas, salas ou tendas individuais, durante horas ou dias, após a realização do exame cintilográfico, além da dose ser cálcula de forma empírico (MICHIELS et al., 2001;KAMPA et al., 2002; KRZEMIŃSKI et al., 2004; BALOGH et al., 2005; DANIEL et al., 2014). Entretanto a cintilografia renal tem crescente realização em animais domésticos, principalmente em pequenos animais, devido a sua eficácia e facilidade realização dos exames cintilográficos (BOLOGH, 1999; MICHIELS et al., 2001;KAMPA et al., 2002; HECHT et al., 2010).

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS A cintilografia renal em animais domésticos é realizada de forma segura, indolor e não invasivo. A cintilografia renal é eficiente para o diagnóstico principalmente de cicatriz renal recorrente do refluxo vésico-uretal, infecção do trato urinário, anomalias renais, avaliação da funcionabilidade renal, obstruções, hidronefrose, cálculos renais e cistos, além de ser um método relevante para o acompanhamento de tratamentos renais. 4 REFERÊNCIAS BALOGH, L. et al. Veterinary nuclear medicine again-commentary and remarks on: Krzeminski M et al. Veterinari nuclear medicine-a review. NMR 2004; 7: 177-182. Veterinari nuclear medicine-a review. v. 8, n. 1, p. 50 52, 2005. BALOGH, L. Veterinary nuclear medicine scintigraphical examinations A Review. Journal Acta Veterinaria Brno. n. 68, p. 231 239, 1999. BERDICHEVSKI, E. H. et al. Prevalência de pielonefrite aguda e incidência de cicatriz renal em crianças menores de dois anos de idade com infecção do trato urinário avaliadas por cintilografia renal com 99mTc-DMSA: a experiência de um hospital universitário. Radiologia Brasileira. v. 46, n. 1, p. 30-34, 2013. DANIEL, G. B. et al. Renal nuclear medicine: A Review. Veterinary Radiology & Ultrasond. v. 40, n. 1, p. 572 587, 1999. DANIEL. G. B. Guest Editoria: Veterinary nuclear medicine.seminars Nuclear Medicine. v. 44, n.1, 2014. DEBRUYN, K. et al. Effect of background region of interest and time-interval selection on glomerular filtration ratio estimation by percentage dose uptake of 99mTc-DTPA in comparison with 51Cr-EDTA clearance in healthy cats. Journal of Feline Medicine and Surgery. v. 15, n. 8, p. 698 705, 2012. DÄHNERT W. Radiologia manual de revisão. 3ª ed. Rio de Janeiro, RJ: Revinter, 2001. DIAS, A. L. Aplicação de nanopartículas magnéticas como meio de contraste computadorizada. 2009. 70p. Dissertação (Mestrado em Nanociências) Universidade Francisco de Santa Maria, 2009. DONDI, M. et al. Use of technetium-99m-mag3 for renal scintigraphy after angiotensin-converting enzyme inhibition. Journal of Nuclear Medicine. v. 32, n. 3, p. 424-248, 1991. GOGGIN, J. M. et al. Comparison of gastric emptying timesim healthy cats simultaneously evaluated with radiopaque markers and nuclear scintigraphy.veterinary Radiology & Ultrasound. v. 40, n. 1, p. 89 95, 1999.

HECHT, S. et al. 99mTc-DTPA diuretic renal scintigraphy in dogs with nephroureterolithiasis. Canadian Veterinary Journal. v. 51, n. 12, p. 1360 1366, 2010. HECHT, S. et al. Diuretic renal scintigraphy in normal cats. Veterinary Radiology & Ultrasound. v. 49, n. 6, p. 589 594, 2008. HUAYANTUG, S. Nuclear scintigraphic examination in veterinary medicine. Journal of Apllied Animal Science. v. 8, n. 1, p. 9 16, 2015. JARRETA; G. B; BOMBONATO; P. P; MARTIN; B. W. Estudo do tempo de excreção renal pela cintilografia em gatos domésticos. Brazilian Journal of Veterinary Research and Animal Science. São Paulo, v.47, n.1, p. 13-22, 2010. KAMPA, N. et al. Effect of region of interest selection and uptake measurement of glomerular filtration rate measured By Tc DTPA scintigraphy in dogs. Veterinary Radiology & Ultrasound. v. 43, n. 4, p. 383 391, 2002. KRZEMINSKI, M. et al. Veterinary nuclear medicine. Nuclear Medicine Review. v. 4, n. 2, p. 177 182, 2004. KUBA. S. Instrumentação em medicina nuclear. 2008. 67p. Dissertação (Relatório Apresentado ao Instituto de Biociências de Botucatu) Universidade Julio de Mesquita Filho (Obtenção do Titulo de Bacharel em Ciências Biológicas) Modalidade Médica. 2008. MARTINS, F. P. P. et al. Correlação do esquema de imunossupressão com complicações pós-operatórias em transplantes renais através do uso da cintilografia renal dinâmica. Radiologia Brasileira. v. 34, n. 5, p. 267-272, 2001. MATTHEWS, H. K. TOAL, R. L. A review of equine renal imaging techniques. Radiology Radiology & Ultrasound. v. 37, n. 3, p. 163 173, 1996. MICHIELS, M. L. et al. Quantitative and qualitative scintigraphic measurement of renal function in dogs explosed to toxic doses of gentumicin. Veterinary Radiology & Ultrasound. v. 42, n. 6, p. 553 561, 2001. NETO, J. A. S. Fator de correção de dose individual em grupos ocupacionais obtidos por monitoração individual externa em serviço de medicina nuclear. 2012. 65p. Dissertação (Pós Graduação em Tecnologias Energéticas e Nucleares do Departamento de Energia Nuclear) Universidade Federal de Pernambuco para Obtenção do Titulo de Mestre. PIEPSZ, A. et al. Consensus on renal cortical scintigraphy in children with urinary tract infection. Seminars in Nuclear Medicine. v. 29, n. 2, p. 160-174, 1999.

SCHMIDT, D. M. Comparison of glomerular filtration rate determined by use of singleslice dynamic computed tomography and scintigraphy in cats. American Veterinary Medical Association. v. 73, n. 4, 2012. TAYLOR, A. J. NALLY, J. V. Clinical applications of renal scintigraphy. American Journal of Roentgenology. v. 164, n. 31, p. 31-41, 1995. WOODS, P. R. et al. Use of 99m Tc-mercaptoacetyltriglycinteo evaluate renal function in horses. Veterinary Radiology & Ultrasound. v. 41, n. 1, p. 85-88, 2000. ZIESSMAN, H. A. et al. Medicina Nuclear. 4 edição. Saunders Elsevier: Rio de Janeiro, 2015. 464p.