Trabalhadores precisam se unir e cobrar dos parlamentares o voto contrário às reformas Ter, 27 de Junho de :51

Documentos relacionados
PROCESSO DO TRABALHO

Reforma Trabalhista - sancionada em 13/07/2017 Início da vigência: novembro 2017

Reforma trabalhista é aprovada no Senado

Reforma trabalhista é aprovada no Senado; confira o que muda na lei

Reforma trabalhista é aprovada no Senado; confira o que muda na lei

SUBSTITUTIVO DA PEC 287/2016 REFORMA DA PREVIDÊNCIA

Boletim Informativo da Contabilidade

Dúvidas sobre a reforma trabalhista??? Fique por dentro das principais mudanças sobre o tema e os impactos que ela trará...

Reforma Trabalhista: o que muda na vida do trabalhador?

REFORMA TRABALHISTA Principais pontos que afetam a construção civil

REFORMA TRABALHISTA 09/06/2017

Caleffi&Vanin Advogados Associados S/S

REFORMA DA PREVIDÊNCIA CONQUISTA DOS PARLAMENTARES

principais pontos da CLT que mudarão com a nova lei trabalhista

Confira os principais pontos da proposta de reforma trabalhista

Reforma Trabalhista O que muda na sua empresa?

REFORMA TRABALHISTA A FECOMÉRCIO EXPLICA PRA VOCÊ. COMO FICA COM A REFORMA?

REFORMA TRABALHISTA A FECOMÉRCIO EXPLICA PARA VOCÊ. COMO FICA COM A REFORMA?

JORNADA DE TRABALHO. A compensação de jornada pode ser Compensação. pode ser compensado em outro, desde

TABELA DE ALTERAÇÕES REFORMA TRABALHISTA

Entenda 30 pontos centrais da nova lei trabalhista aprovada no Senado

Manual das novas LEIS Trabalhistas

Disciplina Engenharia e Sociedade

Leandro Almeida Marques

Principais Alterações da Reforma Trabalhista

VOCÊ JÁ LUTOU PELOS SEUS DIREITOS HOJE? SINDICATO NACIONAL DOS MOEDEIROS CARTEIRA DE TRABALHO E PREVIDÊNCIA SOCIAL

Especial Reforma Trabalhista. Saiba o que Mudou

Painel 12 Reforma Trabalhista. Principais alterações propostas, e seus impactos nas rotinas das empresas.

SUBSTITUTIVO DA PEC 287/2016 REFORMA DA PREVIDÊNCIA

A REFORMA TRABALHISTA

Reforma trabalhista: retrocesso. Marlise Nunes Bauler OAB/RS Ana Cristina Costamilan OAB/RS

REFORMA TRABALHISTA. E-book

Entenda ponto a ponto o que propõe o governo

COMO A REFORMA TRABALHISTA IMPACTARÁ SUA EMPRESA. Agosto de 2017

Benefício de Prestação Continuada BPC. 65 anos de idade Vinculação ao salário mínimo. 70 anos de idade Desvinculação do salário mínimo

BOLETIM 03 - JUNHO 2017

REFORMA TRABALHISTA LEI /2017

Reforma Trabalhista. O impacto das mudanças na reforma trabalhista no dia a dia das relações de trabalho dos clubes VALTER PICCINO - CONSULTOR

GUIA SOBRE A REFORMA TRABALHISTA

FIQUE POR DENTRO DA REFORMA TRABALHISTA

Novos tipos de contrato de trabalho:

capa Daniel Fassa Para entender a reforma trabalhista 20 Cidade Nova Setembro 2017 nº 9

REFORMA TRABALHISTA. Objetivo: Apresentar as alterações na legislação trabalhista após a publicação da Lei /2017. INFORMAÇÃO INTERNA

Tema Lei Anterior Lei nº /2017 Medida Provisória

REFORMA TRABALHISTA (Lei nº , de ) Data de início de vigência: 11/11/2017

MUDANÇAS NA LEGISLAÇÃO TRABALHISTA E SEUS REFLEXOS NO COTIDIANO DAS FARMÁCIAS ANGÉLICA SILVA ALVES

Fatos nacionais (PARTE I) (Política e seus desdobramentos)

Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 6/2019

ENTENDA: RESCISÃO DE TRABALHO HORA EXTRA FÉRIAS O COMPANHEIRO

Circular Jurídica nº 175 Temer sanciona reforma trabalhista e afirma manter direitos constitucionais.

ASPECTOS DA REFORMA TRABALHISTA

fim do acerto informal novos tipos de jornadas mudanças nas jornadas que já existem fim do imposto sindical obrigatório negociado X LEGISLADO

A MODERNIZAÇÃO DA LEGISLAÇÃO TRABALHISTA FIQUE POR DENTRO DO QUE MUDOU

O IMPACTO DAS MUDANÇAS NA REFORMA TRABALHISTA NO DIA A DIA DAS RELAÇÕES DE TRABALHO DOS CLUBES

TEMPO A DISPOSIÇÃO DO EMPREGADOR

PONTOS IMPORTANTES DA REFORMA TRABALHISTA

REFORMA TRABALHISTA Veja o que muda a partir de Novembro de 2017.

REFORMA TRABALHISTA. As mudanças da CLT

Informativo Reforma Trabalhista Lei /2017

REFORMA TRABALHISTA REFLEXOS NA RELAÇÃO DE EMPREGO

IMPACTOS DAS PROPOSTAS DE REFORMAS, EM ANDAMENTO NO CONGRESSO NACIONAL, NO MUNDO CORPORATIVO

REFORMA TRABALHISTA PRINCIPAIS ALTERAÇÕES LEI Nº DE JULHO DE José Francisco Martins

Avenida dos Andradas, 3323, 12 andar -Santa Efigênia -Belo Horizonte (31)

A reforma da Previdência (PEC 287/16), em discussão na Câmara dos Deputados, teve muitas alterações no substitutivo aprovado na comissão e, na

MODERNIZAÇÃO TRABALHISTA. Lei nº , de 13 de julho de 2017

REFORMA TRABALHISTA BREVE RESUMO DAS PRINCIPAIS ALTERAÇÕES CONTIDAS NA LEI N.º /17

A REFORMA DA LEI DAS SOCIEDADES ANÔNIMAS TOCANTINS ADVOGADOS

REFORMA DA PREVIDÊNCIA

Reforma Trabalhista. Oportunidades e ameaças. fracionar as férias em até três períodos?

REFORMA TRABALHISTA (PÓS APROVAÇÃO) PRINCIPAIS PONTOS TRATADOS NO PL

NOVO CENÁRIO NAS RELAÇÕES TRABALHISTAS

PEC 6: a desconstitucionalização e privatização da previdência social

REFORMA TRABALHISTA. Bortolini Advogados Associados Assessoria Jurídica da ATENS/UFSM Seção Sindical Giovani Bortolini

ANEXO SOBRE A REFORMA TRABALHISTA

REFORMA TRABALHISTA Panorama Atual. Luiz Fernando Alouche julho/2017

REFORMA TRABALHISTA EM 5 MINUTOS

O IMPACTO DA REFORMA PREVIDENCIÁRIA PARA OS MUNICÍPIOS

REFORMA TRABALHISTA LEI /2017

PROJETO DE LEI N /2016

Veja o que muda para empresários e empregados com a reforma trabalhista

valer a partir de novembro

REFORMA TRABALHISTA. DESAFIOS e IMPACTOS PARA AS INSTITUIÇÕES -Lei /2017 atualizada pela Medida provisória 808 de 14/11/2017-

REFORMA TRABALHISTA QUADRO COMPARATIVO.

MODERNIZAÇÃO TRABALHISTA. Curitiba, 7 de novembro de 2017

REFORMA TRABALHISTA - 4 MESES DE VIGÊNCIA, SEUS DESAFIOS E PROBLEMÁTICAS. Giseli Mozela do Amaral

Luciana Guedes Ferreira Pinto

REFORMA TRABALHISTA - Lei nº /2017

PEC 6: a desconstitucionalização e privatização da previdência social. Fevereiro 2019

PROVENTOS DA FOLHA DE PAGAMENTO. Conceitos e Complementos

Reforma Trabalhista. Principais mudanças. Ricardo da Cruz de Maria Advogado OAB/RS

REFORMA TRABALHISTA 1. CONVENÇÕES E ACORDOS COLETIVOS DE TRABALHO

A MODERNIZAÇÃO DAS LEIS TRABALHISTAS TROCANDO EM MIÚDOS

Dr. Leandro Villela Cezimbra Analista Técnico FIERGS.

PEC 287/ Reforma da Previdência

REFORMA TRABALHISTA J U L H O

PEC 06/2019 A NOVA REFORMA DA PREVIDÊNCIA. Fevereiro 2019

Princípios da Reforma

Transcrição:

A Federação dos Trabalhadores da Saúde do Estado de São Paulo, entidade que representa mais de 700 mil trabalhadores no Estado, está determinada a lutar para impedir que se consolide o avanço contra os direitos trabalhistas. Os trabalhadores precisam se unir e cobrar dos deputados e senadores o voto contrário às reformas trabalhista e previdenciária. Abaixo, você pode localizar os parlamentares do seu Estado e enviar e-mail cobrando um posicionamento a favor do trabalhador brasileiro. Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) Veja principais pontos das reformas trabalhista e da Previdência Duas das principais bandeiras do governo Michel Temer, a reforma da Previdência e a reforma trabalhista tramitam no Congresso e devem ser analisadas por deputados e senadores ainda no primeiro semestre, de acordo com os planos do Palácio do Planalto. Para o governo, as duas propostas são fundamentais para sanear as contas públicas e impulsionar a retomada da economia. A reforma trabalhista já foi aprovada pela Câmara nesta semana e agora segue para o Senado. A da Previdência deve ser votada na próxima semana na comissão especial da Câmara. Depois, ainda tem que passar pelo plenário da Casa e pelo Senado. Veja as principais mudanças previstas em cada uma das reformas: Reforma trabalhista O principal ponto da reforma trabalhista que tramita no 1 / 16

Congresso prevê que os acordos entre patrões e empregados, por meio dos sindicatos, prevaleçam sobre a lei, mas respeitando a Constituição. Direitos como salário mínimo, décimo terceiro e licença maternidade não mudam. O governo acredita que a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), de 1943, precisa ser atualizada para dar conta das necessidades do atual mercado de trabalho. As centrais sindicais entendem que a mudança fragiliza direitos dos trabalhadores. Férias As férias de 30 dias podem ser fracionadas em até dois períodos, sendo que um deles não pode ser inferior a 10 dias. Há possibilidade de 1/3 do período ser pago em forma de abono. As férias poderão ser fracionadas em até três períodos, mediante negociação, contanto que um dos períodos seja de pelo menos 15 dias corridos. Jornada A jornada é limitada a 8 horas diárias, 44 horas semanais e 220 horas mensais, podendo haver até 2 horas extras por dia. Jornada diária poderá ser de 12 horas com 36 horas de descanso, respeitando o limite de 44 horas semanais (ou 48 horas, com as horas extras) e 220 horas mensais. Tempo na empresa 2 / 16

A CLT considera serviço efetivo o período em que o empregado está à disposição do empregador, aguardando ou executando ordens. Não são consideradas dentro da jornada de trabalho as atividades no âmbito da empresa como descanso, estudo, alimentação, interação entre colegas, higiene pessoal e troca de uniforme. Descanso O trabalhador que exerce a jornada padrão de 8 horas diárias tem direito a no mínimo uma hora e a no máximo duas horas de intervalo para repouso ou alimentação. O intervalo dentro da jornada de trabalho poderá ser negociado, desde que tenha pelo menos 30 minutos. Além disso, se o empregador não conceder intervalo mínimo para almoço ou concedê-lo parcialmente, seja na área urbana ou rural, a indenização será de 50% do valor da hora normal de trabalho apenas sobre o tempo não concedido em vez de todo o tempo de intervalo devido. Remuneração A remuneração por produtividade não pode ser inferior à diária correspondente ao piso da categoria ou salário mínimo. Comissões, gratificações, percentagens, gorjetas e prêmios integram os salários. O pagamento do piso ou salário mínimo não será 3 / 16

obrigatório na remuneração por produção. Além disso, trabalhadores e empresas poderão negociar todas as formas de remuneração, que não precisam fazer parte do salário. Plano de cargos e salários O plano de cargos e salários precisa ser homologado no Ministério do Trabalho e constar do contrato de trabalho. O plano de carreira poderá ser negociado entre patrões e trabalhadores sem necessidade de homologação nem registro em contrato, podendo ser mudado constantemente. Transporte O tempo de deslocamento no transporte oferecido pela empresa para ir e vir do trabalho, cuja localidade é de difícil acesso ou não servida de transporte público, é contabilizado como jornada de trabalho. O tempo despendido até o local de trabalho e o retorno, por qualquer meio de transporte, não será computado na jornada de trabalho. Trabalho intermitente (por período) A legislação atual não contempla essa modalidade de trabalho. O trabalhador poderá ser pago por período trabalhado, recebendo pelas horas ou diária e terá direito a férias, 4 / 16

FGTS, previdência e 13º salário proporcionais. No contrato deverá estar estabelecido o valor da hora de trabalho, que não pode ser inferior ao valor horário do salário mínimo ou ao pago aos demais empregados que exerçam a mesma função. O empregado deverá ser convocado com, no mínimo, três dias corridos de antecedência. No período de inatividade, pode prestar serviços a outros contratantes. Trabalho remoto (home office) A legislação não contempla essa modalidade de trabalho. Tudo o que o trabalhador usar em casa será formalizado com o patrão via contrato, como equipamentos e gastos com energia e internet, e o controle do trabalho será feito por tarefa. Trabalho parcial A CLT prevê jornada máxima de 25 horas por semana, sendo proibidas as horas extras. O trabalhador tem direito a férias proporcionais de no máximo 18 dias e não pode vender dias de férias. A duração pode ser de até 30 horas semanais, sem possibilidade de horas extras semanais, ou de 26 horas semanais ou menos, com até 6 horas extras, pagas com acréscimo de 50%. Um terço do período de férias pode ser pago em dinheiro. Negociação 5 / 16

Convenções e acordos coletivos podem estabelecer condições de trabalho diferentes das previstas na legislação apenas se conferirem ao trabalhador um patamar superior ao que estiver previsto na lei. Convenções e acordos coletivos poderão prevalecer sobre a legislação. Assim, os sindicatos e as empresas podem negociar condições de trabalho diferentes das previstas em lei, mas não necessariamente num patamar melhor para os trabalhadores. Em negociações sobre redução de salários ou de jornada, deverá haver cláusula prevendo a proteção dos empregados contra demissão durante o prazo de vigência do acordo. Esses acordos não precisarão prever contrapartidas para um item negociado. Acordos individualizados de livre negociação para empregados com instrução de nível superior e salário mensal igual ou superior a duas vezes o limite máximo dos benefícios do INSS (R$ 5.531,31) prevalecerão sobre o coletivo. Representação A Constituição assegura a eleição de um representante dos trabalhadores nas empresas com mais de 200 empregados, mas não há regulamentação sobre isso. Esse delegado sindical tem todos os direitos de um trabalhador comum e estabilidade de dois anos. Os trabalhadores poderão escolher 3 funcionários que os representarão em empresas com no mínimo 200 6 / 16

funcionários na negociação com os patrões. Os representantes não precisam ser sindicalizados. Os sindicatos continuarão atuando apenas nos acordos e nas convenções coletivas. Demissão Quando o trabalhador pede demissão ou é demitido por justa causa, ele não tem direito à multa de 40% sobre o saldo do FGTS nem à retirada do fundo. Em relação ao aviso prévio, a empresa pode avisar o trabalhador sobre a demissão com 30 dias de antecedência ou pagar o salário referente ao mês sem que o funcionário precise trabalhar. O contrato de trabalho poderá ser extinto de comum acordo, com pagamento de metade do aviso prévio e metade da multa de 40% sobre o saldo do FGTS. O empregado poderá ainda movimentar até 80% do valor depositado pela empresa na conta do FGTS, mas não terá direito ao seguro-desemprego. Danos morais Como é Os juízes estipulam o valor em ações envolvendo danos morais. A proposta impõe limitações ao valor a ser pleiteado pelo trabalhador, estabelecendo um teto para alguns pedidos de indenização. Ofensas graves cometidas por empregadores devem ser de no máximo 50 vezes o último salário contratual do ofendido. Contribuição sindical 7 / 16

A contribuição é obrigatória. O pagamento é feito uma vez ao ano, por meio do desconto equivalente a um dia de salário do trabalhador. A contribuição sindical será opcional. Terceirização Como é O presidente Michel Temer sancionou no mês passado o projeto de lei que permite a terceirização para atividades-fim. Haverá uma quarentena de 18 meses que impede que a empresa demita o trabalhador efetivo para recontratá-lo como terceirizado. O texto prevê ainda que o terceirizado deverá ter as mesmas condições de trabalho dos efetivos, como atendimento em ambulatório, alimentação, segurança, transporte, capacitação e qualidade de equipamentos. Gravidez Mulheres grávidas ou lactantes estão proibidas de trabalhar em lugares com condições insalubres. Não há limite de tempo para avisar a empresa sobre a gravidez. É permitido o trabalho de mulheres grávidas em ambientes considerados insalubres, desde que a empresa apresente atestado médico que garanta que não há risco ao bebê nem à mãe. Mulheres demitidas têm até 30 dias para informar a empresa sobre a gravidez. 8 / 16

Banco de horas O excesso de horas em um dia de trabalho pode ser compensado em outro dia, desde que não exceda, no período máximo de um ano, à soma das jornadas semanais de trabalho previstas, nem seja ultrapassado o limite máximo de 10 horas diárias. O banco de horas pode ser pactuado por acordo individual escrito, desde que a compensação se realize no mesmo mês. Rescisão contratual A homologação da rescisão contratual deve ser feita em sindicatos. A homologação da rescisão do contrato de trabalho pode ser feita na empresa, na presença dos advogados do empregador e do funcionário que pode ter assistência do sindicato. Ações na Justiça O trabalhador pode faltar a até três audiências judiciais. Os honorários referentes a perícias são pagos pela União. Além disso, quem entra com ação não tem nenhum custo. O trabalhador será obrigado a comparecer às audiências na Justiça do Trabalho e, caso perca a ação, arcar com as custas do processo. Para os chamados honorários de sucumbência, devidos aos advogados da parte vencedora, 9 / 16

quem perder a causa terá de pagar entre 5% e 15% do valor da sentença. O trabalhador que tiver acesso à Justiça gratuita também estará sujeito ao pagamento de honorários de perícias se tiver obtido créditos em outros processos capazes de suportar a despesa. Caso contrário, a União arcará com os custos. Da mesma forma, terá de pagar os honorários da parte vencedora em caso de perda da ação. Além disso, o advogado terá que definir exatamente o que ele está pedindo, ou seja, o valor da causa na ação. Haverá ainda punições para quem agir com má-fé, com multa de 1% a 10% da causa, além de indenização para a parte contrária. É considerada de má-fé a pessoa que alterar a verdade dos fatos, usar o processo para objetivo ilegal, gerar resistência injustificada ao andamento do processo, entre outros. Caso o empregado assine a rescisão contratual, fica impedido de questioná-la posteriormente na Justiça trabalhista. Além disso, fica limitado a 8 anos o prazo para andamento das ações. Se até lá a ação não tiver sido julgada ou concluída, o processo será extinto. Multa A empresa está sujeita a multa de um salário mínimo regional, por empregado não registrado, acrescido de igual valor em cada reincidência. A multa para empregador que mantém empregado não registrado é de R$ 3 mil por empregado, que cai para R$ 800 para microempresas ou empresa de pequeno porte. 10 / 16

Reforma da Previdência O governo federal defende a necessidade da reforma e alega que a Previdência tem um rombo que deve chegar a quase R$ 190 bilhões neste ano, contra R$ 149 bilhões em 2016. O argumento é que a arrecadação para a Previdência é menor do que aquilo que se gasta com os benefícios. O governo diz ainda que, se nada for feito, no futuro não haverá recursos para se pagar as aposentadorias e pensões. As centrais sindicais discordam desse cálculo ao defenderem que todo o dinheiro da Seguridade Social deveria financiar as aposentadorias. Atualmente, esse dinheiro vai também para a Saúde e Assistência Social. O governo argumenta que, dessa forma, faltarão recursos para esses setores. INSS (trabalhadores do setor privado) Idade mínima da regra geral de aposentadoria: 65 anos para homens e 62 anos para mulheres, e 25 anos de tempo de contribuição. Valor do benefício: 70% da média de todas as contribuições desde 1994; mais 1,5 ponto percentual para cada ano que superar 25 anos de tempo de contribuição; 2 pontos percentuais para o que superar 30 anos; e mais 2,5 pontos, para o que superar 35 anos, até chegar a 100%. Lei estabelecerá como se dará o aumento da idade mínima em razão do aumento da expectativa de sobrevida. Regra de transição no INSS Em vez de implementar a regra geral imediatamente, o governo criou uma regra de transição, que valerá para todos os trabalhadores. 11 / 16

Nessa regra, a idade mínima para a aposentadoria aumentará gradativamente, partindo de 53 anos, para as mulheres, até chegar a 62 anos em 2036. Para os homens, a idade mínima parte de 55 anos e chegará a 65 em 2038. Haverá um pedágio de 30% sobre o que faltará para cumprir 30 anos de contribuição, se mulher, ou 35, se homem. Aumento de 1 ano a cada dois anos para a mulher e para o homem, a partir de 01/01/2020, parando de expandir para o segurado na data em que ele cumpre o pedágio. RPPS (servidores públicos da União) Idade mínima da regra geral de aposentadoria: 65 anos para homens e 62 anos para mulheres, e 25 anos de tempo de contribuição. Valor do benefício: 70% da média de todas as contribuições desde 1994; mais 1,5 ponto percentual para cada ano que superar 25 anos de tempo de contribuição; 2 pontos, para o que superar 30 anos; e mais 2,5 pontos, para o que superar 35 anos, até 100%. Possibilidade de cotnratação de entidade aberta de previdência complementar, desde que por licitação. Regra de transição no RPPS Não há idade mínima para entrar na transição, mas, uma vez nela, há uma idade mínima de 55 anos para mulheres e de 60 anos para homens. Haverá um pedágio de 30% sobre o que falta para cumprir 30 anos de contribuição, se mulher, ou 35, se homem. Aumento de 1 ano a cada dois anos, a partir de 01/01/2020, na idade mínima da regra de transição de 12 / 16

homens e mulheres, parando de crescer para o segurado na data em que ele cumpre o pedágio. Valor do benefício na transição do RPPS Para quem entrou antes da EC 41/2003 e se aposentar aos 65 anos para mulheres e homens, respectivamente), recebe integralidade e paridade, mas caso não aguarde tal idade, 100% da média. Para quem entrou após a EC 41/2003, o valor será de 70% da média mais 1,5 ponto percentual para cada ano que superar 25 anos de tempo de contribuição; mais 2 pontos, para o que superar 30 anos; e mais 2,5 pontos, para o que superar 35, até 100%. Haverá uma limitação ao teto do RGPS (atualmente em R$ 5.531,31) apenas para os que entraram após previdência complementar, em 2013. Trabalhador rural da economia familiar Idade mínima da regra geral de aposentadoria de 60 anos para homens, de 57 para mulheres, com tempo de contribuição mínimo de 15 anos. Trabalhador não precisará mais de sindicato para intermediar processo de aposentadoria. Poderá ir diretamente ao INSS levando os documentos necessários e se autodeclarar produtor rural de economia familiar. Contribuição sobre o salário mínimo com alíquota tão ou mais favorecida que a do trabalhador urbano de baixa renda (MEI). Proposta é que seja menor que 5% sobre o salário mínimo. Contribuição sobre o salário mínimo deve ser regulamentada em 24 meses, continuando válida a contribuição sobre a produção por tal período. 13 / 16

Na transição, a idade aumentará um ano a cada 2 anos, até atingir os 57 anos para mulheres e 60 anos para os homens. Professores federais Idade mínima da regra geral de aposentadoria com 60 anos de idade e 25 anos de tempo de contribuição. Valor do benefício igual à regra geral do RGPS/RPPS. Regra de transição será igual à regra do RGPS/RPPS, com 5 anos a menos na idade de partida (sendo fixada portanto em 48 anos para as mulheres e 50 anos para os homens) e na exigência de tempo de contribuição e 60 anos na idade final. Policiais federais Idade mínima no regime geral de 55 anos para homens e mulheres, com com 25 anos de atividade policial, sendo 30 anos de contribuição para homens e de 25 para mulheres. Valor do benefício: policial que ingressou antes de 2013 terá direito à aposentadoria integral. Quem ingressou após a mudança da regra, em 2013, receberá até o teto do INSS, podendo ter aposentadoria complementar por meio do Funpresp. A ideia é, depois, vincular os policiais federais à idade mínima que vier a ser estabelecida para policiais militares e integrantes das Forças Armadas. O governo já informou que deverá enviar em maio a proposta de reforma da Previdência dos militares. No caso dos policiais civis, caberá a cada estado definir as regras de aposentadoria do setor. No entanto, se isso não acontecer, eles deverão ficar submetidos à regra fixada pelo relator para policiais na esfera federal. 14 / 16

Pensões no INSS e RPPS Vinculação da pensão ao salário mínimo. Cota familiar de 50%, acrescida de 10% por dependente. Possibilidade de acumulação de aposentadoria e pensão até dois salários mínimos, mantendo-se a possibilidade, para os demais casos, de opção pelo benefício de maior valor. Resguarda o direito adquirido à acumulação de pensão e aposentadoria para quem já recebe ou cujo segurado já faleceu, mas também mantém a possibilidade de cumulação para pensionistas que, embora não tenham se aposentado, já tenham direito adquirido à aposentadoria. Benefício de Prestação Continuada (BPC) Vinculação ao salário mínimo. Poderá ser requerido por pessoa com deficiência e idoso com mais de 68 anos. Aumento da idade com o aumento da expectativa de sobrevida do brasileiro. Consideração apenas da renda familiar mensal per capita para identificação da pessoa legitimada a receber o benefício. Consideração de toda a receita dos componentes da família para cômputo da renda mensal per capita, a não ser a receita do programa bolsa família, de estágio supervisionado ou de programa de aprendizagem. Idade subirá de 65 a 68 anos a partir de 01/01/2020, em um ano a cada dois anos. Aposentadoria de parlamentares Detentores de mandato eletivo passam a ser obrigatoriamente vinculados ao RGPS (INSS). 15 / 16

Aplicação, de imediato, aos detentores de novos mandatos eletivos, desde que já não sejam vinculados ao regime de previdência parlamentar da casa para a qual se reelegeu; Constituição fixa a regra de transição do parlamentar federal, deixando aos Estados, Distrito Federal e Municípios a responsabilidade por regulamentar suas regras de transição. Para o parlamentar federal, prevê-se aposentadoria aos 60 anos de idade, aumentados em um ano a cada dois anos a partir de 01/01/2020, até o limite de 65/62, e 35 anos de contribuição, acrescidos de 30% de pedágio sobre o que falta para atingir tal exigência. Â 16 / 16