Direito Processual Penal Princípios
Princípios Princípios são os núcleos norteadores de um sistema. Os princípios orientam a interpretação das regras.
Princípio do Contraditório Consiste na possibilidade de responder, frente ao juiz, todas as alegações da parte oposta. - Informação - Reação - Participação
Princípio do Contraditório Art. 5º, LV, da CF: aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes Há contraditório no inquérito policial?
Princípio Ampla Defesa Defesa técnica Ampla defesa Autodefesa Direito de presença Direito de audiência Capacidade postulatória
Princípio Ampla Defesa Art. 5º, LXIII: o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado
Princípio da Presunção de Inocência Art. 5º, LVII, CF: ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória
Princípio da Presunção de Inocência Principio se divide em: 1) Carga probatória Acusação deve provar a autoria e materialidade Defesa deve provar o que alega Atenção: art. 156 CPP
Princípio da Presunção de Inocência Art. 156: A prova da alegação incumbirá a quem a fizer, sendo, porém, facultado ao juiz de ofício: I ordenar, mesmo antes de iniciada a ação penal, a produção antecipada de provas consideradas urgentes e relevantes, observando a necessidade, adequação e proporcionalidade da medida;
Princípio da Presunção de Inocência II determinar, no curso da instrução, ou antes de proferir sentença, a realização de diligências para dirimir dúvida sobre ponto relevante.
Princípio da Presunção de Inocência 2- Regra de tratamento: somente após o trânsito em julgado da sentença condenatória é que o acusado pode sofrer as sanções inerentes a condenação.
Princípio da Verdade Real Sinônimos: Verdade material ou verdade substancial O juiz não deve se contentar com o que foi apresentado pelas partes no processo, mas sim deve procurar a verdade plena.
Princípio da Verdade Real Exemplos: arts. 156, 197 e 566 do CPP Art. 566: Não será declarada a nulidade de ato processual que não houver influído na apuração da verdade substancial ou na decisão da causa.
Princípio da Verdade Real Art. 197: O valor da confissão se aferirá pelos critérios adotados para os outros elementos de prova, e para a sua apreciação o juiz deverá confrontá-la com as demais provas do processo, verificando se entre ela e estas existe compatibilidade ou concordância.
Princípio da Verdade Real Art. 156: A prova da alegação incumbirá a quem a fizer, sendo, porém, facultado ao juiz de ofício: I ordenar, mesmo antes de iniciada a ação penal, a produção antecipada de provas consideradas urgentes e relevantes, observando a necessidade, adequação e proporcionalidade da medida;
Princípio da Verdade Real II determinar, no curso da instrução, ou antes de proferir sentença, a realização de diligências para dirimir dúvida sobre ponto relevante
Princípio do Devido Processo Legal Art. 5º, LIV, CF: ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal; Processo prévio, no qual são assegurados o contraditório, a ampla defesa e recursos correspondentes.
Princípio do Devido Processo Legal São corolários do devido processo legal: 1) Contraditório e ampla defesa 2) Acesso ao Poder Judiciário 3) Produção probatória 4) Duplo grau de jurisdição 5) Juiz natural 6) Igualdade entre as partes
Princípio da Publicidade Art. 93, IX, CF: todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação;
Princípio da Publicidade Art. 792: As audiências, sessões e os atos processuais serão, em regra, públicos e se realizarão nas sedes dos juízos e tribunais, com assistência dos escrivães, do secretário, do oficial de justiça que servir de porteiro, em dia e hora certos, ou previamente designados.
Princípio da Publicidade 1 o Se da publicidade da audiência, da sessão ou do ato processual, puder resultar escândalo, inconveniente grave ou perigo de perturbação da ordem, o juiz, ou o tribunal, câmara, ou turma, poderá, de ofício ou a requerimento da parte ou do Ministério Público, determinar que o ato seja realizado a portas fechadas, limitando o número de pessoas que possam estar presentes.
Princípio da Publicidade 2 o As audiências, as sessões e os atos processuais, em caso de necessidade, poderão realizar-se na residência do juiz, ou em outra casa por ele especialmente designada.
Princípio da Publicidade Confere transparência aos atos processuais Base para consulta aos processos e extração de cópias Exceções (publicidade restrita): Art. 5º, LX, CF - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem;
Princípio da Publicidade Art. 201, 6 º, CPP: O juiz tomará as providências necessárias à preservação da intimidade, vida privada, honra e imagem do ofendido, podendo, inclusive, determinar o segredo de justiça em relação aos dados, depoimentos e outras informações constantes dos autos a seu respeito para evitar sua exposição aos meios de comunicação.
Princípio da Imparcialidade do Juiz O juiz deve julgar de forma objetivo, se valendo apenas as regras legais e as provas contidas nos autos. Decorre do principio da imparcialidade do juiz: 1) As garantias da vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de subsídios (art. 95 da CF)
Princípio da Imparcialidade do Juiz 2) Proibição de Tribunal de Exceção (Art. 5º, XXXVII, da CF) 3) As causas de impedimento (art. 252 do CPP) 4) As causas de suspeição (art. 254 do CPP)
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