UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ Karina Angel Bento



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Transcrição:

UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ Karina Angel Bento ESTUDO SOBRE O PERFIL SOCIOHISTÓRICO DE PACIENTES ATENDIDOS NA CLÍNICA DE FONOAUDIOLOGIA DA UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ. CURITIBA, 2010 1

ESTUDO SOBRE O PERFIL SOCIOHISTÓRICO DE PACIENTES ATENDIDOS NA CLÍNICA DE FONOAUDIOLOGIA DA UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ. CURITIBA, 2010 2

UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ Karina Angel Bento ESTUDO SOBRE O PERFIL SOCIOHISTÓRICO DE PACIENTES ATENDIDOS NA CLÍNICA DE FONOAUDIOLOGIA DA UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Fonoaudiologia da Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde da Universidade Tuiuti do Paraná, para obtenção parcial do título de Fonoaudióloga. Orientadora: Dra. Fga. Ângela Ribas. CURITIBA, 2010 3

TERMO DE APROVAÇÃO Esta monografia foi julgada e aprovada para obtenção do titulo de Fonoaudióloga, pela Universidade Tuiuti do Paraná. FONOAUDIOLOGIA Universidade Tuiuti do Paraná BANCA EXAMINADORA Orientadora: Profª. Dra. Profª. Profª. Aprovada em: / / CURITIBA, 2010 4

Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar e fazer um novo fim. [Chico Xavier] 5

SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO...7 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...9 2.1 PROGRAMA DE SAÚDE AUDITIVA...9 2.2 IMPORTANCIA DA PROTETIZAÇÃO PARA DEFICIÊNCIA AUDITIVA...12 4. MATERIAL E MÉTODO...15 5. RESULTADOS...16 6. DISCUSSÃO...25 7. CONCLUSÃO...28 8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...29 9. ANEXO...32 6

1. INTRODUÇÃO A pesquisa epidemiológica é empregada como uma das principais abordagens investigativas na área da saúde. Nesse cenário, o Brasil se destaca entre os países da América Latina pelos seus trabalhos teóricos e metodológicos, contribuindo com pesquisas sobre problemas de saúde de grande importância social (BRASIL, Ministério da Saúde, 2006). O presente trabalho torna conhecido alguns aspectos dos indivíduos com deficiência auditiva e o uso da rede assistencial do Sistema Único de Saúde (SUS), encaminhados ao programa de saúde auditiva da Universidade Tuiuti do Paraná (UTP), caracterizando seu perfil. Conhecer o perfil do usuário desta rede possibilita condições para planejar e organizar de forma mais efetiva a assistência e contribuir na formulação de políticas públicas específicas. Existem poucas pesquisas na área de reabilitação auditiva que levam em conta as dimensões aqui propostas, isto é, que estudem a reabilitação auditiva, desenhando características do perfil de seus usuários. A falta ou falha de sistematização do atendimento ofertado pela rede pública aos deficientes auditivos significa limites para a qualificação assistencial a esse agravo de saúde e, por conseguinte, não proporciona políticas públicas efetivas consubstanciadas nos princípios das diretrizes do SUS. A situação da assistência à pessoa com deficiência no Brasil até então apresenta questões de fragilidade, desarticulação e descontinuidade de ações nas esferas pública e privada. No âmbito assistencial, a maioria dos programas são centralizados e atende a um reduzido número de pessoas deficientes, além de não 7

contemplar experiências comunitárias. Mais ainda: seus resultados raramente são avaliados (Organização das Nações Unidas, 1996). Hoje, o programa de saúde auditiva da UTP, em relação às políticas assistenciais de atenção ao deficiente auditivo, está em consonância com os objetivos enumerados na Constituição Federal de 1988, e as portarias nº. 587/10/2004 e nº. 589/10/2004, com relação à atenção à saúde auditiva. O conhecimento do perfil do usuário da rede de reabilitação auditiva subsidiará, a avaliação da assistência a essa população, conhecendo-lhe as características e a demanda, podendo melhorar a qualidade e o monitoramento das ações voltadas ao atendimento do deficiente auditivo. A partir dessa constatação, o presente trabalho propõe contribuir para a superação desta falta de conhecimento. O intuito é analisar o perfil das pessoas deficientes auditivas que são atendidas na rede pública do Paraná, em específico na UTP. 8

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1. PROGRAMA DE SAÚDE AUDITIVA A Constituição Federal, no ano de 1988, assegurou ser a saúde direito de todos e dever do Estado. Buscou assegurar o acesso universal e igualitário às ações (políticas e programas) e serviços de promoção, proteção e prevenção da saúde. (BRASIL, Constituição, 1988) De ordem a se fazer cumprir o texto constitucional, a Lei 8080, regulamentou o SUS. Os princípios e diretrizes estão garantidos pela Lei Orgânica da Saúde 8080/904, pela Lei Federal 8142/905 e por outras legislações. A Lei 8080/90 dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde; a organização e o funcionamento dos serviços e estabelece os papéis das três esferas do governo. A Lei 8142/90 dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do SUS e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde (Almeida e Lipay, 2007). Segundo Natalini (2001), o SUS tem como um de seus princípios básicos a universalidade no atendimento de saúde, garantindo assim, acesso aos serviços através das entidades conveniadas ao sistema a todos os usuários, integrando-se aos princípios da eqüidade, integralidade, resolutividade e gratuidade, buscando soluções para melhoria da qualidade de vida da população. Assim, o Ministério da Saúde, ciente da necessidade da organização do atendimento às pessoas com deficiência auditiva nos diversos níveis de atenção do SUS, publicou a Portaria GM nº 2.073/04, de 28 de setembro de 2004 que instituiu a Política Nacional de Atenção à Saúde Auditiva em todas as unidades federadas. (BRASIL. Ministério da Saúde, 2004). 9

Considerando a necessidade de definir ações e de auxiliar os gestores no controle e avaliação da atenção às pessoas com deficiência auditiva, estabelece novas Portarias: A primeira SAS/MS nº. 587/10/2004 vem redefinindo as ações de saúde auditiva na atenção básica, atenção na média e na alta complexidade, onde às Secretarias de Saúde dos Estados são delegadas as providências necessárias para organizar e implantar as redes estaduais de atenção à saúde auditiva. A segunda SAS/MS nº. 589/10/2004 vem direcionar o cadastramento dos serviços no Cadastro Nacional de Estabelecimento de Saúde (CNES). Com novos códigos de serviço/classificação; novos códigos para os procedimentos principais de atenção a saúde auditiva. (BRASIL. Ministério da Saúde, 2004). Sendo assim, a UTP, tendo conhecimento destas Portarias, firmou parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba, tornando-se um serviço de referencia para o atendimento em saúde auditiva. A UTP é uma instituição privada, fundada em 1958, que possui os cursos de graduação e pós-graduação stricto ou lato sensu na área da Fonoaudiologia. Com isso, possui a clínica-escola que visa contribuir com a formação do estudante, no que se refere à sua experiência profissional, bem como atender as necessidades da comunidade, em forma de serviço de extensão. Tal clínica é um espaço para que o aluno, na realidade de seu campo profissional, articule teoria e prática na construção do saber/fazer em Fonoaudiologia e consequentemente, prestando serviços na área da saúde, conforme prevê a legislação vigente. Apesar destas novas portarias só terem sido criadas em 2004, a questão da Saúde Auditiva já era discutida anteriormente, assim com base na Portaria 432, o Ministério da Saúde garantia ao cidadão brasileiro portador de perda auditiva, a 10

avaliação, o diagnóstico da perda, a sua protetização e acompanhamento. Em 2001, ainda sobre a ótica da Portaria 432, a instituição iniciou uma parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba e ofereceu seus serviços, com a finalidade de dar cumprimento à mesma, e em função de já possuir vasta clientela usuária de prótese auditiva. Desta forma, em 2002, foi firmado convênio inicial entre a Secretaria de Saúde Municipal de Curitiba e a UTP, e o Curso de Fonoaudiologia, envolvendo sua Clínica. Em setembro de 2004, tendo em vista as novas diretrizes emanadas dos documentos, a Clínica de Fonoaudiologia da UTP solicitou seu recredenciamento e, desde então, vem prestando serviços na área da saúde auditiva. (Ribas, 2006) O programa de saúde auditiva da UTP consiste em avaliar, adaptar, acompanhar e reabilitar deficientes auditivos. Sendo assim, possui uma equipe interdisciplinar, constituída por: assistente social, médico otorrinolaringologista, e fonoaudiólogas especialistas em audiologia e linguagem. Se necessário, os pacientes também contam com encaminhamentos para o serviço de psicologia ou para o médico neurologista. 11

2.2 IMPORTÂNCIA DA PROTETIZAÇÃO PARA DEFICIÊNCIA AUDITIVA A definição de deficiência auditiva varia em função dos diversos aspectos: educacional, social, audiológico e médico envolvidos. No entanto, é uma deficiência altamente incapacitante, considerando seus efeitos na comunicação e o impacto causado no desenvolvimento cognitivo, psicossocial, da linguagem (Costa e Freitas, 2007). A deficiência auditiva traz limitações para o desenvolvimento do indivíduo, interferindo na qualidade de vida. Uma das suas problemáticas é a diminuição da capacidade de percepção dos sons, limitando ou impedindo o seu portador de desempenhar plenamente o seu papel na sociedade. Considerando que a audição é essencial para a aquisição da linguagem falada, sua deficiência não só influi no relacionamento, mas também cria lacunas nos processos psicológicos de integração de experiências, afetando o equilíbrio e a capacidade normal de desenvolvimento da pessoa. Consequentemente provoca o afastamento familiar e social podendo agravar para quadros de isolamento ou depressão. Segundo Matas e Iório (2003), com o desenvolvimento da medicina e os avanços tecnológicos, tornou-se possível obter recursos para a melhoria da qualidade de vida, incluindo pessoas com deficiência, entre elas, as que apresentam problemas relacionados à audição. Desse modo, sistemas de amplificação sonora têm sido desenvolvidos e constantemente aprimorados, para minimizar os diversos efeitos limitadores causados por esta deficiência. A obtenção de um diagnóstico preciso contribui para a agilidade nas estratégias de reabilitação e na melhor compreensão do quadro que se apresenta, independente do tipo ou grau da perda auditiva. Em alguns casos, porém este 12

diagnóstico torna-se de difícil obtenção e complexa identificação, protelando e prejudicando a utilização destas estratégias para períodos além do ideal. (Tschoeke, 2006). Sabendo-se o quanto a perda auditiva interfere na qualidade de vida dos indivíduos, independentemente da idade, adultos e idosos são encaminhados para o processo de reabilitação, que se inicia, em muitos casos, com a seleção e a adaptação de próteses auditivas. Melhorar a capacidade auditiva dos indivíduos significa diminuir a privação sensorial e o handicap, evitando o isolamento e proporcionando-lhes melhora em sua capacidade de interação com o meio em que vivem. (Russo e Almeida, 1996) Tanto a deficiência auditiva, como a surdez são doenças incapacitante sérias, que podem levar a uma sobrecarga tanto social como econômica aos indivíduos, famílias e sociedade, este fato ocorre mais freqüentemente nas classes mais carentes, porque não têm condições de arcar com os cuidados preventivos de rotina, necessários para evitar a perda da audição e com muito menos condições de adquirir uma prótese auditiva para amenizar a deficiência auditiva (Teixeira, 2007). A OMS em 2000 estimou que cerca de 10% da população de qualquer país em tempo de paz é portadora de algum tipo de deficiência, das quais: 5% são portadoras de deficiência mental; 2% de deficiência física; 1,5% de deficiência auditiva; 0,5% de deficiência visual; e 1% de deficiência múltipla (Organização Mundial de Saúde, 2000). Com base nestes percentuais estima-se que no Brasil existam 16 milhões de pessoas portadoras de deficiência (IBGE, 2000). Outros dados são mais preocupantes: no Brasil, o IBGE em 2001 estimou que 5.750.809 de indivíduos possuem algum tipo de déficit auditivo, com maior distribuição na área urbana (4.646.012 de indivíduos). Destes cinco milhões, estima-se que 176.067 13

indivíduos estejam incapacitados de ouvir e que 860.889 indivíduos apresentem alguma dificuldade de ouvir de forma permanente, sem tratamento clínico (Teixeira, 2007). 14

4. MATERIAL E MÉTODO Foi realizada uma enquete do perfil dos usuários do programa de saúde auditiva da UTP pelo profissional de serviço social em 80 pacientes atendidos na clínica de Fonoaudiologia durante o ano de 2009, no momento da entrevista inicial, ou seja, na primeira consulta realizada no serviço. A amostra foi selecionada aleatoriamente, sendo que do total de pacientes atendidos diariamente no serviço, os dois últimos foram selecionados para compô-la. Todos os participantes foram informados sobre a intenção da pesquisa e aceitaram colaborar com o fornecimento dos dados. Para coleta de dados foi construído um instrumento (anexo 1) com os seguintes itens: sexo, idade, formação, ocupação, renda, procedência, estado civil, queixa, quem percebeu a perda auditiva, quando percebeu, se é usuário de AASI, como conseguiu, tem plano de saúde e tempo espera pela primeira consulta no serviço. Após a coleta de dados, estabeleceram-se variáveis para enquadrar as repostas. Os dados foram digitados em planilha eletrônica e tratados estatisticamente, e estão apresentados a seguir. 15

5. RESULTADOS Durante o período considerado para este estudo, foram entrevistados 80 pacientes atendidos pelo programa de saúde auditiva da UTP. Evidenciou predomínio de 43 (53,75%) do sexo masculino e sendo, portanto, 37 (46,25%) do sexo feminino. Em relação à faixa etária, houve predomínio de 25 (31,25%) na faixa etária de 70 a 79 anos. A segunda maior foi a de 60 a 69 anos com o percentual de 23 (28,75%). Seguindo-se, encontramos nove (11,25%) para faixa etária entre 50 a 59 anos, sete (8,75%) para 80 e mais, seis (7,50%) para 40 a 49 anos, cinco (6,25%) para 30 a 39 anos, três (3,75%) para 20 a 29 anos, e por fim, dois (2,50%) para 10 a 19 anos, conforme gráfico 2. 16

Quanto à escolaridade, foram organizadas em cinco categorias para melhor entendimento. O agrupamento dos usuários não alfabetizados e alfabetizados significou 14 (17,5%), A escolaridade de usuários com Ensino Fundamental incompleto/completo na faixa de 1 a 4 série, apresentou o maior percentual, 32 (40,00%), sendo a mais representativa. A segunda faixa escolar encontrada foi Ensino Médio, com 17 (21,25%), e respectivamente encontramos ensino fundamental de 5º a 8º com 15 (18,75%), e ensino superior dois (2,5%). Conforme tabela 1. Tabela 1 - Escolaridade Nenhuma escolaridade 17,50% Ensino fundamental: de 1º a 4º 40% Ensino fundamental: de 5º a 8º 18,75% Ensino Médio 21,25% Ensino Superior 2,50% No que se refere à ocupação, encontramos três (3,75%) desempregados. Houve predomínio de aposentados 44 (55%) incluindo os sujeitos que são 17

aposentados e pensionistas. Os sujeitos do lar caracterizam 11 (13,75%), em seguida vem a profissão diarista com cinco (6,25%). Seguem-se as demais profissões com a porcentagem variando de 2,5% a 1,25%, conforme demonstra gráfico 3. Ao considerar a variável renda, levamos em consideração o salário base do Paraná (R$ 512) no ano do presente estudo. Encontramos o percentual mais elevado com sujeitos que recebem até um salário mínimo, caracterizando 40 (50%). Na seqüência, encontramos 27 (33,75%) para variável mais de um salário até dois salários, sete (8,75%) para mais de dois salários até três salários, quatro (5%) para mais de três salários até quatro salários, e por fim, sujeitos que não possuem renda caracterizam dois (2,5%). Conforme gráfico 4. 18

Ao se considerar a variável procedência, em relação aos sujeitos atendidos no serviço de audiologia na cidade de Curitiba/Paraná, observou-se que, em sua grande maioria, estes são oriundos do próprio município 48 (60%). Os demais são provenientes da Região Metropolitana de Curitiba. 19

Em relação ao estado civil, constatou-se que 46 (57,5%) são casados, 21 (26,25%) viúvos, sete (8,75%) separados e seis (7,5%) solteiros. Conforme gráfico 6. A grande maioria das queixas apresentadas refere-se à deficiência auditiva, sendo 44 (55,00%) sujeitos que chegaram com a suspeita da perda auditiva e 23 (28,75%) já com o diagnóstico. Os pacientes que compareceram com a queixa de perda auditiva associada ao zumbido foram cinco (6,25%) e com a queixa apenas de zumbido três (3,75%). Os que possuíam AASI e solicitavam reposição caracterizaram cinco (6,25%). Conforme gráfico 7. 20

Em relação a quem primeiramente percebeu a perda auditiva, 43 (53,75%) relatam que foi a família, 27 (33,75%) o próprio paciente, oito (10%) o paciente associado a família, 1 (1,25%) a professora e 1(1,25%) o médico. Constatou-se que 40 (50%) percebeu a perda auditiva entre um a cinco anos, 21

22 (27,5%) entre seis a 10 anos, 11 (13,75%) há mais de 21 anos, cinco (6,25%) entre 11 há 20 anos, e dois (2,5%) há menos de um ano. Os sujeitos que nunca utilizaram prótese auditiva caracterizaram 69 (86,25%), os que já utilizaram quatro (5%), e os que ainda utilizam sete (8,75%). 22

Dos sujeitos acima representados que utilizam ou já utilizaram AASI, referem à procedência sendo oito (72,72%) SUS e três (27,27%) particular. Com relação aos sujeitos que possuem plano de saúde, estes caracterizam quatro (5%) da totalidade. 23

Em relação ao tempo de espera, a maioria 34 (42,5%) relata que demorou de13 a 24 meses desde que conseguiu a guia médica até o agendamento da primeira avaliação. Nas demais variáveis, houve variação de 23 (28,75%) no tempo de zero a seis meses, 14 (17,5%) sete a 12 meses, seis (7,5%) 36 a 48 meses, três (3,75%) 25 a 36 meses. 24

6. DISCUSSÃO Segundo Andrade (2005), para se conseguir traçar um plano de ação para orientação/conscientização dos usuários dos serviços de Fonoaudiologia, é preciso conhecer o perfil desta população. No entanto, há poucas pesquisas realizadas com este objetivo. Durante o período considerado para este estudo foram entrevistados 80 pacientes, os quais foram em sua maioria do sexo masculino 53,75% e com relação à faixa etária acima de 60 anos houve predomínio de 68,75%. Tal resultado ratifica estudos brasileiros, que apresentam uma proporção de 56 % de homens com deficiência, que se justificam ao fato de apresentarem uma expectativa de vida mais longa, sendo expostos as doenças características do envelhecimento, a ambientes ruidosos de trabalho ao qual foram expostos durante sua vida laborativa. E, durante a juventude, mais expostos á violência e acidentes (Neri, 2003). A informação relativa à faixa etária dos pacientes atendidos pela UTP demonstra que predominantemente chegam ao serviço, com queixas de perda auditiva, pessoas com mais de 60 anos, ou seja, de terceira idade (68,75% da amostra). Segundo Kieling (1999), a deficiência auditiva em idosos ou presbiacusia ocorre numa incidência de 5 a 20% em pessoas de pelo menos 60 anos de idade e cerca de 60% em pessoas com mais de 60 anos de idade. A presbiacusia tem como principal conseqüência um declínio na capacidade comunicativa do indivíduo, o que tende a isolá-lo e privá-lo das fontes de informação e comunicação, maximizando ainda mais as alterações causadas pelo envelhecimento. Apesar do serviço estar credenciado como de alta complexidade, podendo atender crianças de zero a três anos, não apareceu na amostragem nenhum indivíduo com menos de 10 anos, o que nos leva a questionar onde estão sendo 25

atendidas as crianças com perda auditiva da cidade de Curitiba. A escolaridade dos sujeitos entrevistados apresenta, predomínio de usuários com Ensino Fundamental incompleto/completo na faixa de 1 a 4 série, com o percentual de 40%, verificando-se elevada quantidade de pessoas que utilizam o serviço com nível de estudo até cinco anos. Esse dado vem de encontro às ocupações e a renda (50% recebem até um salário mínimo) apresentadas, sendo elas compatíveis com o nível de escolaridade. Estudos apontam que a renda média do trabalho das pessoas sem deficiência é R$ 643, enquanto que a media de renda das pessoas portadoras de deficiências é de R$ 529. Pode-se inferir, a partir deste dado, que a clientela atendida preferencialmente pelo serviço de saúde auditiva é aquela menos favorecida financeiramente. Na análise da procedência dos usuários, estes são oriundos do próprio município (60%). Os demais são provenientes da Região Metropolitana de Curitiba. Tal fato se deve em função do serviço atender uma regional específica determinada previamente pela própria Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba, que, em conjunto com a Secretaria Estadual de Saúde definiu a abrangência de atendimento dos serviços de saúde auditiva no Paraná. Infere-se, portanto, que o serviço de saúde auditiva da UTP, atende, basicamente, a comunidade que reside em Curitiba e sua região Metropolitana. Em relação ao estado civil, constatou-se que 57,5% são casados, sem maiores inferências. Em relação à queixa, os encaminhamentos são compatíveis com o serviço oferecido, dentre eles o mais comum é o sujeito comparecer sem o diagnóstico de deficiência auditiva (55%), para que dentro do protocolo do serviço sejam realizados todos os procedimentos necessários. 26

O tempo que o sujeito levou entre perceber a perda (50% entre um há cinco anos) e tempo de espera pelo primeiro atendimento no serviço (42,5% de13 a 24 meses) podem ser correlacionados, pois a média do tempo da fila de espera para conseguir a consulta e marcar a primeira avaliação pelo SUS encontra-se dentro da média verificada acima. Constatou-se que 13,75% dos pacientes em algum momento já utilizaram à prótese auditiva. Destes, 5% utilizam e solicitam a troca. Dentre estes que já utilizaram e/ ou utilizam, oito relataram que conseguiram mediante ao SUS, e os demais, foi por meio particular. A grande maioria 95% não possui plano de saúde, porém os que possuem relatam que o mesmo é pago pelos familiares. As características apresentadas dos usuários do programa de saúde auditiva da UTP possibilitaram traçar o seu perfil sociohistórico e de utilização do serviço, dando visibilidade no contexto geral, como também foram identificadas as particularidades referidas aos usuários. Mas, apesar das limitações, os resultados apresentados podem ser utilizados pelos profissionais para identificar as características mais frequentes da sua clientela mais freqüente. Também, na elaboração de estratégias como a divulgação dos serviços de reabilitação auditiva na comunidade e na abordagem aos profissionais de saúde, para demonstrar os tipos de serviços prestados e qual a clientela que pode ser referenciada para o programa de saúde auditiva. Essas ações podem melhorar o desempenho do programa, refletindo no aumento da qualidade dos serviços ofertados ao usuário. 27

As informações relacionadas à utilização dos serviços e à origem da procura, possibilitam aos gestores conhecer as características da população usuária do serviço. Observar o perfil apresentado pela população usuária do programa, permite avaliar seus resultados, utilizar as informações para desenvolver programas específicos de intervenções relacionadas à utilização do programa. As informações possibilitam ainda traçar estratégias para melhorar a eficiência dos serviços; contribuir com os resultados encontrados na organização das ações assistenciais ao deficiente auditivo e no planejamento das políticas públicas voltadas à atenção dos usuários do programa. 28

7. CONCLUSÃO O estudo permitiu verificar que a clientela atendida no serviço de saúde auditiva da UTP, apesar de ser um serviço de alta complexidade, caracteriza-se por: Ser da terceira idade (60% da amostra) Possuir escolaridade mínima (57% da amostra) Ser aposentado ou trabalhar na própria residência (68% da amostra) Possuir renda entre 1 e 2 salários mínimos (83% da amostra) Residir na cidade de Curitiba (60% da amostra) Possuir queixa de perda auditiva (83% da amostra) Não possuir plano de saúde (95% da amostra) Esperar de 1 a 2 anos pelo atendimento no serviço de saúde auditiva (42% da amostra). 29

8. REFERÊNCIAS: 1. ALMEIDA EC, LIPAY MS. A fonoaudiologia e sua inserção na saúde pública. Rev Ciênc Méd. 2007;6(1):31-41. 2. ANDRADE A, MARTELETO MR, PEDROMÔNICO MR. Perfil sociodemográfico dos usuários do ambulatório de fonoaudiologia. Fono Atual. 2005;33(8):34-40. 3. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Manual de legislação em saúde da pessoa com deficiência. 2 ed. Rev. atual. Brasília, D.F.: Ministério da Saúde; 2006. 346 p. (Série B. Textos Básicos de Saúde). 4. BRASIL. Constituição 1988, de 5 de outubro de 1988. Texto constitucional de 5 de outubro de 1988 com as alterações adotadas pelas Emendas Constitucionais nº 1/1992 a 30/2000 e Emendas Constitucionais de Revisão nº 1 a 6/1994. Senado Federal, Brasília, título VIII, art. 227, p. 178. 5. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS nº. 2.073, de 28 de setembro de 2004. Institui a Política Nacional de Atenção à Saúde Auditiva. Disponível em: <http://dtr2001.saude.gov.br/sas/ PORTARIAS/Port2004/GM/GM-2073.htm>. 6. BRASIL. IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponível <http://www.ibge.gov.br/home/>. Acesso em: 26 out. 2010. 30

7. FREITAS CD, COSTA MJ. Processo de adaptação de próteses auditivas em usuários atendidos em uma instituição pública federal parte I: resultados e implicações com o uso da amplificação. Rev Brás Otorrinolaringol. 2007; 73(6):744-51. 8. KIELING CH. Reabilitação audiológica em idosos [monografia]. Porto Alegre: CEFAC; 1999. 9. MATAS CG, IÓRIO MCM. Verificação e validação do processo de seleção e adaptação de próteses auditivas. In: Almeida K, Iório MCM. Próteses auditivas: fundamentos teóricos & aplicações clínicas. 2. ed. São Paulo: Lovise; 2003. p.305-20. 10. NATALINI G. Princípios Básicos do SUS. In: Associação Paulista de Medicina. SUS: o que você precisa saber sobre o Sistema Único de Saúde. São Paulo: Raiz; 2001. p.21-24. 11. NERI MC, PINTO A, SOARES W, COSTILHA H. Retratos da deficiência no Brasil. Rio de Janeiro: FGV/IBRE,CPS; 2003. 200 p. 12. OMS (Organização Mundial de Saúde). Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde. 10ª Revisão. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo. 2000. 31

13. ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Programa de ação mundial para pessoas com deficiências. Tradução Edilson Alkmin da Cunha, Brasilia, D.F.: Corde; 1996. 14. RIBAS A, ROSA M, DANTE G, BASSETO J. SOS prótese auditiva: relato de um estudo de caso realizado na Clínica de Fonoaudiologia da UTP. Tuiuti: Ciência e Cultura. 2006; 38:9-18. 15. RUSSO ICP, ALMEIDA K. Considerações sobre a seleção e adaptação de próteses auditivas para o deficiente auditivo idoso. In: Almeida K, Iorio MCM, organizadores. Próteses auditivas: fundamentos teóricos e aplicações clínicas. São Paulo: Lovise, 1996. p. 177-90. 16. TEIXEIRA, CF. Estudo avaliativo da política de atenção à saúde auditiva: estudo de caso em Pernambuco [dissertação]. Recife: Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães, Fundação Oswaldo Cruz; 2007. 17. TSCHOEKE, SN. Estudo da deficiência auditiva: características de diagnóstico, etiologia e (re)habilitação [dissertação]. Curitiba: Universidade Tuiuti do Paraná; 2006. 32

ANEXO ANEXO. 1 TABELA SOBRE O PERFIL SOCIOHISTÓRICO DE PACIENTES ATENDIDOS NA CLÍNICA DE FONOAUDIOLOGIA DA UTP. 33