Saúde Financeira do País e Credibilidade do Sistema Financeiro Caboverdiano

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Saúde Financeira do País e Credibilidade do Sistema Financeiro Caboverdiano"

Transcrição

1 Saúde Financeira do País e Credibilidade do Sistema Financeiro Caboverdiano Audiência Parlamentar (9ABR2012) Situação Macroeconómica O desempenho da economia cabo verdiana e a situação financeira do país dependem muito da conjuntura internacional e do afluxo de recursos externos, pelo que uma avaliação da evolução recente e a perspectivação da evolução futura no curto prazo devem ponderar devidamente a envolvente internacional do ponto de vista das oportunidades e riscos bem como dos desafios enfrentados pelo país. Evolução Recente As estimativas do Banco de Cabo Verde para o crescimento da economia apontam para uma taxa de crescimento do PIB de cerca de 5%, em resultado do dinamismo da procura interna, já que o contributo da procura externa líquida foi negativo, não obstante o crescimento das exportações. Em relação à inflação, evoluiu em linha com as projecções do BCV, tendo a taxa de variação média anual atingido 4,5% em 2011, uma aceleração de 2,4 pontos percentuais face a Num contexto de aumento dos preços internacionais de combustíveis e de produtos alimentares, com os seus efeitos indirectos na economia, assinala se em 2011 a continuação do efeito de mitigação da inflação importada pelo comportamento dos preços dos bens alimentares não transformados, produzidos em larga medida internamente. Em termos da situação monetária e financeira, de realçar a prossecução da trajectória de desaceleração do crescimento da Massa Monetária alargada (M2), não obstante a dinâmica do Crédito Interno, que cresceu, destacando se uma forte aceleração do Crédito Líquido ao Sector Público Administrativo, e a aceleração do Crédito à Economia. Em decorrência deste aumento do crédito, conjugado com o desempenho 1

2 desfavorável ao nível da balança de pagamentos, registou se um decréscimo expressivo dos activos externos líquidos, destacando se a queda das Reservas Internacionais Líquidas. Registe se, no entanto, um melhor desempenho da balança de pagamentos no segundo semestre, o que permitiu a inversão da trajectória de diminuição das reservas no segundo semestre. Destaca se o comportamento positivo dos depósitos dos emigrantes, no contexto duma persistente envolvente externa negativa, o que evidencia a reconhecida confiança dos emigrantes no escudo cabo verdiano, um activo estável e credível, requisitos imprescindíveis para a estabilidade do sistema financeiro e macroeconómica do país, atento ao facto da estabilidade cambial constituir um pilar essencial do regime económico existente e, por conseguinte, uma prioridade da gestão monetária e orçamental. Finalmente, em relação ao Sector Público, as estimativas apontam para um défice orçamental de milhões de escudos, cerca de 10% do PIB, 2,3 pontos percentuais aquém do valor registado em 2010 e 1,6 pontos percentuais abaixo da previsão do Orçamento do Estado para As receitais fiscais conheceram uma expressiva aceleração para 12,3% face aos 2,3% de 2010, ficando ligeiramente abaixo da previsão de 13%. O IVA cresceu 10,3%, menos 3,4 pontos percentuais face ao previsto e mais 3,3 pontos percentuais face ao executado em O IUR, não obstante crescer ligeiramente abaixo do IVA (9,7%), registou uma maior aceleração, de 11,8 pontos percentuais. Com um comportamento muito negativo, destacam se os donativos que evidenciaram um enorme decréscimo de 55,5%, muito aquém da redução prevista (9,6%) e sobretudo do crescimento de 25,3% de Do lado das despesas correntes, apesar da ligeira aceleração face a 2010 de 2,5% para 3,4%, a execução orçamental ficou abaixo do orçamentado em 11,3 pontos percentuais, destacando se a contenção registada nas rubricas Despesas com Pessoal e Transferências. As despesas de investimento caíram 17,6% contra um crescimento de 48% em 2011 e uma previsão de decréscimo de apenas 1,6%. A execução orçamental, na perspectiva do saldo corrente e do saldo global, melhorou face a 2010 e revelou se melhor que o programado. O excedente corrente face ao PIB aumentou de 2% para 3,7% contra uma programação de 3,5%. A estimativa do défice global face ao PIB, de 10%, ficou aquém quer da estimativa de 2010, de 12,3%, quer da programação, de 11,6%. 2

3 Perspectivas Em relação às perspectivas para 2012, as projecções apontam para a estabilidade do crescimento económico no intervalo entre 4 e 5%, uma redução da inflação no intervalo entre 3 e 4% e um nível de reservas em torno dos 3 meses de importações de bens e serviços. Admite se um abrandamento no ritmo de expansão do crédito interno, uma diminuição do investimento e uma estabilização das importações. No pressuposto do financiamento interno ao Governo Central evoluir de acordo com o orçamentado, o crédito à economia deverá conhecer um abrandamento. Num contexto de elevadas incertezas e riscos, é fundamental uma adequada articulação entre a política orçamental e a política monetária, no quadro de uma actuação prudente, nomeadamente face à necessidade de manutenção de um nível de reservas compatível com o regime cambial e ao risco de crowding out do investimento privado. Desafios Em termos globais, face a uma conjuntura internacional desfavorável, com destaque para a Zona Euro, o desempenho económico e financeiro do país pode ser considerado moderadamente positivo, quando comparado com o desempenho económico global e dos países em desenvolvimento em particular. Face às expectativas existentes e às necessidades do país, nomeadamente para a população jovem e as camadas mais desfavorecidas, permanecem desafios, com destaque para um crescimento económico mais acelerado, gerador de mais emprego, mais inclusivo e mais sustentado. Tal pressupõe necessariamente um reforço da competitividade da economia de Cabo Verde, que passa nomeadamente pela preservação da estabilidade macroeconómica. Neste particular, e no que se refere à necessária solidez das finanças públicas, numa perspectiva consolidada governo central, empresas públicas e municípios e duma gestão monetária prudente, a sociedade cabo verdiana evoluiu bastante no sentido do reconhecimento do papel fundamental da estabilidade macroeconómica. 3

4 Contudo, perante os riscos e incertezas crescentes a nível internacional, é possível e necessário realizar novas conquistas, a favor do reforço da constituência em prol de uma actualização das regras orçamentais e de uma maior capacitação institucional no país, com destaque para a governança económica e financeira. Justifica se uma actualização da Lei de Enquadramento Orçamental, nomeadamente em relação à natureza e ao nível de endividamento, à dimensão do financiamento interno, com vista a uma melhor incorporação da dinâmica de crescimento do PIB nominal (considerando a taxa de crescimento real do PIB potencial e uma inflação compatível com a estabilidade de preços) e da capacidade de captação de influxos externos (sobretudo receitas de exportações e investimento directo estrangeiro) ao nível da balança de pagamentos. Sendo consensual não obstante a importância de uma política monetária prudente que a política orçamental constitui a principal âncora do regime cambial, o nível de financiamento interno líquido do Sector Público Administrativo constitui uma variável crítica, pelo seu potencial impacto negativo, quando elevado, na Balança de Pagamentos (reservas externas) e ao nível do crowding out do sector privado. Ainda em relação à consolidação orçamental, as melhores práticas internacionais apontam no sentido da criação, por diferentes países, de órgãos independentes, com credibilidade externa, para avaliarem os objectivos propostos relativamente aos enquadramentos macroeconómico e orçamental, à sustentabilidade das finanças públicas, ao cumprimento dos limites do saldo orçamental e das regras de endividamento. Cabo Verde deveria evoluir neste sentido, embora face à dimensão do país e aos recursos escassos disponíveis, a necessária economia institucional exija alguma inovação por parte das autoridades. Quanto à sustentabilidade da dívida pública, Cabo Verde permanece um país de baixa vulnerabilidade e de alta capacidade de gestão, de acordo com os critérios de análise da sustentabilidade da dívida utilizados conjuntamente pelo FMI e o Banco Mundial. O último exercício realizado, bem como as avaliações do BCV, confirmam a situação, mas apontam para a necessidade de políticas para a mitigação de riscos, tais como uma política prudente de endividamento e de investimentos públicos, reformas estruturais (novo PCCS, pensões), mitigação das responsabilidades contingentes. 4

5 Considerando o actual volume de endividamento do Governo Central, embora os riscos de insolvência sejam relativamente baixos, dado o grau de concessionalidade da carteira da dívida externa, ao dinamismo da actividade económica nacional e das receitas públicas geradas internamente, embora prevendo se alguma moderação nas taxas de crescimento, é importante que seja cumprido o anunciado objectivo de reduzir significativamente o ritmo anual de endividamento. Tendo em consideração o elevado grau de dependência do país ao financiamento externo é de vital importância manter e mesmo reforçar a confiança dos investidores externos. Para além destes aspectos macroeconómicos, importa ter presente que a competitividade resulta sobretudo da dinâmica microeconómica e das políticas sectoriais. Por ultrapassar o escopo desta audição, reafirmo o que temos vindo a dizer, no sentido da importância da qualidade dos investimentos quer públicos, quer privados reforço do invest in investing, duma melhor adequação da oferta formativa às necessidades da economia, dum melhor ordenamento do território face, nomeadamente, à acelerada pressão urbana. A saúde do Sistema Financeiro do país e do seu Sector Bancário, em particular, é igualmente essencial para a garantia da estabilidade financeira, económica e da competitividade do país. Credibilidade do sistema financeiro cabo verdiano A actividade financeira no país tem vindo a crescer acentuadamente, com predominância para o sector bancário 1. Esta evolução positiva continuou globalmente durante o ano de 2011, tendo se registado um crescimento dos activos na ordem dos 10%, não obstante uma ligeira quebra da rendibilidade. Factores exógenos ao sector bancário, nomeadamente o actual contexto económico de crise internacional, a desaceleração da economia nacional bem como a degradação das contas públicas e das contas externas, condicionaram a evolução do sector 1 Num período de dez anos (2001 a 2010) o número de bancos aumentou de 4 para 8 e o de parabancárias de 3 também para 8. Em 2001, Cabo Verde contava com 35 agências bancárias, em 2010 a rede já era de 105. A actividade bancária registou um crescimento anual médio na ordem de 13 % tanto para o crédito como para os activos. A evolução foi ainda mais acentuada nos depósitos, os quais cresceram em média 16% ao ano durante o período. Igual taxa de crescimento anual (16%) também se registou, nos últimos cinco anos, a nível da rede de agências bancárias. 5

6 bancário em 2011, tal como se verificara em 2010, cujos efeitos contribuíram para a perda da qualidade da carteira de crédito e o aumento do risco global enfrentado pelo sector bancário. O crédito com imparidade passou de 4,1% do total em 2010 para 6,8% em Reagindo a esta evolução, os bancos reforçaram os Fundos Próprios e aumentaram o nível de provisionamento para atenuar o efeito das perdas de crédito. Os fundos próprios situaram se em 13,1 mil milhões de escudos em 2011, um aumento na ordem de 22,5% relativamente a 2010, enquanto que as provisões para cobertura de risco de crédito aumentaram em 18,2%, o que representa um índice de cobertura do crédito vencido pelas provisões de 94,8 %. Salienta se a concentração relativamente elevada da carteira de empréstimos em actividades relacionadas com a construção. Em termos estruturais, o risco de crédito continua a ser o principal risco enfrentado pela banca nacional. Apesar disso, a banca nacional é sólida e credível, conforme indica o rácio de solvabilidade, que no final de 2011 era de 13,9, ou seja, cerca de 40% acima do mínimo regulamentar que é de 10%, e cerca de 73% acima do mínimo internacional que é de apenas 8%. O sistema de pagamentos tem garantido a normal e satisfatória liquidação das transacções financeiras e o sector segurador apresentou um aumento na sua produção e um crescimento significativo da margem de solvência. Analisando globalmente o percurso do sistema financeiro nacional, vê se que a actividade financeira, inicialmente concentrada no sector bancário, tem vindo a tornar se cada vez mais diversificada, designadamente pelo surgimento de novas actividades, p.e., o mercado de capitais, que tem vindo a registar uma dinâmica considerável, constituindo se progressivamente como uma alternativa atraente para aplicação de poupanças e de financiamento para as empresas. A própria actividade bancária tem vindo a diversificar se, passando a oferecer novos produtos e serviços (p.e., crédito à imobiliária comercial e crédito ao consumo). 6

7 O aumento do volume e a complexificação da actividade financeira representam desafios crescentes para a regulação e para a supervisão em Cabo Verde, à semelhança do que vem acontecendo a nível internacional. É de se realçar a estabilidade patenteada num contexto de grande turbulência a nível internacional nos anos recentes. De facto, as avaliações feitas, designadamente pelo FMI/Banco Mundial no quadro do Programa FSAP, concluíram que o sistema é globalmente robusto e estável, pese embora alguns riscos emergentes, designadamente em termos de risco de crédito e de risco de concentração. A prevenção e a mitigação desses riscos têm sido uma preocupação constante do BCV. Neste âmbito, o BCV tem vindo a monitorar de perto o sistema, analisando em detalhe as suas vulnerabilidades e introduzindo medidas com vista ao reforço da sua resiliência. Este esforço de monitorização assenta em técnicas avançadas de análise e previsão, designadamente stress tests, exercícios em que se analisa a capacidade dos bancos resistirem a um conjunto de choques extraordinários mas plausíveis, designadamente aumento do crédito mal parado, volatilidade das taxas de juro e de câmbio, entre outros. Neste pormenor, refira se que os resultados dos últimos stress tests realizados pelo BCV, ainda que evidenciem um potencial elevado de perdas nos créditos destinados à construção e ao consumo, atestam uma elevada capacidade de resiliência do sistema financeiro face ao risco de crédito. Isto por causa das almofadas em termos de capital e de provisões entretanto introduzidas pelos bancos, conforme se referiu anteriormente. A supervisão da actividade financeira, função existente no BCV apenas desde 1993, tem evoluído, seja em termos do quadro legal (a regulação) seja em termos de capacidade operacional (instrumentos, procedimentos, sistemas e recursos humanos). Inicialmente focalizada na vertente prudencial, fundamentalmente na vertente micro, a supervisão tem hoje, também, que se preocupar com as vertentes macro e comportamental. 7

8 O desenvolvimento da capacidade de supervisão tem sido uma importante prioridade para o BCV. As medidas introduzidas ou em preparação nesse âmbito visam a adopção dos princípios e práticas internacionais pertinentes, designadamente (i) a migração para a supervisão baseada no risco, (ii) a introdução da supervisão macroprudencial e (iii) a introdução da supervisão comportamental. Em linha com estas orientações, e com apoio de parceiros internacionais de primeira linha (FMI, Banco Mundial, União Europeia, Banco Central do Luxemburgo, Banco Central do Brasil e consultores privados), o BCV tem vindo a promover activamente a: Melhoria dos regulamentos relativos aos diversos riscos, designadamente o risco de crédito, o risco de liquidez, o risco cambial, o risco da taxa de juros; Melhoria e integração dos sistemas de supervisão, em concreto a Central de Riscos de Crédito e a Aplicação para Supervisão Bancária; Introdução das Normas Internacionais de Relato Financeiro (International Financial Reporting Standards IFRS) no BCV e nas entidades no seu perímetro de supervisão, introduzindo assim maior comparabilidade e fiabilidade internacionais à informação prestada pelas entidades financeiras; Formação contínua dos gestores e quadros da supervisão, seja por via de acções no exterior, seja por via de missões de assistência técnica internacional ao país; Formação contínua dos gestores e quadros do sistema financeiro, por via de workshops, seminários, com apoio de especialistas internacionais e de entidades congéneres de renome mundial; Reforço da Auditoria Geral do Mercado de Valores Mobiliários, serviço do BCV responsável pela supervisão do mercado de capitais, capacitando a para melhor fazer face aos riscos emergentes nesse mercado. Para além das medidas já implementadas ou em curso, e sempre na linha de continuar a modernizar o sistema, adaptando o às normas e práticas internacionais e às particularidades e necessidades da nossa economia, outras medidas se mostram necessárias, no plano da regulação, incluindo, designadamente: 8

9 Melhoria da regulação do mercado de valores mobiliários: na sequência da recente aprovação de um novo Código do mercado de Valores Mobiliários, os diversos regulamentos dele emanados serão actualizados ou produzidos de raiz; Enquadramento legal da função de superintendência do sistema de pagamentos: projecto a ser desenvolvido pelo BCV em Melhoria da regulação geral do sector pela via da introdução de uma Lei de Bases do Sistema Financeiro e de uma nova Lei Bancária. Neste pormenor o BCV está em fase de finalização dos ante projectos, para envio em breve ao Governo para aprovação. As importantes inovações preconizadas no âmbito desses diplomas incluirão: Reforço da autoridade do BCV para prevenir e combater crises no sector bancário, permitindo lhe agir com celeridade de modo a garantir a estabilidade do sistema financeiro e a proteger os depositantes; Supressão do actual regime bancário a dois níveis (on shore e off shore) com tratamento prudencial diferenciado e consequentes riscos prudenciais e reputacionais; Introdução de um Fundo de Garantia de Depósitos bancários; Reforço do regime sancionatório; Melhoria da regulação do sector financeiro não bancário. Importa ainda fazer uma incursão pela actual problemática da prevenção e do combate à lavagem de capitais. À semelhança de muitos outros países, Cabo Verde encontra se em fase de operacionalização de um sistema de prevenção e repressão deste fenómeno. Se bem que o respectivo quadro legal venha desde 2002, o mesmo foi revisto em 2009 e complementado com normativos operacionais, designadamente o Decreto Lei que estabelece a Unidade de Informação Financeira (UIF). Inicialmente criada em 2008, e funcionando fisicamente junto do BCV, mas com total autonomia técnica e operacional, esta entidade multi sectorial de carácter quase policial teve recentemente a sua composição revista, de modo a conceder lhe maior eficácia operacional e deverá em breve mudar se fisicamente para o Ministério da Justiça. 9

10 O sistema financeiro, e em particular o sector bancário, vem melhorando gradualmente o seu empenho na prevenção da lavagem de capitais, sendo que o número de comunicações de operações suspeitas remetidas à UIF vem aumentando rapidamente. Refira se que, em 2011, registou se um crescimento dos valores envolvidos nas Comunicações de Operações Suspeitas, em cerca de 184% relativamente a 2010, ascendendo a 5.4 milhões de contos, o que corresponde a aproximadamente 4% do PIB nacional. Considerando que, de facto, a Lei foi aprovada em 2009, pode se afirmar que não houve ainda tempo de as entidades financeiras se conformarem totalmente ao regime legal, um processo que exige tempo e implica custos. Ademais, não se pode ignorar que a aplicação prática de determinados aspectos da Lei, elaborada de acordo com os padrões internacionais, apresenta desafios consideráveis à luz de algumas facetas da realidade nacional, em concreto, os hábitos de poupança, a informalidade e o baixo grau de sofisticação financeira, particularmente no caso das populações rurais e dos emigrantes. O importante desafio que aqui se nos coloca a todos é o de prevenir e combater a lavagem de capitais, mas sem pôr em risco a actividade financeira e económica. No âmbito do quadro legal existente, e enquanto supervisor do sistema financeiro, o BCV publicou em Novembro de 2009 uma Instrução Técnica estabelecendo regras de boa prática bancária, com o propósito de combater a lavagem de capitais, bem como de acompanhar e fiscalizar a aplicação das regras e medidas de prevenção no sector bancário e financeiro em Cabo Verde. Adicionalmente, o BCV garante, por iniciativa própria ou mediante solicitação de outras entidades, a inspecção in loco e à distância das entidades financeiras no seu perímetro de supervisão. O BCV pode ainda adoptar providências extraordinárias de saneamento, dissolução e liquidação de entidades financeiras, visando a protecção dos interesses dos depositantes e outros credores e a salvaguarda do normal 10

11 funcionamento do mercado. Em casos extremos, por exemplo, o BCV já suspendeu gestores de uma entidade financeira e já encerrou entidades financeiras. A conformidade do sistema nacional de prevenção e combate à lavagem de capitais com os padrões internacionais, emitidos pelo Grupo de Acção Financeira Internacional (GAFI), tem sido avaliada pela entidade regional competente, o GIABA, com resultados positivos. Por último, importa ainda salientar que o crime de lavagem de capitais está muitas vezes associado ao de financiamento do terrorismo. Aqui importa referir que se aguarda pela aprovação do projecto de Lei sobre prevenção e combate ao financiamento do terrorismo desenvolvido pelo BCV e apresentada ao Governo para decisão. Os dados aqui apresentados permitem concluir que, embora de certa forma ainda em fase de instalação, o sistema nacional de prevenção e repressão da lavagem de capitais é globalmente adequado, pese embora aqui também existirem riscos emergentes, evidentes para qualquer observador atento. Em conclusão, entende o BCV que o sistema financeiro nacional está sólido e é credível. A capacidade do BCV em matéria de supervisão do sistema financeiro é adequada, pesem embora as insuficiências resultantes de riscos emergentes mas que vão sendo suprimidas. Prova dessa adequação é que o sistema funciona globalmente bem, prestando serviços à economia e à sociedade, e os compromissos são cumpridos. De modo a que as insuficiências actuais possam ser superadas, e em aditamento às iniciativas que o BCV vem desenvolvendo, importa que haja apoio e colaboração dos demais stakeholders do sistema, cada um cumprindo com as suas responsabilidades em prol de um sistema financeiro que o país deseja e merece, e que a todos nos orgulhe e responsabilize. 11

12 A terminar, importa não perder de vista o facto de se estar em Cabo Verde perante um duplo e difícil desafio: para além de garantir a credibilidade do sistema financeiro, tem se também de garantir o seu desenvolvimento, e isso passa necessariamente pelo aumento da sua competitividade, em linha com as exigências de uma economia pequena, frágil e fortemente condicionada por factores externos. Hoje é consensual que a actividade financeira pode contribuir para o crescimento económico sustentável e para o combate ao desemprego e à pobreza. De igual modo, é também evidente que no mundo cada vez mais global e competitivo em que vivemos, os desafios e as oportunidades que se oferecem ao nosso país exigem que sejamos cada vez mais competitivos, em qualquer área de actividade, e o sistema financeiro não foge à regra. E aumentar a competitividade implica assumir riscos. Tenhamos consciência disso e trabalhemos nesse sentido. 12

Cabo Verde: um destino alternativo para o investimento externo e para as relações comerciais e financeiras

Cabo Verde: um destino alternativo para o investimento externo e para as relações comerciais e financeiras Cabo Verde: um destino alternativo para o investimento externo e para as relações comerciais e financeiras Carlos Burgo Governador Banco de Cabo Verde Macau 10/Out/2012 Estrutura 1. Apresentação do país

Leia mais

Relatório Política Monetária. Maio de 2011

Relatório Política Monetária. Maio de 2011 Relatório Política Monetária Maio de 2011 1 Enquadramento Externo 2 Economia global reforça trajectória de recuperação em 2010 (cresce 5%) Trajectória de recuperação díspar: países emergentes e em desenvolvimento

Leia mais

Intervenção do Governador do Banco de Cabo Verde na Abertura da. Audição pela Comissão. Especializada Permanente de Finanças e Orçamento da Assembleia

Intervenção do Governador do Banco de Cabo Verde na Abertura da. Audição pela Comissão. Especializada Permanente de Finanças e Orçamento da Assembleia Page 1 of 5 Governador do Banco de Cabo Verde na Abertura da Audição pela Comissão Especializada Permanente de Finanças e Orçamento da Assembleia Nacional 17 de Maio de 2007 1. Antes de mais gostaria de

Leia mais

Resumo do Relatório de Política Monetária

Resumo do Relatório de Política Monetária Resumo do Relatório de Política Monetária Produto Interno Bruto real cresceu 3,9% em 2016. Previsão para 2017 aponta para o intervalo entre 3% e 4%, de acordo com o Relatório de Política Monetária do Banco

Leia mais

Discurso de Tomada de Posse do Administrador do Banco de Cabo Verde, Dr. Osvaldo Évora Lima, Praia, 5 de Setembro de 2008

Discurso de Tomada de Posse do Administrador do Banco de Cabo Verde, Dr. Osvaldo Évora Lima, Praia, 5 de Setembro de 2008 Discurso de Tomada de Posse do Administrador do Banco de Cabo Verde, Dr. Osvaldo Évora Lima, Praia, 5 de Setembro de 2008 2 Senhora Ministra das Finanças, Senhor Governador do Banco de Cabo Verde, Senhores

Leia mais

ACTUALIZAÇÃO DA PROGRAMAÇÃO MONETÁRIA E FINANCEIRA

ACTUALIZAÇÃO DA PROGRAMAÇÃO MONETÁRIA E FINANCEIRA ACTUALIZAÇÃO DA PROGRAMAÇÃO MONETÁRIA E FINANCEIRA 12 09 2011 As projecções do Banco de Cabo Verde (BCV) integram um conjunto de pressupostos relacionados com a evolução recente e as expectativas a curto

Leia mais

CONJUNTURA ECONÓMICA. - Novembro

CONJUNTURA ECONÓMICA. - Novembro CONJUNTURA ECONÓMICA - Novembro 2006 - (elaborado com a informação disponível até 08/11/2006) MUNDO - Estados Unidos da América A taxa de juro de referência (Fed Funds), que já foi aumentada por quatro

Leia mais

GPEARI Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais. Boletim Mensal de Economia Portuguesa.

GPEARI Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais. Boletim Mensal de Economia Portuguesa. Boletim Mensal de Economia Portuguesa Nº 5 Maio 2009 Gabinete de Estratégia e Estudos Ministério da Economia e da Inovação GPEARI Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais

Leia mais

Ambiente Económico e Financeiro

Ambiente Económico e Financeiro As demonstrações financeiras auditadas do Banco de Cabo Verde (BCV), referentes a 31 de dezembro de 2017, evidenciam um ativo total de 68.207.271 milhares de escudos cabo-verdianos (mcve) e um capital

Leia mais

Relatório de Estabilidade Financeira. Novembro de 2010

Relatório de Estabilidade Financeira. Novembro de 2010 Relatório de Estabilidade Financeira Novembro de 2010 ÍNDICE Nota Introdutória Conceito de estabilidade financeira Propósito e estrutura do relatório de estabilidade financeira Capítulo 1. Sector financeiro

Leia mais

3. Evolução do Mercado Segurador e de Fundos de Pensões

3. Evolução do Mercado Segurador e de Fundos de Pensões 3. Evolução do Mercado Segurador e de Fundos de Pensões No ano 2008, o volume de produção de seguro directo em Portugal ascendeu a 15.336 milhões de euros, o que traduz um acréscimo de 11,5% face ao valor

Leia mais

Apresentação ao Corpo Diplomático

Apresentação ao Corpo Diplomático Apresentação ao Corpo Diplomático Síntese da evolução da banca em 2018 Por: Sebastião Tuma Director de Estudos Económicos Tuneka Lukau Director de Supervisão Bancária Museu da Moeda, Março de 2019 ANGOLA

Leia mais

RESUMO DO ESTUDO. Banca em Análise da Deloitte

RESUMO DO ESTUDO. Banca em Análise da Deloitte RESUMO DO ESTUDO Banca em Análise da DEPARTAMENTO DE ESTUDOS E ANÁLISES 2013 A empresa lançou no dia 24 de Outubro o seu estudo sobre o sector bancário angolano denominado Banca em Análise. O presente

Leia mais

Praia, 2 de Maio de 2014

Praia, 2 de Maio de 2014 Supervisão em Contexto de Crise & Desafios do Futuro A Experiência Cabo Verdiana Governador Carlos Burgo Praia, 2 de Maio de 214 Agenda Passado Recente da Supervisão Bancária em Cabo Verde Os Desafios

Leia mais

As Estatísticas do Banco de Portugal, a Economia e as Empresas. Teodora Cardoso 1ª Conferência da Central de Balanços Lisboa, 10 Janeiro 2011

As Estatísticas do Banco de Portugal, a Economia e as Empresas. Teodora Cardoso 1ª Conferência da Central de Balanços Lisboa, 10 Janeiro 2011 As Estatísticas do Banco de Portugal, a Economia e as Empresas Teodora Cardoso 1ª Conferência da Central de Balanços Lisboa, 10 Janeiro 2011 O Banco de Portugal e as Estatísticas O Banco de Portugal tem

Leia mais

CAIS INVEST EMPRESA PARA O DESENVOLVIMENTO DO MUNICIPIO DE SÃO ROQUE DO PICO E.E.M. EM LIQUIDAÇÃO. Relatório de Gestão 2015

CAIS INVEST EMPRESA PARA O DESENVOLVIMENTO DO MUNICIPIO DE SÃO ROQUE DO PICO E.E.M. EM LIQUIDAÇÃO. Relatório de Gestão 2015 Relatório de Gestão 2015 1. ENQUADRAMENTO ECONOMICO As projeções para a economia portuguesa publicadas pelas diversas instituições nacionais e internacionais apontam para a continuação do processo de recuperação

Leia mais

Apresenta-se, a seguir, no Quadro n.º III.1, a Evolução da Receita Interna face ao PIB, no período de 2000 a 2005.

Apresenta-se, a seguir, no Quadro n.º III.1, a Evolução da Receita Interna face ao PIB, no período de 2000 a 2005. III EVOLUÇÃO DOS INDICADORES MACROECONÓMICOS 3.1. Considerações Gerais A Lei n.º 4/2005, de 22 de Junho, que aprova o Orçamento do Estado para 2005, estabelece, no seu preâmbulo, que aquele visa garantir

Leia mais

APRESENTAÇÃO À COMISSÃO DE ORÇAMENTO E FINANÇAS. A crise financeira internacional. Impacto sobre o mercado segurador e de fundos de pensões

APRESENTAÇÃO À COMISSÃO DE ORÇAMENTO E FINANÇAS. A crise financeira internacional. Impacto sobre o mercado segurador e de fundos de pensões APRESENTAÇÃO À COMISSÃO DE ORÇAMENTO E FINANÇAS A crise financeira internacional Impacto sobre o mercado segurador e de fundos de pensões 4 de Fevereiro de 2009 Fernando Nogueira Presidente do Instituto

Leia mais

Painel de Riscos do Setor Segurador. Junho de

Painel de Riscos do Setor Segurador. Junho de Painel de Riscos do Setor Segurador Junho de 2018 1 1 Os dados das empresas de seguros e as variáveis financeiras referem-se, respetivamente, a 31/03/2018 e a 30/05/2018 Sumário Em termos evolutivos, os

Leia mais

Contas dos Sectores Institucionais

Contas dos Sectores Institucionais Contas dos Sectores Institucionais Ano de 2015 Próxima edição: Outubro de 2018 31de Outubro de 2017 Contacto (s): José Fernandes Joses.Fernandes@ine.gov.cv Contas dos Sectores Institucionais As contas

Leia mais

Projecções macroeconómicas para a área do euro elaboradas por especialistas do Eurosistema

Projecções macroeconómicas para a área do euro elaboradas por especialistas do Eurosistema Projecções macroeconómicas para a área do euro elaboradas por especialistas do Eurosistema Com base na informação disponível até 20 de Novembro de 2004, os especialistas do Eurosistema prepararam projecções

Leia mais

Painel de Riscos do Setor Segurador. Janeiro de

Painel de Riscos do Setor Segurador. Janeiro de Painel de Riscos do Setor Segurador Janeiro de 2019 1 1 Os dados das empresas de seguros e as variáveis financeiras referem-se, respetivamente, a 30/09/2018 e a 30/11/2018 Sumário A avaliação efetuada

Leia mais

II Projeções para a economia portuguesa em 2018

II Projeções para a economia portuguesa em 2018 II Projeções para a economia portuguesa em 2018 Abrandamento do PIB em 2018 As projeções elaboradas pelo Banco de Portugal apontam para a continuação da expansão da economia portuguesa em 2018, embora

Leia mais

Cenários Macroeconómicos e Desafios da Conjuntura Actual

Cenários Macroeconómicos e Desafios da Conjuntura Actual Cenários Macroeconómicos e Desafios da Conjuntura Actual Sam Jones Universidade de Copenhaga e UNU-WIDER (em colaboração com MEF e UEM/CEEG) 25 Outubro 2016 2 / 34 Agenda 1 Tendências históricas 2 Um cenário

Leia mais

sempre compatíveis com abordagens uniformes de inserção podendo, quando mal gerido, levar a plena destruição de valor.

sempre compatíveis com abordagens uniformes de inserção podendo, quando mal gerido, levar a plena destruição de valor. Dr. Victor Fernandes, Presidente da Score Media, Dr. Francisco Ferreira, Subdirector do Diário Económico, Sr. Amilcar Silva, Presidente de Direcção da Abanc, Distintos convidados, Minhas senhoras e meus

Leia mais

PROJECÇÕES MACROECONÓMICAS PARA A ÁREA DO EURO ELABORADAS POR ESPECIALISTAS DO EUROSISTEMA

PROJECÇÕES MACROECONÓMICAS PARA A ÁREA DO EURO ELABORADAS POR ESPECIALISTAS DO EUROSISTEMA PROJECÇÕES MACROECONÓMICAS PARA A ÁREA DO EURO ELABORADAS POR ESPECIALISTAS DO EUROSISTEMA Com base na informação disponível até 20 de Maio de 2005, os especialistas do Eurosistema prepararam projecções

Leia mais

Acordo de Cooperação Cambial e liberalização de capitais: passado, presente e futuro

Acordo de Cooperação Cambial e liberalização de capitais: passado, presente e futuro Acordo de Cooperação Cambial e liberalização de capitais: passado, presente e futuro FERNANDO HEITOR As opiniões apresentadas são da responsabilidade do autor, não coincidindo necessariamente com as do

Leia mais

RELATÓRIO AGREGADO Banco de Cabo Verde

RELATÓRIO AGREGADO Banco de Cabo Verde RELATÓRIO AGREGADO 2010 Banco de Cabo Verde Índice 1. Actividade... 3 1.1 - Estrutura das Aplicações... 3 1.2 - Origens dos Recursos... 4 2. Resultados... 5 3. Indicadores Prudenciais... 5 3.1 - Fundos

Leia mais

REPUBLICA DE ANGOLA SISTEMA FINANCEIRO ANGOLANO E OS DESAFIOS PARA A SUA ADEQUAÇÃO ÀS NORMAS FINANCEIRAS E ÀS BOAS PRÁTICAS INTERNACIONAIS

REPUBLICA DE ANGOLA SISTEMA FINANCEIRO ANGOLANO E OS DESAFIOS PARA A SUA ADEQUAÇÃO ÀS NORMAS FINANCEIRAS E ÀS BOAS PRÁTICAS INTERNACIONAIS REPUBLICA DE ANGOLA SISTEMA FINANCEIRO ANGOLANO E OS DESAFIOS PARA A SUA ADEQUAÇÃO ÀS NORMAS FINANCEIRAS E ÀS BOAS PRÁTICAS INTERNACIONAIS OUTUBRO 2017 02 SISTEMA FINANCEIRO ANGOLANO E OS DESAFIOS PARA

Leia mais

Painel de Riscos do Setor Segurador. Setembro de

Painel de Riscos do Setor Segurador. Setembro de Painel de Riscos do Setor Segurador Setembro de 2018 1 1 Os dados das empresas de seguros e as variáveis financeiras referem-se, respetivamente, a 30/06/2018 e a 31/08/2018 Sumário No contexto macroeconómico,

Leia mais

BCE Boletim Mensal Fevereiro 2007

BCE Boletim Mensal Fevereiro 2007 EDITORIAL Com base na suas análises económica e monetária regulares, o Conselho do decidiu, na sua reunião de 8 de Fevereiro de 2007, deixar inalteradas as taxas directoras do. A informação disponível

Leia mais

Progresso PARP Perspectivas

Progresso PARP Perspectivas REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE MINISTÉRIO DA PLANIFICAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DIRECÇÃO NACIONAL DE ESTUDOS E ANÁLISE DE POLÍTICAS Progresso PARP 2011-2014 Perspectivas 2013-2017 Apresentação ao Seminário Conjunto:

Leia mais

Documento de Estratégia Orçamental Errata

Documento de Estratégia Orçamental Errata Documento de Estratégia Orçamental 2014-2018 Errata Notas prévias: 1. No final da presente errata é incluído um quadro que procede à decomposição do Quadro II.9. Medidas de Consolidação Orçamental em 2015

Leia mais

INFORMAÇÃO SOBRE A ACTIVIDADE DO BANK MILLENNIUM NO 4º TRIMESTRE DE 2008

INFORMAÇÃO SOBRE A ACTIVIDADE DO BANK MILLENNIUM NO 4º TRIMESTRE DE 2008 12 de Fevereiro de 2009 Bank Millennium na Polónia apresenta Resultados de 2008 O Banco Comercial Português, S.A. informa que o Bank Millennium com sede em Varsóvia, Polónia, entidade de que detém 65,5%

Leia mais

Intervenção do Governador, Doutor João Serra, na abertura do Encontro do Banco de Cabo Verde com as Instituições de Crédito, 18 de Julho de 2017.

Intervenção do Governador, Doutor João Serra, na abertura do Encontro do Banco de Cabo Verde com as Instituições de Crédito, 18 de Julho de 2017. Intervenção do Governador, Doutor João Serra, na abertura do Encontro do Banco de Cabo Verde com as Instituições de Crédito, 18 de Julho de 2017. 2 Senhores Representantes das Instituições Bancárias, Senhores

Leia mais

Senhor Presidente Senhoras e Senhores Deputados Senhor Presidente do Governo Senhora e Senhores Membros do Governo

Senhor Presidente Senhoras e Senhores Deputados Senhor Presidente do Governo Senhora e Senhores Membros do Governo do Governo As propostas de Plano e Orçamento para 2005 e das Orientações de Médio Prazo para 2005-2008, agora em discussão, assinalam um novo ciclo para os Açores, após a fase do ciclo da Nova Autonomia

Leia mais

Evolução da situação económica

Evolução da situação económica #EURoad2Sibiu Maio de 219 Evolução da situação económica PARA UMA UNIÃO MAIS UNIDA, MAIS FORTE E MAIS DEMOCRÁTICA A ambiciosa agenda da UE em matéria de emprego, crescimento e investimento e o seu trabalho

Leia mais

Que Bancos no Futuro?

Que Bancos no Futuro? Que Bancos no Futuro? Carlos da Silva Costa Governador Lisboa, 3 de outubro 2016 XXVI ENCONTRO DE LISBOA entre os Banco Centrais dos Países de Língua Portuguesa As instituições bancárias enfrentam atualmente

Leia mais

Banco Comercial do Huambo Relatório & Contas de

Banco Comercial do Huambo Relatório & Contas de Índice Conselho de Administração Assembleia Geral Conselho Fiscal Participação Fachada da sede do Banco Comercial do Huambo, na cidade do Huambo, Angola Banco Comercial do Huambo Relatório & Contas de

Leia mais

Painel de Riscos do Setor Segurador. Março de

Painel de Riscos do Setor Segurador. Março de Painel de Riscos do Setor Segurador Março de 2018 1 1 Os dados das empresas de seguros e as variáveis financeiras referem-se, respetivamente, a 31/12/2017 e a 28/02/2018 Sumário A conjuntura macroeconómica

Leia mais

Avaliação do Acordo de Cooperação Cambial Cabo Verde-Portugal

Avaliação do Acordo de Cooperação Cambial Cabo Verde-Portugal Avaliação do Acordo de Cooperação Cambial Cabo Verde-Portugal Outubro 2008 Manuel M. F. Martins João Loureiro Ana Paula Ribeiro Outline do Estudo 1. O ACC Cabo Verde-Portugal 2. Evolução da Economia de

Leia mais

Sumário da apresentação. Indicadores Económicos. Regime Cambial do Sector Petrolífero, Impactos e desafios. Perspectivas da Política Monetária

Sumário da apresentação. Indicadores Económicos. Regime Cambial do Sector Petrolífero, Impactos e desafios. Perspectivas da Política Monetária Angola Evolução dos Principais Indicadores Económicos e Financeiros (2008 e 2012 ) Perspectivas e Impactos do Novo Regime Cambial do Sector Petrolífero. Sumário da apresentação Indicadores Económicos Regime

Leia mais

Conselho da União Europeia Bruxelas, 11 de julho de 2016 (OR. en)

Conselho da União Europeia Bruxelas, 11 de julho de 2016 (OR. en) Conselho da União Europeia Bruxelas, 11 de julho de 2016 (OR. en) 10796/16 ECOFIN 678 UEM 264 ATOS LEGISLATIVOS E OUTROS INSTRUMENTOS Assunto: DECISÃO DO CONSELHO que estabelece que Portugal não tomou

Leia mais

Boletim de Estatísticas Mensal Setembro Banco de Cabo Verde

Boletim de Estatísticas Mensal Setembro Banco de Cabo Verde Setembro 2011 Banco de Cabo Verde Boletim de Estatísticas Mensal Setembro 2011 Banco de Cabo Verde 2011 1 Índice Sector Monetário 1.1 Síntese da Situação Monetária 5 1.2 Composição da Massa monetária (M2)

Leia mais

PROPOSTA DE PILARES PARA O PRÓXIMO PROGRAMA DE APOIO AS POLÍTICAS (PSI) APRESENTAÇÃO AO SEMINÁRIO DE AVALIAÇÃO DOS PROGRAMAS DO FMI E PERSPECTIVAS

PROPOSTA DE PILARES PARA O PRÓXIMO PROGRAMA DE APOIO AS POLÍTICAS (PSI) APRESENTAÇÃO AO SEMINÁRIO DE AVALIAÇÃO DOS PROGRAMAS DO FMI E PERSPECTIVAS PROPOSTA DE PILARES PARA O PRÓXIMO PROGRAMA DE APOIO AS POLÍTICAS (PSI) APRESENTAÇÃO AO SEMINÁRIO DE AVALIAÇÃO DOS PROGRAMAS DO FMI E PERSPECTIVAS MAPUTO, 11 DE MARÇO DE 2013 ESTRUTURA DA APRESENTAÇÃO

Leia mais

Desafios para o sistema financeiro e competitividade da economia

Desafios para o sistema financeiro e competitividade da economia Desafios para o sistema financeiro e competitividade da economia Carlos da Silva Costa Governador Lisboa, 6 de janeiro 2016 RENOVAR O MODELO COMPETITIVO EM PORTUGAL Conferência ISEG 1. De onde viemos?

Leia mais

REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE MINISTÉRIO DA PLANIFICAÇÃO E DESENVOLVIMENTO

REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE MINISTÉRIO DA PLANIFICAÇÃO E DESENVOLVIMENTO REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE MINISTÉRIO DA PLANIFICAÇÃO E DESENVOLVIMENTO REUNIÃO FINAL DO PROCESSO DE PLANIFICAÇÃO DO QUADRO DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO PARA 2012 Intervenção de Sua Excelência, Aiuba Cuereneia

Leia mais

BCE Boletim Mensal Janeiro 2009

BCE Boletim Mensal Janeiro 2009 EDITORIAL Na reunião de 15 de Janeiro, o Conselho do decidiu, com base nas suas análises económica e monetária regulares, reduzir a taxa de juro das operações principais de refinanciamento do Eurosistema

Leia mais

Sistema Bancário Português Desenvolvimentos Recentes 2.º trimestre de 2016

Sistema Bancário Português Desenvolvimentos Recentes 2.º trimestre de 2016 Sistema Bancário Português Desenvolvimentos Recentes.º trimestre de 1 Redigido com informação disponível até 3 de setembro de 1 Índice Sistema bancário português Avaliação global Indicadores macroeconómicos

Leia mais

A Comissão examina os programas de estabilidade da Grécia e de Portugal

A Comissão examina os programas de estabilidade da Grécia e de Portugal IP/07/174 Bruxelas,13 de Fevereiro de 2007 A Comissão examina os programas de estabilidade da Grécia e de Portugal Após ter examinado os programas de estabilidade actualizados 1 de Portugal e da Grécia,

Leia mais

Previsões económicas do outono de 2013: Retoma gradual, riscos externos

Previsões económicas do outono de 2013: Retoma gradual, riscos externos COMISSÃO EUROPEIA COMUNICADOS DE IMPRENSA Bruxelas, 5 de novembro de 2013 Previsões económicas do outono de 2013: Retoma gradual, riscos externos Durante os últimos meses, verificaram-se sinais encorajadores

Leia mais

Conselho da União Europeia Bruxelas, 2 de agosto de 2016 (OR. en)

Conselho da União Europeia Bruxelas, 2 de agosto de 2016 (OR. en) Conselho da União Europeia Bruxelas, 2 de agosto de 2016 (OR. en) 11553/16 ECOFIN 743 UEM 283 ATOS LEGISLATIVOS E OUTROS INSTRUMENTOS Assunto: DECISÃO DO CONSELHO que notifica Portugal no sentido de adotar

Leia mais

Conjuntura Macroeconómica Portugal. Setembro 2018

Conjuntura Macroeconómica Portugal. Setembro 2018 Conjuntura Macroeconómica Portugal Setembro 2018 Evolução Macroeconómica Momento Atual Desde o final do ano passado, o crescimento económico apresenta-se mais moderado, em linha com os outros mercados

Leia mais

Nota de Informação Estatística Lisboa, 21 de Fevereiro de 2011

Nota de Informação Estatística Lisboa, 21 de Fevereiro de 2011 Nota de Informação Estatística Lisboa, 21 de Fevereiro de 2011 Banco de Portugal divulga as Estatísticas da Balança de Pagamentos e da Posição de Investimento Internacional referentes a 2010 O Banco de

Leia mais

PRODUTO INTERNO BRUTO REGISTOU UMA QUEBRA DE 1,1% EM VOLUME

PRODUTO INTERNO BRUTO REGISTOU UMA QUEBRA DE 1,1% EM VOLUME CONTAS NACIONAIS PROVISÓRIAS 2003 31 de Janeiro de 2005 PRODUTO INTERNO BRUTO REGISTOU UMA QUEBRA DE 1,1% EM VOLUME Em 2003, o Produto Interno Bruto (PIB) português apresentou uma taxa de variação em volume

Leia mais

Painel de Riscos do Setor Segurador. Abril de

Painel de Riscos do Setor Segurador. Abril de Painel de Riscos do Setor Segurador Abril de 2019 1 1 Os dados das empresas de seguros e as variáveis financeiras referem-se, respetivamente, a 31/12/2018 e a 31/03/2019 Sumário No contexto macroeconómico,

Leia mais

Balança de Pagamentos 1

Balança de Pagamentos 1 milhões de escudos 4º tri 14 1º tri 15 2º tri 15 3º tri 15 4º tri 15 1º tri 16 2º tri 16 3º tri 16 4º tri 16 1º tri 17 2º tri 17 3º tri 17 4º tri 17 Balança de Pagamentos 1 As contas externas apresentam

Leia mais

NOTA INFORMATIVA SECTOR EXTERNO

NOTA INFORMATIVA SECTOR EXTERNO milhões de escudos 4º tri 15 1º tri 16 2º tri 16 3º tri 16 4º tri 16 1º tri 17 2º tri 17 3º tri 17 4º tri 17 1º tri 18 2º tri 18 3º tri 18 4º tri 18 4º tri 15 1º tri 16 2º tri 16 3º tri 16 4º tri 16 1º

Leia mais

Nota de Informação Estatística Lisboa, 21 de fevereiro de 2013

Nota de Informação Estatística Lisboa, 21 de fevereiro de 2013 Nota de Informação Estatística Lisboa, de fevereiro de 3 Banco de Portugal divulga estatísticas da balança de pagamentos e da posição de investimento internacional referentes a O Banco de Portugal publica

Leia mais

Da Dependência do Petróleo à Caminho da Diversificação Económica

Da Dependência do Petróleo à Caminho da Diversificação Económica Da Dependência do Petróleo à Caminho da Diversificação Económica SUMÁRIO 1 2 3 4 5 Caracterização e Desempenho da Economia Nacional Sector Real Sector Fiscal e Dívida Pública Sector Monetário e Cambial

Leia mais

Audição do Presidente da ASF na Comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa José Figueiredo Almaça

Audição do Presidente da ASF na Comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa José Figueiredo Almaça Audição do Presidente da ASF na Comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa José Figueiredo Almaça 16 de maio de 2018 ÍNDICE 1. Principais indicadores de mercado 2. Principais objetivos

Leia mais

Balança de Pagamentos 1

Balança de Pagamentos 1 NOTA INFORMATIVA SECTOR EXTERNO Balança de Pagamentos 1 As contas externas apresentam uma evolução desfavorável no 1º trimestre 217. As reservas internacionais líquidas do país registaram uma redução de

Leia mais

Abrandamento no primeiro trimestre do ano

Abrandamento no primeiro trimestre do ano Síntese de Conjuntura 1º Trimestre 2018 Abrandamento no primeiro trimestre do ano 1.CONJUNTURA SETORIAL Nota: Os índices que se seguem resultam da média aritmética das respostas das empresas associadas,

Leia mais

COMUNICADO ASSUNTO: ALTERAÇÃO DA ESTRUTURA DAS TAXAS DE JURO DO BANCO DE CABO VERDE

COMUNICADO ASSUNTO: ALTERAÇÃO DA ESTRUTURA DAS TAXAS DE JURO DO BANCO DE CABO VERDE 1 COMUNICADO ASSUNTO: ALTERAÇÃO DA ESTRUTURA DAS TAXAS DE JURO DO BANCO DE CABO VERDE Com vista à melhoria da eficácia do mecanismo de transmissão monetária, o Conselho de Administração do Banco de Cabo

Leia mais

PORTUGAL E A EUROPA: OS PRÓXIMOS ANOS

PORTUGAL E A EUROPA: OS PRÓXIMOS ANOS FERNANDO TEIXEIRA DOS SANTOS (Faculdade de Economia do Porto) F. Teixeira dos Santos 1 Ordem de trabalhos: 1 - Os factos Breve descrição da situação económica e financeira do país 2 - Os desafios, os desequilíbrios

Leia mais

PROJECÇÕES MACROECONÓMICAS PARA A ÁREA DO EURO ELABORADAS POR ESPECIALISTAS DO EUROSISTEMA

PROJECÇÕES MACROECONÓMICAS PARA A ÁREA DO EURO ELABORADAS POR ESPECIALISTAS DO EUROSISTEMA PROJECÇÕES MACROECONÓMICAS PARA A ÁREA DO EURO ELABORADAS POR ESPECIALISTAS DO EUROSISTEMA Com base na informação disponibilizada até 19 de Novembro de 2010, os especialistas do Eurosistema prepararam

Leia mais

BOLETIM MENSAL FEVEREIRO DE 2017 Situação Monetária e Cambial

BOLETIM MENSAL FEVEREIRO DE 2017 Situação Monetária e Cambial BOLETIM MENSAL FEVEREIRO DE 2017 Situação Monetária e Cambial BANCO CENTRAL DE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE Disponível em: www.bcstp.st/publicações 1 Índice 1. SITUAÇÃO MONETÁRIA 1 1.1 BASE MONETÁRIA (BM) 1 1.2.

Leia mais

Recomendação de DECISÃO DE EXECUÇÃO DO CONSELHO. que aplica uma multa a Portugal por não tomar medidas eficazes para corrigir um défice excessivo

Recomendação de DECISÃO DE EXECUÇÃO DO CONSELHO. que aplica uma multa a Portugal por não tomar medidas eficazes para corrigir um défice excessivo COMISSÃO EUROPEIA Bruxelas, 27.7.2016 COM(2016) 519 final Recomendação de DECISÃO DE EXECUÇÃO DO CONSELHO que aplica uma multa a Portugal por não tomar medidas eficazes para corrigir um défice excessivo

Leia mais

CONSOLIDAÇÃO E CRESCIMENTO

CONSOLIDAÇÃO E CRESCIMENTO XIV ENCONTRO GESVENTURE EMPREENDER EM 2013 CONSOLIDAÇÃO E CRESCIMENTO FERNANDO FARIA DE OLIVEIRA ÍNDICE União Europeia: Da Crise ao Crescimento e ao Aprofundamento da Integração Europeia Portugal: Programa

Leia mais

Políticas Económicas e Sociais

Políticas Económicas e Sociais Políticas Económicas e Sociais Conjunto de medidas implementadas pelo Estado, nas áreas económica e social, recorrendo a diferentes instrumentos, tendo como finalidade alcançar objectivos previamente traçados.

Leia mais

Previsões económicas para : crescimento abranda e inflação preocupa mas, globalmente, a UE resiste bem às turbulências externas

Previsões económicas para : crescimento abranda e inflação preocupa mas, globalmente, a UE resiste bem às turbulências externas IP/08/649 Bruxelas, 28 de Abril de 2008 Previsões económicas para 2008-2009: crescimento abranda e inflação preocupa mas, globalmente, a UE resiste bem às turbulências externas O crescimento económico

Leia mais

COMISSÃO DE AUDITORIA E CONTROLO INTERNO DO BANCO BPI, SA REGULAMENTO

COMISSÃO DE AUDITORIA E CONTROLO INTERNO DO BANCO BPI, SA REGULAMENTO COMISSÃO DE AUDITORIA E CONTROLO INTERNO DO BANCO BPI, SA REGULAMENTO (Aprovado na reunião do Conselho de Administração de 25 de Julho 2008, com as alterações introduzidas na reunião de 6 de Março e 18

Leia mais

Gabinete do Governador e dos Conselhos

Gabinete do Governador e dos Conselhos Intervenção do Governador do Banco de Cabo Verde, Doutor João Serra, no Encontro entre o Banco de Cabo Verde e as Instituições de Crédito, 20 de Julho de 2016 1 Senhores Representantes das Instituições

Leia mais

A Convergência da Regulação e da Supervisão da Actividade Financeira. Gabinete do Governador e dos Conselhos

A Convergência da Regulação e da Supervisão da Actividade Financeira. Gabinete do Governador e dos Conselhos Intervenção do Governador do Banco de Cabo Verde, Dr. Carlos Burgo, no VII Encontro dos Governadores dos Bancos Centrais dos Países de Língua Portuguesa, Cidade da Praia, 2 de Maio de 2014. A Convergência

Leia mais

Comunicado Reuters>bcp.Is Exchange>MCP Bloomberg>bcp pl ISIN PTBCP0AM00007

Comunicado Reuters>bcp.Is Exchange>MCP Bloomberg>bcp pl ISIN PTBCP0AM00007 27 de Abril 2011 Actividade do Bank Millennium (Polónia) no 1º trimestre de 2011 O Banco Comercial Português, S.A. informa que o Bank Millennium S.A. com sede em Varsóvia, Polónia, entidade na qual detém

Leia mais

(000 Kz) Código das Contas. Activo Líquido. Activo Líquido. (000 Kz) ( )

(000 Kz) Código das Contas. Activo Líquido. Activo Líquido. (000 Kz) ( ) Em cumprimento do Aviso nº 15/07, de 12 de Setembro, do Banco Nacional de Angola, após análise e aprovação pela Assembleia Geral, o Banco de Negócios Internacional (BNI) procede à publicação das contas

Leia mais

Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública. 9 de maio de Intervenção do Ministro de Estado e das Finanças -

Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública. 9 de maio de Intervenção do Ministro de Estado e das Finanças - Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública 9 de maio de 2012 - Intervenção do Ministro de Estado e das Finanças - Apresentação da Proposta de Lei que aprova o Quadro Plurianual de Programação

Leia mais

RESULTADOS CONSOLIDADOS 30 DE JUNHO DE 2015

RESULTADOS CONSOLIDADOS 30 DE JUNHO DE 2015 RESULTADOS CONSOLIDADOS 30 DE JUNHO DE 2015 DESTAQUES CAPITAL Reforço da Solvabilidade LIQUIDEZ Sustentabilidade dos níveis de liquidez QUALIDADE DOS ATIVOS Melhoria da qualidade dos ativos Melhoria do

Leia mais

A supervisão do sistema bancário português: evolução recente e tendências futuras

A supervisão do sistema bancário português: evolução recente e tendências futuras A supervisão do sistema bancário português: evolução recente e tendências futuras Conferência X Fórum Banca 6 de Novembro de 2012 Agenda O setor Bancário Português Supervisão Prudencial: evolução recente

Leia mais

BANCO DE CABO VERDE RELATÓRIO ANUAL BALANÇO E CONTAS EXERCÍCIO DE

BANCO DE CABO VERDE RELATÓRIO ANUAL BALANÇO E CONTAS EXERCÍCIO DE BANCO DE CABO VERDE RELATÓRIO ANUAL BALANÇO E CONTAS EXERCÍCIO DE 2009 Cidade da Praia 2010 Ficha Técnica Título: Relatório Anual de 2009 Editor: Banco de Cabo Verde Avenida Amílcar Cabral, 27 CP 7600-101

Leia mais

A Crise e o Novo Paradigma Económico e Social no Horizonte 2020: O Caso da Europa Periférica, Augusto Mateus (2010)

A Crise e o Novo Paradigma Económico e Social no Horizonte 2020: O Caso da Europa Periférica, Augusto Mateus (2010) A CRISE E O NOVO PARADIGMA ECONÓMICO E SOCIAL NO HORIZONTE 2020 O Caso da Europa Periférica Augusto Mateus Santander antander, 11y12deNoviembrede 12 2010 A Crise e o Novo Paradigma Económico e Social no

Leia mais

BANCO DE CABO VERDE DEPARTAMENTO DE ESTUDOS ECONÓMICOS E ESTATISTICAS. Boletim de Indicadores Económicos e Financeiros

BANCO DE CABO VERDE DEPARTAMENTO DE ESTUDOS ECONÓMICOS E ESTATISTICAS. Boletim de Indicadores Económicos e Financeiros BANCO DE CABO VERDE DEPARTAMENTO DE ESTUDOS ECONÓMICOS E ESTATISTICAS Boletim de Indicadores Económicos e Financeiros Setembro 2013 BANCO DE CABO VERDE Departamento de Estudos Económicos e Estatísticas

Leia mais

Portucel Empresa Produtora de Pasta e Papel, S.A. Informação Intercalar 1º Trimestre de 2007 (não auditada)

Portucel Empresa Produtora de Pasta e Papel, S.A. Informação Intercalar 1º Trimestre de 2007 (não auditada) Portucel Empresa Produtora de Pasta e Papel, S.A. Sociedade Aberta Matriculada sob o nº. 05888/20001204 na Conservatória do Registo Comercial de Setúbal Capital Social: 767 500 000 N.I.P.C. 503 025 798

Leia mais

Relatório Anual 2013

Relatório Anual 2013 Relatório Anual 2013 Relatório Anual 2013 Índice Preâmbulo... 4 Sumário... 5 Relatório Anual de 2013 do CERS Índice 3 Preâmbulo Mario Draghi Presidente do CERS É com grande satisfação que apresento o terceiro

Leia mais

informação produzida, face à sua importância no apoio ao tipo de gestão mais adequado às realidades do funcionamento autárquico.

informação produzida, face à sua importância no apoio ao tipo de gestão mais adequado às realidades do funcionamento autárquico. INTRODUÇÃO O ano de 2006, foi caracterizado pelo início de um novo mandato autárquico, o qual ficou marcado pela ausência de novas competências funcionais para as freguesias, acompanhadas dos respectivos

Leia mais

RELATÓRIO DE EVOLUÇÃO

RELATÓRIO DE EVOLUÇÃO 1.º SEMESTRE 215 RELATÓRIO DE EVOLUÇÃO DA ATIVIDADE SEGURADORA ASF Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões Relatório de evolução da atividade seguradora 1.º Semestre 215 I. Produção e custos

Leia mais

Relatório de Estabilidade Financeira 2016

Relatório de Estabilidade Financeira 2016 Relatório de Estabilidade Financeira 2016 Relatório de Estabilidade Financeira 2016 Banco de Cabo Verde Cidade da Praia 2016 BANCO DE CABO VERDE Avenida Amílcar Cabral, 27 CP 7600-101 Praia Cabo Verde

Leia mais

Sessão de Abertura do X Congresso. Ordem dos Revisores Oficiais de Contas. Ética e responsabilidade. 21 de outubro de 2010

Sessão de Abertura do X Congresso. Ordem dos Revisores Oficiais de Contas. Ética e responsabilidade. 21 de outubro de 2010 Sessão de Abertura do X Congresso Ordem dos Revisores Oficiais de Contas Ética e responsabilidade 21 de outubro de 2010 Intervenção do Ministro de Estado e das Finanças Fernando Teixeira dos Santos Senhor

Leia mais

Comunicado dos resultados

Comunicado dos resultados Comunicado dos resultados 1º Trimestree de 2011 1. Destaques RESULTADOS LÍQUIDOS CRESCERAM 4% Melhoria dos resultados gerados Vendas cresceram 12% relativamente a 2010 A margem bruta caiu 0,9 pontos percentuais

Leia mais

Recomendação de RECOMENDAÇÃO DO CONSELHO. relativa ao Programa Nacional de Reformas de 2011 do Luxemburgo. e à emissão de um Parecer do Conselho

Recomendação de RECOMENDAÇÃO DO CONSELHO. relativa ao Programa Nacional de Reformas de 2011 do Luxemburgo. e à emissão de um Parecer do Conselho COMISSÃO EUROPEIA Bruxelas, 7.6.2011 SEC(2011) 811 final Recomendação de RECOMENDAÇÃO DO CONSELHO relativa ao Programa Nacional de Reformas de 2011 do Luxemburgo e à emissão de um Parecer do Conselho sobre

Leia mais

Sustentabilidade financeira no Estado Moderno: O papel de uma ISC

Sustentabilidade financeira no Estado Moderno: O papel de uma ISC Sustentabilidade financeira no Estado Moderno: O papel de uma ISC Sir John Bourn Auditor Geral Reino Unido O enquadramento legal da Sustentabilidade Financeira no Reino Unido O Código de 1998 para a Sustentabilidade

Leia mais

Quadro 1a. Perspectivas Macroeconómicas nível (10 6 euros) taxa de variação. taxa de variação

Quadro 1a. Perspectivas Macroeconómicas nível (10 6 euros) taxa de variação. taxa de variação Quadro 1a. Perspectivas Macroeconómicas 2013 2013 2014 2015 2016 2017 nível (10 6 euros) 1. PIB (real) 1 B1*g 162852,2-1,4 1,2 1,5 1,7 1,8 1,8 2. PIB (nominal) B1*g 165666,3 0,3 2,0 2,4 3,4 3,7 3,7 Componentes

Leia mais

O Desenvolvimento dos Mercados de Valores: Elementos Chave

O Desenvolvimento dos Mercados de Valores: Elementos Chave O Desenvolvimento dos Mercados de Valores: Elementos Chave Fernando Teixeira dos Santos Discurso na Sessão de Abertura das Jornadas Públicas El desarrollo en los mercados de valores: Elementos clave República

Leia mais

BANCO DE CABO VERDE DEPARTAMENTO DE ESTUDOS ECONÓMICOS E ESTATISTICAS. Boletim de Indicadores Económicos e Financeiros

BANCO DE CABO VERDE DEPARTAMENTO DE ESTUDOS ECONÓMICOS E ESTATISTICAS. Boletim de Indicadores Económicos e Financeiros BANCO DE CABO VERDE DEPARTAMENTO DE ESTUDOS ECONÓMICOS E ESTATISTICAS Boletim de Indicadores Económicos e Financeiros Agosto de 2013 BANCO DE CABO VERDE Departamento de Estudos Económicos e Estatísticas

Leia mais

APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS 1º TRIMESTRE 2009 (NÃO AUDITADOS)

APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS 1º TRIMESTRE 2009 (NÃO AUDITADOS) APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS 1º TRIMESTRE 2009 (NÃO AUDITADOS) Finibanco-Holding, SGPS S.A. Sociedade Aberta Sede: Rua Júlio Dinis, 157 Porto Capital Social: EUR 115.000.000 Matriculado na Conservatória

Leia mais

ENSAIO Equipa: Só CEI que nada CEI Jan.17. Só CEI que nada CEI 1

ENSAIO Equipa: Só CEI que nada CEI Jan.17. Só CEI que nada CEI 1 ENSAIO Equipa: Só CEI que nada CEI Jan.17 Só CEI que nada CEI 1 Só CEI que nada CEI 2 BCE não irá alterar a taxa de juro Análises económica e monetária Recalibração das medidas de política monetária realizada

Leia mais

Relatório do Orçamento do Estado para 2014 Errata

Relatório do Orçamento do Estado para 2014 Errata Relatório do Orçamento do Estado para 2014 Errata Nota Prévia: Foi introduzida na secção do Sumário Executivo a versão final da intervenção da Senhora Ministra de Estado e das Finanças, conforme proferida

Leia mais

Balança de Pagamentos

Balança de Pagamentos NOTA INFORMATIVA SECTOR EXTERNO Balança de Pagamentos As contas externas apresentaram uma evolução desfavorável no 1º trimestre 216. i As reservas internacionais líquidas do país registaram uma diminuição

Leia mais

Não vou apresentar uma intervenção estruturada, mas apenas uma reflexão baseada num conjunto de notas soltas segundo o esquema orientador seguinte:

Não vou apresentar uma intervenção estruturada, mas apenas uma reflexão baseada num conjunto de notas soltas segundo o esquema orientador seguinte: Não vou apresentar uma intervenção estruturada, mas apenas uma reflexão baseada num conjunto de notas soltas segundo o esquema orientador seguinte: 1. O Crescimento económico, a Produtividade e a Competitividade

Leia mais