AFT CESPE 2013 COMENTÁRIOS À PROVA DE DIREITO DO TRABALHO



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Assim, a validade de um contrato de trabalho está adstrita ao preenchimento de requisitos estabelecidos pelo art. 104 do CC.

Transcrição:

AFT CESPE 2013 COMENTÁRIOS À PROVA DE DIREITO DO TRABALHO Com base na CLT, julgue os itens a seguir, relativos a equiparação salarial e férias. 137 O estudante com menos de dezoito anos de idade que mantenha vínculo empregatício terá direito a fazer coincidir suas férias com as férias escolares. A QUESTÃO TRATA DA ÉPOCA DE CONCESSÃO DAS FÉRIAS E A BANCA CITA COM EXATIDÃO O TEXTO DO 2º DO ARTIGO 136 DA CLT. Art. 136 - A época da concessão das férias será a que melhor consulte os interesses do empregador. 1º - Os membros de uma família, que trabalharem no mesmo estabelecimento ou empresa, terão direito a gozar férias no mesmo período, se assim o desejarem e se disto não resultar prejuízo para o serviço. 2º -O empregado estudante, menor de 18 (dezoito) anos, terá direito a fazer coincidir suas férias com as férias escolares. 138 A equiparação salarial entre empregados tem como pressuposto único a exigência de que o serviço seja prestado ao mesmo empregador e na mesma localidade. DIVERSOS SÃO OS ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DO DIREITO A IGUAL SALÁRIO DADA A EQUIPARAÇÃO FUNCIONAL, NOS TERMOS DO ARTIGO 461 DA CLT. VALE DESTACAR QUE O PRINCIPAL PRESSUPOSTO DEIXOU DE SER CITADO NA QUESTÃO, QUAL SEJA: IDENTIDADE DE FUNÇÃO/TRABALHO DE IGUAL VALOR. Art. 461 - Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo empregador, na

mesma localidade, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, nacionalidade ou idade. 1º -Trabalho de igual valor, para os fins deste Capítulo, será o que for feito com igual produtividade e com a mesma perfeição técnica,entre pessoas cuja diferença de tempo de serviço não for superior a 2 (dois) anos. 2º - Os dispositivos deste artigo não prevalecerão quando o empregador tiver pessoal organizado em quadro de carreira, hipótese em que as promoções deverão obedecer aos critérios de antiguidade e merecimento. 3º - No caso do parágrafo anterior, as promoções deverão ser feitas alternadamente por merecimento e por antiguidade, dentro de cada categoria profissional.... Considerando os contratos de trabalho à luz da legislação trabalhista, julgue os próximos itens. 139 Condenação criminal de empregado é motivo para rescisão do contrato de trabalho por justa causa pelo empregador, mesmo que seja deferida a suspensão da execução da pena pelo juízo. DUAS SERIAM AS CONSIDERAÇÕES A FAZER: 1.ª) NEM TODA CONDENAÇÃO CRIMINAL DO EMPREGADO ENSEJA SUA DISPENSA POR JUSTA CAUSA, MAS TÃO SOMENTE AQUELA QUE NÃO MAIS ADMITE RECURSO, OU SEJA, QUE JÁ TENHA TRANSITADO EM JULGADO. É O QUE DISPÕE A PRIMEIRA PARTE DA ALÍNEA D DO ARTIGO 482 DA CLT. 2.ª) QUANDO DEFERIDA A SUSPENSÃO DA PENA PELO JUÍZO, NÃO HÁ QUE SE FALAR EM TÉRMINO MOTIVADO DO CONTRATO DE TRABALHO POR CONDENAÇÃO CRIMINAL DO EMPREGADO. A QUESTÃO CONTRARIA O DISPOSTO NA PARTE FINAL DA ALÍNEA D DO ARTIGO 482 DA CLT. Art. 482 - Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo empregador:

d) condenação criminal do empregado, passada em julgado, caso não tenha havido suspensão da execução da pena; 140 A realização de contrato de trabalho por prazo determinado cinco meses após outro contrato por prazo determinado realizado entre as mesmas partes levará o segundo contrato a ser considerado, via de regra, como contrato de trabalho por prazo indeterminado, a não ser que a expiração do primeiro tenha dependido da execução de serviços especializados ou da realização de certos acontecimentos. A BANCA TRAZ EXATAMENTE A EXCEÇÃO À QUAL SE REFERE O LEGISLADOR NO ARTIGO 452 DA CLT. ENTRE DOIS CONTRATOS DE TRABALHO POR PRAZO DETERMINADO DEVEM AS PARTES, VIA DE REGRA, RESPEITAR O INTERSTÍCIO MÍNIMO DE 6 (SEIS) MESES ENTRE UM E OUTRO, SOB PENA DO SEGUNDO SER ADMITIDO COMO SE CELEBRADO POR PRAZO INDETERMINADO. EXCEPCIONALMENTE, TODAVIA, É QUE TAL INTERVALO NÃO PRECISA SER OBSERVADO: QUANDO A EXPIRAÇÃO DO PRIMEIRO TENHA DEPENDIDO DA EXECUÇÃO DE SERVIÇOS ESPECIALIZADOS OU DA REALIZAÇÃO DE CERTOS ACONTECIMENTOS. Art. 452 - Considera-se por prazo indeterminado todo contrato que suceder, dentro de 6 (seis) meses, a outro contrato por prazo determinado, salvo se a expiração deste dependeu da execução de serviços especializados ou da realização de certos acontecimentos. 141 Conforme entendimento sumulado do TST, o reconhecimento da culpa recíproca na rescisão do contrato de trabalho desobriga o pagamento integral pelo empregador do aviso prévio, do décimo terceiro salário e das férias proporcionais. A CULPA RECÍPROCA CONSISTE EM MODALIDADE DE TÉRMINO DO CONTRATO DE TRABALHO DADO O COMETIMENTO SIMULTÂNEO DE FALTAS GRAVES PELO EMPREGADO E PELO

EMPREGADOR. DIANTE DE SUA OCORRÊNCIA, DETERMINA O LEGISLADOR SEJA DEVIDA A VERBAS INDENIZAÇÃO CORRESPONDENTE PELA METADE (ARTIGO 484 DA CLT). EM IDÊNTICA MEDIDA SUMULOU O TST ACERCA DO AVISO PRÉVIO, DO DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO E DAS FÉRIAS PROPORCIONAIS, PARCELAS QUE TAMBÉM SERÃO DEVIDAS AO EMPREGADO NA BASE DE 50% (CINQUENTA POR CENTO) DE SEU TOTAL VALOR, QUANDO DO TÉRMINO DO CONTRATO DE TRABALHO POR CULPA RECÍPROCA: ORA, SE AMBOS CONTRIBUIRAM PARA O FIM DO NEGOCIO JURÍDICO, QUE HAJA UM DIVIDIR DE RAZÕES NO QUE DIZ RESPEITO ÀS PARCELAS RESCISÓRIAS. A BANCA, AO AFIRMAR DESOBRIGA O PAGAMENTO INTEGRAL, SIMPLESMENTE ASSEVEROU SER, NA HIPÓTESE, PARCIAL O PAGAMENTO E NÃO INEXISTIR A OBRIGAÇÃO DE PAGAR. SUM-14 CULPA RECÍPROCA (nova redação) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003. Reconhecida a culpa recíproca na rescisão do contrato de trabalho (art. 484 da CLT), o empregado tem direito a 50% (cinquenta por cento) do valor do aviso prévio, do décimo terceiro salário e das férias proporcionais. E COMO BEM PONTUOU O PROF. RICARDO RISENDE, se o empregador deve pagar, nesta hipótese, apenas 50% do aviso prévio, do décimo terceiro salário e das férias proporcionais, parece-me claro que ele está desobrigado do pagamento integral, ou seja, pagará apenas parcialmente tais direitos, à razão de 50%, em virtude de parcela de culpa também do empregado. Alguns candidatos argumentam que desobriga do pagamento integral poderia ser interpretado também como desobriga de qualquer pagamento, com o que eu não concordo. Não vejo chance de sucesso de eventual recurso em face desta questão. COADUNO DO ENTENDIMENTO ACIMA EXPOSTO! 142 Com o término do contrato de trabalho, não é possível se falar em estabilidade acidentária, mesmo que seja constatado o nexo de causalidade entre a doença e o vínculo laboral. A QUESTÃO CONTRARIA, A TODA EVIDÊNCIA, O ENTENDIMENTO JURISPRUDENCIAL JÁ SUMULADO PELO TST. TRATA-SE DA SÚMULA N.º 378:

SUM-378 ESTABILIDADE PROVISÓRIA. ACIDENTE DO TRABALHO. ART. 118 DA LEI Nº 8.213/1991. - Res. 185/2012 DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012. II - São pressupostos para a concessão da estabilidade o afastamento superior a 15 dias e a consequente percepção do auxílio-doença acidentário, salvo se constatada, após a despedida, doença profissional que guarde relação de causalidade com a execução do contrato de emprego. 143 Ainda que seja por motivo de extinção do estabelecimento em que o empregado trabalha, é ilícita a transferência unilateral do empregado pelo empregador. A PRÓPRIA CLT, DE MANEIRA EXPRESSA, COGITA DA LÍCITA TRANSFERÊNCIA UNILATERAL DO EMPREGADO PELO EMPREGADOR, A CONSIDERAR A EXTINÇÃO DO ESTABELECIMENTO NO QUAL AQUELE TRABALHA. É O DISPOSTO PELO 2.º DO ARTIGO 469 DA CLT! ENTRE A EXTINÇÃO DO VÍNCULO DE EMPREGO E A SIMPLES TRANSFERÊNCIA UNILATERAL DO EMPREGADO, OPTA O LEGISLADOR POR BEM CONSERVAR O CONTRATO DE TRABALHO E, ASSIM, GARANTIR O SUSTENTO DO TRABALHADOR E DE SEUS DEPENDENTES. Art. 469 - Ao empregador é vedado transferir o empregado, sem a sua anuência, para localidade diversa da que resultar do contrato, não se considerando transferência a que não acarretar necessariamente a mudança do seu domicílio. 2º -É lícita a transferência quando ocorrer extinção do estabelecimento em que trabalhar o empregado. 144 Para evitar qualquer situação discriminatória, é vedada a anotação, na CTPS, de possíveis acidentes de trabalho ocorridos durante o vínculo trabalhista.

POSSÍVEIS ACIDENTES DO TRABALHO EXPERIMENTADOS PELO EMPREGADO DEVEM IMPLICAR ANOTAÇÃO CORRESPONDENTE NA CTPS. VALE LEMBRAR QUE TAL CARTEIRA CONSISTE EM DOCUMENTO HÁBIL A COMPROVAR AS PRINCIPAIS OCORRÊNCIAS DURANTE O VÍNCULO DE EMPREGO, NÃO APENAS NA ESFERA TRABALHISTA, COMO, TAMBÉM, NA ESFERA PREVIDENCIARIA. ANOTAÇÕES DESSA NATUREZA EM NADA REPRESENTAM TRATAMENTO DISCRIMINATORIO DO EMPREGADO. A BANCA TRAZ UMA AFIRMAÇÃO NO EXATO SENTIDO CONTRARIO ÀQUELE PREVISTO NO ARTIGO 30 DA CLT. Art. 30 - Os acidentes do trabalho serão obrigatoriamente anotados pelo Instituto Nacional de Previdência Social na carteira do acidentado.... Julgue os seguintes itens, referentes à duração do trabalho e ao aviso prévio. 145 O aviso prévio será de trinta dias, independentemente do lapso de tempo em que tenha perdurado o contrato de trabalho. A QUESTÃO CONTRARIA O DISPOSTO PELA CONSTITUIÇÃO FEDERAL (ARTIGO 7.º, XXI) E, PELAS MESMAS RAZÕES, À LEI Nº 12506/2011 QUE REGULAMENTOU A PROPORCIONALIDADE DO AVISO PRÉVIO. ASSIM É QUE, PARA OS CONTRATOS DE TRABALHO COM MAIS DE UM ANO DE VIGÊNCIA, TERÁ O EMPREGADO DIREITO, CASO DISPENSADO SEM JUSTA CAUSA, AO ACRÉSCIMO DE TRÊS DIAS POR CADA NOVO ANO DE CONTRATO, A TÍTULO DE AVISO PRÉVIO PROPORCIONAL AO TEMPO DE SERVIÇO. 146 Para jornada de trabalho de até seis horas contínuas, é obrigatória a concessão de intervalo de uma hora para descanso.

A BANCA TRATOU DA MATÉRIA DA FORMA MAIS SIMPLÓRIA POSSÍVEL, EXIGINDO DO CANDIDATO APENAS O CONHECIMENTO DA LITERALIDADE DO ARTIGO 71 DA CLT. PARA JORNADAS DE ATÉ SEIS HORAS CONTÍNUAS, E DESDE QUE SUPERIOR A QUATRO HORAS, É OBRIGATORIA A CONCESSÃO DE INTERVALO MÍNIMO DE 15MIN (QUINZE MINUTOS) PARA DESCANSO E ALIMENTAÇÃO DO EMPREGADO. Art. 71 - Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 (seis) horas, é obrigatória a concessão de um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de 1 (uma) hora e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em contrário, não poderá exceder de 2 (duas) horas. 1º -Não excedendo de 6 (seis) horas o trabalho, será, entretanto, obrigatório um intervalo de 15 (quinze) minutos quando a duração ultrapassar 4 (quatro) horas.... Julgue o item abaixo, a respeito da prestação de serviços para grupos econômicos. 147 O labor prestado pelo empregado a mais de uma empresa do mesmo grupo econômico, na mesma jornada de trabalho, não caracteriza a existência de mais de um vínculo contratual, salvo previsão em contrário, devidamente ajustada. A QUESTÃO EXPLORA A TESE DO ÚNICO EMPREGADOR CONSAGRADA PELA JURISPRUDÊNCIA TRABALHISTA. TRATA-SE DO DISPOSTO NA SÚMULA N.º 129 DO TST. SUM-129 CONTRATO DE TRABALHO. GRUPO ECONÔMICO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003. A prestação de serviços a mais de uma empresa do mesmo grupo econômico, durante a mesma jornada de trabalho, não caracteriza a coexistência de mais de um contrato de trabalho, salvo ajuste em contrário.

... No que tange a direitos coletivos do trabalho, comissões de conciliação prévia e direito de greve, julgue os itens que se seguem. 148 Nos termos do entendimento sumulado do TST, expirada a vigência da convenção coletiva, os benefícios proporcionados pela norma coletiva devem ser mantidos, salvo supressão ou modificação por meio de negociação coletiva de trabalho. A BANCA EXPLOROU A NOVA REDAÇÃO DA SÚMULA N.º 277 DO TST. VALE LEMBRAR QUE, ATÉ REFORMA JURISPRUDENCIAL OCORRIDA NO MÊS DE SETEMBRO DE 2012, OS BENEFÍCIOS PROPORCIONADOS PELA NORMA COLETIVA ERAM GARANTIDOS AO EMPREGADO SOMENTE ENQUANTO EM VIGOR O RESPECTIVO INSTRUMENTO COLETIVO. O ATUAL ENTENDIMENTO DO TST É FIRMADO NA DEFESA DA ADERÊNCIA DAS CLÁUSULAS DE NORMAS COLETIVAS AO CONTRATO DE TRABALHO E DE ACORDO COM A TEORIA DA ULTRATIVIDADE. SUM-277 CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO OU ACORDO COLETIVO DE TRABALHO. EFICÁCIA. ULTRATIVIDADE (redação alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em 14.09.2012) - Res. 185/2012 DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012. As cláusulas normativas dos acordos coletivos ou convenções coletivas integram os contratos individuais de trabalho e somente poderão ser modificadas ou suprimidas mediante negociação coletiva de trabalho. 149 A garantia de estabilidade no emprego prevista na CLT para o empregado que se candidata a cargo de direção ou representação de entidade sindical ou de associação profissional tem início a contar do registro da candidatura e finda até um ano após o mandato. O GABARITO MERECE SER REVISTO!

APESAR DA ASSERTIVA REPRODUZIR, COM FIDELIDADE, O DISPOSTO NO 3.º DO ARTIGO 543 DA CLT, O CABEÇALHO DA QUESTÃO NÃO VINCULOU A RESPOSTA À LEGISLAÇÃO TRABALHISTA, EXIGINDO, PORTANTO, DO CANDIDATO A INTERPRETAÇÃO MAIS ATUAL ACERCA DA MATÉRIA. ASSIM É QUE, NA PARTE QUE SE REFERE A QUESTÃO À ASSOCIAÇÃO PROFISSIONAL, CUMPRE DESTACAR JÁ HÁ MUITO SER O ENTENDIMENTO DA MELHOR DOUTRINA E DA MAJORITÁRIA JURISPRUDÊNCIA TRABALHISTAS DE QUE NÃO FOI A MATÉRIA RECEPCIONADA PELA CF/88. o PROF. RICARDO RESENDE, COM PROPRIEDADE, AO ARGUMENTAR SOBRE A ASSERTIVA, CITA ENSINAMENTOS DE Gustavo Filipe Barbosa Garcia E DE ALICE MONTEIRO DE BARROS, ALÉM DE EXEMPLO DE JULGADO A FAVOR DA TESE AQUI LEVANTADA, A CITAR... ensina GUSTAVO FILIPE BARBOSA GARCIA que: o entendimento que se consolidou na jurisprudência, bem como na doutrina majoritária, é no sentido de que a estabilidade do empregado associado, que for eleito a cargo de direção ou representação de associação profissional, não foi recepcionada pela Constituição Federal de 1988. Tanto é assim que o antigo Enunciado 222 do TST, prevendo a referida estabilidade provisória, foi cancelado pela Resolução 84/1998. (GARCIA, Gustavo Filipe Barbosa. Curso de Direito do Trabalho. 7.ª ed. Rio de Janeiro: Forense, 2013, p. 733) Alice Monteiro de Barros traça um completo panorama da questão, chegando à mesma conclusão mencionada acima: A estabilidade provisória, antes da Constituição de 1988, era assegurada aos dirigentes de associação profissional, por constituir ela o germe dos sindicatos, os quais não eram reconhecidos pelo Ministério do Trabalho sem que antes passassem pela etapa de associação (art. 543, 3º). Excetuava-se, entretanto, o dirigente de sindicato rural, pois este, para se constituir, não necessitava passar pela fase inicial de associação para só depois transformar-se em sindicato. Logo, se não se assegurasse a garantia de emprego aos dirigentes das associações profissionais, os sindicatos não se constituiriam, em face do temor de perder o emprego que acometeria os dirigentes. Após a Constituição de 1988, essa exigência deixou de existir, não competindo mais ao Estado intervir na organização sindical. A partir daí, duas correntes se firmaram. Uma delas manifestava-se favoravelmente à manutenção da garantia de emprego ao dirigente de associação

profissional, sustentando que o fato de a Constituição assegurá-la aos dirigentes sindicais não significa ter havido revogação da lei ordinária: simplesmente a garantia de emprego desta é mais ampla. (A autora menciona NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Direito do Trabalho na Constituição de 1988. São Paulo: Saraiva, p. 240) Outros sustentavam o contrário, ressaltando que a associação profissional perdera a característica de entidade pré-sindical, já que não mais se impunha autorização do Estado para a constituição do sindicato. Asseverava-se que entendimento em sentido contrário, inclusive, possibilitaria a todo e qualquer trabalhador adquirir tal tipo de estabilidade que a Carta outorga para a criação e o funcionamento de associações (incisos XVII e XVIII do art. 5.º) e candidatar-se a cargo eletivo no âmbito da empresa. [A autora cita Octavio Bueno Magano (Suplemento Trabalhista LTr 97-493/89) e Nei Frederico Cano Martins (Suplemento Trabalhista LTr 56-298/90)] Este último posicionamento predomina no TST, a partir da Constituição de 1988, por se entender que a estabilidade provisória do dirigente de associação profissional não foi recepcionada pelo texto constitucional, uma vez que os sindicatos, para serem constituídos, não precisam mais passar pelo estágio da associação profissional. Com base nesses argumentos, cancelou-se a Súmula n. 222 do TST, que garantia a estabilidade aos dirigentes de associações. Como consequência, os dirigentes de associação profissional não mais desfrutam da estabilidade provisória. (BARROS, Alice Monteiro de. Curso de Direito do Trabalho. 9ª ed. São Paulo: LTr, 2013, p. 776-777) Apenas para exemplificar a preponderância desta segunda corrente na jurisprudência do TST, mencione-se o seguinte julgado da SDI-1: RECURSO DE EMBARGOS INTERPOSTO ANTES DA LEI Nº 11.496/2007, QUE DEU NOVA REDAÇÃO AO ART. 894 DA CLT. DIRIGENTE DE ASSOCIAÇÃO PROFISSIONAL. ESTABILIDADE PROVISÓRIA. A jurisprudência desta Corte tem entendido que a atual Constituição Federal no inciso VIII do artigo 8.º, restringiu a estabilidade provisória ao dirigente sindical, não tendo sido recepcionado pela nova ordem o disposto no 3.º do artigo 543 da CLT no que se refere ao dirigente de associação profissional. A partir da Constituição Federal de 1988, a associação deixou de ser um embrião necessário do surgimento de um sindicato. Recurso de Embargos não conhecido. (TST, E-ED-RR - 654303-55.2000.5.02.5555, Data de Julgamento: 02/06/2008, Relator Ministro: Carlos Alberto Reis de Paula, Subseção I Especializada em Dissídios Individuais, Data de Publicação: DJ 13/06/2008.) Art. 543 da CLT.

3º - Fica vedada a dispensa do empregado sindicalizado ou associado, a partir do momento do registro de sua candidatura a cargo de direção ou representação de entidade sindical ou de associação profissional, até 1 (um) ano após o final do seu mandato, caso seja eleito inclusive como suplente, salvo se cometer falta grave devidamente apurada nos termos desta Consolidação. 150 Não existe vedação legal para o exercício de greve em atividade essencial do Estado. O GABARITO MERECE SER REVISTO! INFELIZ FOI A BANCA AO TRATAR DA MATÉRIA COM REFERÊNCIA AO ESTADO. É INQUESTIONÁVEL QUE É POSSÍVEL O EXERCÍCIO DO DIREITO DE GREVE INCLUSIVE NAS ATIVIDADES/SERVIÇOS ESSENCIAIS EXECUTADAS NA INICIATIVA PRIVADA, NÃO HAVENDO QUALQUER VEDAÇÃO LEGAL A RESPEITO. POR FORÇA DE LEI, O QUE HÁ SÃO SIMPLES LIMITAÇÕES AO EXERCÍCIO DE TAL DIREITO, NÃO VEDAÇÕES! MAS, IDÊNTICA SERIA A COMPREENSÃO DO TEMA PARA ATIVIDADES ESSENCIAIS DO ESTADO, COMO NOS LEVA A PENSAR A BANCA? CLARO QUE NÃO! PARA OS SERVIDORES PÚBLICOS O EXERCÍCIO DO DIREITO DE GREVE ENCONTRA EXPRESSA VEDAÇÃO CONSTITUCIONAL PARA OS MILITARES. É O QUE DECORRE DO ARTIGO 142, 3.º, DA CF/88. E, NÃO PAIRAM DÚVIDAS DE QUE A SEGURANÇA PÚBLICA CONSISTE EM ATIVIDADE ESSENCIAL DO ESTADO, LOGO, INCORRETA ESTARIA A ASSERTIVA, MERECENDO, DADA A DÚBIA INTERPRETAÇÃO QUE DESPERTA NO CANDIDATO, SER ANULADA! 151 Os acordos realizados no âmbito da comissão de conciliação prévia terão eficácia liberatória geral, exceto quanto às parcelas expressamente ressalvadas. O LEGISLADOR ASSIM EXPRESSAMENTE DISCIPLINA A MATERIA NO ARTIGO 625-E DA CLT. Art. 625-E. Aceita a conciliação, será lavrado termo assinado pelo empregado, pelo empregador ou seu

proposto e pelos membros da Comissão, fornecendo-se cópia às partes. Parágrafo único. O termo de conciliação é título executivo extrajudicial e terá eficácia liberatória geral, exceto quanto às parcelas expressamente ressalvadas.... Acerca de trabalho doméstico, proteção ao trabalho da mulher e jornada de trabalho dos integrantes da carreira de auditor-fiscal, julgue os itens subsequentes. 152 O regime de trabalho dos integrantes da carreira de auditor-fiscal do trabalho é de quarenta e quatro horas semanais, nos termos da CF. A JORNADA NORMAL DE TRABALHO LIMITADA PELO CONSTITUINTE A 44H (QUARENTA E QUATRO) HORAS SEMANAIS APLICA-SE AO EMPREGADO SOMENTE. OS INTEGRANTES DA CARREIRA DE AUDITOR FISCAL DO TRABALHO SUBMETEM-SE AO REGIME PRÓPRIO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA (SERVIDORES PÚBLICOS ESTATUTÁRIOS, DIGA-SE STRICTO SENSU) CUJA JORNADA DE TRABALHO NÃO ESTÁ DISPOSTA NA CRFB/88 E, SIM, AO REVÉS, NA LEGISLAÇÃO ORDINÁRIA. SERÁ DE 40H (QUARENTA HORAS) SEMANAIS, NOS TERMOS DA LEI Nº 10593/2002 (ARTIGO 9.º, 1.º). 153 Embora o emprego doméstico não tenha sido recepcionado pela CLT, as férias do empregado doméstico serão de trinta dias, devendo ser ele remunerado com acréscimo de, no mínimo, um terço a mais que o salário normal. POR EXPRESSA EXCLUSÃO DO ARTIGO 7.º DA CLT, AS NORMAS PREVISTAS NA CONSOLIDAÇÃO, INCLUSIVE AQUELAS PERTINENTES AO DIREITO DE FÉRIAS, NÃO SE APLICAM À CATEGORIA DOS EMPREGADOS DOMÉSTICOS. SÃO OS DOMÉSTICOS, POR SUA VEZ, DISCIPLINADOS POR LEI ESPECÍFICA, A LEI N.º 5859/1972. CONTUDO, GOZAM DA GARANTIA TRABALHISTA DE FÉRIAS REMUNERADAS DE 30 (TRINTA) DIAS, ACRESCIDA A REMUNERAÇÃO CORRESPONDENTE DE UM TERÇO, POR TAMBÉM SE BENEFICIAREM DO DIREITO CONSTITUCIONAL PREVISTO NO ARTIGO 7.º,

XVII E ÚNICO, CRFB/88. NESSE SENTIDO, O ARTIGO 3.º DAQUELA LEI N.º 5859/1972, COM NOVA REDAÇÃO DADA PELA LEI N.º 11324/2006. DESTACA O PROF. RICARDO RESENDE SER CURIOSO que justamente em relação às férias há disposição expressa no art. 2.º do Decreto n.º 71885/1973 no sentido da aplicabilidade da CLT ao doméstico. Somente em relação às férias, frise-se. Por isso a parte inicial da assertiva também está correta. 154 Para amamentar seu filho até que este complete seis meses de vida, a mulher empregada tem direito a dois intervalos de descanso especial durante a jornada de trabalho, de meia hora cada um. É EXATAMENTE O QUE AUTORIZA O ARTIGO 396 DA CLT. Art. 396 - Para amamentar o próprio filho, até que este complete 6 (seis) meses de idade, a mulher terá direito, durante a jornada de trabalho, a 2 (dois) descansos especiais, de meia hora cada um. Em relação ao trabalho do menor e ao contrato de aprendizagem, julgue os itens subsecutivos. 155 O contrato de aprendizagem, que pressupõe anotação na CTPS, será extinto por lei em várias hipóteses, incluindo aquela em que o aprendiz completa vinte e quatro anos de idade, exceto se portador de deficiência, situação em que a idade não será o fator determinante para o término do contrato. OCORRERÁ A EXTINÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO DO APRENDIZ NAS HIPÓTESES DO ARTIGO 433 DA CLT. Art. 433. O contrato de aprendizagem extinguir-se-á no seu termo ou quando o aprendiz completar 24 (vinte e quatro) anos, ressalvada a hipótese prevista no 5º do art. 428 desta Consolidação, ou ainda

antecipadamente nas seguintes hipóteses: a) revogada; b) revogada. I desempenho insuficiente ou inadaptação do aprendiz; II falta disciplinar grave; III ausência injustificada à escola que implique perda do ano letivo; IV a pedido do aprendiz. (AC) (Redação dada pela Lei nº 10.097, de 19.12.2000) O 5º do art. 428, por sua vez, estabelece que a idade máxima prevista no caputdeste artigo [24 anos] não se aplica a aprendizes portadores de deficiência. 156 Nos termos da legislação pátria, especialmente a CLT, é admissível a contratação de trabalhador com dezessete anos de idade para exercer a função de frentista em posto de combustíveis. A VEDAÇÃO ESTÁ EXPRESSA NA PRÓPRIA CLT, EM SEU ARTIGO 405. ALI O LEGISLADOR COGITOU DE DIVERSAS MODALIDADES DE TRABALHO QUE NÃO PODEM SER DESEMPENHADAS PELO EMPREGADO MENOR, DENTRE ELAS, AS QUE SE DÃO EM AMBIENTE PERICULOSO. A ATIVIDADE DE FRENTISTA É CONSIDERA COMO SENDO PERICULOSA! ALIÁS, A MATÉRIA JÁ FOI SUMULADA PELO TST. Art. 405 - Ao menor não será permitido o trabalho: I - nos locais e serviços perigosos ou insalubres, constantes de quadro para esse fim aprovado pelo Diretor Geral do Departamento de Segurança e Higiene do Trabalho; SUM-39 PERICULOSIDADE (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003. Os empregados que operam em bomba de gasolina têm direito ao adicional de periculosidade (Lei nº 2.573, de 15.08.1955).