Código / Área Temática. Código / Nome do Curso. Etapa de ensino a que se destina. Nível do Curso. Objetivo. Ementa.
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- Elisa Brandt de Escobar
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1 Código / Área Temática Código / Nome do Curso Etapa de ensino a que se destina Nível do Curso Objetivo Direitos Humanos Gênero e Diversidade na Escola Aperfeiçoamento QUALQUER ETAPA DE ENSINO Aperfeiçoamento O objetivo principal do curso Gênero e Diversidade na Escola é oferecer, aos profissionais da rede pública de Educação Básica, conhecimentos acerca da promoção, do respeito e da valorização da diversidade étnico-racial, de orientação sexual e identidade de gênero, colaborando para o enfrentamento da violência sexista, étnicoracial e homofóbica no âmbito das escolas. Ementa O curso Gênero e Diversidade na Escola (GDE) aborda a promoção da equidade de gênero e do reconhecimento da diversidade de orientação afetivo-sexual e/ou identidade de gênero. Destaca o respeito à diversidade étnicoracial, o enfrentamento ao preconceito, à discriminação e à violência relacionada ao racismo, ao sexismo e à homofobia. O curso fornece elementos para transformar as práticas de ensino, desconstruir preconceitos e romper o ciclo de sua reprodução pela/na escola. Por meio deste curso, os profissionais adquirem instrumentos para analisar e lidar com as atitudes e comportamentos que envolvam as relações de gênero e étnico-raciais, além das questões sobre sexualidade no cotidiano da escola. Nesta modalidade presencial, o foco principal são as questões relacionadas à diversidade sexual.
2 Fundamentos Teóricos Metodológicos Marcos Conceituais: A educação é um direito humano fundamental e, como tal, precisa ser garantida a todos. Mais ainda, ela promove outros direitos, promove a constituição de indivíduos e grupos como sujeitos de sua história, reduz a desigualdade e a pobreza. A educação é indispensável para o país que busca a construção de uma cultura universal dos direitos humanos e da paz. Não obstante, para que a educação cumpra plenamente seu papel neste complexo e necessário processo de transformação cultural, há que se fomentar ações específicas no campo da promoção da equidade de gênero, do respeito à diversidade étnico-racial, do reconhecimento da diversidade sexual e enfrentamento ao sexismo, à homofobia e ao racismo. A implementação de políticas educacionais públicas de enfrentamento ao preconceito e à discriminação demanda, de um lado, medidas de ampliação do acesso e melhoria da qualidade do atendimento aos grupos historicamente discriminados negros, indígenas, mulheres, homossexuais, entre outros. De outro, são necessárias ações que visem educar a sociedade para o respeito e a valorização da diversidade e para o combate à discriminação. A escola é o espaço sociocultural em que as diferentes identidades se encontram, se constituem, se formam e se produzem. Portanto, é um dos lugares mais importantes para promover uma educação visando o respeito à diferença. Marcos Legais: Programa Brasil sem Homofobia (2004); Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais LGBT (2009); Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948); Declaração da Conferência Mundial contra o Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia e Intolerância Correlata (Durban, 2001); Princípios de Yogyakarta, sobre a aplicação da Legislação Internacional de Direitos Humanos em relação à Orientação Sexual e à Identidade de Gênero (2006); Resolução Nº 16, de 8 de Abril de 2009; Constituição Federal de artigos 1º, 3º, 5º, 205 e 227; Lei Nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996; Lei Nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998; Lei Nº , de 9 de janeiro de 2001; Lei Nº , de 25 de setembro de 2007; Decreto Nº 4.377, de 13 de setembro de 2002; Decreto Nº 5.390, de 8 de março de 2005; Decreto Nº 6.170, de 25 de julho de 2007; Decreto Nº 6.387, de 05 de março de 2008; Decreto Nº 6.572, de 17 de setembro de 2008; Portaria Interministerial Nº 127, de 30 de maio de 2008; Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) Lei n 9.394/1996; Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) - Lei nº /1990; Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos (PNEDH/2006); Plano Nacional de Políticas para as Mulheres (2004); Lei n /2006 (Lei Maria da Penha); Declaração Mundial sobre Educação para Todos (1990); Declaração de Viena (1993); Convenção para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher (CEDAW /1979) - Decreto n de 13/09/02; Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher; Convenção de Belém do Pará (1994) - Decreto legislativo nº 107, de 1º de setembro de 1995; Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento (Cairo, 1994); Declaração e Plataforma de Ação da IV Conferência Mundial sobre a Mulher (Beijing, 1995); Conferência Regional das Américas (Santiago, 2000) - Resolução brasileira ao Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas, denominada: Orientação Sexual e Direitos Humanos (2003); IX Conferência Regional sobre a Mulher da América Latina e Caribe Consenso do México (2004); Declaração da Nova Zelândia (2005); Declaração da Noruega (2006) junto ao Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas sobre orientação sexual e identidade de gênero; Conferência Nacional de Educação (CONAE 2010); Conferência Nacional de Educação Básica (CONEB 2008).
3 Título Concedido / Certificação O certificado de Aperfeiçoamento em Gênero e Diversidade na Escola será expedido pelas instituições de educação superior, especificando o apoio do Ministério da Educação / Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão mediante aprovação no que diz respeito a frequência, participação e atividades curriculares. Metodologia O curso pode ser oferecido nas modalidades presencial ou semipresencial. A construção do conhecimento deve se dar a partir da articulação entre o conhecimento acumulado no âmbito acadêmico, pelos movimentos sociais e por educadores e educandos a partir de sua experiência. A proposta didática do curso deve levar em conta os diferentes perfis de cursistas, tanto no que diz respeito à diversidade de funções entre trabalhadores da educação, como também aqueles profissionais de outras áreas que atuam na escola, na rede de proteção ou em movimentos sociais. Os cursistas devem ser orientados a realizar atividades pedagógicas práticas (aulas experimentais, atividades de sensibilização e mobilização da equipe da escola, reorganização do espaço escolar, entre outras) em seus espaços educacionais de atuação, preferencialmente no desenvolvimento próprio de suas funções, investindo na articulação entre formação e trabalho.. Estas atividades devem ser acompanhadas e avaliadas pela equipe do curso - à luz das diretrizes conceituais, legais e metodológicas - sendo entendidas como laboratório de novas práticas pedagógicas e estratégia de consolidação e multiplicação dos conhecimentos. Gênero Naturalização da diferença sexual. Construção cultural da masculinidade e da feminilidade. Construção social da identidade e suas marcas de gênero. Feminilidades e masculinidades. Identidade de gênero. Binarismo, sexismo, machismo e misoginia. Gênero e desigualdade na organização social e no trabalho. Discriminação de gênero no contexto da desigualdade social e étnico-racial. A importância dos movimentos sociais. A contribuição dos estudos de gênero. A dimensão de gênero na violência. A dimensão de gênero no currículo, na prática pedagógica e na gestão educacional. Sucesso e fracasso escolar através de um enfoque de gênero. A escola como promotora do sexismo ou como espaço do reconhecimento da diferença e construção da igualdade. Relações Etnicorraciais
4 Os conceitos de raça, racismo e etnicidade. Sistemas de classificação de cor e raça em uma perspectiva comparada. A relação entre as classificações raciais e as formas de racismo. A inter-relação entre raça, sexualidade, etnia e gênero. Raça, gênero e desigualdades. As especificidades da desigualdade étnico-racial no cenário das desigualdades no Brasil. Estereótipos, preconceito e discriminação racial. A negação das diferenças raciais e étnicas no Brasil. Estereótipos e preconceitos étnico-raciais no currículo escolar. O combate ao racismo e a promoção da igualdade étnico-racial. Currículo, conhecimento e etnocentrismo: a desigualdade racial e étnica em sua dimensão epistemológica. Implementação da Lei n /2003. Diretrizes Curriculares para a educação das relações étnico-raciais. Sexualidade e Orientação Sexual A sexualidade como construção histórica. Biopolítica. Orientação sexual. Corpo, gênero e sexualidade. Homofobia e heteronormatividade. Identidades sexuais e movimentos sociais. Reconhecimento, direitos e processos de normalização. A sexualidade no currículo, na prática pedagógica e na gestão educacional, nos diferentes níveis e modalidades de ensino. Discriminação e violência no espaço escolar. Processos de normalização. Currículo, sexismo e heteronormatividade. Educação sexual na escola, abordagens e transversalidade. Saúde e sexualidade. Sexualidade, infância e adolescência. Direitos sexuais e reprodutivos. Gravidez e adolescência. Aids. Os limites e as possibilidades das propostas educativas no âmbito escolar focadas na saúde, na reprodução e na sexualidade. Políticas públicas em sexualidade e educação. Educação, diversidade e diferença O conceito de cultura. Etnocentrismo, estereótipo e preconceito. Educação, diversidade e diferença. Introdução
5 UNIDADE 1: ORIENTAÇÕES Projeto Metodologia Cronograma Avaliação Ambiente e-proinfo. UNIDADE 2: DIVERSIDADE Apresentação Uma definição de cultura A diversidade cultural Etnocentrismo, estereótipo e preconceito. Dinâmica cultural e respeito e valorização da diversidade O ambiente escolar em face dos temas tratados. Avaliação Elaboração do Memorial Produção e apresentação do trabalho final Realização da auto-avaliação.
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