ORQUESTRA SINFÓNICA DO PORTO CASA DA MÚSICA

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1 03 OUT :00 SALA SUGGIA ORQUESTRA SINFÓNICA DO PORTO CASA DA MÚSICA Concerto Manvia YVES ABEL direcção musical 1ª Parte Ferdinand Hérold Abertura da ópera Zampa [1831; c.8min.] Georges Bizet Sinfonia em Dó maior [1855; c.30min.] 1. Allegro vivo 2. Adagio 3. Allegro vivace 4. Allegro vivace 2ª Parte Giuseppe Verdi Abertura da ópera As vésperas sicilianas [1855; c.9min.] Georges Bizet Suites de L Arlésienne [ ; c.27min.] 1ª Suite 1. Abertura 2. Minueto: Allegro giocoso 3. Adagietto 4. Carrilhão 2ª Suite 1. Pastoral 4. Farândola 20:15 Cibermúsica Palestra pré concerto por Rui Pereira

2 A CASA DA MÚSICA É MEMBRO DE Ferdinand Hérold paris, 28 de janeiro de 1791 paris, 19 de janeiro de 1833 Natural de Paris, descendente de duas gerações de músicos, Louis Joseph Ferdinand Hérold foi filho único e desde cedo revelou um talento fora do comum. Aos quinze anos, já após a morte do pai, ingressou no Conservatório de Paris onde, para além de estudar harmonia e contraponto, se tornou um virtuoso do piano e do violino. Em 1812 ganhou o prestigiado Prix de Rome, viajando para a cidade eterna onde compôs a Primeira Sinfonia e o 4º Concerto para piano e orquestra, para além de música de câmara. Foi em Nápoles, e usando um pseudónimo italiano por questões comerciais, que estreou com sucesso a sua primeira ópera no Teatro San Carlo. Deu, assim, início a uma carreira de sucesso como compositor de óperas e bailados num percurso que ficou para sempre ligado a salas célebres de Paris: Théâtre Italien, Opéra Comique e Opéra de Paris. A ópera Zampa, ou a Noiva de Mármore estreou a 3 de Maio de 1831 na Opéra Comique. Baseada num libreto de Mélésville, dramaturgo de grande popularidade na época, a ópera com os diálogos falados alcançou grande sucesso como provam as mais de 500 apresentações que teve até O drama roda em torno da estátua de uma jovem que morreu de desgosto amoroso por Zampa, um jovem conde que após arruinar a sua própria herança de família a seduziu e abandonou, fugindo depois para uma vida errante como pirata. A abertura da ópera permanece no repertório actual das orquestras. O início alegre e jovial do tutti orquestral é cedo ensom brado por fortes acordes dos metais sobre o rufar dos tímpanos, momento que antecede um cromatismo descendente que anuncia a tragédia presente na ópera. Os temas mais cândidos, associados ao amor, surgem nas madeiras com uma sonoridade campestre (clarinetes, fagotes e corne inglês). As cordas introduzem um sentido mais aventureiro que antecede uma gloriosa marcha, subitamente interrompida por um expressivo e insinuante solo do clarinete. Na verdade, o sucesso desta abertura em muito se deve à alternância de ambientes contrastantes. A secção seguinte parece um bailado de grande leveza de orquestração, género em que Hérold muito se destacou. Esta secção final é pontuada por um elemento de maior bravura para o qual contribuem os toques de fanfarra dos metais numa gloriosa coda a puxar, quase descaradamente, ao aplauso. Georges Bizet paris, 25 de outubro de 1838 bougival, 3 de junho de 1875 Georges Bizet é o compositor da Carmen, uma das óperas mais glosadas nos teatros líricos e na discografia internacional e cuja habanera é dos trechos mais populares em todo o mundo. A ópera estreou meses antes da morte de Bizet, que nunca pôde constatar o seu estrondoso sucesso, falecendo mesmo com a ideia de fracasso. Menino prodígio de grande talento no piano e na composição, fez se notar enquanto aluno do Conservatório de Paris, onde ingressou com apenas nove anos de idade e com uma autorização especial por não ter ainda a idade mínima requerida.

3 Após ganhar primeiros prémios em solfejo e piano, começou a compor e fez muitos arranjos de obras de outros compositores. Denotando uma forte influência do mestre Charles Gounod, compôs a Sinfonia nº 1 com 17 anos de idade. No entanto, a peça nunca foi estreada no seu tempo e Bizet tê la á considerado como parte do seu percurso formativo. Só após a sua morte, a viúva deu o manuscrito ao maestro e compositor Reynaldo Hahn que o terá guardado entre outras partituras na Biblioteca do Conservatório de Paris. Descoberto em 1933, o manuscrito passou por diversas mãos até ser estreado pelo maestro Felix Weingartner em Basileia, na Suíça, em O primeiro andamento é extremamente jovial, tendo um primeiro tempo muito rítmico, marcado por ritmos em anacruse e uma escrita muito enérgica nas cordas. O segundo tema anunciado por uma bela e muito expressiva melodia no oboé marca um ligeiro contraste mas mantém o carácter despreocupado do andamento. O Adagio que se segue é muito operático, tendo início com diversos chamamentos por parte dos sopros (madeiras), os quais vão respondendo a diferentes e repetitivos apelos numa introdução que prepara a entrada do oboé solo declamando uma melodia de pendor cromático. O andamento desenvolve se num crescendo contrapontístico que junta estes elementos em simultâneo. A acrescida expressividade e elegância da escrita é posta em evidência pelo pendor ternário do ritmo e pela extraordinária clareza do contraponto. O terceiro andamento é um scherzo e trio com um forte carácter de dança e um segundo tema acentuadamente popular. O trio é anunciado por um bordão de intervalo de quinta, típico da música tradicional, nos baixos. O último andamento é um veloz tour de force em movimentos perpétuos que nos lembra a música mais alegre de Rossini. Toda a sinfonia demonstra um furor de juventude e rigor de escrita e orquestração que, aliados a uma inspiração melódica rara, fazem prova de um talento inquestionável para um jovem de 17 anos. Em 1857, dois anos depois de escrever esta sinfonia, Bizet ganhou o cobiçado Prix de Rome. Após três anos na capital italiana, regressou a França onde constatou a extrema dificuldade de se impor como compositor. A sua vida foi marcada por sucessos pontuais mas relativamente modestos, nomeadamente com as óperas Les pêcheurs de perles, La jolie fille de Perth e Djamileh. O grande sucesso em vida de Bizet foi a música para a peça teatral de Alphonse Daudet, L Arlésienne. Baseada num conto do autor, L Arlésienne foi apresentada como drama cénico em três actos em Tendo como pano de fundo a Provença rural de meados do século XIX, a peça relata a história de uma jovem (Arles) que, apesar de já ter sido casada, é desejada por dois irmãos solteiros (Fréderi, o mais velho, e Inocente). Abalando a moral da época que impossibilitava a relação de um solteiro com uma mulher que já tivesse sido casada, a peça explora a angústia de amor de Fréderi, que se suicida na presença da própria mãe desesperada e em plena festa da aldeia onde uma multidão dança a tradicional farândola. Foi o empresário Léon Carvalho quem contratou Bizet para escrever a música, desafio a que o compositor deu resposta em apenas quinze dias compondo vinte e sete pequenas peças para coro e orquestra. Desta música resultaram duas suites extre Giuseppe Verdi Giuseppe Verdi foi o mais destacado compositor italiano de ópera do seu tempo, ombreando apenas com Wagner no palmarés do teatro lírico oitocentista a nível mundial. Rigoletto, O trovador e La Traviata foram os grandes sucessos que antecederam As Vésperas sicilianas, ópera estreada na Ópera de Paris em Junho de Seguiram se sucessos tão famosos quanto Um baile de máscaras, Don Carlos, A força do destino, Aïda, Otelo ou Falstaff, esta já em A sua carreira foi, pois, coroada de sucesso em vida. Nas salas de concerto, para além do Requiem ou de árias em concertos de gala, os únicos trechos sinfónicos que se costumam ouvir são, no entanto, as aberturas As Vésperas sicilianas e A força do destino. A ópera As Vésperas sicilianas foi composta em francês, segundo um libreto conjunto de Eugène Scribe e Charles Duveyrier baseado nos factos históricos da rebelião siciliana que decorreu no século XIII. A abertura segue o esquema tradicional do pot pourri segundo o qual o compositor recolhe vários temas que se fazem ouvir ao longo da ópera. Esta é uma forma de antecipação não só dos temas, mas sobretudo dos ambientes que vão ser atravessados. O ambiente é desde o início tenso e misterioso, com a presença inquietante das percussões, antecipando o canto De profundis com que os monges acompanham os condenados no quarto acto. Os temas mais destacados correspondem à entrada em cena da Duquesa Helena, irmã do Duque da Áustria, tocado pela flauta, clarimamente populares nas salas de concerto. A primeira foi escrita pelo próprio Bizet em 1872 e a segunda foi feita quatro anos após a sua morte pelo seu bom amigo e célebre orquestrador Ernest Guiraud. Após as variações ao tema de Natal de origem popular Marcha dos reis, que dão início à 1ª Suite, a abertura prossegue com temas relacionados com o Inocente, representado na melodia do saxofone, e com o irmão mais velho, Fréderi, numa secção de pendor cromático. Segue se um Minuetto e Trio, herdeiro das formas sinfónicas, e depois um Adagietto de sonoridade velada nas cordas e que ocupa o lugar de um andamento lento. Este momento corresponde na peça teatral ao encontro do velho pastor Balthasar com a sua amada de juventude Renaude e à confissão mútua do amor de juventude que nunca concretizaram. Um ostinato entre a harpa e as trompas dá o nome ao último andamento, Carrilon. A Suite nº 2 é obra do compositor Ernest Guiraud e tem igualmente quatro andamentos, dos quais escutaremos neste concerto o primeiro e o último. O ambiente pastoral desta música evoca uma cena na lagoa de Vaccarès numa breve passagem da flauta, corne inglês e fagote, ao estilo de musette, bem como nas sonoridades de outros instrumentos de sopro, como as trompas. Uma secção marcada pelo tamborim, a flauta e o flautim é ligeiramente mais épica no cavalgar do ritmo mas igualmente nostálgica. O último andamento é a Farândola que, como vimos acima, assume o desfecho dramático da história. Tem início com a Marcha dos reis apresentada em cânone e prossegue com a Dança do cavalo louco com que a aldeia celebra as festas de Santo Elói. Um final glorioso e justamente famoso. 4 5 roncole, 10 de outubro de 1813 milão, 27 de janeiro de 1901

4 netes e fagotes; uma secção muito agitada que é anunciada por um rufar do bombo e que acompanha a cena do massacre final; uma melodia muito expressiva nos violoncelos que corresponde ao momento em que Montfort, governador da Sicília, diz a Henrique, um jovem siciliano, ser seu pai. A abertura termina de forma enérgica e espectacular, correspondendo plenamente às espectativas do público parisiense do século XIX. rui pereira [2014] Yves Abel direcção MUSICAL a Bochum Symphoniker, Orquestra da Ópera Alemã de Berlim e Sinfónica Tivoli Yves Abel foi Maestro Convidado Principal da Ópera Alemã de Berlim entre 2005 fónica de Seul. com Joseph Calleja. Estreia se com a Sin e 2011, e é convidado frequente das maiores casas de ópera do mundo, incluindo dade especial com o repertório francês e Como franco canadiano, tem uma afini a Royal Opera House Covent Garden, conquistou o reconhecimento como fundador e director musical da Opéra Fran La Scala de Milão, Metropolitan de Nova Iorque, Lyric Opera de Chicago, Glyndebourne Festival, Grand Théatre de Génève, óperas francesas raras e fez a estreia munçais de New York, com a qual recuperou Teatro San Carlo de Nápoles, Teatro Communale Bologna, Novo Teatro Nacional de a companhia apresenta se regularmente dial de To be Sung de Dusapin. Desde 1994, Tóquio, Opera North e Óperas de Viena, com lotações esgotadas no Lincoln Center. Baviera, Paris, Holanda, São Francisco, Gravou Thaïs com Renée Fleming e Werther com Andrea Bocelli (Decca), Madama Seattle e País de Gales. Com um extenso repertório neste domínio, destaca se nesta Butterfly com a Philharmonia Orchestra temporada a interpretação de Les contes (Chandos) e dois discos de árias francesas um com Susan Graham e a Sin d Hoffmann com Vittorio Grigolo e Thomas Hampson, que será transmitida em directo para todo o mundo em alta definição. outro com Patricia Petibon e a Orquestra fónica Cidade de Birmingham (Erato), o A partir de Janeiro de 2015 será Maestro da Ópera de Lyon (Decca). A sua gravação Titular da Nordwestdeutsche Philharmonie. Dirigiu a Filarmónica de Copenhaga árias românticas com Elīna Garanča para mais recente é Romantique, um disco de no Festival Tivoli, Sinfónica Nacional RTE a Deutsche Grammophon. de Dublin, Filarmónica de Roterdão, Orquestra do Capitólio de Toulouse, Sinfóni Chevalier de l Ordre des Arts et des Lettres Em 2009 foi agraciado com o título de ca de Stavanger e Filarmónica Arturo Toscanini em Parma, e também as Sinfónicas pelo Governo Francês. de Toronto, Montréal e São Francisco, a Filarmónica dos Países Baixos, Orquestra Nacional de Lyon, Orquestra de St. Luke s de Nova Iorque, Real de Liverpool, Orquestra Haydn em Bolzano e as orquestras de Génova, Nápoles e Palermo, entre outras. Na temporada passada dirigiu novas produções de Giovanna d Arco na Ópera de Bilbau e Pagliacci na Ópera de San Diego, além de La Fille du Régiment na Royal Opera House Covent Garden. Nesta temporada regressa à Metropolitan e Óperas de Oviedo e Paris. Em concerto, regressa à Haydn Orchestra e apresenta se com 6 7

5 ORQUESTRA SINFÓNICA DO PORTO CASA DA MÚSICA Christoph König maestro titular Baldur Brönnimann maestro titular indigitado A Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música tem sido dirigida por reputados maestros, de entre os quais se destacam Baldur Brönnimann, Olari Elts, Leopold Hager, Michail Jurowski, Andris Nelsons, Vasily Petrenko, Emilio Pomàrico, Jérémie Rohrer, Peter Rundel, Michael Sanderling, Tugan Sokhiev, John Storgårds, Joseph Swensen, Gilbert Varga, Antoni Wit, Takuo Yuasa ou Lothar Zagrosek. Entre os solistas que colaboraram recentemente com a orquestra constam os nomes de Midori, Viviane Hagner, Natalia Gutman, Truls Mørk, Steven Isserlis, Kim Kashkashian, Ana Bela Chaves, Felicity Lott, Christian Lindberg, António Meneses, Simon Trpčeski, Sequeira Costa, Jean Efflam Bavouzet, Lise de la Salle, Cyprien Katsaris, Alban Gerhardt ou o Quarteto Arditti. Diversos compositores trabalharam também com a orquestra, no âmbito das suas residências artísticas na Casa da Música, destacando se os nomes de Emmanuel Nunes, Jonathan Harvey, Kaija Saariaho, Magnus Lind berg, Pascal Dusapin e Luca Francesconi. A Orquestra tem vindo a incrementar as actuações fora de portas. Nas últimas temporadas apresentou se nas mais prestigiadas salas de concerto de Viena, Estrasburgo, Luxemburgo, Antuérpia, Roterdão, Valladolid, Madrid e no Brasil, e é regularmente convidada a tocar em Santiago de Compostela e no Auditório Gulbenkian. Para além da apresentação regular do repertório sinfónico, a orquestra demonstra a sua versatilidade com abordagens aos universos do jazz, fado ou hip hop, ao acompanhamento de projecção de filmes e aos concertos comentados, bem como a diversas acções educativas, incluindo o projecto A Orquestra vai à escola, workshops de composição para jovens compositores e a masterclasses de direcção com o maestro Jorma Panula. A interpretação da integral das sinfonias de Mahler marcou as temporadas de 2010 e Em 2011, o álbum Follow the Songlines, gravado com Mário Laginha e Maria João com David Linx e Diederik Wissels, ganhou a categoria de Jazz dos prestigiados prémios Victoires de la musique, em França. Em 2013 foram editados os concertos para piano de Lopes Graça pela editora Naxos. A gravação ao vivo com obras de Pascal Dusapin foi Escolha dos Críticos 2013 na revista Gramophone. Na temporada de 2014, a Orquestra é dirigida pela primeira vez por maestros como Peter Eötvös e Ilan Volkov, e interpreta uma nova obra de Unsuk Chin em estreia mundial. A origem da Orquestra remonta a 1947, ano em que foi constituída a Orquestra Sinfónica do Conservatório de Música do Porto, que desde então passou por diversas designações. Engloba um número permanente de 94 instrumentistas, o que lhe permite executar todo o repertório sinfónico desde o Classicismo ao Século XXI. É parte integrante da Fundação Casa da Música desde Julho de Violino I Zofia Wóycicka Radu Ungureanu Maria Kagan Evandra Gonçalves Roumiana Badeva Vladimir Grinman Tünde Hadadi Emília Vanguelova Andras Burai José Despujols Alan Guimarães Ana Madalena Ribeiro* Violino II Jossif Grinman Nancy Frederick Mariana Costa Francisco Pereira de Sousa Lilit Davtyan José Paulo Jesus Paul Almond Vítor Teixeira Germano Santos José Sentieiro Viola Joana Pereira Anna Gonera Jean Loup Lecomte Hazel Veitch Biliana Chamlieva Francisco Moreira Luís Norberto Silva Theo Ellegiers Violoncelo Feodor Kolpachnikov Gisela Neves Hrant Yeranosyan Michal Kiska Aaron Choi Sharon Kinder Contrabaixo Slawomir Marzec Nadia Choi Jean Marc Faucher Altino Carvalho Flauta Alexander Auer Eva Morais* Oboé Tamás Bartók Eldevina Materula Clarinete Carlos Alves Gergely Suto Saxofone Hugo Teixeira* Fagote Robert Glassburner Vasily Suprunov 8 9 Trompa Bohdan Sebestik José Bernardo Silva Hugo Carneiro Eddy Tauber Pedro Fernandes* Trompete Sérgio Pacheco Ivan Crespo Rui Brito Luís Granjo Trombone Severo Martinez Ruben Tomé* Nuno Martins Tuba Xavier Novo* Tímpanos Jean François Lézé Percussão Nuno Simões Paulo Oliveira André Dias* Harpa Ilaria Vivan *Instrumentistas convidados DILIVA Sociedade de Investimentos Imobiliários, S.A., é patrono do Maestro Titular da Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música

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7 MECENAS PROGRAMAS DE SALA MECENAS CASA DA MÚSICA APOIO INSTITUCIONAL MECENAS PRINCIPAL CASA DA MÚSICA