Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. Porto



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Transcrição:

Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto Porto Luís Filipe Fernandes Costa Melo Nuno Craveiro Martins Pedro Miguel da Silva Rocha Relvas Rúben Filipe Rocha Almeida Cursos da FEUP Trabalho realizado no âmbito do Projeto FEUP 1MIEEC07_2 Professor Coordenador: Jorge Leite Martins de Carvalho Monitora: Eduarda Isabel do Carmo Sousa Outubro de 2012

Índice Índice... 1 1. Agradecimentos... 2 2. Introdução... 2 3. Metodologia... 3 3.1. Calendarização... 3 3.2. Processo de Recolha e análise de dados... 4 4. O que é a Engenharia... 4 5. A FEUP Enquadramento... 5 6. Oferta formativa... 6 6.1. Mestrado Integrado em Bioengenharia... 6 6.2. Mestrado Integrado em Engenharia Civil... 7 6.3. Mestrado Integrado em Engenharia do Ambiente... 7 6.4. Mestrado Integrado em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores... 8 6.5. Mestrado Integrado em Engenharia Industrial e Gestão... 8 6.6. Mestrado Integrado em Engenharia Informática e Computação... 8 6.7. Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica... 9 6.8. Mestrado Integrado em Engenharia Metalúrgica e de Materiais... 10 6.9. Mestrado Integrado em Engenharia Química... 10 6.10. Médias nacionais de entrada na FEUP... 11 6.11. Média dos resultados obtidos durante realização de um curso na FEUP... 12 6.12. Salário médio do Engenheiros FEUP... 13 7. Mestrado Integrado em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores... 14 7.1. Majors, minors e áreas de formação de especialização... 15 7.2. Áreas Científicas:... 15 7.3. Diplomas... 15 7.4. Médias de notas no MIEEC na FEUP... 16 7.5. Percentagem de alunos aprovados às disciplinas do MIEEC da FEUP... 17 7.6. O que faz um engenheiro eletrotécnico:... 18 7.7. Saídas profissionais:... 18 7.8. Tempo médio de espera pelo primeiro emprego... 19 7.9. Condições de trabalho... 22 7.10. Salários... 22 7.11. Empresas e funções... 23 7.12. Perspetivas:... 25 7.13. Creditação na Ordem dos Engenheiros... 25 8. Conclusão:... 25 9. Referências... 26 1

1. Agradecimentos Antes de tudo, gostaríamos de agradecer a todas as pessoas que nos ajudaram na realização deste projeto. Queremos, portanto, agradecer ao nosso coordenador Dr. Jorge Carvalho e à nossa monitora Eduarda Sousa por nos terem acompanhado e apoiado ao longo deste trabalho. Da mesma forma, gostaríamos de agradecer à Dra. Fernanda Correia por nos ter disponibilizado um pouco do seu tempo para nos fornecer alguns dados estatísticos acerca da Faculdade. 2. Introdução Este estudo foi desenvolvido no âmbito do projeto FEUP com a intenção de dar a conhecer melhor todas as ofertas educativas que esta instituição tem para oferecer. O tema foi proposto pelo professor coordenador Jorge Carvalho e orientado pelo mesmo e pela monitora Eduarda Sousa. Dessa forma, através dos conhecimentos adquiridos nas palestras da primeira semana de aulas e na informação passada pelo professor e pela monitora, desenhamos um projeto que consistia numa análise estatística, quantitativa e qualitativa no que aos Cursos da FEUP diz respeito. Para a elaboração deste trabalho usamos diversos recursos como websites, documentos publicados e dados estatísticos fornecidos pela Divisão de Cooperação. A recolha, tratamento e análise dos dados permitiu-nos uma consolidação das aprendizagens ao nível do conteúdo matemático da Estatística, «determinante para estabelecer bases indispensáveis ao desenvolvimento de outras ciências e à própria Matemática» (Neves, 2008, p. 124), o desenvolvimento de competências ao nível da análise quantitativa através da seleção de informação acerca do Universo FEUP e do desenvolvimento da análise qualitativa na formulação e resolução de problemas, da comunicação matemática e da investigação científica. Com a realização deste trabalho, aprendemos mais sobre os recursos que a nossa faculdade oferece bem como os benefícios de a frequentar, tendo como intenção informar e ajudar na escolha de um curso ligado às Engenharias os futuros candidatos ao ensino superior. Nota: Este relatório foi escrito tendo em conta o novo Acordo Ortográfico. 2

3. Metodologia 3.1. Calendarização Este estudo foi realizado desde o início do ano letivo 2012/2013 até à semana do congresso FEUP, última semana de outubro, no âmbito do Projeto FEUP, Unidade Curricular do curso de Mestrado Integrado em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores, da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. Apresentamos, neste ponto, a calendarização das diferentes etapas do nosso projeto (ver tabela 1), bem como a metodologia contendo tudo o que usamos e tudo o que nos ajudou para a realização deste projeto. Planificação do trabalho Semana 1 (17 23 de setembro) Semana 2 (24 30 de setembro) Semana 3 (1 7 de outubro) Semana 4 (8 14 de outubro) Semana 5 (15 21 de outubro) Semana 6 (22 26 de outubro) Frequentação de palestras formativas. Atribuição do tema; Arranque do tema; Início da pesquisa. Continuação da pesquisa; Entrevista com a Dra. Fernanda Correia; Início do tratamento de dados; 1º Inquérito Interpares. Continuação da análise e tratamento da informação; Realização do Relatório Cientifico preliminar; Início do poster Finalização do poster; 2º Inquérito Interpares; Entrega do poster para Impressão. Ensaio das apresentações; Submissão do relatório e apresentações em PDF; Apresentação do trabalho. Tabela 1: Calendarização do estudo 3

3.2. Processo de Recolha e análise de dados Os dados foram recolhidos até dia 14 de outubro, através de uma entrevista com a Dra. Fernanda Correia da Divisão de Cooperação que nos forneceu uma grande gama de dados sobre inquéritos pós graduação acerca do primeiro emprego dos diplomados FEUP, o seu salário, empresa onde trabalha/trabalhou bem como muitas outras variáveis. Para a recolha de informação foi-nos muito útil também a rede do Sigarra onde pudemos ter acesso a diversos pormenores de cada curso como as suas médias, notas por unidade curricular entre outras. Para além disso, usamos os diversos websites disponíveis na Internet, sendo o principal, Dges Direção Geral de Ensino Superior onde nos deparamos com estatísticas feita a nível nacional. A análise estatística e cognitiva dos dados foi feita durante duas semanas que procederam ao levantamento dos mesmos resultando no cruzamento oriundo das mais diversas fontes e da elaboração de gráficos e as suas possíveis interpretações para a obtenção de um trabalho mais completo. Este trabalho tem como fim, portanto, dar a conhecer aos jovens que pretendam seguir um curso universitário, nomeadamente das áreas da Engenharia, informações que os poderão ajudar numa das mais importantes escolhas do seu processo académico, podendo assim virem a frequentar a grande Instituição que é a FEUP. 4. O que é a Engenharia A engenharia é a ciência e a profissão de adquirir e de aplicar os conhecimentos matemáticos, técnicos e científicos na criação, aperfeiçoamento e implementação de utilidades, tais como materiais, estruturas, máquinas, aparelhos, sistemas ou processos, que realizem uma determinada função ou objetivo. Nos processos de criação, aperfeiçoamento e implementação, a engenharia conjuga os vários conhecimentos especializados no sentido de viabilizar as utilidades, tendo em conta a sociedade, a técnica, a economia e o meio ambiente na escala que se fizer necessária. O conceito de engenharia existe desde a antiguidade, a partir do momento em que o ser humano desenvolveu invenções fundamentais como a polia, a alavanca e a roda. Cada uma destas invenções é consistente com a moderna definição de engenharia, explorando princípios básicos da mecânica para desenvolver ferramentas e objetos utilitários. 4

Engenharia é a ciência e a arte de tratar eficientemente com materiais e forças. (...) Envolve o design e construção mais económica (...), assegurando, quando realizado adequadamente, a combinação mais vantajosa de acuidade, segurança, durabilidade, velocidade, simplicidade, eficiência e economia possível para as condições de design e serviço. (J. A. L. Waddel, Frank W. Skinner, Wessman, 1933) The art of directing the great forces of power in nature for the use and convenience of man. 1828) (Thomas Tredgold, arquiteto Britânico creditado pela primeira definição de engenharia, 5. A FEUP Enquadramento Tudo começou com a formação do núcleo escolar da Aula Náutica do Porto a 30 de julho de 1765 devido à necessidade da construção de fragatas para proteger o comércio da cidade do Porto dos corsários que o prejudicavam. Assim, a 13 de janeiro de 1837 foi criada no Porto a Academia Politécnica, que tinha como objetivo formar engenheiros, oficiais de marinha, pilotos, comerciantes, agricultores, diretores de fábrica e artistas. Imagem 1: Antigas Instalações da FEUP Após a implantação da República e devido a uma reforma no ensino superior, a Academia Politécnica primeiro estabelecimento de ensino de Engenharia do País, foi transformada em Faculdade de Ciências, a qual ficou anexa à Escola de Engenharia. Então devido a protestos por parte dos professores e pela boca dos representantes da cidade a Escola de Engenharia foi transformada em Faculdade Técnica com autonomia própria. Em 1926, a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto FEUP - recebeu a sua denominação atual. Ao comemorar o centenário da Academia Politécnica, é inaugurado o edifício da Rua dos Bragas (1937). 5

Imagem 2: Novas Instalações da FEUP No entanto, as instalações anteriores da FEUP eram exíguas para o número de alunos e de pessoal (docente e não docente) sendo que a sua área útil total rondava os 30.000 m2 (ver imagem 1). Desde 2000, a FEUP conta com novas instalações no polo II da Universidade do Porto, com uma área que quase triplica a anterior, com condições e qualidade incomparavelmente superiores, que permite encarar com confiança o futuro (ver imagem 2). 6. Oferta formativa 6.1. Mestrado Integrado em Bioengenharia A Bioengenharia pretende englobar as diferentes aplicações das Engenharias Biológica e Biomédica, que, embora tenham mercados de trabalho em parte diferenciados, a sua formação inicial de base é comum. Após a frequentação deste curso, um indivíduo deve ter a capacidade de abordar de uma forma multidisciplinar problemas de biomedicina e de biotecnologia industrial sob as perspetivas da engenharia de processos e da engenharia molecular. O curso oferece três Ramos ou Especializações (Engenharia Biológica e Engenharia Biomédica na FEUP, e Biotecnologia Molecular no ICBAS), após um Tronco Comum de 2 anos. O Mestrado Integrado em Bioengenharia tem as seguintes saídas profissionais: Ramo Engenharia Biomédica - instrumentação biomédica, processamento e análise de sinais e imagens biomédicas, dispositivos médicos (próteses externas e internas), engenharia de tecidos (nomeadamente para medicina regenerativa) telemedicina, bioinformática, robótica médica (cirurgia minimamente invasiva), e biónica. Ramo Engenharia Biológica - indústrias de processos químico-biológicos (farmacêutica, alimentar, cosméticos, aromas) e de valorização de materiais naturais (madeira, couro, materiais e produtos de origem marinha), ambiente e saúde ambiental (tratamento de resíduos contaminados, qualidade ambiental em unidades hospitalares e empresas da área da saúde). 6

Ramo Biotecnologia Molecular - setores onde é prioritário a conceção e desenvolvimento de novos produtos com base em biologia molecular, particularmente fármacos e sistemas de diagnóstico. Nota: Este é um curso dividido entre a FEUP (Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto) e o ICBAS (Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar). 6.2. Mestrado Integrado em Engenharia Civil Um diplomado FEUP no Mestrado Integrado em Engenharia Civil deve ser capaz de criar, projetar e gerir sistemas, estruturas e obras de Engenharia Civil, utilizando metodologias de análise, materiais, equipamentos e processos atualizados e adequados, tendo a capacidade de ultrapassar com sucesso a dificuldade dos temas propostos e de liderar organizações públicas e privadas. O último ano do curso consiste numa formação mais especializada, disponível através de sete áreas de especialização, nomeadamente: Materiais e Processos de Construção, Estruturas, Geotecnia, Construções, Planeamento, Vias de Comunicação e Hidráulica. O Mestrado Integrado em Engenharia Civil tem saídas profissionais no domínio público e privado. No primeiro, pode trabalhar em construção de edifícios, vias de comunicação rodoviária e ferroviária, pontes e viadutos, aproveitamentos hidráulicos e obras de saneamento básico. O segundo incide em edifícios de habitação, edifícios industriais e as variadas infraestruturas. 6.3. Mestrado Integrado em Engenharia do Ambiente Este curso tem como objetivo a educação de Engenheiros capazes de criar projetos que visam a diminuição da utilização de recursos naturais e recursos fósseis, na tentativa de lutar por um planeta mais equilibrado e ecológico. Estes Mestres serão também capazes de solucionar alguns dos problemas ambientais através da implementação de tecnologias de intervenção. Os formados neste curso, terão como objetivo solucionar problemas ecológicos de forma tecnológica para tornar o planeta num sistema ecologicamente sustentável. Um recém-graduado no curso de mestrado Integrado em Engenharia do Ambiente deve dominar todo o processo de formação e propagação dos poluentes e consequentemente, como controlá-los. Para isso, o estudante conta com bastantes aulas laboratoriais e trabalhos de discussão crítica, contando sempre com a ajuda do corpo docente permitindo assim um melhoramento da sua comunicação efetiva. No término do curso estarão devidamente preparados 7

para assumir cargos em empresas industriais ou ambientais e também em associações ou serviços municipais que defendam o ambiente. A FEUP conta, para este curso, com uma grande variedade de parcerias com instituições e empresas e com bastantes protocolos como o das Câmaras Municipais do Porto, Vila Verde e Gaia e do Parque Biológico de Gaia. 6.4. Mestrado Integrado em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores Os dados relativos ao Mestrado Integrado em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores estão apresentados mais pormenorizadamente no capítulo 7. 6.5. Mestrado Integrado em Engenharia Industrial e Gestão O Mestrado Integrado em Engenharia Industrial e Gestão é um curso que para além de combinar as disciplinas base de qualquer engenharia Matemática e Física é constituído ainda por disciplinas tecnológicas na área da Engenharia Mecânica e por disciplinas de Gestão, acabando com um projeto individual de dissertação, que pode ser realizado tanto em Portugal como no estrangeiro. Após o término do curso, um diplomado do MIEIG pode exercer funções na toma de decisões nas áreas de indústria e serviços, assumir cargos de liderança, quer como executivos, quer como lugares de Alta Direção, quer na criação de novas empresas, ou até mesmo seguir uma carreira de investigação em temas como: a modelação e otimização dos processos de tomada de decisão, a análise e otimização de operações industriais, a reengenharia de processos de negócio, o desenvolvimento de sistemas de informação para apoio à decisão, e a análise de estratégias integradas de distribuição e marketing. 6.6. Mestrado Integrado em Engenharia Informática e Computação Com a realização do Mestrado Integrado em Engenharia Informática e Computação é possível adquirir não só uma boa formação científica e de engenharia no primeiro ciclo do curso, mas também uma formação profissional especializada com base nos computadores, computação e tecnologias de informação. Durante a realização do curso um estudante pode escolher num leque alargado de interesses ou na especialização numa das seguintes áreas: Engenharia de Software e Sistemas de Informação; Redes e Tecnologias de Informação; Sistemas Inteligentes e Multimédia. 8

No final do curso, um diplomado FEUP no MIEIC desenvolve capacidades críticas, criativas, de trabalho em equipa, de liderança, gestão e empreendorismo, de modo a as aplicar na vida real, nomeadamente na arquitetura e conceção de sistemas de informação; gestão de sistemas informáticos ou de centros de informática; conceção e desenvolvimento de sistemas e aplicações; gestão de projetos informáticos; consultadoria e auditoria; investigação ou desenvolvimento tecnológico. 6.7. Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica O Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica dar aos seus alunos conhecimentos e competências técnicas para a resolução de uma vasta gama de problemas, assim como a capacidade de projetar, realizar e interpretar dados de um programa experimental. Para além disso, há um desenvolvimento da comunicação para que esta seja eficiente, tornando o conteúdo e importância do seu trabalho percetível para o exterior. O Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica visa dar aos seus alunos conhecimentos e competências técnicas para a resolução de diferentes problemas, assim como a capacidade de projetar, realizar e interpretar dados de um programa experimental e também comunicar de um modo eficiente o conteúdo e a importância do seu trabalho a uma grande variedade de audiências e através de diversos meios de comunicação. As saídas profissionais inerentes a este curso baseiam-se na construção de equipamentos. Áreas de Atividade: Construção de equipamentos mecânicos e térmicos; Produção de energia; Planeamento e de gestão da produção; Automação industrial; Desenvolvimento e aplicação de novos materiais; Projeto e desenvolvimento de novos produtos; Gestão de manutenção e reparação automóvel; Criação de novas empresas de índole tecnológica; Avaliação de projetos e consultadoria. 9

6.8. Mestrado Integrado em Engenharia Metalúrgica e de Materiais O curso de Mestrado Integrado em Engenharia Metalúrgica e de Materiais forma os diplomados nos campos da Engenharia e Ciência de Materiais. Com a duração de cinco anos letivos, o Mestrado Integrado assegura uma sólida formação nas áreas da Matemática, Física, Química e Gestão e em disciplinas que tratam detalhadamente toda a área dos materiais. Em regra, os diplomados em Engenharia Metalúrgica e de Materiais têm encontrado colocação na Indústria, nos Serviços e na Investigação e Desenvolvimento. As principais saídas profissionais abrangem um largo conjunto de empresas com necessidade de especialistas em todo o tipo de materiais e no seu tratamento. 6.9. Mestrado Integrado em Engenharia Química Existente a partir de 2006/2007 o Mestrado Integrado em Engenharia Química confere aos formandos competências profissionais de Segundo Ciclo na área da engenharia química e afins. Esta oferta de formação corresponde no essencial a uma reformulação da licenciatura em engenharia química, assegurando novas valências e métodos de trabalho. O curso adota um perfil de Ciência da Engenharia Química, proporcionando uma forte formação de base em Matemática, Química, Física, Ciências Biológicas e Ciências da Engenharia Química. O curso oferece também aos estudantes a possibilidade de se especializarem em três áreas alternativas: Processos e Produto: formação mais próxima da Engenharia Química tradicional. Nesta via de ensino, são privilegiadas as áreas de conceção e projeto e de desenvolvimento e otimização que conduzem à produção em grande escala de produtos químicos com que lidamos quotidianamente; Energia e Ambiente: acompanhando a crescente preocupação com o meio ambiente e com a escassez de recurso energéticos, este ramo procura dotar os alunos de competências profissionais que permitam a aplicação de abordagens ambientais e energéticas corretas. Estas abordagens passam sobretudo pelo desenvolvimento de tecnologias mais limpas, pela minimização de consumo de recursos naturais, pela otimização energética e pela utilização de energias e matérias-primas renováveis; Biotecnologia: este ramo permite que o aluno complemente a formação em Engenharia Química com competências específicas em vários domínios da Biotecnologia. Esta formação está 10

essencialmente dirigida para as indústrias alimentar, farmacêutica e de valorização de produtos naturais. No plano das competências, o objetivo fundamental do MIEQ é a preparação dos alunos para que possam iniciar, após a conclusão do curso, uma carreira profissional de atividade industrial prática ou de investigação, com os mais altos níveis de qualidade seja em Portugal ou no estrangeiro. Nas áreas de potencial intervenção na indústria, a atividade de um Engenheiro Químico pode ocorrer tanto a nível de apoio à operação industrial, incluindo monitorização e controlo de processo, como a nível de gestão da produção, incluindo programação da operação e controlo de qualidade, como ainda a nível de projeto e inovação industrial. 6.10. Médias nacionais de entrada na FEUP 200 180 160 140 120 100 80 60 40 20 0 2009 2010 2011 Gráfico 1: Evolução da nota do último colocado na 1ª fase, por curso, na FEUP 11

200 180 160 140 120 100 80 60 40 20 0 2009 2010 2011 Gráfico 2: Evolução da nota do último colocado na 2ª fase, por curso, na FEUP Com os gráficos 1 e 2 podemos verificar que a nota de entrada do último colocado nos cursos FEUP tem vindo a aumentar praticamente em todos os cursos, sugerindo uma maior procura por cursos desta instituição. No entanto, os cursos, Licenciatura em Ciências da Engenharia, Engenharia Civil, Metalúrgica e Ambiente fogem à regra, podendo esse facto dever-se à menor oferta de trabalho nessas áreas 6.11. Média dos resultados obtidos durante realização de um curso na FEUP Curso/Ano letivo 2009-2010 2010-2011 2011-2012 Bioengenharia 15,10 14,94 15,19 Engenharia Civil 13,45 13,54 13,60 Engenharia do Ambiente 13,68 13,65 13,72 Engenharia Eletrotécnica e de Computadores 13,14 13,06 13,33 Engenharia Industrial e Gestão 13,83 13,76 13,86 Engenharia Informática e Computação 14,25 14,58 14,70 Engenharia Mecânica 13,36 13,38 13,58 Engenharia Metalúrgica e de Materiais 12,36 12,59 12,82 Engenharia Química 13,36 13,78 13,69 Tabela 2: Médias de resultados obtidos nos 5 anos de todos os Mestrados Integrados na FEUP 12

16,00 14,00 12,00 10,00 8,00 6,00 4,00 2,00 0,00 2009-2010 2010-2011 2011-2012 Gráfico 3: Médias de resultados obtidos nos 5 anos de todos os Mestrados Integrados na FEUP Através da análise do gráfico 3, é visível que as médias dos resultados obtidos na realização do curso em todos os Mestrados Integrados disponibilizados pela FEUP são semelhantes e que se mantiveram constantes ao longo dos três últimos anos letivos. Para além disso, podemos concluir que o curso que tem a média mais elevada é Bioengenharia, e o que tem a média mais baixa é Engenharia Metalúrgica e de Materiais. 6.12. Salário médio do Engenheiros FEUP 2007-2008 2008-2009 2009-2010 Média Salário médio 1º emprego Salário médio total* NA 993,37 996,11 994,74 1157,11 1117,71 1148,68 1141,17 Tabela 3: salário médio dos Engenheiros FEUP 13

1400,00 1200,00 1000,00 800,00 600,00 400,00 Salário médio 1ºemprego salário médio total* 200,00 0,00 2007-2008 2008-2009 2009-2010 Gráfico 4: Salário médio dos Engenheiros FEUP Através da análise do gráfico 4, podemos constatar que o valor do salário médio do primeiro emprego e do salário médio do emprego no momento de realização dos inquéritos temse mantido constante. Além disso, podemos ainda verificar que o valor do salário do primeiro emprego é ligeiramente inferior ao valor do salário médio total*, e que, em média, o valor do primeiro emprego foi de 994,74 e o de todos os empregos até a realização do inquérito foi de 1141,17. Nota: Não obtivemos os dados do salário do primeiro emprego no ano letivo 2007-2008 porque não estavam presentes nos dados disponibilizados pela Divisão de Cooperação. 7. Mestrado Integrado em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores O curso de Engenharia Eletrotécnica encontra-se homologado no âmbito do Processo de Bolonha e acreditado pela Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES), sendo que o MIEEC concede um grau de mestre aos diplomados, combinando características de formação base e de especialização técnica. O Mestrado Integrado em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores surge da combinação de dois graus académicos distintos, nomeadamente da Licenciatura em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores (LEEC), onde se ganha uma formação científica sólida nas áreas fundamentais desde domínio da Engenharia, e do Mestrado em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores (MEEC), obtendo conhecimentos mais profundos e um desenvolvimento das *corresponde ao salário médio por ano letivo de todos os empregos dos diplomados FEUP até à data da realização do inquérito, cerca de nove meses após o término do curso 14

competências próprias de um grau de mestre, tendo mais capacidades de contribuir para o desenvolvimento do país, assim como um mercado de trabalho mais amplo. 7.1. Majors, minors e áreas de formação de especialização Por um lado, as majors são os três percursos formativos distintos que se podem escolher no 3º ano do MIEEC, nomeadamente: automação, energia e telecomunicações, eletrónica e computadores. Por outro lado, as minors são constituídas por conjuntos estruturados e coerentes de disciplinas, que conduzem a uma formação complementar com direito a menção no Diploma do Curso, podendo ser escolhidas nos dois semestres que compõe o 4º e o 5º ano, em cada uma das áreas de especialização (majors). As áreas de formação de especialização são incluídas através de disciplinas em regime de opção, tais como Programação em Lógica, Sistemas Distribuídos, Teoria da Computação, Análise de Imagem Biomédica, Biomecânica do Corpo Humano, Métodos Formais em Engenharia de Software, entre outros. 7.2. Áreas Científicas O Mestrado Integrado em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores forma os seus estudantes nas seguintes áreas científicas: Automação, Controlo e Sistemas de Produção Industrial; Ciências Fundamentais e da Eletrotecnia; Desenvolvimento Pessoal e Interpessoal; Eletrónica e Sistemas Digitais; Energia; Física; Informática; Matemática; Telecomunicações e Outras áreas técnicas. 7.3. Diplomas Após a conclusão do Mestrado Integrado em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores, o graduado adquire o diploma de Licenciatura em Ciências de Engenharia - perfil de Engenharia Eletrotécnica e de Computadores e, dependendo do ramo escolhido no terceiro ano, recebe um dos seguintes diplomas: Mestrado em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores Automação; Mestrado em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores Energia; Mestrado em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores - Telecomunicações, Eletrónica e Computadores. 15

7.4. Médias de notas no MIEEC na FEUP Através da análise e tratamento dos dados do MIEEC presentes no Sigarra pudemos obter a seguinte tabela e gráfico: Ano/ Ano Letivo 2009-2010 2010-2011 2011-2012 1º Ano 12,75 13,25 13,05 2º Ano 12,38 12,53 12,62 3º Ano 12,86 12,77 12,97 4º Ano 13,56 13,08 13,65 5º Ano 14,17 13,69 14,36 Tabela 4: Médias das notas no MIEEC na FEUP 15,00 14,50 14,00 13,50 13,00 12,50 2009-2010 2010-2011 2011-2012 12,00 11,50 11,00 1 ano 2 ano 3 ano 4 ano 5 ano Gráfico 5:Médias das notas no MIEEC na FEUP Através da análise do gráfico 5, pudemos observar que do primeiro para o segundo ano há um decréscimo nas médias e que, a partir do segundo ano as médias começam a subir. Isto pode ser explicado pelo facto de as disciplinas com bases mais teóricas se situarem nos dois primeiros anos, enquanto que as que se relacionam mais com engenharia localizam-se nos anos do segundo ciclo (após a opção de uma das majors). Para além disso, podemos ainda constatar que as médias em cada ano são quase constantes durante os três últimos anos letivos. 16

7.5. Percentagem de alunos aprovados às disciplinas do MIEEC da FEUP Através da análise e tratamento dos dados do MIEEC presentes no Sigarra pudemos obter a seguinte tabela e gráfico: Ano/ Ano Letivo 2009-2010 2010-2011 2011-2012 1º Ano 50,78 61,37 60,73 2º Ano 62,82 54,04 58,85 3º Ano 63,88 70,52 67,62 4º Ano 80,88 78,39 76,01 5º Ano 84,76 80,51 83,61 Tabela 5:Percentagem de alunos aprovados no MIEEC 90,00 80,00 70,00 60,00 50,00 40,00 30,00 2009-2010 2010-2011 2011-2012 20,00 10,00 0,00 1 ano 2 ano 3 ano 4 ano 5 ano Gráfico 6:Percentagem de alunos aprovados no MIEEC Através da análise do gráfico 6, podemos afirmar que a percentagem de alunos aprovados no Mestrado Integrado em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores aumenta de ano para ano (de curso). Uma explicação possível para tal deve-se, tal como para as médias, ao facto de as disciplinas com bases mais teóricas se situarem nos dois primeiros anos, enquanto que as que se relacionam mais com engenharia localizam-se nos anos do segundo ciclo do curso. Finalmente, podemos ainda constatar que a percentagem de alunos aprovados tem-se mantido contante ao longo dos três últimos anos letivos. 17

7.6. O que faz um engenheiro eletrotécnico: Como já foi dito anteriormente, um Engenheiro Eletrotécnico pode exercer funções em três ramos distintos: no ramo da Automação, Energia e Telecomunicações. No primeiro, os engenheiros trabalham em inteligência artificial, programação de sistemas robóticos, integração de sistemas e manufatura integrada por computador; no que se refere ao controlo, atividades relacionadas com os sistemas de controlo, o controlo industrial, o controlo de robôs e a automação industrial; em relação à instrumentação, atividades relacionadas com os diversos tipos de instrumentação elétrica e eletrónica, designadamente instrumentação digital e instrumentação médica. O segundo, abrange as atividades identificadas com os sistemas elétricos de energia, desde a produção desta, nas centrais hidroelétricas, ao respetivo transporte, via redes de alta e média tensão e, ainda, a gestão da sua distribuição (qual a quantidade, a quem e como fornecer) e da sua utilização (instalação e segurança) pelos clientes. No terceiro, pode-se exercer atividades ligadas às arquiteturas de computadores, redes e comunicações de dados, ciência e tecnologia da programação, algoritmia, sistemas operativos, bases de dados e sistemas de informação, computação gráfica, multimédia e simulação; telecomunicações, especialização que reúne as atividades referentes ao estudo, desenvolvimento, operação e manutenção de sistemas e/ou serviços de telecomunicações. Com a licenciatura, pode-se realizar funções ligadas à eletromecânica, em que se incluem as atividades referentes à conceção, execução e exploração de sistemas e produtos onde se verifique a interação entre fenómenos elétricos e mecânicos; e à eletrónica, que agrupa as atividades ligadas às tecnologias de fabrico de componentes eletrónicos discretos ou integrados, projeto de circuitos e de sistemas e respetiva produção, instalação, manutenção e reparação. 7.7. Saídas profissionais: Assumindo-se como o ramo mais dinâmico de todas as áreas de Engenharia, a Engenharia Eletrotécnica e de Computadores desenvolve as novas TIC (Tecnologias de Informação e Comunicação), estando ainda presente nos domínios da produção Industrial e da Automação, assim como produção e gestão de energia, desde a micro eletrónica aos sistemas de informação, da logística às comunicações óticas e aos sistemas de energia, e da automação e robótica à informática industrial e à administração de sistemas e redes de computadores. 18

As possibilidades de emprego destes profissionais distribuem-se pelas empresas, privadas ou públicas, administração pública central e local, ensino e investigação. 7.8. Tempo médio de espera pelo primeiro emprego Através da análise de inquéritos realizados a diplomados do Mestrado Integrado Em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores da FEUP cerca de nove meses após o término do curso pudemos chegar às seguintes conclusões acerca do tempo médio de espera pelo primeiro emprego tanto no MIEEC, como em todos os cursos da FEUP. De seguida procederemos à análise dos dados, procedendo no final a uma comparação entre o MIEEC e a média dos restantes cursos da faculdade. Em eletrotécnica: Meses/ano letivo 2007-2008 2008-2009 2009-2010 Percentagem Número Percentagem Número Percentagem Número 0 Meses 0,45 55 0,4 37 0,32 43 2 Meses 0,32 39 0,37 35 0,16 22 2-4 Meses 0,1 12 0,08 7 0,18 25 4-6 Meses 0,06 8 0,04 4 0,17 23 Mais de 6 meses Não encontrou emprego* 0,01 1 0,08 7 0,11 15 0,06 7 0,03 3 0,06 8 Total 1 122 1 93 1 136 Tabela 5: tempo médio de espera para um diplomado FEUP, no curso de Engenharia Eletrotécnica, por ano 19

0,5 0,45 0,4 0,35 0,3 0,25 0,2 0,15 2007-2008 2008-2009 2009-2010 0,1 0,05 0 0 meses 2 meses 2-4 meses 4-6 meses mais de 6 meses não encontrou emprego* Gráfico 7: tempo médio de espera para um diplomado FEUP, no curso de Engenharia Eletrotécnica, por ano Média da FEUP: Meses/ano letivo 2007-2008 2008-2009 2009-2010 Percentagem Número Percentagem Número Percentagem Número 0 Meses 0,49 522 0,4 356 0,33 380 2 Meses 0,29 312 0,31 276 0,2 234 2-4 Meses 0,09 92 0,11 102 0,16 178 4-6 Meses 0,05 50 0,06 52 0,13 146 Mais de 6 meses 0,02 22 0,07 58 0,1 116 Não encontrou emprego* 0,06 70 0,05 46 0,08 96 Total 1 1068 1 890 1 1150 Tabela 6: tempo médio de espera para um diplomado FEUP, por ano *não encontrou emprego na data de realização do inquérito, cerca de 9 meses depois da finalização do curso 20

0,6 0,5 0,4 0,3 0,2 2007-2008 2008-2009 2009-2010 0,1 0 0 meses 2 meses 2-4 meses 4-6 meses mais de 6 meses não encontrou emprego* Gráfico 8: tempo médio de espera para um diplomado FEUP, por ano Através da análise dos gráficos 7 e 8, podemos confirmar que, nos três anos letivos, a maior parte dos diplomados do MIEEC e de todos os cursos da FEUP já têm o seu primeiro emprego assegurado quando terminam o curso, ou mesmo durante os dois meses após o término do mesmo, sendo que quanto mais meses passam, menor a quantidade de ex-alunos que ainda não encontraram o primeiro emprego. Para além disso, podemos ainda constatar que conforme os anos vão avançando, menor é a percentagem de inquiridos que têm emprego seguro quando terminam o curso e ao fim de dois meses, e que no ano letivo 2009-2010 houve um grande aumento de percentagem de alunos que encontrou o primeiro emprego 2 a 6 meses após o término do curso, facto que pode ser explicado com o agravamento da crise em que o país se encontra. Fazendo agora uma comparação entre o Mestrado Integrado em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores e todos os cursos da FEUP podemos concluir que a o MIEEC demora um pouco mais de tempo a encontrar o primeiro emprego. Isto é visível já que a percentagem média de todos diplomados da FEUP que acabam o curso com emprego garantido é superior à percentagem de alunos do MIEEC que obtiveram o mesmo feito, enquanto que a percentagem dos diplomados *não encontrou emprego na data de realização do inquérito, cerca de 9 meses depois da finalização do curso 21

de Eletrotécnica que encontra o primeiro emprego nos dois primeiros meses é superior, assim como no ano de 2009-2010 notou-se que o primeiro emprego foi assegurado mais tardiamente. 7.9. Condições de trabalho As condições de trabalho podem variar consoante a função desempenhada. No que toca à elaboração e gestão de projetos, o trabalho é geralmente realizado num gabinete, enquanto que funções relacionadas à produção de sistemas elétricos ou eletrónicos são, normalmente, exercidas em unidades industriais. No que concerne à carga horária, podemos afirmar que na função é cerca de 35 horas, enquanto que no setor privado é, em regra, 40 horas. 7.10. Salários Na verdade, um aluno que acabe um curso pode optar por fazer um estágio profissional podendo receber uma bolsa de 800 a 1000 euros, sendo que a FEUP não faz qualquer tipo de acordos com empresas para estágio profissionais, só para estágios durante o curso. No que concerne aos salários, a média do valor do salário do primeiro emprego de um Engenheiro Eletrotécnico no período 2008-2010 foi de 994,74, enquanto que a média do valor do salário do emprego no momento da realização dos inquéritos* no período 2007-2010 foi de 1141,17. 2007-2008 2008-2009 2009-2010 Média Salário 1º emprego diplomados MIEEC NA 995,24 1232,14 1113,69 Salário Médio total diplomados MIEE * 1141,36 1204,55 1039,29 1128,40 Tabela 7: salário médio dos Engenheiros Eletrotécnicos FEUP * cerca de 9 meses depois da finalização do curso 22

1400,00 1200,00 1000,00 800,00 600,00 Salário médio 1º emprego Salário médio total* 400,00 200,00 0,00 2007-2008 2008-2009 2009-2010 Gráfico 9: salário médio dos Engenheiros Eletrotécnicos FEUP Através da análise do gráfico 9, podemos constatar que, à semelhança da média de todos os cursos da FEUP, o valor do salário médio do primeiro emprego e do salário médio total no momento de realização dos inquéritos tem-se mantido constante. No entanto, não se verifica que o valor do salário do primeiro emprego é ligeiramente inferior ao valor do salário médio total* como na média de todos os cursos da FEUP, já que embora isso tenha acontecido no ano letivo 2008-2009, em 2009-2010 o valor do primeiro salário foi superior ao do salário médio total até a realização dos inquéritos. Por fim, o valor do primeiro emprego foi de 1113,69 e o de todos os empregos até a realização do inquérito foi de 1128,40. Nota: Não obtivemos os dados do salário do primeiro emprego no ano letivo 2007-2008 porque não estavam presentes nos dados disponibilizados pela Divisão de Cooperação. 7.11. Empresas e funções 2007-2008 2008-2009 2009-2010 Total Efacec 21 19 5 45 Novabase 6 2 6 14 EDP 5 1 3 9 PT 6 4 5 15 FEUP 3 7 1 11 Tabela 8: Empresas que mais empregaram diplomados FEUP * cerca de 9 meses depois da finalização do curso 23

25 20 15 10 2007-2008 2008-2009 2009-2010 5 0 Efacec Novabase EDP PT FEUP Gráfico 10: Empresas que mais empregaram diplomados FEUP Através da análise do gráfico 10 pudemos observar quais são as cinco empresas que empregam mais diplomados da FEUP, no período 2007-2010. Tendo por base os dados recolhidos nos inquéritos efetuados pela FEUP aos diplomados, podem ainda concluir quais os principais cargos desempenhados por engenheiros FEUP. Deste modo, apresentamos na tabela: 2007-2008 2008-2009 2009-2010 Programador 12 Investigação 10 Consultoria 27 Consultoria 7 Consultoria 8 Desenvolvimento e análise de Software - Consultor em TI 21 Investigação Cientifica, Investigação Laboratorial, Inovação e Desenvolvimento. 3 Projeto de automação; orçamentação 8 Auditoria Energética, Certificação Energética; Eficiência Energética 11 Projetista 3 Programador e des. WEB 6 Auditor Energético, Consultor Energético, Aplicação Sistemas Monitorização de Energia 8 Tabela 9: Empresas que mais empregaram diplomados FEUP 24

7.12. Perspetivas Esta é uma profissão que tem evoluído nos últimos anos. De facto, o desenvolvimento tecnológico em áreas como a robótica, redes de comunicação (de voz, dados e imagem) alargou as oportunidades de emprego nas áreas de telecomunicações e automação. Da mesma forma, o desenvolvimento e crescimento da utilização quer de energias renováveis, quer de veículos elétricos, trouxe uma maior oferta para a área de energia. 7.13. Creditação na Ordem dos Engenheiros De acordo com a tabela presente no site: (http://www.ordemengenheiros.pt/fotos/editor2/admissaoaordem/licenciaturaspre_bolonhames tradospos_bolonha_janeiro2011.pdf), o curso de engenharia eletrotécnica da FEUP dispensa prestação de provas de admissão na Ordem do Engenheiros. 8. Conclusão O nosso estudo permitiu-nos conhecer de um modo mais próximo as condições que a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto dispõe no que concerne à sua oferta educativa, nomeadamente no curso de Mestrado integrado em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores. Destacamos como principais conclusões, o facto de o tempo médio de espera para o primeiro emprego ter vindo a subir desde 2007 podendo dever-se à crise que afeta o nosso país nos dias que correm. Vimos também que, a nota do último aluno a entrar em cada curso na FEUP tem sido cada vez maior exceto para quatro cursos, Licenciatura em Ciências da Engenharia, Mestrado Integrado em Engenharia Civil, Metalúrgica e do Ambiente, podendo dever-se à baixa oferta de Emprego nessas áreas. No tocante ao curso de Mestrado Integrado em Engenharia Eletrotécnica, chegamos à conclusão que a carga horária é em média 35 horas no setor público e 40 no setor privado sendo que o salário médio varia consoante o tipo de contrato, sendo que a média ronda os 800 euros quando de um estágio profissional se tratar e os 1100 no que respeita a contratos a prazo. Reparamos também que, a maioria dos diplomados deste curso, conseguem arranjar emprego nos dois primeiros meses pós-graduação, sendo que a empresa que mais emprega estes graduados FEUP é a EFACEC, estando a própria instituição FEUP nas 5 empresas que mais empregam diplomados de Engenharia Eletrotécnica. 25

9. Referências O que é a engenharia: http://pt.wikipedia.org/wiki/engenharia http://www.ebah.com.br/content/abaaaancsac/que-engenharia http://www.eecis.udel.edu/~portnoi/academic/academic-files/eng-whatisit.html A FEUP: http://sigarra.up.pt/feup/web_base.gera_pagina?p_pagina=1183 Oferta Formativa: http://www.dges.mec.pt/guias/detcurso.asp?codc=9461&code=1105&frame=1 http://www.dges.mec.pt/guias/detcurso.asp?codc=9460&code=1105&frame=1 http://www.dges.mec.pt/guias/detcurso.asp?codc=9369&code=1105&frame=1 http://www.dges.mec.pt/guias/detcurso.asp?codc=9459&code=1105&frame=1 http://www.dges.mec.pt/guias/detcurso.asp?codc=9510&code=1105&frame=1 http://www.dges.mec.pt/guias/detcurso.asp?codc=9367&code=1105&frame=1 http://www.dges.mec.pt/guias/detcurso.asp?codc=9360&code=1105&frame=1 http://www.dges.mec.pt/guias/detcurso.asp?codc=9508&code=1105&frame=1 http://www.dges.mec.pt/guias/detcurso.asp?codc=9493&code=1105&frame=1 http://www.dges.mec.pt/guias/detcurso.asp?codc=9897&code=1105&frame=1 Engenharia Eletrotécnica e de Computadores: https://sigarra.up.pt/feup/cursos_geral.formview?p_cur_sigla=mieec http://psicologia.esc-joseregio.pt/wp-content/uploads/2008/10/eng-electrotecnico.pdf http://www.dges.mctes.pt/nr/rdonlyres/3c74143a-532d-4ee0-82df- 292354DEEE34/589/OEng.pdf http://pt.wikipedia.org/wiki/engenheiro_t%c3%a9cnico http://www.ordemengenheiros.pt/fotos/editor2/admissaoaordem/licenciaturaspre_bolonhamest radospos_bolonha_janeiro2011.pdf 26