ORQUESTRA SINFÓNICA DO PORTO CASA DA MÚSICA

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1 24 MAI :00 SALA SUGGIA ORQUESTRA SINFÓNICA DO PORTO CASA DA MÚSICA garrett keast direcção musical 1ª Parte Claude Debussy (orq. André Caplet) Pagodes (de Estampes) [1903, orq.1923; c.6min.] Albert Roussel Les dieux dans l ombre des cavernes (de Évocations) [1911; c.13min.] 2ª Parte Charles Koechlin Três poemas sinfónicos sobre O Livro da Selva de Rudyard Kipling [ ; c.42min.] La méditation de Purun Bhagat La Loi de la Jungle Les Bandar Log: Scherzo dos macacos Edward Elgar Suite de The Crown of India [1912; c.17min.] 1. Introduction Dance of the Nautch Girls 2. Menuetto (Entrance of John Company) 3. Warrior s Dance 4. Intermezzo 5. March of the Mogul Emperors

2 oriente 2014 PATROCINADOR ANO ORIENTE A CASA DA MÚSICA É MEMBRO DE APOIO ANO ORIENTE Maestro Garrett Keast sobre o programa do concerto Claude Debussy saint german -en-laye, 22 de agosto de 1862 paris, 25 de março de 1918 Pagodes (de Estampes) Orquestração: André Caplet Pagodes é uma obra charneira na produção de Debussy, como, aliás, o tríptico das Estampes como um todo, de que é a primeira peça (as outras são La soirée dans Grenade e Jardins sous la pluie). Se todas as mudanças de direcção no campo artístico advêm de necessidades interiores, perceberemos melhor esta nova etapa que Debussy iniciou se dissermos que Estampes foi a primeira obra que completou após a estreia, no ano anterior (1902), da sua única ópera concluída Pelléas et Mélisande, projecto que lhe havia ocupado a mente ao longo de quase uma década. Liberto desse magnífico peso, o compositor decidiu trilhar novos caminhos e começou a inventar a linguagem/sonoridade do piano moderno. Estampes será o primeiro fruto dessa pesquisa de novos caminhos e possibilidades, depois consubstanciado nos dois cadernos das Images e dos Préludes, sem falar dos Études. O título, apesar de pitoresco, induz nos erroneamente na direcção da China ou do Japão, quando é de facto para a Indonésia e, concretamente, para a ilha de Bali que nos levam os sons conjurados por Debussy nesta peça. Porque provinha dessa ilha a orquestra de gamelão que o compositor escutou atenta e repetidamente aquando da Exposição Universal de Paris de 1900 ele que já tivera um contacto directo com esse exótico instrumentário, quando da Exposição de 1889 (mas aí numa formação mais reduzida) e talvez mesmo até antes, pois o governo holandês oferecera um conjunto de gamelão ao Conservatório de Paris em 1887 O génio de Debussy está em ter sabido fugir tanto ao exótico bonito, ao som ilustrativo imitativo que, adivinhou, seria estéril à partida, como à estilização típica da estética romântica, tendo em vez disso procurado a evocação a partir da realidade sonora do piano (timbre, temperamento, afinação). Logo a escolha da tonalidade de Si maior é clara: os cinco sustenidos (fá, dó, sol, ré, lá) correspondem às cinco teclas pretas de cada oitava; e essas cinco teclas formam, de per si, uma escala pentatónica, típica da música do Extremo Oriente! O resto fê lo por meio de uma inovadora pesquisa de timbres, uso das ressonâncias (quase reinventando os pedais!) e dos harmónicos, escolha de registos e planos sonoros, conjugações harmónicas, qualidade das articulações, construção das texturas, coordenação dos ritmos, controle dos volumes A composição das Estampes data do Verão de 1903, que Debussy passou em Bichain (a sudeste de Paris), altura em que também iniciou o famoso La Mer. A obra foi logo editada em Outubro por Durand, e a primeira audição absoluta dar se ia a 9 de Janeiro de 1904, em Paris, por Ricardo Viñes. A orquestração de André Caplet ( ) data de Maestro e compositor e grande amigo de Debussy, Caplet orquestrou várias obras de Debussy em vida deste, sempre com entusiástica aprovação do autor. Continuou a fazê lo após a morte de Debussy, sendo Pagodes a penúltima desse conjunto. Mais que os seus talentos de orquestrador, o que fica aqui patente é o pleno entendimento que Caplet teve das intenções profundas do compo 3

3 sitor, criando conjugações orquestrais de intensa beleza num ambiente sempre mágico que reforça o propósito orientalizante da partitura original. Albert Roussel tourcoing, 5 de abril de 1869 royan, 23 de agosto de 1937 Les dieux dans l ombre des cavernes (de Évocations) O francês Albert Roussel continua ainda hoje a ser um ilustre desconhecido do público das salas de concerto: exceptuando a música para o bailado Festim da aranha, que outras obras são dadas em sala com mínima regularidade? Situação injusta e tanto mais insólita, quanto Roussel, cuja vida criativa é sensivelmente paralela à de Ravel (seis anos mais novo; faleceram no mesmo ano), é uma das mais originais e interessantes vozes da música francesa da primeira metade do século XX e, certamente, o mais importante sinfonista francês desse período. Tanto mais é de saudar, portanto, a oportunidade que nos dá este concerto de escutar Les dieux dans l ombre des cavernes ( Os deuses nas umbrosas cavernas ), primeira peça das suas Évocations, op. 15, poema sinfónico em três partes de inspirado por recentes visitas à Índia, Ceilão e ao Camboja este, então, parte da Indochina francesa. A estreia deu se na Sociedade Nacional de Música, em Paris, a 18 de Maio de 1912, sob a direcção de Rhené Baton, maestro ao qual Roussel haveria de dedicar a sua Sinfonia nº 2, em O título da peça remete para as estátuas de divindades hindus existentes em templos escavados na rocha que se podem encontrar na Índia e Indochina. Roussel pensou aqui concretamente na estátua da deusa Shiva existente no templo de Kailasa, em Ellora, na Índia (estado de Maharastra, a norte de Goa). Num andamento tendencialmente lento e mantendo sempre uma exótica atmosfera de mistério, instala se uma impressão fantástica que nos faz imaginar os templos evocados no título, muito graças à prodigiosa qualidade da orquestração, que nos dá mil e uma cores! Mas também os jogos dos raios de luz por entre as sombras, até se alcançar um inebriamento dos sentidos. Como sempre em Roussel, a arquitectura formal é bastante clara e equilibrada: há um prelúdio, um coral nos metais e três temas cinco materiais base que vão reaparecendo ao longo da obra. Mas Roussel já aqui faz uso dessoutro procedimento que será típico da sua maneira sinfónica e que consiste em fundir o elemento formal distintivo com o procedimento rapsódico. Edward Elgar broadheath, 2 de junho de 1857 worchester, 23 de fevereiro de 1934 Suite de The Crown of India Da França republicana para a imperial Britânia e para o compositor que melhor incarnou esse período glorioso da história inglesa, que vai da rainha Vitória ao termo da I Guerra: o período em que a Inglaterra foi a primeira potência mundial e dona do maior império da época. The Crown of India é uma obra que corporiza na perfeição esse statu quo, pois glorifica a condição do rei de Inglaterra (Jorge V, no caso) como imperador da Índia que, como sabemos, era a jóia da coroa do Império Britânico! A composição foi, claro está, uma encomenda que quis capitalizar o sucesso e poderoso simbolismo da viagem do rei e rainha Mary à Índia em Dezembro de 1911, onde foram coroados imperador e imperatriz da Índia, encomenda destinada a encenar na metrópole, com muita fantasia à mistura, o que fora essa viagem real. Elgar dispôs de dois meses, apenas, para escrever mais de uma hora de música, pelo que, naturalmente, recorreu a trechos vários que tinha na gaveta. A estreia desta imperial masque, o seu opus 66, deu se no Coliseum Theatre, em Londres, a 11 de Março de 1912, consistindo de duas partes: As cidades de Ind e Ave Imperator!, num total de 12 números compreendendo 20 peças musicais. O libreto era de Henry Hamilton ( ). Elgar dirigiu a estreia e a obra teve um acolhimento entusiástico, quer do público, quer da crítica. Logo depois dos espectáculos no Coliseum, Elgar extraiu cinco das peças, que enumeramos por ordem de aparição na Suite: Introduction, Dance of the Nautch Girls, Entrance of John Company, Warrior s Dance e March of the Mogul Emperors. Acrescentou ainda o Interlude que separava os dois quadros, para cordas (colocado a seguir a Warrior s Dance), criando assim a Suite The Crown of India. A primeira audição nessa nova roupagem deu se no Festival dos Três Coros de Hereford, a 11 de Setembro de 1912, pela Orquestra Sinfónica de Londres (LSO), dirigida pelo compositor. Dos números referidos, esclareçamos que as Nautch Girls eram dançarinas do norte da Índia e eram presença frequente nos teatros londrinos do tempo; John Company era a alcunha dada à East India Company, o grande conglomerado que dominava o comércio da Índia; e os Mogul Emperors foram os senhores da Índia no século XVII que, na peça, vêm defender as pretensões de Deli em ser a capital da Índia (contra Calcutá). A Introdução compreende oito compassos da Introduction original, após o que lhe cola a secção que se seguia, chamada de Sacred Measure. Dois compassos novos estabelecem a ligação com a Dança das Nautch Girls, na qual Elgar recria a dança indiana kathak, uma das oito danças clássicas indianas. A música de John Company é um Moderato em ritmo de Minueto. A Dança dos guerreiros é um Allegro vigoroso, mas o material musical deve mais a uma dança tradicional inglesa sincopada que à Índia. A Marcha é uma procissão em ritmo de polonaise e contém a mais vívida orquestração em toda a obra, incluindo um verdadeiro arsenal de instrumentos de percussão, terminando (a peça e a Suite) num fortississimo. O próprio Elgar dirigiria a obra na primeira gravação dela realizada, sempre com a LSO, em Setembro e Novembro de

4 Charles Koechlin paris, 27 de novembro de 1867 rayol -canadel-sur-mer, 31 de dezembro de 1950 Três poemas sinfónicos sobre O Livro da Selva de Rudyard Kipling O incipit que usámos há pouco para Roussel podia aplicar se quase ipsis verbis para Charles Koechlin ( ), com a agravante de este não ter sequer um Festim da aranha que lhe valha Para quem conhece um pouco o percurso de Lopes Graça, saberá que o compositor português, quando da sua estada em Paris ( ), teve lições particulares de composição e orquestração com Koechlin, que, aliás, era um homem também politicamente progressista. No seio de uma produção abundante, O Livro da Selva merece uma consideração particular, já que foi uma obra que, enquanto criação literária, terá acompanhado Koechlin ao longo da vida; e, enquanto transposição musical, o acompanhou ao longo de quase quatro décadas! O famoso romance de Rudyard Kipling ( ), publicado em 1894 e 1895 (Segundo Livro da Selva), foi sempre uma leitura favorita de Koechlin, que o descobre em Fevereiro de 1899, declarando anos mais tarde (1916, em Commentaires sur mes compositions): Há ali um sentimento da natureza, uma juventude, um carácter sadio, uma forma de vida espantosa, cuja irradiação penetra até à alma daquele que lê (e compreende) este livro. A aventura de Koechlin no Livro da Selva de Kipling começa em 1899, quando escreve La Berceuse Phoque, La Chanson de Nuit dans la Jungle e Le Chant de Kala Nag, três poemas cantados, com solistas e coro. De 1925 data La Course de Printemps e, onze anos mais tardia, La Méditation de Purun Baghat. No final dessa década surgem então essoutra obra prima que é Les Bandar Log e Le Loi de la Jungle (outras fontes apontam 1934 para esta obra, o que não é caso único de datas divergentes ), com o que conclui, 40 anos depois, a ilustração do Livro da Selva em forma de suite sinfónica. Note se que a ordenação das peças não foi estabelecida, exemplo do amor à liberdade de Koechlin. A ordem mais comummente seguida começa com Le Loi de la Jungle e segue com Les Bandar Log antes de virem as três peças com solistas e coro de Depois destas (ou, às vezes, antes), surge então La Méditation de Purun Baghat, concluindo o todo La Course de Printemps. A estreia do ciclo integral da obra estava prevista para o dia 28 de Junho de 1940, em Bruxelas, mas foi naturalmente cancelada devido à invasão nazi. Ocorreria apenas a 19 de Dezembro de 1946, sempre em Bruxelas, pela Orquestra do Instituto Nacional Belga de Radiodifusão, sob a direcção do belga Franz André ( ). A estreia francesa deu se em Paris, no Théâtre des Champs Elysées, a 15 de Abril de 1948, dirigida por Roger Désormière ( ), ardente defensor de Koechlin. A ocasião foi saudada como um grande acontecimento e permitiu aferir a evolução da escrita de Koechlin e atestar a sua profunda originalidade de criador. Le Loi de la Jungle apresenta um ambiente misterioso sobre um ritmo lento de marcha solene, com destaque para os metais e as intervenções de tantã. Les Bandar Log tem o subtítulo de Scherzo dos macacos e faz prova de um virtuosismo incandescente da escrita orquestral, num ambiente grotesco de sátira às modas musicais do tempo (politonalismo, atonalismo, neoclassicismo). Por fim, La Méditation descreve o antigo homem de Estado Purun, agora eremita nos Himalaias, numa polifonia modal de carácter contemplativo. Invariável é a assombrosa ciência de orquestração de Koechlin. bernardo mariano [2014] 6 7

5 Garrett Keast direcção musical O maestro Garrett Keast é natural dos Estados Unidos da América e reside em Berlim. Construiu uma reputação de excelência musical com orquestras sinfónicas e companhias de ópera na Europa e América do Norte. Entre os seus próximos compromissos incluem se estreias com a Orquestra Nacional de Bordéus Aquitânia, Sinfónica de Estugarda, Festival de Ópera de Fort Worth (Così fan tutte) e regressos à Ópera Nacional de Paris com bailado (O Lago dos Cisnes) e ao Ballet de Hamburgo (Otelo). Na Ópera Estatal de Viena foi recentemente assistente musical de Christoph Eschenbach numa nova produção de A Flauta Mágica, e regressa com Eschenbach para uma nova produção de Idomeneo na temporada de 2014/15. Em Fevereiro dirigiu Ariadne auf Naxos na Ópera de Virgínia e em Março assistiu Eschenbach com uma apresentação em concerto de O Cavaleiro da Rosa com Renée Fleming e a Orquestra Sinfónica Nacional de Washington DC. Na temporada de 2012/13, Garrett dirigiu programas importantes com as Sinfónicas NDR de Hamburgo, MDR de Leipzig, de Atlanta e de Aarhus, Bach Collegium München, Filarmónica Estatal da Renânia, Philharmonia de Praga e Filarmónica de Hamburgo com o Ballet de Hamburgo. Regressou também à Ópera Nacional de Paris como maestro convidado e preparou um programa de Mendelssohn e Schubert com a Sinfónica Alemã de Berlim. Em 2011/12 trabalhou com a Ópera de Paris em apresentações de Faust com Roberto Alagna. Dirigiu também a estreia aclamada de Bluthaus de Georg Friedrich Haas com a Sinfónica da Rádio de Estugarda na Ópera de Bona e trabalhou com a Ópera Alemã de Berlim como assistente musical e maestro, dirigindo récitas de A Flauta Mágica e preparando oito óperas. A sua estreia europeia em concerto deu se em 2010/11 com a Sinfónica do Norte dos Países Baixos. Nessa temporada foi assistente de Eschenbach numa digressão conjunta das Orquestras Sinfónica NDR e Filarmónica Checa com a 8ª Sinfonia de Mahler. Garrett Keast foi nomeado maestro a observar pelo Guia de Artistas Emergentes da Symphony Magazine em Janeiro de Tem dirigido várias orquestras americanas como convidado. Iniciou a sua carreira de maestro na New York City Opera, onde foi maestro associado durante três temporadas. Enquanto maestro assistente da Ópera de Dallas, recebeu uma bolsa da Bruno Walter Foundation. No seu país dirigiu produções de Don Giovanni, Gianni Schicchi, I Pagliacci, Madama Butterfly, Norma, Diálogos de Carmelitas, Hänsel und Gretel, Susannah, La Bohème, Rigoletto, Tosca e A Flauta Mágica. Keast estudou com Christoph Eschenbach e Stephen Stein na Sinfónica de Houston. Colaborou com os festivais de Verão de Aspen, Bayreuth, Teatro de Ópera de Lucca (Itália) e Tanglewood Music Center. Diplomou se em música na Butler School of Music da Universidade de Texas em Austin, incluindo estudos de trombone, viola, canto coral e direcção. Estudou também com o maestro Larry Rachleff na Shepherd School of Music de Houston e no Festival de Aspen. Garrett Keast procura dirigir e promover a nova música. Tem especial entusiasmo por ensinar jovens, formar públicos para a música clássica e desenvolver programas estimulantes para a orquestra sinfónica moderna. 8 ORQUESTRA SINFÓNICA DO PORTO CASA DA MÚSICA Christoph König maestro titular A Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música tem sido dirigida por reputados maestros, de entre os quais se destacam Baldur Brönnimann, Olari Elts, Leopold Hager, Michail Jurowski, Andris Nelsons, Vasily Petrenko, Emilio Pomàrico, Jérémie Rohrer, Peter Rundel, Michael Sanderling, Tugan Sokhiev, John Storgårds, Joseph Swensen, Gilbert Varga, Antoni Wit, Takuo Yuasa ou Lothar Zagrosek. Entre os solistas que colaboraram recentemente com a orquestra constam os nomes de Midori, Viviane Hagner, Natalia Gutman, Truls Mørk, Steven Isserlis, Kim Kashkashian, Ana Bela Chaves, Felicity Lott, Christian Lindberg, António Meneses, Simon Trpčeski, Sequeira Costa, Jean Efflam Bavouzet, Lise de la Salle, Cyprien Katsaris, Alban Gerhardt ou o Quarteto Arditti. Diversos compositores trabalharam também com a orquestra, no âmbito das suas residências artísticas na Casa da Música, destacando se os nomes de Emmanuel Nunes, Jonathan Harvey, Kaija Saariaho, Magnus Lind berg, Pascal Dusapin e Luca Francesconi. A Orquestra tem vindo a incrementar as actuações fora de portas. Nas últimas temporadas apresentou se nas mais prestigiadas salas de concerto de Viena, Estrasburgo, Luxemburgo, Antuérpia, Roterdão, Valladolid, Madrid e no Brasil, e é regularmente convidada a tocar em Santiago de Compostela e no Auditório Gulbenkian. Para além da apresentação regular do repertório sinfónico, a orquestra demonstra a sua versatilidade com abordagens aos universos do jazz, fado ou hip hop, ao acompanhamento de projecção de filmes e aos concertos comentados, bem como a diversas acções educativas, incluindo o projecto A Orquestra vai à escola, workshops de composição para jovens compositores e a masterclasses de direcção com o maestro Jorma Panula. A interpretação da integral das sinfonias de Mahler marcou as temporadas de 2010 e Em 2011, o álbum Follow the Songlines, gravado com Mário Laginha e Maria João com David Linx e Diederik Wissels, ganhou a categoria de Jazz dos prestigiados prémios Victoires de la musique, em França. Em 2013 foram editados os concertos para piano de Lopes Graça pela editora Naxos. A gravação ao vivo com obras de Pascal Dusapin foi Escolha dos Críticos 2013 na revista Gramophone. Na temporada de 2014, a Orquestra é dirigida pela primeira vez por maestros como Peter Eötvös e Ilan Volkov, e interpreta uma nova obra de Unsuk Chin em estreia mundial. A origem da Orquestra remonta a 1947, ano em que foi constituída a Orquestra Sinfónica do Conservatório de Música do Porto, que desde então passou por diversas designações. Engloba um número permanente de 94 instrumentistas, o que lhe permite executar todo o repertório sinfónico desde o Classicismo ao Século XXI. É parte integrante da Fundação Casa da Música desde Julho de

6 Violino I James Dahlgren* José Pereira* Radu Ungureanu Vadim Feldblioum Vladimir Grinman Arlindo Silva Maria Kagan Ianina Khmelik Alan Guimarães Andras Burai Roumiana Badeva José Despujols Ana Madalena Ribeiro* Jorman Hernandez* Violino II Jossif Grinman Nancy Frederick Tatiana Afanasieva Mariana Costa Paul Almond Vítor Teixeira Francisco Pereira de Sousa Germano Santos Pedro Rocha José Paulo Jesus Nikola Vasiljev Domingos Lopes Viola Joana Pereira Anna Gonera Hazel Veitch Luís Norberto Silva Jean Loup Lecomte Theo Ellegiers Francisco Moreira Emília Alves Beata Costa* Manuel Costa* Violoncelo Feodor Kolpachnikov Sharon Kinder Gisela Neves Michal Kiska Bruno Cardoso Aaron Choi Américo Martins* Vanessa Pires* Contrabaixo António Aguiar* Jean Marc Faucher Joel Azevedo Nadia Choi Tiago Pinto Ribeiro Angel Luis Martinez* Flauta Paulo Barros Ana Maria Ribeiro Angelina Rodrigues Alexander Auer Oboé Aldo Salvetti Tamás Bartók Jean Michel Garetti Clarinete Luís Silva Carlos Alves António Rosa Gergely Suto Saxofone Paulo Martins* Hugo Teixeira* 10 Fagote Gavin Hill Robert Glassburner Pedro Silva Vasily Suprunov Trompa Abel Pereira Hugo Carneiro Eddy Tauber José Bernardo Silva Bohdan Sebestik Hugo Sousa* Trompete Sérgio Pacheco Ivan Crespo Rui Brito Ricardo Vitorino* Telmo Barbosa* Trombone Severo Martinez Dawid Seidenberg Diogo Andrade* Nuno Martins Tuba Luís Oliveira* Tímpanos Jean François Lézé Percussão Bruno Costa Paulo Oliveira Nuno Simões André Dias* João Tiago Dias* Marcelo Pinho* Ricardo Coelho* João Moreira* Harpa Ilaria Vivan Ana Paula Miranda* Piano Vítor Pinho* Celesta Vítor Pinho* Filipe Veríssimo* Órgão Filipe Veríssimo* *instrumentistas convidados DILIVA Sociedade de Investimentos Imobiliários, S.A., é patrono do Maestro Titular da Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música

7 MECENAS PROGRAMAS DE SALA MECENAS CASA DA MÚSICA APOIO INSTITUCIONAL MECENAS PRINCIPAL CASA DA MÚSICA