O USO DAS TECNOLOGIAS NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM: (Uma leitura a partir da Escola Municipal Lindolfo Montenegro em Campina Grande PB)



Documentos relacionados
Tarcia Paulino da Silva Universidade Estadual da Paraíba Roseane Albuquerque Ribeiro Universidade Estadual da Paraíba

Currículo e tecnologias digitais da informação e comunicação: um diálogo necessário para a escola atual

ALGUNS ASPECTOS QUE INTERFEREM NA PRÁXIS DOS PROFESSORES DO ENSINO DA ARTE

AS SALAS DE TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS E A PRATICA DOCENTE.

A IMPORTÂNCIA DAS DISCIPLINAS DE MATEMÁTICA E FÍSICA NO ENEM: PERCEPÇÃO DOS ALUNOS DO CURSO PRÉ- UNIVERSITÁRIO DA UFPB LITORAL NORTE

5 Considerações finais

USO DA INFORMÁTICA COMO FERRAMENTA DIDÁTICA NO ENSINO DE CIÊNCIAS NO 9º ANO

A PRÁTICA PEDAGÓGICA DO PROFESSOR DE PEDAGOGIA DA FESURV - UNIVERSIDADE DE RIO VERDE

Um espaço colaborativo de formação continuada de professores de Matemática: Reflexões acerca de atividades com o GeoGebra

Débora Regina Tomazi FC UNESP- Bauru/SP Profa. Dra. Thaís Cristina Rodrigues Tezani.

PROJETO DE LEITURA E ESCRITA LEITURA NA PONTA DA LÍNGUA E ESCRITA NA PONTA DO LÁPIS

Estado da Arte: Diálogos entre a Educação Física e a Psicologia

CURSO: LICENCIATURA DA MATEMÁTICA DISCIPLINA: PRÁTICA DE ENSINO 4

AS CONTRIBUIÇÕES DAS VÍDEO AULAS NA FORMAÇÃO DO EDUCANDO.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO: ELABORAÇÃO E UTILIZAÇÃO DE PROJETOS PEDAGÓGICOS NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM

As Tecnologias de Informação e Comunicação para Ensinar na Era do Conhecimento

A INCLUSÃO ESCOLAR DE UM ALUNO SURDO: UM ESTUDO DE CASO NA REGIÃO DO CARIRI ORIENTAL DA PARAÍBA

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE - UNICENTRO CURSO ESPECIALIZAÇÃO DE MÍDIAS NA EDUCAÇÃO VÂNIA RABELO DELGADO ORIENTADOR: PAULO GUILHERMETI

PIBID: DESCOBRINDO METODOLOGIAS DE ENSINO E RECURSOS DIDÁTICOS QUE PODEM FACILITAR O ENSINO DA MATEMÁTICA

O USO DAS TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS COMO FERRAMENTA DIDÁTICA NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM

RELATÓRIO DE TRABALHO DOCENTE SETEMBRO DE 2012 EREM LUIZ DELGADO

DIFICULDADES DE LEITURA E ESCRITA: REFLEXÕES A PARTIR DA EXPERIÊNCIA DO PIBID

A Família e sua importância no processo educativo dos alunos especiais

O uso de jogos no ensino da Matemática

INVESTIGANDO O ENSINO MÉDIO E REFLETINDO SOBRE A INCLUSÃO DAS TECNOLOGIAS NA ESCOLA PÚBLICA: AÇÕES DO PROLICEN EM MATEMÁTICA

FORMAÇÃO DOCENTE: ASPECTOS PESSOAIS, PROFISSIONAIS E INSTITUCIONAIS

DEMOCRÁTICA NO ENSINO PÚBLICO

MARKETING DE RELACIONAMENTO UMA FERRAMENTA PARA AS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR: ESTUDO SOBRE PORTAL INSTITUCIONAL

O DESAFIO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM PATOS, PARAÍBA: A PROFICIÊNCIA DOS ALUNOS DE ESCOLAS PÚBLICAS DE PATOS

A PESQUISA NO ENSINO DE CIÊNCIAS NATURAIS: RELAÇÃO ENTRE A TEORIA E A PRÁTICA DOCENTE DE ENSINO

MATRIZES CURRICULARES MUNICIPAIS PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA - MATEMÁTICA: UMA CONSTRUÇÃO COLETIVA EM MOGI DAS CRUZES

Gestão da Informação e do Conhecimento

Colégio La Salle São João. Professora Kelen Costa Educação Infantil. Educação Infantil- Brincar também é Educar

INTEGRAÇÃO DE MÍDIAS E A RECONSTRUÇÃO DA PRÁTICA PEDAGÓGICA

Curso de Especialização em Saúde da Família

difusão de idéias EDUCAÇÃO INFANTIL SEGMENTO QUE DEVE SER VALORIZADO

Resolução de Exercícios Orientações aos alunos

Mostra de Projetos Como ensinar os porquês dos conceitos básicos da Matemática, visando a melhora do processo ensino e aprendizado

BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS NOS ANOS INICIAIS: UMA PERSPECTIVA INTERGERACIONAL

PSICOLOGIA E EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: COMPROMISSOS E DESAFIOS

Entrevista com Heloísa Lück

FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES 1

FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFESSORES DE MATEMÁTICA DO IFAL INSTITUTO FEDERAL DE ALAGOAS: REFLETINDO SOBRE OS TEMPOS E OS ESPAÇOS

FORMAÇÃO PEDAGÓGICA DE DOCENTES NO ENSINO SUPERIOR

A EXPLORAÇÃO DE SITUAÇÕES -PROBLEMA NA INTRODUÇÃO DO ESTUDO DE FRAÇÕES. GT 01 - Educação Matemática nos Anos Iniciais e Ensino Fundamental

Orientações para informação das turmas do Programa Mais Educação/Ensino Médio Inovador

JOGOS ELETRÔNICOS CONTRIBUINDO NO ENSINO APRENDIZAGEM DE CONCEITOS MATEMÁTICOS NAS SÉRIES INICIAIS

O futuro da educação já começou

EDUCAÇÃO E CIDADANIA: OFICINAS DE DIREITOS HUMANOS COM CRIANÇAS E ADOLESCENTES NA ESCOLA

ATUAÇÃO DO MACROCAMPO PARTICIPAÇÃO ESTUDANTIL EM SOCIOLOGIA NO SEVERINO CABRAL

VIII JORNADA DE ESTÁGIO DE SERVIÇO SOCIAL

SUPERANDO TRAUMAS EM MATEMÁTICA

O professor que ensina matemática no 5º ano do Ensino Fundamental e a organização do ensino

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

DIFICULDADES ENFRENTADAS POR PROFESSORES E ALUNOS DA EJA NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DE MATEMÁTICA

A Tecnologia e Seus Benefícios Para a Educação Infantil

OFICINAS CORPORAIS, JOGOS, BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS - UMA INTERVENÇÃO COM CRIANÇAS E ADOLESCENTES EM SITUAÇÃO DE RISCO

FORMAÇÃO CONTINUADA DO PROFESSOR DO ENSINO FUNDAMENTAL I PARA USO DAS TECNOLOGIAS: análise dos cursos EaD e da prática docente

PLANTANDO NOVAS SEMENTES NA EDUCAÇÃO DO CAMPO

O USO DE SOFTWARES EDUCATIVOS: E as suas contribuições no processo de ensino e aprendizagem de uma aluna com Síndrome de Down

O CIBERESPAÇO NO ENSINO E GEOGRAFIA: A PROBLEMÁTICA DO USO/DESUSO DO GOOGLE EARTH EM ESCOLAS PÚBLICAS DE DIAMANTINA

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Orientações para a elaboração do projeto escolar

O Crescimento da Educação a Distância nas Universidades do Brasil

AULA COM O SOFTWARE GRAPHMATICA PARA AUXILIAR NO ENSINO E APRENDIZAGEM DOS ALUNOS

ESPELHO DE EMENDAS DE INCLUSÃO DE META

A INTERATIVIDADE EM AMBIENTES WEB Dando um toque humano a cursos pela Internet. Os avanços tecnológicos de nosso mundo globalizado estão mudando a

AS INQUIETAÇÕES OCASIONADAS NA ALFABETIZAÇÃO DE CRIANÇAS COM SÍNDROME DE DOWN NA REDE REGULAR DE ENSINO

A inserção de jogos e tecnologias no ensino da matemática

MATEMÁTICA FINACEIRA E EXCEL, UMA PARCEIRIA EM FAVOR DE UM CONSUMO MAIS CONSCIENTE

TELEMEDICINA:NOVAS TECNOLOGIAS NO ENSINO SUPERIOR

PRÁTICAS LÚDICAS NO PROCESSO DE AQUISIÇÃO DA LÍNGUA ESCRITA DO INFANTIL IV E V DA ESCOLA SIMÃO BARBOSA DE MERUOCA-CE

QUESTIONÁRIO DO PROFESSOR. 01. Você já acessou a página O que achou? Tem sugestões a apresentar?

O computador como ferramenta de Inclusão digital para terceira idade

O USO DA INTERNET E SUA INFLUÊNCIA NA APRENDIZAGEM COLABORATIVA DE ALUNOS E PROFESSORES NUMA ESCOLA PÚBLICA DE MACEIÓ

Critérios de seleção e utilização do livro didático de inglês na rede estadual de ensino de Goiás

FORMANDO AS LIDERANÇAS DO FUTURO

INSTITUTO VIANNA JÚNIOR LTDA FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS VIANNA JÚNIOR INTERNET COMO INSTRUMENTO DE ENSINO-APRENDIZAGEM

OS SABERES PROFISSIONAIS PARA O USO DE RECURSOS TECNOLÓGICOS NA ESCOLA

MEDIADORES TECNOLÓGICOS E FORMAÇÃO DE PROFESSORES. CARTOGRAFIA DE UM CASO FRENTE AOS DESAFIOS NO CONTEXTO AMAZÔNICO

REFLEXÕES SOBRE A PRÁTICA DE ENSINO EM UM CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE MATEMÁTICA A DISTÂNCIA

ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA ACERCA DO PROJETO A CONSTRUÇÃO DO TEXTO DISSERTATIVO/ARGUMENTATIVO NO ENSINO MÉDIO: UM OLHAR SOBRE A REDAÇÃO DO ENEM

OS CONHECIMENTOS DE ACADÊMICOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E SUA IMPLICAÇÃO PARA A PRÁTICA DOCENTE

Pesquisa com Professores de Escolas e com Alunos da Graduação em Matemática

DA UNIVERSIDADE AO TRABALHO DOCENTE OU DO MUNDO FICCIONAL AO REAL: EXPECTATIVAS DE FUTUROS PROFISSIONAIS DOCENTES

RELATO DE EXPERIÊNCIA: A PERCEPÇÃO DE LUZ E SOMBRA NA EDUCAÇÃO INFANTIL. Palavras-chave: Conhecimentos físicos. Luz e sombra. Educação Infantil.

PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO PARA TUTORES - PCAT

JOGOS DIGITAIS NA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL. Um Relato de Experiência do Projeto de Inovação com Tecnologias Educacionais

SAÚDE E EDUCAÇÃO INFANTIL Uma análise sobre as práticas pedagógicas nas escolas.

CURSOS PRECISAM PREPARAR PARA A DOCÊNCIA

A IMPORTANCIA DOS RECURSOS DIDÁTICOS NA AULA DE GEOGRAFIA

PRÓ-MATATEMÁTICA NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES

FUNDAÇÃO CARMELITANA MÁRIO PALMÉRIO FACIHUS FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS Educação de qualidade ao seu alcance SUBPROJETO: PEDAGOGIA

PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DOS PROFESSORES DE MATEMÁTICA DO ENSINO MÉDIO DA ESCOLA ORLANDO VENÂNCIO DOS SANTOS DO MUNICÍPIO DE CUITÉ-PB

O intérprete de Libras na sala de aula de língua inglesa Angelita Duarte da SILVA 1 Maria Cristina Faria Dalacorte FERREIRA 2

INCLUSÃO ESCOLAR: UTOPIA OU REALIDADE? UMA CONTRIBUIÇÃO PARA A APRENDIZAGEM

O blog no processo de ensino e aprendizagem em Ciências: horizontes e possibilidades

Utilizando a ferramenta de criação de aulas

VAMOS JUNTOS POR UMA ODONTOLOGIA MELHOR!

MÍDIAS NA EDUCAÇÃO Introdução Mídias na educação

Transcrição:

O USO DAS TECNOLOGIAS NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM: (Uma leitura a partir da Escola Municipal Lindolfo Montenegro em Campina Grande PB) Raísa Eliete Pereira de Almeida. Universidade Estadual da Paraíba- UEPB ray.raisa@hotmail.com RESUMO O presente artigo tem como objetivo realizar uma discussão sobre o uso das tecnologias digitais no processo ensino aprendizagem, a partir da pesquisa realizada na Escola Municipal Lindolfo Montenegro em Campina Grande, Paraíba. Esta pesquisa veio a diagnosticar a situação escolar, abrangendo a gestão e os professores como responsáveis de proporcionar a inserção das tecnologias no cotidiano escolar, incorporando a informática como a poio disciplinar e apoio dos projetos educacionais. A escolha do tema o uso das tecnologias no processo ensino-aprendizagem, partiu da necessidade de despertar nos professores e alunos o interesse em introduzir as tecnologias neste processo, tendo em vista o mundo da informação e comunicação no qual vivemos contemporaneamente, a fim de que todos possam ter acesso as tecnologias digitais, propiciando a inclusão social. Esta pesquisa foi de caráter qualitativo onde por meio de entrevistas semiestruturadas com gestora e a professora do 1º ano, da Escola Municipal de Ensino Fundamental Lindolfo Montenegro em Campina Grande, Paraíba, conhecemos como os mesmos se utilizam dos computadores para melhorar ou dinamizar as aulas, bem como o grau de preparação destes para o uso dos artifícios tecnológicos. Foi utilizado como embasamento teórico os estudo de Chizzotti (2003), Ribeiro (2013), Tajra (2010), Lüdke e André (1986). A partir do empírico, constatou-se que esta escola pesquisada possui dificuldade quanto ao uso de computadores, seja pela falta de internet, seja pela falta de manutenção. A partir da leitura entre a teoria e a prática, foram elaborados as considerações referentes ao tema. Palavras-chave: Tecnologia. Educação. Inclusão social. RESUMEN Este trabajo tiene como objetivo llevar a cabo un debate sobre el uso de las tecnologías digitales en el processo de aprendizaje, a partir de la investigación llevada a cabo en la Escuela Municipal Lindolfo Montenegro en Campina Grande, Paraíba. Esta investigación llegó a un diagnóstico de la situación de la escuela, incluyendo la gestión

y los profesores como responsables de proporcionar la integración de la tecnología en la vida cotidiana de la escuela, la incorporación de la computadora como poio disciplinaria y el apoyo de proyectos educativos. La elección del tema del uso de la tecnología en el proceso de enseñanza-aprendizaje, se deriva de la necesidad de despertar el interés de profesores y estudiantes en la introducción de tecnologías en este proceso, dado el mundo de la información y la comunicación en la que vivimos simultáneamente, por lo que la todo el mundo puede tener acceso a las tecnologías digitales, proporcionando la inclusión social. Esta investigación fue cualitativa, donde a través de entrevistas semiestructuradas con el profesor y director de la primera del año, la Escuela Primaria Municipal Lindolfo Montenegro en Campina Grande, Paraíba, sé cómo hacen uso de las computadoras para mejorar o racionalizar las clases, y el estado de preparación para el uso de dispositivos tecnológicos. Chizzotti el estudio (2003), Ribeiro (2013), Tajra (2010), Lüdke y André (1986) fue utilizado como la base teórica. A partir de lo empírico, se encontró que esta escuela ha investigado dificultad en el uso de las computadoras o la falta de Internet, ya sea a través de la falta de mantenimiento. A partir de la lectura entre la teoría y la práctica se elaboraron consideraciones relacionadas con el tema. Palabras clave: Tecnología. Educación. La inclusión social. INTRODUÇÃO No Brasil a tecnologia digital, nasceu no final dos anos 70 e início dos anos 80 através de experiências na UFRJ, UNICAMP, UFRGS, tendo a finalidade de promover mudanças pedagógicas profundas através do Programa Brasileiro de Informática em Educação. O projeto Educação e Computador (EDU COM) criado no Brasil teve como objetivo criar ambientes educacionais usando o computador como recurso facilitador do processo de aprendizagem, este trouxe grandes reflexões sobre a organização das salas de aula, o papel do professor e do aluno e a relação do aluno versos conhecimento. Deste modo, Almeida destaca que: O papel do professor deixa de ser o de entregador de informações para ser o facilitador do processo de aprendizagem. O aluno deixa de ser passivo, de ser receptáculo das informações para ser ativo aprendiz, construtor do seu conhecimento. (ALMEIDA, 1996, p.15) Num mundo da comunicação e informação, muitas vezes os próprios alunos tem trazido novas realidades, das quais os professores tem que promover uma recontextualização do processo ensino-aprendizagem. Com o uso do computador em

especial a internet, é preciso que os professores se utilizem desses recursos digitais e de mídia para como mediador, construir com os alunos o conhecimento. Contemporaneamente, um dos grandes desafios no meio educacional e do corpo escolar é como introduzir as Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) às salas de aula, de modo que seja usado como instrumento a beneficiar o processo ensinoaprendizagem. Outro desafio está ligado a formação dos professores, preparação destes, desde a formação acadêmica para o uso das tecnologias, além do fator de adaptação das tecnologias aos diferentes cotidianos escolares. Sendo assim, podemos afirmar que: Uma possibilidade de significação e de contextualização é considerar a utilização pedagógica das TIC enquanto uma possível contribuição aos processos de ensino e de aprendizagem, promovendo ao educador o acesso as tecnologias, desde sua formação inicial, sendo o próprio o elemento mais importante deste processo, a fim de que o mesmo possa incorpora-las e apropria-las em suas práticas e cotidianos. (RIBEIRO, 2013, p.47) Na medida em que a tecnologia é exigida como recurso que possa promover a aprendizagem, o computador e outros artifícios tecnológicos tornam-se aliados a esses processos, visto que a tecnologia assume papel determinante nas mãos do professor como instrumento que viabiliza o saber e a inclusão social. A informática na educação tem se mostrado além de tudo um instrumento de inclusão social, por isso é importante que haja um envolvimento e uma dominação dessa tecnologia por parte dos professores e gestores, pois esta tem se mostrado cada vez mais presente em nosso cotidiano. Ao cursar o componente curricular de Tecnologia e Educação do curso de pedagogia da UEPB (U niversidade Estadual da Paraíba), tivemos acesso ao conhecimento desses fatores, o que despertou o interesse de investigar como esta está sendo usada e que artifícios podem ser usados para melhorar o discutido processo no cotidiano escolar. Para isto foi realizada uma pesquisa na Escola Municipal de Ensino Fundamental Lindolfo Montenegro em Campina Grande- PB. Essa teve como objetivos analisar como as tecnologias estão sendo utilizadas no processo ensino-aprendizagem, conhecer como os professores utilizam os computadores para melhorar ou dinamizar as aulas, analisar o grau de preparação dos professores e do gestor para o uso das tecnologias digitais e discutir a importância dos artifícios tecnológicos para a inclusão social.

Quando do trabalho de campo, propriamente dito, tivemos por informantes a gestora da Escola, assim como a participação de uma docente do 1º ano do turno da manhã. Devido aos objetivos, a pesquisa é de caráter qualitativo que trata-se de (...) um processo que exige muito rigor do pesquisador, porque a observação do fenômeno está certamente impregnada pela história pessoal daquele que observa. (MALHEIROS, 2011,p. 188). Como guia da investigação foram levantadas as seguintes problematizações: Como o professor tem se utilizado das tecnologias digitais para dinamizar suas aulas e promover a construção de novos conhecimentos? Porque o professor mesmo com determinadas tecnologias digitais disponíveis na escola ainda não se utilizam regularmente dos computadores para melhorar o processo ensino- aprendizagem? Essas questões se fizeram relevantes quando da pesquisa, pois por meio destas é que poderemos entender a importância de se analisar os processos tecnológicos no meio educacional e saber o quanto nossa expectativa pode estar longe da realidade vivenciada nos âmbitos escolares, afim de promover uma reflexão sobre a realidade vivenciada nas escolas. METODOLOGIA Como fundamentação teórica desta pesquisa foram considerados os estudos realizados pelos autores Chizzotti (2003), Ribeiro (2013), Tajra (2010), Lüdke e André (1986), sobre tecnologia e educação. Para o desenvolvimento desta pesquisa na Escola Municipal Lindolfo Montenegro em Campina Grande, Paraíba, no período do mês de outubro de 2014, foi escolhida a abordagem qualitativa. Segundo Chizzotti (2003): A abordagem qualitativa parte do fundamento de que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, uma interdependência viva entre o sujeito e o objeto, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito. (CHIZZOTTI, 2003, p.79). Como instrumento de pesquisa foi utilizado a entrevista semiestruturada. Este tipo de entrevista possibilita uma melhor interação entre entrevistado e entrevistador. Por não seguir uma ordem rígida das questões, o entrevistado pode discorrer livremente

sobre o tema sugerido, aprofundando informações importantes para a coleta de dados e até mesmo apresentando novos conhecimentos a respeito. Para Lüdke e André (1986): (...) na entrevista a relação que se cria é de interação, havendo uma atmosfera de influência recíproca entre quem pergunta e quem responde. Especialmente nas entrevistas não totalmente estruturadas, onde não há imposição de uma ordem rígida de questões, o entrevistado discorre sobre o tema proposto com base nas informações que ele detém e que no fundo são a verdadeira razão da entrevista. (LÜDKE; ANDRÉ, 1986, p. 34) A entrevista semiestruturada nos dá a abertura de fazer, refazer e criar questões que se façam necessárias de acordo com o andamento do tema proposto. RESULTADOS E DISCUSSÃO De acordo com a primeira entrevista semiestruturada realizada com a gestora da escola pesquisada, obtivemos as informações sobre questionando como se dá o funcionamento da sala de informática presente na escola, quantos computadores tem na sala, bem como quantos estão funcionando, e se os mesmos estão conectados à rede de internet, o que nos levou a realizar uma ligação entre a teoria e a prática vivenciada na escola. Segundo a gestora os computadores só chegaram no ambiente escolar no ano de 2010 sendo estes montados apenas no ano de 2013. A escola dispõe de uma sala de informática com 17 computadores dos quais apenas 9 estão em funcionamento. Embora estes se façam presentes na escola, o uso dessa sala como apoio didático é raro, principalmente pela falta da conexão a rede de internet, e a falta de manutenção dos computadores. Esta manutenção é solicitada pela escola, para que os técnicos da prefeitura sejam enviados. Após a solicitação, a escola espera cerca de 4 à 5 meses para a realização da manutenção. Como falado no início do artigo os computadores chegaram ao Brasil no final dos anos 1970 e atualmente em algumas escolas ainda estão sendo instaladas essas máquinas, o que mostra um processo muito lento da incorporação dessas tecnologias no meio educacional. Além disso, boa parte dos profissionais da educação tem sido motivados a utilização desses novos recursos tecnológicos, embora ainda apresentem uma inicial resistência com relação a inovação. Como afirma Tajra:

[...] A escola é uma das instituições que mais demoram a inovar e avançar. Deste modo a descoberta da caneta esferográfica, os professores resistem a aceitar as inovações. Muito pouco tem mudado nos ambientes de aulas das escolas. A inovação por meio do computador está forçando a mudar e aceitar mais facilmente essa mudança. (TAJRA, 2010, p.101) A chegada do computador nas instituições de ensino tem proporcionado a muitos professores um primeiro contato com as máquinas, proporcionando a reformulação das crenças antigas de uma possível substituição. Na entrevista semiestruturada realizada com a uma docente do 1 ano do turno da manhã, questionamos como esta utiliza os computadores para melhorar suas aulas e dinamiza-las usando as máquinas para fixação e construção de conhecimentos, quantos dos seus alunos tem acesso a máquina, bem como a internet, fora do âmbito escolar, como foi a notícia da chegada dos computadores na escola e quais as maiores dificuldades encontradas para o uso dessa tecnologia. Segundo a mesma, houve grande empolgação dos alunos com a chegada dos computadores, pois dos 22 alunos de sua sala, 90% não tem acesso aos computadores, nem a internet fora do âmbito escolar. Isso mostrou a cede existente no corpo estudantil com as novas tecnologias e a grande expectativa com o que eles podem explorar em conhecimentos a partir desse artificio tecnológico. Apesar da empolgação que a chegada dos computadores provocou no corpo escolar, o uso da informática na educação ainda é algo bastante complexo, mais do que qualquer outro recurso didático, pois abre um leque de possibilidades de desenvolvimento de determinados trabalhos escolares. Como afirma Tajra: Utilizar a informática na área educacional é bem mais complexo que a utilização de qualquer outro recurso didático até então conhecido. Ela se torna muito diferente em função da diversidade dos recursos disponíveis. Com ela é possível, comunicar, pesquisar, criar desenhos, efetuar cálculos, simular fenômenos, entre muitas outras ações. Nenhum outro recurso didático possui tantas oportunidades de utilização e, além do mais é a tecnologia que mais vem sendo usada no mercado de trabalho. (TAJRA, 2010, p.101) Tendo em vista toda essa diversidade de recursos e a abrangência da informática a nível mundial, as escolas estão sendo obrigadas a aderir novas tecnologias, pois cada vez mais exige-se esse recurso, que tem sido considerado também como um fator de inclusão social, tendo em vista a quantidade de alunos que não tem acesso a essa tecnologia, o que dificultará o manuseio da máquina em diferentes situações cotidianas,

ou até mesmo a dificuldade de no futuro bem próximo ingressar no mercado de trabalho. Segundo a docente entrevistada uma das maiores dificuldades existentes para uma utilização plena desses instrumento tecnológico como apoio disciplinar é a falta de manutenção das máquinas e a falta de conexão à rede de internet, o que limita suas ações para que seus alunos possam ser inclusos neste sistema de comunicação, informação e conhecimentos que poderiam ser viabilizados. Mesmo a docente tido feito curso de informática e estar preparada para utilização dessa tecnologia na escola, o fato dos computadores não estarem conectados à rede, só a restringe para a realização de suas atividades, sendo obrigada a utilizar-se dos computadores apenas como uma atividade lúdica quando se utiliza dos jogos educativos. Muitos fatores de inclusão social estão envoltos quando se fala no acesso as tecnologias, pois a medida em que o tempo passa, a tecnologia em especial a digital tem ocupado cada vez mais espaço no nosso cotidiano por isso é importante que as crianças tenham contato com elas o mais cedo possível, a fim de que todos tenham a acesso, que tenham as mesmas oportunidades, promovendo assim uma sociedade cada vez mais igualitária em direitos. Mas o que vimos a partir da pesquisa é que existem grandes desafios a serem superados para que esse direito seja garantido de forma plena a todos os cidadãos, partindo das instituições escolares. CONCLUSÃO Esta pesquisa viabiliza a oportunidade de nós futuros docentes e docentes, de conhecermos e refletirmos a realidade vivenciada na escola pesquisada e estes fatos se repete em varias instituições de ensino. A falta de conexão a rede de internet, a falta de manutenção das máquinas, as precárias condições de uso dos computadores, a falta de interesse de alguns profissionais de educação em aderir as tecnologias digitais em suas aulas, e vários outros obstáculos, impedem que muitos alunos tenham acesso a esses artifícios de conhecimento, informação e comunicação. Como no caso da escola pesquisada em que na sala do 1º ano cerca de 90% dos alunos não tem contato com computadores, o fato de esses obstáculos existirem na

escola, o âmbito que deveria lhe oferecer essa oportunidade, só multiplica a desigualdade social, a exclusão social. Como sugestão para a resolução de alguns problemas deixamos a disposição o presente artigo, a fim de mobilizar o corpo escolar para a elaboração de um Projeto Político Pedagógico (PPP) que incorpore as tecnologias no cotidiano das aulas. Além de buscar junto as autoridades competentes através de licitações, melhorias para a implantação da rede de internet na sala de informática. Educar não se resume apenas no ato de ensinar-aprender, é crer no potencial que cada pessoa possui, para proporcionar uma construção de conhecimento significativo e ter a consciência de que o saber só se torna significativo quando é útil e construído na interação social. Desse modo ou se educa para a manutenção das desigualdades sociais ou se educa para a transformação destas. (RIBEIRO, 2013). Tendo em vista que essa tarefa não cabe apenas aos professores, mas também a todo corpo escolar, governamental e social. REFERÊNCIAS LUDKE, M; ANDRÉ, M.D.E.A. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo: EPU, 1986. TAJRA, Sammya Feitosa. Informática na educação. São Paulo: Editora Erica, 2010 (pp. 81 104) RIBEIRO, Roseane Albuquerque. Tecnologias na educação: uma análise na contemporaneidade. João Pessoa: Editora Universitária da UFPB, 2013. MALHEIROS, Bruno Taranto. Metodologia da Pesquisa em Educação. Rio de Janeiro: Editora LTC, 2011. CHIZZOTTI, Antonio. Pesquisa em ciências humanas e sociais. São Paulo: Cortez, 2003. ALMEIDA, M. E. Informática e Educação. Diretrizes para uma formação reflexiva de professores. São Paulo. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em Educação: Supervisão e Currículo, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 1996.