FICHA PARA CATÁLOGO: PRODUÇÃO DIDÁTICA PEDAGÓGICA Título Artrópodes e Jogos Pedagógicos para auxiliar na aprendizagem Autor Disciplina/Área (ingresso no PDE) Escola de Implementação do Projeto e sua localização Município da escola Núcleo Regional de Educação Professor Orientador Instituição de Ensino Superior Resumo Rita Zanini Debiazi Biologia Colégio Estadual Alberto Santos Dumont - EFM Cafelândia - PR Cascavel Gabriel Simões de Andrade Universidade do Oeste do Paraná/UNIOESTE - Campus de Cascavel Através desta unidade perceberemos que é possível utilizar o lúdico como aliado da escola, para desenvolver o gosto pelo estudo científico, buscando desenvolver nos alunos o respeito aos animais e o reconhecimento da importância dos animais artrópodes no meio ambiente. O objetivo é proporcionar vivências culturais alternativas por meio de atividades experimentais que auxiliem a fazer relações com os conhecimentos escolares em Biologia. Espera-se contribuir para a melhora das relações pessoais entre os envolvidos, estimulando a participação e o interesse em Biologia, e utilizando como estratégia jogos pedagógicos no estudo dos Artrópodes. É necessário incutir em sala de aula o hábito de utilizar recursos diversos, para que os alunos consigam assimilar melhor o conteúdo e aprimorar o nível intelectual, possibilitando análise e participação. Formando seres pensantes e ativos na sociedade. Assim, os jogos pedagógicos podem aproximar o saber científico com o conhecimento almejado pelos educadores. Palavras-chave (3 a 5 palavras) Artrópodes; Animais invertebrados; jogos pedagógicos. Formato do Material Didático Unidade Didática
UNIDADE DIDÁTICA 1. IDENTIFICAÇÃO Professora PDE: Rita Zanini Debiazi. Área: Biologia. NRE: Cascavel. Professor Orientador: Gabriel Simões de Andrade. IES Vinculada: Universidade Estadual do Oeste do Paraná UNIOESTE. Colégio de Implementação: Colégio Estadual Alberto Santos Dumont. Publico Objeto da Intervenção: 2 ano do Ensino Médio. Tema de estudo: Artrópodes e Jogos Pedagógicos para auxiliar na aprendizagem. Título: Jogos Pedagógicos no Ensino de Artrópodes. 2. INTRODUÇÃO O conhecimento científico não é algo pronto e acabado, mas algo que foi adquirido pela humanidade no decorrer de sua existência e, a todo o momento pode ser questionado, complementado ou refutado, desde que tenha sido experimentado e comprovado. No decorrer dos tempos, este conhecimento tem sido passado através das gerações e em muito tem colaborado na formação pessoal e profissional do ser humano. Segundo as Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná:
Compreender o fenômeno da VIDA e sua complexidade de relações, na disciplina de Biologia, significa analisar uma ciência em transformação, cujo caráter provisório permite a reavaliação dos seus resultados e possibilita repensar, mudar conceitos e teorias elaborados em cada momento histórico, social, político, econômico e cultural (PARANÁ, p.61). Carvalho (2008) acrescenta que, todo conhecimento científico tem uma história que foi construída através de analises que nem sempre o aluno e até mesmo professores conseguem imaginar como esse conteúdo chegou até o material didático usado em sala de aula. Porém é necessário ter em mente que esse conhecimento só está ao nosso alcance por ter sido comprovado com bases científicas, passado por vários estudiosos para então, chegar a ser publicado e servir de apoio aos nossos estudos. Mesmo os conteúdos que podem muitas vezes parecer inúteis aos olhos de alguns, tem um significado importante na vida acadêmica ou profissional de outros. Em especial, os conteúdos de Biologia que estão relacionados à vida de maneira geral se tornam parte de cada indivíduo e também da própria manutenção do planeta. Pensar na biologia nem sempre é recordar de algo que foi fácil de ser assimilado, por isso, muitos indivíduos apresentam dificuldades de compreensão e fixação dos conteúdos. Assim, atividades lúdicas melhorariam o resultado da aprendizagem dos estudantes no ensino médio? Os jogos pedagógicos poderiam aproximar o saber científico com o conhecimento almejado pelos educadores? Para responder tais questões, muitos educadores têm buscado alternativas para facilitar o acesso ao conhecimento científico, onde os jogos pedagógicos tem encontrado respaldo. Como o conteúdo dos Seres Vivos, os Artrópodes são encontrados no meio ambiente e possuem uma variedade muito grande e bela, mas que acabam tornando seu estudo um tanto quanto difícil. Mesmo sendo algo concreto, os alunos encontram dificuldades na aquisição do mesmo, devido à falta de acesso a esses animais. Sendo assim, procurar-se-á através dos jogos, reconhecer a importância dos animais artrópodes no meio ambiente, e as principais diferenças. E assim, tornar o assunto mais próximo da realidade dos alunos, facilitando com exemplos em figuras coloridas e explicações que serão assimiladas conforme o jogo vai transcorrendo e a leitura do material vai acontecendo. Para aprimorar nos alunos o respeito aos animais e o gosto pelo estudo
científico melhorando o aprendizado, esta unidade apresenta os jogos pedagógicos como instrumento facilitador da aprendizagem, propondo responder a questão: atividades lúdicas melhorariam o resultado de aprendizagem dos estudantes no ensino médio? O objetivo deste trabalho é buscar desenvolver nos alunos o respeito aos animais e o gosto pelo estudo científico melhorando o aprendizado. Reconhecer a importância dos animais artrópodes no meio ambiente, e as principais diferenças. Contribuir para a melhora da relação pessoal entre os alunos envolvidos, estimulando a participação e o interesse em buscar novas soluções, com a finalidade de realizar um determinado objetivo, como estratégias para ganhar um jogo. Com vivências culturais criativas por meio de atividades experimentais que ajudem os alunos a fazer relações com os conhecimentos escolares em Biologia, será utilizado o jogo para que possa mediar o ensino e a aprendizagem, atingindo os objetivos esperados, é necessário um estudo antes de sua aplicação. Esse estudo permitirá que o professor questione-se sobre qual a finalidade de utilizar determinado jogo, como utilizá-lo e quais as situações que poderão ser trabalhadas para que haja uma aprendizagem efetiva. 3. OS JOGOS NO ENSINO DA BIOLOGIA É através do lúdico que o aluno vai aprimorando os conceitos que adquire e podemos aproveitar este fato na escola, não apenas para trabalhar com os pequenos, mas também com adolescentes, jovens e adultos, para tornar o aprendizado mais significativo e prazeroso. O jogo pode oportunizar o trabalho de conteúdos não só conceituais, mas também procedimentais e atitudinais. O professor, em sua prática pedagógica, deve ter consciência de que os conteúdos conceituais, procedimentais e atitudinais são objetos de aprendizagem que estão presentes em todas as atividades e contribuem para o desenvolvimento da capacidade dos alunos para uma participação ativa e transformadora, por isso, são necessários que sejam considerados elementos que devem ser abordados no ensino. Uma das possibilidades de abordagem desses
conteúdos é mediante o uso de jogos didáticos. (FERRAZ, et al. 2011, p.127). Para um trabalho pedagógico com jogos é necessário que os mesmos sejam escolhidos e trabalhados com o intuito de fazer o aluno ultrapassar a fase da mera diversão, ou de jogar pela tentativa e erro apenas. Por isso, é essencial a escolha de uma metodologia de trabalho que permita a exploração do potencial dos jogos na aprendizagem. No trabalho com os alunos, é interessante propor, sempre que possível, e adequado à idade, diferentes possibilidades de análise, apresentando novos obstáculos a serem superados. Quando o professor utiliza jogos no ensino da Biologia o faz com a intenção de propiciar a aprendizagem. Por meio do estudo, o professor encontrará diversos tipos de jogos. Existem os jogos de estratégia, de treinamento, de fixação, como também quebra-cabeças, caça-palavras e outros. A proposta neste trabalho está centrada nos jogos de estratégia, mas utiliza também os de treinamento e fixação, pois no momento em que o aluno cria estratégias para jogar ele precisa treinar e fixar as peças e as informações das mesmas, assim ampliando seu conhecimento científico. 4. METODOLOGIA O presente trabalho advém da necessidade de encontrar recursos que facilitem a aprendizagem, buscando melhorar os resultados acadêmicos dos alunos. A abordagem metodológica construtivista que será empregada nesta atividade está embasada numa abordagem cognitivista e integracionista, tendo ênfase na capacidade do aluno melhorar seu conhecimento científico, com troca de conhecimentos. A metodologia a ser utilizada é a dos três momentos pedagógicos, com um enfoque na investigação. Primeiro será empregado a Problematização, a Organização do Conhecimento e a Aplicação do Conhecimento, logo após será investigado o conhecimento que o aluno tem sobre o conteúdo, em seguida, será revisto o conteúdo aplicado os jogos e, por fim,
analisado se houve melhora no aprendizado. 5. PROBLEMATIZAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DO CONHECIMENTO - ESTUDANDO OS ARTRÓPODES Você sabe o que é um Artrópode? Os alunos responderão a esta pergunta usando seu conhecimento prévio e intuitivo. As respostas serão escritas no quadro para que sejam analisadas pela turma. Pesquisem no dicionário o que significa o termo artrópode e registrem no caderno. A seguir compare com as respostas dadas anteriormente. Elas são correlatas ou parecidas? Os artrópodes constituem o mais numeroso grupo animal existente na Terra, onde a cada quatro animais existentes, três são artrópodes. Pertencem ao filo Arthropoda: borboletas, aranhas, centopeias, libélulas, gafanhotos, ácaros, besouros, escorpiões e outros. Os artrópodes são triblásticos, celomados, simetria bilateral, corpo segmentado. A segmentação só é bem visível nas formas larvais. No decorrer do desenvolvimento os segmentos se fundem e formam regiões distintas, onde cada região é denominada tagma. No caso dos insetos, possuem corpo dividido em três tagmas: cabeça, tórax e abdome. No camarão e na aranha, a cabeça está soldada ao tórax, formando um cefalotórax, no embuá e na lacraia, há apenas uma cabeça e um tronco. Possuem exoesqueleto revestido por quitina e associado a proteínas, que aumenta sua rigidez, como os crustáceos (siris e caranguejos), que é impregnado de fosfato e carbonato de cálcio. Nos artrópodes terrestres existe ainda uma cobertura de cera que impermeabiliza, impedindo a desidratação e favorecendo a adaptação ao ambiente. Em certos pontos, o esqueleto é fino e dobrável (articulações), onde os músculos estriados se fixam e ajudam na movimentação (marcha, natação ou voo). Os apêndices podem desempenhar funções como
pegar a comida, mastigação, sucção e outros. As antenas favorecem os sentidos (olfato e tato). O exoesqueleto envolve quase totalmente o corpo do animal e periodicamente estes animais trocam este envoltório, regulado pelo hormônio da muda ou ecdisona, ocorre o crescimento, porque o novo exoesqueleto é flexível e permite o desenvolvimento do animal, depois ele se torna rígido e o crescimento cessa. Em cada muda ou ecdise o exoesqueleto separa-se da epiderme e rompese em determinados locais, então o animal abandona o exoesqueleto, inicia-se um crescimento rápido e a epiderme secreta o novo esqueleto. Os artrópodes possuem várias características, dentre elas algumas permitiram sua evolução com sucesso para perpetuação da espécie. Que características são estas? Como ocorre crescimento apenas quando o exoesqueleto é flexível, a curva de crescimento desses animais é diferente dos outros animais. Que tal você desenhar em seu caderno, o gráfico que representa o crescimento desses animais, explicando o que ocorre e por que isso ocorre? Veja que interessante: um elefante consegue carregar nas costas um objeto equivalente a 25% de seu peso, ou seja, cerca de 1,5 toneladas, (LINHARES, 2011.p.250). Mas não é o animal mais forte. Leia mais sobre isto no Livro Biologia Hoje de LINHARES, e fique sabendo. Os artrópodes possuem várias características, dentre elas algumas permitiram o sucesso da sua evolução e a perpetuação da espécie. Que características são estas? 6. PROBLEMATIZAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DO CONHECIMENTO - ESTUDANDO OS PRINCIPAIS GRUPOS DE ARTRÓPODES A classificação dos artrópodes varia de acordo com as varias hipóteses filogenéticas, o adotado interpreta os artrópodes como um filo monofilético, no qual se podem detectar quatro grandes linhas evolutivas, que constituem quatro subfilos. (LOPES, 2005, p.326)
Sônia Lopes (2005) expõe o cladograma abaixo que resume a proposta de classificação monofilética: TRILOBITA não possuem representantes atualmente, mas em épocas passadas viviam em mares. CHELICERATA artrópodes com quelíceras e entre os representantes temos aranhas e escorpiões, Merostomatas encontramos os do Gênero Limulus animais que vivem na areia e são conhecidos como caranguejoferradura. CRUSTACEA subfilo cujos representantes mais comuns são os siris, as lagostas e os camarões. UNIRAMIA subfilo representado pelos artrópodes com apêndices não ramificados, antenas e pernas e são encontrados neste grupo os Insetos, quilópodes e diplópodes. Para facilitar nossos estudos iremos analisar o subfilo dos crustáceos e as classes dos insetos, aracnídeos, quilópodes e diplópodes. Em duplas, escrevam de dois a cinco nomes de cada classe citada anteriormente. Se sentirem dificuldades podem pesquisar no livro didático ou
nestes sites sugeridos: < http://www.sobiologia.com.br/conteudos/reinos3/artropodes.php> Acesso em 04/12/12. < http://www.brasilescola.com/biologia/artropodes2.htm> Acesso em 04/12/12. 6.1. OS INSETOS São animais que conseguiram se adaptar a muitos ambientes e por este motivo dominam o planeta Terra. A enorme diversidade dos hexápodes foi resultado, principalmente, de sua extraordinária adaptação à vida no ambiente terrestre, ao vôo e à coevolução com as plantas que produzem flores. Mesmo sendo animais essencialmente terrestres e tendo ocupado virtualmente todos os nichos ecológicos possíveis no ambiente terrestres, os hexápodes também invadiram habitats de água doce e só não estão presentes em águas oceânicas subtidais. (RUPPERT, 2005, p.844) O corpo dos insetos é formado por cabeça, tórax e abdome. Apresentam um par de antenas, um par de olhos compostos, três olhos simples, apêndices bucais, destacando-se as mandíbulas. Os apêndices bucais podem apresentar diversas modificações dependendo da variedade ou dos hábitos alimentares do grupo de insetos. Alguns animais possuem aparelho mastigador e sugador maxilar. Pesquise sobre os aparelhos mastigadores e sugador dos insetos. Como são formados? Em que animais são encontrados? Qual a função deles? Sugestões de endereços para pesquisa: < http://www.mundoeducacao.com.br/biologia/aparelho-bucal-dos-insetos.htm > e < http://www.escolakids.com/insetos.htm > Os insetos apresentam ainda três pares de pernas que partem do tórax, nos alados que voam e, é dali que surgem as asas. O sistema digestório é formado de boca com glândulas salivares, papo que armazena o alimento, cecos gástricos (aumentando a superfície de absorção), estômago, intestino e ânus. Os
órgãos excretores são os túbulos de Malpighi, onde ocorre a filtração do sangue, reabsorção de água e concentração de excretas nitrogenadas (ácido úrico sendo a excreta menos tóxica e é insolúvel em água). A respiração é realizada por traquéias que se comunicam com o exterior por meio dos espiráculos, que entra por ali e vai diretamente para as células sem entrar em contato com o sangue. As formigas vivem em sociedade. Em cada colônia de formigas há muitas rainhas, responsáveis pela reprodução e que podem viver até 18 anos. Antes de colocar os ovos, as rainhas perdem suas asas. Para aprimorar seu conhecimento busque em: http://www.escolakids.com/formiga.htm Agrupem-se em trios e ilustrem em forma de gibi (texto com figuras) contando como é a vida das formigas. http://www.escolakids.com/formiga.htm> Os insetos apresentam sexos separados com fecundação interna e o desenvolvimento pode variar, como nas traças de livros que são ametábolos com desenvolvimento direto; a barata que é hemimetábolo (desenvolvimento indireto e metamorfose incompleta); borboleta que apresenta metamorfose completa. Veja ilustração da metamorfose completa disponível em: < http://www.colegioweb.com.br/biologia/insetos.html > Organizem-se em equipes de no máximo três alunos e inventem um jogo de memória com alguns animais que compõem o grupo dos insetos e suas características. 6.2. OS ARACNÍDEOS Os aracnídeos são organismos pertencentes à classe Arachnida do filo dos Artrópodes e incluem as aranhas, carrapatos, escorpiões, etc. O corpo é geralmente dividido em cefalotórax e abdome, na cabeça ao redor da boca se encontram as quelíceras estruturas que manipulam o alimento e um par de
pedipalpos que pode funcionar como órgão sensorial ou de cópula no macho e olhos simples. Apresentam quatro pares de pernas no cefalotórax e as produtoras de fios de seda possuem glândulas fiandeiras que se localizam na região posterior e ventral do abdome. Existe estudo com a teia de aranha para fabricar coletes a prova de balas por serem muito resistentes. Saiba mais sobre a teia da aranha disponível em: < http://www.tecmundo.com.br/ciencia/17894-5- tecnologias-baseadas-em-teia-de-aranha.htm> A respiração nos aracnídeos é feita por filotraqueias (pulmões foliáceos) que se comunicam com o exterior por orifício denominado estigma e as trocas gasosas ocorrem no sangue, nas aranhas apresentam ainda as traquéias. A excreção ocorre por túbulos de Malpighi e também por glândulas coxais. Os aracnídeos apresentam sexos separados, fecundação interna e desenvolvimento direto. Nos escorpiões, a parte posterior da cauda é mais estreita e no final dela existe o aguilhão uma estrutura que abriga o veneno e serve para inocular o veneno. A maioria dos aracnídeos são predadores, mas existem os parasitas como o ácaro causador da sarna e também o cravo da pele humana, muitos são terrestres, embora exista um grupo de ácaros adaptados ao ambiente aquático. Cotidiano: para ficar informado em Como cuidar das espinhas? Consulte o seguinte endereço e aprenda a se prevenir.< http://belezaesaude.dae.com.br/espinhas/ >. As aranhas viúvas-negras do gênero Latrodectus, recebem esse nome pela razão do hábito que a fêmea tem de devorar o macho, após o acasalamento. De tamanho pequeno (cerca de um centímetro), causam muitos acidentes. Pesquise no livro Biologia Hoje Seres Vivos (LINHARES) e escreva um texto sobre os acidentes com aracnídeos. Montar um jogo tipo dominó em grupos de quatro componentes.
6.3. OS CRUSTÁCEOS Neste grupo, a maioria das espécies vivem em ambientes aquáticos, como camarões, lagostas, siris, caranguejos. Você conhece algum destes animais? Pergunte ao seu colega. Escreva o nome desses animais. Existem espécies sésseis como os camarões, as cracas (filtradores), os de vida livre como caranguejos que são detritívoros e alguns podem ser herbívoros. Alguns crustáceos como camarões, lagostas, siris e caranguejos são utilizados na alimentação, porém há necessidade de se observar casos de pessoas que tem alergia a camarões e não podem alimentar-se com esses seres. Esses seres apresentam o corpo subdividido em cabeça, tórax e abdome, ou em outros, cefalotórax e abdome. Na cabeça se encontra dois olhos compostos geralmente pedunculados e dois pares de antenas. Ao redor da boca estão um par de mandíbulas e outros apêndices utilizados na obtenção de alimentos. As pernas partem do cefalotórax (siris e caranguejos) ou do cefalotórax e abdome (camarões). A respiração ocorre por brânquias, e a excreção é feita por glândulas maxilares e pelas glândulas verdes ou antenares. A maioria dos crustáceos possuem sexos separados, embora existam espécies hermafroditas (cracas), mas na fecundação ocorre cópula, com fecundação cruzada e na maioria o desenvolvimento é indireto com presença de larvas. Em grupos de até três alunos, escrevam as características dos crustáceos e monte um jogo de caça palavras. Depois troquem os jogos entre os grupos e encontrem as características no caça palavra. As palavras devem aparecer na diagonal de cima para baixo e vice-versa, na horizontal de trás para frente e na forma normal.
6.4. OS QUILÓPODES Você sabe que animais são estes? Nos quilópodes o corpo é subdividido em cabeça e tronco. Apresentam um par de patas por segmento, onde o primeiro par é transformado em forcípula e na extremidade desta se encontra uma glândula produtora de veneno. São animais carnívoros e usam o veneno para paralisar suas vítimas, possuem um par de antenas longas, olhos simples e um par de mandíbulas. Quais são as características dos quilópodes? Como é formado o sistema digestório, circulatório, respiratório e excretor destes seres? Esses seres são animais dióicos, com desenvolvimento direto ou indireto. O que estes termos significam. Pesquise no seu livro didático e registre em seu caderno. 6.5. OS DIPLÓPODES Nos diplópodes o corpo é subdividido em cabeça e tronco. Apresentam dois pares de patas por segmento, um par de antenas curtas, olhos simples e um par de mandíbulas. São animais herbívoros ou detritívoros e mais conhecidos como piolho-de-cobra. Apresentam sistema digestório com boca e ânus, sistema excretor formado por túbulos de Malpighi. O sistema respiratório é formado por traquéias e o sistema circulatório é aberto. São animais dióicos, com desenvolvimento direto ou indireto. As diferenças entre os quilópodes e diplópodes são pequenas. Compare-os e faça uma tabela com suas semelhanças e diferenças.
COTIDIANO: ALGUMAS CURIOSIDADES A abelha rainha é alimentada com geleia real, alimento rico em hormônios, proteínas e vitaminas, tornando-a mais robusta e resistente desde a sua fase larval afinal de contas, uma única rainha tem capacidade de botar até mil ovos por dia! O própolis é utilizado para vedar frestas da colmeia, também evitando entrada de microorganismos. Além das abelhas sociais, existem também aquelas que vivem solitárias e as que se comportam como parasitas de outras abelhas. Abelhas da subfamília Meliponinae não possuem ferrão. Já as da Apinae, como a Apis mellifera, são dotadas dessa estrutura. A apicultura, criação de abelhas para fins de subsistência ou comercial, era considerada pelos egípcios há pelo menos 2600 anos A.C. Na atualidade existem mais de 35 mil espécies de aranhas em todo o mundo e cerca de 15 mil em nosso país. Elas são predadoras e, por esse motivo, são muito importantes no controle de diversas populações. A formiga-de-fogo, Solenopsis invicta, nativa da América do Sul, se tornou uma espécie exótica invasora em diversas partes do mundo, provocando prejuízos financeiros e ameaçando a fauna local. Sua picada é bem dolorosa. O estudo dos Chilopoda, assim como dos Diplopoda, em nosso país, ainda deixa a desejar. As maiores coleções científicas desses animais são do instituto Butantan e do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo. Libélulas possuem dois pares de asas, de envergadura que varia entre dois e vinte centímetros, podem funcionar separadamente, de
acordo com a forma e velocidade de voo que pode durar até cinco horas diárias e atingir cerca de 90 km/h. 7. PARA FIXAÇÃO E ENRIQUECIMENTO DO CONTEÚDO ABORDADO Organizem-se em grupos de cinco componentes para confeccionar os seguintes jogos: baralho dos artrópodes e caminho dos artrópodes. Depois joguem estes jogos de forma alternada, sendo que todas as equipes deverão jogar os dois jogos. Após façam mais algumas atividades lúdicas para fixar o conteúdo. 7.1. BARALHO DOS ARTRÓPODES Este jogo tem a finalidade de facilitar o estudo dos diversos grupos de artrópodes de uma maneira descontraída, que garanta aos alunos: o reconhecimento dos grupos animais em um contexto de aprendizagem significativo; o relacionamento entre a descrição da morfologia e as imagens dos animais. DESAFIO DO JOGO O desafio colocado ao jogador é o de conseguir reunir, antes dos demais participantes, o conjunto de cinco cartas relacionadas a um determinado grupo de artrópodes através da escolha do próprio jogador e está no fato dos jogadores não terem conhecimento da escolha do grupo animal feita pelo adversário. O BARALHO O baralho dos artrópodes possui 25 cartas, divididas em cinco conjuntos de cinco cartas, sendo cada conjunto representado por um grupo dos artrópodes: Insetos Crustáceos
Aracnídeos Quilópodes Diplópodes Em cada conjunto as cartas estão numeradas de 1 a 5 e possuem imagens de um dos grupos animais e as outras três contém características específicas dos respectivos grupos. Número de jogadores: O baralho deve ser aplicado para grupos de cinco alunos e um aluno para observar o jogo e ver se os colegas estão lendo as cartas em voz alta ao formarem o grupo com as cinco cartas. MODO DE JOGAR: 1. Embaralhar as cartas. 2. Distribuir para cada jogador cinco cartas. Cada jogador deve manter as cartas na sua mão de forma a ocultá las dos adversários. 3. Em cada rodada, cada jogador deverá passar uma de suas cartas para o jogador à sua esquerda. Todos os jogadores deverão passar suas cartas simultaneamente. Dessa forma, a carta recebida só pode ser passada na rodada seguinte. O VENCEDOR Ganha o jogo quem conseguir reunir primeiro as cinco cartas referentes ao seu grupo dos artrópodes.
Figura 01: Um modelo de cartas do baralho dos artrópodes. 7.2. CAMINHO DOS ARTRÓPODES O jogo caminho dos artrópodes será baseado em um cladograma que representa a evolução dos anelídeos, com o surgimento das classes: crustáceos, insetos, aracnídeos e miriápodes. Neste caminho serão colocadas características dos grupos, alguns benefícios e prejuízos que os mesmos causam ao ser humano, buscando demonstrar que todos os grupos derivam de um ancestral comum e que sofreram mutações evoluindo cada um a sua maneira. A duração do jogo varia de 20 a 45 minutos dependendo da pontuação dos dados. OBJETIVOS Reconhecer os benefícios e prejuízos causados pelos artrópodes ao ser humano. Perceber as diferenças morfofisiológicas existentes nos grupos de artrópodes. Despertar o interesse pelo conhecimento científico através do lúdico. Respeitar a si mesmo, aos colegas e os animais como seres vivos.
MATERIAL NECESSÁRIO: Papel cartão ou cartolina onde será desenhado um cladograma, mostrando a evolução dos artrópodes, bem como características, benefícios e prejuízos que os mesmos podem causar, formando um caminho demarcado por onde estarão colocados os itens a serem seguidos. Um dado. Cinco peões que poderão ser clips ou tampas de canetas de cores variadas para representar cada jogador. Seis alunos, onde cinco jogarão e o sexto observará o jogo e será o juiz para que os passos sejam seguidos. COMO JOGAR? Cada aluno deverá jogar o dado uma vez. Inicia o jogo o aluno que obtiver o maior número de pontos, se houver empate, poderá usar par ou impar para desempate, em seguida será o jogador que estiver a sua direita. Os peões deverão ser colocados na parte externa antes de iniciar o cladograma e aluno que irá iniciar o jogo deverá novamente jogar o dado para ver quantas casas irá avançar, assim como os demais. Estes lerão em voz alta o enunciado que se encontra na casa em que parou. Ganha o jogo o aluno que chegar primeiro ao fim da trilha. Figura 02: Sugestão do jogo caminho dos artrópodes
7.3. MOMENTO DE DESCONTRAÇÃO Sem esquecer o conteúdo, que tal assistirmos ao vídeo de Leo Porto Lindo, com a Paródia dos Artrópodes? Assistam ao vídeo: Música artrópodes Leo Porto Lindo (referência completa nas Referências Bibliográficas). Agora é com vocês! Formem grupos e cada grupo irá fazer uma paródia sobre os animais designados a seguir: grupo 1 insetos; grupo 2 crustáceos; grupo 3 aracnídeos; grupo 4 quilópodes; grupo 5 diplópodes. Alguns alunos ficarão de fora dos grupos com o objetivo de analisar as paródias. Observarão a participação do grupo (quem está participando e quem não) e se ao menos cinco características dos artrópodes estão presentes na letra. 8. CONSIDERAÇÕES FINAIS Acreditamos que a aprendizagem em Biologia torna-se mais significativa ao aluno e o trabalho, mais prazeroso ao professor, quando trabalhamos com jogos. Destacamos, entretanto, que não apresentamos um tratamento sistemático e completo sobre os jogos e as atividades abordadas, apenas algumas indicações e sugestões que obviamente não esgotam o assunto e poderão ser ampliadas pelo leitor interessado. Buscar alternativas que proporcionam maior entendimento do assunto é um objetivo que devemos alcançar, seja com jogos ou outros meios, como a
informática por exemplo. 9. REFERÊNCIAS AZEVEDO, Maria Cristina P. Stella. Ensino por investigação: Problematizando as atividades em sala de aula. Disponível em: < http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br.> Acesso em 15/10/2012. CARVALHO, Rosangela Wahl. Caderno Pedagógico Material Genético. Disponível em: <http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_ pde/2007.> Acesso em 15/10/2012. FERRAZ, Daniela Frigo.; et al. Interfaces da Formação de Professores e o Ensino de Biologia. Cascavel, Edunioeste, 2011, p.127. LINHARES, Sérgio; Gewandsznajder, Fernando. Biologia Hoje Os Seres Vivos. São Paulo: Ática, 2011, p. 250-272. LINDO, Léo Porto. Paródia dos artrópodes. Disponível em: <http://www.youtube.com/results?search_query=musica+artr%c3%b3podes+ %E2%80%93+Leo+Porto+Lindo.&oq=Musica+artr%C3%B3podes+ %E2%80%93+Leo+Porto+Lindo.&gs_l=youtube.12...7292.7292.0.11069.1.1.0.0.0. 0.7.7.1.1.0...0.0...1ac.1.NhqTN6iGtQk.> LOPES, Sônia. Biologia, Filo arthropoda. São Paulo: Saraiva, 2005. P. 325-340. LOUREDO, Paula. Formiga. Disponível em < http://www.escolakids.com/formiga.htm> Acesso em 22/11/2012. KARASINSKI, Lucas. 5 tecnologias baseadas em teia de aranha. Disponível em: <http://www.tecmundo.com.br/ciencia/17894-5-tecnologias-baseadas-em-teiade-aranha.htm>. Acesso em 30/05/2012. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Matemática para as séries finais do ensino fundamental e para o ensino médio. Disponível em: <http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/file/diretrizes/dce_bio.pdf>. Acesso em 08/10/2012. RUPPERT, Edward E.; Fox, Richard S.; Barnes, Robert D. Zoologia dos Invertebrados: uma abordagem funcional-evolutiva. São Paulo: Rocca. 2005. p.844.