ORQUESTRA SINFÓNICA DO PORTO CASA DA MÚSICA

Transcrição

1 28 MAR :30 SALA SUGGIA ORQUESTRA SINFÓNICA DO PORTO CASA DA MÚSICA Christoph König direcção musical Ernst von Dohnányi Suite da pantomina O véu de Pierrette, op.18 [1909; c.23min.] 1. O amor terno de Pierrot 2. Valsa 3. Marcha fúnebre cómica 4. Valsa de casamento 5. Dança delírio de Pierrette Franz Schubert Sinfonia nº 8 em Si menor, D.759, Inacabada [1822; c.26min.] 1. Allegro moderato 2. Andante con moto Franz Liszt Rapsódia húngara nº 2 [1847; orq. S. Torch 1968; c.10min.] Concerto sem intervalo

2 Maestro Christoph König sobre o programa do concerto A CASA DA MÚSICA É MEMBRO DE ERNST VON DOHNÁNYI poszony (bratislava), 27 de julho de 1877 nova iorque, 9 de fevereiro de 1960 Filho de uma família da nobreza húngara, Ernő Dohnányi (Ernst é o nome alemão que adoptou enquanto compositor) nasceu em Poszony, na Hungria, a cidade que é hoje a capital da Eslováquia, Bratislava. Começou por estudar música com o pai, professor de matemática e violoncelista amador, ingressando mais tarde na prestigiada Academia Franz Liszt de Budapeste, onde foi colega de Béla Bartók. Desde os finais da década de 1890, Dohnányi revelou se como um artista de raras qualidades e multifacetado, sendo reconhecido internacionalmente como compositor, maestro e pianista. Na qualidade de pianista e de maestro obteve sucesso imediato, sendo responsável pela popularidade de algumas obras de Bartók, e desenvolveu intensa actividade como concertista, quer como solista com orquestra, quer em recital e em música de câmara. A sua interpretação do Concerto para piano e orquestra nº 4 de Beethoven, obra que marcou a sua estreia londrina e norte americana, recebeu os maiores elogios da crítica. Enquanto compositor, cativou a atenção e apoio de Brahms e do seu círculo de amizade. Joseph Joachim convidou o para leccionar no Conservatório de Berlim, lugar que assumiu entre 1905 e Nesse ano ingressou como professor na academia onde obtivera o seu diploma, em Budapeste, desempenhando funções de director a partir de Teve um papel determinante na organização de concertos e entre os seus muitos discípulos famosos contam se os pianistas Géza Anda e Georges Cziffra, bem como o maestro Georg Solti. No ano de 1941, demitiu se do cargo na Academia de Budapeste por discordar de regulamentos anti semitas. Durante a Segunda Grande Guerra os seus dois filhos morreram: um foi abatido na frente de combate; o outro foi fuzilado pelos nazis, por pertencer à resistência e ter elaborado um plano para assassinar Hitler. Este seu filho, Hans Dohnányi, era pai de um dos mais reconhecidos maestros da actualidade, Christoph von Dohnányi. Sem nada que o prendesse à terra natal, Dohnányi partiu para os Estados Unidos da América após a guerra. Recuperou a fama de pianista e a sua arte pode ser escutada hoje em dia graças às inúmeras gravações que fez em Nova Iorque. A pantomina O véu de Pierrette data de 1909, o período de Berlim, e é a primeira das quatro obras teatrais de Dohnányi. O libreto do escritor e dramaturgo Arthur Schnitzler ( ) conta a história de amor entre o pintor Pierrot e Pierrette, forçada a casar com o rico comerciante Arlechino. Pierrot convence a sua amada que deverão morrer juntos, mas depois de ingerir o veneno Pierrette perde a coragem. Ao fugir deixa cair o seu véu de noiva junto ao cadáver de Pierrot. Quando, durante o baile de casamento, Arlechino descobre o véu, humilha a sua noiva até a abandonar junto de Pierrot. Num acesso de loucura, Pierrette dança até à exaustão, acabando por morrer junto do seu amado. Esta pantomina em três actos com personagens da commedia dell arte no contexto da Viena Oitocentista é bastante original pelo facto de os actores serem mimos e não falarem, reflectindo, segundo Lawrence Sullivan, a influência dos primeiros filmes mudos no teatro. Dohnányi foi contratado para escrever a música para esta peça com 3

3 A Rapsódia Húngara nº 2 insere se na tradição de grande virtuosismo pela qual Liszt ficou célebre e, de entre as 19 peças do género que compôs, é seguramente a mais popular pela sua utilização em muitos desenhos animados, programas de televisão e bandas sonoras de filmes com grande sucesso de bilheteira. Composta em 1847, na sua versão original para piano, conheceu imediato sucesso e foi alvo de diveruma duração aproximada de uma hora, trabalho que realizou em apenas dois meses. Da música de cena, o próprio compositor realizou a suite de concerto. FRANZ SCHUBERT viena, 31 de janeiro de 1797 viena, 19 de novembro de 1828 rui pereira [2014] Embora o manuscrito da Sinfonia nº 8 refira 1822 como data de composição da obra, Schubert nunca retomou este projecto, tendo sobrevivido apenas os dois andamentos iniciais e uma versão incompleta para piano do 3º andamento. As razões para esta desistência, razão pela qual a sinfonia é conhecida pelo nome Inacabada, não são claras: é consensual que Schubert criou através destes dois andamentos uma nova abordagem ao género sinfónico, filiada na tradição sinfónica vienense estabelecida por Mozart e Haydn, e que se propõe como uma sequência às inovações introduzidas por Beethoven. É possível que o compositor não se tenha sentido com a maturidade suficiente para dar continuidade ao trabalho; outras obras, e não apenas obras sinfónicas, não foram terminadas, o que revela um padrão de intensa criatividade combinada com insegurança pessoal, derivada talvez das poucas oportunidades que Schubert teve de apresentar em público as obras de maior envergadura (as Sinfonias 8 e 9, por exemplo, foram estreadas apenas depois da sua morte). Após uma curta e sombria introdução pelos violoncelos e contrabaixos que abre o Allegro moderato, surge o 1º tema, exposto pelo oboé e pelo clarinete, cujas características líricas nos relembram a intensa actividade de Schubert como compositor de Lied. As interrupções súbitas e explosivas da orquestra constituem um pormenor estilístico de cariz romântico, que se repete também na apresentação do 2º tema, exposto inicialmente pelos violoncelos. A secção intermédia, ou desenvolvimento, retoma sobretudo o motivo introdutório dos violoncelos e contrabaixos, agora distribuído pelos restantes instrumentos, antes do retorno aos restantes temas. O carácter do Andante con moto, mais plácido e bucólico, não prescinde, tal como o 1º andamento, de momentos de contraste dramático e também recorre a dois temas principais: o 1º tema é exposto no início do andamento pelas cordas; o 2º tema, exposto inicialmente num solo de clarinete, é focado sobretudo pelos sopros. FRANZ LISZT helena marinho [2010] raiding (hungria), 22 de outubro de 1811 bayreuth (alemanha), 31 de julho de 1886 sas transcrições nos anos seguintes. Até meados do século XX foi considerada um expoente máximo de dificuldade técnica no piano e era, por isso, uma peça muito utilizada para encerrar recitais a solo e levar ao rubro as audiências, facto que ainda hoje sucede. A sua forma corresponde à estrutura das muito populares Czardas do folclore húngaro: uma parte lenta (Lassú) e geralmente dramática, marcada por ritmos pontuados (típicos do estilo húngaro), à qual se segue uma parte rápida (Friska) e frenética, com um esquema harmónico muito simples mas que permite improvisações de grande malabarismo. Dado o sucesso do original, o próprio Liszt fez um arranjo para orquestra em parceria com o flautista Franz Doppler na década de A versão que escutaremos neste concerto é do pianista e compositor britânico Sidney Torch ( ), cuja carreira esteve intimamente ligada às orquestras da BBC. Esta versão de sonoridade particularmente efusiva é marcada por um grande contraste entre as diferentes secções. rui pereira [2014] 4 5

4 Christoph König direcção musical A profunda musicalidade de Christoph König é marcada por uma abordagem enérgica e séria, comprometendo se com uma programação reflectida e estimulante. É Maestro Titular da Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música (desde 2009) e Maestro Titular e Director Musical dos Solistes Européens Luxembourg. Com a Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música, fez digressões pelo Brasil e Europa incluindo concertos em Viena, Roterdão, Antuérpia, Estrasburgo, Valladolid e Madrid. Com os Solistes Européens Luxembourg apresentou se na Philharmonie de Colónia e no Festival de Música de Schleswig Holstein. König é muito requisitado como maestro convidado. Apresentou se recentemente com a Staatskapelle de Dresden, Orquestra de Paris, Sinfónica Nacional Dinamarquesa, Filarmónica dos Países Baixos, Royal Philharmonic Orchestra, Orquestra Nacional de Gales/BBC, Orquestra da Rádio Norueguesa, Orquestra Mozarteum de Salz burgo, Beethoven Orchester de Bona, Sinfónica de Barcelona, Filarmónica de Tampere, Real Filharmonía de Galicia, Orquestra da Rádio (RTVE) de Madrid, Orquestra e Coro da Comunidade de Madrid, Sinfónica da Nova Zelândia, Orquestra de Câmara Escocesa e Sinfónica Escocesa da BBC, orquestra que dirigiu numa bem sucedida digressão pela China (2008). Desde a sua estreia nos EUA em 2010, dirigiu as Sinfónicas de Pittsburgh, Toronto, Nova Jérsia, Houston, Indianápolis, Baltimore, Vancouver, Oregon, Milwaukee e Colorado e a Filarmónica de Los Angeles. Nesta temporada tem agendadas estreias com as Sinfónicas de Calgary e Cincinnati, e dirige também a Orquestra do País Basco, Filarmónica de Dresden e Sinfónica de St. Gallen. Regressa ainda à Royal Philharmonic Orchestra, Filarmónica de Estugarda, Sinfónica Escocesa da BBC, Orquestra Nacional de Gales/BBC, Orquestra da Comunidade de Madrid, Real Filharmonía de Galicia e Sinfónica de Pittsburgh. A sua reputação como maestro de ópera subiu rapidamente depois de assumir com grande sucesso, à última hora, a direcção da produção de Jonathan Miller de O Rapto do Serralho na Ópera de Zurique, em Dirigiu também a Ópera de Zurique em produções de A Flauta Mágica e Il Turco in Italia com Cecilia Bartoli e Ruggero Raimondi. Outras produções foram O Rapto do Serralho no Teatro Real de Madrid, Don Giovanni na Ópera Estatal de Estugarda e A Flauta Mágica e Rigoletto na Ópera Alemã de Berlim. A discografia de Christoph König inclui obras de Gösta Nystroem (BIS), Schönberg e Prokofieff (Romeu e Julieta), Saariaho e Sibelius (Sinfonia nº 7) com a Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música, Melcer com a Orquestra Sinfónica Escocesa da BBC (Hyperion), Sinfonias de Beethoven com a Orquestra Sinfónica de Malmö (DB Productions) e Prokofieff e Mozart com os Solistes Européens Luxembourg (SEL Classics). Christoph König nasceu em Dresden, onde cantou em criança no célebre Dresdner Kreuzchor. Estudou direcção, piano e canto na Escola Superior de Música de Dresden. Frequentou masterclasses de maestros como Sergiu Celibidache e Sir Colin Davis, sendo convidado por este para trabalhar como maestro assistente em concertos e produções de ópera para a Ópera de Dresden/ Sächsische Staatskapelle. Começou a carreira como Erster Kapellmeister em Wuppertal/ Gelsenkirchen. ORQUESTRA SINFÓNICA DO PORTO CASA DA MÚSICA Christoph König maestro titular mento de projecção de filmes e aos concertos comentados, bem como a diversas acções educativas, incluindo o projecto A Orquestra vai à escola, workshops de composição para jovens compositores e a masterclasses de direcção com o maestro Jorma Panula. A interpretação da integral das sinfonias de Mahler marcou as temporadas de 2010 e Em 2011, o álbum Follow the Songlines, gravado com Mário Laginha e Maria João com David Linx e Diederik Wissels, ganhou a categoria de Jazz dos prestigiados prémios Victoires de la musique, em França. Em 2013 foram editados os concertos para piano de Lopes Graça pela editora Naxos. A gravação ao vivo com obras de Pascal Dusapin foi Escolha dos Críticos 2013 na revista Gramophone. Na temporada de 2014, a Orquestra é dirigida pela primeira vez por maestros como Peter Eötvös e Ilan Volkov, e interpreta uma nova obra de Unsuk Chin em estreia mundial. A origem da Orquestra remonta a 1947, ano em que foi constituída a Orquestra Sinfónica do Conservatório de Música do Porto, que desde então passou por diversas designações. Engloba um número permanente de 94 instrumentistas, o que lhe permite executar todo o repertório sinfónico desde o Classicismo ao Século XXI. É parte integrante da Fundação Casa da Música desde Julho de A Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música tem sido dirigida por reputados maestros, de entre os quais se destacam Baldur Brönnimann, Olari Elts, Leopold Hager, Michail Jurowski, Andris Nelsons, Vasily Petrenko, Emilio Pomàrico, Jeremie Rohrer, Peter Rundel, Michael Sanderling, Tugan Sokhiev, John Storgårds, Joseph Swensen, Gilbert Varga, Antoni Wit, Takuo Yuasa ou Lothar Zagrosek. Entre os solistas que colaboraram recentemente com a orquestra constam os nomes de Midori, Viviane Hagner, Natalia Gutman, Truls Mørk, Steven Isserlis, Kim Kashkashian, Ana Bela Chaves, Felicity Lott, Christian Lindberg, António Meneses, Simon Trpčeski, Sequeira Costa, Jean Efflam Bavouzet, Lise de la Salle, Cyprien Katsaris, Alban Gerhardt ou o Quarteto Arditti. Diversos compositores trabalharam também com a orquestra, no âmbito das suas residências artísticas na Casa da Música, destacando se os nomes de Emmanuel Nunes, Jonathan Harvey, Kaija Saariaho, Magnus Lind berg, Pascal Dusapin e Luca Francesconi. A Orquestra tem vindo a incrementar as actuações fora de portas. Nas últimas temporadas apresentou se nas mais prestigiadas salas de concerto de Viena, Estrasburgo, Luxemburgo, Antuérpia, Roterdão, Madrid e no Brasil, e é regularmente convidada a tocar em Santiago de Compostela e no Auditório Gulbenkian. Para além da apresentação regular do repertório sinfónico, a orquestra demonstra a sua versatilidade com abordagens aos universos do jazz, fado ou hip hop, ao acompanha 6 7

5 Violino I Zofia Wóycicka José Pereira* Vadim Feldblioum Ianina Khmelik Roumiana Badeva José Despujols Maria Kagan Emília Vanguelova Arlindo Silva Tünde Hadadi Andras Burai Alan Guimarães Ana Madalena Ribeiro* Jorman Hernandez* Violino II Jossif Grinman Nancy Frederick Tatiana Afanasieva Pedro Rocha José Sentieiro Paul Almond Lilit Davtyan José Paulo Jesus Francisco Pereira de Sousa Domingos Lopes Nikola Vasiljev Vítor Teixeira Viola Simon Tandree* Anna Gonera Rute Azevedo Jean Loup Lecomte Luís Norberto Silva Hazel Veitch Emília Alves Theo Ellegiers Biliana Chamlieva Beata Costa* Violoncelo Vicente Chuaqui Feodor Kolpachnikov Gisela Neves Bruno Cardoso Hrant Yeranosyan Sharon Kinder Aaron Choi Vanessa Pires* Contrabaixo Slawomir Marzec Florian Pertzborn Nadia Choi Tiago Pinto Ribeiro Joel Azevedo Altino Carvalho Flauta Ana Maria Ribeiro Angelina Rodrigues Oboé Tamás Bartók Roberto Henriques* Clarinete Luís Silva António Rosa Gergely Suto Fagote Robert Glassburner Vasily Suprunov Pedro Silva Trompa Abel Pereira José Bernardo Silva Eddy Tauber Hugo Carneiro Trompete Ivan Crespo Rui Brito Luís Granjo Trombone Severo Martinez Dawid Seidenberg Alexandre Vilela* Tuba Sérgio Carolino Tímpanos Bruno Costa Percussão Nuno Simões Paulo Oliveira *instrumentistas convidados DILIVA Sociedade de Investimentos Imobiliários, S.A., é patrono do Maestro Titular da Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música 8 9

6 Conselho de Fundadores Estado Português Município do Porto Grande Área Metropolitana do Porto Município de Matosinhos Amorim Investimentos e Participações, SGPS, SA Arsopi Holding - Indústrias Metalúrgicas Arlindo S. Pinho, SA Auto - Sueco, Lda. Axa Portugal - Companhia de Seguros, SA Barbosa & Almeida Vidros, SA Banco BPI, SA Banco L. J. Carregosa SA Banco Comercial Português, SA Banco Espírito Santo, SA Banco Santander Totta, SA BIAL Portela & C.ª SGPS, SA Caixa Geral de Depósitos, SA Cerealis, SGPS, SA Chamartín Imobiliária, SGPS, S.A. Companhia de Seguros Allianz Portugal, SA Companhia de Seguros Tranquilidade, SA Continental Mabor - Indústria de Pneus, SA CPC IS - Companhia Portuguesa de Computadores, SA EDP Energias de Portugal, SA El Corte Inglês, SA Caixa Económica Montepio Geral Galp Energia, SGPS, SA Globalshops, SL Grupo Soares da Costa, SGPS, SA Grupo Visabeira, SGPS, SA III Investimentos industriais e imobiliários, SA Lactogal Produtos Alimentares, SA Lameirinho - Indústria Têxtil, SA Media Capital, SGPS, SA Metro do Porto, SA MSFT Software para computadores, Lda. Mota-Engil, SGPS, SA Olinveste, SGPS, Lda Porto Editora, Lda Portugal Telecom, SGPS, SA PricewaterhouseCoopers & Associados - Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda RAR - Sociedade de Controle (Holding), SA Revigrés - Indústria de Revestimentos de Grés, SA Salvador Caetano - Indústrias Metalúrgicas e Veículos de Transporte, SA Sogrape Vinhos, SA Solverde - Sociedade de Investimentos Turísticos da Costa Verde, SA Somague, SGPS, SA Sonae SGPS, SA Tertir, Terminais de Portugal, SA Têxtil Manuel Gonçalves, SA Unicer - Bebidas de Portugal, SGPS, SA Empresas Amigas CIN S.A. Create IT Cachapuz Deloitte Grupo Douroazul, S.A. Efacec Eurest Portugal Jofebar, S.A. Manvia, S.A. Nautilus, S.A. Safira Facility Services S.A. Strong Segurança S.A. Vicaima Outros apoios RAR Pathena I2S Vortal Patrocinador Ano Oriente HUAWEI Apoio Ano Oriente Fundação Oriente Fundação Stanley Ho Apoio Real Ballet do Camboja Fondation Adelman 10 11

7 MECENAS PROGRAMAS DE SALA MECENAS CASA DA MÚSICA APOIO INSTITUCIONAL MECENAS PRINCIPAL CASA DA MÚSICA