UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI BACHARELADO EM HUMANIDADES INSTITUTO DE HUMANIDADES Atila Perillo Erik Alves Felipe Abreu Gilson Junio Manuel Dimitri Mario Nunes Thiago Assis Thiago Ferreira AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL Diamantina - MG Novembro de 2011
Átila Perillo Erik Alves Felipe Abreu Gilson Junio Manuel Dimitri Mario Nunes Thiago Assis Thiago Ferreira GEOMORFOLOGIA DO CAMPUS JK Trabalho apresentado como exigência parcial à aprovação na disciplina Avaliação de Impacto Ambiental da Universidade Federal dos vales do Jequitinhonha e Mucuri de Minas Gerais. Orientador: Evandro Sathler Diamantina MG Novembro de 2011
1. INTRODUÇÃO 1.1 Aspectos Geológicos e Geomorfológicos A Serra do Espinhaço Meridional constitui o resultado da seguinte sequência de eventos geotectônicos, a saber, (SAADI, 1995): Rifteamento da área, ao final do Proterozóico (+ ou 1.752 M.a.), dando início à formação de uma bacia de acumulação de sedimentos predominantemente areníticos do Supergrupo Espinhaço; Fechamento da bacia por esforços compressivos com transporte de leste para oeste, gerando o Orógeno Espinhaço no Mesoproterozóico; Sedimentação do Grupo Macaúbas durante os 250 M.a. Distensão da bacia, causando um intenso magmatismo basáltico e a subseqüente subsidência do Craton São Francisco; e Reativação das estruturas nucleadas, resultando em empurrões de E para W, impondo a superposição das seqüências do Supergrupo Espinhaço às seqüências dos Grupos Macaúbas e Bambuí. De modo geral, a Serra do Espinhaço é subdivisível em dois grandes compartimentos de planaltos bem diferenciados e nitidamente separados por uma zona deprimida de direção NW- SE, podendo ser denominados de Planalto Meridional e Planalto Setentrional. Segundo Saadi (1995, p.44): a hipsometria deste compartimento mostra que se trata de um plano ligeiramente convexo, ao longo de um eixo meridiano inclinado de norte para sul. A localização do eixo da convexidade próximo à borda oeste do planalto confere à sua superfície certa assimetria no sentido E-W. Com base nas reflexões de Saadi (1995), observa-se a importância de se compreender a geomorfologia regional e sua interface com as ocupações humanas, uma vez que: As formas de relevo resultantes de sua esculturação pela dissecação fluvial são representadas, majoritariamente, por cristas, escarpas e vales profundos adaptados às direções tectônicas e estruturais (SAADI, 1995, p.45).
O resultado dessa complexa evolução geotectônica da área deu origem a um diverso quadro lito-estrutural que influenciou significativamente as feições geomorfológicas da Serra do Espinhaço como um todo. Do ponto de vista litológico, a característica fundamental é a predominância absoluta de quartzitos, que compõem uma cobertura rígida, mas densamente fraturada e cisalhada. FIGURA 01: PERFIS MORFOLÓGICOS DO PLANALTO MERIDIONAL Fonte: SAADI, 1995, p. 45
FIGURA 02: PERFIS ESTRATIGRÁFICOS DO PLANALTO MERIDIONAL Fonte: Linke, 2008, p.47. A área geoló gica (figur a 03) em que está inseri da o as constr uções do Camp us II da Unive rsidad e Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri enquadra-se dentro das convenções geológicas dentro do Super-grupo Espinhaço na denominada Formação Sopa-Brumadinho formada no proterozóico médio caracterizada por um conjunto heterogêneo de freqüentes alterações faciológicas laterais e verticais de filitos e quartzitos finos e médios, quartzitos médios a grosseiros, em parte ferruginosos e micáseos, lentes métricas de metaconglomerados (figura 04) e monopolimíticos diamantíferos e metassiltitos, metargilitos e metabrechas polimíticas, além disso, filitos hematíticos que podem ocorrem nos níveis inferiores e medianos da unidade (IBGE, 1996).
Figura 03: área geológica do campus II. FONTE: IBGE/1996 Foto 01: Metaconglomerados Sopa-Brumadinho. 1.2 Aspectos Ambientais de Cobertura FONTE: Equipe do GAIA
O clima da região, segundo a classificação de Köppen, comum ao Planalto Meridional do Espinhaço como um todo - é caracteristicamente mesotérmico brando, tipo Cwb (ou intertropical). Devido às altitudes elevadas, as temperaturas nos meses de verão são agradáveis (22-28 C) e o inverno apresenta-se pouco rigoroso (10-15 C). A pluviosidade máxima é registrada em Novembro, Dezembro e Janeiro e, embora as chuvas sejam escassas nos meses compreendidos entre maio e setembro, as precipitações sempre alcançam índices medianos anuais superiores a 1000 mm. No tocante a cobertura vegetal, o Planalto Meridional do Espinhaço constitui o centro de diversidade florísticas de numerosos gêneros de muitas famílias, como Asteraceae, Melastomataceae, Ericaceae, Leguminosae, Velloziaceae (a família inteira), Eriocaulaceae e Xyridaceae, sendo estas duas últimas incomuns ou mesmo ausentes em outras formações brasileiras. Os Campos Rupestres sofrem diferentes influências que geram variadas adaptações (das maiores altitudes de 800 a 1550): frio intenso durante o inverno, fogo, substrato rochoso, ventos e altas taxas de radiação solar. Os Campos Rupestres de Altitude situam-se nos altos e em níveis superiores das serras, cujas altitudes são variáveis em geral, sempre acima de 1000 metros. Possuem fisionomia própria e ocorrência de espécies peculiares. São constituídos de um menor número de árvores propriamente rupestres, quase sempre esparsas ou isoladas entre si; arbustos esparsos, por vezes formando agrupamentos e mais raramente colônias e verdadeiros tapetes herbáceos com dominância de gramíneas, sempre mesclado de subarbustos. O endemismo desta vegetação é altíssimo. 2. ÁREA DE INFLUÊNCIA DO CAMPUS JK O campus JK (figura 05) no ano de 2005, quando não apresentava as mudanças no sentido das transformações que estão ocorrendo é visível que neste período já havia marcas na paisagem.
Foto 02: Campus II UFVJM-2005. Fonte: Google Earth No que tange a geomorfologia definida como estudo da configuração terrestre, cujo objetivo principal é o estudo entre as formas e processos na superfície, alguns aspectos serão levantados para a realização deste trabalho que foram observadas em trabalho de campo tais como: Sistema morfologico Processo de formação de Voçoroca Erosão (material e agente transportado) Ravinamento Retroalimentação Fluxo de lama Sistema da vertente
Erosão Pluvial No entendimento da formação da Serra do Espinhaço na região do Campus JK que esta sendo construido em um planalto, as obras de pavimentação do local sofre com o efeito da erosão fluvial que e constante em todo campus, gerando dissolução das partículas minerais resultado da gota de chuva sobre o solo. Figura 04: Erosão Pluvial. Fonte: Aula de Geomorfologia Geral UFVJM Veremos abaixo uma seqüência de fotos tiradas no Campus JK da UFVJM em um campo superficial realizado no dia 09/11/2011 pelo grupo Tank de Israel do 6 período das matérias de Geomorfologia Geral e AIA Avaliação de Impactos Ambientais. Os materiais utilizados para o campo foram uma maquina digital, e uma caderneta de campo que através de um caminhamento que se iniciou no prédio do pavilhão de aulas seguindo para o leste até as margens do Córrego do Soberbo para então tirar duvidas e conclusões de um levantamento geomorfológico da área do Campus JK.
Foto 03: Entrada Principal do Campus JK. Fonte: Tank de Israel 2011. Foto 03 Entrada principal do Campus JK segundo o Plano Diretor da UFVJM. Notase que a diminuição da capacidade de infiltração no local gerou um aumento de fluxo hídrico direcionado as laterais da pista construída. Este tipo de erosão é lamiar e conseqüente linear que ocorre turbulência e fluxo por canal que caracteriza ravinamento ou erosão por canais os efeitos das escavações efetuadas pelas águas correntes causam um escavamento longitudinal com linhas de maior declividade.
Foto 04: Perfil da Entrada Principal do Campus JK. Fonte: Tank de Israel 2011. Foto 04 - Diferenciação do solo mostrando um solo transportado típico arenoso camada superficial, seguido de um lato solo vermelho escuro.
Foto 05: Perfil da Entrada Principal do Campus JK. Fonte: Tank de Israel 2011. Foto 05 - A erosão incide por baixo do pavimento atingindo certa profundidade caracterizando a busca ou a formação de uma área de captação do lençol freático. Foto 06: Perfil da Entrada Principal do Campus JK. Fonte: Tank de Israel 2011.
Foto 07: Região Sul do Prédio de Educação Física do Campus JK. Fonte: Tank de Israel 2011. Foto 07 Vimos que o motivo das obras estarem incompletas, muitas áreas estão sofrendo pelo que poderíamos dizer rejeito das obras do Campus, esta foto 07 fica claro que a canalização incompleta ou provisória é grande responsável na aceleração dos processos erosivos chegando a transporte sedimentos e matérias de construção.
Foto 08: Região Sul do Prédio de Educação Física do Campus JK. Fonte: Tank de Israel 2011. Foto 08 Fluxo por canais com linhas de maior declividade, algum vestígio de vegetação, mas não suficiente para controlar processos dinâmicos da área.
Foto 09: Região Sul do Prédio de Educação Física do Campus JK. Fonte: Tank de Israel 2011. Foto 09 Erosão lamiar conseqüente linear (ravinamento) provavelmente pela falta ou retirada da vegetação do local. Contem média extensão contendo um avanço rápido, pois na área se concentra todo fluxo de água decorrente de precipitação do entorno.
Foto 10: Lateral leste do campo de futebol do Campus JK. Fonte: Tank de Israel 2011. Foto 10 - Para tal recuperação, foram instaladas barreiras de contenção de sedimentos feitas sacos de ráfia contendo terra. O acúmulo de sedimentos causou o rompimento da barreira mostrando a capacidade de erosão do fluxo hídrico corrente.
Foto 11: Lateral leste do campo de futebol do Campus JK. Fonte: Tank de Israel 2011. Foto 11 Novamente a canalização incompleta é responsável pelo aumento erosivo, as barreiras de contenção neste momento esta realizando um papel importante, pois esta servindo para reter os sedimentos transportados, importante pensar que neste momento as barreiras estão funcionando corretamente.
Foto 12: Área de capitação da rede de esgoto do Campus JK. Fonte: Tank de Israel 2011. Foto 12 Inicio da área de capitação da rede de esgoto canalizada, a partir desta parte a água capitada é armazenada em três barragens de capitação.
Foto 13: Barragens da área de capitação da rede de esgoto do Campus JK. Fonte: Tank de Israel 2011.
Foto 14: Evasão da água de tratamento Campus JK Fonte: Tank de Israel 2011.
Figura 15: Barragem no Córrego do Soberbo Fonte: Tank de Israel 2011.
Figura 16: Imagem aérea 01 do campus II Fonte: Tanque de Israel Figura 17: Imagem aérea 02 do campus II Fonte: Tanque de Israel
Figura 18: Imagem aérea 03 do campus II Fonte: Tanque de Israel 3 CADERNO DE CAMPO
Fonte: Tank de Israel 2011.
Fonte: Tank de Israel 2011.
Fonte: Tank de Israel 2011.
4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS www.ufvjm.edu.br/planodiretor www.google.com/images