Cenários Exploratórios para o Desenvolvimento Tecnológico da Agricultura Brasileira Sistema de Inteligência Estratégica da Embrapa (Agropensa) Secretaria de Inteligência e Macroestratégia, Embrapa Versão de 19 de junho de 2015
Cenários exploratórios para o desenvolvimento Definição da questão principal Fatores-chave e forças motrizes Definição de incertezas críticas Lógica dos cenários e sua descrição Como as mudanças em grandes questões críticas influenciarão os rumos do desenvolvimento tecnológico da agropecuária brasileira? Desenvolvimento tecnológico das cadeias produtivas agropecuárias e afins; Identificar oportunidades, desafios e riscos ao desenvolvimento tecnológico das cadeias produtivas agropecuárias e afins; Horizonte: até 2034; Recorte: Brasil.... e outros insumos ("briefs", painéis com especialistas, etc.).... insumos: "Delphi", painel com especialistas;
PD&I dependente de geração internacional PD&I majoritariamente gerado nacionalmente Cenários exploratórios para o desenvolvimento Era da bioeconomia Refém da commoditização
Cenários exploratórios para o desenvolvimento Refém da commoditização: historicamente tem sido a principal estratégia direcionando as cadeias produtivas agropecuárias do país. Produtores muito expostos a flutuações de preços nos mercados internacionais (ciclos de altos e baixos). Possibilidades limitadas de diferenciação de produtos (tomador de preços de insumos e de produtos) e agregação de valor. Diversificação da produção restrita às principais commodities agrícolas. Era da bioeconomia Refém da commoditização Era da Bioeconomia: tem se mostrado uma das principais estratégias sendo adotada pelos países ricos. Maiores possibilidades de diversificação da produção (agropecuária tradicional, fármacos, bioinsumos e bioprodutos) e agregação de valor. Potencialmente, conta com menor exposição aos ciclos de preço das commodities agrícolas com condições mais robustas para inclusão produtiva e a expansão sustentada da renda. Surgem possibilidades para a diferenciação de produtos e ampliação de mercados.
PD&I dependente de geração internacional PD&I majoritariamente gerado nacionalmente Cenários exploratórios para o desenvolvimento P&D dependente de geração internacional: países ricos investiram 3,07% do PIB Agropecuário em P&D (2008), sendo cerca de 50% proveniente do setor público e a outra metade do setor privado. Os países ricos lideram quase que exclusivamente os investimentos em genética e em insumos agropecuários, havendo forte protagonismo do setor privado. O grupo dos países ricos ainda apresenta uma agenda de PD&I mais ampla, já abrangendo linhas de futuro, como fármacos e bioprodutos/bioinsumos industriais ("red e white biotech"). Atuam como exportadores líquidos de produtos, tecnologias e serviços nas dimensões alimentícia e não-alimentícia para o resto do mundo. P&D majoritariamente gerado no país: proporcionalmente tem havido maiores investimentos em P&D agropecuário em relação à média brasileira, mas o percentual, de 1,53% do PIB setorial (2008), ainda é muito aquém aos investimentos observados nos países ricos. Cerca de 90% a 95% desses investimentos são provenientes do setor público. O país participa de pesquisas de grande potencial de inovação e de agregação de renda, no entanto, utiliza de maneira restrita as potencialidades apresentadas pela biodiversidade e pelo uso da biomassa para a produção de fármacos, bioinsumos e bioprodutos. Nessa vertente, o surto de desenvolvimento em bioeconomia, com forte e sustentada ações de PD&I nas cadeias agropecuárias e afins, tornam o país protagonista na geração de produtos, tecnologias e serviços nas dimensões alimentícia e não-alimentícia
PD&I dependente de geração internacional PD&I majoritariamente gerado nacionalmente Cenários exploratórios para o desenvolvimento Era da bioeconomia Na crista da onda Refém da commoditização
Cenários exploratórios para o desenvolvimento Na crista da onda Na crista da onda: o País experimentou uma profunda mudança estrutural em PD&I nas cadeias agropecuárias e afins. Tornou-se protagonista na geração de produtos, tecnologias e serviços, e na sua implementação nas dimensões alimentícias e não-alimentícias. As ações de inteligência zoofitossanitárias têm impedido surtos de pragas e doenças no País e as exportações não sofrem restrições sanitárias relevantes. A participação do setor privado em P&D, pouco representativa há 20 anos, responde agora por cerca de metade dos investimentos. Os benefícios ao País tem se mostrado generalizados, abarcando não apenas sustentadas taxas de crescimento na produtividade agrícola, expressiva redução da importação de insumos fósseis, ampla mecanização no campo e elevada penetração das TIC, bem como uma maior eficiência ambiental e transbordamentos positivos na dimensão social (expressiva inclusão produtiva, aumento do nível de escolaridade e expansão sustentada da renda, com taxas decrescentes de migração rural-urbana). Os encadeamentos produtivos mostraram-se dinâmicos, não apenas em decorrência da diversificação da produção e das oportunidades para diferenciação dos produtos, mas também pelos resultados significativos de agregação de valor ao longo dos diferentes elos das cadeias produtivas associadas, em particular biofármacos, bioinsumos e bioprodutos.
PD&I dependente de geração internacional PD&I majoritariamente gerado nacionalmente Cenários exploratórios para o desenvolvimento Era da bioeconomia Celeiro do mundo Refém da commoditização
Cenários exploratórios para o desenvolvimento Celeiro do mundo Celeiro do mundo: O País vem investindo, ao longo das últimas seis décadas, em conhecimentos e tecnologias que geraram importantes inovações para a agropecuária. O engajamento do setor privado em PD&I agropecuário duplicou nos últimos 20 anos. Essa capacidade de geração e adoção de tecnologias produzidas e adaptadas pelo Brasil tem possibilitado respostas expressivas na expansão da produção das principais commodities agrícolas (ainda que com avanços decrescentes na produtividade), sem restrições sanitárias relevantes às exportações. Os ganhos na eficiência de uso de insumos melhoraram, porém, de modo não significativo. O País ocupa posição de destaque no cenário internacional como provedor da segurança alimentar no mundo. Entretanto, as flutuações de preços inerentes aos mercados de commodities, bem como as limitadas oportunidades para a diferenciação de produtos e para a agregação de valor na produção nacional não têm alterado a estrutura do setor. Esse modelo tem restringido as possibilidades de expansão de renda no campo e nas cadeias produtivas associadas, com melhoria moderada nos indicadores de educação, mas não alterou, de modo significativo, a trajetória histórica de migração rural-urbana.
PD&I dependente de geração internacional PD&I majoritariamente gerado nacionalmente Cenários exploratórios para o desenvolvimento Era da bioeconomia Casa de ferreiro, espeto de pau Refém da commoditização
Cenários exploratórios para o desenvolvimento Casa de ferreiro, espeto de pau Casa de ferreiro, espeto de pau: Entre os anos 1975 e 2015, o País foi protagonista na geração de tecnologias agropecuárias para o ambiente tropical e subtropical. Nas últimas duas décadas, ainda que se tenha observado pequeno crescimento nos investimento em P&D agropecuário público e privado, o país perdeu a capacidade de liderar o desenvolvimento de novas tecnologias e inovações de ponta. Hoje, o país depende fortemente das ações de PD&I provenientes dos países desenvolvidos, desde a genética até os insumos agropecuários. Como resultado, observa-se expansão da produtividade agrícola com reduzidas taxas de crescimento frente às médias históricas, e com avanços mais significativos restritos às principais commodities agrícolas. Ao longo das últimas duas décadas, observou-se deslocamentos regionais da produção, em boa medida pela incapacidade de incorporar aos modelos de produção tecnologias com elevado potencial de adaptação frente às mudanças climáticas, fato agravado pelas rupturas promovidas pelas pressões bióticas. As exportações são voláteis e traduzem barreiras não-tarifárias frente aos produtos nacionais. Os anseios de inclusão produtiva e expansão da renda no campo não se realizaram e o fluxo migratório do campo para a cidade se acelerou em relação às médias históricas. A educação no meio rural melhorou marginalmente. As agroindústrias avançaram na capacidade de agregação de valor apenas para as commodities tradicionais, mas a estrutura das cadeias produtivas agropecuárias não mostrou alteração relevante nos últimos 20 anos.
PD&I dependente de geração internacional PD&I majoritariamente gerado nacionalmente Cenários exploratórios para o desenvolvimento Era da bioeconomia Perdeu o voo Refém da commoditização
Cenários exploratórios para o desenvolvimento Perdeu o voo Perdeu o voo: Duas décadas atrás, o Brasil optou por uma significativa mudança estrutural, em direção à bioeconomia, permitindo a diversificação da produção e maiores possibilidades para a agregação de valor. As cadeias produtivas agropecuárias do país não apenas limitam-se à produção de alimentos, fibras e energia, mas também avançaram na produção de fármacos, bioprodutos e bioinsumos. Entretanto, a falta de direcionamento e investimentos em P&D em bioeconomia, deixou o País refém de tecnologias e inovações de ponta gerados em outras partes do mundo. Nesse quadro, observa-se forte desaceleração nos ganhos de produtividade frente à média histórica e capacidade limitada de adaptação das culturas frente às mudanças climáticas. A necessária inteligência zoofitossanitária mostra-se efetiva apenas para culturas selecionadas e engajadas em uma estratégia global, e as barreiras não-tarifárias continuam sendo seletivamente aplicadas aos produtos nacionais. A mecanização no campo seguiu a média histórica, assim como a migração rural-urbana. Embora tenha havido uma melhoria moderada nos indicadores de educação, a almejada inclusão produtiva não ocorreu e a expansão da renda tem se mostrado volátil.
Cenários exploratórios para o desenvolvimento Lógica dos cenários e sua descrição Ajuda a explorar futuros possíveis, definir caminhos alternativos e desenhar as estratégias potencialmente mais apropriadas para cada um deles; É ferramenta particularmente útil para desenhar e construir o futuro desejado pela Empresa em períodos cujo entorno apresenta maior instabilidade, estando sujeito a mudanças fundamentais dos condicionantes políticos, sociais, econômicos e tecnológicos; A ferramenta coloca em perspectiva as grandes incertezas quanto ao futuro e como lidar com elas. Procura estabelecer uma sucessão lógica de eventos, permitindo a reflexão sobre como se poderá chegar passo a passo a uma situação futura; Na vida real, nenhum cenário acontece exatamente como descrito, mas a trajetória da realidade, geralmente, evolui dentro do conjunto de cenários desenhados; A partir de Schwartz (2000), Porto (2006).
Cenários exploratórios para o desenvolvimento tecnológico da agricultura brasileira (2034) - contribuição às políticas - Impactos de diferentes cenários sobre o Sistema de P, D, TT & I Agropecuário no Brasil; - Impactos regionais de diferentes cenários e seus potenciais desdobramentos sobre a inclusão produtiva, a expansão da renda no campo e a geração de encadeamentos produtivos sustentados no tempo (inteligência territorial antecipatória); - Impactos de diferentes cenários sobre indicadores de sustentabilidade; - Impactos de diferentes cenários para ações de fortalecimento do capital humano em Organizações público e privadas de PD&I; Indicações de encaminhamentos e ações práticas!
Cenários exploratórios para o desenvolvimento - próximos passos Lógica dos cenários e sua descrição Implicações dos cenários Como esses cenários exploratórios pressionam os macroprocessos da Embrapa e as agendas das Unidades? Feedback das Unidades e da rede de conhecimento (previsão 2016) Protagonismo da Coordenadoria de Macroestratégia (SIM) e da Coordenadoria de Planejamento (SGI) da Embrapa Agropensa (2015).
Como variáveis-chave potencialmente se comportam nos diferentes cenários? Conjunto de análises e resultados consolidados Análise SWOT Cenário desejado Agropensa (2015)
Cenários exploratórios para o desenvolvimento - próximos passos Lógica dos cenários e sua descrição Ajuda a explorar futuros possíveis, definir caminhos alternativos e desenhar as estratégias potencialmente mais apropriadas para cada um deles; É ferramenta particularmente útil para desenhar e construir o futuro desejado pela Empresa em períodos cujo entorno apresenta maior instabilidade, estando sujeito a mudanças fundamentais dos condicionantes políticos, sociais, econômicos e tecnológicos; A ferramenta coloca em perspectiva as grandes incertezas quanto ao futuro e como lidar com elas. Procura estabelecer uma sucessão lógica de eventos, permitindo a reflexão sobre como se poderá chegar passo a passo a uma situação futura; Na vida real, nenhum cenário acontece exatamente como descrito, mas a trajetória da realidade, geralmente, evolui dentro do conjunto de cenários desenhados; O monitoramento sistemático dos fatores-chave e forças motrizes, no caso, afetando o desenvolvimento tecnológico da agricultura, assume caráter fundamental. A partir de Schwartz (2000), Porto (2006).
Cenários exploratórios para o desenvolvimento - próximos passos Lógica dos cenários e sua descrição Implicações dos cenários Seleção de indicadores e definição de estratégias Feedback das Unidades e da rede de conhecimento (previsão 2016) Implementação de ajustes "Lógica da visão que evolui" Protagonismo da Coordenadoria de Macroestratégia (SIM) e da Coordenadoria de Planejamento (SGI) da Embrapa Agropensa (2015).
Sistema Embrapa de Inteligência Estratégica " Explorando e analisando possíveis futuros, seus desafios e oportunidades para o desenvolvimento tecnológico da agricultura brasileira " www.embrapa.br/agropensa