CARTA ATIVA WEALTH MANAGEMENT AGOSTO 018
Agosto de 018 Em nossa carta de fevereiro/016, intitulada CONFIE NO FGC, falamos sobre como uma carteira composta por diversos emissores dentro da proteção do FGC tem valor esperado superior a 100% do. Retomando e atualizando esse assunto temos o exposto abaixo: As últimas instituições liquidadas pelo Banco Central foram: Instituição Financeira Decretação de regime Pagamento Intervalo em dias Decretação x pagamento Banco Azteca do Brasil S.A. 08/jan/16 /fev/16 7 Banco Neon S.A. 0/mai/18 18/mai/18 1 Domus Cia Hipotecária /mai/18 06/jun/18 15 Abaixo segue uma simulação de como ficaria a rentabilidade da carteira caso ocorra a liquidação de uma instituição cujo ativo esteja dentro da carteira do cliente. PREMISSAS: - Aplicações feitas a do - Carteiras montadas com e ativos de instituições financeiras diferentes. Quanto maior o número de ativos na carteira, menor o impacto da liquidação de uma das instituições. - Prazo entre aplicação e liquidação da instituição: de 6 a meses. - Fizemos uma hipótese bastante conservadora do prazo de pagamento do FGC, de meses. Os últimos prazos de pagamento foram em média de 5 dias, sendo os dois últimos de 15 dias Número de Ativos Prazo entre Aplicação Liquidação da Instituição Prazo de Pagamento pelo FGC Prazo Total Taxa no Período % do 6 8 119% 1 1 1% 18 0 16% 6 17% 6 8 1% 1 1 15% 18 0 18% 6 18%
Agosto de 018 Reparem que após um ano a liquidação de uma instituição tem impacto muito pequeno na rentabilidade da carteira, que cai de para 15% do. Mesmo que a liquidação de uma instituição ocorra após 6 meses da montagem da carteira, a rentabilidade será de 119% no pior cenário. Ou seja, uma carteira com ativos do FGC performa significativamente acima do mesmo quando há problemas de liquidação das instituições financeiras que a compõem. Em seguida vamos mostrar que essa lógica pode ser usada em carteiras compostas por ativos de crédito privado. Os resultados são surpreendentes! Os ativos de crédito têm vencimento mais longo que os ativos garantidos pelo FGC. Além disso, existe uma variedade maior de ativos de crédito e de suas garantias. FIDCs e CRIs têm estruturas diferentes. Nos FIDCs o excesso de recebíveis e a subordinação são as garantias, enquanto que nos CRIs, o aval, os recebíveis e principalmente os imóveis dados em alienação fiduciária fazem esse papel. Na simulação de uma carteira composta exclusivamente por ativos de crédito, cujas garantias são imóveis, fizemos também algumas premissas. PREMISSAS: - Os ativos têm prazo de 5 anos e todos são pagos apenas no final. Isso é uma simplificação da realidade visto que os ativos de crédito geralmente têm amortizações periódicas. Além disso, facilita demonstrarmos nosso ponto. É também uma premissa conservadora do ponto de vista do crédito pois nessa hipótese o saldo devedor é sempre de 100% do principal corrigido, ao passo que na realidade esse saldo devedor é decrescente com o passar do tempo dadas as amortizações. - As carteiras foram montadas com ativos de crédito. Aqui também é uma premissa conservadora pois supõe inadimplência de 5% da carteira. - Haverá um default de um ativo da carteira. - Fizemos duas hipóteses sobre o recovery value,ou seja, sobre o valor conseguido após execução do devedor. Uma em que ele é de do saldo devedor e outra em que ele é de do saldo devedor. Aqui também pode-se dizer que há conservadorismo pois no caso real há amortizações e as garantias são geralmente entre 150% e 00% do saldo devedor. Então, com o tempo, o percentual em garantia sobre o saldo devedor tende a subir. - Todos os ativos têm taxa de do. - Fizemos algumas simulações para dois cenários, um em que o é de 8% ao ano e outro em que o é de 10% ao ano.
Agosto de 018 Prazo entre Default e Taxa da Carteira % do no período 1 1 8 8 1 1 8 8 10,5% 1,89% 1,% 17,8% 19,19% 1,5% 1,6% 18,0% 17,95% 1,7% 1,98% 18,8% 118,88% 1,6% 115,19% 11,7% Reparem que, com todo o conservadorismo das hipóteses acima, no pior cenário, a carteira rende ainda 115,19% do. Com default em 8 meses e recovery value de. Ou seja, o risco retorno é muito positivo! Em outra simulação observamos os seguintes recovery values para que a carteira termine os 5 anos com rendimento de 100% do. Prazo entre Default e Taxa da Carteira % do no período 5% 0% Em outras palavras,se o médio de 5 anos for 10% ao ano, a carteira rende 100% do mesmo que um dos ativos tenha perda de 100%.
Agosto de 018 Agora façamos uma última suposição bastante conservadora para ter uma ideia da performance da carteira em regime: HIPÓTESES: - A cada anos, dois ativos de uma carteira de ativos vão defaultar. 50% dos ativos! - A cada default, o recovery value ocorrerá após meses. Momento do Default Prazo entre Default e Taxa da Carteira % do no período e 8 e 60 75% e 8 e 60 68% Os recovery values que fazem com que a carteira rode em média a 100% do serão de 75% para um de 8% ao ano e de 68% para um de 10% ao ano. Isso fazendo a hipótese extremamente exagerada de que 50% dos ativos de uma carteira de crédito sempre estarão em default! Com isso concluímos que uma carteira pulverizada em diversos ativos de crédito com boa governança e com critério em suas escolhas terá um risco retorno muito positivo. Mesmo em casos extremos como perda total do principal de um deles ou recorrência nas faltas de pagamento, sua rentabilidade ficará acima do.