Tema: Preconceito na sociedade contemporânea Temas de redação / Atualidades
Texto I A sociedade atual não tem tolerância com as causas diferentes do comum Tudo o que é novo, ou novo para alguns, é tratado com desprezo e intolerância. Apesar de tentar combater a prática, pululam todas as formas de bullying nas escolas e nos ambientes de trabalho. Com isso, o ser humano é induzido a pensar e a agir com desrespeito e impunidade com o que é diferente para ele. O preconceito não se restringe somente aos homossexuais ou aos usuários de drogas. Os nordestinos também são atacados. Em muitas circunstâncias, nem mesmo a liberdade de expressão é respeitada. (http://educacao.estadao.com.br/blogs/blog-dos-colegios-santa-amalia/a-intolerancia-no-brasil-e-no-mundo/)
Texto II Na Instituição Evangélica de Novo Hamburgo (IENH) os alunos do ensino médio participaram de uma atividade chamada se nada der certo, vestindo-se com as roupas e uniformes de profissões que eles atribuem a "fracassados": vendedores, garis, faxineiros, empregados domésticos, cozinheiros. o mínimo três questões podem ser retiradas desse episódio. Primeiro: será que com essa visão de mundo, os jovens desta escola já não estão dando errado na vida? Porque ainda não entenderam conceitos fundamentais da existência, que só dá certo quando vemos o outro em igual escala de importância, e respeitamos sua dignidade, aspirações e capacidades. http://g1.globo.com/educacao/blog/andrea-ramal/post/se-nada-der-certo-quando-o-preconceito-comeca-na-escola.html
A partir dos textos motivadores, redija um texto dissertativoargumentativo sobre o tema: Intolerância e preconceito na era da diversidade e do pluralismo
De cada dez brasileiros e brasileiras, apenas dois assumem ser racistas, machistas ou homofóbicos, mas sete admitem já ter feito alguma declaração discriminatória pelo menos uma vez na vida. "Mulher tem de se dar ao respeito", "não sou preconceituoso, tenho até um amigo negro" e "pode ser gay, mas não precisa beijar em público" são exemplos de comentários que expressam a reação da população diante da diversidade racial, de gênero, de orientação sexual ou estética. A pesquisa mostra ainda que, entre os preconceitos velados de brasileiros e brasileiras, o machismo é o mais praticado no País. Quando questionados sobre os tipos de discriminações mais presenciados, 61% dos entrevistados disseram ter ouvido ou dito um comentário machista.
Entre as manifestações mais comuns, lidera a frase "Mulher tem de se dar ao respeito". Para a antropóloga Regina Facchini, pesquisadora do Núcleo de Estudos de Gênero Pagu (Unicamp), esse e os outros três comentários ouvidos com mais frequência estão ligados à desigualdade de gênero e têm a sexualidade da mulher como ponto de partida. Em seguida, o racismo é o tipo de preconceito mais praticado, segundo o Ibope - 46% dos entrevistados relataram ter feito ou ouvido uma declaração discriminatória em relação a negros.
De acordo com o Atlas da Violência 2017, a população negra também corresponde a maioria (78,9%) dos 10% dos indivíduos com mais chances de serem vítimas de homicídios.
A homofobia aparece logo atrás do racismo. No Brasil, 44% dos pesquisados disseram já ter presenciado ou feito algum comentário homofóbico. A frase que os brasileiros mais declaram ter usado é "Pode ser gay, mas não precisa beijar em público" (25%). Entre os que assumem ser preconceituosos, a homofobia é o preconceito mais declarado (29%), em todas as regiões do Brasil. A pesquisa apontou que quase metade dos brasileiros percebe o preconceito, mas não faz nada quanto a isso. Dos entrevistados, 45% admitem que conseguem perceber preconceito nos comentários feitos por alguém do convívio, mas metade deles não reage diante da situação. Quando há reação, as mulheres são as que mais reagem, com 60%.
É um dos tipos de preconceito de caráter sexual. Trata-se da aversão ou ódio às pessoas que gostam de outras do mesmo sexo. Que diferença faz na sua vida se João dorme com José ou Maria com Aparecida?
Intolerância religiosa Os números de casos de discriminação religiosa registrados pelo telefone de denúncias do Ministério dos Direitos Humanos, o Disque 100, são alarmantes: entre 2015 e 2017, a cada 15 horas um relato por motivo de intolerância foi relatado, de acordo com o órgão. Segundo os relatórios disponibilizados pela entidade, em 2012 foram 109 notificações em todo o País. Em 2016, o número saltou para 759 (no primeiro semestre de 2017 foram 169 casos). Os Estados do Rio de Janeiro e São Paulo são os recordistas de ocorrências. A Secretaria de Direitos Humanos fluminense recebeu, entre agosto e outubro de 2017, 42 denúncias de preconceito religioso, sendo que 91% deles contra credos de matriz africana.
Contextualizando A partir da Constituição de 1891, a segunda da história do País e a primeira do regime republicano, o Brasil deixou de ser católico, tornandose um Estado laico. Até então, desde que as caravelas de Cabral surgiram no litoral da Bahia, judeus tiveram de viver como cristãos-novos, sem professar seus rituais, os índios sofreram brutal opressão em nome da fé na Igreja de Roma, e os escravos africanos precisaram abandonar ou esconder seus rituais religiosos. Desde 15 de maio de 1997, a Lei Federal 9.459 tornou crime a discriminação religiosa.
A ideia de que as pessoas julgam as menos escolarizadas não é nova. Nos anos 1980, o sociólogo francês Pierre Bourdieu chamou isso de "racismo da inteligência ( ) da classe dominante", que serve para justificar sua posição na sociedade.
A democratização em diversos ambientes, como nos cursos superiores, grandes empresas e repartições públicas, estimulada pela política de cotas e por uma mudança no perfil dos contratantes, estabeleceu novos tipos de interação que há poucos anos não existia.
Espero vocês na próxima aula! Bons estudos! Dúvidas: rodolfogracioli@uol.com.br