A N E X O I. Bacia hidrográfica do rio Doce / UGRH 7 Guandu, UGRH 8 Santa Maria do Doce e UGRH 9 São José



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Transcrição:

A N E X O I TERMO DE REFERÊNCIA PARA CONTRATAÇÃO DE SERVIÇOS DE ELABORAÇÃO DE CADASTRO AMBIENTAL RURAL (CAR) E DE PROJETOS DE PLANTIO DE ESPÉCIES FLORESTAIS PARA FINS DE CONSERVAÇÃO E/OU ADOÇÃO DE PRÁTICAS RURAIS SUSTENTÁVEIS Bacia hidrográfica do rio Doce / UGRH 7 Guandu, UGRH 8 Santa Maria do Doce e UGRH 9 São José 1. APRESENTAÇÃO Este Termo de Referência (TDR) tem por finalidade apresentar subsídios técnicos e institucionais, bem como fornecer informações que permitam a formalização de propostas para a execução de Cadastro Ambiental Rural (CAR), tal como preconizam o Decreto Estadual n 3346-R, de 11 de julho de 2013 e a Instrução Normativa nº 004 de 30 de setembro de 2013, do Instituto de Agropecuária e Florestal do Espírito Santo e a elaboração de projetos de plantio de espécies florestais para fins de conservação e/ou adoção de práticas rurais sustentáveis, de acordo com o método de elaboração de Projetos adotado pelo Programa Reflorestar, da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Espírito Santo, nas Unidades de Gestão de Recursos Hídricos (UGRH) 7 Guandu, 8 Santa Maria do Doce e 9 São José, em atendimento ao Programa de Recomposição de APPs e Nascentes (P52). O TDR estabelece os requisitos para a execução do Cadastro Ambiental Rural e dos projetos de plantio de espécies florestais para fins de conservação e/ou adoção de práticas rurais sustentáveis, com descrição dos produtos, conforme estabelecidos nos itens 7, 8 e 9 deste Termo de Referência, a serem apresentados ao IBIO - AGB Doce, durante a vigência do contrato. Também encontram-se detalhados a metodologia para a execução do Cadastro Ambiental Rural e dos projetos de plantio de espécies florestais para fins de conservação e/ou adoção de práticas rurais sustentáveis, os prazos para entrega dos produtos, bem como a qualificação mínima dos profissionais que irão compor a equipe técnica da contratada. 29

2. CONTEXTO As águas brasileiras, tornadas bens de domínio público com a promulgação da Constituição de 1988 e das Constituições Estaduais, têm seus usos disciplinados pela Lei Federal nº 9.433, de 8 de janeiro de 1997. A Lei que institui a Política Nacional de Recursos Hídricos (PNRH) e cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos (SINGREH) trouxe aperfeiçoamentos e modernidade no modelo de gerenciamento das águas no País e baseiase no fundamento de que a gestão dos recursos hídricos deva ser descentralizada e contar com a participação do Poder Público, dos usuários e das comunidades. Integram o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos: I. o Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH); II. a Agência Nacional de Águas (ANA); III. os Conselhos de Recursos Hídricos dos Estados e do Distrito Federal; IV. os Comitês de Bacia Hidrográfica (CBHs); V. os órgãos dos poderes públicos federal, estaduais, do Distrito Federal e municipais cujas competências se relacionem com a gestão de recursos hídricos; e VI. as Agências de Água. Compete aos Comitês de Bacia Hidrográfica, no âmbito de sua área de atuação, dentre outras funções, promoverem o debate de questões relacionadas a recursos hídricos e articular a atuação de entidades intervenientes; aprovar e acompanhar a execução do Plano de recursos hídricos da bacia e sugerir as providências necessárias ao cumprimento de suas metas; e estabelecer os mecanismos de cobrança pelo uso de recursos hídricos. As Agências de Água, integrantes do SINGREH, são consideradas braço executivo dos comitês e exercem, dentre outras, a função de secretaria executiva, implementando as decisões de um ou mais comitês de bacia hidrográfica em suas respectivas áreas de atuação, de acordo com as competências que lhe são designadas no Art. 44 da Lei Federal nº 9.433/1997. Para operacionalização das Agências de Água, visando o cumprimento das atribuições estabelecidas na PNRH, foi publicada a Lei Federal n 10.881, de 09 de junho de 2004, que dispõe sobre os contratos de gestão entre a Agência Nacional de Águas e Entidades Delegatárias das funções de Agência de Águas relativas à gestão de recursos hídricos de domínio da União e dá outras providências. No âmbito estadual, visando o cumprimento das 30

atribuições estabelecidas na Política Estadual de Recursos Hídricos, foi publicada a Deliberação Normativa CERH nº 23, de 12 de setembro de 2008, que dispõe sobre os contratos de gestão entre o Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM) e as entidades equiparadas a Agências de Bacias Hidrográficas relativas à gestão de recursos hídricos de domínio do estado de Minas Gerais. 2.1 Do IBIO - AGB Doce O Instituto BioAtlântica (IBIO), uma associação civil sem fins lucrativos, foi habilitado a exercer as funções de Agência de Água na bacia hidrográfica do rio Doce, tendo sido sua indicação como Entidade Delegatária, aprovada pelo Conselho Nacional de Recursos Hídricos, por meio da Resolução CNRH nº 130, de 20 de setembro de 2011. Em 24 de agosto de 2011, por meio da Deliberação nº 31, o CBH Doce aprovou o Contrato de Gestão nº 072/2011 entre a Agência Nacional de Águas e o IBIO. Nos comitês estaduais mineiros, a equiparação do IBIO como Agência de Bacia Hidrográfica no âmbito das bacias afluentes dos rios Piranga, Piracicaba, Santo Antônio, Suaçuí, Caratinga e Manhuaçu foi aprovada no Conselho Estadual de Recursos Hídricos de Minas Gerais, através da Deliberação CERH-MG nº 295, de 16 de dezembro de 2011, tendo sido firmado o Contrato de Gestão nº 001/2011 com o Instituto Mineiro de Gestão das Águas. Já no estado do Espírito Santo, onde a cobrança pelo uso da água ainda não foi regulamentada, aguarda-se a aprovação do IBIO junto ao Conselho Estadual de Recursos Hídricos (CONSEMA) e posterior assinatura do respectivo Contrato de Gestão. Dessa forma, o IBIO - AGB Doce, além de atuar como Secretaria Executiva dos Comitês, tem a função de implementar as metas constantes do Programa de Trabalho dos Contratos de Gestão, em consonância com as diretrizes do Plano Integrado de Recursos Hídricos (PIRH) da bacia hidrográfica do rio Doce. 2.2 Do Plano de Aplicação Plurianual (PAP) dos recursos da cobrança No intuito de orientar sobre os estudos, planos, projetos e ações a serem executados com recursos da cobrança pelo uso da água em toda a bacia hidrográfica do rio Doce, foi aprovado pelos CBHs, em abril de 2012, o Plano de Aplicação Plurianual (PAP) dos recursos arrecadados com a cobrança para o período 2012 a 2015 (Deliberação CBH Doce nº 32), a partir de programas priorizados do PIRH Doce. 31

Em agosto de 2014, após um amplo processo de discussão no âmbito dos CBHs estaduais, o CBH-Doce aprovou a Deliberação nº 42, que altera a Deliberação nº 32. A alteração no PAP considerou principalmente a necessidade de adequar os desembolsos na bacia às atuais estimativas de arrecadação oriunda da cobrança pelo uso de recursos hídricos; a necessidade de revisão dos critérios de alocação dos recursos arrecadados pela União na bacia; e a necessidade de concentrar a aplicação dos recursos em um menor número de programas e ações. Dentre o total de 11 Programas previstos no PAP, foram alocados, até 2015, cerca de R$ 1,5 milhões, de recursos da União destinados aos CBHs capixabas afluentes do Rio Doce, para aplicação no Programa de Recomposição de Nascentes e APPs (P52). O Programa P52 está previsto no Plano de Aplicação Plurianual para cada uma das nove unidades estaduais de gestão de recursos hídricos. As atividades propostas pelo programa são: Mapeamento e definição de trechos críticos e sub-bacias piloto com baixa cobertura de vegetação ciliar e de topo de morro; Visitas a campo para avaliação das condições ambientais; Elaboração de proposta de recuperação ambiental. Monitoramento e avaliação dos resultados Entende-se que a execução do Cadastro Ambiental Rural e dos projetos de plantio de espécies florestais para fins de conservação ou adoção de práticas rurais sustentáveis estão previstos nas atividades propostas pelo Programa P52, sobretudo no que concerne a atividade Elaboração de Proposta de Recuperação Ambiental já que estão de acordo com as novas exigências da Lei Federal Nº 12.651/2012, do Decreto Federal Nº 7.830/2012, do Decreto Estadual n 3346-R, de 11 de julho de 2013 e da Instrução Normativa nº 004 de 30 de setembro de 2013, do Instituto de Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (IDAF). Deste modo, os recursos para a contratação dos serviços de execução do Cadastro Ambiental Rural e dos projetos de plantio de espécies florestais para fins de conservação ou adoção de práticas rurais sustentáveis serão oriundos do Programa de Recomposição de Nascentes e APPs (P52). 32

2.3 Da bacia hidrográfica do rio Doce e sua porção capixaba. A bacia do rio Doce encontra-se situada na região Sudeste do País, entre os paralelos 17 45' e 21 15' S e os meridianos 39 30' e 43 45' W, compondo a região hidrográfica do Atlântico Sudeste. Possui uma área de drenagem de cerca de 86.715 km², dentre os quais 86% pertencente ao Estado de Minas Gerais e o restante ao Estado do Espírito Santo, englobando um total de 228 municípios, dos quais 211 possuem sede dentro da bacia. O rio Doce possui suas nascentes nas serras da Mantiqueira e do Espinhaço, em Minas Gerais, e suas águas percorrem aproximadamente 850 km até atingir o Oceano Atlântico, no povoado de Regência, distrito do município de Linhares, no Espírito Santo (Figura 3.1). Existem dois rios de dominialidade federal na bacia do rio Doce: o rio Doce e o rio José Pedro, afluente do rio Manhuaçu. Limita-se ao sul com a bacia hidrográfica do rio Paraíba do Sul, a sudoeste com a bacia do rio Grande, a oeste com a bacia do rio São Francisco, ao norte e noroeste com a bacia do rio Jequitinhonha e a nordeste com as bacias do litoral norte do Espírito Santo. No Estado de Minas Gerais a bacia do rio Doce compõe-se de seis Unidades de Gestão dos Recursos Hídricos (UGRHs) com Comitês de Bacia já estruturados e no Estado do Espírito Santo, a bacia conta com três UGRHs com Comitês de Bacia também existentes. Esses comitês se inter-relacionam através do Comitê da Bacia do rio Doce (CBH Doce). As nove unidades estaduais de gestão de recursos hídricos (UGRHs) da bacia contemplam as UGHR1 Piranga; UGHR 2 Piracicaba; UGHR 3 Santo Antônio; UGHR 4 Suaçuí; UGHR 5 Caratinga e UGHR 6 Manhuaçu, em Minas Gerais, e três no Espírito Santo, correspondente às UGHR 7 Guandu; UGHR 8 Santa Maria do Doce e UGHR 9 São José. 33

Figura 1 Localização da bacia do rio Doce A atividade econômica da bacia do rio Doce é bastante diversificada, destacando-se: a agropecuária (reflorestamento, lavouras tradicionais, cultura de café, cana-de-açúcar, criação de gado leiteiro e de corte e suinocultura.); a agroindústria (sucroalcooleira); a mineração (ferro, ouro, bauxita, manganês, pedras preciosas e outros); a indústria (celulose, siderurgia e laticínios); o comércio e serviços de apoio aos complexos industriais; e a geração de energia elétrica. A bacia abriga 80 Unidades de Conservação, sendo 69 localizadas em Minas Gerais e 11 no Espírito Santo. Abriga também duas grandes áreas reconhecidas pela UNESCO como Reservas da Biosfera, caracterizadas como áreas de importância mundial na conservação da biodiversidade, onde é possível desenvolver a gestão integrada da terra, das águas e da biodiversidade, a partir de um mosaico de unidades de UCs. São elas: a Reserva da Biosfera da Mata Atlântica (RBMA), no Espírito Santo, e a Reserva da Biosfera da Serra do Espinhaço (RBSE), com parte de sua área na bacia, abrigando dois importantes biomas gravemente ameaçados, a mata atlântica e o cerrado. Com objetivo de preservar um remanescente florestal com 240 km² da Floresta dos Tabuleiros, foi criada em 1982 a Reserva Biológica de Sooretama, que, juntamente com a 34

Reserva Florestal Vale do Rio Doce, forma o maior maciço florestal do Espírito Santo, com cerca de 460 km². A porção capixaba da bacia do Rio Doce está localizada no bioma Mata Atlântica que, devido ao nível excepcional de biodiversidade e à sua vulnerabilidade a ameaças contínuas, é um dos 34 hotspots de biodiversidade em todo o mundo, áreas em que as ações de conservação são mais urgentes. A ocupação do solo, especialmente no espaço rural da porção capixaba do Rio Doce, ocorreu historicamente de forma predatória em relação aos recursos naturais, por meio do desmatamento indiscriminado das áreas, sem planejamento correto do uso do solo e sem utilização de práticas conservacionistas adequadas nas áreas agricultáveis. Estes fatos levaram à degradação dos recursos naturais, trazendo diversos prejuízos econômicos, sociais e ambientais ao meio rural, ao setor público e a toda sociedade, em consequência da redução da cobertura florestal natural. 3. OBJETO O objeto deste Termo de Referência é a contratação de serviços de consultoria especializada para a ELABORAÇÃO DE CADASTRO AMBIENTAL RURAL (CAR) E DE PROJETOS DE PLANTIO DE ESPÉCIES FLORESTAIS PARA FINS DE CONSERVAÇÃO E/OU ADOÇÃO DE PRÁTICAS RURAIS SUSTENTÁVEIS nas UGRH 7 Guandu - compreendendo os municípios de Brejetuba, Afonso Cláudio, Laranja da Terra e Baixo Guandu -, 8 Santa Maria do Doce compreendendo os municípios de Santa Teresa e São Roque do Canaã e 9 São José compreendendo os municípios de Linhares, Vila Valério, Rio Bananal, Sooretama e Governador Lindemberg, visando auxiliar no processo de regularização ambiental e na conversão de pelo menos 1500 hectares, sendo 500 hectares por bacia, atualmente degradados ou utilizados em atividades produtivas que impactam negativamente o meio ambiente, para florestas recuperadas ou atividades produtivas de base florestal com baixo impacto ambiental e que contribuam com o aumento de cobertura florestal, envolvendo pelo menos 200 propriedades rurais por bacia, totalizando a quantidade mínima de 600 propriedades, de acordo com a Instrução Normativa do IDAF nº 004 de 30 de setembro de 2013 e com o método de elaboração de projetos adotado pelo Programa Reflorestar. 35

4. DIRETRIZES Na elaboração do presente Termo de Referência foi tomado como base o Decreto n 3346-R, de 11 de julho de 2013, que dispõe sobre o Cadastro Ambiental Rural (CAR) no Estado do Espírito Santo, a Instrução Normativa do IDAF nº 004 de 30 de setembro de 2013, que estabelece critérios e procedimentos para a inscrição de imóveis rurais no Cadastro Ambiental Rural - CAR e Editais de Pregão Eletrônico da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Espírito Santo, que dispõe sobre as especificações técnicas para a elaboração de projetos de plantio de espécies florestais para fins de conservação ou adoção de práticas rurais sustentáveis. O Cadastro Ambiental Rural (CAR) é um instrumento fundamental para auxiliar no processo de regularização ambiental de propriedades e posses rurais. Consiste no levantamento de informações georreferenciadas do imóvel, com delimitação das Áreas de Proteção Permanente (APP), Reserva Legal (RL), remanescentes de vegetação nativa, área rural consolidada, áreas de interesse social e de utilidade pública, com o objetivo de traçar um mapa digital a partir do qual são calculados os valores das áreas para diagnóstico ambiental. Ferramenta importante para auxiliar no planejamento do imóvel rural e na recuperação de áreas degradadas, o CAR fomenta a formação de corredores ecológicos e a conservação dos demais recursos naturais, contribuindo para a melhoria da qualidade ambiental, sendo atualmente utilizado pelos governos estaduais e federal. No governo federal, a política de apoio à regularização ambiental é executada de acordo com a Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012, que criou o CAR em âmbito nacional, e de sua regulamentação por meio do Decreto nº 7.830, de 17 de outubro de 2012, que criou o Sistema de Cadastro Ambiental Rural - SICAR, que integrará o CAR de todas as Unidades da Federação. No Espírito Santo, o órgão responsável pela implementação do CAR é o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (IDAF) e o sistema de registro das informações é o Sistema Integrado de Monitoramento e Licenciamento Ambiental (SIMLAM). Além da segurança jurídica e de servir como instrumento para planejamento do imóvel rural, o CAR será pré-requisito para obter autorizações, como licenças ambientais e autorização para exploração florestal e queima controlada. O documento também será exigido pelos cartórios de registro de imóveis para unificação, desmembramento ou alienação das 36

propriedades. Outro aspecto importante é que, a partir de 2017, os bancos só disponibilizarão crédito para as propriedades rurais que aderirem ao cadastro. Nas propriedades rurais que apresentarem passivos ambientais identificados no CAR, seus proprietários deverão aderir ao Programa de Regularização Ambiental (PRA), assim que regulamentado nas instâncias federal e estadual. O PRA tem como finalidade adequar ambientalmente o imóvel rural. Para tanto, o Programa Reflorestar, da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Espírito Santo, pode fornecer as condições necessárias para que o imóvel rural quite o passivo ambiental. O Programa Capixaba de Ampliação da Cobertura Florestal, denominado Programa Reflorestar, possui como principal estratégia a integração de projetos e ações pré-existentes e que estejam consonantes com seus objetivos, de forma a possibilitar ao produtor rural um amplo pacote de estímulo para manutenção e implantação de práticas sustentáveis de uso dos solos em sua propriedade. Seguindo o que foi estabelecido no Planejamento Estratégico de Desenvolvimento da Agricultura Capixaba: novo PEDEAG 2007-2025, o REFLORESTAR possui a meta de ampliar a cobertura florestal em 230 mil hectares até 2025. Para atingir essa meta, o Programa fará uso de seis modalidades de conservação, recuperação florestal e sistemas produtivos que incluam cobertura arbórea (uso amigável do solo), a saber: Conservação de floresta em pé: propriedades que já possuem área de cobertura florestal nativa preservada serão estimuladas, via pagamento direto aos produtores (Pagamento por Serviços Ambientais PSA), a manter tal área através da conservação das mesmas; Regeneração Natural: consiste no isolamento e eliminação do fator de degradação em determinada área (cultivo agrícola, pasto, etc.), para que sua vegetação seja reconstituída de forma natural; Recuperação com Plantio: consiste no plantio de mudas de espécies nativas da Mata Atlântica em áreas degradadas, com o objetivo de recuperar as funções do ecossistema local; Sistemas Agroflorestais: combinam, em um mesmo sistema, espécies lenhosas perenes (árvores, arbustos, palmeiras, etc.) e culturas agrícolas (café, milho, 37

mandioca, etc.). Portanto, compreendem produção e conservação dos recursos naturais. Além da diversificação da produção e consequente distribuição do rendimento dos produtores rurais, ao longo do ano, os sistemas agroflorestais auxiliam na conservação dos solos e microbacias; Sistemas Silvipastoris: combinam em um mesmo sistema árvores e pastagens. O sistema silvipastoril auxilia na conservação dos solos e microbacias e, por ser multifuncional, possibilita diversificar a produção; Floresta Manejada: cultivo das árvores para exploração de recursos madeiráveis e não madeiráveis, sem corte raso para uso alternativo do solo. O principal objetivo do Programa Reflorestar é manter, recuperar e ampliar a cobertura florestal, com geração de oportunidades e renda para o produtor rural, através da adoção de práticas de uso amigável dos solos. O programa foi estruturado com base em oito etapas de atuação com o objetivo de colocar em prática as seis modalidades de conservação, recuperação e uso amigável do solo. As etapas são as seguintes: 1. Mapear áreas para atuação do programa; 2. Priorizar áreas para atuação do programa; 3. Prospectar e gerar interesse pelo programa; 4. Mobilizar e cadastrar propriedades elegíveis; 5. Elaborar projeto técnico para as propriedades selecionadas; 6. Realizar pagamentos aos produtores e executar os projetos; 7. Monitorar a execução dos projetos; 8. Comunicar resultados e trocar experiências. Para alcançar a meta de 230 mil hectares, o programa uniu ferramentas de Pagamentos por Serviços Ambientais, associado à restauração florestal de Áreas de Preservação Permanente - APP, Reserva Legal - RL, modificação do uso e ocupação do solo, para modelos mais amigáveis de produção, tal como sistemas agroflorestais - SAF, silviculturais e outros. Assim, 38

espera-se aliar os benefícios ambientais do aumento de cobertura florestal ao crescimento de oportunidades de desenvolvimento econômico e social dos produtores rurais em todo Estado. Constitui-se como grande gargalo ao alcance das metas de recuperação florestal e na execução ampla e maciça do CAR, a falta de pessoal no campo exclusivamente dedicado ao apoio do produtor rural na inscrição do mesmo no CAR e no acompanhamento das diretrizes propostas pelo Programa Reflorestar. Essas atividades demandam grande atenção e comprometimento principalmente nas etapas de projeção geográfica para geração dos croquis para o CAR, a elaboração de projetos técnicos e monitoramento da execução dos mesmos. Assim, de forma a permitir o alcance das metas de recuperação da cobertura florestal e de regularização ambiental das propriedades rurais faz-se necessária a contratação de equipe técnica para a execução do Cadastro Ambiental Rural, de acordo com as normas do IDAF, e a elaboração de projetos técnicos, de acordo com as normas e regras de implantação do Programa Reflorestar. Visando a otimização de recursos e entendendo a possibilidade da criação de um arranjo institucional que fortaleça estas políticas ambientais, o Programa de Recomposição de APPs e Nascentes (P52), apoiará por meio deste Edital, a contratação do CAR e dos Projetos Técnicos nas propriedades rurais, enquanto o Governo do Estado do Espírito Santo, Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEAMA), por meio do Programa Reflorestar, financiará os insumos necessários para as intervenções nas propriedades rurais, bem como mecanismos de pagamento por serviços ambientais inseridos no neste Programa. 5. RESPONSABILIDADES 5.1. Do Instituto BioAtlântica (IBIO - AGB Doce) a) Licitar e contratar consultoria especializada para execução do Cadastro Ambiental Rural e dos projetos de plantio de espécies florestais para fins de conservação e/ou adoção de práticas rurais sustentáveis; b) Participar, junto com os Comitês de Bacia e a consultoria contratada, das reuniões de mobilização com os proprietários rurais para convencimento e cadastramento dos 39

mesmos; c) Fiscalizar, avaliar e acompanhar o desenvolvimento das diversas etapas do trabalho; d) Garantir o repasse de informações aos Comitês de Bacia sobre todas as etapas dos processos de execução do Cadastro Ambiental Rural e dos projetos de plantio de espécies florestais para fins de conservação ou adoção de práticas rurais sustentáveis, por meio de reuniões, oficinas, audiências e debates, e da atuação de órgãos de representação colegiada. 5.2. Da consultoria contratada a) Prestar consultoria na execução do Cadastro Ambiental Rural e dos projetos de plantio de espécies florestais para fins de conservação e/ou adoção de práticas rurais sustentáveis mediante coleta de informações das propriedades rurais, visitas técnicas em campo, elaboração de projetos, participação nos eventos previstos, apresentando os produtos definidos nos prazos estipulados no presente Termo de Referência, nos termos dispostos nos itens 7, 8 e 9 deste Termo de Referência; b) Promover e participar de eventos envolvendo os municípios contemplados pelo Programa P52 (Recomposição de Nascentes e APPs) para a execução do Cadastro Ambiental Rural e dos projetos de plantio de espécies florestais para fins de conservação ou adoção de práticas rurais sustentáveis e de reuniões junto ao IBIO - AGB Doce para nivelamento de informações e discussão das metodologias a serem adotadas e dos resultados esperados, com o objetivo de subsidiar e otimizar a elaboração dos referidos produto dispostos nos itens 7, 8 e 9 deste Termo de Referência e no cronograma previsto. 40

6. ÁREA DE ATUAÇÃO Os municípios que compõem as bacias hidrográficas objeto desta contratação são os listados abaixo: BACIA HIDROGRÁFICA GUANDU SANTA MARIA DO DOCE SÃO JOSÉ MUNICÍPIOS Brejetuba, Afonso Cláudio, Laranja da Terra e Baixo Guandu. Santa Teresa e São Roque do Canaã Linhares, Vila Valério, Sooretama, Rio Bananal e Governador Lindemberg. Os projetos deverão ser elaborados preferencialmente nos municípios listados na tabela anterior. Em caso de impossibilidade de cumprimento das metas nos municípios elencados, a contratada deverá apresentar justificativa técnica fundamentada do não atendimento das metas, sendo que outros municípios inseridos na mesma bacia poderão ser atendidos, desde que aprovados pelos comitês de bacia e caso não se verifique impacto financeiro sobre a possível alteração. 7. RESULTADOS ESPERADOS Inscrição de todas as propriedades rurais que serão contempladas pelo Programa P52, nesta consultoria, no Cadastro Ambiental Rural através do SIMLAM (Sistema Integrado de Monitoramento e Licenciamento Ambiental), encontrado no site do IDAF (http://idaf.simlam.com.br/portal/). Projetos elaborados, conforme item 9.4, que permitam a conversão da modalidade de uso do solo de pelo menos 1.500 hectares, envolvendo no mínimo 600 produtores rurais nas três bacias; Contratos de Pagamento de Serviços Ambientais elaborados para, pelo menos, 600 produtores rurais, permitindo o início de conversão de pelo menos 1.500 hectares. 41

8. PRODUTOS ESPERADOS Produto 1 Plano de trabalho Produto 2 Este produto, que será entregue em lotes, necessariamente deverá ter os seguintes materiais: a) Relatório de execução de campo do Cadastro Ambiental Rural. b) Arquivos em formato Shapefile com as informações concernentes ao Cadastro Ambiental Rural das propriedades rurais. c) Relatório contendo a base de dados, definida pelo IDAF em Instrução Normativa 004/2013, que permita a inserção das mesmas no SIMLAM (Sistema Integrado de Monitoramento e Licenciamento Ambiental). d) Relatório contendo os números do CAR (número controle do IDAF) para cada propriedade inserida nas áreas dos mananciais elencados. A contratada deverá no âmbito desta contratação adequar ou readequar, sem qualquer custo adicional, as informações apresentadas ao IDAF até que o mesmo emita em definitivo o Cadastro Ambiental Rural, que terá validade por prazo indeterminado. e) Projetos técnicos elaborados, validados pelo IBIO e pelo Núcleo Gestor do Programa Reflorestar (NGPR) e protocolados junto à SEAMA, devidamente acompanhados da documentação necessária à instrução processual, contendo a projeção de conversão da modalidade de uso do solo de pelo menos 1500 hectares e envolvendo pelo menos 600 produtores rurais. Cada projeto deverá ser acompanhado da Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) relativa à sua elaboração. Caso o projeto não seja validado pelo IBIO e/ou pelo Núcleo Gestor do Programa Reflorestar, deverá ser adequado pela contratada até a sua validação, sem qualquer custo adicional. Os lotes deverão ser entregues conforme tabela abaixo: Lotes Número de projetos Hectares (mínimo) 1 200 500 2 200 500 3 200 500 TOTAL 600 1500 42

Produto 3 Relatório final das atividades que contenha: descrição dos trabalhos de execução do CAR e elaboração de projetos realizados em cada propriedade, identificação dos principais problemas enfrentados e propostas para solucioná-los, inclusive com quantificação de insumos e orçamento para tal, (conforme modelo fornecido pelo Núcleo Gestor do Programa Reflorestar), Atas, listas de presença e relatórios fotográficos dos dias de campo, reuniões, eventos e trabalhos de elaboração de projeto em cada propriedade. Os produtos deverão ser entregues em versão preliminar para análise e aprovação final pela contratante. A versão final, após aprovação da contratante, deverá ser apresentada em meio impresso, em três cópias impressas em papel A4 (210 x 297 mm), e três cópias em meio digital, em CD ou DVD gravado em seção fechada. Mapas e plantas deverão estar digitalizados no software ArcGis 10. Os arquivos com extensão KML e o conjunto de arquivos que compõe os Shapes (arquivos.shp,.shx,.dbf e outros) deverão ser entregues gravados em CD ou outra mídia não retornável. Os arquivos KML devem ser entregues para cada modalidade e propriedade individualmente, o nome do arquivo precisa estar com o nome do produtor_nome do layer, considerando que os nomes dos layers serão iguais para cada elemento descrito, conforme orientações do Programa Reflorestar. Exemplo: JoseSilva_limites_da_propriedade.kml Os arquivos em formato *.shp devem ser entregues todos compilados em um único arquivo shape contendo na tabela de atributos o nome do produtor e método usado. Os relatórios deverão ser acompanhados de tabelas, mapas, quadros, formulários, entre outros elementos que se fizerem necessários para perfeita compreensão das proposições. Caso os produtos não sejam aprovados deverão ser complementados e reapresentados, pela consultora contratada, ao contratante para aprovação final. Todas as peças componentes do trabalho executado pela contratada relatórios, planilhas, banco de dados, fotos, filmagens, imagens e mapas, dentre outros inclusive originais e CDs e/ou DVDs, serão de propriedade do contratante. A contratada poderá reter cópia dos produtos acima indicados, mas sua utilização para fins diferentes do objeto deste instrumento necessitará de autorização prévia do contratante mesmo depois de encerrado o contrato. Considerando que o Núcleo de Gerenciamento do Programa Reflorestar vem trabalhando no desenvolvimento de um sistema on-line de elaboração de projetos, contendo ferramenta específica de desenho de croquis e mapas, geração de formulários diversos, dentre outras funcionalidades, o IBIO-AGB Doce se reserva o direito de alterar a forma de apresentação dos produtos, sem prejuízos a CONTRATADA, uma vez que o novo método on-line em 43

desenvolvimento irá simplificar o processo de elaboração de projetos, excluindo a necessidade do uso de softwares específicos para elaboração de croquis, dentre outras possíveis atividades. 9. MÉTODO DE TRABALHO Descrevem-se, a seguir, as etapas de trabalho e atividades para o desenvolvimento dos produtos descritos no item 8. 9.1. Execução do Cadastro Ambiental Rural As ações necessárias para a execução do Cadastro Ambiental Rural estão disponíveis no SIMLAM (Sistema Integrado de Monitoramento e Licenciamento Ambiental), e seu portal encontra-se no site do IDAF: http://idaf.simlam.com.br/portal/ e também na Instrução Normativa IDAF nº 004/2013, que deve ser seguido pela empresa contratado na realização do objeto deste TDR. A execução do Cadastro Ambiental Rural ocorrerá concomitantemente à elaboração dos projetos técnicos para recuperação florestal e/ou de implantação de modelos de uso amigável do solo e/ou de identificação de cobertura florestal passível de recebimento de PSA. 9.2. Ambientação e treinamento para o programa REFLORESTAR As ações iniciais do trabalho da CONTRATADA serão orientadas pelo Curso de Treinamento do Programa Reflorestar - CTPR, de participação obrigatória, oferecido pelo Programa Reflorestar, em parceria com o IBIO AGB-Doce, e reuniões de trabalho com o IBIO, Núcleo de Gestão do Programa REFLORESTAR NGPR, CBHs e parceiros para identificar as áreas potenciais para atuação dentro dos municípios definidos no contrato. Nesta fase, a participação da CONTRATADA em reuniões de mobilização nos municípios será oportuna, tendo em vista o contato direto com produtores e parceiros e a possibilidade de realização de cadastro de interessados. Destaca-se que o cadastro de interessados é uma atividade que pode se prolongar durante todo o período de elaboração de projetos. 9.3. Plano de Trabalho A CONTRATADA deverá elaborar plano de trabalho contendo programação de atendimento aos produtores rurais, com cronograma de ação, a fim de realizar as visitas necessárias para a execução do CAR e elaboração dos projetos técnicos para recuperação florestal e/ou de implantação de modelos de uso amigável do solo e/ou de identificação de cobertura florestal passível de recebimento de PSA. O Plano de Trabalho aprovado será considerado como entrega de produto para fins de pagamento de parcela dos serviços da CONTRATADA. 44

9.4 Execução do CAR e Elaboração dos Projetos Para executar o Cadastro Ambiental Rural e elaborar os projetos técnicos para recuperação florestal e/ou de implantação de modelos de uso amigável do solo e/ou de identificação de cobertura florestal passível de recebimento de PSA, deverão ser realizadas visitas aos produtores cadastrados, conforme planejamento. Neste momento, deverão ser coletados os documentos necessários para futura formalização de contrato. Somente mediante a coleta dos documentos necessários poderá ser iniciada a elaboração do projeto. Para execução do CAR e da elaboração do projeto, o técnico deverá fornecer aos produtores rurais todas as informações acerca da importância e necessidade do CAR e das modalidades e regras do Programa Reflorestar, conforme manuais do programa e demais informações repassadas durante o CTPR. Os produtores deverão participar ativamente neste processo e receber as orientações técnicas necessárias para a tomada de decisão. O projeto técnico deverá ser elaborado de acordo com as regras e métodos utilizados pelo Programa Reflorestar (Anexos I.A e I.B) e ser composto no mínimo pelas informações descritas no Anexo I.A. Após concluído, o projeto elaborado deve ser apresentado ao produtor visando sua confirmação acerca das ações projetadas e colher assinaturas dos produtores, atestando sua concordância. 9.5. Validação dos projetos técnicos junto ao IBIO e a SEAMA/IEMA Os projetos elaborados e acordados com os produtores deverão ser encaminhados em formato eletrônico ao IBIO e NGPR para sua validação. Caso seja constatada a necessidade de adequações no projeto apresentado, a CONTRATADA deverá realizar os ajustes necessários e submeter o projeto para ciência e assinatura do produtor rural. O NGPR solicitará as adequações necessárias para validação dos projetos. O IBIO AGB-Doce entende que SOMENTE projetos validados pelo NGPR serão considerados como entregas válidas para a composição dos lotes previstos no Produto 2, e constituirão produtos para fins de pagamento de parcela dos serviços da CONTRATADA. 9.6. Protocolo dos projetos junto à SEAMA Previamente ao protocolo dos projetos técnicos junto à SEAMA, a CONTRATADA deverá agendar reunião com o IBIO AGB-Doce que articulará encontro presencial com o técnico do NGPR, para conferência da documentação e itens exigidos. Cada projeto conferido e aprovado deverá ser acompanhado do Formulário de Conferência (a ser apresentado posteriormente pelo IBIO), que será assinado por ambas as partes. Sequencialmente, a CONTRATADA deverá protocolar junto à SEAMA o Ofício de Encaminhamento (a ser apresentado posteriormente pelo IBIO) dos projetos, bem como 45

solicitar a formalização de um processo para cada projeto entregue, junto com o Formulário de Conferência e toda a documentação exigida. O Ofício de Encaminhamento deverá ser acompanhado de dois CDs (ou outras mídias não retornáveis) com todos os projetos entregues, documentos e itens exigidos digitalizados, um a ser dado ao IBIO AGB-Doce e outro ao Programa Reflorestar. 9.7. Assinatura dos contratos Cada projeto protocolado na SEAMA dará origem a um Contrato de Pagamento por Serviços Ambientais, firmado entre a Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos SEAMA e os produtores rurais com as obrigações e direitos de cada parte. Caberá à CONTRATADA coletar a assinatura do produtor rural no contrato. Posteriormente, a CONTRATADA deverá protocolar junto à SEAMA os contratos assinados acompanhados do ofício de encaminhamento dos contratos (a ser apresentado posteriormente pelo IBIO). Firmado o contrato de PSA com os produtores rurais, a SEAMA realizará o repasse, aos produtores rurais atendidos pelo Programa dos recursos financeiros necessários para aquisição de insumos descritos no projeto técnico, necessários a sua implementação pelo produtor rural. 9.8. Relatório Final Após o período de execução do CAR e da elaboração de projetos e entrega dos respectivos lotes, a CONTRATADA deverá elaborar relatório final com a síntese do trabalho desenvolvido em cada propriedade e município atendido, relatando e avaliando os resultados obtidos. Deverá identificar, também, os principais problemas enfrentados e propostas para solucioná-los. O Relatório Final aprovado será considerado como entrega de produto para fins de pagamento de parcela dos serviços da CONTRATADA. Em todas as etapas, o IBIO AGB-Doce poderá convocar a CONTRATADA para reuniões para apresentação e avaliação de resultados parciais ou finais. Ressaltamos que os produtos deverão seguir as normas do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal, no caso do CAR, e os modelos disponibilizados pelo Programa Reflorestar. 10. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO FÍSICO / FINANCEIRO O trabalho deverá ser desenvolvido num prazo de 9 (nove) meses a contar da assinatura do contrato de prestação de serviço. Nesse período, a entrega dos produtos ao longo do tempo deverá seguir o calendário apresentado abaixo: 46

Produto 2 Produtos Data de entrega* Desembolso Produto 1 1º mês 10% Lote 01 3º mês 25% Lote 02 5º mês 25% Lote 03 7º mês 25% Produto 3 9º mês 15% * Todas as datas devem ser contadas a partir do dia subsequente à data da emissão da Ordem de Serviço após a assinatura do contrato. Cada Lote deverá contemplar as três UGRHs, embora não se tenha definição do quantitativo em cada bacia a ser entregue no Lote. Assim, o Lote pode conter, por exemplo, 100 projetos da UGRH Guandu, 50 da UGRH Sta. Maria do Rio Doce e 50 da UGRH São José, entretanto, a Contratada deverá apresentar, no mínimo, 30 projetos por UGRH e 200 na totalidade do Lote. 11. FISCALIZAÇÃO E GERENCIAMENTO DO CONTRATO O acompanhamento dos trabalhos será realizado por técnico designado IBIO AGB-Doce, quando da assinatura do contrato, deste TDR. A execução do contrato, assim como o seu acompanhamento técnico, poderá ser monitorada a qualquer momento pelo IBIO ou outra organização designada por ela para tal fim. 12. QUALIFICAÇÃO TÉCNICA DA PROPONENTE A proponente deverá comprovar que presta ou prestou, sem restrição, serviço de natureza semelhante ao objeto desta contratação. A comprovação será feita conforme Anexo II deste Ato Convocatório. Para fins deste Edital, entende-se por serviço de natureza semelhante a demonstração de experiência comprovada em pelo menos uma das atividades listadas a seguir: a. Elaboração de Cadastro Ambiental Rural (CAR); b. Elaboração de projetos de recuperação e/ou restauração da cobertura florestal nativa em propriedades rurais e/ou em unidades de conservação; c. Elaboração de projetos de adequação ambiental de propriedades rurais que contenham o plantio de essências florestais; d. Elaboração de projetos de implantação de sistema agrossilvipastoris em propriedade rurais; e. Elaboração de projetos de plantio florestal que objetivem o manejo florestal sustentável (sem corte raso). 47

13. QUALIFICAÇÃO DA EQUIPE TÉCNICA a) A proponente deverá apresentar em sua equipe técnica 01 coordenador geral e 03 (três) equipes de campo, compostas da seguinte formação: BACIA HIDROGRÁFICA Bacia do Guandu Bacia do São José Bacia do Santa Maria do Doce EQUIPE DE CAMPO 01 coordenador de campo e 03 técnicos 01 coordenador de campo e 03 técnicos 01 coordenador de campo e 03 técnicos Toda a equipe técnica deverá estar devidamente registrada em seus respectivos Conselhos de Classe. b) O coordenador geral deverá ter nível superior em Ciências Agrárias, Florestais ou Biológicas, com experiência comprovada mínima de 05 (cinco) anos na área de elaboração e/ou implantação de pelo menos uma das atividades listadas a seguir: projetos de recuperação e/ou restauração da cobertura florestal nativa em propriedades rurais e/ou em unidades de conservação; projetos de adequação ambiental de propriedades rurais que contenham o plantio de essências florestais; projetos de implantação de sistema agrossilvipastoris em propriedade rurais; projetos de plantio florestal que objetivem o manejo florestal sustentável (sem corte raso); e deverá ter experiência na coordenação de equipes para sua realização; c) Os coordenadores de campo deverão ter nível superior em ciências agrárias/florestais/biológicas com experiência comprovada mínima de 04 (quatro) anos em geoprocessamento e na elaboração e/ou implantação de pelo menos uma das atividades listadas a seguir: projetos de recuperação e/ou restauração da cobertura florestal nativa em propriedades rurais e/ou em unidades de conservação; projetos de adequação ambiental de propriedades rurais que contenham o plantio de essências florestais; projetos de implantação de sistema agrossilvipastoris em propriedade rurais; projetos de plantio florestal que objetivem o manejo florestal sustentável (sem corte raso); d) Os técnicos de campo deverão ter, no mínimo, nível médio técnico em áreas afins ao objeto deste Ato Convocatório, com experiência em geoprocessamento e na elaboração 48

e/ou implantação de pelo menos uma das atividades listadas a seguir: projetos de recuperação e/ou restauração da cobertura florestal nativa em propriedades rurais e/ou em unidades de conservação; projetos de adequação ambiental de propriedades rurais que contenham o plantio de essências florestais; projetos de implantação de sistema agrossilvipastoris em propriedade rurais; projetos de plantio florestal que objetivem o manejo florestal sustentável (sem corte raso). Estes profissionais não serão pontuados na equipe chave, mas deverão ser apresentados quando da contratação. e) O currículo de cada membro da equipe técnica, incluindo o coordenador, deverá conter (a) nome; (b) endereço; (c) telefone/endereço eletrônico; (d) área de atuação; (e) serviços já prestados, o qual deverá ser compatível com as atividades do serviço pretendido neste edital, indicando datas e locais; f) A comprovação das experiências solicitadas nas alíneas b e c será realizada conforme Anexo II deste Ato Convocatório. Governador Valadares, 06 de janeiro de 2015. RICARDO ALCÂNTARA VALORY Diretor Geral do IBIO - AGB Doce 49

ANEXO I.A MÉTODO DE LEVANTAMENTO DE INFORMAÇÕES DE CAMPO E CONTEÚDO BÁSICO DOS PROJETOS TÉCNICOS O modo de operação para elaboração do projeto, bem como o conhecimento necessário à elaboração do mesmo é conteúdo do Curso de Treinamento do Programa Reflorestar - CTPR, oferecido pelo Programa Reflorestar, em parceria com o IBIO AGB-Doce. A título de esclarecimento, descrevem-se abaixo as atividades previstas para a obtenção das informações necessárias à elaboração dos projetos técnicos: Diagnóstico atual da propriedade informações necessárias Croqui de uso atual das áreas a serem trabalhadas, Georreferenciados em coordenadas UTM, Datum WGS84 e seus respectivos arquivos com extensões *.shp e *.kml, em escala adequada à visualização da propriedade e das áreas de intervenção. Breve descrição do histórico de uso e ocupação da área a ser trabalhada; Informações atuais da propriedade: Área total da propriedade; Área da cobertura florestal dentro da propriedade (em hectares e porcentagem); Recursos hídricos identificados; Quantificação das APP hídricas (em hectares e porcentagem); Quantificação das APP hídricas com cobertura florestal (em hectares e porcentagem); Quantificação das APP hídricas enquadradas como Uso Consolidado (em hectares e porcentagem), com base no banco de imagens e no mapeamento de uso do solo referencia 2007/2008, disponibilizado pela CONTRATANTE, em parceria com o Programa Reflorestar Quantificação de APP com obrigação de recuperação (passivo ambiental de acordo com o Novo Código Florestal), bem como, das APP convertidas após o marco temporal, de forma semelhante, definir e contabilizar essas áreas; Existência ou não de reserva legal e, em caso positivo, quantificação e delimitação da sua área. Em caso negativo, indicar se a cobertura florestal existente atende ao necessário. 50

Registro fotográfico digital da área a ser trabalhada com no mínimo duas (02) fotos, sendo uma com visão panorâmica e outra de dentro da área; as fotos deverão ter qualidade superior a 3,0 megapixels e deverão ser tomadas a partir de ponto que possa ser repetido futuramente durante o monitoramento, para efeito de comparação; Para obtenção do conteúdo solicitado no Diagnóstico, pelo menos as seguintes atividades deverão ser realizadas: 1. Delimitação do polígono (limites) da propriedade, com informação da área total: poderá ser feita com base em mapas apresentados pelo produtor rural e/ou com auxílio de imagem da propriedade, a partir da orientação do cadastrado; 2. Delimitação das áreas com cobertura florestal, observando a formação mínima de estágio inicial de formação; 3. Identificação e delimitação de recursos hídricos (rios, córregos, nascentes e reservatórios); 4. Com base no novo código florestal, delimitar as áreas de preservação permanente hídricas, identificando as faixas obrigatórias de recuperação, essas relacionadas ao módulo fiscal do município e observando o marco temporal de 22/07/2008; 5. Com base no novo código e com o banco de imagens referência 2007/2008, verificar necessidade de averbação de RL e, caso positivo, verificar se a Cobertura florestal existente atende ao necessário. Prognóstico da propriedade Mapas/croquis físico-ambientais contendo o uso proposto para as áreas de intervenção, passivo recuperado e passivo restante, georreferenciados em coordenadas UTM, Datum WGS 84 e seus respectivos arquivos com extensões *.shp e *.kml em escala adequada à visualização da propriedade e das áreas de intervenção (definir a escala); Prescrição de ações técnicas, insumos e incentivos (PSA) necessários para mudança da paisagem nas áreas de intervenção, como: manejo para regeneração natural, cercamentos, plantios e replantios, incentivos por PSA (Conservação e Recuperação); 51

Cronograma de Ações: detalhamento e descrição das atividades de recuperação florestal e implantação de demais práticas de uso amigável do solo e cronograma de execução de cada uma das atividades. Para a obtenção do conteúdo solicitado no Prognóstico, pelo menos as seguintes atividades deverão ser realizadas: 1. Identificar no interior da propriedade um ou mais polígonos passíveis de intervenção e/ou de recebimento de PSA pelo Programa Reflorestar; 2. Para cada polígono identificado, informar o uso atual, uso proposto e demais informações relativas e necessárias a cada uso proposto sugerido; 3. Para identificação do uso atual, deverão ser adotadas as 16 tipologias aplicadas no mapeamento de uso do solo em elaboração pelo Estado e que serão repassadas durante o CTPR. Quando da finalização do mapeamento de uso do solo pelo Estado, o mesmo será fornecido à CONTRATADA, que deverá somente verificar se houve alterações, fazendo, neste caso, os devidos ajustes; 4. Os usos propostos serão definidos com base nas modalidades de apoio oferecidas pelo Programa Reflorestar e poderão ser: Floresta em Pé Recuperação com plantio Regeneração Natural Sistema Agroflorestal Implantação de Sistema Silvipastoril Implantação de Floresta para Manejo 5. Para cada modalidade de intervenção, indicar os benefícios possíveis e/ou necessários, de acordo com a lista apresentada: PSA de longo prazo para Floresta em Pé; PSA de longo prazo para Recuperação plantio; PSA de longo prazo para Regeneração Natural; Mudas; Material para cercamento; 52

Formicida; Herbicida; Hidrogel; Adubo. 6. O projetista deverá informar ao Sistema de Elaboração de Projetos a forma de repasse dos insumos: via recursos financeiros para sua aquisição (PSA de curto prazo) ou, a partir da entrega direta dos insumos quantificados pelo estado. Para cada benefício indicado anteriormente, o quantitativo de insumo e/ou de recursos financeiros a serem repassados será calculado automaticamente pelo NGPR com base no tamanho da área de cada polígono de intervenção. 53

ANEXO I.B REGRAS E DIRETRIZES ESPECÍFICAS PARA APLICAÇÃO DE CADA MODALIDADE DO PROGRAMA REFLORESTAR As regras e diretrizes para aplicação das modalidades do Programa Reflorestar são aquelas constantes na PORTARIA SEAMA Nº 20 R, DE 17 DE MAIO DE 2013 ou Portaria mais atual, caso existente. 54