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Transcrição:

Impostos & Contribuições Principais alterações que resultam da aprovação do Orçamento de Estado para 2014: 1. IRS (Imposto sobre Rendimento das Pessoas Singulares) 1.1 Seguros de saúde ou de doença Caso a sua atribuição tenha carácter geral, os prémios suportados pelas entidades patronais com seguros de saúde ou doença, em benefício dos seus trabalhadores ou respetivos familiares, deixam de ser considerados rendimentos do trabalho, sujeitos a tributação. 1.2. Liquidação e partilha Os rendimentos resultantes da partilha e derivados da liquidação de Sociedades passam a qualificar-se sempre como mais-valias. O conceito de mais-valias é agora definido legalmente como os ganhos resultantes da extinção ou entrega de partes sociais das sociedades fundidas, cindidas ou adquiridas no âmbito de operações de fusão, cisão ou permuta de partes sociais. 1.3. Agregado familiar do dependente Em caso de divórcio ou separação judicial dos Pais, sempre que exista o exercício comum das responsabilidades parentais, o dependente deverá ser considerado como parte do agregado familiar do progenitor a que corresponder a sua residência. No entanto, mantém-se a regra relativa às deduções à coleta, incluindo as deduções pessoais, que continuam a ser efetuadas em 50% por cada um dos Pais. 1.4 Regime opcional Os residentes noutro Estado Membro da União Europeia (UE) ou do Espaço Económico Europeu (EEE), com o qual exista intercâmbio de informações em matéria fiscal, podem optar por ser tributados de acordo com as regras aplicáveis aos residentes, quando sejam titulares de rendimentos obtidos em território português que representem, pelo menos, 90% da totalidade dos rendimentos relativos ao ano em causa.

1.5 Rendimentos empresariais ou profissionais Verifica-se um alargamento do campo de aplicação do regime de tributação simplificado para este tipo de rendimentos, que sobe de 150.000,00 para 200.000,00. O apuramento do rendimento tributável passa a ser feito por referência às seguintes percentagens: 4% de vendas de bens e serviços do sector da hotelaria, restauração e bebidas; 75% das prestações de serviços da lista; 95% de royalties, know how e outros rendimentos (de capitais, prediais, mais-valias de incrementos patrimoniais obtidos no âmbito de uma atividade de Categoria B); 10% dos subsídios destinados à exploração ou não, e restantes prestações de serviços e rendimentos da categoria B. 1.6 Encargos relativos a viaturas Aumenta a taxa de tributação autónoma sobre os encargos relativos a viaturas ligeiras de passageiros, suportados por pessoas singulares que possuam, ou devam possuir, contabilidade organizada no âmbito do exercício de atividades empresariais ou profissionais. Com efeito, apesar de se manter a taxa de tributação de 10% para viaturas ligeiras de passageiros, ou mistas, com custo de aquisição inferior a 20.000,00, para viaturas com custo de aquisição superior a esse montante a taxa aplicável aumenta para 20%. 2. IRC (Imposto sobre Rendimento das Pessoas Coletivas) 2.1Taxas de IRC A taxa de IRC é reduzida de 25% para 23%. Será ainda aplicável aos primeiros 15.000,00 de lucro tributável auferido por pequenas e médias empresas uma taxa reduzida de 17%, tendo por referência a definição legal de PME que consta da Recomendação da Comissão Europeia 2003/361/CE.

2.2 Derrama Municipal Será mantida uma taxa máxima de 1,5% sobre lucro tributável, a aplicar de acordo com o definido localmente pelos municípios. A Derrama Estadual será aplicada nos seguintes termos: 3% sobre lucro tributável superior a 1,5M ; 5% sobre lucro tributável superior a 7,5M ; 7% sobre lucro tributável superior a 35M. 2.3 Pagamentos por conta e pagamento especial por conta É dispensada a obrigação de efetuar pagamentos por conta quando o imposto do período de tributação de referência para o respetivo cálculo for inferior a 200. O pagamento especial por conta passa a ser obrigatoriamente pago em duas prestações, até 31 de julho e 15 de dezembro do ano a que respeita (ou até ao fim do 7.º mês e até ao dia 15 do 12.º mês do respetivo período de tributação, quando o período de tributação não coincida com o ano civil). O respetivo montante é igual a 1% do volume de negócios relativo ao período de tributação anterior, com o limite mínimo de 1.750,00. Quando superior, é igual a este limite acrescido de 20% da parte excedente, com o limite máximo de 70.000,00. Os pagamentos por conta efetuados no período de tributação anterior deixam de ser deduzidos ao montante apurado. O prazo de dedução do pagamento especial por conta é alargado e passa a ser dedutível à coleta até ao 12.º período de tributação. Assim como o reembolso, no final desse período, deixa de depender de inspeção fiscal. Quando ao sujeito passivo é aplicado o regime simplificado este fica dispensado de efetuar pagamento especial por conta. 2.4 Dupla Tributação 2.4.1- São simplificados os meios de prova da residência fiscal do beneficiário do rendimento. O beneficiário do rendimento pode optar por meio alternativo de prova, que passa pela obtenção e entrega junto do agente pagador do rendimento de um certificado de residência emitido pelas autoridades fiscais do outro Estado. Os formulários RFI mantêm-se em vigor, podendo, no entanto, ser apenas assinados pelo requerente ou beneficiário do rendimento quando apresentado juntamento com o referido certificado de residência.

2.4.2- Os lucros e reservas distribuídos, bem como as mais e menos-valias realizadas, não concorrem para a determinação do lucro tributável dos sujeitos passivos de IRC, logo que se verifiquem, cumulativamente, os seguintes requisitos: O sujeito passivo detenha uma participação não inferior a 5% do capital social ou direitos de voto da entidade que distribuiu os dividendos ou que dê origem a uma mais ou menos-valia; A participação se verifique durante um período mínimo de vinte e quatro meses, de forma ininterrupta. No caso dos dividendos, a participação poderá ser detida por um período inferior, desde que seja posteriormente mantida com vista a completar este período; A entidade que distribui os dividendos, ou cujo capital social é transmitido onerosamente, deverá ser sujeita e não isenta de IRC ou equiparável, a uma taxa legal não inferior a 60% da taxa de IRC aplicável (i.e., 13,8% em 2014). No caso de este requisito não estar preenchido, será necessário que: - Os rendimentos advenham, em pelo menos 75%, do exercício de atividade agrícola, industrial, comercial ou de prestação de serviços que não esteja maioritariamente dirigida ao mercado Português; e - A sociedade participada não tenha como atividade principal a atividade bancária seguradora, nem obtenha maioritariamente rendimentos de operações passivas. Por último, a entidade que distribui os dividendos, ou cujo capital social é transmitido onerosamente, não deverá ter residência ou domicílio em país, território ou região sujeita a regime fiscal claramente mais favorável constante da lista aprovada pelo Ministro das Finanças (lista de paraísos fiscais). De referir que se encontra excluída a aplicação deste regime, a lucros e reservas recebidos, sempre que os rendimentos recebidos pela entidade portuguesa constituam gastos dedutíveis na entidade não residente que os distribui. 2.5 A Liquidação de Sociedades Para efeitos de tributação dos sócios, ao valor atribuído a cada um deles em resultado da partilha, para além do valor de aquisição das suas participações sociais é ainda abatido o valor de outros instrumentos de capital próprio. Os rendimentos oriundos da partilha passam a ser qualificados como mais-valias ou menosvalias. As menos valias não são dedutíveis nos casos em que a entidade liquidada é residente numa jurisdição com regime fiscal claramente mais favorável ou quando as participações sociais tenham permanecido na titularidade do sujeito passivo por período inferior a quatro anos.

Caso um dos sócios (ou uma entidade relacionada) da sociedade liquidada prossiga a atividade desenvolvida por esta nos quatro períodos de tributação seguintes à respetiva liquidação, será acrescido ao lucro tributável desse sócio o valor da menos-valia deduzida, majorada em 15%. 3. IMT (Imposto Municipal sobre Transmissões Onerosas de Imóveis) 3.1 Liquidação do imposto O pedido de liquidação do IMT, no caso de caducidade da isenção ou da redução de taxas, passa a ser entregue no serviço de finanças onde foi apresentada a declaração Modelo 1 de IMT ou, na ausência desta declaração, no serviço de finanças da área de localização do imóvel. 3.2 Os fundos de investimento Os prédios integrados em fundos de investimento imobiliário, abertos ou fechados, de subscrição pública, em fundos de pensões ou em fundos de poupança-reforma, deixam de estar isentos de IMT, sendo as taxas reduzidas para metade. De referir que o mesmo acontece em relação ao IMI. 4. IMI (Imposto Municipal sobre Imóveis) 4.1 Reclamação da Matriz Quando a reclamação resulte de avaliação direta, fundada em valor patrimonial tributário desatualizado, passa a ser efetuada a partir do terceiro ano seguinte ao da sua entrada em vigor para efeitos do IMI. 4.2 Isenções A isenção de IMI passa a abranger os hospitais e unidades de saúde constituídas em entidades públicas empresariais, em relação aos imóveis em que são prestados cuidados de saúde.

5. IS (Imposto do Selo 5.1 Operações de financiamento intra-grupo É excluída a isenção de IS no caso de qualquer das sociedades intervenientes ser domiciliada em território sujeito a um regime fiscal privilegiado. O mesmo acontece em relação às operações realizadas por detentores de capital social a entidades nas quais detenham diretamente uma participação no capital não inferior a 10%, desde que esta tenha permanecido na sua titularidade durante um ano consecutivo. 5.2 Terreno para construção A incidência do imposto de 1% sobre a propriedade, usufruto e direito de superfície de prédios urbanos com destino à habitação, cujo valor patrimonial tributário seja igual ou superior a 1.000.000,00, é alargada a terrenos para construção, com edificação autorizada ou prevista para habitação. 5.3 Isenções A isenção prevista para financiamentos concedidos pelas SGPS, de prazo não superior a um ano, destinados a suprir carências de tesouraria das participadas, é agora extensível a todas as sociedades que efetuem as referidas operações com sociedades dominadas ou nas quais detenham participações de, pelo menos, 10% do capital com direito de voto ou cujo valor de aquisição não seja inferior a 5.000.000,00 (de acordo com o último balanço acordado). O mesmo se verifica para financiamentos entre sociedades em relação de domínio ou de grupo. 6. IVA 6.1 O IVA de Caixa Estabelece-se (natureza interpretativa) que a dedução do imposto suportado nas aquisições de bens e serviços a sujeitos passivos abrangidos pelo regime de IVA de caixa é efetuada na declaração do período ou do período seguinte àquele em que se tiver verificado a receção da fatura.

6.2 Créditos incobráveis ou de cobrança duvidosa É limitado a dois anos (contados do primeiro dia do ano civil seguinte ao da verificação dos pressupostos) o prazo dentro do qual os sujeitos passivos podem recuperar o IVA relativo a: Créditos incobráveis, e Créditos de cobrança duvidosa em mora há mais de seis meses, cujo valor não seja superior a 750, IVA incluído, e o devedor seja particular ou sujeito passivo que realize exclusivamente operações isentas que não confiram direito à dedução. 6.3 Operações imobiliárias Nas operações imobiliárias, no caso de imóveis que, após obras de transformação ou renovação, vejam o seu valor patrimonial tributável aumentar em 30%, passa a ser possível aceder ao regime de renúncia à isenção de IVA. 6.4 Faturas É dispensada a emissão de fatura em prestações de serviços financeiros, de seguro e resseguro, isentas de IVA e cujo destinatário seja um sujeito passivo estabelecido ou domiciliado noutro Estado membro. A utilização de séries na numeração das faturas, documentos retificativos e faturas simplificadas é regulamentada. 6.5 Bens em circulação (RBC) Passam a poder ser emitidos os documentos de transporte por uma entidade terceira, em nome e por conta do remetente, mediante acordo prévio. Em caso de transporte de bens que sejam objeto de prestações de serviços, o documento de transporte passa a poder ser emitido pelo prestador desse serviço. A apreensão de bens em circulação por parte dos agentes fiscalizadores, fica limitada aos casos em que existam indícios de prática de infração criminal. Fica excluído do âmbito do Regime de Bens em Circulação, entre outros, o transporte dos seguintes bens: Bens recolhidos no âmbito de campanhas de solidariedade social efetuadas por organizações sem fins lucrativos; Resíduos equiparados a resíduos sólidos urbanos quando recolhidos por entidades competentes;

Resíduos hospitalares sujeitos a guia de acompanhamento; Bens a entregar aos utentes por instituições particulares de solidariedade social (IPSS). Havendo lugar à emissão de documento de transporte global, passa a ser obrigatória a emissão dos seguintes documentos: na saída de bens a incorporar em prestações de serviços, de documento próprio (ex. folha de obra) processado nos termos exigidos para os documentos de transporte. na entrega efetiva dos bens, de guia de remessa/ transporte, fatura ou fatura simplificada. 7. IUC (Imposto Único de Circulação) 7.1 Taxa Adicional A taxa adicional é apenas aplicável aos veículos automóveis movidos a gasóleo e repercute-se diretamente no Imposto Único de Circulação (IUC). A sua aplicação levará a um aumento direto do imposto, entre 1,39 e 68,85. O valor da taxa aplicar é aferido por referência à cilindrada e ano da matrícula do veículo. 8. IMPOSTOS ESPECIAIS SOBRE O CONSUMO 8.1 Imposto sobre o Tabaco O aumento do imposto terá consequências em todo tipo de tabaco e cigarrilhas, contudo têm maior impacto no tabaco de enrolar, sendo o aumento de cerca de 1%. 8.2 O álcool e bebidas alcoólicas É aumentado o imposto sobre álcool e bebidas alcoólicas, sendo que o aumento das taxas aplicáveis é variável dependente do tipo de bebidas. Neste contexto, aqui ficam dois exemplos: a taxa relativa à cerveja aumenta cerca de 1%, enquanto no que se refere às bebidas espirituosas o aumento chega aos 5%.

9 Contribuições 9.1 Contribuição Extraordinária de Solidariedade É mantida a Contribuição Extraordinária de Solidariedade aprovada pela Lei do Orçamento do Estado para 2013. Todavia, são previstas alterações quanto às taxas aplicáveis assim como à base de incidência. 9.2 Órgãos Estatutários Os membros de órgãos estatutários passam a contribuir sobre o valor das remunerações efetivamente auferidas em cada uma das entidades em que exerçam mandato, sem qualquer limite máximo. 9.3 Contribuição sobre o setor bancário O regime que criou a contribuição sobre o sector bancário é prorrogado, verificando-se um aumento das taxas máximas aplicáveis (de 0,05% para 0,07% e de 0,00020% para 0,00030%).

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