Indústria, desenvolvimento local e renda: o caso da produção de cachaça em Salinas/MG

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1 Indústria, desenvolvimento local e renda: o caso da produção de cachaça em Salinas/MG Patrine Soares Santos Ciências Econômicas Centro de Economia, Administração patrinedetaio@hotmail.com Nelly Maria Sansígolo de Figueiredo Desigualdades socioeconômicas e políticas públicas Centro de Economia, Administração nelly.figueiredo@puc-campinas.edu.br Resumo:O município de Salinas, localizado no norte do Estado de Minas Gerais, vem se destacando na microrregião da qual pertence, microrregião de Salinas (Alto Rio Pardo), e também no Estado mineiro como um todo, diante da expansão e melhoramento da agroindústria da produção de cachaça artesanal nos últimos tempos. Essa expansão contribui de forma direta e/ou indireta no desenvolvimento econômico local, que por sua vez, tende a dinamizar mais o mercado de trabalho, o emprego e a renda no município. Diante disso o presente estudo visa analisar as mudanças que ocorreram durante o período de 2000 a 2010, no emprego, na ocupação e no rendimento das pessoas ocupadas no município de Salinas, buscando-se estudar o perfil da PEA salinense e a dinâmica deste mercado de trabalho, bem como sua evolução. Visa também estudar de modo mais específico a PEA participante da cadeia produtiva da cachaça para sabermos a importância deste setor para a evolução do mercado de trabalho e da atividade econômica do município e sua associação com o desenvolvimento econômico local. Serão analisados indicadores econômicos associados ao emprego e renda, como: escolaridade, posição na ocupação, setor de atividade, rendimento, formalização, entre outros. Para isso são utilizados os microdados dos Censos Demográficos de 2000 e Palavras-chave: mercado de trabalho, salinas, desenvolvimento local. Área do Conhecimento: Ciências Sociais Aplicadas Economia regional e agrária CNPq. 1. INTRODUÇÃO A mesorregião do Norte de Minas foi historicamente articulada com o Nordeste, como extensão da economia açucareira, exibindo um quadro social e econômico que reflete as desigualdades de recursos e de oportunidades dessa região. Dentro, dessa mesorregião se encontra a microrregião de Salinas (Alto Rio Pardo), composta por dezessete municípios. Segundo o Censo Demográfico de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Salinas era o município mais populoso da região, com habitantes, ou seja, 18,6% do total, é um dos ou o mais importantes desta microrregião do Estado, sendo que, além de possuir a maior população, apresenta também o maior PIB municipal da Microrregião, correspondendo a 22,4% do PIB regional, segundo dados do IBGE para 2012 (IBGE). Tendo permanecido relativamente estagnada durante décadas, a economia local do município de Salinas tem experimentado um crescimento bastante expressivo a partir do início dos anos 1990, em grande medida associado à agroindústria da cachaça, segundo impulsionador da economia local, perdendo apenas para a cerâmica, segundo a Associação dos Produtores Artesanais de Cachaça de Salinas (APACS). Minas é o maior produtor de cachaça artesanal, e diante disso damos destaque para Salinas, que, segundo Santiago (2006), é o município do Norte de Minas Gerais que mais se sobressai na produção deste bem de consumo. Portanto, diante disso, considera-se importante fazer deste município a base para este estudo, tendo-se como objetivo analisar os efeitos do crescimento econômico da agroindústria da cachaça artesanal no município sobre o mercado de trabalho local de Salinas e seus desdobramentos sobre o emprego e renda. Além disso, pretende-se analisar a associação dessa evolução com o desenvolvimento econômico local do município. 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Historicamente integrada ao Nordeste brasileiro, a mesorregião do Norte de Minas Gerais possui características socioeconômicas semelhantes às daquela região, principalmente no que tange às atividades econômicas que se desenvolvem tanto em uma região como na outra, bem como por questões ligadas às desigualdades sofridas por ambas. No âmbito

2 estadual, o Norte de Minas é a região que apresenta os piores índices de desenvolvimento do Estado, semelhantes aos do Nordeste, que por sua vez agrega os estados mais pobres do país. Em suma, a região exibe um quadro social e econômico que reflete as desigualdades de recursos e de oportunidades, como apontado por Fernandes Filho et al (1999) 1, apud Oliveira e Ribeiro (2000). Seu relativo isolamento, situando-se de certa forma fora do circuito capitalista do Estado e do país, tem feito com que, nas particularidades de cada microrregião e de cada município que a compõe, sejam buscadas saídas para o desenvolvimento local. Notamos que em cada uma das sete microrregiões que compõem a mesorregião do Norte de Minas, sempre tem um ou dois municípios que se destacam e que buscam em alguma atividade específica a fonte para o seu desenvolvimento a fim de enfrentar as situações socioeconômicas adversas existentes, na busca de dinamizar o mercado de trabalho aumentar a renda e a economia local como um todo.vale ressaltar que pelo que se entende desenvolvimento local este se dá pela mobilização dos agentes locais de um território, que promovem através de suas ações um dinamismo maior da economia local como um todo. Sendo assim, Salinas é um destes municípios que está encontrando na agroindústria da cachaça uma maneira de sobressair as características impostas pela região ao qual pertence. Faz parte da microrregião de Salinas (Alto Rio Pardo), uma das sete que compõem a mesorregião do Norte de Minas, e é o município que mais se destaca dentro da região. O setor da agroindústria da cachaça começou de modo tímido. Na década de 1930 se começa ter um comércio de cachaça na região, através do qual alguns tropeiros advindos da Bahia obtinham renda extra com a venda da bebida para comerciantes locais. Porém, apenas em 1940 pode-se afirmar que o produto passou a ter boas perspectivas econômicas em Salinas, por meio do fazendeiro Anísio Santiago, que passou a produzir a cachaça artesanal Havana. (SANTIAGO, 2006, p. 65).Desde seus primórdios até os dias atuais a agroindústria da cachaça artesanal em Salinas passou por diversas transformações. O número de produtores foi crescendo, a produção 1 FERNANDES FILHO, J.F.; CAMPOS, F.R.; OLIVEIRA, I.M. de. A indústria rural e a crise da agricultura mineira: o caso das Mesorregiões Norte de Minas e Jequitinhonha. Uberlândia: p (Mimeografado). anual da bebida foi aumentando e as características do produto, que consolidaram Salinas como capital mundial da cachaça, foram se aperfeiçoando. Com o lançamento do PRÓ-CACHAÇA, pelo governo mineiro em 1992, o setor produtivo de cachaça artesanal na região de Salinas ganhou grande impulso, surgindo novas marcas (SANTIAGO, 2006, p. 71).Atualmente comercializando cerca de 60 marcas, é inegável que o agronegócio da cachaça artesanal está se transformando em uma das principais atividades econômicas de Salinas, gerando renda, significativo número de empregos e incentivando a economia local. No que tange ao mercado de trabalho do município com o desenvolvimento da agroindústria da cachaça as oportunidades de emprego, diretos e indiretos geraram maior dinâmica deste mercado. Além disso, deve-se ressaltar o efeito multiplicador da renda gerada que tem um papel fundamental para se alcançar o desenvolvimento local, uma vez que as características das empresas locais, familiares, e de pequeno porte em sua maioria contribuem para dinamizar a economia local pelo aumento da demanda na própria região. Ou seja, o desempenho da agroindústria da cachaça artesanal é crucial para o desenvolvimento local. 3. METODOLOGIA As informações necessárias para o cálculo dos indicadores socioeconômicos estudados neste trabalho provêm das amostras do Censo Demográfico de 2000 e 2010 (vol. Minas Gerais), na forma de microdados, fornecidos em meio digital pelo IBGE. A população estudada é constituída pelos indivíduos pertencentes à população economicamente ativa. São consideradas no estudo apenas as pessoas ocupadas na semana de referência do Censo, com idade entre 10 e 90 anos, excluindo-se da população estudada os indivíduos que mesmo pertencendo à PEA ocupada trabalharam mais de 90 horas na semana de referência. Com relação às variáveis que abordam indicadores de escolaridade, foram analisados apenas os indivíduos com idade igual ou superior a 15 anos. Para atender aos objetivos propostos, foram obtidos indicadores socioeconômicos a partir dos microdados dos Censos Demográficos de 2000 e 2010, que expressam as seguintes características da PEA: a) características individuais (sexo, cor/raça, idade, condição no domicílio, escolaridade segundo faixas de escolarização, taxa de analfabetismo); b) características da ocupação (posição na ocupação, setor de

3 atividade no trabalho principal, qualificação da ocupação, e precariedade no trabalho, incluindo indicadores como proporção da PEA carteira assinada, ocupação sem remuneração e atividade para autoconsumo); e c) indicadores de rendimento e sua distribuição, calculados com base norendimento mensal per capita no trabalho principal e de todos os trabalhos; Os indivíduos foram classificados segundo faixas e rendimento no trabalho principal para captar as proporções de trabalhadores que recebem menos de um salário mínimo ou então seus décimos, referindo-se, portanto, à insuficiência de renda do trabalho e não da família. 4. RESULTADOS PEA salinense ocupada A PEA total do município de Salinas/MG em 2000 era composta por indivíduos e em 2010 por Considerando-se apenas as pessoas ocupadas com idade entre 10 e 90 anos, e que atendiam à condição de ter trabalhado entre 1 a 90 horas por semana resulta em uma população de indivíduos em 2000 e em Para estudar os indicadores de escolaridade como analfabetismo e faixas de escolaridade, observou-se a PEA ocupada que tem 15 anos ou mais, que totaliza indivíduos em 2000 e em Quando se observa pela tabela 1 o nível de instrução da PEA salinense ocupada,notamos que grande parte das pessoas está com o ensino fundamental, 49,0% do total em Outro ponto a ressaltar é que neste ano é baixa a quantidade dessas pessoas com o nível de superior completo, apenas 1,6% do total. Isso se deve ao fato de, por se tratar de um município pequeno, que na época tinha habitantes, não havia tanta oportunidade de se chegar ao ensino superior, pois era preciso ir para outras localidades em busca destes estudos, o que não era acessível a todos. Outro ponto interessante em 2000 é que a porcentagem de indivíduos sem instrução era maior quando comparados separadamente aos níveis medianos de instrução, ou seja, 18,3% dos indivíduos eram não alfabetizados, enquanto 14,7% tinham ou o médio completo ou o superior. Passando para o ano de 2010, observamos uma leve redução no número de pessoas nos níveis mais baixos de instrução, agora temos 11,4% de indivíduos sem instrução e 45,4% com fundamental. Nos níveis medianos notamos também esta leve redução acontecendo, passando de 16,4% com fundamental completo ou médio em 2000 para 15,8% em Por outro lado, houve um aumento de 5 pontos percentuais no número de indivíduos com médio completo ou superior que passou de 14,7% para 19,6%. Cabe destacar uma evolução positiva neste período acontecida no grupo das pessoas que completaram o ensino superior. Em 2000 apenas 1,6% da PEA ocupada tinha nível superior completo, e em 2010 essa proporção passou para 7,4%, mostrando que novas oportunidades foram abertas e usufruídas por algumas pessoas de Salinas, como a instalação de um campus da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) e outras faculdades particulares no município, além da implementação no país de cursos a distância em que alguns indivíduos da PEA ocupada salinense conseguiram adentrar e concluir a fase de ensino superior. Apesar destas reduções, continuamos 2010 com a maioria das pessoas em um nível acadêmico considerado baixo. Tabela 1. Proporção da PEA ocupada segundo classes de escolaridade. Salinas (MG), 2000 e Nível de Instrução Ano SemInstrução 18,3 11,4 Alfabetizado / Fundamental 49,0 45,4 Fundamental completo e Médio 16,4 15,8 Médio completo e Superior 14,7 19,6 Superior Completo 1,6 7,4 Total 100,0 100,0 Tratando da posição na ocupação, que segundo o IBGE, expressa a posição do indivíduo no trabalho que exerce como atividade principal. Pela tabela 2, em 2000, 51,0% dos indivíduos trabalhavam como empregados, seja com ou sem carteira assinada, representando a grande maioria dos ocupados da PEA salinense. Em seguida com 27,4% temos aquelas pessoas que trabalham por conta própria, ou seja, sem laços empregatícios com terceiros. Ainda neste ano temos que 5,8% do total trabalhavam sem nenhum tipo de remuneração e 4,7% para o próprio consumo, ou seja, pessoas que produziam algo, sendo que esta produção era destinada para autoconsumo. Os militares e os funcionários públicos abarcavam 9,0% dos indivíduos e por fim,

4 aqueles que se intitulavam empregadores representavam 2,1% da PEA ocupada salinense. Quando analisado o ano de 2010, percebe-se um leve aumento no total de pessoas que trabalham com laços empregatícios com terceiros, os empregados agora são 54,8%, continuando assim sendo a predominante posição na ocupação destes indivíduos. Nota-se também neste ano o aumento da proporção de indivíduos que trabalham e produzem para autoconsumo, sendo neste ano de ,4% do total. Observamos ainda uma queda no número de trabalhadores por conta própria e dos empregadores, correspondendo, estes, a20,6% e 1,3%, respectivamente do total da PEA ocupada de Salinas. Houve também uma queda no número de trabalhadores que não possuíam nenhum tipo de remuneração, sendo esse fato algo muito bom porque um maior número de trabalhadores tendo remuneração contribui para a dinamização do mercado de trabalho e da economia local como um todo. Por fim, notamos um leve aumento de trabalhadores assumindo a posição de militares e funcionários públicos em pouco menos de 1 ponto percentual. Tabela 2. Proporção da PEA ocupada salinense por posição na ocupação no período de 2000 e Posição na ocupação Ano Empregado 51,0 54,8 ContaPrópria 27,4 20,6 Empregador 2,1 1,3 Não Remunerado 5,8 2,0 Autoconsumo 4,7 11,4 Militares e Func. Públicos 9,0 9,9 Total 100,0 100,0 Resultados sobre os rendimentos médios no trabalho principal indicam uma evolução positiva em termos reais no período de 2000 e No primeiro ano a renda auferida com o trabalho principal, em reais de 2010, era em média de $496,25 enquanto em 2010 esse valor passou para R$675,43, mostrando que em 2010, em média o rendimento proveniente do trabalho principal para a PEA ocupada salinense estava acima do salário mínimo estabelecido de R$510,00. O aumento registrado representa um ganho em termos reais de 36,1% nos rendimentos médios do trabalho principal da PEA ocupada no município, valor este ligeiramente superior ao aumento real do salário mínimo do período. PEA salinense ocupada na cadeia produtiva da agroindústria da cachaça A cadeia produtiva da cachaça engloba desde o cultivo da cana-de-açúcar, insumo básico para a produção da aguardente, e se prolonga em todo o processo de transformação, em que é feita a fabricação da bebida de modo artesanal, o engarrafamento e por fim a comercialização do produto. Diante disso, para analisarmos melhor a PEA salinense da cadeia produtiva da cachaça utilizaremos com base os dados específicos da indústria de transformação do município, já que em 2000, de acordo o censo do IBGE, mais de 80% deste setor era representado pela fabricação de aguardente de cana-deaçúcar. Deste modo conhecendo o perfil deste setor de atividade no município, conheceremos também o perfil do mercado de trabalho da agroindústria da cachaça. A PEA total da indústria de transformação no município de Salinas/MG 2000 era composta por indivíduos e em 2010 por 1.539, apresentando uma leve queda no período, porém continuou sendo um dos principais setores de atividade na absorção da PEA salinense.. Pela tabela 3 podemos verificar que no período analisado houve um aumento significativo de pessoas com ensino médio completo e/ou superior, totalizando 24,1% dos indivíduos em 2010, enquanto em 2000 essa proporção era de 14,0%. Tabela 3. Proporção da PEA salinense, ocupada na indústria de transformação, nos níveis de instrução do indicador socioeconômico de escolaridade. Nível de Instrução Ano SemInstrução 10,7 6,9 Alfabetizado / Fundamental 53,3 46,6 Fundamental completo e Médio 20,7 21,1 Médio completo e Superior 14,0 24,1 Superior Completo 1,3 1,3 Total 100,0 100,0 Notamos também um leve aumento de 0,4 pontos percentuais no período de indivíduos que possuíam um grau de instrução em fundamental completo e ou médio. No entanto, 53,3 % das pessoas que trabalhavam na indústria de transformação em

5 2010 possuíam fundamental ou eram analfabetas, o que representa uma avanço com relação a 2000, quando a proporção era de 64%. Ou seja, o quadro de escolaridade dos trabalhadores deste setor evoluiu positivamente no período, com mais indivíduos alcançando níveis mais elevados de estudo, atingindo cada vez mais o ensino médio completo. Porém, como para a PEA geral, o nível de instrução destes indivíduos continua baixo. Já pelo gráfico 2. podemos visualizar dados sobre a formalidade do emprego na indústria de transformação salinense. Em 2000 quase 61,1% dos indivíduos desse setor trabalhavam sem carteira assinada, a- presentando um grau elevado de informalidade na PEA ocupada salinense neste setor. Porém esse quadro melhora bastante no período estudado, passando de 38,9% em 2000 para 59,9% em 2010 a proporção de trabalhadores empregados com carteira assinada, ou seja, a maioria destes, ou 60,0% dos indivíduos trabalhando formalmente em Assim, notamos que ao longo do período houve uma melhora neste indicador, elevando-se o grau de formalidade entre os indivíduos da PEA salinense ocupada na indústria de transformação Formal Informal Gráfico 2. Formalidade do Trabalho da PEA salinense ocupada na indústria de transformação. (%) 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS Com relação à PEA ocupada salinense como um todo, em se tratando da escolaridade, vemos uma PEA com baixo nível de instrução, sendo a realidade pouco mudada ao longo do caminho de 2000 a 2010, pois, apesar de passar de 1,6% para 7,4% a proporção de indivíduos com superior completo, quase a metade de indivíduos tinha apenas o ensino fundamental, ou seja, não chegou nem até o nono ano da educação básica.em relação à posição na ocupação, de 2000 a 2010, mais da metade da PEA ocupada salinense trabalhava mantendo laços empregatícios com terceiros como empregados, proporção inferior à média brasileira. O número de indivíduos que trabalhavam por conta própria também era um número significativo em 2000, porém sofreu uma redução durante o período, em contrapartida do aumento de pessoas trabalhando para autoconsumo. E em relação aos rendimentos destes indivíduos, temos que o rendimento no trabalho principal aumentou em termos reais na década estudada, situando-se acima do salário mínimo de Já em relação a PEA salinense ocupada na cadeia produtiva da cachaça, no que tange à posição na ocupação, durante o período, aumentou o número de indivíduos empregados e reduziu-se o número daqueles que trabalhavam por conta Os indivíduos que trabalhavam para autoconsumo são em número irrelevante, o que é esperado pelas próprias características do setor. Nesse sentido, esse grupo de indivíduos tem maior potencial de contribuir para a dinamizar o mercado local através do dispêndio do rendimento monetário auferido. Outro ponto favorável deste setor é a questão da formalidade do emprego, que é mais alta do que nos demais setores e que melhorou bastante no período, passando de 38% para 61% a proporção daqueles que trabalhavam com carteira assinada ou então eram funcionários públicos ou militares, ou seja, mais da metade dos indivíduos neste setor trabalhando formalmente. Pelos que estudos realizados, conclui-se que este setor, apesar de ter tido uma leve queda nos rendimentos dos ocupados, a evolução do perfil dos mesmos foi de forma favorável, dado que seus indvíduos encontram-se a maioria trabalhando na formalidade. Também houve uma redução significativa do trabalho infantil e é insignificante a proporção de trabalhadores não remunerados. Como ponto preocupante encontra-se o baixo nível educacional da PEA do município e do setor em questão, o que é um ponto crucial para que a indústria de torne mais eficiente, pois são necessários trabalhadores mais instruídos para que possam ser adotadas novas tecnologias na produção e distribuição dos produtos. AGRADECIMENTOS Agradeço a Profa. Nelly por todo ensinamento, conhecimento, orientação e respeito, essenciais para minha formação acadêmica.

6 REFERÊNCIAS [1] FERNANDES FILHO, J.F.; CAMPOS, F.R.; OLIVEIRA, I.M. de. A indústria rural e a crise da agricultura mineira: o caso das Mesorregiões Norte de Minas e Jequitinhonha. Uberlândia: p. [2] FIGUEIREDO, N. M. S. ; BRANCHI, B. A ; SAKAMOTO, C. S. Evolução da qualidade do emprego rural no Brasil e regiões entre 2004 e 2009 sob uma perspectiva de gênero. In: XIIEncontro Nacional da Associação Brasileira de Estudos do Trabalho. João Pessoa, 21 a 23 de setembro de [3] INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Censo Demográfico 2000 (vol. São Paulo). Rio de Janeiro, 2002 ( Microdados em CD). [4] INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Censo Demográfico 2010 (vol. São Paulo). Rio de Janeiro, 2012 (Microdados em CD). [5] OLIVEIRA, E. R. de ; RIBEIRO, E.M. Indústria rural, agricultura familiar e desenvolvimento local: o caso da produção de cachaça artesanal em Salinas Minas Gerais. X Seminário sobre a E- conomia Mineira [6] SANTIAGO, R. C. M. O mito da cachaça Havana. Belo Horizonte: Cuatiara, 2006.

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