Ferramentas para a gestão com tecnologia



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Transcrição:

Aula 4 Ferramentas para a gestão com tecnologia Aula 4 Ferramentas para a gestão com tecnologia Meta Apresentar a computação em nuvem e algumas ferramentas para uso cotidiano do gestor escolar. Objetivos Após o estudo desta aula, você deverá ser capaz de: 1. Definir computação em nuvem e mostrando seus prós e contras e o porquê da adoção desse modo de uso de ferramentas na disciplina; 2. Apresentar alguns serviços na nuvem para uso nos processos de gestão escolar e coordenação de tecnologia, inclusive com a criação de contas de acesso a tais serviços. Teles, Adonai; Mariano, Sandra R.H. Gestão de Tecnologias Educacionais. Rio de Janeiro: SESI/UFF, 2013. 69

70 Teles, Adonai; Mariano, Sandra R.H. Gestão de Tecnologias Educacionais. Rio de Janeiro: SESI/UFF, 2013.

Aula 4 Ferramentas para a gestão com tecnologia Computação em nuvem Na década de 1970, quando computadores ainda estavam apenas em grandes organizações governamentais, como aquelas que cuidavam do censo dos países e suas forças armadas, bancos, grandes empresas, instituições de pesquisas e mais alguns poucos lugares, o modo de uso destes equipamentos era bem parecido com aquilo que hoje chamamos computação em nuvem. Na imagem você vê um IBM 360 em um museu na Alemanha. Naquele momento, os usuários possuíam apenas um terminal em suas mesas ou estações de trabalho. Não raramente, esses terminais eram compartilhados por alguns usuários, que se revezavam civilizadamente no seu uso ou ficavam à espreita pelo momento em que aquele que estava usando o recurso, inevitavelmente, precisaria ir ao banheiro. Um terminal é tão somente um ponto pelo qual o usuário se comunica com o computador. Um teclado pelo qual ele transmite os comandos que deverão ser executados pelo computador e uma tela que apresentava sua digitação e os resultados dos processos solicitados. Em muitos casos, o retorno era feito em listas de impressão, que eram muito comuns nos ambientes de trabalho e circulavam com os resultados do processamento de dados nos computadores das organizações. Em boa parte dos casos, tratavase do computador, um único e solitário equipamento chamado mainframe, que, às vezes, estava bem distante do usuário, reinando em um gelado CPD (centro de processamento de dados) em outro prédio, bairro ou cidade, pois esses computadores não trabalhavam à temperatura ambiente. O terminal não executava nenhuma função localmente e e tampouco armazenava dados. Tudo que acontecia em termos de computação se dava no computador central, onde também ficavam armazenados os bancos de dados e os programas utilizados pelos usuários. O mainframe dividia seus recursos de processamento e armazenagem pelos muitos usuários conectados a ele, via de regra por algum fio de cobre de uma linha privada ou pela rede telefônica convencional. Esse modo de funcionamento já era um grande avanço em relação ao nascimento do computador eletrônico, nas décadas de 1940/50, quando o usuário interagia diretamente com a máquina manipulando relés, chaves ou cartões. Com o advento do PC (personal computer), no início da década de 1980, as modificações nesse quadro se intensificaram. Um filhote dos mainframes, o minicomputador, que ainda atendia muitos usuários simultaneamente, se multiplicou e o poder de processamento foi progressivamente descentralizado, com o estabelecimento de ilhas de poder computacional em departamentos, filiais e escritórios das organizações. Usuários que possuíam um PC podiam, além de usar o computador central por meio de um programa que emulava um terminal ligado ao computador central, executar seus próprios processos locais com softwares instalados na própria máquina. O poder computacional efetivamente chegou à mesa do usuário. Na década de 1990 a Internet, que tem suas origens lá nos anos 1970, chegou ao público em geral e, juntamente com os avanços da microeletrônica e seus pequenos computadores cada vez mais poderosos, tratou de levar a Teles, Adonai; Mariano, Sandra R.H. Gestão de Tecnologias Educacionais. Rio de Janeiro: SESI/UFF, 2013. 71

computação para todos os lugares, incluindo as escolas, residências e os bolsos, bolsas e mochilas das pessoas que hoje carregam laptops, notebooks, tabletes e telefones conectados por todas as partes. Uma grande parte desses dispositivos possuem bastante poder de computação para executar várias funções autonomamente. Com um computador caseiro comum pode-se gravar e editar vídeos e fotografias, produzir e calcular planilhas eletrônicas ou modelos matemáticos mais sofisticados, editar textos e apresentações, executar simulações e jogos eletrônicos. Além disso, todo o resultado desses processos pode ser compartilhado com outras pessoas, facilmente, por meio da Internet. E é aqui que voltamos aos anos 1970 e aos mainframes para concluir nossa introdução teórica à computação em nuvem. Hoje é possível combinar o poder de processamento dos computadores pessoais com sua capacidade de conexão com outros computadores, por meio da Internet, para ligar cada ponto de acesso à Internet numa rede planetária que executa aquele tipo de computação que os mainframes permitiam há mais de 40 anos. Um usuário conectado à Internet, em qualquer parte do planeta, pode executar programas em computadores remotos, localizados em qualquer outra parte do planeta, com a mesma facilidade, e possivelmente algumas vantagens, com que o faria em seu próprio equipamento. Desse modo, hoje utilizamos recursos disponíveis na Internet para uma enorme variedade de funções, tais como armazenamento e cópia de segurança de arquivos, correio eletrônico, produção e manutenção de páginas da internet, participação em redes sociais, negócios eletrônicos (agências de viagens e lojas de produtos em geral, por exemplo), todo tipo de manipulação de imagem e som, uso de bancos de dados, automação de escritório (editor de textos, planilha eletrônica e gerador de apresentações) e muitas outras que sequer suspeitamos imersos em nosso restrito universo cotidiano de interesses pessoais. Porém, como tudo o mais na vida, usar a nuvem também tem riscos e inconvenientes. A dependência de uma conexão estável e rápida à internet é um elemento que pode causar indisponibilidade de algum arquivo ou do uso de algum problema em um momento crucial para você ou sua organização. A segurança dos dados armazenados na nuvem fica a cargo de terceiros. Essa é uma questão que deve ser muito bem avaliada quando se trata de dados confidenciais ou sensíveis por qualquer motivo. Os serviços que você contrata na nuvem podem ser descontinuados em algum momento e isso pode ter consequências graves para suas atividades. Ou seja, a nuvem não é uma panaceia. Trata-se de um recurso muito sedutor e a adesão ao seu uso precisa considerar também os aspectos potencialmente causadores de danos. Em resumo, a computação em nuvem é o passado da computação repaginado em escala global. Saiba mais O conceito de computação em nuvem (em inglês, cloud computing) refere-se à utilização da memória e das capacidades de armazenamento e cálculo de computadores e servidores compartilhados e interligados por meio da Internet. Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/computação_em_nuvem Computadores pessoais, além de possuíram capacidade de executar programas complexos e podem utilizar interfaces muito simples, como a dos navegadores web (web browsers), para executar funções muito complexas e que exigem alto poder de computação. Essas funções são executadas em máquinas localizadas em qualquer lugar do planeta, à semelhança do modelo terminal-mainframe apresentado. 72 Teles, Adonai; Mariano, Sandra R.H. Gestão de Tecnologias Educacionais. Rio de Janeiro: SESI/UFF, 2013.

Aula 4 Ferramentas para a gestão com tecnologia Saiba mais Algumas palavras sobre segurança na internet Usar a internet traz uma série de vantagens na rapidez da comunicação que ela permite e na gama de recursos informacionais aos quais ela permite nosso acesso. Porém, também há riscos associados ao seu uso. Softwares espiões, vírus, mensagens de email falsas e não desejadas (veja uma possível origem para o uso da palavra spam significando mensagem indesejável em http://www.youtube.com/watch?v=3kjdrl6qjwy. Boas risadas!), páginas web falsas e outros, pois os crimes digitais são cada dia mais sofisticados e abundantes. Não obstante, continuaremos usando a internet e, por isso, é preciso informar-se sobre os riscos e as maneiras de evitá-los e minimizar eventuais danos. Use os atalhos listados a seguir para compreender algo mais sobre vírus, antivírus, firewall, anexos de email, links perigosos em emails, phishing, redes p2p, privacidade na web, Java, cookies, atualização do Windows, conta de administrador, pornografia, pedofilia e vários outros. Informar-se sobre as questões de segurança no mundo digital é de vital importância para a coordenação de tecnologia no ambiente escolar. Visite o pacote de links bit.ly/segurancainternet e saiba mais sobre o tema. No próximo tópico, entraremos na sessão prática da disciplina. A partir dele serão apresentadas ferramentas digitais para uso pelos gestores em suas tarefas de administração escolar e coordenação da tecnologia em suas escolas. A computação e o armazenamento de dados na nuvem serão apresentados por meio de alguns serviços disponíveis na web. Uma tarefa de consolidação sobre computação em nuvem é tudo que o separa da hora de botar a mão na massa. Atividade 1 Faça uma pesquisa na web e expanda seus conhecimentos sobre computação em nuvem. Busque ainda por exemplos desse modo de usar computadores que tenham relação com a educação e/ou a gestão escolar. RESPOSTA COMENTADA Essa é uma atividade livre e para a qual não há um gabarito ou uma lista de respostas certas. Em termo gerais, você deve apenas atentar para o caráter remoto dos serviços que selecionará. Desse modo, mesmo que alguma ação seja executada em seu computador, como é o caso dos serviços de armazenagem de arquivos, que possivelmente utilizarão arquivos localizados na sua máquina, a essência do serviço armazenagem, execução de cálculos, manutenção de banco de dados, processamento de textos e imagens e outros deve acontecer nos servidores do prestador do serviço. Você, muito frequentemente, estará utilizando apena seu navegador web (Internet Explorer, Mozilla Firefox, Google Chrome, Opera, Safari e outros) ou uma interface própria do serviço, mas o serviço em si ocorre na nuvem. Ferramentas na nuvem Correio eletrônico Vamos apresentar, começando pelo correio eletrônico, alguns serviços que compõem o leque de ofertas da Google e um serviço adicional de armazenamento de dados. Tudo na nuvem. Teles, Adonai; Mariano, Sandra R.H. Gestão de Tecnologias Educacionais. Rio de Janeiro: SESI/UFF, 2013. 73

Saiba mais Os autores selecionaram os serviços oferecidos pela Google (veja mais informações sobre o que é esta empresa em http://www.google.com/about/company/) como ferramentas para as atividades da disciplina. Destacamos que essa escolha é fruto da experiência própria dos autores em suas atividades de gestão acadêmica e consolidada na conveniência de exigir apenas uma única conta de acesso todas as ferramentas, do mecanismo de busca até o ambiente web de aplicações para instituições de ensino. Essa praticidade também facilita a atividade de tutoria a distância da disciplina, uniformizando e restringindo os pontos de contato ente alunos e tutores no decorrer de suas atividades de EAD. Desse modo, os autores declaram que não possuem nenhum interesse político, comercial ou financeiro na empresa Google e não tem notícia de que as organizações envolvidas no projeto acadêmico deste livro os tenham. Trata-se apenas de uma escolha originada na prática, nas habilidades desenvolvidas e que atende aos propósitos pedagógicos da disciplina. Não existe nenhuma restrição por parte dos autores que constranja ou impeça os alunos de pesquisarem, aprenderem e optarem pelo uso em suas atividades profissionais e pessoais das muitas outras ferramentas disponíveis na web para os mesmos propósitos. Esses serviços e ferramentas, inclusive, serão mencionados no decorrer do texto. Em função da escolha feita e justificada, o Gmail (http://www.gmail. com) será o serviços de correio que utilizaremos para exemplos e tarefas durante as próximas aulas. O correio eletrônico é um serviço de caixa-postal por meio do qual é possível trocar mensagens de texto e nelas incluir anexos na forma de arquivos eletrônicos com textos, fotos, vídeo, som etc. Alguns provedores de correio eletrônico bloqueiam alguns tipos de arquivo, tais como executáveis (com extensão exe) e compactados (com extensão zip, por exemplo). Esse bloqueio é feito por motivo de segurança, posto que executar ou descompactar esse tipo de arquivo pode liberar programas maliciosos e vírus eletrônicos. O correio eletrônico é uma das primeiras formas de comunicação pela internet (ele nasceu em 1971) e, mesmo com o advento dos mensageiros instantâneos (programas para troca de mensagens na forma de um bate-papo no qual todos os participantes estão simultaneamente conectados) e dos programas de comunicação entre computadores e telefones, ainda hoje tem um número elevado de adeptos. Para se ter uma ideia do uso do email, mesmo em um contexto no qual já se falou de sua morte, em 2009 havia uma estimativa de que, em 2013, o número de contas de email no mundo chegaria a 1,9 bilhão. Em 2012, esse número chegou a 3,3 bilhões e a estimativa para 2016 é chegar a 4,3 bilhões ou cerca de 6% de crescimento ao ano. O número de usuários da internet em 2012 foi estimado em 2,1 bilhões. Como vários de nós já sabemos, é frequente que pessoas tenham mais de uma conta de correio eletrônico e empresas também as possuem em grande quantidade além do seu número de funcionários. Numa escola, por exemplo, além da conta de cada professor e técnico administrativo, podem existir contas para a secretaria e coordenações. Logo, o número de contas de email ser bem maior que o de usuários da internet não é algo inesperado. O email se mantém bastante ativo mesmo com os mais de um bilhão de usuários do 74 Teles, Adonai; Mariano, Sandra R.H. Gestão de Tecnologias Educacionais. Rio de Janeiro: SESI/UFF, 2013.

Aula 4 Ferramentas para a gestão com tecnologia Facebook (outubro de 2012) e os 200 milhões que usam o Twitter (dezembro de 2012). E os usuários legítimos ou honestos sofrem uma forte concorrência pelo uso dos recursos. Estima-se que 71% do tráfego de email do mundo é composto de spam, aquelas mensagens indesejáveis e, frequentemente, portadoras de vírus e links para sites falsos de phishing (técnica de roubo de dados sigilosos). Veja todos esses números e muitos mais em http://bit.ly/numerosinternet. Para nossos propósitos, e a fim de não alongar muito esse ponto, vamos considerar simplesmente que o correio eletrônico é uma ferramenta eficiente de comunicação, em especial no ambiente profissional. É muito comum, por exemplo, que mensagens de correio eletrônico sejam solicitadas a fim de documentar um determinado pedido ou processo. Via de regra, serviços prestados ou compras feitas na web são confirmadas por meio de uma mensagem de email para o usuário ou comprador. Mesmo não sendo uma ferramenta feita para esse tipo de atividade, documentação e rastreio de processos, os serviços mais modernos de correio eletrônico oferecem uma série de características que ajudam na catalogação e busca de mensagens trocadas entre emitentes e destinatários. Consideremos o caso de você possuir um endereço pessoal, possivelmente de algum dos vários serviços gratuitos de email disponíveis Hotmail/Outlook.com, Yahoo, Gmail, Zoho, icloud etc ou aqueles vinculados a provedores de acesso à internet, que é o caso de UOL, Terra, IG e outros, e também ter um endereço fornecido pelo seu empregador, algo como seunome@escolatal.edu.br. Os primeiros, conhecidos como webmail, possuem interfaces web que dispensam o uso de qualquer programa instalado localmente em seus computadores. Basta estar conectado à internet e possuir um navegador web (Google Chrome, Firefox, Internet Explorer, Safari e outros) para, na página do serviço, executar todas as operações para enviar e receber mensagens, além de gerenciar sua caixa-postal e definir parâmetros de exibição e segurança de sua conta. Os últimos, muito provavelmente, estão sob a administração da organização na qual você trabalha. Hoje em dia é improvável que ela não mantenha uma interface web para os usuários de correio eletrônico. Nesse caso, o funcionamento e uso é muito parecido com os webmails mais famosos e usados que já foram mencionados. Em alguns caso, no entanto, é possível que você necessite de um programa de correio eletrônico, chamado cliente, para ter acesso às suas mensagens recebidas, compor e enviar mensagens. Esses programas precisam ser instalados e configurados corretamente em cada computador que se desejar receber e enviar emails. Os clientes de email são muitos (veja o verbete da Wikipedia para ter uma ideia 1 ). Alguns dos mais populares são o Outlook, que acompanha o Microsoft Office, e o Thunderbird, da Mozilla Foundation. Ambos executam 1 http://en.wikipedia.org/wiki/comparison_of_email_clients Teles, Adonai; Mariano, Sandra R.H. Gestão de Tecnologias Educacionais. Rio de Janeiro: SESI/UFF, 2013. 75

todas as funções encontradas nas interfaces web, mas com a peculiaridade de armazenarem as mensagens recebidas e enviadas no disco rígido do computador onde estão instalados. O uso dos clientes de email pode ser dispensável, mas é recomendável. Via de regra, é possível configurar qualquer serviço de correio eletrônico para ser utilizado por meio de um cliente de sua escolha. A vantagem de instalar um cliente no seu computador, mesmo quando todo o serviço pode ser executado pelo webmail, é, segundo nosso entendimento, a possibilidade de manter uma cópia de segurança de suas mensagens diretamente sob seu controle. Ainda que a probabilidade de um erro de grandes proporções em algum desses serviços de webmail mencionados ou mesmo no provedor de sua organização não seja preocupante, a cópia de segurança é sempre uma boa ideia. A probabilidade de ocorrer um erro no seu computador deve ser maior que a de um erro nos servidores de email, que geralmente são redundantes, com mais de um computador com cópias das mensagens executando o serviço. Porém, a probabilidade de ocorrência de eventos independentes simultaneamente é dada pela multiplicação das probabilidades de ocorrência de cada um deles. Logo, em qualquer caso, a menor das probabilidades em discussão é a de que ambas as falhas computador pessoal e servidores de correio aconteçam simultaneamente. Então, manter um cliente de email apenas para guardar suas mensagens localmente é uma boa pedida. Isso sem considerar a possibilidade de que sua senha de email seja roubada e, por pura diversão ou maldade, alguém apague suas mensagens na web. Com a questão da segurança de suas mensagens equacionadas, você pode se voltar para a manutenção de duas contas separadas e a necessidade de, para cada uma delas, usar um serviço diferente, com necessidade de senhas em separado e acessos múltiplos para cuidar de cada uma delas. Depois de avaliar a política de armazenamento de mensagens estabelecida pelo seu empregador e caso não haja empecilho a fazê-lo em serviços de terceiros, é possível criar uma conta de correio eletrônico que consolide várias contas de um mesmo usuário, como é o caso de uma pessoal e uma profissional. Vamos apresentar essa facilidade usando o Gmail, mas também é possível implementá-la com outros serviços. No Gmail você pode configurar sua conta para fazer duas coisas: consultar um serviço externo de email para captura de mensagens recebidas nele e enviar mensagens em nome dessa conta externa. Funciona assim: Com uma conta do Gmail ativa você configura a seção Verificar e-mails de outras contas (usando POP3) ; 76 Teles, Adonai; Mariano, Sandra R.H. Gestão de Tecnologias Educacionais. Rio de Janeiro: SESI/UFF, 2013.

Aula 4 Ferramentas para a gestão com tecnologia Para cada conta será necessário informar o nome de usuário, a senha de acesso, o servidor POP e a porta a ser usada. Essas informações podem ser obtidas junto ao serviço utilizado ou com o suporte técnico da sua organização. O tópico de ajuda do próprio Google tem os parâmetros a serem usados para os serviços de webmail mais comuns; Você também pode decidir se deixa ou não cópias na conta configurada, definir o uso do protocolo de segurança SSL, se o serviço permitir, criar um marcador para as mensagens recuperadas pelo Gmail e decidir se deseja ou não exibi-las na caixa de entrada do Gmail; O processo segue com a informação de que você deseja enviar mensagens em nome desse novo endereço. Para isso o Gmail pedirá uma prova de que você é o dono do endereço informado. Isso é feito por meio de uma mensagem enviada para o endereço com um código, que deverá ser informado ao Gmail para que a configuração da conta seja concluída. Você precisará ir ao serviço do endereço configurado para ver a mensagem com o código. Nesse momento seu endereço está configurado e você poderá confirmar as opções que fez durante o processo e verificar que enviará mensagens em nome daquele endereço e elas serão respondidas diretamente para ele, ainda que tudo esteja sendo feito pelo Gmail. Isso é feito com o acesso ao Gmail e a consulta à etiqueta com o nome da conta que você configurou. Ali estarão as mensagens que o Gmail capturou no outro serviço. Você poderá escolher uma delas e respondê-la. Veja que o campo De: estará preenchido com o endereço da conta configurada e não o do Gmail. Altere o destinatário para uma outra conta sua e envie a mensagem. Abra a mensagem no outro serviço e veja que ela foi enviada, supostamente, do endereço configurado e não do Gmail. Responda a mensagem e, mais uma vez, verá que no campo Para: constará o endereço da conta. Quando você fizer isso para sua conta pessoal, caso ela seja de outro serviço que não o Gmail, você terá consolidado todos os seus e-mails em apenas um serviço, o Gmail. Prático, não? Lembre-se, no entanto, que há uma limitação nesse arranjo. As mensagens enviadas a partir do Gmail não serão armazenadas nos servidores da conta configurada, mas nos servidores do próprio Gmail. Apenas as contas recebidas no endereço configurado e aquelas que você eventualmente ainda enviar por ele seguirão sendo armazenadas ali. Essa é nossa contribuição inicial ao uso do email para suas atividades cotidianas. Você pode não querer misturar mensagens pessoais e profissionais, bem como os diferentes contatos que você tem para essas diferentes áreas da vida. Em qualquer caso, você ainda pode usar o recurso apresentado para centralizar, sem perder o caráter institucional, diferentes endereços profissionais em uma única interface. E lembre-se que sempre é possível usar as possibilidade de organização do Gmail para agrupar as diferentes mensagens de diferentes endereços sem que elas jamais se misturem. Cada coisa em seu lugar. Duas observações sobre o Gmail: 1. ele organiza as mensagens segundo o conceito de conversa, agrupando dentro de um pacote cada mensagem individual com um mesmo Teles, Adonai; Mariano, Sandra R.H. Gestão de Tecnologias Educacionais. Rio de Janeiro: SESI/UFF, 2013. 77

assunto (texto que está no campo Assunto/Subject da mensagem). Assim sendo, caso todos os interlocutores de uma mensagem inicial não alterem o campo assunto, todo o fluxo de mensagens enviadas e recebidas será agrupado, facilitando o registro da evolução daquela conversa por email. Em todo caso, se você se perder inicialmente com essa característica do serviço, o Gmail possui uma ferramenta de busca interna (veja detalhes em http://support.google.com/mail/answer/6593?hl=pt) que o ajudará a localizar mensagens individuais ou grupos de mensagens; 2. as mensagens que trafegam no serviço são lidas por programas do Google que utilizam o resultado da leitura para criar uma lista de anúncios que são apresentados junto com as mensagens, do lado direito da caixa de leitura. Observe-os. Tenha em mente que, via de regra, quando o serviço é oferecido gratuitamente na web, o provedor busca alguma forma de remunerar essa oferta gratuita. Logo, quando não há preço a pagar pelo serviço, considere que o produto comercializado ali pode ser as informações sobre você, ainda que isso não inclua a divulgação de suas mensagens ou de seu nome e dados pessoais. Na adesão a qualquer serviço na web, leia os contratos de prestação de serviço e as garantias de privacidade para saber o que pode ser feito com as informações que você presta ou que o serviço pode acumular sobre você. Faça agora uma atividade para criar ou personalizar o uso do seu Gmail. Atividade 12 A atividade consta de três etapas. Na primeira você deve criar sua conta no Gmail, o que equivale a uma conta de acesso global aos serviços da Google. Caso necessite de ajuda, veja o vídeo em http://www.youtube.com/watch?v=zjzdybzhf2k. A segunda parte da atividade consta da configuração de uma conta para que o Gmail capture as mensagens enviadas a ela e envie mensagens em nome dela. Por último, crie etiquetas (labels) para organizar suas mensagens na sua nova conta de email. A primeira dessas etiquetas deverá ser aquela que identifica as mensagens importadas da caixa-postal da conta configurada na segunda parte do exercício. RESPOSTA COMENTADA O resultado esperado é uma conta do Gmail que seja capaz de importar mensagens de uma conta externa e enviar mensagens em nome do endereço dessa conta. A organização de sua caixa-postal deverá contar com algumas etiquetas que o ajudem a separar as várias conversas por assuntos ou temas de seu interesse. Ferramentas na nuvem Armazenamento de dados A armazenagem de dados deve ser o serviço mais simples e fácil de compreender que pode ser oferecido na nuvem. Trata-se de transportar arquivos originalmente residentes em um computador pessoal ou mesmo em uma rede local para os servidores do provedor do serviço de armazenagem ou fazer o upload (subida) dos arquivos. 78 Teles, Adonai; Mariano, Sandra R.H. Gestão de Tecnologias Educacionais. Rio de Janeiro: SESI/UFF, 2013.

Aula 4 Ferramentas para a gestão com tecnologia Depois que esses arquivos foram enviados para o provedor de serviço, eles podem ser visualizados e manipulados a partir de qualquer outro computador conectado à Internet. O acesso aos arquivos na nuvem é protegido por senha e controlado pelo usuário de acordo com as opções que o serviço oferece. O armazenamento de dados na Internet é bastante difundido e não se trata de computação em nuvem, posto que não há nenhum processamento de dados. É um serviço de custódia pelo qual o fornecedor oferece espaço para os arquivos e um método pelo qual eles podem ser recuperados de e compartilhados com qualquer outro computador conectado à web. Nossa primeira e mais simples solução de armazenamento de dados na web é o Dropbox (http://www.dropbox.com), um serviço oferecido por dois alunos do MIT desde 2007 (veja mais em https:// www.dropbox.com/about). O Dropbox é um serviço bastante popular. A conta básica gratuita começa em 2GB de espaço e pode chegar até 16GB em função de um sistema de indicações. Também há contas pagas com planos de 100, 200 e 500GB a partir de cerca dez dólares por mês (dados de março/2013) e um pacote para atendimento de equipes com contas para vários usuários simultâneos. O serviço é bastante simples e funciona, como é o caso de todos os similares que conhecemos, com um componente para ser instalado no computador pessoal e o ambiente web com acesso por navegadores ou aplicações (apps) no caso de dispositivos móveis. O Dropbox permite que cada usuário diferente em um determinado computador instale o programa de sincronização. Esse programa cria e monitora uma pasta especial, chamada Dropbox, na qual o usuário mantém todos os arquivos que deseja enviar para a nuvem. Sempre que o computador se conecta à Internet, a pasta local é sincronizada com sua correspondente nos servidores do Dropbox. Isso acontece em todos os computadores onde o usuário instalar o programa do serviço e associar a pasta local à sua conta pessoal. Desse modo, é possível manter várias cópias atualizadas de uma determinada pasta em vários computadores. Por exemplo, considerando uma conta básica, é possível manter uma pasta com até 2GB de arquivos com suas apresentações para aulas e algumas planilhas para controle de presença que você usa em casa e em duas escolas onde trabalha sempre atualizada em cada um desses lugares. Adicionalmente, você pode associá-las a um pendrive (dispositivo de memória para ser carregado no bolso, mochila, estojo...). Teles, Adonai; Mariano, Sandra R.H. Gestão de Tecnologias Educacionais. Rio de Janeiro: SESI/UFF, 2013. 79

Funciona assim: Você copia sua pasta de arquivos importantes mantidos no computador de casa para um pendrive a fim de garantir que terá sempre uma cópia em caso de problema com o computador. Multimídia O tema da cópia de segurança (backup) é de extrema relevância para aqueles que adotam o uso do computador para produção, manutenção e armazenamento de seu trabalho. Em redes de computadores é possível e recomendável criar um sistema robusto de cópias de segurança que garanta que os conteúdos importantes serão periodicamente duplicados em locais seguros e independentes dos locais de origem dos arquivos. Essas cópias poderão ser recuperadas caso algum dano aos originais seja verificado. No caso de cópias de segurança de um computador pessoal, por exemplo aquele em que você concentra suas atividades profissionais, é possível criar uma rotina de cópias de segurança eficaz usando a combinação nuvem + pendrive/disco rígido externo. O esquema é simples e exige apenas um software especializado em manter a sincronia entre dois dispositivos (pastas de arquivos, mais precisamente) quaisquer. Adequadamente utilizado, o software ajuda na tarefa de manter um ou mais pares de pastas em sincronia. Eles são ideais para fazer as cópias de segurança entre seu computador e um pendrive, disco rígido externo (HD externo) ou uma pasta em uma rede local. Saiba mais sobre cópias de segurança em https://pt.wikipedia.org/wiki/cópia_ de_segurança e conheça alguns desses programas gratuitos nos atalhos abaixo. Allway Sync - https://allwaysync.com; Metro Backup - https://www.superdownloads.com.br/download/11/metrobackup; SyncBack - https://www.superdownloads.com.br/download/126/syncback-(free); PureSync - https://www.superdownloads.com.br/download/46/puresync; Obs.: os autores não testaram esses programas, à exceção do Allway Sync, que é nossa recomendação. Assim, antes de baixar, instalar e utilizar qualquer programa em seu computador, você deve fazer uma cópia de segurança de seus arquivos pessoais pelo modo mais simples: copie manualmente todos eles para um local seguro. Crie uma conta no Dropbox e instala o software no computador de casa, copiando o conteúdo da sua pasta de arquivos importantes para a recém criada pasta Dropbox, que chamaremos de Drop-casa. Quando isso acontecer, o programa iniciará a cópia dos arquivos para a nuvem e você terá então a sua pasta de arquivos importantes salva nos servidores do Dropbox e no seu pendrive. Mais segurança contra a perda de seus arquivos importantes. Em seguida você irá para a primeira escola em que trabalha a fim de dar a primeira aula da tarde. Chegando lá você ligará o computador que utiliza (digamos que ele fica sempre na escola e você tem um usuário próprio cadastrado nele) e se dará conta que esqueceu o pendrive em casa e que as apresentações estão desatualizadas. Ato contínuo, você lembrará que criou sua conta do Dropbox e poderá recuperar a última versão criada no computador de casa e que está na pasta Drop-casa. Há dois modos de fazê-lo e ambos exigem que haja um conexão com a Internet ativa. Você pode ir à página do Dropbox e fazer login no serviço com o usuário (endereço de email) e senha que utilizou quando criou sua conta em casa). Nesse momento você ganha 80 Teles, Adonai; Mariano, Sandra R.H. Gestão de Tecnologias Educacionais. Rio de Janeiro: SESI/UFF, 2013.

Aula 4 Ferramentas para a gestão com tecnologia acesso aos arquivos da pasta Drop-casa que foram copiados para a nuvem. Chamemos essa pasta de Drop-nuvem. Note que se trata de uma cópia dos arquivos originais e não aqueles que (ainda) estão no seu computador de casa e no pendrive esquecido. Bem, com a página do Dropbox aberta você pode selecionar a apresentação atualizada e baixá-la para o computador da escola, dar a sua aula e ficar contente com a praticidade do serviço. Uma segunda opção, que se prova mais conveniente quando se trata de computadores que utilize com frequência e nos quais tenha garantia de segurança de seus arquivos particulares, é a de instalar o programa do Dropbox. Fazendo isso na primeira escola, ao usar o programa com as suas credenciais (usuário e senha), se houver uma conexão com a internet ativa, o serviço copiará o conteúdo da pasta Drop-nuvem para o computador em uso. Então, você terá uma nova pasta que também se chama Dropbox, por padrão, a qual apelidaremos Drop-escola1 que contém as cópias atualizadas dos arquivos que estão na nuvem. Agora os arquivos da nuvem também estão no computador da escola 1. Na escola seguinte, a dois, você pode repetir esse procedimento e deixar o uso da página web do Dropbox para aquelas ocasiões em que usará um computador de maneira eventual. Pra se certificar de que todo o esquema funciona perfeitamente, você pode criar, dentro das pastas Drop-escola1 e Drop-escola2, um arquivo novo em cada escola, teste-escola1.txt e teste-escola2.tx, por exemplo. Você também pode fazer uma pequena alteração na apresentação em cada uma das escolas. Adicione o texto escola1 antes de sair da primeira escola e proceda do mesmo modo na segunda escola. Tendo feito isso, e havendo uma conexão ativa após o fechamento dos arquivos, você notará a primeira mudança (escola1 na apresentação e o novo arquivo txt) quando abrir seu Dropbox na segunda escola e tiver criado a pasta Drop-escola2. Ao chegar em casa você notará ambos os arquivos e ambas as alterações quando verificar o conteúdo da pasta Drop-casa (Lembre-se que esse nome tem caráter didático. As pastas, por padrão, se chamam todas Dropbox). Se, no meio do caminho, você parar na casa de um amigo e pedir para usar o computador dele, poderá verificar todas as mudanças na página web do serviço. Em resumo, usando o Dropbox em computadores conectados à internet, você terá sempre uma versão atualizada na nuvem, no repositório central do serviço, que servirá como base para a atualização dos demais computadores. Qual a grande vantagem de tudo isso? A cada vez que você liga um computador que está conectado ao serviço Dropbox, as versões mais novas dos arquivos que estão nele e que estão na nuvem serão copiadas em ambos os sentidos (computador->nuvem e nuvem->computador) deixando tudo sempre atualizado. Em comparação, aqueles arquivos copiados para o pendrive continuam em seu estado original e, caso não sejam submetidos a um processo de atualização, se manterão assim indefinidamente. Note como a combinação dessas suas práticas sincronização automática com a nuvem e manutenção de cópia de segurança no pendrive torna seu patrimônio digital menos suscetível a perdas e danos. Teles, Adonai; Mariano, Sandra R.H. Gestão de Tecnologias Educacionais. Rio de Janeiro: SESI/UFF, 2013. 81

Além do Dropbox há outros serviços de armazenagem de dados na web, alguns deles com mais recursos, inclusive. Optamos pelo Dropbox em função da sua simplicidade para cumprir a função de armazenagem de arquivos e sincronização entre vários dispositivos conectados à web. Caso tenha curiosidade e disponibilidade de tempo, avalie também: Spider Oak (http://www.spideroak.com) que permite controle mais fino sobre pastas e computadores a serem sincronizados; SkyDrive (http://www.skydrive.live.com) associado aos serviços da Microsoft e que permite inclusive acesso remoto a todos os arquivos de computadores nos quais esteja instalado; Apple icloud (http://www.apple.com/br/icloud) para usuários de computadores Apple (Mac); Amazon Cloud Driver (http://www.amazon.com/clouddrive) não oferece sincronização a mas são alguns gigabytes de armazenamento gratuito e um diferencial para armazenar músicas. Em qualquer dos casos, incluindo o Dropbox, leia as condições de prestação do serviço, inclusive no tocante ao uso dos seus dados pessoais pelo provedor. Gostou? Não gostou? Seja como for, agora pratique para transformar tanta informação em conhecimento e decidir se gosta ou não do armazenamento em nuvem. Atividade 13 Crie uma conta gratuita no Dropbox e deixe que ele faça a cópia de arquivos para a nuvem. Em seguida, veja o resultado da cópia pela página do serviço e, finalmente, quando possível, instale o serviço em outro computador e verifique os resultados da criação, alteração e exclusão de arquivos ali serem replicados na nuvem e, mais tarde, no seu computador pessoal. Esse exercício pode ser mais interessante se você puder fazê-lo usando um computador portátil ou tablete (será preciso instalar a aplicação app do Dropbox em seu tablete). Nesse caso, você poderá observar os efeitos da sincronização quase imediatamente, botando o computador portátil ou tablete lado a lado e ao lado do computador de mesa da escola, por exemplo. Lembre-se de que a segurança de seus arquivos nos computadores que não sejam de seu uso exclusivo deve estar garantida, ao menos, pela existência de um usuário de seu uso particular protegido por senha. Para começar vá até http://www.dropbox.com e siga as instruções para baixar e instalar o Dropbox em seu computador pessoal. RESPOSTA COMENTADA O resultado da atividade é uma conta criada no serviço Dropbox e a visualização de seu funcionamento pela observação dos arquivos nos computadores utilizados e na página web do serviço. Percurso de leitura aprofundada Nossa dica de leitura vai exigir o domínio da língua inglesa e de um leitor de livros eletrônicos. Using Google Apps, de Michael Miller, Pearson Education, 2011 é um livro digital que oferece uma visão global das aplicação da Google, as Google Apps. Com a leitura você certamente se sentirá mais confortável com o uso das aplicações que já mencionamos, aquelas que ainda mencionaremos e que você poderá vir a usar em algum momento. 82 Teles, Adonai; Mariano, Sandra R.H. Gestão de Tecnologias Educacionais. Rio de Janeiro: SESI/UFF, 2013.

Aula 4 Ferramentas para a gestão com tecnologia Resumindo Nesta aula definimos computação em nuvem e mostramos as vantagens de usar programas residentes em locais remotos e da possibilidade de armazenamento de arquivos em computadores espalhados pela internet. Também apontamos aspectos potencialmente danosos do uso da nuvem computacional. Para ilustrar o conceito de nuvem foram apresentadas ferramentas que residem ali. Correio eletrônico e repositório de dados são aplicações que facilitam a vida do usuário e não dependem de mais recursos que um navegador web para serem utilizados. Obs.: Google, Gmail, Dropbox, SpiderOak, AllwaySync, Apple, Amazon, Microsoft, Firefox, Thunderbird e outros softwares e serviços mencionados são marcas registradas de seus proprietários e foram utilizadas com caráter meramente didático. Informações sobre a próxima aula Na próxima aula você será apresentado ao Google Drive ou Google Disco, também conhecido como Google Docs, que vem a ser uma suíte de automação de escritório (editor de textos, planilha eletrônica e editor de apresentações) online. O uso da suíte de automação de escritório na nuvem, seja a da Google ou outras, como Zoho (http://www.zoho.com) ou da Microsoft (http://office.microsoft.com/pt-br/web-apps/), permitem aliar a flexibilidade da nuvem com o uso de uma ferramenta permanentemente atualizada, o que facilita a troca de arquivos entre seus usuários sem perda das características desejadas pelo autor. Referências das imagens Página 71 COMPUTADOR EM UM MUSEU: http://flickr.com/photos/19824957@n00/16732639 COMPUTADOR NAS NUVENS: http://2.bp.blogspot.com/_5bgsvbwfupg/tokfe89xmti/ AAAAAAAAAFg/6QQZNLhJwb0/s1600/500px-Cloud_computing_icon.svg.png Página 72 FALHA NO SISTEMA: http://www.sxc.hu/photo/1205808 (Hidden) Página 73 BÓIA SALVA-VIDAS: http://www.sxc.hu/photo/834366 (Priit Kallas) ARROBA: http://www.sxc.hu/photo/1213683 (Claudio Sepulveda Geoffroy) Página 74 CAIXA DE CORRESPONDÊNCIA: http://www.sxc.hu/photo/166786 ENVELOPES: http://www.sxc.hu/photo/873928 Página 75 http://www.vikitech.com/wp-content/uploads/2012/10/image.png Página 76 TELA: http://blog.toggle.com/wp-content/uploads/2011/03/gmail-import.png SETA: http://www.sxc.hu/photo/1137332 (Giuseppe Acquaviva) Página 77 MENINA: http://www.sxc.hu/photo/785507 (S Braswell) SETA: http://www.sxc.hu/photo/1137332 (Giuseppe Acquaviva) Página 78 PASTA: http://commons.wikimedia.org/wiki/file:data-transfer.svg?uselang=pt-br Página 79 TELA 1: Captura de tela em http://www.dropbox.com (março de 2013) TELA 2: Produzida pelos autores Página 80 SETA: http://www.sxc.hu/photo/1137332 (Giuseppe Acquaviva) TELA: Captura de tela em http://www.dropbox.com (março de 2013) Página 81 REDE: http://www.sxc.hu/photo/1357762 Página 82 GOOGLE APPS: https://sites.google.com Página 83 MÃO: http://www.sxc.hu/photo/1239083 (Cienpies Design) Teles, Adonai; Mariano, Sandra R.H. Gestão de Tecnologias Educacionais. Rio de Janeiro: SESI/UFF, 2013. 83

84 Teles, Adonai; Mariano, Sandra R.H. Gestão de Tecnologias Educacionais. Rio de Janeiro: SESI/UFF, 2013.