ENFERMAGEM SAÚDE DA MULHER. Doenças Sexualmente Transmissíveis Parte 3. Profª. Lívia Bahia

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Transcrição:

ENFERMAGEM SAÚDE DA MULHER Doenças Sexualmente Transmissíveis Parte 3 Profª. Lívia Bahia

Cancro Mole Agente Etiológico: Haemophilus ducrey; É um bacilo do tipo gram-negativo intracelular;

História natural da doença O modo de transmissão é sexual; O risco de infecção em um intercurso sexual é de 80%; Período de incubação: 3 a 5 dias, podendo atingir até 14 dias; Já o período de transmissibilidade pode ser de semanas ou meses enquanto não houver tratamento e durarem as lesões;

No início, surgem uma ou mais feridas pequenas com pus. Após algum tempo, forma-se uma ferida úmida e bastante dolorosa, que se espalha e aumenta de tamanho e profundidade. A seguir, surgem outras feridas em volta das primeiras; Após duas semanas do início do cancro mole, pode aparecer um caroço doloroso e avermelhado (íngua) na virilha, que chega a dificultar os movimentos da perna, chegando a impedir a pessoa de andar;

Caracterização da ulceração (ferida): dolorosa, com a base mole, hiperemiada (avermelhada), com fundo purulento e de forma irregular que compromete principalmente a genitália externa mas pode comprometer também o ânus e mais raramente os lábios, a boca, língua e garganta; Estas feridas são muito contagiosas, auto-inoculáveis e portanto, frequentemente múltiplas;

A biópsia não é recomendada, pois não confirma a doença; Doenças Sexualmente Transmissíveis Diagnóstico Clínico Laboratorial: utiliza-se a coloração pelo método de Gram em esfregaços de secreção da base da úlcera ou do material obtido por aspiração do bubão. Observam-se bacilos Gram negativos intracelulares, geralmente aparecendo em cadeias paralelas; A cultura, método diagnóstico mais sensível, é de realização difícil; O PCR é o padrão-ouro, embora ainda de custo elevado, apenas disponível em alguns laboratórios de referência, para pesquisa;

Tratamento Doenças Sexualmente Transmissíveis

O tratamento sistêmico deve ser sempre acompanhado por medidas de higiene local; O paciente deve ser reexaminado 7 dias após início da terapia, devendo, ao fim desse período, haver melhora dos sintomas e da própria lesão; O seguimento deve ser feito até a involução total das lesões; O tratamento dos parceiros sexuais está recomendado mesmo que a doença clínica não seja demonstrada, pela possibilidade de existirem portadores assintomáticos, principalmente entre mulheres;

podem ser diferenciados por técnicas imunológicas; Doenças Sexualmente Transmissíveis Herpes Genital Agente Etiológico: Os herpes simplex virus (HSV), tipos 1 e 2; O HSV tipos 1 e 2 pertencem à família Herpesviridae, da qual fazem parte o Citomegalovírus (CMV), o Varicela zoster vírus (VZV), o Epstein- Barr vírus (EBV), o Epstein-Barr vírus (HHV-6) e o Herpesvírus humano 8 (HHV 8); Embora os HSV 1 e 2 possam provocar lesões em qualquer parte do corpo, há predomínio do tipo 2 nas lesões genitais e do tipo 1 nas lesões periorais. São DNA vírus que variam quanto à composição química e

História natural da doença É uma virose transmitida predominantemente pelo contato sexual (inclusive oro-genital). A transmissão pode-se dar, também, pelo contato direto com lesões ou objetos contaminados; É necessário que haja solução de continuidade, pois não há penetração do vírus em pele ou mucosas íntegras; Com ou sem sintomatologia, após a infecção primária, o HSV ascende pelos nervos periféricos sensoriais, penetra nos núcleos das células ganglionares e entra em latência;

Pode causar feridas na vagina, vulva e colo do útero, bem como no homem no pênis, saco escrotal, coxas e uretra; Após a infecção genital primária por HSV 2 ou HSV 1, respectivamente, 90% e 60% dos pacientes desenvolvem novos episódios nos primeiros 12 meses, por reativação dos vírus; A recorrência das lesões pode estar associada a febre, exposição à radiação ultravioleta, traumatismos, menstruação, estresse físico ou emocional, antibioticoterapia prolongada e imunodeficiência;

As lesões são inicialmente pápulas eritematosas de 2 a 3 mm, seguindo-se por vesículas agrupadas com conteúdo citrino, que se rompem dando origem a ulcerações; A adenopatia inguinal dolorosa bilateral pode estar presente em 50% dos casos; As lesões cervicais (cervicite herpética), frequentes na primoinfecção podem estar associadas a corrimento genital aquoso; O episódio inicial pode durar mais de 20 dias e ser acompanhado de sintomas de sintomas gerais;

Diagnóstico O diagnóstico tem por base a história clínica do paciente ( recorrência) e o aspecto das úlceras, podendo ser confirmado por meio de testes laboratoriais, como a presença ou não de anticorpos contra o vírus no sangue;

Tratamento Não existe tratamento que proporcione a cura definitiva do herpes genital, mas os antivirais são eficientes em reduzir a duração do episódio e reduzir as recidivas, além de reduzir a transmissão vertical e horizontal; A dor pode ser aliviada com analgésicos e anti-inflamatórios. O tratamento local consiste em: solução fisiológica ou água boricada a 3%, para limpeza das lesões;

Para o 1o episódio de herpes genital, iniciar o tratamento o mais precocemente possível com: Aciclovir 200 mg, 4/4 hs, 5x/dia, por 7 dias ou 400 mg, VO, 8/8 h, por 7 dias; ou Valaciclovir 1 g, VO, 12/12, horas por 7 dias; ou Famciclovir 250 mg, VO, 8/8 horas, por 7 dias;

Nas recorrências de herpes genital, o tratamento deve ser iniciado de preferência ao aparecimento dos primeiros pródromos (aumento de sensibilidade, ardor, dor, prurido) com: Aciclovir 400 mg, VO, 8/8h, por 5 dias (ou 200 mg, 4/4hs, 5x/dia, 5 dias); ou Valaciclovir 500 mg, VO, 12/12h, por 5 dias; ou 1 g diária, 5 dias; ou Famciclovir 125 mg, VO, 12/12 horas, por 5 dias; Gestantes: tratar o primeiro episódio em qualquer trimestre da gestação;

Deve haver retorno após uma semana para avaliação. Nas gestantes portadoras de herpes simples, deve ser considerado o risco de complicações obstétricas. O maior risco de transmissão do vírus ao feto se dá no momento da passagem desse pelo canal do parto, resultando em aproximadamente 50% de infecção se a lesão for ativa; Mesmo na forma assintomática, pode haver a transmissão do vírus por meio do canal de parto. Recomenda-se a realização de cesariana, toda vez que houver lesões herpéticas ativas;

A infecção herpética neonatal consiste em quadro grave, que exige cuidados hospitalares especializados; Os portadores de HIV podem apresentar episódios da infecção mais prolongados e mais graves. A dosagem das drogas é similar, embora experiências isoladas sugiram benefício com doses maiores. O tratamento deve ser mantido até que haja resolução clínica do quadro. Em lesões extensas, o tratamento endovenoso sob internação e recomendação médica é indicado.

Donovanose Agente etiológico: Klebsiella granulomatis A donovanose (granuloma inguinal) é frequentemente associada à transmissão sexual, embora os mecanismos de transmissão não sejam bem conhecidos, com contagiosidade baixa; Doença crônica progressiva que acomete preferencialmente pele e mucosas das regiões genitais, perianais e inguinais; É pouco frequente e ocorre mais comumente em climas tropicais e subtropicais;

Período de incubação: 30 dias a 6 meses O quadro clínico inicia-se com ulceração de borda plana ou hipertrófica, bem delimitada, com fundo granuloso, de aspecto vermelho vivo e de sangramento fácil; A ulceração evolui lenta e progressivamente, podendo se tornar vegetante ou úlcero-vegetante. As lesões podem ser múltiplas, sendo frequente a sua configuração em espelho, em bordas cutâneas e/ou mucosas;

Há predileção pelas regiões de dobras e região perianal. Não há adenite na donovanose; Na mulher, a forma elefantiásica é observada quando há predomínio de fenômenos obstrutivos linfáticos. A localização extragenital é rara e, quase sempre, ocorre a partir de lesões genitais ou perigenitais primárias;

Diagnóstico A identificação dos corpúsculos de Donovan no material de biópsia pode ser feita pelas colorações de Wright, Giemsa ou Leishman; O diagnóstico diferencial: sífilis, cancro mole, tuberculose cutânea, amebíase cutânea, neoplasias ulceradas, leishmaniose tegumentar americana e outras doenças cutâneas ulcerativas e granulomatosas;

Tratamento Doxiciclina 100 mg, VO, 12/12 horas por, no mínimo, 3 semanas ou até cura clínica; OU Eritromicina (estearato) 500 mg, VO, de 6/6 horas por, no mínimo, 3 semanas ou até a cura clínica; OU Sulfametoxazol/Trimetoprim (800 mg e 160 mg), VO, 12/12 horas por, no mínimo, 3 semanas, ou até a cura clínica; OU Tetraciclina 500 mg, de 6/6 h, durante 3 semanas ou até cura clínica ; OU Azitromicina 1 g VO em dose única, seguido por 500mg VO/dia por 3 semanas ou até cicatrizar as lesões;

Alertar o paciente para a longa duração do tratamento para donovanose e solicitar retornos semanais para avaliação da evolução clínica; O critério de cura é o desaparecimento da lesão; As sequelas da destruição tecidual ou obstrução linfática podem exigir correção cirúrgica; Devido à baixa infectividade, não é necessário fazer o tratamento dos parceiros sexuais;

Não havendo resposta na aparência da lesão nos primeiros dias de tratamento com a ciprofloxacina ou a eritromicina, recomendase adicionar um aminoglicosídeo como a gentamicina 1 mg/kg/dia, EV, de 8 em 8 horas; Não foi relatada infecção congênita resultante de infecção fetal; A gestante deve ser tratada com eritromicina (estearato) 500 mg, VO, de 6/6 horas, até a cura clínica (no mínimo por 3 semanas); No tratamento da gestante, considerar a adição da gentamicina desde o início;