Análise das Práticas Estratégicas da Logística Verde no Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos.



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Transcrição:

Análise das Práticas Estratégicas da Logística Verde no Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos. Área temática: Cadeia de Suprimentos Autores: Rosinei Batista Ribeiro: Pós-Doutorando pela UNESP/Guaratinguetá-SP Prof. Adjunto do Departamento de Engenharia de Produção/FAT- UERJ/Resende-RJ Email: rosinei1971@gmail.com Evandro Luís dos Santos: Bacharel em Administração Email: evandroo.ls@gmail.com RESUMO O presente estudo utiliza conceitos provenientes do gerenciamento da cadeia de suprimentos verde. O tema que tem recebido grande atenção mundialmente é a sustentabilidade empresarial, devido a grandes danos causados à natureza. Atualmente pesquisadores discutem a importância de atitudes e comportamentos sustentáveis, sobretudo, as organizações movidas por imposição legislativa, pela conscientização ou mesmo pela exigência do atual cenário de concorrência forte, estão adotando iniciativas verdes. O gerenciamento da cadeia de suprimentos verde tem se destacado nessas iniciativas, pois em todos os elos da cadeia de suprimentos desde extração da mátéria-prima até o consumidor final são causados impactos ambientais. Neste contexto, inclui-se a logística verde como uma das que podem fazer diferença na redução do impacto ambiental. O objetivo deste artigo é identificar ações relacionadas a logística verde praticadas dentro de organizações, entendendo como elas visualizam o papel da logística verde no gerenciamento da cadeia de suprimentos verde. O desenvolvimento do estudo foi realizado em organizações de diferentes setores no Vale do Paraiba. O processo metodológico consiste na aplicação de um questionário específico com gerentes industriais. Os resultados obtidos demonstram que as empresas já possuem algumas iniciativas verdes, porém ainda notou-se um elevado índice de atividades a serem desenvolvidas. Assim conclui-se que apesar da tendência organizacional de maior preocupação com o aspecto ambiental, o caminho é longo e difícil para que tenhamos o instituto da logística verde implementado nas organizações. Palavras-chave: Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos; Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos Verde; Logística Verde; Sustentabilidade. ABSTRACT This study uses concepts from the green supply chain management. The theme that has received great attention worldwide is the corporate sustainability, due to extensive damage caused to nature. Currently researchers discuss the importance of sustainable attitudes and behaviors, especially those driven by legislative imposing awareness on even by the demand of the current scenario of strong competition, are adopting green initiatives. The supply chain management has Revista de Administração da Fatea, v. 5, n. 5, p. 20-40, jan./ dez., 2012. 20

emerged in these green initiatives, as in all links of the supply chain from extraction of raw materials to end consumer environmental impacts are caused. In this context, includes the green logistics as one that can make difference in reducing the environmental impact. The aim of this paper is to identify actions related to green logistics practiced within organizations understanding how they envision the role of green logistics in green supply chain management. The development of the study was conducted in organizations of different sectors in the Vale do Paraiba. The methodological process consists of applying a specific questionnaire to industrial managers. The results show that companies already have some green initiatives, even though it was but also noticed a high level of activities to be developed. Thus we conclude that despite the organizational trend of heightened concern about the environmental aspect, the path is long and hard for us to have the institution of green logistics implemented in organizations. Keywords: Supply Chain Management; Green Supply Chain Management; Green Logistics, Sustainable. INTRODUÇÃO Atualmente o tema sustentabilidade tem recebido grande atenção no cenário mundial e uma das vertentes tratadas por este tema é a ambiental, devido a grandes impactos ambientais causados. O aquecimento global, a exploração dos recursos naturais finitos, a crescente degradação ambiental, o crescimento da conscientização por parte da sociedade sobre questões ambientais, entre outros, traz um novo conceito de desenvolvimento, o desenvolvimento sustentável. A Comissão Brundtland da Organização das Nações Unidas definiu o desenvolvimento sustentável como o desenvolvimento que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades (ONU, 1991). A partir disso, vários relatórios já vêm sendo divulgados a fim de expor indicadores de desenvolvimento sustentável e contribuir com os tomadores de decisões em relação a aspectos ambientais. Sabedores da grande importância das empresas neste âmbito, por contribuirem fortemente com os impactos negativos ao meio ambiente, as atenções são voltadas para elas, que por sua vez, são movidas por imposição legislativa, pela conscientização ou mesmo pela exigência do atual cenário de concorrência forte, buscando a adoção de iniciativas verdes em sua cultura organizacional com o objetivo de ter um desenvolvimento sustentável. O Gerenciamento da cadeia de suprimentos verde é uma dessas iniciativas que tem se destacado e contribuido de forma relevante para tal desenvolvimento, já que tem o objetivo de promover a conciliação entre meio-ambiente e a cadeia de suprimentos. Revista de Administração da Fatea, v. 5, n. 5, p. 5-18, jan./ dez., 2012. 21

Conforme Bowen (2001) e Hall (2001), o Gerenciamento da cadeia de suprimentos verde inclui práticas de diminuição de perdas, reutilização, aperfeiçoamento de fornecedores, desempenho dos compradores, compartilhamento de recompensas e riscos, utilização de tecnologias limpas, adequações a legislação, reutilização de materiais, diminuição no consumo de água e energia, utilização de insumos ecologicamente corretos, processos de produção enxutos e flexíveis e o comprometimento e conscientização dos participantes da cadeia de suprimentos em relações ambientais. Na adoção das práticas de gerenciamento da cadeia de suprimentos verde alguns benefícios e custos são apontados. Os benefícios estendem-se a sociedade, a empresa e os processos de compra e suprimento (BOWEN et al., 2001). Em relação aos custos, Lamming e Hampson (1996) apontam que ao atender as legislações ambientais as empresas acabam tendo um aumento do custo, apesar de que também se entenda que empresas que tem um elevado desempenho ambiental podem diminuir ou eliminar perdas e desperdícios resultando em reduções de custos para a organização. Lamming e Hampson (1996) também destacam que o custo/benefício do gerenciamento da cadeia de suprimentos verde é difícil de ser quantificado. Neste contexto, atividades relacionadas a logística, figuram-se como uma das áreas que mais se envolve ativamente nas ações voltadas para a sustentabilidade ambiental de uma organização. Dentre essas ações praticadas pelas empresas inclui-se a logística verde entre as que podem fazer a diferença na redução de impactos ambientais. O objetivo deste artigo que ora se apresenta é identificar ações relacionadas a logística verde praticadas dentro de organizações de diferentes setores no Vale do Paraiba, demonstrando como essas visualizam o papel da logísca verde no gerenciamento da cadeia de suprimentos verde. 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 - Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos Conforme Ballou (2006), o gerenciamento da cadeia de suprimentos é um conceito que surgiu recentemente e que utiliza conceitos da logística integrada e inclusive estende tais conceitos. O conceito evidência as interações logísticas que ocorrem entre as áreas de logística, Revista de Administração da Fatea, v. 5, n. 5, p. 5-18, jan./ dez., 2012. 22

produção e marketing no âmbito de uma empresa e dessas mesmas interações entre as empresas legalmente no âmbito do canal de fluxo de produtos. O grande desafio do gerenciamento da cadeia de suprimentos é a integração das cadeias. Essa integração exige mudanças como a implantação de T.I (Tecnologia da Informação), a reorganização de processos e recursos e também no conceito de desenvolvimento de parcerias entre fornecedores e compradores que faz-se importante neste âmbito. Atráves do planejamento e controle das cadeias de suprimentos integradas, a empresa pode obter melhoras no fluxo de materias, a redução do lead time, otimização dos recursos, diminuição dos custos com materiais, melhoria no serviço a seus clientes, além de aumentar a lucratividade da organização. Ballou (2006) também cita atividades abrangentes pela cadeia de suprimentos, assim inclui todas as atividades vinculadas ao fluxo e transportação de mercadorias começando pelo estágio da matéria-prima (extração) e abrangendo até o cliente final, bem como os respectivos fluxos de informação. Os materias e as informações fluem tanto para baixo quanto para cima na cadeia de suprimentos. A integração (BALLOU, 2006) dessas atividades juntamente com o aperfeiçoamento dos relacionamentos na cadeia de suprimentos visando conquistar uma vantagem competitiva sustentável é o que define o gerenciamento da cadeia de suprimentos. Mentzer et al.(2001) propõem uma definição mais ampla e abrangente sobre o gerenciamento da cadeia de suprimentos, sendo representado pela Figura 1. Para ele, O gerenciamento da cadeia de suprimentos é definido como a coordenação estratégica sistemática das tradicionais funções de negócios e das táticas ao longo dessas funções de negócios no âmbito de uma determinada empresa e ao longo dos negócios no âmbito da cadeia de suprimentos, com o objetivo de aperfeiçoar o desempenho a longo prazo das empresas isoladamente e da cadeia de suprimentos como um todo. Já Cooper et al. (1997) e Lambert et al. (1998) definem que o gerenciamento da cadeia de suprimentos é a integração de processos de negócios, desde o consumidor final até os fornecedores originais, que provêm produtos, serviços e informações que adicionam valor aos consumidores. Revista de Administração da Fatea, v. 5, n. 5, p. 5-18, jan./ dez., 2012. 23

Figura 1 Um modelo do gerenciamento da cadeia de suprimentos Fonte: Mentzer et al. (2001) 2.2 - Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos Verde Assim como afirma Rogers (2010), ter uma cadeia de suprimentos sustentável não é uma tarefa fácil e pode ser até muito mais complicado do que ter uma organização sustentável. Mesmo que possa ser discutida, a questão para uma empresa ser considerada sustentável é necessária ter no mínimo uma de suas cadeias de suprimentos sustentável. Para Rogers (2010), uma cadeia de suprimentos sustentável significa que há várias empresas trabalhando juntas, de maneira orquestrada, para oferecer valor para o consumidor final em termos de produtos e serviços, sempre de forma favorável, tanto para as empresas envolvidas quanto para os consumidores. Rogers (2010) também representa um modelo de elementos chave da cadeia de fornecimento sustentável (Figura 2). Segundo ele, a figura simboliza o triple bottom line, que é uma abordagem teórica com o objetivo de avaliar o desempenho que trata de três áreas que precisam ser analisadas não só na empresa, mas também em toda a cadeia de fornecimento. Estas áreas são: Meio Ambiente, Sociedade e Desempenho Econômico. Revista de Administração da Fatea, v. 5, n. 5, p. 5-18, jan./ dez., 2012. 24

Figura 2 Tripple botton line Fonte: Rogers (2010) Com o aumento das pressões externas e da demanda em integrar ações ambientais e sociais ao gereciamento da cadeia de suprimentos, percebeu-se a aplicação dos conceitos utilizados no tema da sustentabilidade no gerenciamento da cadeia de suprimentos, pelo lado da exploração dos recursos naturais finitos e pela forma de processamento dos produtos e serviços. (KLEINDORFER, SINGHAL e VAN WASSENHOVE, 2005; LINTON, KLASSEN e JAYARAMAN, 2007; MARKLEY e DAVIS, 2007; ANDERSEN e SKJOETT-LARSEN, 2009) Pressões sobre os impactos causados ao meio-ambiente pelas empresas estão cada vez maiores. Com isso, faz necessária a expansão do conceito tradicional do gerenciamento da cadeia de suprimentos abrangendo questões ambientais. Srivastara (2007) define o gerenciamento da cadeia de suprimentos verde como a "integração dos princípios verdes na gestão da cadeia suprimentos, incluindo a concepção do produto, a seleção e fontes de materiais, os processos de fabricação, a entrega do produto final aos consumidores e a gestão dos resíduos". Já Lamming e Hampson (1996) expõe que, O objetivo final de aumentar a cadeia de fornecimento tradicional é permitir consideração total, imediata e eventuais efeitos ambientais de todos os produtos Revista de Administração da Fatea, v. 5, n. 5, p. 5-18, jan./ dez., 2012. 25

e processos. O conceito de gestão é baseado no reconhecimento de que os efeitos ambientais de uma organização incluem os impactos ambientais de bens e processos, desde a extração de matérias-primas, com a utilização de bens produzidos, a disposição final desses bens. A Figura 2 demonstra uma expansão do conceito tradicional do gerenciamento da cadeia de suprimentos, integrando questões ambientais. Figura 3 Cadeia de suprimentos Verde Fonte: Beamon (1999) A gestão verde da cadeia de suprimentos é um importante passo para alcançar a sustentabilidade ambiental de uma empresa, pois em todos os elos da cadeia de suprimentos até o consumidor final são causados impactos ambientais. Porém este passo, não é somente visualizado como o cumprimento dos aspectos ambientais, mas também como uma forma de alavancar os lucros das organizações. Isto pode ser visualizado na definição expressa por Rao e Holt (2005, apud BRITO e BERARDI, 2010, p. 139) em que, A gestão verde da cadeia de suprimentos promove eficiência e sinergia entre os parceiros do negócio e contribui para uma aumento da performance ambiental, minimizando desperdícios e auxiliando a economia de custos. Sobre tal sinergia, segundo os autores, espera-se um aumento de imagem corporativa, vantagem competitiva e exposição de marketing. Contudo, as empresas só adotam Revista de Administração da Fatea, v. 5, n. 5, p. 5-18, jan./ dez., 2012. 26

práticas de gestão verde da cadeia de suprimentos se identificarem benefícios, especificamente nos resultados financeiros e operacionais. (RAO E HOLT, 2005; BRITO E BERARDI, 2010, p. 159) Para tal ganho é necessário que investimentos e ações sejam feitos em diversas áreas na cadeia de suprimentos. A logística é uma delas, o desenvolvimento de uma logística verde pode representar tanto a redução de impactos gerados como ganho de competitividade para empresa. 2.3 - Logística Verde Através de um estudo feito pelo ILOS (2011) (Figura 4), percebeu-se um crescimento da consciência ambiental por parte da população, o que consequentemente faz com que as empresas sintam o aumento da exigência ambiental, já que seus consumidores começam a priorizar produtos e empresas que realizam ações ecologicamente corretas. Figura 4 Pressão dos clientes para redução de impactos ambientais Fonte: ILOS (2011) Buscando ações em resposta as pressões por parte de seus consumidores, empresas encontram na área de logística uma forma de atuarem a fim de reduzir os impactos ambientais causados pela empresa. Revista de Administração da Fatea, v. 5, n. 5, p. 5-18, jan./ dez., 2012. 27

A Figura 5 mostra que no Brasil a área de Logística e Supply Chain é apontada como a terceira que mais recebe ações voltadas para sustentabilidade ambiental, ficando atrás apenas das áreas de Produção e Compras/Suprimentos. Figura 5 Áreas envolvidas em ações ambientais na empresa Fonte: ILOS (2011) A importância da logística na cadeia de suprimentos é expressa por Moura(2006), para ele a logística não é uma área isolada, pelo contrário, interfere na cadeia de suprimentos como um todo, dentro e fora da empresa, fazendo relações, alianças e acordos, em ligações operacionais e estratégicas. Consequentemente, uma eficiência logística, além de importante para a própria empresa, tem reflexos em todos os membros da cadeia de valor de que faz parte. Cientes de tal importância e de seus reflexos, que atingem até o consumidor final, e sabedores da necessidade da implantação de ações que reduzam os impactos ambientais logísticos, o desenvolvimento de uma logística verde torna-se primordial para as organizações. Segundo Rogers e Tibben-Lembke (1998), A logística verde ou ecológica refere-se a compreensão e minimização do impacto ecológico da logística. As atividades da logística verde incluem a medida do impacto ambiental dos modos de transporte, a certificação ISO Revista de Administração da Fatea, v. 5, n. 5, p. 5-18, jan./ dez., 2012. 28

14000, a redução do consumo de energia nas atividades logísticas, a redução do consumo de matérias. Estes mesmos autores, Rogers e Tibben-Lembke, visualizam que atividades como a redução de recursos ou a substituição de matéria tem impacto significativo na logística. Para eles, essas e outras atividades, que tem por base questões ambientais, podem ser mais bem etiquetadas, por logística verde ou logística ambiental, que definimos como o esforço para medir e minimizar o impacto ambiental das atividades logísticas. O governo e a população por sua vez também têm papel importante na contribuição para o desenvolvimento de uma logística verde. HIJJAR (2011) destaca exatamente tal importância expondo algumas ações governamentais que podem trazer resultados positivos na redução de emissões nas atividades logísticas, cita-se: o oferecimento de infraestrutura que possa viabilizar o uso de transportes menos poluentes; o aperfeiçoamento das leis ambientais relacionadas a combustíveis, motores e retorno de resíduos; a disponibilização de incentivos e financiamentos que motive ações voltadas ao meio ambiente nas atividades logísticas, como o incentivo à renovação de frota. Por outro lado, a função da sociedade na redução de emissões nas atividades logísticas é o de cobrar ações verdes, tanto do Governo quanto das empresas, dando prioridade para produtos e embalagens que são menos agressivos ao ambiente e ajudando no descarte seletivo do lixo gerado. HIJJAR (2011) também expõe que, As empresas têm em mãos inúmeras oportunidades de redução de emissões causadas pelas atividades logísticas que administram. Muitas dessas ações podem, inclusive, trazer benefícios que vão além da questão ambiental. Para que as companhias possam conduzir um processo de mudança que culmine na redução de emissões na cadeia de suprimentos, elas necessitam: implantar ações diretas que reduzam emissões nas suas atividades logísticas; organizar-se internamente para gerar envolvimento e comprometimento da equipe; e alterar a forma de relacionamento com terceiros, tanto prestadores de serviço quanto outros elos da cadeia de suprimentos. Na figura 6 são colocadas algumas ações a serem tomadas por parte das empresas a fim de favorecer a logística verde. Revista de Administração da Fatea, v. 5, n. 5, p. 5-18, jan./ dez., 2012. 29

Figura 6 - Exemplos de iniciativas em favor da logística verde: ações das empresas Fonte: ILOS (2011) 3 - METODOLOGIA Essa pesquisa teve como aspecto identificar as práticas verdes realizadas pelas empresas, demonstrando o papel da logística verde no gerenciamento da cadeia de suprimentos verde. Foi desenvolvido um questionário específico aplicado aos gerentes de empresas que atuam em diferentes áreas, tais como: indústrias químicas, de embalagens, de tubos, de maquinários e distribuidora. A Figura 7 apresenta o fluxograma do processo metodológico para o desenvolvimento do artigo. Revista de Administração da Fatea, v. 5, n. 5, p. 5-18, jan./ dez., 2012. 30

Figura 7 Fluxograma do processo metodológico Fonte: O autor (2011) O questionário foi estruturado por perguntas fechadas e tomou-se por base as atividades relacionadas pelo ILOS (2011) em favor da logística verde. Este abrangeu três vertentes: Mudanças na organização interna da empresa, ações diretas nas atividades logísticas e mudanças no relacionamento com terceiros (Figura 8). Revista de Administração da Fatea, v. 5, n. 5, p. 5-18, jan./ dez., 2012. 31

Figura 8 Vertente do questionário aplicado Fonte: O autor (2011) Nas mundanças internas na organização da empresa foram análisadas tais questões: Criação de unidade organizacional responsável por sustentabilidade, desenvolvimento de programa para redução de impactos ambientais, pagamento de bônus vinculado ao cumprimento de metas ambientais, auditoria ambiental incluindo atividades logísticas, realização de inventário de emissões e medição de pegada de carbono e realização de treinamento em sustentabilidade. Quanto as acões diretas nas atividades logísticas, foram abordadas atividades como: Otimização de rotas, revisão da rede logística, consolidação de cargas e melhor aproveitamento de veículos para redução do consumo de combustíveis, utilização de combustível menos poluente/biocombustíveis, uso de modais menos poluentes, renovação de frota, adaptações mecânicas e aerodinâmicas em veículos para redução de emissões, construções de centros de distribuição/fábricas seguindo diretrizes sustentáveis, troca de equipamentos na armazenagem por outros menos poluentes e utilização de paletes mais ecológicos. Por fim, no que se refere a ações relacionadas a mudanças no relacionamento com terceiros, as iniciativas examinadas ficaram por conta da contratação de transportadoras com iniciativas ambientais, avaliação de prestadores de serviço e fornecedores com critérios ambientais, utilização de fornecedores localizados em regiões mais próximas da empresa e a colaboração com concorrentes e outras empresas para ganho de escala. Revista de Administração da Fatea, v. 5, n. 5, p. 5-18, jan./ dez., 2012. 32

Os resultados obtidos no questionário estão representados pelas Figuras 9, 10 e 11 em que são analisados e discutidos para melhor compreensão. Ao final, é apresentado as considerações finais. 4. RESULTADOS E DISCUSSÂO Por meio da pesquisa realizada, foi possível obter informações relacionadas a iniciativas verdes executadas pelas empresas. Com base em tais informações foram elaborados gráficos em que melhor visualizam-se os resultados. Estes demonstram quais iniciativas as empresas desenvolvem, quais elas têm a previsão de realizar e quais não tem a previsão. Desta forma a Figura 9 demonstra através do gráfico os resultados alcançados no que diz respeito a mudanças internas na organização da empresa. Nos resultados, é possível perceber-se algumas atividades realizadas pelas empresas que se sobressaíram, entre elas a criação de metas para redução de impactos ambientais, em que 80% das organizações analisadas realizam tal iniciativa. Todavia destacam-se as atividades como a criação de unidade responsável por sustentabilidade e a realização de treinamento em sustentabilidade perfazendo num total de 60% das empresas. Existem também ações que as organizações não praticam, mas tem a previsão de realizar, citando como exemplo a realização de auditoria ambiental incluindo atividades logísticas. Entretanto existem iniciativas que as empresas não possuem a previsão de realizar, como a realização de inventários de emissões e medição da pegada de carbono. A Figura 10, que trata das ações que envolvem diretamente nas atividades logísticas, mostram um grande conjunto de iniciativas realizadas pelas organizações estudadas, de modo a destacar a otimização de rotas, revisão da rede logística, consolidação de cargas e melhor aproveitamento de veículos, para redução do consumo de combustíveis e a renovação de frotas, utilizadas por 80% dessas instituições. Por outro lado, notou-se várias atividades que as empresas não tem a previsão de realizálas, citando as adaptações mecânicas e aerodinâmicas em veículos para redução de emissões e a utilização de combustível menos poluente/biocombustíveis. Revista de Administração da Fatea, v. 5, n. 5, p. 5-18, jan./ dez., 2012. 33

Tratando das mudanças no relacionamento com terceiros podemos visualizar na Figura 11, que 100% das organizações fazem a utilização de fornecedores localizados em regiões mais próximas da empresa, destaca-se a contratação de transportadoras com iniciativas ambientas e a colaboração com concorrente e outras empresas para ganho de escala. O que não descarta o fato de 60% das empresas não contarem com a avaliação de prestadores de serviços e fornecedores com critérios ambientais, ainda que tenham a previsão de adequar-se a essa ação. É possível perceber o desenvolvimento de várias atividades propostas na pesquisa por parte das empresas em favor da logística verde. Porém ainda existem limitações para o desenvolvimento de algumas praticas. Através dos resultados obtidos nas mudanças na organização interna da empresa e no aperfeiçoamento de relacionamentos com terceiros percebese um número baixo de atividades que não são realizadas. Em contrapartida as ações diretas nas atividades logísticas apresentam um alto índice de atividades que não são realizadas pelas instituições. Em um primeiro momento, essas ações podem ser visualizadas pelas empresas como mais um custo, fazendo com que as empresas não invistam nessas ações, porém mais adiante é possível enxergar os benefícios dessas iniciativas, estes que inicialmente ficavam por conta da redução dos custos e de uma melhora nos serviços da empresa, agora passam a ser considerados como uma vantagem competitiva. Revista de Administração da Fatea, v. 5, n. 5, p. 5-18, jan./ dez., 2012. 34

Figura 9 Resultados alcançados nas mudanças internas na organização da empresa Fonte: O autor (2011) Revista de Administração da Fatea, v. 5, n. 5, p. 5-18, jan./ dez., 2012. 35

Figura 10 Resultados Alcançados nas ações diretas nas atividades logísticas Fonte: O autor (2011) Revista de Administração da Fatea, v. 5, n. 5, p. 5-18, jan./ dez., 2012. 36

Figura 11 Resultados alcançados nas mudanças no relacionamento com terceiros Fonte: O autor (2011) Revista de Administração da Fatea, v. 5, n. 5, p. 5-18, jan./ dez., 2012. 37

CONSIDERAÇÕES FINAIS A pesquisa realizada, considerando-se as três fases abordadas, permite concluir que, apesar da tendência organizacional de maior preocupação com o aspecto ambiental, o caminho é longo e difícil para que tenhamos o instituto da logística verde implementado nas organizações. Na primeira fase, evidenciaram-se mudanças na organização interna das empresas. 80% das organizações pesquisadas, interno criaram metas para redução de impactos e 60% delas criaram unidades responsáveis por sustentabilidade, além de realizarem treinamentos e capacitação objetivando conscientizar seus empregados. Na segunda fase, onde se buscou identificar ações diretas focadas nas atividades logísticas, registrou-se que 80% das organizações realizam a otimização de rotas, a revisão da rede logística, a consolidação de cargas e um melhor aproveitamento de veículos, objetivando a redução do consumo de combustíveis, mas não foi observada a presença de adaptações mecânicas e aerodinâmicas em veículos para redução de emissões ou mesmo a utilização de combustível menos poluente. Aqui observou-se uma preocupação com o custo e não com a proteção ambiental. Na terceira fase, o custo parece mover o interesse das organizações pesquisadas. Neste item, relacionado às mudanças no relacionamento com terceiros, notou-se que o uso de fornecedores localizados em regiões mais próximas da empresa, tornou-se um fator estratégico, perfazendo um total de 100% dos entrevistados. Entretanto, 60% das empresas não fazem avaliação dos prestadores de serviço e fornecedores, utilizando critérios ambientais, mas pretendem utilizá-los no futuro. Cumpre-se ressaltar, que mesmo diante deste caminho a trilhar, percebeu-se um maior controle da cadeia de suprimentos em relação aos impactos ambientais causados pelas atividades logísticas. E mesmo, notando-se que as empresas importam-se, ainda, muito mais com a redução do custo, vale destacar que a utilização de maneira eficiente dos recursos no processo produtivo e o planejamento de escoamento dos produtos são fatores que influenciam fortemente no desenvolvimento da logística verde, o que, certamente gera a certeza de que as empresas estão no caminho certo de exercer, cada vez mais, suas funções ao longo da cadeia de suprimentos reduzindo seus impactos ambientais. Revista de Administração da Fatea, v. 5, n. 5, p. 20-40, jan./ dez., 2012. 38

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