aula Barroco LITERATURA

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Transcrição:

aula Barroco LITERATURA

As Escolas Literárias Barroco 1601 Arcadismo 1768 Romantismo 1836 Realismo 1881 Naturalismo 1881 Parnasianismo 1882 Simbolismo 1893 Pré-modernismo 1902 Modernismo 1922

Barroco 1601 Prosopopeia" Bento Teixeira Literatura do século XVII

Barroco Momento Histórico CONTRARREFORMA Século das Trevas Concílio de Trento Santa Inquisição Unificação Ibérica Salvador Bahia Cana-de-açúcar Características ANTÍTESE Sagrado X Profano Religiosidade Subjetividade Metáfora Hipérbole Perfeição Formal Linguagem Rebuscada

Poesia Gregório de Matos Guerra (Boca do Inferno) Lírico-amorosa Poesia Retrato / Dona Ângela Anjo no nome, Angélica na cara Isso é ser flor, e Anjo juntamente: Ser Angélica flor e Anjo florente Em quem, senão em vós se uniformara? Quem veria uma flor, que a não cortara De verde pé, de rama florescente? E quem um Anjo vira tão luzente, Que por seu Deus o não idolatrara? Lírico-religiosa (sacra) Satírica Se como Anjo sois dos meus altares, Fôreis o meu custódio, e minha guarda, Livrara eu de diabólicos azares. Mas vejo, que tão bela, e tão galharda Posto que os anjos nunca dão pesares Sois Anjo, que me tenta, e não me guarda.

Exercício Considere as seguintes afirmações sobre o poema. Quais estão corretas? I - O poeta explora o paralelo entre Anjo e Angélica e revela a condição perecível e doméstica da flor, permitindo que se perceba a uniformização pretendida pelo barroco, a qual estabelece regras poéticas rígidas. Retrato / Dona Ângela Anjo no nome, Angélica na cara Isso é ser flor, e Anjo juntamente: Ser Angélica flor e Anjo florente Em quem, senão em vós se uniformara? Quem veria uma flor, que a não cortara De verde pé, de rama florescente? E quem um Anjo vira tão luzente, Que por seu Deus o não idolatrara? Se como Anjo sois dos meus altares, Fôreis o meu custódio, e minha guarda, Livrara eu de diabólicos azares. Mas vejo, que tão bela, e tão galharda Posto que os anjos nunca dão pesares Sois Anjo, que me tenta, e não me guarda.

Exercício Considere as seguintes afirmações sobre o poema. Quais estão corretas? II - A mulher Anjo Luzente, no poema, encarna tanto o anjo protetor que livra de diabólicos azares, quanto a criatura feminina tentadora que provoca a imaginação e a sensualidade. Retrato / Dona Ângela Anjo no nome, Angélica na cara Isso é ser flor, e Anjo juntamente: Ser Angélica flor e Anjo florente Em quem, senão em vós se uniformara? Quem veria uma flor, que a não cortara De verde pé, de rama florescente? E quem um Anjo vira tão luzente, Que por seu Deus o não idolatrara? Se como Anjo sois dos meus altares, Fôreis o meu custódio, e minha guarda, Livrara eu de diabólicos azares. Mas vejo, que tão bela, e tão galharda Posto que os anjos nunca dão pesares Sois Anjo, que me tenta, e não me guarda.

Exercício Considere as seguintes afirmações sobre o poema. Quais estão corretas? III - A associação e o contraste da flor, que seria cortada do verde pé, com o Anjo luzente a ser idolatrado, indica o diálogo do poeta (vós) com o anjo enviado dos céus para proteger os altares de sua esposa. Retrato / Dona Ângela Anjo no nome, Angélica na cara Isso é ser flor, e Anjo juntamente: Ser Angélica flor e Anjo florente Em quem, senão em vós se uniformara? Quem veria uma flor, que a não cortara De verde pé, de rama florescente? E quem um Anjo vira tão luzente, Que por seu Deus o não idolatrara? Se como Anjo sois dos meus altares, Fôreis o meu custódio, e minha guarda, Livrara eu de diabólicos azares. Mas vejo, que tão bela, e tão galharda Posto que os anjos nunca dão pesares Sois Anjo, que me tenta, e não me guarda.

Poesia Gregório de Matos Guerra (Boca do Inferno) Lírico-amorosa Poesia A Jesus Cristo Nosso Senhor Pequei, Senhor, mas não porque hei pecado, Da vossa piedade me despido; Porque, quanto mais tenho delinquido, Vos tenho a perdoar mais empenhado. Se basta a vos irar tanto um pecado, A abrandar-vos sobeja um só gemido: Que a mesma culpa, que vos há ofendido, Vos tem para o perdão lisonjeado. Lírico-religiosa (sacra) Satírica Se uma ovelha perdida e já cobrada Glória tal e prazer tão repentino Vos deu, como afirmais na sacra história, Eu sou, Senhor, a ovelha desgarrada: Cobrai-a, e não queirais, pastor divino, Perder na vossa ovelha a vossa glória.

Exercício Assinale a incorreta: a) No jogo de antíteses, o poeta vê-se como culpado, mas também ovelha indispensável ao Pastor Divino. b) O argumento do poeta, arrependido, constrói-se pelo jogo de ideias, ou seja, o cultismo. A Jesus Cristo Nosso Senhor Pequei, Senhor, mas não porque hei pecado, Da vossa piedade me despido; Porque, quanto mais tenho delinquido, Vos tenho a perdoar mais empenhado. Se basta a vos irar tanto um pecado, A abrandar-vos sobeja um só gemido: Que a mesma culpa, que vos há ofendido, Vos tem para o perdão lisonjeado. Se uma ovelha perdida e já cobrada Glória tal e prazer tão repentino Vos deu, como afirmais na sacra história, Eu sou, Senhor, a ovelha desgarrada: Cobrai-a, e não queirais, pastor divino, Perder na vossa ovelha a vossa glória.

Exercício Assinale a incorreta: c) O poeta recorre ao texto bíblico para justificar, perante Deus, a necessidade de ser perdoado. d) O poeta compara-se à ovelha desgarrada que, se não for recuperada, pode pôr a perder a glória de Deus. A Jesus Cristo Nosso Senhor Pequei, Senhor, mas não porque hei pecado, Da vossa piedade me despido; Porque, quanto mais tenho delinquido, Vos tenho a perdoar mais empenhado. Se basta a vos irar tanto um pecado, A abrandar-vos sobeja um só gemido: Que a mesma culpa, que vos há ofendido, Vos tem para o perdão lisonjeado. Se uma ovelha perdida e já cobrada Glória tal e prazer tão repentino Vos deu, como afirmais na sacra história, Eu sou, Senhor, a ovelha desgarrada: Cobrai-a, e não queirais, pastor divino, Perder na vossa ovelha a vossa glória.

Exercício Assinale a incorreta: e) O poeta argumenta sobre a misericórdia e a glória divinas: declara que Deus lhe deverá a glória por tê-lo perdoado. A Jesus Cristo Nosso Senhor Pequei, Senhor, mas não porque hei pecado, Da vossa piedade me despido; Porque, quanto mais tenho delinquido, Vos tenho a perdoar mais empenhado. Se basta a vos irar tanto um pecado, A abrandar-vos sobeja um só gemido: Que a mesma culpa, que vos há ofendido, Vos tem para o perdão lisonjeado. Se uma ovelha perdida e já cobrada Glória tal e prazer tão repentino Vos deu, como afirmais na sacra história, Eu sou, Senhor, a ovelha desgarrada: Cobrai-a, e não queirais, pastor divino, Perder na vossa ovelha a vossa glória.

Exercício Assinale a incorreta: a) No jogo de antíteses, o poeta vê-se como culpado, mas também ovelha indispensável ao Pastor Divino. b) O argumento do poeta, arrependido, constrói-se pelo jogo de ideias, ou seja, o cultismo. A Jesus Cristo Nosso Senhor Pequei, Senhor, mas não porque hei pecado, Da vossa piedade me despido; Porque, quanto mais tenho delinquido, Vos tenho a perdoar mais empenhado. Se basta a vos irar tanto um pecado, A abrandar-vos sobeja um só gemido: Que a mesma culpa, que vos há ofendido, Vos tem para o perdão lisonjeado. Se uma ovelha perdida e já cobrada Glória tal e prazer tão repentino Vos deu, como afirmais na sacra história, Eu sou, Senhor, a ovelha desgarrada: Cobrai-a, e não queirais, pastor divino, Perder na vossa ovelha a vossa glória.

Caracteríticas Características do Barroco A Jesus Cristo Nosso 2 Senhor 1 2 3 4 5 6 Antítese Prosa e poesia / Paradoxo Religiosidade Hipérbole Hipérbato (inversão sintática) Perfeição Formal Metáfora Pequei, Senhor, mas não porque hei pecado, Da vossa piedade me despido; 4 Porque, quanto mais tenho delinquido, 5 Vos tenho a perdoar mais empenhado. Se basta a vos irar tanto um pecado, A abrandar-vos sobeja um só gemido: Que a mesma culpa, que vos há ofendido, Vos tem para o perdão lisonjeado. 2 1 3 Se uma ovelha perdida e já cobrada Glória tal e prazer tão repentino Vos deu, como afirmais na sacra história, Eu sou, Senhor, a ovelha desgarrada: Cobrai-a, e não queirais, pastor divino, Perder na vossa ovelha a vossa glória. 6 2 1

Prosa Padre Antônio Vieira Sermões Prosa Sermão pelo bom sucesso das armas de Portugal contra as de Holanda Pede razão Jó a Deus, e tem muita razão de a pedir responde por ele o mesmo santo que o arguiu porque se é condição de Deus usar de misericórdia, e é grande e não vulgar a glória que adquire em perdoar pecados, que razão tem, ou pode dar bastante, de os não perdoar? O mesmo Jó tinha já declarado a força deste seu argumento nas palavras antecedentes, com energia para Deus muito forte: Peccavi, quid faciam tibi? Como se dissera: Se eu fiz, Senhor, como homem em pecar, que razão tendes vós para não fazer como Deus em me perdoar? Ainda disse e quis dizer mais: Peccavi, quid faciam tibi? Pequei, que mais vos posso fazer? E que fizestes vós, Jó, a Deus em pecar? Não lhe fiz pouco, porque lhe dei ocasião a me perdoar, e, perdoando-me, ganhar muita glória. Eu dever-lhe-ei a ele, como a causa, a graça que me fizer, e ele dever-me-á a mim, como a ocasião, a glória que alcançar.

Prosa Procurava adequar os textos bíblicos às realidades de que tratava. Prosa Sermão pelo bom sucesso das armas de Portugal contra as de Holanda Pede razão Jó a Deus, e tem muita razão de a pedir responde por ele o mesmo santo que o arguiu porque se é condição de Deus usar de misericórdia, e é grande e não vulgar a glória que adquire em perdoar pecados, que razão tem, ou pode dar bastante, de os não perdoar? O mesmo Jó tinha já declarado a força deste seu argumento nas palavras antecedentes, com energia para Deus muito forte: Peccavi, quid faciam tibi? Como se dissera: Se eu fiz, Senhor, como homem em pecar, que razão tendes vós para não fazer como Deus em me perdoar? Ainda disse e quis dizer mais: Peccavi, quid faciam tibi? Pequei, que mais vos posso fazer? E que fizestes vós, Jó, a Deus em pecar? Não lhe fiz pouco, porque lhe dei ocasião a me perdoar, e, perdoando-me, ganhar muita glória. Eu dever-lhe-ei a ele, como a causa, a graça que me fizer, e ele dever-me-á a mim, como a ocasião, a glória que alcançar.

Prosa Padre Vieira, ao remeter aos exemplos bíblicos de Jó e da ovelha perdida, reforça seus argumentos a favor do perdão como garantia da glória divina. Prosa Sermão pelo bom sucesso das armas de Portugal contra as de Holanda Pede razão Jó a Deus, e tem muita razão de a pedir responde por ele o mesmo santo que o arguiu porque se é condição de Deus usar de misericórdia, e é grande e não vulgar a glória que adquire em perdoar pecados, que razão tem, ou pode dar bastante, de os não perdoar? O mesmo Jó tinha já declarado a força deste seu argumento nas palavras antecedentes, com energia para Deus muito forte: Peccavi, quid faciam tibi? Como se dissera: Se eu fiz, Senhor, como homem em pecar, que razão tendes vós para não fazer como Deus em me perdoar? Ainda disse e quis dizer mais: Peccavi, quid faciam tibi? Pequei, que mais vos posso fazer? E que fizestes vós, Jó, a Deus em pecar? Não lhe fiz pouco, porque lhe dei ocasião a me perdoar, e, perdoando-me, ganhar muita glória. Eu dever-lhe-ei a ele, como a causa, a graça que me fizer, e ele dever-me-á a mim, como a ocasião, a glória que alcançar.

Prosa Também defende a misericórdia e a glória sublimes: assim como Jó, citado por Vieira, declara que Deus lhe deverá a glória por ter-lhe dado o perdão. Prosa Sermão pelo bom sucesso das armas de Portugal contra as de Holanda Pede razão Jó a Deus, e tem muita razão de a pedir responde por ele o mesmo santo que o arguiu porque se é condição de Deus usar de misericórdia, e é grande e não vulgar a glória que adquire em perdoar pecados, que razão tem, ou pode dar bastante, de os não perdoar? O mesmo Jó tinha já declarado a força deste seu argumento nas palavras antecedentes, com energia para Deus muito forte: Peccavi, quid faciam tibi? Como se dissera: Se eu fiz, Senhor, como homem em pecar, que razão tendes vós para não fazer como Deus em me perdoar? Ainda disse e quis dizer mais: Peccavi, quid faciam tibi? Pequei, que mais vos posso fazer? E que fizestes vós, Jó, a Deus em pecar? Não lhe fiz pouco, porque lhe dei ocasião a me perdoar, e, perdoando-me, ganhar muita glória. Eu dever-lhe-ei a ele, como a causa, a graça que me fizer, e ele dever-me-á a mim, como a ocasião, a glória que alcançar.

Prosa Aliando sua formação jesuítica à estética barroca em voga no século XVII, pronunciou sermões que se tornaram ao mesmo tempo a expressão máxima do Barroco em prosa sacra e Prosa Sermão pelo bom sucesso das armas de Portugal contra as de Holanda Pede razão Jó a Deus, e tem muita razão de a pedir responde por ele o mesmo santo que o arguiu porque se é condição de Deus usar de misericórdia, e é grande e não vulgar a glória que adquire em perdoar pecados, que razão tem, ou pode dar bastante, de os não perdoar? O mesmo Jó tinha já declarado a força deste seu argumento nas palavras antecedentes, com energia para Deus muito forte: Peccavi, quid faciam tibi? Como se dissera: Se eu fiz, Senhor, como homem em pecar, que razão tendes vós para não fazer como Deus em me perdoar? Ainda disse e quis dizer mais: Peccavi, quid faciam tibi? Pequei, que mais vos posso fazer? E que fizestes vós, Jó, a Deus em pecar? Não lhe fiz pouco, porque lhe dei ocasião a me perdoar, e, perdoando-me, ganhar muita glória. Eu dever-lhe-ei a ele, como a causa, a graça que me fizer, e ele dever-me-á a mim, como a ocasião, a glória que alcançar.

Prosa uma das principais expressões ideológicas e literárias da Contrarreforma. Prosa Sermão pelo bom sucesso das armas de Portugal contra as de Holanda Pede razão Jó a Deus, e tem muita razão de a pedir responde por ele o mesmo santo que o arguiu porque se é condição de Deus usar de misericórdia, e é grande e não vulgar a glória que adquire em perdoar pecados, que razão tem, ou pode dar bastante, de os não perdoar? O mesmo Jó tinha já declarado a força deste seu argumento nas palavras antecedentes, com energia para Deus muito forte: Peccavi, quid faciam tibi? Como se dissera: Se eu fiz, Senhor, como homem em pecar, que razão tendes vós para não fazer como Deus em me perdoar? Ainda disse e quis dizer mais: Peccavi, quid faciam tibi? Pequei, que mais vos posso fazer? E que fizestes vós, Jó, a Deus em pecar? Não lhe fiz pouco, porque lhe dei ocasião a me perdoar, e, perdoando-me, ganhar muita glória. Eu dever-lhe-ei a ele, como a causa, a graça que me fizer, e ele dever-me-á a mim, como a ocasião, a glória que alcançar.

aula Barroco LITERATURA