PINOS DE ANCORAGENS SOB CARGAS DE TRAÇÃO



Documentos relacionados
PINOS DE ANCORAGENS SOB CARGAS DE TRAÇÃO

10 DIMENSIONAMENTO DE SECÇÕES RETANGULARES COM ARMADURA DUPLA

RESUMO 02: SEÇÃO TÊ FALSA E VERDADEIRA ARMADURA SIMPLES

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL

Por efeito da interação gravitacional, a partícula 2 exerce uma força F sobre a partícula 1 e a partícula 1 exerce uma força F sobre a partícula 2.

Universidade de São Paulo Escola Politécnica - Engenharia Civil PEF - Departamento de Engenharia de Estruturas e Fundações

2 Materiais e Métodos

ENSAIO DE LIGAÇÃO PILAR PRÉ-MOLDADO FUNDAÇÃO MEDIANTE CHAPA DE BASE

SOLENÓIDE E INDUTÂNCIA

flexão pura armadura dupla

Observa-se ainda que, para pequenos giros, os pontos de uma seção transversal não sofrem deslocamento na direção longitudinal.

3. Programa Experimental

2 Revisão bibliográfica

ESTADO DE MATO GROSSO SECRETARIA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP DEPARTAMENTO DE

4 Torção em Elementos de Concreto Armado 4.1. Histórico

Aula 1- Distâncias Astronômicas

Tensão de Cisalhamento

Capítulo 3 Propriedades Mecânicas dos Materiais

EDITORIAL MODULO - WLADIMIR

Bloco sobre estacas Bielas Tirantes. Método Biela Tirante

Disciplina: Resistência dos Materiais Unidade I - Tensão. Professor: Marcelino Vieira Lopes, Me.Eng.

5ª LISTA DE EXERCÍCIOS PROBLEMAS ENVOLVENDO FLEXÃO

CURSO TÉCNICO DE EDIFICAÇÕES. Disciplina: Projeto de Estruturas. Aula 7

ESTRUTURAS DE MADEIRA

LISTA 3 EXERCÍCIOS SOBRE ENSAIOS DE COMPRESSÃO, CISALHAMENTO, DOBRAMENTO, FLEXÃO E TORÇÃO

Professora: Engª Civil Silvia Romfim

Vigas Gerber com Dentes Múltiplos: Dimensionamento e Detalhamento Eduardo Thomaz 1, Luiz Carneiro 2, Rebeca Saraiva 3

Análise da base de pilares pré-moldados na ligação com cálice de fundação

LISTA 1 CS2. Cada aluno deve resolver 3 exercícios de acordo com o seu númeo FESP

PUNÇÃO EM LAJES DE CONCRETO ARMADO

ANÁLISE NÃO-LINEAR DA DEFLEXÃO DE VIGAS DE CONCRETO ARMADO

IV Seminário de Iniciação Científica

Análise Numérica em Uma Estrutura de Contenção do Tipo Estaca Justaposta Grampeada Assente no Solo Poroso no Distrito Federal

Exercícios Segunda Lei OHM

EXERCÍCIOS DE ESTRUTURAS DE MADEIRA

Ensaio de torção. Diz o ditado popular: É de pequenino que

2 Revisão Bibliográfica

LIGAÇÕES DE PEÇAS METÁLICAS AO BETÃO COM BUCHAS CONCEPÇÃO E PORMENORIZAÇÃO

MANUAL DE COLOCAÇÃO. Laje Treliça. Resumo Esse material tem como objetivo auxiliar no dimensionamento, montagem e concretagem da laje.

FORRO DE GESSO. Integrantes: Diogo Godinho Barroso nº Luisa Jorge Garcia nº Marcella Silva Albino nº Santos / SP

8- Controlador PID. PID = Proporcional + Integral + Derivativo

ONDULATÓRIA - EXERCÍCIOS E TESTES DE VESTIBULARES

Propriedades do Concreto

Soluções para Alvenaria

Análise numérica de fundações diretas de aerogeradores Carlos A. Menegazzo Araujo, Dr. 1, André Puel, Msc 2, Anderson Candemil 3

MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO II TECNOLOGIA DA ARGAMASSA E DO CONCRETO

Comportamento cíclico de nós viga-pilar com armadura lisa

Informativo Técnico

Manual de Montagem Casa 36m²

2.1. Considerações Gerais de Lajes Empregadas em Estruturas de Aço

PRÉ-DIMENSIONAMENTO DA ESTRUTURA

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DOS MATERIAIS SETOR DE MATERIAIS

Sistemas mistos aço-concreto viabilizando estruturas para Andares Múltiplos

Tensões Admissíveis e Tensões Últimas; Coeficiente de Segurança

vartos setores Versati idade do equipamento o torna ideal para 11I Engenharia GUINDASTE, -'.

Impacts in the structural design of the 2014 revision of the brazilian standard ABNT NBR 6118

TECNICAS CONSTRUTIVAS I

Carga concentrada indireta (Apoio indireto de viga secundária)

Critérios de falha. - determinam a segurança do componente; - coeficientes de segurança arbitrários não garantem um projeto seguro;

MEMÓRIA DESCRITIVA PÓRTICO METÁLICO COM PONTE GRUA

Curso de Engenharia de Produção. Sistemas Mecânicos e Eletromecânicos

Parte V ANÁLISE DIMENSIONAL

ANÁLISE NUMÉRICA DE VIGAS DE CONCRETO ARMADAS COM BARRAS DE FIBRA DE VIDRO (GFRP) E AÇO. Rafael dos Santos Lima 1 ; Fábio Selleio Prado 2

Doutorando do Departamento de Construção Civil PCC/USP, São Paulo, SP 2

detalhamento da armadura longitudinal da viga

FLEXÃO NORMAL SIMPLES - VIGAS

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS ESCOLA DE ENGENHARIA CIVIL CURSO DE MESTRADO

- Pisos e revestimentos Industriais (pinturas especiais, autonivelantes, uretânicas, vernizes...);

Tipos de Fundações. Tipos de Fundações. Fundações. Tubulões à ar comprimido - exemplos:

Corte e dobra. Nesta aula, você vai ter uma visão geral. Nossa aula. Princípios do corte e da dobra

I CONFERÊNCIA LATINO-AMERICANA DE CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL X ENCONTRO NACIONAL DE TECNOLOGIA DO AMBIENTE CONSTRUÍDO

D S E C S R C I R ÇÃ Ç O Ã E E C AR A AC A T C ER E Í R ST S ICAS A S TÉC É N C I N CAS

MT DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM

Vigas Altas em Alvenaria Estrutural

Miguel C. Branchtein, Delegacia Regional do Trabalho no Rio Grande do Sul

Universidade Estadual de Maringá Centro de Tecnologia Departamento de Engenharia Civil. Pilares

ANÁLISE EXPERIMENTAL DE LAJES LISAS COM ARMADURA DE COMBATE À PUNÇÃO


Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro PUC-Rio. CIV 1111 Sistemas Estruturais na Arquitetura I

Telas Soldadas Nervuradas

10º ENTEC Encontro de Tecnologia: 28 de novembro a 3 de dezembro de 2016

AULA 5. NBR Projeto e Execução de Fundações Métodos Empíricos. Relação entre Tensão Admissível do Solo com o número de golpes (N) SPT

Facear Concreto Estrutural I

ANÁLISE NUMÉRICA DA ADERÊNCIA ENTRE AÇO E CONCRETO ENSAIO PULL-OUT TEST

APOSTILA DE PEE (PROJETO DE ESTRUTURAS DE EDIFÍCIOS)

Prof. Célio Carlos Zattoni Maio de 2008.

SOLIDIFICAÇÃO/ESTABILIZAÇÃO DE LODO GALVÂNICO EM BLOCOS DE CONCRETO PARA PAVIMENTAÇÃO (PAVERS)

Estruturas Mistas de Aço e Concreto

Tensão para a qual ocorre a deformação de 0,2%

BOLETIM TÉCNICO FIXADOR ASTM A325 TIPO 1

CEMEF ENGENHARIA S/C LTDA. RELATÓRIO RT ANALISE ESTRUTURAL DE JANELA DE INSPEÇÃO. Cliente: INFRARED

COMPORTAMENTO DOS MATERIAIS SOB TENSÃO. Prof. Rubens Caram

2 Revisão Bibliográfica

Relações entre tensões e deformações

Soluções para Alvenaria

BT 0001 BOLETIM TÉCNICO - WEDGE-BOLT

MONTAGEM INDUSTRIAL UNIDADE VII MONTAGEM ESTRUTURA METÁLICA

MATERIAIS METÁLICOS AULA 5

5 Modelos Estruturais

Rua Dianópolis, 122-1º andar CEP: Parque da Mooca - São Paulo / SP - Brasil Telefone: 55 (11) / Fax: 55 (11)

Transcrição:

PINOS DE ANCORAGENS SOB CARGAS DE TRAÇÃO Luiz Flávio Vaz Silva, Prof. Ronalo Barros Gomes UFG, 74605-220, Brasil luizgo@hotmail.com, rbggomes@gmail.com PALAVRAS-CHAVE: Ancoragem, Armaura e Flexão, Posicionamento e Distância o Pino. 1. INTRODUÇÃO A principal função os pinos e ancoragem é a fixação, promoveno a ligação e estruturas até então istintas e permitino a introução e cargas concentraas. É muito utilizao em estruturas pré-molaas, em especial na ligação entre elementos metálicos e blocos e funação, Figura 1, mas eles poem ser empregaos em várias situações, são também chamaos e chumbaores. Atualmente há uas categorias istintas e sistemas e ancoragem: os pré-instalaos e os pós-instalaos. No sistema pré-instalao, o pino é posicionao no local e atuação antes a concretagem enquanto no sistema pós-instalao a fixação é concreto já enurecio através e perfuração e aplicação e compostos ligantes. Neste trabalho em questão foi estuao o sistema e ancoragem préinstalao. Figura 1. Pino e ancoragem (ligação aço concreto).

2 2. OBJETIVOS O objetivo este trabalho será estuar a variação a istância a armaura e flexão ao eixo o pino e ancoragem e a variação o iâmetro o pino. A justificativa esta pesquisa é a necessiae e um amplo conhecimento no comportamento e estruturas que utilizam pinos e ancoragem em suas ligações, a fim e se obter aos suficientes para imensionar com maior grau e segurança e economia os pinos e concretos usaos para a fixação e estruturas e equipamentos pesaos. 3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Esta revisão bibliográfica baseia-se em publicações o CEB (1994 e 1997), ACI (1978 e 2005), artigos técnicos internacionais e nacionais e issertações como a e Meira (2005), Soares (2007), realizaos na EEC-UFG, principalmente nos tópicos relacionaos aos tipos e sistemas e ancoragem, moos e ruptura, mecanismos e transferência e carga e métoos e cálculo, e as pesquisas nacionais e Jermann (1993), Oliveira (2003), Martins Junior (2006), Fontenelle (2009) e Marinho (2009). 3.1. Mecanismos e Transferência e Carga Existem três formas e transmissão os esforços externos o pino para o concreto, Figura 2, que poem ocorrer e forma inepenente ou por uma combinação as mesmas. A ancoragem mecânica se esenvolve pela transmissão mecânica e esforços e um elemento situao na extremiae imersa o chumbaor. Poe ser utilizaa uma cabeça e ancoragem ou uma barra obraa em U ou em L, para o concreto. Isso poe gerar elevaas tensões e esmagamento nessa região e confinamento. Esse tipo e transferência e carga ocorre principalmente em chumbaores e cabeça pré-instalaos e chumbaores e segurança pósinstalaos. A ancoragem por atrito acontece pelo atrito entre a superfície o elemento expansor e a superfície o concreto. Teno como resultao a ação e forças

3 normais à interface entre a face lateral o chumbaor e o concreto, evio à expansão o chumbaor por meio e torque ou percussão, que são as uas formas mais usuais os chumbaores e expansão. A ancoragem por aerência ocorre entre as superfícies imersas o chumbaor e o concreto; um exemplo é o caso e ancoragens pré-instalaas, constituías e barras retas, ou na instalação e chumbaores pós-instalaos e aesão química, em que ocorre a aerência entre a superfície o concreto e as resinas ou aglomerantes utilizaos para preencher o furo. Figura 2. Mecanismos e transferência e carga: (a) ancoragem mecânica, (b), ancoragem por atrito, (c) ancoragem por aerência. Aaptao e Fastenings to Concrete an Masonry Structures (CEB, 1994.) 3.2. Sistema e Ancoragem Pré-Instalao Nesse sistema e ancoragem, os chumbaores são posicionaos antes a concretagem e forma efinitiva. Devio ao seu posicionamento anterior à concretagem o trabalho e locação eve ser minucioso e a fixação na ferragem ou nas fôrmas, eve ser feita com gabaritos, a fim e evitar qualquer movimento urante a concretagem. Existem iversos moelos isponíveis no mercao epeneno a sua aplicação, Figura 3. Figura 3. Tipos e pinos e ancoragem pré-instalaos (CEB Bulletin nº 233, 1997).

4 3.3. Pinos e Aço Nervurao com Ancoragem e Cabeça Nos pinos e aço nervurao com ancoragem e cabeça, Figura 4, atuam ois mecanismos e ancoragem. No primeiro, a ancoragem é resistia pela tensão e aerência, que ao atingir o seu pico encerra-se e passa para a seguna fase na qual a aerência começa a se eteriorar ao longo a barra e a tensão passa a ser transferia para a cabeça, resultano com o escoamento a barra ou a ruptura o concreto acima a cabeça. A capaciae e ruptura e uma barra com cabeça é eterminaa pela carga e pico proveniente a ancoragem mecânica aicionaa a alguma contribuição referente à aerência. Figura 4. Mecanismo e transferência e carga (Thompson et al., 2003). 3.4. Moos e Ruptura Para Sistemas Pré-Instalaos A ruptura o aço, Figura 5, é trataa como uma ruptura úctil, pois próximo a carga e ruptura ela se eforma consieravelmente. Este comportamento está relacionao com sua rigiez, resistência e capaciae e eformação. O que etermina a resistência à tração o pino e ancoragem é sua seção transversal e resistência à tração o aço. Figura 5. Ruptura o aço MEIRA, 2005.

5 Na ruptura o cone e concreto ocorre o arrancamento e uma superfície irregular aproximaamente cônica, que se inicia na cabeça o chumbaor e se estene até o topo o concreto, Figura 6. O arrancamento esse cone ocorre quano as tensões e tração ultrapassam a resistência à tração o concreto. Esse tipo e ruptura é e interesse para fins e imensionamento, ocorreno em ancoragens com alturas imersas pequenas e em concretos com baixas resistências. Figura 6. Ruptura o cone e concreto - MEIRA, 2005. A ruptura por fenilhamento, Figura 7, ocorre evio à elevação a tensão e tração proveniente o pino, levano à fissuração e separação o elemento e concreto em partes. Esse tipo e ruptura eve ser evitao, pois há poucos estuos sobre esse tipo e ruptura, o que torna ifícil e eterminar teoricamente a resistência a ancoragem. Figura 7. Ruptura por fenilhamento - MEIRA, 2005 3.5. Influência a Armaura e Flexão No estuo e Boe e Roik (1987), são feitas consierações sobre iversos fatores que poem influenciar a capaciae e carga e uma ancoragem,

6 um eles é o uso e armaura aicional e flexão. Essa armaura tem como função fornecer uma maior uctiliae à conexão, prevenir o esenvolvimento e fissuras e o esmagamento o concreto em eterminaa região. Poe ser utilizaa one há espaçamentos insuficientes para a transmissão a carga o aço para o concreto. O seu uso melhora o comportamento quanto à uctiliae, apesar e não aumentar significantemente a capaciae final e arrancamento e apresentar uma forma o cone e ruptura semelhante à ruptura sem armaura. Ocorrem restrições quanto ao seu uso em ancoragens pós-instalaas, pois a instalação o pino é feita após o enurecimento o concreto, tornano assim mais ifícil e posicioná-lo. 3.6. Métoo e Cálculo Existem iversas normas e métoos e cálculo para o imensionamento e pinos e ancoragem, poeno existir semelhança entre esses métoos para alguma situação em particular. Para a realização este trabalho aotou-se o métoo e 34º, pois sua eficácia poe ser comprovaa em trabalhos anteriores como, por exemplo, no e SOARES, 2007. O métoo e cálculo esenvolvio por Eligehausen et al. (1988) supõe que a superfície o cone e ruptura apresenta um ângulo e 34º, e acoro com os conceitos a mecânica a fratura e estuos experimentais. Nesse métoo, também é consierao o espaçamento entre chumbaores, excentriciae, ausência e fissuras e presença e armauras pouco espaçaas. Esse métoo serviu e base para o esenvolvimento e outros métoos e cálculo, Figura 8, existino algumas iferenças quanto ao conceito original para caa métoo aaptao. A carga e ruptura a ancoragem é: N u = N u,0. ψ c. ψ s. ψ ec (1) One: N u,0 valor a carga e ruptura e um pino, que não sofre a influência e bora, submetio a um esforço e tração. ψ c coeficiente que consiera a influência a bora. ψ s coeficiente que consiera a influência e um grupo e ancoragens. ψ ec coeficiente que consiera a influência a excentriciae e carga.

7 Figura 8. Métoo Ψ - Exemplo o cone e ruptura (CEB Bull. 233). 4. METODOLOGIA No presente trabalho foi estuao o comportamento e pinos e ancoragem sujeitos a esforços e tração em blocos e concreto com imensões 2200 mm x 600 mm x 400 mm. Na parte superior e caa bloco, foram ispostos 3 pinos e ancoragem. As variáveis estuaas projeto, Tabela 1, foram a variação a istância e o posicionamento a armaura e flexão em relação ao pino e ancoragem. Tabela 1. Programa Experimental VARIÁVEIS ESTUDADAS P F1 ( = 0 mm) P F2 ( = 50 mm) P F3 ( = 75 mm) P F4 ( = 0 mm) P F5 ( = 50 mm) P F6 ( = 75mm)

8 4.1. Pinos Os pinos foram fabricaos com barras e aço nervurao CA-50, como haste, e chapas metálicas e aço SAC-1045 como cabeças a ancoragem, Figura 9. A chapa metálica foi perfuraa para que a haste puesse atravessá-la. As imensões os pinos foram fixaas a seguinte forma: cabeça e ancoragem 50 mm x 50 mm, comprimento a haste 250 mm e iâmetro e 20 mm, a profuniae o pino imerso no concreto (altura efetiva) permaneceu constante e igual a 100 mm. O aço utilizao na confecção a haste foi ensaiao à tração no laboratório e FURNAS. Figura 9. Pino após solagem 4.2. Fôrmas As fôrmas foram fabricaas com as seguintes imensões 2200 mm (comprimento) x 600 mm (largura) x 400 mm (altura) e montaas com perfis U, Figura 10. Figura 10. Fôrma pronta para concretagem.

9 Foi aplicao esmolante nas formas e então posicionaa a armaura e flexão com o auxílio e espaçaores. Para assegurar que os pinos ficassem eviamente posicionaos e não ocorresse nenhum eslocamento urante a concretagem, foram fixaas barras metálicas no sentio transversal e longituinal as fôrmas, apoiaas em pequenos cubos e maeira, para manter livre a superfície e concreto, e os pinos fixaos a estas por meio e arame recozio. Antes a concretagem foram feitas verificações o prumo e alinhamento. 4.3. Concreto O concreto utilizao na confecção as peças foi fornecio pela empresa REALMIX Concreto e Argamassa que efiniu o traço para que o concreto atingisse a resistência a compressão e 30 MPa aos 28 ias. A concretagem foi realizaa no ia 22 e outubro e 2010 no laboratório e estruturas a UFG e também foram molaos corpos e prova cilínricos 150 mm x 300 mm para a obtenção e aos suficientes para se traçar à curva iae x resistência à compressão, obter valores o móulo e elasticiae e resistência à tração o concreto para a iae e 28 ias. A cura as peças foi feita utilizano água e manteno a superfície os blocos molhaa por sete ias, com posterior cobertura com lona a fim e se evitar pera e umiae. 4.4. Ensaio A montagem o ensaio foi esenvolvia para que toos os ensaios fossem realizaos a mesma forma, seguino o moelo utilizao por MEIRA, 2005 e SOARES, 2007, Figura 11. Os elementos constituintes o ensaio são: Atuaor hiráulico: é utilizao para gerar a força e tração, ele é alimentao por uma bomba manual. Tirantes: servem para transmitir a força geraa pelo atuaor hiráulico ao pino a ser ensaiao. Seu iâmetro é 25 mm, comprimento 1500 mm e apenas 300 mm em caa extremiae é rosqueável, são feitos e aço SAC 1045. Célula e carga: é utilizaa para meir a força aplicaa pelo atuaor hiráulico.

10 Leitora e carga igital: é responsável pela inicação o valor meio pela célula e carga. Pórtico e reação: é utilizao para receber os esforços provenientes o atuaor hiráulico e transmitir para o bloco. Esse pórtico é constituío e uma viga metálica, formaa por um perfil H e 145 x 155 x 8 mm com 1000 mm e comprimento. Os ois pilares são constituíos e um perfil circular com 90mm e iâmetro e 3 mm e espessura, com altura e 340 mm solao a chapas metálicas e 145 x 125 mm com espessura e 16 mm nas extremiaes. Os pilares esse pórtico foram fixaos à base a viga por meio e sargentos fixano os quatro cantos a chapa metálica a parte superior o pilar. Chapas metálicas: são utilizaas para assegurar que os esforços transmitios o pórtico para o bloco sejam uniformemente istribuíos. Essas chapas têm imensões 50 x 100 x 25 mm e são fixaas na parte inferior a chapa metálica a base o pilar por meio e gesso pera tipo III. Perfis em U: são utilizaos ois perfis, um superior e outro inferior, para transmitir a força e tração geraa pelo atuaor hiráulico para o pino a ser ensaiao. Foram fabricaos através a solagem e três chapas metálicas formano um perfil U. Chapas em L: são utilizaas uas chapas em forma e L para transmitir a força e tração o perfil U, escrito acima, para a porca solaa ao pino. Porcas e arruelas: são utilizaas para transmitir a força e tração proveniente as chapas em L para o pino. Foram solaas porcas sextavaas e 1 na parte superior o pino através e sola e topo utilizano eletroo OK46. Figura 11. Desenho a montagem o ensaio, MEIRA 2005.

11 5. RESULTADOS 5.1. Caracterização os Materiais 5.1.1. Concreto Foi utilizao concreto usinao para a confecção os blocos. Os valores a resistência à compressão, resistência à tração e o móulo e elasticiae o concreto, Tabela 2, foram obtios por meio e ensaios e corpos-e-prova cilínricos, com iâmetro e 150 mm e altura e 300 mm, conforme a NBR 5739/94, NBR 7222/94 e NBR 8522/84. Como os ensaios foram realizaos em ias iferentes, foi necessário traçar a curva iae x resistência à compressão, Figura 12, para se estimar o valor a resistência à compressão o concreto no ia o ensaio e caa peça. Tabela 2. Resultaos os Ensaios. ENSAIO IDADE VALORES OBTIDOS 7 28,4 Resistência à compressão (MPa) 14 29,4 21 30,5 28 32,3 Resistência à tração (MPa) 28 3,4 Móulo e elasticiae (GPa) 28 23,3

12 Figura 12. Curva Resistência a compressão o concreto. 5.1.2. Aço gráfico a Figura 13. Ensaiamos as barras e 20,00 mm seguno a NBR 6152/92, obteno o Figura 13. Curva Tensão X Deformação o aço 5.2. Carga e Ruptura conforme Tabela 3. Os resultaos obtios após os ensaios e ruptura estão relacionaos

13 Tabela 3. Resultaos as cargas e ruptura. F e F e (kn) (kn) P F1 ( = 0 mm) 84,65 P F4 ( = 0 mm) 84,88 P F2 ( = 50 mm) 83,20 P F5 ( = 50 mm) 85,78 P F3 ( = 75 mm) 83,31 P F6 ( = 75mm) 84,91 6. DISCUSSÃO Seguno os cálculos para ocorrer a ruptura no concreto é necessário uma carga F c = 86,40 kn o que na prática foi comprovaa pois os valores a carga F e foram bem próximos a este valor e 86,4 kn variano apenas 1,02 % para mais ou 3,70 % para menos, Tabela 4. Toas as rupturas ocorreram por fenilhamento, Figura 14, o que inica que o pino e ancoragem issipa sua tensão na armaura e flexão, promoveno uma abertura no iâmetro o cone e ruptura levano ao fenilhamento a peça. Tabela 4. Resultaos as cargas e ruptura (RC Ruptura no concreto). VARIÁVEIS PINO (mm) F c (kn) F e (kn) F e / F c (%) RUPTURA P F1 0 84,65-2,02 RC P F2 50 86.4 83,20-3,70 RC P F3 75 83,31-3,57 RC P F7 0 84,88-1,76 RC P F8 50 86,4 87,28 + 1,02 RC P F9 75 84,91-1,72 RC

14 Figura 14. Ruptura por fenilhamento. 7. Conclusões Constatou-se que a variação no posicionamento a armaura não aumenta significantemente a capaciae e ancoragem. A presença a armaura e flexão aumenta a uctiliae a peça, as fissuras se propagam ao longo a armaura. Quanto ao aparato experimental, os pinos com iâmetro e 20 mm é ieal para o estuo em questão, permitino que em 100 % os casos a ruptura ocorra no concreto, a fixação a armaura e os pinos bem como a utilização e formas e perfis metálicos permite evitam a introução e variáveis inesejáveis na pesquisa, estano aprovaas para futuros estuos.

15 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ACI COMMITTEE 318. Builing Coe Requirements for Structural Concrete an Commentary ACI 318-02: Appenix D Anchoring to Concrete, Michigan, 2005, 433p. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5739/94 Ensaio e compressão e corpos e prova cilínricos e concreto, 1994.. Rio e Janeiro BODE, H.; ROIK K. Hea Stus Embee in Concrete an Loae in Tension, Anchorage to Concrete, SP-103, American Concrete Institute, Detroit, Michigan, p.61-88, 1987. CEB Bulletin D Information nº 233. Design of Fastenings in Concrete Design Guie Parts 1 to 3, Thomas Telfor Services Lta., January, 1997. MARTINS JUNIOR, J. N. Resistência à Tração e um sistema e ancoragem, embutio em concreto sujeito a carga e impacto. 2006. 140 f. Dissertação (Mestrao em Engenharia Civil) Pontifícia Universiae Católica o Rio e Janeiro, Departamento e Engenharia Civil. JERMANN, R.P. Chumbaores para Concreto. 1993. 169f. Dissertação (Mestrao em Engenharia Civil) Universiae Feeral Fluminense, Niterói, 1993. MEIRA, M. T. R. Resistência à tração e pinos e ancoragem Influência e bora, comprimento e aerência, posição e orientação o pino. 2005. 168 f. Dissertação (Mestrao em Engenharia Civil) Escola e Engenharia Civil, Universiae Feeral e Goiás, Goiânia, 2005. SOARES, M. M. P. Influência a proximiae e bora, a altura efetiva, o comprimento aerente e o iâmetro a haste na resistência e pinos e ancoragem. 2007. 173 f. Dissertação (Mestrao em Engenharia Civil) Escola e Engenharia Civil, Universiae Feeral e Goiás, Goiânia. MARINHO, A. M.; FONTENELLE E.G.; Influência a armaura e flexão na resistência à tração e pinos e ancoragem. Trabalho a isciplina e Análise Teórico e Experimental as Estruturas CMEC UFG 2009.