Inovação em fármacos no Brasil Alexander Triebnigg, Presidente do Conselho da Febrafarma São Paulo, 28 de maio de 2009
Inovação é consenso no Brasil
Indústria farmacêutica brasileira investe de forma crescente em inovação R$ 302,4 Mi R$ 308,4 Mi R$ 505,3 Mi R$ 87,7 Mi 11,7% 23,8% 25,8% 29,3% 2005 2006 2007 2008 Fonte: Febrafarma
Indústria farmacêutica brasileira investe de forma crescente em inovação Cristália Aché Biolab EMS-Sigma Pharma Eurofarma Produto para disfunção erétil: 7 anos de pesquisa Diversos pedidos de patentes depositados no Brasil e exterior Participação na COINFAR, empresa que pesquisa novas moléculas a partir da biodiversidade brasileira Antiinflamatório pesquisado e desenvolvido no Brasil Participação na COINFAR, empresa que pesquisa novas moléculas a partir da biodiversidade brasileira Parcerias para desenvolver inovações incrementais Depósito de patente do anti-hipertensivo Evasin (veneno da jararaca) Acordo com a italiana MonteResearch: 7 milhões Mantém o maior centro de P&D da América Latina 3 produtos em pipeline em parceria com universidades brasileiras (Universidade Federal do RJ, Universidade Estadual Paulista, Universidade do Vale do Itajaí) Pesquisa em fitoterápicos a partir da biodiversidade brasileira Criação da Incrementha, empresa para desenvolvimento de novos produtos e tecnologias via inovação incremental, em parceria com o Biolab
Defesa da legislação vigente de propriedade intelectual é tema prioritário para a Febrafarma Agenda Prioritária da Febrafarma Estratégico: - Acesso - Política Industrial - Defesa da legislação vigente de propriedade intelectual em âmbito externo e interno ao país
Universidades brasileiras são líderes em patentes na saúde UFMG, UNICAMP e USP 68% dos pedidos de patentes no período de 1990-2006 foram registrados em uma ou mais áreas relacionadas a saúde, fármacos ou alimentação* UNICAMP Universidade brasileira com maior número de patentes depositadas, com mais de 400 patentes Fitoterápico para menopausa patenteado e lançado no mercado brasileiro em parceria com a Steviafarma USP Criação em 2003 da Agência USP de Inovação para dar assistência técnica de PI a comunidade interna
Pedidos de patentes de universidades brasileiras no setor farmacêutico (1997-2008) 28% 3%1% 1% 1% 1% 1% 3% 5% 6% 10% UFMG UNICAMP USP UFRJ UNIFESP UFRS UNESP UERJ UFPE UFSC UFF UFSM OUTROS 25% 13% Fonte: Silva, T. C. ; Patentes farmacêuticas: estudo e comparação do perfil de depósitos de brasileiros e estrangeiros no brasil no período de 1997 até 2008 Monografia de pós graduação em farmacologia, UFLA, 2008
Instituto de pesquisa Fiocruz - 60 patentes e 462 pedidos de patentes em exame
Investimento em P&D&I aumentou o número de pedidos de patentes Pedidos de patentes do setor farmacêutico brasileiro por categoria reivindicada 140 120 100 Número de Pedidos 80 60 40 20 0 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Ano de Depósito Composto Sal Composição Forma Farmacêutica Novo Uso Terapêutico Processo Método Terapêutico Outros Fonte: INPI
Pedidos de patentes por entidade depositante Universidades e institutos públicos lideram o número de pedidos Pedidos de patentes da área farmacêutica com primeiro depósito no Brasil - 1997 a 2008 Fonte: Silva, T. C. ; Patentes farmacêuticas: estudo e comparação do perfil de depósitos de brasileiros e estrangeiros no brasil no período de 1997 até 2008 Monografia de pós graduação em farmacologia, UFLA, 2008
Lei de patentes é importante marco para a evolução da inovação no Brasil na área de fármacos Fonte: Elaboração Prospectiva Informações: INPI, EPO, USPTO e WIPO
Mesmo Brasil tendo um longo caminho a percorrer... A inovação não tem acompanhado a produção científica % dos artigos publicados % patentes reg. nos EUA Forte base científica brasileira x baixa conexão com inovação
... Brasil está à frente dos países da AL Investimento em P&D no Brasil vs América Latina (1990-2000) O Brasil representou: 52% dos investimentos feitos em P&D na América Latina O maior investimento por pesquisador da região - US$ 123 mil x US$ 74 mil (média da América Latina) 60% (US$ 7,1 bi) do total investido em P&D por Brasil, Argentina, Venezuela, México, Costa Rica e Chile em 1996 Fonte: Boletim do Núcleo de Política e Gestão Tecnológica USP nº 34 (abr/mai/jun de 2003)
Gastos com P&D na América Latina Brasil desponta como líder GDP (%) 1970-79 1980-89 1990-00 Brazil 0.53% 0.44% 0.84% Chile 0.32% 0.43% 0.57% Latin America (Average) 0.48% 0.36% 0.52% Central America & Caribbean 0.27% 0.64% 0.42% Venezuela 0.33% 0.31% 0.39% Argentina 0.81% 0.40% 0.37% Mexico 0.19% 0.33% 0.33% Colombia 0.05% 0.11% 0.27% Fonte: http://idbdocs.iadb.org/wsdocs/getdocument.aspx?docnum=1988425
Pedidos de patentes de invenção depositados no escritório de marcas e patentes dos EUA Países na AL 1980 2007 Países 1980 1990 2000 2007 Variação 1980/1990 (%) Variação 1990/2000 (%) Variação 2000/2007 (%) Brasil 53 88 220 385 66,0 150,0 75,0 México 77 76 190 216 (1,3) 150,0 13,7 Argentina 56 56 137 166-144,6 21,2 Chile 8 13 24 105 62,5 84,6 337,5 Fonte: United States Patente and Trademark Office (USPTO)
Forte investimento do Governo em ciência e tecnologia (2000-2007) Investimentos em C&T em milhões de R$ correntes % em relação ao total Ano PIB em milhões de R$ correntes Federais (2) Públicos Estaduais (3) Total Estatais (4) Empresariais Privados (5) Total Total Públicos Empresariais 2000 1.179.482 5.795 2.854 8.649 1.183 5.456 6.639 15.288 56,58 43,42 2001 1.302.136 6.266 3.287 9.553 1.651 6.059 7.710 17.263 55,34 44,66 2002 1.477.822 6.522 3.473 9.995 2.593 6.689 9.282 19.277 51,85 48,15 2003 1.699.948 7.392 3.705 11.098 2.960 7.335 10.296 21.394 51,88 48,12 2004 1.941.498 8.688 3.900 12.588 3.510 7.941 11.452 24.040 52,36 47,64 2005 2.147.239 9.570 4.027 13.597 3.463 10.217 13.680 27.277 49,85 50,15 2006 2.369.797 11.476 4.282 15.758 3.076 11.549 14.625 30.383 51,87 48,13 2007 2.558.821 14.002 5.687 19.689 4.501 13.196 17.698 37.388 52,66 47,34 Fonte: http://idbdocs.iadb.org/wsdocs/getdocument.aspx?docnum=1988425
Subvenção econômica à inovação tecnológica Chamada pública MCT/ FINEP - Financiadora de Estudos e Projetos (2006-2008) Distribuição percentual de recursos por temas (R$) fármacos e medicamentos biotecnologia + saúde biotecnologia 8,70% (23,7mi) 4,50% (23,7mi) 8,10% (25,4mi) sem distinção do investimento 32,20% (144,9mi) 19,8%: 89,1mi (biotecnologia) 12,4%: 55,8mi (saúde) 2006 2007 2008 Total aprovado 272,5mi Total aprovado 313,8mi Total aprovado 450mi
Estamos no caminho certo, mas é o setor privado que deve liderar R&D expenditures for selected countries, by performing sector: Selected years, 2001 03 100% 80% Other nonprofit 60% 40% Higher education Government Industry 20% 0% Italy (2001) Canada (2003) China (2002) France (2002) United Kingdom (2002) Russian Federation (2003) United States (2003) Germany (2003) Japan (2002) South Korea (2003) NOTES: Data are for years in parentheses. SOURCES: Organisation for Economic Co-operation and Development, Main Science and Technology Indicators (2004). See appendix table 4-44. Science and Engineering Indicators 2006
Nos EUA Indústria lidera investimentos em P&D 248bi foram investidos pelas USD 6,4% empresas em 2006 de aumento comparado a 2005 (US$12.7 bilhões)
P&D&I patentes 600 empresas de biotech 75 empresas farmacêuticas 475 equipamentos médicos 60 mil empregos Recursos do governo federal (US$2.3 bi.), Nº 1 de recursos do NIH Recursos de VC (US$3.4 bi ou 11% do total) Entre 2002-05 número de patentes em life sciences foi mais que o triplo da média americana
Apoio do governo à P&D&I Investimentos na modernização do INPI Investimentos no aumento da eficiência e na agilização dos serviços 2005 40.000 decisões/ ano (40 funcionários) 2007 100.000 decisões/ ano (100 funcionários) Redução dos tempos de aprovação para um pedido de patente Ano Eficiência por examinador Demanda/ ano (est.) Backlog Período 2006 12.000 24.000 140.000 11 anos 2007 20.000 26.400 146.400 7,3 anos 2008 30.000 29.000 145.400 4,8 anos 2009 40.000 32.000 137.400 3,4 anos 2010 40.000 35.200 132.600 3,3 anos Novos investimentos são necessários para permitir também a redução do backlog
Apoio do governo à P&D&I Criação de políticas públicas para fomento à inovação Política de Desenvolvimento Produtivo para o Complexo Industrial da Saúde Políticas de incentivo à inovação tecnológica em geral e foco na biotecnologia Profarma (Programa de Apoio ao Desenvolvimento da Cadeia Produtiva Farmacêutica) Financia investimentos destinados à pesquisa, desenvolvimento e inovação, cobrindo despesas associadas a inovações incrementais e ao desenvolvimento de novos farmoquímicos e medicamentos Programa de Inovação da Produção (IP) do BNDES Financia projetos de inovações incrementais, formação de capacitações e ambientes inovadores Fundos Setoriais da FINEP, como o CT-Saúde Busca a capacitação tecnológica nas áreas de interesse do SUS e o estímulo ao aumento dos investimentos privados
Alinhamento P&D&I & PI Essenciais para a competitividade da indústria brasileira Decisões institucionais geram conseqüências no longo prazo nem sempre fáceis de prever. A consolidação de um sistema de incentivos para a produção tecnológica é imprescindível. Para tanto, no curto prazo, é preciso trabalhar urgentemente na eliminação de sobreposição de funções e de políticas em órgãos de governo; na melhoria da articulação institucional (entre, por exemplo, o INPI e ANVISA), e na definição de políticas claras para a propriedade intelectual, no sentido de fomento a absorção de tecnologias por empresas e órgãos nacionais de pesquisa.
Alinhamento P&D&I & PI Essenciais para a competitividade da indústria brasileira Previsibilidade Consistência Tanto nas políticas domésticas... Inovação incremental (patentes de segundo uso e formas cristalinas) Ação de Inconstitucionalidade contra patentes pipeline Revisão da aprovação de pedidos de patentes pela Anvisa Como nas políticas externas Organização Mundial de Saúde Organização Mundial da Propriedade Intelectual Convenção sobre Biodiversidade Organização Mundial de Comércio
Conclusões Políticas públicas consistentes Previsibilidade Brasil situado entre os países da OCDE e os em desenvolvimento Estratégia de comércio exterior deveria estar mais alinhada com onde queremos chegar Entender a propriedade intelectual como instrumento para o desenvolvimento social