DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS

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1 Banco BPI 2003 A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, ao abrigo do disposto no n.º 3 do artigo 250 do Código dos Valores Mobiliários, dispensou a publicação das contas individuais. Os documentos de prestação de contas alvo desta dispensa encontram-se disponíveis para consulta, juntamente com os restantes, na sede desta Sociedade, de acordo com o estabelecido pelo Código das Sociedades Comerciais.

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3 Relatório

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5 Índice RELATÓRIO Principais indicadores 4 Apresentação do relatório 6 Órgãos sociais 13 Marcos históricos 14 A identidade do BPI 16 Estrutura financeira e negócio 17 A Marca BPI 18 Canais de distribuição 20 Governo do Grupo BPI 22 Responsabilidade pública 24 Principais acontecimentos em Enquadramento 28 Recursos humanos 36 Tecnologia 40 Operações 43 Banca Comercial 44 Seguros 69 Gestão de Activos 70 Banca de Investimento 76 Private Equity 81 Análise financeira 84 Gestão de riscos 127 Rating 144 Acções BPI 146 Accionistas 149 Criação de valor para o Accionista 150 Referências finais 151 Proposta de aplicação de resultados 152 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS Demonstrações financeiras consolidadas 153 Notas às demonstrações financeiras consolidadas 160 Certificação Legal de Contas e Relatório de Auditoria 224 Relatório dos Auditores 226 Relatório e Parecer do Conselho Fiscal 227 RELATÓRIO SOBRE O GOVERNO DO GRUPO BPI Relatório sobre o Governo do Grupo BPI 229 Apêndice do Relatório sobre o Governo da Sociedade 285 ANEXOS Informação sobre participações no capital 291 Apêndices Conceitos, siglas, abreviaturas e expressões estrangeiras 294 Glossário 296 Formulário 299 Notas metodológicas 300 Índice geral 301 Índice temático 304 Índice de figuras, quadros, gráficos e caixas 305 Informações gerais 307

6 Principais indicadores (Montantes consolidados em milhões de euros, excepto quando indicado de outra forma) % 02 / 03 1) Custos de funcionamento (custos com pessoal e fornecimentos e serviços de terceiros) em % do produto bancário. 2) Custos de estrutura (custos com pessoal, fornecimentos e serviços de terceiros e amortizações) em % do produto bancário, excluindo lucros em operações financeiras. 3) Calculado de acordo com as regras do Banco de Portugal sobre requisitos mínimos de fundos próprios (Aviso n. 7 / 96). 4) Responsabilidades com pensões reconhecidas no balanço. 5) Ajustados por aumentos de capital, redenominação e renominalização do capital. 6) Inclui balcões tradicionais (483 em 2002 e 2003), lojas habitação, balcões in-store, centros de investimento e lojas automáticas. 7) Rede vocacionada para servir empresas de média dimensão (38 Centros de Empresas), de grande dimensão (6 Centros de Empresas), 4 Centros de Wholesale, 1 Centro de Project Finance e Institucionais (5 Centros). 8) Colaboradores do Grupo na actividade doméstica e internacional. Inclui trabalho a termo e temporário Activo total % Activo total mais desintermediação F % Situação líquida % Crédito sobre Clientes (bruto) e garantias % Depósitos de Clientes (0.4%) Recursos totais de Clientes F % Activos financeiros de terceiros sob gestão % Cash flow corrente F % Resultado corrente % Lucro líquido F % Cash flow após impostos % Rendibilidade do activo total médio (ROA) F 0.8% 0.8% 0.6% 0.6% 0.6% Rendibilidade dos capitais próprios (ROE) F 22.4% 21.8% 14.8% 13.5% 13.9% Cost-to-income 1 F 65.0% 60.7% 58.1% 58.7% 57.5% Rácio de eficiência 2 F 79.6% 71.9% 68.3% 67.1% 66.7% Rácio de requisitos de fundos próprios % 9.8% 9.2% 10.2% 9.9% Tier I 3 6.8% 6.7% 5.9% 7.3% 6.7% Crédito vencido há mais de 90 dias em % do crédito a Clientes F 1.4% 1.0% 0.9% 1.3% 1.2% Cobertura do crédito vencido por provisões F 157.3% 194.2% 210.0% 153.0% 148.4% Financiamento das responsabilidades com pensões 4 F 102.4% 101.6% 100.0% 100.1% 101.4% Valores por acção ajustados (euros) 5 F Cash flow após impostos % Lucro líquido % Dividendo % Valor contabilístico % N.º médio ponderado de acções (em milhões) 5 F % Cotação de fecho ajustada 5 (euros) % Rendibilidade total do Accionista F 2.5% (16.0%) (30.4%) 3.0% 38.5% Capitalização bolsista em final do ano % Dividend yield F 2.4% 2.4% 2.7% 3.9% 4.1% Balcões de retalho 6 (número) % Centros de Empresas e Institucionais 7 (número) (11.5%) Colaboradores do Grupo BPI 8 (número) (7.3%) Quadro 1 F conceitos definidos no Formulário (pág. 299). 4 Banco BPI Relatório e Contas 2003

7 CRESCIMENTO, RENDIBILIDADE, SOLIDEZ E VALORIZAÇÃO Activo total líquido e desintermediação Bi. 35 Bi. 20 Crédito e recursos Activo total 1 Desintermediação 2 1) Corrigido de duplicações de registo. 2) Recursos de Clientes, com registo fora do balanço Recursos totais de Clientes 1 Crédito a Clientes 1) Corrigidos de duplicações de registo. Lucro líquido M Lucro líquido por acção Qualidade do crédito % Bi. 2.0 Fundos próprios e requisitos de fundos próprios Ratio de crédito vencido 1 Crédito vencido 1 líq. de provisões em % do crédito a Clientes ) Crédito vencido há mais de 90 dias Fundos próprios Requisitos de fundos próprios Capitalização bolsista Bi A+ Estável Fitch Ratings 23 Out. 03* Ratings do BPI Emitente 1.4 A2 Positivo Moody s 21 Nov. 03* A- Estável Standard & Poor s 10 Fev. 04* Notações de longo prazo * último relatório Figura 1 Relatório Principais indicadores 5

8 Apresentação do relatório Solidez e consistência O exercício de 2003 confirmou a adequada adaptação da estratégia do BPI à difícil conjuntura dos últimos três anos, marcados por uma importante desaceleração da procura interna e pelo claro agravamento do padrão de risco na economia portuguesa. No ano que passou, o lucro líquido do Banco subiu 17% e foi acompanhado por um inequívoco reforço da sua solidez económica e financeira: o crédito vencido desceu para 1.2%, as mais valias potenciais da carteira de participações superaram as menos-valias potenciais líquidas de provisões, que caíram para menos de metade do valor registado em 2002 a cobertura de responsabilidades por pensões ultrapassou os 100% e os rácios de capital mantêm-se confortáveis. Adicionando ao lucro líquido do exercício a recuperação das menos-valias potenciais líquidas em participações financeiras e a evolução favorável dos desvios actuariais relacionados com pensões, podemos constatar que a situação patrimonial do Banco beneficiou de um reforço de 400 milhões de euros no decurso do último ano. Melhorou, também, a rentabilidade, reflectida na subida do return on equity para 14% e no crescimento de 12% do lucro líquido por acção. E prosseguiu, em paralelo, a evolução favorável dos indicadores de eficiência, determinada pela contenção dos custos de estrutura e pela capacidade competitiva que o Banco tem afirmado nos principais segmentos da banca de retalho. A solidez do BPI e a consistência da sua estratégia foram de novo reconhecidas pelas principais agências de rating internacionais (Standard & Poor's, Fitch e Moody s), que confirmaram as notações anteriores (A-, A+ e A2, respectivamente). No que respeita às perspectivas futuras (outlook), as duas primeiras mantêm a classificação de estável e a Moody s sobe a sua para positivo, o que representa, neste domínio, o melhor conjunto de resultados entre as instituições financeiras portuguesas. A credibilidade do percurso do Banco foi ainda confirmada pelo mercado, através do comportamento das suas acções que, considerando o dividendo recebido, proporcionaram ao Accionista um rendimento de cerca de 40% em 2003, muito acima do índice PSI, que cresceu 17.4% no mesmo período. Eficiência O crescimento do resultado líquido do BPI em 2003 é explicado pela convergência de três efeitos positivos essenciais: a simplificação orgânica completada em 2002, que permitiu a eliminação de ineficiências fiscais e operativas, com reflexos importantes na redução de custos; o bom desempenho comercial, que permitiu um crescimento do produto bancário de 3.2%, reflectindo uma evolução muito favorável das comissões (+6.3% em termos consolidados); 6 Banco BPI Relatório e Contas 2003

9 a continuidade da contenção dos custos de estrutura, que subiram apenas 0.4% em termos consolidados, com uma redução de 0.2% na actividade doméstica. Estes efeitos sobre-compensaram o impacto de três factores negativos: o recuo de 2.7% na margem financeira consolidada, sobretudo em consequência de uma redução de 17.6% na margem financeira estrita da actividade internacional, uma vez que a quebra, ao nível doméstico, atinge apenas 0.7%; a contribuição negativa da actividade internacional é explicada pela valorização do euro em relação ao dólar, que conduziu a uma queda de 15% na margem financeira do Banco de Fomento Angola, contabilizada em euros. Apesar deste factor de natureza conjuntural, a análise trimestral da margem financeira estrita evidencia uma evolução favorável ao longo de 2003, nos planos doméstico e internacional; o aumento de 19.4% nas dotações líquidas para provisões, explicado, Presidente do Conselho de Administração Artur Santos Silva principalmente, pela constituição de 17.5 milhões de euros de provisões não obrigatórias para outros riscos e encargos, uma vez que as provisões totais para crédito a Clientes caiem cerca de 5%; os resultados extraordinários negativos, que sobem de 5.3 para 18.9 milhões de euros, sobretudo em consequência do crescimento dos custos com pensões determinado pelo programa de reformas antecipadas em aplicação nos últimos anos, através do qual o número total de Colaboradores do Grupo foi reduzido em cerca de 20% entre o final de 2000 e o final de O exame do desempenho económico do BPI em 2003 permite confirmar a credibilidade do programa de redução de custos iniciado no exercício de O ligeiro crescimento dos custos de estrutura consolidados verificado no último exercício (+0.4%) é determinado pela actividade internacional, onde este indicador cresceu 17.4%, em consequência de um forte reforço da presença do Banco em Angola, através do BFA, que abriu 10 balcões (+60%), inaugurou uma nova sede e aumentou o quadro em 155 Colaboradores (+55%). Se considerarmos somente a actividade doméstica, a evolução dos custos de estrutura supera o objectivo inicial de crescimento zero, registando uma quebra de 0.2%, que reflecte a descida Relatório Apresentação do relatório 7

10 de 0.7% nos custos com pessoal, o recuo de 8.5% nas amortizações e a subida de 3.4% nos fornecimentos e serviços de terceiros; e se fosse excluído o impacto da consolidação por integração global da BPI Rent, que passou a fazer-se a partir do exercício de 2003, os custos de estrutura teriam descido 1.3%. A evolução positiva dos custos permitiu uma nova redução do indicador de eficiência (cost-to-income), que passou de 58.7 para 57.5%, numa contínua linha descendente iniciada em 1999, a partir de um rácio de 65%. Torna-se claro, porém, que a evolução dos proveitos, determinada pela conjuntura económica negativa, mais profunda e prolongada do que a previsão inicial, não permitirá atingir no prazo previsto o objectivo de 53% estabelecido para este indicador no final de Competitividade O desempenho comercial do BPI confirmou a sua competitividade, expressa na capacidade de defender e aumentar quotas de mercado acima da sua quota natural na maioria dos segmentos mais relevantes da banca de retalho. Os recursos totais de Clientes cresceram 3%, com um aumento de 1.2 % nos recursos de balanço e de 18% nos recursos fora de balanço. Para este resultado contribuiu muito significativamente a carteira de fundos de investimento, que aumentou aproximadamente 15%, com uma captação líquida de 360 milhões de euros. Considerando apenas os fundos domiciliados em Portugal, a BPI Fundos ocupava, no final de 2003, o quarto lugar no ordenamento das sociedades gestoras, com uma quota de mercado de 17.5% e um excelente desempenho relativo em relação às rentabilidades obtidas. Muito positiva foi igualmente a evolução da BPI Vida, que conquistou a 2.ª posição na comercialização de seguros de vida de capitalização, objecto exclusivo da sua actividade, com uma quota de 18%, passando do 11.º para o 4.º lugar absoluto no ordenamento da produção de todo o mercado segurador. Estes números ilustram o excelente desempenho da área de Gestão de Activos do BPI, que aumentou em 14% o volume total sob gestão, com resultados igualmente muito relevantes no âmbito dos Fundos de Pensões. Segundo estudos publicados por analistas especializados independentes, a BPI Pensões obteve em 2003 o primeiro lugar entre as sociedades gestoras de fundos de pensões nacionais, no que respeita à rentabilidade mediana anual. Destes resultados beneficiou o próprio Fundo de Pensões do Banco, com uma rentabilidade anual de 15%, que permitiu atingir uma cobertura de 101% nas responsabilidades com pensões e disponibilizar uma margem não utilizada de 130 milhões de euros no corredor de 10% definido pelo Banco de Portugal para acomodar desvios actuariais e de rendimento sem provocar impacto imediato nos resultados. 8 Banco BPI Relatório e Contas 2003

11 A carteira de crédito do Banco cresceu, por sua vez, um pouco acima dos 7%, ritmo semelhante ao do ano anterior e acima da média do mercado. Manteve-se a política selectiva seguida nos últimos exercícios, determinada por critérios de rentabilidade do capital alocado e, em consequência, voltou a registar-se um comportamento muito diferenciado entre os grandes segmentos de Clientes e produtos, com uma nova quebra acentuada da banca grossista (-30%) e crescimentos na banca institucional e project finance (+51%), grandes e médias empresas (+1.6%), pequenos negócios (+5.7%) e crédito hipotecário (16.5%). Neste último domínio, o Banco voltou a ganhar quota de mercado, passando de 9.2 para 9.8%, de acordo com as estimativas disponíveis, o que significa mais de 150% do índice registado em O crescimento da carteira de crédito foi acompanhado por um rigoroso controlo dos riscos, que permitiu, apesar da conjuntura adversa, baixar ligeiramente, para 1.2%, o rácio de crédito vencido com mais de 90 dias, com uma cobertura de provisões de 148%, o que reflecte uma situação tranquila e em claro progresso relativamente ao ano anterior. Para os bons resultados alcançados pelo Banco no controlo dos riscos de crédito, numa situação de recessão económica generalizada, contribuiu a reestruturação operada em 2002 na área de Banca de Empresas, estabelecendo a separação funcional da actividade comercial e da análise de risco, que passou a depender de uma Direcção Central própria, especializada e autónoma. Este processo correspondeu a uma mudança cultural profunda, acompanhada por uma extensa revisão do normativo interno e por um intenso programa de formação, com impactos muito positivos que começaram a concretizar-se plenamente em 2003, ao nível da análise de risco, do acompanhamento da carteira e da recuperação de crédito, mas também nos resultados da actividade comercial. Justifica-se mencionar especialmente a evolução do Banco de Fomento Angola (BFA), que completou em 2003 o primeiro ano como entidade autónoma de direito angolano, na sequência da transformação da sucursal do Banco BPI, resultante, por sua vez, da aquisição do Banco de Fomento e Exterior em O BFA representa 4.6% dos capitais próprios e 2.5% dos activos do Grupo. É o segundo banco local em depósitos e o terceiro em crédito, com quotas de mercado de 26.7% e de 21.2%, respectivamente. No momento da aquisição do Banco de Fomento, dispunha de três agências; hoje, é a segunda rede do País, com 27 balcões em todo o território nacional. Em 2003, os recursos e o crédito cresceram respectivamente 34 e 90%, em dólares, enquanto o número de Clientes aumentava 50%, para um total de 133 mil. Relatório Apresentação do relatório 9

12 Qualidade O BPI tem dedicado crescentes recursos e competências aos principais aspectos qualitativos do seu desenvolvimento, como a gestão da Marca, a formação dos recursos humanos, o nível de serviço, a tecnologia e os produtos. Em 2003, foi dado um novo passo neste domínio, através da criação, entre os instrumentos de gestão da rede comercial de Particulares, de um Índice de Qualidade de Serviço (IQS), baseado em inquéritos regulares a Clientes, que permitem estabelecer uma classificação trimestral dos balcões, divulgada internamente. O IQS transformou-se rapidamente num poderoso e credível instrumento de avaliação de desempenho, com um importante efeito de emulação, que favorece a focagem na qualidade de serviço e nas necessidades do Cliente. No quarto trimestre de 2003, o índice registou já um crescimento de 2.5% em relação ao período homólogo do ano anterior, suportado por melhorias ao nível do atendimento pessoal e do tempo de espera. A criação do IQS acompanha a modernização das rede de agências do Banco, através do desenvolvimento de um novo modelo de lay-out, já aplicado em 100 balcões, que favorece o atendimento personalizado, a especialização do serviço prestado e a completa automatização das principais transacções bancárias, incluindo depósitos de cheques e notas, disponíveis 24 horas por dia. Prosseguiu, em paralelo, o alargamento da rede de Centros de Investimento, com a abertura de oito novas unidades, destinadas a oferecer um serviço de assessoria financeira personalizada a Clientes particulares de elevado património. No final do ano, estavam em pleno funcionamento, nas principais cidades do País, 11 dos 15 Centros previstos nesta fase do projecto. Concluiu-se, por outro lado, a reorganização e segmentação da rede de apoio à Banca de Empresas, que passa a dispor de quatro centros de wholesale, seis centros de grandes empresas, 38 centros de médias empresas, um centro de project finance e cinco centros de banca institucional. A modernização da rede física desenvolve-se em articulação com uma forte expansão dos canais remotos, cada vez mais integrados na actividade corrente do Banco. Em 2003, a principal inovação nesta área correspondeu ao lançamento do BPI Net Empresas, um serviço de homebanking especializado que, no final do ano, dispunha já de Clientes, com 6.6 milhões de páginas visualizadas. Os serviços BPI Directo / BPI Net registavam no final de 2003 um número próximo de 400 mil Clientes activos, correspondentes a um crescimento de 30%; e os acessos mensais ao BPI Net, através do qual são realizadas cerca de 60% das transacções de Bolsa, aumentaram 83%. O BPI Online, banco virtual do Grupo, cresceu 65%, o dobro do crescimento do mercado e conquistou, em 2003, dois lugares do seu ranking próprio, atingindo uma quota de mercado de 7%. 10 Banco BPI Relatório e Contas 2003

13 O aperfeiçoamento dos instrumentos de gestão, das instalações e da tecnologia tem sido completado por uma actividade intensa de formação profissional, combinando cada vez mais a qualificação técnica e os aspectos de natureza comportamental, essenciais para sustentar os objectivos de melhoria da qualidade percebida pelo Cliente. As 814 acções de formação realizadas em 2003, num total de 60 mil horas, envolveram cerca de 40% dos Colaboradores do BPI. O investimento na dimensão qualitativa do serviço tem-se reflectido no aprofundamento dos atributos da Marca BPI, que mantém a terceira posição em termos de notoriedade no sector bancário, de acordo com as conclusões do Basef 2003, estudo especializado da Marktest, realizado continuamente há mais de uma década. No último ano o BPI sobe e classifica-se em segundo ou terceiro lugar em todos os atributos qualitativos relevantes: melhor banco, qualidade de atendimento, inovação, clareza da informação, solidez, confiança e eficiência. Comissão Executiva do Conselho de Administração Maria Celeste Hagatong (Vice-Presidente) Fernando Ulrich (Presidente) Artur Santos Silva António Domingues António Farinha Morais Manuel Ferreira da Silva José Pena do Amaral Relatório Apresentação do relatório 11

14 Renovação Por disposição estatutária (art.º 26, n.º 3), proposta pelo Presidente e aprovada pelo Conselho de Administração em 1998, cessa aos 62 anos o exercício de funções executivas no BPI. Nestes termos, o Presidente do Conselho de Administração do BPI prossegue o mandato para o qual foi eleito pelos Accionistas, mas deixará de desempenhar as funções de Presidente da Comissão Executiva a partir da realização da Assembleia Geral em que apresentará as Contas relativas ao exercício de Em 3 de Dezembro de 2003, por proposta do Presidente, o Conselho de Administração, no uso das suas atribuições estatutárias, escolheu o Vice- -Presidente Fernando Ulrich para o cargo de Presidente da Comissão Executiva. Inicia-se assim uma fase nova na vida da Instituição, em que os cargos de Presidente do Conselho de Administração e de Presidente da Comissão Executiva não coincidem na mesma pessoa. É uma renovação planeada e executada como previsto, da qual deve esperar-se a continuidade estratégica assegurada por uma história consistente, partilhada através de um percurso vencedor, ao longo de mais de vinte anos. O BPI terá agora à sua frente o mesmo Presidente do Conselho de Administração e um novo Presidente da Comissão Executiva de grande estatura profissional e humana, com sólidas provas dadas. A sua eleição não foi apenas a escolha certa. Foi também a escolha merecida. 12 Banco BPI Relatório e Contas 2003

15 Órgãos sociais Mesa da Assembleia Geral Presidente Rui Manuel Chancerelle de Machete Vice-Presidente Vasco Manuel Airão Marques Secretários Galucho Indústrias Metalomecânicas, S.A. Vitalina Justino Antunes Produtos Sarcol, Lda. Estela M. Barbot Secretário da Sociedade Manuel Correia de Pinho Conselho de Administração Presidente Vice-Presidentes Vogais Artur Santos Silva Carlos da Câmara Pestana Fernando Ulrich Ruy Octávio Matos de Carvalho Alfredo Costa Rezende de Almeida António Domingues António Farinha Morais Armando Leite de Pinho Caixa Holding, S.A., Sociedad Unipersonal Isidro Fainé Casas João Sanguinetti Talone José Pena do Amaral Klaus Dührkop Manuel Soares de Oliveira Violas Manuel Ferreira da Silva Maria Celeste Hagatong Riunione Adriática di Sicurtá Roberto Egydio Setúbal Tomaz Jervell Fernando Ramirez Diethart Breipohl Comissão Executiva do Conselho de Administração Presidente Vice-Presidente Vogais Artur Santos Silva Fernando Ulrich António Domingues José Pena do Amaral Maria Celeste Hagatong Manuel Ferreira da Silva António Farinha Morais Comité de Auditoria e de Controlo Interno Presidente Vogais Ruy Octávio Matos de Carvalho Carlos da Câmara Pestana Alfredo Rezende de Almeida Caixa Holding, S.A., Sociedad Unipersonal Fernando Ramirez Conselho Fiscal Presidente Vogais Jorge de Figueiredo Dias José Ferreira Amorim Magalhães, Neves e Associados, SROC, S.A. António Dias & Associados, SROC, S.A. (suplente) Augusta Francisco António Dias Comissão de Remunerações Presidente Vogais Itaúsa Portugal Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. Cotesi Companhia de Têxteis Sintéticos, S.A. Arsopi Indústrias Metalúrgicas Arlindo Soares de Pinho, S.A. Figura 2 Relatório Órgãos sociais 13

16 Marcos históricos LIDERANÇA, INOVAÇÃO E CRESCIMENTO 1981 A Sociedade Portuguesa de Investimentos nasceu em 1981 com um projecto claro para a década que então começava: financiar projectos de investimento do sector privado, contribuir para o relançamento do mercado de capitais e para a modernização das estruturas empresariais portuguesas. Contava com uma estrutura accionista diversificada, que incluía uma forte componente nacional constituída por 100 das mais dinâmicas empresas portuguesas e um conjunto de cinco das mais importantes instituições financeiras internacionais Em 1985, a SPI transformava-se em Banco de Investimento e adquiria a possibilidade de captar depósitos à ordem e a prazo, conceder crédito a curto prazo, intervir nos mercados interbancários e praticar operações cambiais. Um ano depois, em 1986, a trajectória do Banco foi marcada pela abertura do capital e pela admissão das acções à cotação nas Bolsas de Valores de Lisboa e do Porto Em 1991, uma década depois da sua criação, o BPI conquistara já uma clara liderança nas principais áreas da Banca de Investimento, desempenhava um papel preponderante, que viria a reforçar ao longo da década de 90, no programa de privatizações em Portugal, e assumia a vontade de consolidar a sua posição como um dos principais grupos financeiros portugueses. Foi neste sentido que empreendeu a aquisição do Banco Fonsecas & Burnay (BFB), a qual lhe assegurou a entrada na Banca Comercial e lhe proporcionou um ganho de dimensão, preparando-o para o processo de concentração no sistema financeiro Português. O Grupo pretendia, assim, ser capaz de assegurar a oferta do espectro completo de serviços financeiros a empresas e particulares. Foi então estabelecida uma parceria com o Grupo Itaú, que foi iniciada com a participação no BFB e que, em 1994, foi convertida numa participação no próprio BPI, do qual passou a ser um dos Accionistas de referência Em 1995, a Instituição viu a respectiva composição reorganizada: o BPI foi transformado numa holding bancária sob a forma de SGPS, que passou a ser a única sociedade do Grupo cotada na Bolsa de Valores, controlando o Banco Fonsecas & Burnay e o Banco Português de Investimento, criado por trespasse dos activos e passivos afectos à actividade característica deste tipo de instituição e, até então, detidos pelo BPI. Esta reorganização conduziu à especialização das unidades do Grupo e foi acompanhada de um importante reforço da sua estrutura accionista, com a entrada de dois novos parceiros estratégicos de grande dimensão, que vieram juntar-se ao Grupo Itaú: La Caja de Ahorros y Pensiones de Barcelona (La Caixa), e o grupo segurador alemão Allianz. Activo total líquido e desintermediação Criação da SPI, Sociedade Portuguesa de Investimentos 5 M. Transformação da SPI em Banco Português de Investimento 66 M. Aquisição do Banco Fonsecas & Burnay 5 Bi Banco BPI Relatório e Contas 2003

17 1996 / 1998 Um ano depois, em 1996, dava-se início, com a aquisição do Banco de Fomento e do Banco Borges, ao processo de integração dos três bancos do Grupo BPI, que culminaria, dois anos depois, na criação do Banco BPI. Este passaria a deter a maior rede de balcões de marca única em Portugal. Com efeito, em 1998, a fusão do Banco Fonsecas & Burnay, do Banco de Fomento e Exterior e do Banco Borges & Irmão deu origem ao Banco BPI, tendo também sido absorvido, no final desse ano, o Banco Universo, um banco in-store. Depois da fusão, a estrutura simplificou-se significativamente, pois o BPI SGPS passou a integrar apenas duas instituições bancárias: o Banco Português de Investimento, designado por BPI Investimentos, e um novo Banco Comercial, o Banco BPI No triénio , o BPI confirmou o potencial de crescimento, modernização e reforço estrutural que fundamentou a operação de fusão executada em 1998: conquistou quota de mercado em todas as áreas relevantes da Banca Comercial, alargou e actualizou a estrutura de distribuição, transformando-se rapidamente num banco multicanal, renovou profundamente a sua base tecnológica e construiu uma das marcas com maior vitalidade do sistema financeiro Em 2002, o BPI concluiu um importante programa de reorganização interna que alterou de forma substancial a estrutura societária e o modo como é governado. O programa envolveu, no essencial, a centralização no Banco BPI do negócio de Banca Comercial e a concentração no Banco de Investimento do respectivo negócio natural. O BPI SGPS incorporou o Banco BPI e, simultaneamente, o seu objecto social passou a ser a Banca Comercial, adoptando a designação Banco BPI e assumindo o papel de entidade de topo do Grupo. Estas alterações dotaram o BPI de uma configuração jurídica simplificada, mais conforme com o seu modelo de negócios actual, que permitirá alcançar, no decorrer dos próximos anos, economias de custos e ganhos de eficiência no funcionamento do Grupo. É criado o Banco de Fomento, em Angola, por transformação da sucursal de Luanda do Banco BPI em banco de direito angolano. O BPI intensificou, em simultâneo, o programa de racionalização, rejuvenescimento e qualificação dos seus recursos humanos, de aperfeiçoamento da sua tecnologia, aprofundamento dos canais de distribuição e desenvolvimento da Marca, que se encontra permanentemente em vigor, e que se destina a reforçar decisivamente as competências essenciais à afirmação dos objectivos que constituem o projecto do Banco para o futuro: eficiência, qualidade e serviço. Criação da holding BPI SGPS 8.2 Bi. Aquisição do Banco Fomento e Exterior e do Banco Borges & Irmão 17 Bi. 31 Bi. Criação do Banco BPI (fusão dos bancos comerciais BFB, BFE e BBI) Programa de reorganização interna, 20 Bi. racionalização, rejuvenescimento e qualificação Figura 3 Relatório Marcos históricos 15

18 A identidade do BPI Uma Empresa é como um indivíduo: tem identidade e personalidade, distingue-se pelo seu carácter, pelos seus princípios, pela sua forma de agir, pelos seus objectivos. A identidade do Banco BPI é marcada pela cultura financeira e empresarial do Banco Português de Investimento. Os traços essenciais dessa cultura são a independência da gestão, a flexibilidade organizativa, o trabalho de equipa, a distinção do mérito, a capacidade de antecipação, a rigorosa administração de riscos e a segura criação de valor. A adequada rendibilidade do Banco, através das melhores práticas de gestão e de serviço, constituem um objectivo essencial da nossa actividade. A protecção dos interesses dos Clientes, com dedicação, lealdade e sigilo, é um dos primeiros princípios da ética empresarial e das normas de conduta dos Colaboradores do Banco. A Personalidade de uma Instituição afirma-se através de atributos próprios, que ganham consistência e credibilidade na relação que todos os dias se estabelece com os Clientes e com a Comunidade. O BPI valoriza especialmente dois desses atributos: a Experiência e a Harmonia. A Experiência é o reflexo da formação das nossas equipas e do importante património profissional acumulado ao longo da história de cada uma das Instituições que deram origem ao Banco. Traduz-se na dimensão da sua presença comercial, na solidez dos seus indicadores financeiros, na segurança do seu crescimento e numa comprovada capacidade de realização e liderança. À Experiência queremos associar a Harmonia, que exprime a permanente ambição de servir os Clientes e a Comunidade com os mais elevados padrões de ética e qualidade. É um propósito projectado para o futuro, sempre em aberto, determinado pela constante vontade de aperfeiçoamento que nos permitirá fazer melhor. É o nosso objectivo mais exigente e, em última análise, o que justifica todos os outros. 16 Banco BPI Relatório e Contas 2003

19 Estrutura financeira e negócio O Grupo BPI liderado pelo Banco BPI é um grupo financeiro universal, multiespecializado, predominantemente focalizado no negócio de Banca Comercial e na actividade doméstica, à qual estão alocados 95% do capital. O Banco BPI serve mais de 1.3 milhões de Clientes Particulares, Empresas e Institucionais, através de uma rede de distribuição multicanal composta por aproximadamente 500 balcões de retalho, 11 centros de investimento, serviço de homebanking (BPI Net), banca telefónica (BPI Directo), balcões especializados, rede de promotores externos e estruturas dedicadas aos segmentos das Empresas e dos Clientes Institucionais. O Banco Português de Investimento, matriz original do Grupo BPI, desenvolve a actividade de Banca de Investimento Acções, Corporate Finance e Private Banking. A actividade de Private Equity é conduzida por uma sociedade detida em 84%. O BPI detém, na Gestão de Activos, posições muito relevantes na gestão de fundos de investimento, fundos de pensões e seguros de vida-capitalização. No exterior, o negócio de Banca Comercial do BPI, ao qual estão afectos 5% do capital do Grupo, é desenvolvido, essencialmente, em Angola, pelo Banco de Fomento, detido a 100% e, em Moçambique, pelo BCI Fomento detido a 30%, em parceria com a Caixa Geral de Depósitos. No que diz respeito aos seguros, o BPI tem uma parceria com a Allianz para os seguros não vida e vida risco, consubstanciada numa participação de 35% na Allianz Portugal e num acordo de distribuição de seguros através da rede comercial do Banco. O BPI detém ainda 50% de uma companhia de seguros de crédito, a Cosec. Principais entidades do Grupo BPI 1 Banco BPI Banca Comercial doméstica Participações financeiras Banca de Investimento Private Equity Banca Comercial no estrangeiro Gestão de Activos Seguros Banco Português de Investimento 100% Inter-risco 84% Banco de Fomento Angola 100% BPI Fundos 100% Allianz Portugal 35% BCI Fomento Moçambique 30% BPI Pensões 100% Cosec 50% Banco BPI Cayman 100% BPI Vida 100% 1) Participações efectivas, directas e / ou indirectas. Figura 4 Relatório A identidade do BPI e Estrutura financeira e negócio 17

20 A Marca BPI A Marca BPI consolidou em 2003 a sua posição como terceira marca do sistema bancário português, quer no plano da notoriedade espontânea, quer ao nível dos principais atributos qualitativos, de acordo com os resultados do Estudo Base sobre o Sistema Financeiro (Basef), publicado regularmente pela Marktest há mais de uma década, a partir de uma amostra aleatória de 15 mil entrevistas anuais, organizadas em três vagas quadrimestrais. Notoriedade e Atributos O indicador de notoriedade espontânea (primeira referência) regista um crescimento superior a 10% em relação a 2001 e evidencia uma melhoria em relação ao segundo e ao quarto classificados, a exemplo do que se tinha já verificado no exercício do ano passado. Mais impressivo é porém o progresso registado na percepção dos principais atributos qualitativos da Marca: o BPI sobe de terceiro para segundo lugar como melhor banco, de quarto para segundo no que respeita ao atendimento, de quarto para terceiro na classificação de banco mais inovador na clareza de informação e na eficiência, mantendo a terceira posição, com um reforço de 15%, no indicador de confiança. Num ano marcado por uma forte recuperação do investimento publicitário no sector financeiro, o BPI voltou a ocupar os primeiros lugares, entre os principais Grupos, no que respeita aos indicadores de eficiência. O Banco foi o quarto investidor do sector, mas obteve a segunda posição nos indicadores de recordação espontânea e de recordação comprovada em Televisão, no conjunto do ano, o que lhe permite apresentar o melhor indicador de eficiência, medida através da relação entre o investimento realizado e o nível de recordação obtido. Qualidade e Satisfação O progresso consistente dos atributos qualitativos associados à Marca BPI reflecte, a montante da política de comunicação, uma preocupação sistemática com a melhoria da qualidade do serviço prestado aos Clientes, que constitui o objectivo final de um programa de investimentos concentrado em três eixos principais: a formação comportamental dos Colaboradores, o 18 Banco BPI Relatório e Contas 2003

21 aperfeiçoamento tecnológico da plataforma multicanal que serve o conjunto do Banco e a modernização das redes, através de novos modelos de segmentação e de organização dos espaços físicos. A valorização da qualidade de serviço como objectivo central da Instituição conheceu mais um impulso importante em 2003, com a criação de um novo instrumento de gestão da Banca de Particulares, o Índice de Qualidade de Serviço (IQS), que permite estabelecer uma classificação trimestral dos balcões, com base em inquéritos regulares a Clientes. Neste plano, merece relevo o facto de o BPI ter conquistado de novo, em 2003, o primeiro lugar entre os cinco maiores bancos portugueses na classificação do Índice Europeu de Satisfação de Clientes relativa a Portugal. Este índice, apresentado regularmente desde 1999, é elaborado através de uma parceria entre o Instituto Português da Qualidade, a Associação Portuguesa para a Qualidade e o Instituto Superior de Estatística da Universidade Nova de Lisboa, com base num modelo de âmbito europeu, supervisionado por duas entidades internacionais a Fundação Europeia para a Gestão da Qualidade e a Organização Europeia da Qualidade. Relatório A Marca BPI 19

22 Canais de distribuição Suécia Canadá Reino Unido Paris (9 balcões) Hamburgo Bélgica Luxemburgo Newark Santiago de Compostela Genebra BPI Suisse S. ta Maria Açores (SFE) 3 Madrid Madrid Funchal Madeira (SFE) 3 Banco BPI (Cayman) Caracas Banco de Fomento (Angola 27 balcões) Brasil BCI Fomento 1 (Moçambique 31 balcões) Banca Comercial Bancos Sucursais Escritórios de representação Acordos de distribuição 2 Joanesburgo Banca de Investimento Sucursais 1) Participação de 30%. A 31 de Dezembro de 2003 detinha 31 balcões. 2) Acordos de distribuição com bancos ou correios (assinalados com *) e redes de Agentes. 3) Sucursal Financeira Exterior. 4) Autarquias, regiões autónomas, sistema de segurança social, universidades, associações de utilidade pública e outras entidades com fins não lucrativos. 20 Banco BPI Relatório e Contas 2003

23 PORTUGAL Viana 12 Braga 31 Porto 89 Aveiro 34 Vila Real Bragança 8 7 Viseu 13 Guarda 9 Coimbra 18 Castelo Branco 8 Leiria 19 Santarém Portalegre 17 4 Lisboa 143 Banca de Particulares e Pequenos Negócios Clientes Particulares Pequenos negócios Turnover até 2.5 M. euros Redes físicas Balcões tradicionais 483 In-store 13 Espaços habitação 64 Espaços internet 310 Centros de investimento 11 Lojas habitação 19 Lojas automáticas 47 Banco automático (ATM) Banca de Empresas, Banca Institucional e Project Finance Wholesale 70 maiores grupos empresariais Grandes empresas Turnover acima de 25 M. euros Médias empresas Turnover entre 1.25 M. euros e 25 M. euros Project finance Institucional 4 Centros de wholesale 4 Centros de grandes empresas 6 Centros de médias empresas 38 Centros de project finance 1 Centros institucionais 5 Setúbal 41 Évora 6 Beja 7 Canais de acesso remoto BPI Directo (banca telefónica) mil aderentes BPI Net (homebanking) mil aderentes BPI Imobiliário mil imóveis anunciados Banco Electrónico BPI BPI Net empresas Faro 18 BPI Online (corretagem) 14 maiores mercados mundiais Açores 5 Austrália Madeira 7 Balcões tradicionais e balcões in-store Centros de Banca de Empresas, Banca Institucional e Project Finance Centros de investimento Figura 5 Relatório Canais de distribuição 21

24 Governo do Grupo BPI Relatório anual de governo Os princípios, as políticas e a prática do BPI, relativamente a um conjunto de temas associados ao modo como é gerido e fiscalizado, encontram-se descritos no relatório sobre o Governo do Grupo BPI, apresentado em anexo 1 ao Relatório do Conselho de Administração. O Conselho de Administração do BPI tem procurado apresentar um relatório cada vez mais completo com a preocupação de responder positivamente às iniciativas da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) sobre o Governo das Sociedades Cotadas e de aperfeiçoar o modelo de governo do BPI e a respectiva política de reporte de acordo com as reflexões publicadas por diversos organismos europeus, nomeadamente a Comissão Europeia. De entre os aspectos analisados no Relatório sobre o Governo do Grupo BPI, importa destacar os seguintes: a descrição pormenorizada da composição, competências e actividade desenvolvida pelos órgãos de gestão e controlo do Grupo BPI; a existência, desde 1999, de um Comité de Controlo Interno (e que em 2003 passou a denominar-se Comité de Auditoria e de Controlo Interno) que, sendo constituído por membros sem funções executivas, reforça a respectiva independência e o cumprimento efectivo dos objectivos a que se propõe; de votar por correspondência (postal e electrónica), a existência de boletins de voto, a criação de uma página na Internet para apoio ao evento, etc; a caracterização da política de remuneração do BPI e seus componentes e a informação sobre os montantes auferidos pelos membros do Conselho de Administração, incluindo uma descrição exaustiva do programa de atribuição de acções e de opções de compra sobre acções (RVA); a divulgação dos montantes pagos pelo Grupo BPI aos seus auditores (e à sua rede) e dos mecanismos de salvaguarda da independência existentes (tanto de parte do BPI como dos auditores), que asseguram a objectividade e a confiança no trabalho de revisão. a vinculação dos membros dos órgãos de gestão e dos Colaboradores a um conjunto de regras internas, expressas em códigos de conduta, que suplantam, em certos casos, o exigido por lei e pelas associações profissionais; as políticas e práticas adoptadas pelo BPI com o objectivo de salvaguardar a ocorrência de situações de conflito de interesses ou violação do sigilo profissional, assegurar a diligência e lealdade na actividade de intermediação de valores mobiliários, promover o combate ao terrorismo e ao branqueamento de capitais e prevenir a ocorrência de situações de inside trading E ; as medidas levadas a cabo pelo BPI tendentes a estimular a participação dos Accionistas na vida societária, designadamente nas Assembleias Gerais. Exemplo de tal é a ampla divulgação, para além do exigível por lei, das matérias a serem deliberadas e dos procedimentos necessários para o exercício de voto, a possibilidade a existência desde 1993 de uma estrutura exclusivamente dedicada às relações com os investidores, que para além de estar disponível pelos meios de comunicação tradicionais, dispõe de um web site ( onde é possível encontrar toda a informação de natureza institucional, em português e em inglês, divulgada ao mercado. 1) Vide páginas 229 a Banco BPI Relatório e Contas 2003

25 a análise da evolução da acção Banco BPI em bolsa, incluindo a identificação de todas as comunicações de factos relevantes ao mercado, indicadores de mercado nos últimos 5 anos, bem como a informação sobre transacção de acções próprias, a política de dividendos do BPI e a estrutura accionista do Grupo. Reconhecimento pelo mercado No âmbito da XVI edição dos prémios para os melhores relatórios e contas de sociedades cotadas na Bolsa portuguesa, o BPI foi distinguido, em 2003, pelo terceiro ano consecutivo, e pela oitava vez em dezasseis edições, com o prémio de Melhor Relatório e Contas do sector financeiro e, com o prémio em segunda edição, e ganho pela segunda vez de Melhor Relatório de Corporate Governance de entre todas as sociedades cotadas na Euronext Lisboa. Na edição de 2003 dos Investor Relations Awards, o BPI foi igualmente, distinguido com nomeações nas categorias de melhor programa global de relações com investidores, melhor investor relations officer e melhor utilização da tecnologia em relações com investidores. Melhor Relatório e Contas do sector financeiro 2002 Melhor Relatório de Corporate Governance 2002 As nomeações e os prémios obtidos pelo BPI, constituem a reafirmação do reconhecimento público do modo completo, rigoroso e transparente, como o Banco comunica ao mercado a sua actividade e a forma como é governado e controlado. Relatório Governo do Grupo BPI 23

26 Responsabilidade pública CULTURA, INVESTIGAÇÃO, ENSINO E SOLIDARIEDADE SOCIAL No exercício de 2003, o Grupo BPI, apesar das dificuldades conjunturais, continuou a apoiar, nas áreas da cultura, educação, investigação e solidariedade social, os projectos e iniciativas de inquestionável mérito, cumprindo, assim, os compromissos anteriormente assumidos. Patrocinou também outras iniciativas que se apresentaram devidamente justificadas e preparadas. Na área da cultura, o Grupo BPI seguiu a mesma linha de continuidade, adoptando sempre uma política activa e de apoio à criação com sentido de diversidade e à inovação como compromisso durável. A convite do Senhor Presidente da República, o Grupo BPI comprometeu-se a ser mecenas do Museu da Presidência, cuja inauguração já está prevista para Maio de Em 2003, foi renovado, por mais dois anos, o protocolo assinado com a Fundação de Serralves, e continuado o apoio às Fundações Aquilino Ribeiro, Casa de Mateus, Eça de Queiroz, Eugénio de Andrade, Júlio Resende, Luís Miguel Nava, Rei Afonso Henriques. Também a Fundación Justicia en el Mundo mereceu o apoio do Banco BPI. Com a Fundação Calouste Gulbenkian continuou em vigor o protocolo para o patrocínio do ciclo Grandes Orquestras Mundiais. De novo, foram também considerados merecedores de patrocínio o Círculo de Cultura Musical do Porto, o Concurso Internacional de Música do Porto, a Orquestra Nacional do Porto, os Encontros de Música da Casa de Mateus, os II Encontros com a Música Quinta da Aveleda, o Festival de Música Lírica, promovido pela Câmara Municipal da Figueira da Foz e a Associação Cultural do Monte de Fralães. Foi dado apoio a novas edições de livros de arte sobre artistas portugueses, que vieram engrossar o número já vasto das publicações de referência de anos anteriores. Refira-se o livro sobre a obra de desenho do Arquitecto Alvaro Siza O que a luz ao cair deixa nas coisas, com texto de Bernardo Pinto de Almeida; uma edição retrospectiva de Justino Alves, um livro sobre pinturas de Jaime Izidoro, Transições (exposição retrospectiva de alunos da Faculdade de Belas Artes do Porto). Na área da fotografia deve salientar-se Porta do Paraíso de Júlio de Matos; Vento como se não houvesse, de João Paulo SottoMayor e O Convento dos Cardaes Veios da Memória. Mereceu também o apoio do Banco o filme Vanitas de Paulo Rocha. O BPI colaborou ainda nos livros de homenagem a Francisco Salgado Zenha e Helena Vaz da Silva. Foi também dada continuidade aos apoios concedidos ao Palácio Nacional da Ajuda; à Árvore Cooperativa de Actividades Artísticas, CRL; à Associação Comercial do Porto, para publicação de O Tripeiro; à Associação Casa Museu Abel Salazar; ao Ateneu Comercial do Porto; à Associação Museu da Imprensa; à Bienal Internacional de Vila Nova de Cerveira; à Associação Cultural Casa de Animação; ao Centro Português POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIAL DO BPI Sendo as empresas parte da sociedade e das comunidades que servem, têm por isso de estar atentas aos seus problemas e projectos, e têm de compreender as suas dificuldades e ambições. Na perspectiva do BPI, esta relação entre as empresas e as comunidades regionais ou nacionais exprime a sua responsabilidade social como empresa, presente entre as políticas permanentes do Banco, desde a sua fundação. A política de responsabilidade social definida pelo BPI envolve sobretudo acções de mecenato, mas não se reduz a esta dimensão. Admite parcerias com outras instituições públicas e privadas e dá prioridade a acções com resultados imediatamente identificáveis e que dificilmente se poderiam realizar noutras condições. 24 Banco BPI Relatório e Contas 2003

27 de Fotografia; ao Festival Internacional de Curtas Metragens de Vila do Conde; ao Fórum Portugal Global; ao Lawn Tennis Clube da Foz; à Marânus Associação Divulgadora da Vida e Obra de Teixeira de Pascoaes; à APOR Agência Portuguesa para a Modernização do Porto Projecto Porto com Pinta; à APCNP Associação para a Promoção Cultural do Norte de Portugal. Na área do ensino e investigação, como em anos anteriores, foram significativos os apoios concedidos às Universidades do Porto e de Coimbra, à Universidade Católica Portuguesa, à Universidade Técnica de Lisboa e ao BBS Instituto Bancário da Bolsa e dos Seguros. Deu-se continuidade a iniciativas relativamente às quais havia já compromissos anteriormente assumidos, mas também se apoiaram novos projectos como o da Escola das Artes do Centro Regional do Porto da Universidade Católica Portuguesa, ou a exposição comemorativa dos 50 Anos da Faculdade de Economia da Universidade do Porto. Destaca-se, também, o apoio à Cátedra Portuguesa António Borges, no INSEAD. O AR.CO. Centro de Arte & Comunicação Visual, o Colégio Universitário de Montes Claros e a Associação Portuguesa Parlamento Europeu dos Jovens mereceram, mais uma vez, o apoio do BPI. Também em 2003 se continuou a assumir o compromisso relativo ao projecto do ensino de Português, em Timor, na Diocese de Baucau. Foi concedido um subsídio ao Instituto de Estudos Estratégicos Internacionais para o Fórum Euro-Latino Americano e à Associação Portuguesa de Gestão e Engenharia Industrial APGEI, para a realização da conferência anual sobre inovação. Cumpre acrescentar que o Banco BPI, por convite do Ministério da Economia, foi também um dos patrocinadores do importante estudo Portugal 2010: Accelerating Productivity Growth. Particular significado deve ser atribuído à criação da COTEC Associação Empresarial para a Inovação, na sequência de uma iniciativa do Senhor Presidente da República, relevante projecto de que o BPI foi promotor e deu estreita colaboração aos estudos preparatórios. Espera-se que a COTEC venha a dar um importante impulso à aceleração do processo de inovação em Portugal. Através do Banco de Fomento Angola, foram dados apoios significativos à Universidade Católica Portuguesa de Angola, destinados à concessão de bolsas de estudo aos alunos, bem como, através da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, a mestrados na Faculdade de Direito da Universidade Agostinho Neto. Outros apoios destinaram-se à Casa do Noviciado da Província Portuguesa da Ordem Beneditina, à União dos Escritores Angolanos e à Universidade de Benguela. Na área da solidariedade social, o BPI apoiou, de imediato e de forma expressiva, as vítimas dos incêndios dos meses de Julho e Agosto, tendo proporcionado apoio financeiro que permitirá financiar a reconstrução de cerca de 20% das casas destruídas. Uma vez mais foi aceite o convite de contribuição para o Bazar do Corpo Diplomático, com o alto patrocínio da Presidência da República. O Banco BPI patrocinou também a Conferência Internacional Televisão Violência e Sociedade, promovida pela Universidade Católica Portuguesa, que contou com a presença de Sua Majestade a Rainha de Espanha. Igualmente se concederam apoios à Abraço; à Liga dos Amigos das Crianças do Hospital Maria Pia; à Liga Portuguesa Contra o Cancro; à Fundação Pro Dignitate; à Fundação Infantil Ronald MacDonald; à Elo Associação Portuguesa para o Desenvolvimento e Cooperação; à Leigos para o Desenvolvimento e à OIKOS Cooperação e Desenvolvimento. Também em 2003 o Grupo BPI se comprometeu a apoiar de forma significativa o recém-criado CADIN Centro de Apoio ao Desenvolvimento Infantil. Relatório Responsabilidade pública 25

28 Principais acontecimentos em 2003 Fevereiro, 3 Março, 18 Abril, 3 Abril, 24 Abril, 29 Junho, 6 Julho, 14 Julho, 30 Agosto, 5 Agosto, 18 Dezembro, 19 Setembro, 9 Setembro, 30 Outubro, 13 Dezembro, 4 Outubro, 15 Dezembro, 18 BPI divulga os resultados consolidados do exercício de O lucro líquido ascende a milhões de euros e o ROE a 13.5%. A Comissão Executiva do Banco BPI realiza, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, a III Conferência Anual para Analistas e Investidores, durante a qual apresenta a actividade, as perspectivas e a estratégia do Grupo BPI. A Assembleia Geral Anual, em que estiveram presentes ou representados accionistas detentores de 59.3% dos direitos de voto, aprova, com mais de 99.9% de votos a favor, o relatório e contas e o dividendo. O BPI apresenta os resultados do primeiro trimestre. O lucro líquido atinge os 38.9 milhões de euros e o ROE é de 13.1%. O BPI paga dividendo de oito cêntimos por acção, a que corresponde um payout de 43.4% e um dividend yield de 3.9%. O BPI emite 500 milhões de euros em obrigações com prazo de dois anos, destinadas a investidores institucionais no mercado internacional. Inauguração oficial do edifício-sede, em Luanda, do Banco de Fomento Angola. O BPI apresenta os resultados do primeiro semestre. O lucro líquido atinge os 80.5 milhões de euros e o ROE, os 13.7%. O BPI, através da participada BPI Capital Finance, emite 250 milhões de euros em acções preferenciais, no mercado internacional. Em 18 de Agosto exerce a opção de reembolso antecipado da série B das acções preferenciais que emitira em 1996, no valor de 100 milhões de dólares e, em 19 de Dezembro, exerce a call da série A, no valor de 150 milhões de dólares. O Banco de Fomento Moçambique recebe, pelo segundo ano consecutivo, o prémio Bank of the year in Mozambique, atribuído pela revista The Banker. Ao Banco de Fomento Moçambique é atribuída, pela Foundation for Excellence in Business Practice (FEBP), com sede em Genebra, a medalha de ouro por excelência na prática de negócios. A Assembleia Geral do Banco de Fomento Moçambique aprova, em Outubro, o projecto de fusão entre o Banco de Fomento e o Banco Comercial e de Investimentos. A assinatura da escritura de fusão é concretizada em Dezembro. O Banco BPI passa a deter uma participação de 30% na entidade resultante, que adopta a marca BCI Fomento. O BPI emite, no mercado internacional, 250 milhões de euros em obrigações subordinadas com uma maturidade de dez anos, mas com possibilidade de reembolso antecipado ao fim de cinco anos; a 18 de Dezembro, exerce a opção de reembolso antecipado sobre uma emissão anterior, no valor de cerca de 74.8 milhões de euros. 26 Banco BPI Relatório e Contas 2003

29 Outubro, 23 Outubro, 27 Outubro, 30 Novembro Novembro, 14 Dezembro, 2 Dezembro, 3 Fevereiro Junho, 12 Outubro, 30 Dezembro, 31 O BPI apresenta os resultados do terceiro trimestre. O lucro líquido ascende, em 30 de Setembro, a milhões de euros e o ROE, a 12.9%. O Banco de Fomento Angola patrocina, por ocasião da visita do Primeiro Ministro de Portugal a Angola, o seminário Angola / Portugal Oportunidades e Desafios. O BPI é distinguido com os prémios de melhor Relatório e Contas no sector financeiro pela oitava vez, terceira consecutiva, e com o prémio em segunda edição e ganho pela segunda vez de melhor Relatório de Corporate Governance, entre todas as sociedades cotadas na Euronext Lisboa. A Standard & Poor s, Moody s e Fitch Ratings confirmam as notações de rating E A do BPI. A Moody's altera o outlook de estável para positivo, nos ratings A2 de longo prazo e C+ de solidez financeira, do Banco BPI, sublinhando a capacidade demonstrada pelo Banco de apresentar rácios de rendibilidade sólidos, bons indicadores da qualidade dos activos, e o facto de ter vindo a ter sucesso na manutenção da posição ocupada no mercado, apesar do crescente aumento da concorrência e não obstante as dificuldades enfrentadas pela economia portuguesa. Concretização da venda da participação de 17% no Banc Post ao Eurobank Ergasias, S.A., após aprovação pelas autoridades romenas. O BPI abre oito centros de investimento conceito de serviço especializado e personalizado, dirigido a Clientes de elevado património ou com forte potencial de acumulação financeira elevando para onze o total em pleno funcionamento. O Conselho de Administração do Banco BPI aprova, por unanimidade, a designação do Vice-Presidente Fernando Ulrich para o cargo de Presidente da Comissão Executiva, com efeitos a partir da Assembleia Geral de Accionistas de 20 de Abril de A designação de Fernando Ulrich foi proposta pelo Presidente do Conselho de Administração Artur Santos Silva, que cessa funções executivas em virtude de completar 62 anos, limite de idade para o exercício de funções executivas no Banco, imposto pelos estatutos. Prémio de melhor equipa de research em Portugal, em 2003 (Outubro), número oito no ranking Pan European Stock Picking in 2002 (equipa de small caps E, Junho), número dois no ranking All Europe Research Team (número um para gestores de fundos ingleses e americanos, Fevereiro). O Grupo BPI regista um lucro líquido consolidado do exercício de milhões de euros, a que corresponde uma rendibilidade dos capitais próprios de 13.9%. Relatório Principais acontecimentos em

30 Enquadramento Enquadramento macroeconómico Depois de dois anos de expectativas de retoma frustradas, a economia internacional deu, na segunda metade de 2003, sinais de recuperação, a começar pela dos Estados Unidos. Verificou-se a recuperação da actividade económica nas maiores economias mundiais, e os indicadores avançados, em especial os inquéritos de opinião, apontam para que esta tendência se mantenha em Ao mesmo tempo, porém, constata-se ser a viragem menos pronunciada do que é habitual e manter-se condicionada por desequilíbrios de variáveis fundamentais: desde o défice externo americano às finanças públicas das maiores economias mundiais. Crescimento real do PIB Taxas de variação homóloga % 7.5 Portugal reproduziu o padrão de evolução europeu, mas apresentou uma das maiores quebras do Produto Interno Bruto (PIB), que atingiu cerca de 1.1%. Este desempenho contrasta com o da Espanha, cujo crescimento se cifrou em 2.4%. A disparidade resultou de uma diferente evolução da procura interna, em especial, do consumo e do investimento privados. O primeiro sofreu, em Portugal, uma quebra da ordem dos três quartos do ponto percentual, enquanto em Espanha, cresceu 3%. A formação bruta de capital fixo diminuiu 10% em Portugal, ao passo que, em Espanha, aumentou cerca de 3%, o que se prendeu sobretudo com a construção privada, residencial e não residencial. Esta evolução, a par da crescente integração das duas economias, acentua a importância cada vez maior que o mercado ibérico tem para as empresas portuguesas Consumo e investimento Taxas de variação homóloga % EUA Portugal Zona Euro Gráfico 1-5 Fontes: Eurostat (zona do Euro e Portugal) e Bureau of Economic Analysis (Estados Unidos) Em 2003, depois de, no primeiro semestre, a actividade económica da zona do Euro ter estagnado, no segundo semestre, aumentou cerca de meio ponto percentual, graças à expansão das exportações. Importa, contudo, sublinhar que o crescimento foi bastante heterogéneo dentro da União Europeia, uma vez que alguns países, pertencentes à zona do Euro (Espanha e Grécia) ou não (Reino Unido), apresentaram ritmos de expansão apreciáveis, ao passo que outros (como a França ou a Alemanha) se mantiveram próximos da estagnação. Consumo privado em Espanha FBCF em Espanha Consumo privado em Portugal FBCF em Portugal Em Portugal, a construção e o comércio foram, no sector privado, as actividades mais afectadas pelas flutuações provocadas pela correcção dos desequilíbrios macroeconómicos, que tinham levado à deterioração da Gráfico 2 Fontes: Instituto Nacional de Estatística de Portugal e Instituto Nacional de Estatística de Espanha. 28 Banco BPI Relatório e Contas 2003

31 posição externa e das contas públicas. Dado que os referidos sectores estão também entre os sectores que mais contribuem para a criação de postos de trabalho, não pode estranhar-se o aumento, ao longo de 2003, do desemprego, cuja taxa atingiu os 6.4%. No ano anterior, a mesma taxa ficou pelos 5.1%. A evolução da economia portuguesa nos últimos dois anos assumiu uma certa complexidade. Por um lado, exigiu-se a correcção rápida dos desequilíbrios macroeconómicos acumulados. Por outro lado, procurou-se responder à necessidade de fazer os ajustamentos estruturais capazes de repor a competitividade da economia, tendo em vista tanto o alargamento da União Europeia, como a crescente deslocação das actividades trabalho-intensivas para fora do País, em especial para a China e para o sul da Ásia. Estes condicionalismos obrigam a atrair investimento para actividades de maior valor acrescentado, o que supõe reformas de fundo em matéria de leis e práticas laborais, empresariais, fiscais e da concorrência. Supõe também uma mudança de regime da política orçamental capaz de pôr termo aos ciclos de arranques e travagens que acentuam, em vez de atenuar, as flutuações económicas com origem no exterior. Uma parte deste caminho foi percorrida em 2003, embora o contexto internacional adverso e o dramatismo imposto pelo ajustamento orçamental numa conjuntura desfavorável não tenham facilitado a tarefa. É, portanto, indispensável que as melhores expectativas para 2004 sejam aproveitadas de modo a gerar o clima positivo de partilha de custos, mas também de benefícios, capaz de suscitar o apoio social necessário ao aprofundamento das reformas já iniciadas ou apenas enunciadas. Deve também actuar no mesmo sentido algum alívio orçamental resultante de uma interpretação do Pacto de Estabilidade e Crescimento mais consentânea com a situação da economia. Na verdade, esta encontra-se agora num momento posterior à fase aguda do ajustamento que conduziu à redução do défice orçamental para menos de 3%. Em 2003, assistiu-se também ao início do ajustamento da situação financeira das famílias. O crescimento do crédito para habitação diminuiu (de 15.4%, em Dezembro de 2002, para 12.2%, no final de 2003, ajustado do efeito das operações de titularização levadas a cabo pelos bancos) e o crédito para consumo e outros fins aumentou apenas ligeiramente (2% em Dezembro de 2003). O rácio de endividamento das famílias deve, pois, ter-se aproximado dos 110% do rendimento disponível, o que está de acordo com a situação das principais economias da OCDE. O baixo nível das taxas de juro e, em especial, a redução das taxas do crédito à habitação permitiram que o peso dos juros pagos pelas famílias se reduzisse nos últimos dois anos, situandose, em 2003, pouco acima dos 5% do rendimento disponível, segundo estimativas do Banco de Portugal e do Ministério das Finanças. As expectativas pouco optimistas relativamente a emprego e a crescimento salarial deverão, contudo, continuar a provocar a desaceleração do rácio de endividamento das famílias, nos próximos anos. O crédito a empresas, cujo ritmo de crescimento baixara já significativamente em 2002, desacelerou ainda mais em 2003 (2.7%, em Dezembro, ao passo que, no fim do ano anterior, tinha sido de 7.5%, segundo os dados do Banco de Portugal corrigidos de operações de titularização, reclassificações e abatimentos ao activo). Os sectores da construção e das actividades imobiliárias, alugueres e serviços prestados às empresas foram os que mais contribuíram para o aumento dos empréstimos bancários ao sector empresarial. Seguiram-se-lhes os sectores ligados aos transportes, comércio e turismo. Relatório Enquadramento 29

32 No final do ano, o rácio dos créditos em incumprimento atingia os 2.1% do total de empréstimos, no caso das empresas, e os 2.3%, no caso dos particulares. Houve, portanto, uma inversão das posições registadas em Dezembro de 2002, altura em que os rácios se situavam, respectivamente, em 2.4% e 2.1%. Os depósitos totais de residentes mantiveram a tendência de estagnação, reflectindo a evolução desfavorável do rendimento disponível e os encargos com o endividamento das famílias. Em Dezembro, os depósitos de particulares apresentavam um acréscimo de apenas 0.8%, ao passo que, em 2002, se registara um aumento de 1.2%. Crédito e depósitos bancários Taxas de variação homóloga % Crédito a sociedades não financeiras Crédito a particulares Depósitos totais de particulares Fonte: Banco de Portugal Gráfico 3 Previsões pormenorizadas para Portugal e para a zona do euro Taxas de crescimento em % Portugal Zona do euro Portugal Zona do euro BdP 1 CE 2 CE 2 BdP CE 2 CE 2 Consumo privado -1 1 /4 :- 1 / : 1 1 / Consumo público Investimento fixo -11 : /4 : - 3 / Exportações de bens e serviços 2 1 /2 : 3 1 / /4 : 6 3 / Importações de bens e serviços -2 3 /4 : -1 3 / : PIB -1 1 /2 : - 3 / : 1 1 / Inflação : Balança corrente /4 : -2 1 / /2 :- 1 / ) Banco de Portugal, Boletim Económico, Dezembro ) Comissão Europeia, Previsões do Outono, Outubro ) Índice Harmonizado de Preços no Consumidor. 4) Em percentagem do PIB. As previsões do Banco de Portugal incluem também a balança de capital, cuja componente mais significativa são as transferências comunitárias, antes integradas na balança de transacções correntes. Quadro 2 30 Banco BPI Relatório e Contas 2003

33 Mercado cambial À semelhança do que se verificou no ano transacto, a evolução do mercado cambial, em 2003, foi dominada pela depreciação do Dólar, sobretudo, em comparação com o Euro. A moeda europeia apreciou-se cerca de 21% entre Janeiro e Dezembro, embora a tendência não tenha sido sempre clara. No início do ano, quando as entradas de capitais nos EUA diminuíram, o Dólar foi penalizado pelo potencial impacto negativo da aceleração da actividade no défice externo, mas o sentimento relativamente ao Dólar melhorou entre Março e Setembro. O fim formal da guerra no Iraque, a escalada das bolsas e a pujança dos indicadores económicos norte-americanos, em contraponto com os sinais de recessão na Europa, eclipsaram temporariamente as preocupações com a deterioração dos desequilíbrios das contas públicas e externas. No final de Setembro, o comunicado da reunião semestral do G7, em que se apelava a uma maior flexibilidade cambial em todas as zonas do globo, foi entendido como uma declaração formal de abandono da política de Dólar forte pelas autoridades norte-americanas. Consolidou-se, então, a tendência de apreciação da moeda europeia: a cotação EUR / USD passou de 1.15, em final de Setembro, para 1.26, nos últimos dias de Dezembro. Assim se ultrapassava definitivamente a fasquia inaugural de Cotações do euro em 2003 USD JPY Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez. EUR / USD EUR / JPY 1 Fonte: BCE, Reuters. 1) 1.057: mínimo observado no rescaldo da Guerra do Iraque. 2) 1.263: máximo de sempre da cotação EUR/USD. 2 Gráfico 4 Recentemente, o Banco Central Europeu (BCE) tem alertado para o facto de a veloz apreciação do Euro comportar riscos para a consolidação da retoma económica europeia. Não obstante o desejo que as autoridades europeias têm de conter o movimento ascendente da moeda local, esta tendência deverá manter-se. Na verdade, trata-se de uma resposta à necessidade de corrigir o desequilíbrio externo americano, numa altura em que a maioria dos restantes parceiros comerciais dos EUA evita a apreciação das respectivas moedas. Relatório Enquadramento 31

34 Mercado monetário Contrariamente às expectativas relativamente consensuais de final de 2002, o BCE, confrontado com a degradação das condições económicas na Europa, a desaceleração da inflação e a apreciação do Euro, foi compelido a prosseguir uma política monetária expansionista, que se concretizou em duas descidas da taxa de refinanciamento. A primeira (de 2.75% para 2.50%) ocorreu em Março e a segunda, que estabeleceu um novo mínimo histórico (2%) ocorreu em Junho. A agressividade do BCE induziu uma queda acentuada das taxas de juro no mercado monetário: a Euribor G a seis meses passou de 2.80%, em Janeiro, para 2.03%, em Junho. Nos EUA, o primeiro semestre do ano ficou marcado pelos esforços da Reserva Federal em assegurar a retoma económica. Para o conseguir, desceu, em Junho, a taxa dos fed funds E de 1.25% para 1%, o nível mais baixo desde Entretanto, no primeiro semestre do ano, a Libor do Dólar a seis meses baixou cerca de 25 pontos base. a incerteza em relação à recuperação, que se nota no excesso de capacidade produtiva instalada, na fragilidade da recuperação do mercado laboral, no elevado endividamento das famílias e nos défices externo e público. Tudo aconselha que a Reserva Federal tenha uma atitude prudente. Na Europa, a debilidade de uma retoma impulsionada pelas exportações amplia os receios relativos ao impacto da apreciação do Euro. Taxas de juro a seis meses em 2003 % Na segunda metade do ano, a confirmação da recuperação da economia norte-americana e a diluição do espectro deflacionista estancaram o deslize das taxas de juro de curto prazo. Estas começaram, entretanto, a contribuir, modestamente, para a inversão de sentido da política monetária, sobretudo nos EUA. Efectivamente, entre Junho e Dezembro, a taxa de juro a seis meses do Dólar subiu de 1.12% para 1.25%, enquanto a Euribor para o mesmo prazo se manteve estável na proximidade dos 2.17%. 0.9 Jan. Euribor Libor USD Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez. Gráfico 5 Fonte: BPI, Reuters. 1) BCE desce a taxa repo de 2.75% para 2.50% 2) Descida da taxa repo de 2.5% para 2%, novo mínimo de sempre 3) Redução da taxa dos fed funds de 1.25% para 1%, a mais baixa desde As taxas de juro de curto prazo encontram-se actualmente em mínimos históricos, apresentando níveis reais nulos na Europa e claramente negativos nos EUA. Ora, a consolidação da retoma económica tenderá a exigir taxas de juro mais elevadas, pelo que o próximo movimento da Reserva Federal ou do BCE deverá ser no sentido ascendente. As autoridades monetárias tenderão, porém, a adiar a reorientação das respectivas políticas. Na economia americana, persiste 32 Banco BPI Relatório e Contas 2003

35 Mercado de obrigações Apesar das grandes oscilações que houve de permeio, a evolução do mercado obrigacionista acabou por confirmar, no final do ano, as expectativas do início do ano, relativamente ao aumento das yields E. O primeiro semestre foi dominado pelo aumento da aversão ao risco, comportamento que os receios deflacionistas, a conjuntura geo-política e a incerteza em torno da retoma económica explicavam. Esta fuga ao risco originou uma queda muito significativa das yields, nos EUA e na Europa. Entre Janeiro e Junho, as yields americanas nos dez anos caíram de 4.33% para 3.10%, atingindo o valor mínimo dos últimos cinquenta anos. As europeias, por seu lado, baixaram de 4% para 3.46%. Taxas de juro a dez anos em 2003 % Jan. 1 Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez. da inclinação das curvas de rendimentos. Julho destacou-se como o mês em que, nos últimos vinte anos, o mercado dos Treasuries teve pior desempenho. Tendo em conta as perspectivas de crescimento económico sem evidência de inflação, as taxas de juro de longo prazo têm vindo, ultimamente, a oscilar dentro de um intervalo relativamente estreito cujo limite inferior é 4%. O fortalecimento da actividade económica global, em articulação com a degradação das contas públicas e com os receios de aceleração da inflação tendem a empurrar as yields progressivamente para cima. Embora a persistência de baixas taxas de juro de curto prazo justifique curvas de rendimentos muito inclinadas, o risco de horizontalidade é crescente. A deterioração das contas públicas alemãs explica a redução do diferencial de taxas entre a dívida germânica e a dos países periféricos, ao longo de Actualmente, o spread entre as Obrigações do Tesouro G (OT) portuguesas e os bunds alemães nos dez anos encontra-se em cerca de sete pontos-base, acreditando-se que este diferencial estabilizará entre os cinco e os dez pontos base. Portugal (EUR) Alemanha (EUR) EUA (USD) Gráfico 6 Fonte: BPI, Reuters. 1) Taxa nos 10 anos atingiu 3.10%, um valor visto apenas nos anos 30 e 40. No segundo semestre do ano, a pujança da expansão norte- -americana, a subida consistente das bolsas e o desvanecimento dos temores deflacionistas induziram uma dramática alteração do sentimento nos mercados de dívida pública. Esta mudança concretizou-se numa acentuada subida das yields (para níveis de 4.60%, nos EUA, e de 4.50%, na Europa, em Agosto), acompanhada do aumento Relatório Enquadramento 33

36 Mercado de acções O comportamento do mercado de dívida diversa e o dos mercados emergentes foi impressionante em 2003, tendo-se assistido a um declínio acentuado dos prémios de risco, sobretudo, no respeitante a entidades com piores notações de rating. Um ambiente de taxas de juro baixas, numa conjuntura caracterizada pela melhoria das perspectivas económicas e da capacidade de pagamento das empresas, determinou a busca de rendimento adicional em activos mais arriscados. Actualmente, tendo em consideração os spreads praticados, as remunerações presentes compensam apenas parcamente o risco destes activos, apesar de as agências de rating preverem a melhoria do enquadramento do risco de crédito. No ano de 2003, inverteu-se a tendência descendente dos mercados accionistas mundiais que se verificava desde os primeiros meses de Foi também nos primeiros meses que, em 2003, se iniciou a reversão, impulsionada pelo final da segunda guerra do Golfo e a queda do regime iraquiano. Ao todo, o PSI-20 e o Ibex 35 apresentaram, desde o início de 2000, descidas de 44% e 34%, respectivamente. Evolução dos índices PSI20 e IBEX 35 Base Prémios de risco de crédito em 2003 Emissões em euros pontos base PSI20 IBEX 35 Fonte: Bloomberg. Gráfico Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez. BBB A AA AAA Fonte: Goldman Sachs, Bloomberg. Gráfico 7 Com o final da guerra no Iraque, os mercados reagiram positivamente aos sinais de recuperação económica, registada principalmente nos Estados Unidos. Por outro lado, começaram a surgir os efeitos das medidas de contenção de custos e de consolidação dos balaços das empresas, que beneficiaram ainda de um cenário muito positivo quanto a taxas de juro. Neste cenário, verificou-se uma maior apetência pelo risco, tendo os investidores procurado acções com um coeficiente beta mais elevado, cíclicas e de mercados emergentes. Os sectores da tecnologia, dos seguros e das indústrias cíclicas foram os sectores com melhores comportamentos entre o início de Abril e o final do ano, na Europa. Na verdade, terminaram o ano com diferenciais positivos de valorização muito significativos relativamente aos restantes sectores. 34 Banco BPI Relatório e Contas 2003

37 Os mercados emergentes G, principalmente os da América Latina, tiveram comportamentos excepcionais (+97%, no Bovespa, no Brasil e +44%, no Mexbol, no México, por exemplo). A segunda metade do ano foi principalmente marcada pela queda do Dólar americano. Tal descida impediu, possivelmente, uma maior subida dos mercados europeus, pelos efeitos negativos que teve nas empresas exportadoras. O Eurostoxx 50 subiu 16%, em Na Península Ibérica, embora ambos os mercados apresentassem, em 2003, comportamentos positivos, o mercado espanhol subiu claramente mais do que o mercado português. Este foi influenciado pela evolução negativa de uma das empresas de maior capitalização do mercado português, e pela contenção do investimento público. Pelo contrário, o comportamento das principais capitalizações espanholas reflectiu as melhores condições económicas de Espanha e a recuperação dos mercados da América Latina, onde as empresas espanholas têm investimentos elevados. Neste contexto, o PSI-20 subiu 16%, em 2003, ao passo que o Ibex subiu 28%. Índices accionistas variação anual TCVA 1 97 / 03 PSI-20 71% 25% 9% (13%) (25%) (26%) 16% 5% Ibex 35 41% 36% 18% (22%) (8%) (28%) 28% 7% Eurostoxx 50 37% 32% 47% (3%) (20%) (37%) 16% 7% Dow Jones 23% 16% 25% (6%) (6%) (17%) 25% 9% Nasdaq 22% 40% 86% (39%) (20%) (32%) 50% 8% Fonte: Bloomberg, BPI Nota: índices expressos em moeda local 1) Taxa Composta de Variação Anual. Quadro 3 O ano foi marcado, no mercado nacional, pela primeira oferta inicial de venda (IPO) E desde 2000, pela OPV da Gescartão e pelo sucessivo adiamento das privatizações da Galp Energia e da Portucel. O ano foi ainda marcado pela integração dos mercados financeiros domésticos na plataforma Euronext, concluída, para os mercados à vista, em Novembro. Relatório Enquadramento 35

38 Recursos humanos RACIONALIZAÇÃO, REJUVENESCIMENTO E QUALIFICAÇÃO A política de recursos humanos do Grupo BPI manteve-se centrada na execução do programa estratégico de redução de custos e aumento de eficiência para o triénio De modo a atingir este objectivo, prosseguiu em 2003 um programa de análise de valor acrescentado por unidade funcional (AVA) que havia sido lançado no segundo semestre de A respectiva execução foi acompanhada por um consultor externo e desenvolvida por equipas internas, tendo possibilitado uma discussão aprofundada e pormenorizada sobre o modelo de funcionamento de todas as unidades funcionais das empresas do Grupo BPI com actividade em Portugal. Este programa, em complemento ao processo de reorganização societária concluído pelo BPI no final de 2002, contribuiu de forma decisiva para a concretização dos objectivos de racionalização e qualificação dos meios humanos traçado no plano estratégico para o triénio No final do ano 2003, o Grupo BPI contava com Colaboradores, dos quais estavam afectos ao banco comercial Banco BPI; 146, ao Banco Português de Investimento; 196, a diversas empresas subsidiárias a desenvolver actividade em Portugal; 156, a sucursais e escritórios de representação e 441, à actividade no estrangeiro, no Banco de Fomento Angola. Colaboradores do Grupo BPI N.º Actividade internacional Actividade doméstica Gráfico 9 Colaboradores do Grupo BPI Números em fim de período Números médios do período Dez Dez Dez % 02 / 03 1) Inclui contratos a termo e trabalho temporário de pessoas sem qualquer vínculo de trabalho com o BPI. 2) Em 2003, ocorreu a fusão por incorporação do Banco de Fomento Moçambique (detido a 100%) no Banco Comercial e de Investimentos, passando o BPI a deter 30% da entidade resultante (BCI Fomento) que consolida, desde então, pelo método de equivalência patrimonial % 02 / 03 Actividade doméstica Banco BPI (8%) % Banco Português de Investimento (27%) (63%) Outras empresas subsidiárias (13%) (50%) Subtotal actividade em Portugal (8%) (7%) Sucursais e escritórios de representação (4%) (2%) Subtotal actividade doméstica (8%) (7%) Actividade internacional Banco de Fomento Angola % % Banco de Fomento Moçambique % Subtotal actividade internacional % % Total (7%) (5%) Por memória: Actividade em Portugal Contratos a termo (31%) Trabalho temporário % Sucursais e escritórios de representação Contratos a termo (13%) Quadro 4 36 Banco BPI Relatório e Contas 2003

39 BANCO BPI Do total de Colaboradores a exercer funções no Banco BPI no final do ano 2003, estavam integrados na actividade comercial e nos serviços centrais de apoio, tendo-se reduzido, durante o ano de 2003, o número de Colaboradores nos serviços centrais em 15%. Estes serviços passaram a representar 27.6% do total. Colaboradores do Banco BPI 1, 2 Repartição por áreas de actuação % do total Rede de balcões de retalho % Centros de empresas % Canais não tradicionais % Unidades de produto % Marketing % Actividade comercial % Serviços centrais % Total % 1) Não inclui actividade no estrangeiro. Quadro 5 2) Inclui trabalho temporário (43 pessoas, em 2002; e 82, em 2003) e contratos a termo (328 pessoas em 2002; e 236 em 2003). 3) Balcões, centros de investimento e respectivas estruturas de apoio (Direcção de Crédito a Particulares e Pequenos Negócios, Direcção de Projectos da Rede de Particulares, Unidade de novos balcões, Gabinete de Apoio Comercial). 4) Centros de empresas, centros de wholesale e Direcção de Riscos de Crédito. 5) Banca telefónica, Internet, Banca Automática e Banca de Protocolos. 6) Cartões, crédito pessoal, financiamento imobiliário (que inclui 18 lojas habitação) e financiamento automóvel. Colaboradores do Banco BPI Principais indicadores Colaboradores Colaboradores com formação universitária 34.5% 37.2% Média de idades Experiência (antiguidade média no BPI) Homens 52.8% 51.9% Mulheres 47.2% 48.1% Colaboradores por balcão Nota 1: não inclui os balcões automáticos. Nota 2: em 2002, inclui 385 Colaboradores integrados no Banco BPI por fusão ou cisão de empresas do Grupo. Quadro 6 O esforço que conduziu ao aumento da produtividade e da competitividade, tem determinado um importante investimento no financiamento do acréscimo de responsabilidades com pensões de reforma e sobrevivência decorrente da saída por reforma antecipada, pré-reforma ou rescisão de contrato de trabalho por mútuo acordo, que, em 2003, abrangeu 534 Colaboradores. A média de idades destes Colaboradores era de 56 anos; tinham, em média, 33 anos de actividade bancária e uma formação que, na maior parte dos casos, não ultrapassava o ensino básico ou secundário. O acentuado e constante investimento em ferramentas informáticas, desenvolvidas em plataforma web, para apoio ao funcionamento das áreas de back office E contribuiu de forma decisiva para a obtenção da eficiência atingida. Importa salientar que se tem seguido uma política de disponibilização generalizada e, ao mesmo tempo, selectiva de informação de gestão através da intranet, proporcionando uma comunicação mais célere e eficaz. Ao mesmo tempo, além de se ter continuado a incentivar fortemente a mobilidade interna dos recursos humanos, promoveu-se o recrutamento de 93 novos Colaboradores. Estes foram escolhidos através de rigorosos processos de selecção em que se prestou especial atenção ao perfil comportamental e técnico dos candidatos. Na maioria dos casos, as habilitações académicas dos que se submeteram ao processo de recrutamento eram de nível superior. Os resultados desta política permitiram elevar para 37.2% o peso dos Colaboradores com formação académica superior e reduzir a média etária para 40.3 anos. A experiência dos Colaboradores do Banco é, em média, de 15 anos. Relatório Recursos humanos 37

40 BANCO PORTUGUÊS DE INVESTIMENTO Mercê ainda deste esforço, foi possível atingir, na rede de particulares, um peso de 28.1% de Colaboradores com formação académica de nível superior, facto que assume maior relevância se for considerado que, no final de 1999, a percentagem de Colaboradores com formação universitária era de 14%. Colaboradores do Banco BPI Distribuição por áreas Colaboradores do Banco BPI Formação universitária e média de idades 1 A concentração do Banco Português de Investimento nos negócios de Acções, Corporate Finance e Private Banking determinou, no final de 2002, a cisão e fusão de uma parte da sua actividade no Banco BPI. Uma das consequências foi a transferência de um conjunto de 54 Colaboradores para o Banco BPI, em 2003, além do movimento de 250 pessoas já transferidas durante o ano de O quadro de pessoal do banco de investimento, que no final do ano atingiu os 146 Colaboradores, ficou assim estabilizado. 28% Serviços centrais (28%) Rede de balcões e centros de empresas Canais não tradicionais Fábricas de produtos Marketing Serviços Centrais 58% 2% 8% 4% Actividade comercial (72%) % % % % 35% % Colaboradores com formação universitária em % do total (escala esq.) Média de idades 1 (escala dta.) ) Série ajustada pelo n.º de anos decorridos entre cada ano e A estrutura do Banco Português de Investimento está alicerçada num quadro de recursos humanos jovem (média de idades de 37 anos) e dotado de elevada qualificação e aptidões técnicas (76.7% têm formação universitária; experiência de 11 anos, em média), condição necessária para uma prestação de serviços de elevada qualidade. Colaboradores do Banco Português de Investimento Principais indicadores Colaboradores Colaboradores com formação universitária 78.5% 76.7% Média de idades Experiência (antiguidade média no BPI) Homens 59.0% 56.2% Mulheres 41.0% 43.8% Quadro 7 Gráfico 10 Gráfico Banco BPI Relatório e Contas 2003

41 Formação Ao longo de 2003, a actividade formativa incluiu 814 acções de formação, num total de 61 mil horas. Estas acções envolveram Colaboradores, perto de 40% do efectivo do Banco BPI. Merece referência especial a continuidade do projecto de formação comportamental que, em 2002, envolveu todos os Colaboradores da rede de balcões. Em 2003, realizaram-se sessões de follow-up destinadas a gerentes de balcão para consolidação de conceitos e aferição de comportamentos consonantes com a metodologia adoptada na gestão das equipas comerciais. Por outro lado, em 2003, mantiveram-se os programas de acolhimento e integração, destinados aos Colaboradores recém- -admitidos, com o objectivo genérico de reforçar a interiorização da mensagem sobre a missão e os valores do Banco, assim como com o propósito de consolidar e desenvolver competências específicas sobre a actividade comercial bancária. Durante o ano de 2003, deu-se também continuidade à política de apoio à formação escolar essencialmente licenciaturas e pós-licenciaturas nas áreas de Gestão e Sistemas de Informação. Apoiaram-se financeiramente 144 Colaboradores que investiram no desenvolvimento dos respectivos conhecimentos e competências Formação em sala Percentagem de Colaboradores com formação Colaboradores em acções internas (%) Colaboradores em acções externas (%) Média de horas de formação por Colaborador Duração média da formação (horas) Média de acções por participante Taxa de pessoal afecto à formação (%) Investimento em formação sobre a massa salarial (%) (taxa de formação) Investimento em formação por participante ( ) Apoio ao desenvolvimento pessoal Licenciaturas Pós-graduações Quadro 8 Relatório Recursos humanos 39

42 Tecnologia Os sistemas de informação são um elemento fundamental na estratégia de negócio do BPI, por assegurarem níveis exigentes de produtividade e de eficiência internas. Os sistemas de informação do BPI assentam numa estrutura cuja arquitectura se caracteriza pela eficaz integração das diferentes plataformas tecnológicas: sistema transaccional central, infra-estrutura de distribuição multicanal e camadas de apresentação Web. Garantir um desempenho e uma robustez óptimos são os objectivos primordiais do desenho e da manutenção dos sistemas de informação. Os índices de eficiência e de disponibilidade resultantes são significativos. Principais indicadores de eficiência, disponibilidade e desempenho Capacidade de processamento nos sistemas centrais (em milhões de instruções por segundo) Capacidade de armazenamento nos sistemas centrais e middle-range (em Terabytes) Computadores pessoais por Colaborador Colaboradores com acesso à intranet e a 100% 100% Processos desenvolvidos na intranet 62% 68% Páginas visitadas na intranet, por dia Disponibilidade dos sites transaccionais 99.8% 99.75% Colaboradores com acesso à Internet 20% 33% Páginas visitadas na Internet por dia (todos os sites do BPI) Balcões: abertura antes das 8 h 30 m 99.2% 99.19% Real time com cartões: das 7 h às 4 h 100% 100% Tempo de resposta a transacções nos balcões (inferior a três segundos) 99.85% 99.70% Transacções na plataforma multicanal por dia Help desk tecnológico: tempo de resposta a solicitações inferior a duas horas 2 98% 76% 2 1) Incluindo PC sem utilizador específico e PC dedicados a tarefas de gestão, monitorização e testes. 2) O âmbito de questões abrangidas passou a ser maior, incluindo questões que ultrapassam a resolução de problemas. Quadro 9 Durante o ano de 2003, a actividade do BPI nas áreas da tecnologia e dos sistemas de informação pautou-se pelas linhas de actuação que a seguir se enunciam. Suporte ao negócio A implementação de melhorias no funcionamento dos canais transaccionais alternativos mereceu especial atenção, destacando-se o lançamento do BPI Net Empresas, canal que na Internet está vocacionado para empresas e pequenos negócios. As ferramentas de apoio à venda e de suporte à decisão do BPI continuaram a ser alvo de melhorias, ditadas pelas crescentes exigências de natureza comercial, regulamentar e de controlo do risco. Prosseguiu o trabalho de racionalização e desenvolvimento dos sistemas operacionais que compõem a solução transaccional de back end E. Foi o caso da criação e implementação de interfaces interaplicacionais e da optimização dos processos de tratamento das operações financeiras. Aumento da eficiência interna A continuação da integração das áreas cuja missão é a concepção e implementação de soluções informáticas constituiu, em 2003, o factor mais importante no incremento da eficiência e da qualidade pretendidas. Uma especial atenção tem vindo a dedicar-se ao estabelecimento de regras e metodologias de funcionamento 40 Banco BPI Relatório e Contas 2003

43 interno nestas áreas. Pretende-se, assim, assegurar que os projectos a desenvolver são eficazmente seleccionados e escalonados de acordo com a respectiva prioridade. Igualmente se procura fazer o rigoroso acompanhamento do respectivo ciclo de implementação. Segurança A segurança constitui uma prioridade permanente na gestão dos sistemas de informação do BPI. Em 2003, foram aperfeiçoados os planos de contingência das plataformas tecnológicas mais relevantes, o que permitiu reduzir significativamente os tempos de recuperação e ajustá-los melhor às exigências de disponibilidade do negócio. Prosseguiu, igualmente, o desenvolvimento do sistema de controlo de acessos e utilização de sistemas de informação (GAS). Evolução tecnológica No ano de 2003, considerando a necessidade de renovação tecnológica das plataformas distribuídas pelos edifícios centrais e pela rede de balcões, foram analisados, desenhados e testados a arquitectura e os sistemas de hardware e software que consubstanciarão esta renovação. Quanto às aplicações da rede de balcões, foi construído um protótipo da que será a nova aplicação de negócio, com o objectivo de confirmar o cumprimento dos requisitos funcionais e técnicos inicialmente estabelecidos. Tendo em conta que os resultados foram positivos, iniciou-se a análise funcional e o desenvolvimento da aplicação. INTERNACIONALIZAÇÃO DA NEGOCIAÇÃO EM MERCADOS DE BOLSA No ano de 2003, assistiu-se ao culminar do projecto de integração da BVLP na plataforma de negociação pan-europeia Euronext. O BPI, cuja tradição nesta área de negócio é significativa, acompanhou todo o processo de migração e adaptação tecnológica, na linha da frente. O projecto revestiu-se de certa complexidade, pois foi necessário implementá-lo num período de tempo reduzido, o Banco teve de assumir toda a responsabilidade de montagem das soluções informáticas, ao contrário do que acontecera com a bolsa nacional, a BVLP, e, não menos importante, o modelo de migração adoptado foi um modelo big bang (trading e clearing E ) que é único nas integrações da Euronext. Não obstante todas estas dificuldades, o BPI manteve-se operacional desde o primeiro minuto do dia 7 de Novembro de 2003, dia da migração. As soluções implementadas permitiram dotar o Banco das infra- -estruturas indispensáveis para possibilitar a negociação integrada nos vários mercados de bolsa mundiais, quer directamente como membro dos mercados, quer através de brokers locais. Está prevista para o próximo ano a adesão do BPI à Bolsa de Madrid e o início da actividade como membro com acesso directo nos restantes mercados da Euronext (Paris, Amsterdão e Bruxelas). Tal adesão não implicará, contudo, grandes desenvolvimentos nem avultados investimentos em tecnologia. Relatório Tecnologia 41

44 NOVOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO NO BANCO DE FOMENTO ANGOLA Disponibilização de soluções estruturais Com a abertura do edifício-sede em Julho de 2003, os sistemas de informação do Banco de Fomento Angola (BFA) foram quase inteiramente remodelados. Instalaram-se soluções de microinformática e estruturas de telecomunicações, que permitiram criar um ambiente de rede e disponibilizar um sistema de correio electrónico ( ); instalaram-se servidores de dados, sistemas de segurança dos dados e reforçou-se a segurança dos acessos ao exterior. Foram também actualizados os sistemas centrais, de produção e back-up. A tecnologia e os programas actualmente em uso são os mais recentes entre os disponibilizados pela IBM, o que permitiu garantir a operacionalidade do sistema apesar do aumento significativo de utilizadores e de instalações (27 balcões). Além de tratada a vertente puramente aplicacional e transaccional da solução, foi ainda implementada uma estrutura de rede que assegura a segurança necessária em soluções como esta. Operações de Estrangeiro Para apoiar a actividade no mercado, introduziu-se a aplicação Eximbills e desenvolveram-se as necessárias interfaces com a aplicação central do Banco e com o sistema Swift. Foi assim possível implementar soluções para ordens de pagamento emitidas, ordens de pagamentos recebidas, emissão de cheques bancários, bem como uma interface automática de incoming / outgoing com a Swift. Iniciou-se o estudo para implementação das operações documentárias, sendo os cheques à cobrança a primeira. Foi, também, criado um novo Centro de Processamento de Dados (CPD), onde são asseguradas todas as exigências de operação e de segurança dos sistemas de informação. Os sistemas de informação do BFA assentam numa arquitectura centralizada na plataforma transaccional. Muita da actividade é realizada em ambiente nativo sobre as aplicações do sistema central, estando o ambiente gráfico disponível nos balcões. Personalização da documentação Nesta área foi criada uma solução de impressão de documentos pelo sistema de informação do BFA. Além dos ganhos significativos nos documentos pré-impressos, foi possível melhorar a imagem junto dos Clientes. Aumento de eficiência interna Implementou-se, no sistema central, uma solução informática, a Promosoft AsM, destinada à gestão de imobilizado. Intranet A evolução da estrutura dos sistemas de informação do BFA permitiu criar, já em 2003, uma plataforma para intranet, suportada pelo sistema central. Este disponibilizou, nesta primeira fase, uma estrutura que serve de base a conteúdos e normativas. BFA Online No final de 2003, concluiu-se a parametrização da solução BFA Online. Na primeira fase, disponibiliza-se aos Clientes aderentes um conjunto de operações de consulta e o site institucional. Os elementos da área técnica receberam formação em Portugal, de modo a dominarem as soluções desenvolvidas, bem como a actualizarem conhecimentos sobre o sistema central e o ambiente Windows. A domiciliação de contas passou a ser distribuída electronicamente graças ao desenvolvimento de uma funcionalidade destinada a Clientes e balcões. Evitam-se assim o consumo de papel, as dificuldade levantadas pelo correio postal e os extravios. 42 Banco BPI Relatório e Contas 2003

45 Operações Nos últimos anos tem sido privilegiada a política de centralização das compras do Grupo BPI, o que tem permitido uma maior eficiência na negociação de preços e condições com os principais parceiros estratégicos e fornecedores do Grupo. Conseguiu-se, deste modo, diminuir significativamente os custos de operação. Seguem-se, por áreas de negócio ( ), as reduções mais significativas: os custos com a informática foram diminuídos em 11%, devido, fundamentalmente, à adaptação da carteira de contratos às reais necessidades do BPI. os custos com comunicações foram reduzidos em 24%, em resultado da racionalização de acessos à rede telefónica e da implantação de links nos edifícios centrais, de forma a transformar as comunicações entre terminal fixo e terminal móvel em comunicações entre terminais móveis, renegociou-se o tarifário dos circuitos de dados e, na rede comercial, criaram-se mecanismos de redução dos custos das comunicações de voz para os diversos operadores móveis. Adicionalmente, procedeu-se à racionalização do correio interno, de que resultou a eliminação de circuitos e de mail houses. os custos de economato foram reduzidos em 14%, por se ter normalizado a oferta de material de escritório, os impressos, os artigos de copa e de higiene, evitando-se, assim, gastos em material considerado supérfluo para a actividade. Este processo alicerça-se num modelo de externalização de toda a operativa desde o fornecimento até à distribuição capilar. Prosseguiu-se com o projecto de racionalização de impressos, com vista à diminuição da oferta, e de selecção de artigos de economato alternativos, menos dispendiosos. A distribuição do material de merchandising E foi concentrada no mesmo parceiro, aproveitando-se, assim, as sinergias logísticas. os custos associados às viaturas da frota foram reduzidos em 10%, o que ficou a dever-se à substituição do modelo de aquisição directa pelo de aluguer operacional. Os gastos com a frota de viaturas passaram a ser controlados, de acordo com processos mais rigorosos, nomeadamente, o estabelecimento de plafonds de combustível e a alteração das franquias de seguros suportadas pelo BPI. os custos com deslocações e estadas foram reduzidos em 25%, o que foi essencialmente determinado pela política de custos. Continuou-se a recorrer ao exterior para o desenvolvimento de algumas actividades outsourcing E, de acordo com o programa iniciado em 2000, do que resultou uma maior concentração dos recursos nas actividades essenciais do negócio bancário. Simultaneamente, conseguiu-se aligeirar os custos das operativas e melhorar a qualidade dos serviços prestados. Neste contexto, prosseguiu-se com a externalização dos serviços de limpeza e segurança. Foi também possível, em 2003, reduzir o quadro de efectivos afectos à área de operações em 100 Colaboradores, o que correspondeu a uma diminuição de 27%. O motivo foi, essencialmente, um processo de racionalização interna de circuitos e processos. Ao longo de 2003 consolidou-se, na vertente operacional, a integração das empresas reestruturadas do Grupo BPI, efectuada no início do ano em apreço. Relatório Tecnologia e Operações 43

46 Banca Comercial BANCA DE PARTICULARES E PEQUENOS NEGÓCIOS SÍNTESE DA ACTIVIDADE A Banca de Particulares e Pequenos Negócios do Banco BPI era responsável, no final de 2003, por uma carteira de crédito no valor de milhões de euros e por uma carteira de recursos no valor de milhões de euros. A taxa de crescimento anual foi, em 2003, de 13.1%, no caso do crédito, e de 4.9%, no caso dos recursos. Principais indicadores de negócio 2002 Valores em milhões de euros 2003 Carteira de crédito % [do qual], crédito hipotecário % Rácio de crédito vencido há mais de 30 dias 1.1% 1.3% - Recursos totais de Clientes % Recursos com registo no balanço (1.3%) Recursos com registo fora do balanço % Clientes da Banca de Particulares e Pequenos Negócios 2002 % Quadro N.º de Clientes (em milhões) N.º de Clientes activos (em milhões) Valor médio de crédito e recursos por Cliente activo (em milhares de euros) Quadro 11 o lançamento de uma rede de promotores externos, constituída por parceiros de negócio que, em conjunto com o Banco, têm o objectivo de captar novos Clientes e novo negócio. No final do ano, esta rede era composta por 250 promotores. o desenvolvimento de mais de 100 acções comerciais, que resultaram em quase dois milhões de contactos, dos quais, 23% por telemarketing e os restantes aos balcões. Ao todo, foram envolvidos cerca de 800 mil Clientes. Crédito e garantias Recursos de Clientes Bi. 12 Bi No ano de 2003, salientam-se na Banca de Particulares e Pequenos Negócios as actividades comerciais e de marketing que se seguem: a expansão da rede de Centros de Investimento BPI que tem o objectivo de oferecer um serviço de assessoria financeira personalizada a Clientes particulares de elevado património. Em 2003, concretizou-se a abertura de oito novos Centros de Investimento, pelo que, no final de Dezembro de 2003, esta rede era formada por onze Centros em pleno funcionamento, localizados nas principais cidades do País Lisboa (3), Porto (2), Braga, Aveiro, Coimbra, Leiria, Viseu e Évora Outro crédito garantias Crédito hipotecário Gráfico Recursos captados com registo fora do balanço Recursos captados com registo no balanço Gráfico Banco BPI Relatório e Contas 2003

47 RECURSOS DE CLIENTES O comportamento globalmente positivo dos recursos de Clientes, em 2003, está associado, sobretudo, ao crescimento em 20.4% dos recursos com registo fora do balanço. Sublinhe-se o crescimento em 22.3% dos fundos de investimento e o aumento, em 29%, da carteira de seguros de capitalização. Os depósitos à ordem cresceram 3.8%, enquanto os depósitos a prazo diminuíram 2.5%. Recursos de Clientes sob a responsabilidade da Banca de Particulares e Pequenos Negócios ) Não inclui carteiras de títulos. 2) Obrigações de capital seguro e risco limitado indexadas a mercados accionistas. 3) Planos Poupança Reforma e Planos Poupança Acções Valores em milhões de euros % 02 / 03 Com registo no balanço Depósitos à ordem % Depósitos a prazo (2.5%) Obrigações colocadas em Clientes % Produtos estruturados 2 G (29.7%) Subtotal (1.3%) Com registo fora do balanço Fundos de investimento % PPR e PPA % Seguros de capitalização % Subtotal % Recursos totais de Clientes % Quadro 12 CONTA ORDENADO BPI A domiciliação do ordenado dos Clientes no BPI constitui um importante objectivo comercial do Banco, na medida em que proporciona acrescidas oportunidades de fidelização desses Clientes. oferta da primeira anuidade do cartão de crédito, acesso a crédito automático na modalidade de descoberto na conta à ordem com uma taxa atractiva e bonificações directas no crédito pessoal e no crédito BPI automóvel. No final de 2002, o BPI reformulou a oferta de contas ordenado, através do lançamento das contas ordenado BPI n.º 1 e BPI gold, associando-lhes um conjunto de vantagens que as tornam especialmente atractivas: isenção de despesas de manutenção, remuneração do saldo diário por escalões, Fruto da estratégia descrita, o número de Clientes com domiciliação do ordenado no BPI aumentou 39% atingindo os 165 mil no final de 2003, dos quais 65% optaram pela modalidade de domiciliação automática de ordenado. Relatório Banca Comercial 45

48 CRÉDITO A CLIENTES O crédito concedido a particulares e pequenos negócios atingia os milhões de euros, em Dezembro de 2003, registando uma taxa de crescimento anual de 13.1%. O crédito à habitação continuou a ser o motor de crescimento do crédito, contribuindo em 91% para o aumento observado. Assim, o peso do crédito à habitação na totalidade da carteira de crédito a particulares e pequenos negócios, de 72.7% aumentou para 74.8%. Crédito a Clientes na Banca de Particulares e Pequenos Negócios Valores em milhões de euros % 02 / 03 Crédito hipotecário % Crédito pessoal (0.4%) Cartões de crédito % BPI automóvel % Crédito comercial % Leasing mobiliário e imobiliário % Crédito por assinatura % Total % 1) Crédito com garantia sobre imóveis. Corresponde principalmente a crédito à habitação e a crédito para obras. Quadro 13 2) Inclui o outstanding E de não-clientes. 3) Montantes de financiamento automóvel e leasing originados pela Banca de Particulares e Pequenos Negócios. 4) Inclui descobertos, créditos em conta corrente, desconto de letras e outros créditos que integram a oferta de produtos de crédito orientada principalmente para empresários em nome individual e pequenos negócios. Crédito à habitação A carteira de crédito hipotecário cresceu 16.4%, em 2003, ascendendo a milhões de euros no final do ano. Nesta data, o BPI alcançava, considerando o saldo de carteira, uma quota de mercado de 9.8% 1, muito superior à quota de 6.1% que o BPI tinha há cinco anos. Este aumento é o resultado da prioridade que, na actividade comercial, o BPI atribuiu ao crescimento deste segmento de negócio, bem como da afirmação do Banco, no mercado, como especialista neste produto de crédito. A quota de mercado de negócio novo ascendeu a 12.8%, em 2003, percentagem superior à da quota obtida no ano anterior, que foi de 12.3%. O crédito contratado no ano diminuiu 5.9% relativamente a 2002, cifrando-se em milhões de euros. Essa redução é, todavia, inferior à redução de 10% estimada para o mercado, a qual reflecte uma conjuntura mais desfavorável e a extinção, em Setembro de 2002, de um segmento de mercado empréstimos a famílias de baixos rendimentos, subsidiados pelo Estado. 1) A carteira de crédito considerada para o mercado inclui crédito securitizado. 46 Banco BPI Relatório e Contas 2003

49 No final de 2003, o valor médio da relação entre financiamento e garantia na carteira era de 64% 1, enquanto o novo crédito, em 2003, foi contratado com um rácio inferior: 59%. Crédito à habitação 1) O valor de mercado inclui crédito securitizado. Ainda em 2002, próximo do final do ano, o BPI alargou o prazo máximo do crédito hipotecário para 50 anos, impondo embora o limite de 70 anos de idade dos proponentes, no final de vida dos empréstimos. O Banco fixou, igualmente, limites específicos mais restritivos, de relação máxima entre financiamento e garantia. Em Fevereiro de 2003, o BPI acrescentou à sua oferta de crédito à habitação uma modalidade que, ao incluir um seguro de protecção ao crédito (plano de pagamentos), permite uma relação máxima entre financiamento e garantia de 100%, desde que a finalidade seja habitação própria permanente e o prazo não seja superior a 40 anos. Em paralelo com a adaptação da oferta e a aplicação de um 1) No momento da contratação Carteira de crédito Saldo da carteira de crédito (M. ) % Quota de mercado saldo da carteira 1 9.2% 9.8% Rácio financiamento / garantia 65% 64% - Montante médio por contrato (m. ) % Rácio de crédito vencido há mais de 30 dias 0.7% 0.9% - Contratação de crédito Crédito contratado no ano (M. ) (5.9%) Quota de mercado contratação 12.3% 12.8% - Rácio financiamento / garantia 62% 59% - Montante médio por contrato (m. ) % Período médio do empréstimo (em anos) % Quadro 14 pricing que reflecte prémios de risco (assente numa grelha de spreads definidos em função da relação entre financiamento e garantia e do montante do financiamento), o BPI aumentou a exigência nos critérios de aprovação do crédito: aumentou-se de dois para três pontos percentuais a margem de segurança adicionada à taxa de juro efectiva de cada operação, para efeito de avaliação do risco de cada empréstimo, com o objectivo de avaliar a capacidade de cada mutuário assumir o serviço de dívida numa conjuntura de taxas mais elevadas; foram aumentados os mínimos exigidos quanto a rendimento líquido disponível do agregado familiar para a aprovação do crédito; passaram a considerar-se, na decisão de aprovação do crédito, indicadores sociodemográficos sobre a região onde o proponente habita e indicadores sobre o risco da respectiva entidade patronal. O contributo dos canais de venda especializados lojas habitação, balcões com espaço habitação e mediadores imobiliários continuou a ser determinante para o desempenho registado. No conjunto, foram responsáveis pela contratação de 47% do total de novo crédito. Contratação de crédito à habitação pelos canais especializados # Contratação por unidade (M. ) 2003 Contratação total (M. ) Lojas habitação % Balcões com espaço habitação % Mediadores imobiliários % Restantes balcões % Total % % Quadro 15 Relatório Banca Comercial 47

50 A afirmação do BPI estende-se igualmente à Internet. O BPI dispõe da maior base on-line de imóveis e empreendimentos à venda no site BPI Imobiliário. No final de 2003, contava com 1.5 mil parceiros e 281 mil anúncios de venda de imóveis, ou seja, respectivamente, mais 25% e 41% do que há um ano atrás. Em 2003, as páginas do site foram visualizadas, em média, 2.6 milhões de vezes por mês (mais 37% do que em 2002). Principais indicadores do BPI Imobiliário N.º de anúncios de imóveis 200 mil 281 mil 41% N.º de parceiros 1.2 mil 1.5 mil 25% N.º de páginas visualizadas em média por mês 1.9 milhões 2.6 milhões 37% N.º de mensagens de enviadas a subscritores do serviço de alerta 735 mil 528 mil (28%) N.º de pedidos de visita efectuados através do site 15 mil 17 mil 12% % Quadro 16 CRÉDITO À HABITAÇÃO Modalidades de taxas de juro O Crédito Habitação BPI oferece quatro opções de taxa de juro, permitindo ao Cliente optar por aquela que melhor se ajusta às expectativas que tenha sobre a evolução do mercado: Spreads A taxa fixa ou os spreads a associar ao indexante, no caso da taxa variável, dependem do montante a financiar e da relação entre financiamento e garantia, cujo máximo é 90%. taxa variável, indexada à Euribor G, que se ajusta periodicamente à evolução das taxas de juro do mercado, com as consequentes alterações na prestação mensal; taxa variável com prestação fixa, indexada à Euribor, cujo ajustamento periódico à evolução das taxas de juro do mercado se reflecte no prazo da operação, aumentando-o ou diminuindo-o de modo a manter constante o valor da prestação mensal; taxa fixa a dez, 15, 20, 25 ou 30 anos, consoante o prazo do empréstimo; taxa máxima garantida, indexada à Euribor, semelhante à taxa variável, mas com a definição de um valor máximo que a taxa pode alcançar nos primeiros três ou cinco anos. Modalidades de prazo O prazo máximo da operação varia, de acordo com a modalidade escolhida, entre os 20 anos (na taxa variável com prestação fixa) e os 50 anos (na taxa variável), desde que, no final do empréstimo, a idade dos mutuários seja inferior a 70 anos. Seguro de protecção A modalidade com seguro de protecção ao crédito (plano de pagamentos), permite uma relação entre financiamento e garantia até aos 100%, nos casos em que a finalidade é a habitação própria permanente e o prazo não é superior a 40 anos. Soluções específicas A oferta de crédito à habitação BPI contempla ainda soluções específicas para troca de casa, adiantamento para sinal ou adiantamento em fase de construção, bem como um pacote de seguros associados (vida, multirisco com cobertura de fenómenos sísmicos, protecção ao crédito, e obras e montagens). Informação Dada a importância de prestar aos Clientes uma informação uniforme, transparente e comparável antes da contratação de um crédito à habitação, o BPI aderiu ao Código Europeu de Conduta Voluntário. 48 Banco BPI Relatório e Contas 2003

51 Crédito pessoal A carteira de crédito pessoal diminuiu 0.4%, em 2003, já que o crescimento em 6.5% de uma das suas componentes o crédito ao consumo foi contrariado pela redução em 81.4% do crédito para aquisição de títulos. No final de 2003, o crédito pessoal representava 4.4% do crédito concedido a particulares e pequenos negócios e 2.6% do crédito global do BPI. Crédito comercial e leasing A carteira de crédito comercial e de leasing mobiliário e imobiliário registou, em 2003, crescimentos de 4.8% e 6.2%, respectivamente. Para este resultado contribuíram, de forma significativa, a política de estabelecimento de relações de parceria com empresas e associações empresariais, bem como a participação nos vários programas de apoio ao investimento, nomeadamente o PRIME (antigo POE). Em 2003, a contratação de crédito ao consumo foi superior em 20.2% à do ano anterior, enquanto a contratação de crédito para aquisição de títulos foi nula. Crédito pessoal 2002 Valores em milhões de euros 2003 Carteira de crédito Crédito ao consumo % Crédito para aquisição de títulos (81.4%) Total da carteira de crédito (0.4%) Rácio de crédito vencido há mais de 30 dias 2.3% 3.1% - Contratação de crédito Crédito ao consumo % Crédito para aquisição de títulos Total de crédito contratado % Período médio do empréstimo (em anos) ) Prazo médio ponderado pelos montantes; exclui crédito para aquisição de títulos. Quadro 17 % Entre as parcerias com as empresas, merece referência especial a estabelecida em Abril com a John Deere, que possibilita às entidades do sector agrícola a aquisição de equipamentos desta marca em condições financeiras especiais. No final do ano, estavam contratadas 172 operações, no montante de 4.42 milhões de euros, situando- -se a taxa de aprovação em 76.4%. Crédito comercial e leasing 2002 Valores em milhões de euros 2003 Carteira de crédito Crédito comercial % Leasing mobiliário e imobiliário % Crédito por assinatura % Total da carteira de crédito % Rácio de crédito vencido há mais de 30 dias 2.5% 2.3% - 1) Inclui descobertos, créditos em conta corrente, Quadro 18 desconto de letras e outros créditos que integram a oferta de produtos de crédito orientada principalmente para empresários em nome individual e pequenos negócios. % Relatório Banca Comercial 49

52 Crédito automóvel A Banca de Particulares e Pequenos Negócios era responsável, no final de 2003, por 39% da carteira de financiamento automóvel do Grupo. 16%, 15% foram contratadas no âmbito das parcerias com concessionários monomarca e 41% resultaram das parcerias com concessionários multimarca e generalistas. O crédito automóvel concedido a particulares e pequenos negócios atingia os milhões de euros, no final de 2003, ou seja, mais 5.4% que em Dezembro de No final de 2003, a carteira global de financiamento automóvel do Grupo ascendia a milhões de euros, o que representa um aumento de 10.6%, relativamente a A contratação de crédito, em 2003, ascendeu a milhões de euros, o que representa um crescimento de 12.9% relativamente a 2002, enquanto, pelo contrário, o mercado de automóveis ligeiros de passageiros continuou em forte contracção registando uma redução de 16% no número de veículos vendidos. Crédito automóvel concedido pela Banca de Particulares e Pequenos Negócios 2002 Valores em milhões de euros 2003 Carteira de crédito Aluguer de longa duração (4.4%) Crédito % Leasing % Total da carteira de crédito % Rácio de crédito vencido há mais de 30 dias 0.6% 0.8% - Contratação de crédito Crédito contratado no ano % O negócio de financiamento automóvel do BPI inclui, para além do crédito a particulares e pequenos negócios, o crédito concedido a empresas e é gerido de forma integrada por uma unidade especializada. % Quadro 19 A contratação de crédito, em 2003, cifrou-se em milhões de euros, sendo inferior em 12.2% à do ano anterior. CAMPANHAS AUTOMÓVEL O ano de 2003 ficou marcado pelo lançamento das campanhas monomarca e pelo sucesso da campanha SMART. As campanhas monomarca proporcionaram a oferta aos Clientes de condições de aquisição mais vantajosas do que as que conseguiriam obter directamente no concessionário. Adicionalmente, aumentaram a taxa de penetração do financiamento automóvel BPI nas marcas e conduziram à captação de novos Clientes para o Banco. No período da campanha (Julho a Novembro de 2003), as vendas do Smart cresceram 65% relativamente ao período homólogo, tendo o Banco BPI aprovado 480 propostas. Este número correspondeu a 45% do total de viaturas da marca vendidas, no período da campanha. Abriram-se 126 novas contas, o que corresponde a 27% dos Clientes da campanha. Além da rede de retalho e da rede de centros de empresas, o BPI dispõe de parcerias com importadores oficiais de marcas e com grandes grupos de concessionários generalistas. Em 2003, a rede de retalho contratou 28% das operações de financiamento, a rede de Banca de Empresas contratou 50 Banco BPI Relatório e Contas 2003

53 Cartões de crédito O número de cartões de crédito colocados junto de Clientes do Banco BPI aumentou 12%, ascendendo a 420 mil, em Dezembro de A quota de mercado situou-se, no final de 2003, em 12.8% 1. A facturação acumulada ascendeu a milhões de euros, o que corresponde a um crescimento de 5.5%, relativamente a Destaca-se, relativamente ao ano de 2003: o relançamento do cartão Prémio com base no conceito multimagem; Cartões de débito O número de cartões de débito colocados aumentou 8%, alcançando os 774 mil cartões no final do ano, conferindo ao BPI uma quota de mercado de 8.8%. A facturação dos cartões de débito ascendeu, no ano, a milhões de euros, o que correspondeu a um aumento de 4%, relativamente a Cartões de débito % N.º de cartões no final do ano (mil) % Quota de mercado 8.2% 8.8% - Facturação (M. ) % Quadro 21 o lançamento, em Junho, do cartão Zoom, produto inovador que agrega as características de revolving e de crédito a prestações; o lançamento, em Julho, do cartão Euro Cartões de crédito % N.º de cartões no final do ano (mil) % Quota de mercado 12.7% 12.8% - Facturação (M. ) % Crédito 1 (M. ) % Rácio de crédito vencido (mais 30 dias) 5.8% 5.8% - 1) Outstanding E de crédito. Quadro 20 1) Quota de mercado nas gamas de cartões Visa e Mastercard em que o BPI concorre. Relatório Banca Comercial 51

54 REDE FÍSICA DE DISTRIBUIÇÃO No final de 2003, a rede de distribuição de Particulares e Pequenos Negócios servia cerca de 1.3 milhões de Clientes. Dispunha de 483 balcões tradicionais, 13 balcões in-store, uma rede especializada no crédito à habitação, com 19 lojas, 11 centros de investimento dedicados a Clientes de elevado património, 47 lojas automáticas e uma rede de promotores externos, lançada em 2003, e que no final do ano contava com 250 promotores. Rede física de distribuição Balcões tradicionais Espaços habitação Espaços internet Viana 12 Braga Porto Vila Real Bragança Balcões in-store Lojas habitação Centros de investimento 3 11 Aveiro Viseu Guarda 9 1 Lojas automáticas Promotores externos 250 Coimbra Quadro 22 Castelo Branco 8 2 Leiria Açores 5 Lisboa Santarém 17 5 Portalegre Madeira 7 Setúbal Évora Beja 7 Balcões tradicionais Lojas habitação Centros de investimento Lojas automáticas Faro Figura 6 52 Banco BPI Relatório e Contas 2003

55 A gestão da rede de distribuição tem-se concentrado no aumento da capacidade comercial, melhoria da eficiência e operacionalidade e aumento da qualidade de serviço. Destaca- -se a este nível: a disponibilização de espaços de atendimento especializados nos balcões tradicionais. No final de 2003, existiam 64 balcões com espaços habitação e 132 espaços para atendimento a pequenos negócios; a implementação gradual do novo modelo de balcão que, Capital humano na rede de distribuição N.º de Colaboradores na rede de balcões de retalho N.º médio de Colaboradores por balcão Média de idades % dos Colaboradores com formação superior 26.5% 28.1% Homens 54.9% 52.7% Mulheres 45.1% 47.3% Índice de qualidade de serviço (IQS) nos balcões ) Colaboradores nos balcões tradicionais e in-store. Quadro 23 com menos barreiras físicas entre o Cliente e o Colaborador, estimulam uma atitude orientada para a melhoria da produtividade e da qualidade do serviço. No decurso de 2003 foram remodelados 74 balcões pelo que o número de balcões dotados da nova imagem passou a ser de 101; Colaboradores por balcão N.º 7.0 Colaboradores com formação superior % a promoção de uma maior adesão aos canais alternativos. Neste sentido, o Banco BPI dispunha no final do ano de 310 balcões com espaços internet e de 119 balcões com soluções de auto-serviço (que disponibilizam 115 máquinas de depósito e 50 máquinas de dispensação de cheques), 10 permitindo aos Clientes efectuar um leque significativo de 5.5 transacções, de forma simples, rápida e em horário alargado; a disponibilização, em 240 balcões, de postos de caixa equipados com cash-dispenser E, dos quais, 47 são máquinas de reciclagem, promovendo uma simplificação dos processos a par de um incremento da segurança; Gráfico 14 0 Gráfico o alargamento do serviço de centralização de chamadas a mais 26 balcões, elevando o número total destes balcões para 305, o que corresponde a uma cobertura superior a 50% da rede de distribuição. Relatório Banca Comercial 53

56 CANAIS VIRTUAIS DE DISTRIBUIÇÃO Os canais virtuais constituem um importante factor de aumento da eficiência do Banco. A transferência para estes canais das operações de baixo valor, a automatização de processos e disponibilização de informação, permite à rede fisica concentrar-se na actividade de venda, assente no contacto pessoal e na qualidade de serviço. BPI Net e BPI Directo Particulares Os serviços de homebanking E para particulares BPI Net e de banca telefónica BPI Directo, têm registado de forma consistente, desde o seu lançamento em início de 2000, aumentos significativos no número de utilizadores e no número de transacções. No final de 2003, 378 mil Clientes eram utilizadores activos dos serviços BPI Net e/ou BPI Directo, o que corresponde a um crescimento de 29% relativamente a O BPI Directo registava 264 mil utilizadores activos (+28% vs. 2002) e o BPI Net 223 mil (+51% vs. 2002). BPI Net Empresas / BPI Net Negócios Em 2003, foi lançado o novo serviço BPI Net Empresas, suportado pela mesma infra-estrutura informática do serviço para particulares, conjuntamente com o lançamento duma linha de atendimento telefónico especializado na resposta a questões sobre o novo serviço. O BPI Net Empresas representou um importante avanço no serviço de Internet banking, anteriormente prestado às pequenas, médias e grandes empresas. Canais virtuais N.º de caixas multibanco % BPI Directo Subscritores 323 mil 464 mil 44% Utilizadores activos mil 264 mil 28% BPI Net Subscritores 323 mil 464 mil 44% Utilizadores activos mil 223 mil 51% BPI Net Empresas Subscritores mil - Utilizadores activos 1, mil - BPI Net Negócios Subscritores mil - Utilizadores activos mil - 1) Subscritores do serviço que alteraram a password atribuída Quadro 24 inicialmente, já utilizaram o serviço e se mantêm activos. 2) O BPI Net Empresas conta adicionalmente com 2.7 mil Clientes da Banca de Empresas que subscreveram o serviço, dos quais 2 mil são utilizadores do serviço. BPI Net e BPI Directo Aderentes com password alterada 1 Milhares BPI Net e BPI Directo Transacções e consultas Milhões % No final do ano, 48% das empresas comerciais, Clientes da Banca de Particulares e Pequenos Negócios, já tinha aderido ao BPI Net Empresas ou ao BPI Net Negócios. Dos Clientes que aderiram ao BPI Net Empresas, 35% eram utilizadores activos e no BPI Net Negócios 85% eram utilizadores activos. 0 Gráfico 16 Jun 00 Dez 00 Dez 01 Dez 2 02 Dez 03 0 Transacções Consultas Gráfico ) Contrato e password únicos, simultâneamente válidos para o BPI Net e para o BPI Directo. 2) Em Agosto de 2001 procedeu-se ao cancelamento automático de todas as adesões de Clientes aderentes que à data de 15 de Março de 2001, nunca tinham utilizado o BPI Net / Directo ou que, tendo-o feito, não realizavam consultas ou operações nestes canais há mais de 6 meses. Encontravam-se nesta situação cerca de 90 mil Clientes. 54 Banco BPI Relatório e Contas 2003

57 Os canais electrónicos e virtuais do BPI têm registado crescentes níveis de adesão, de utilização e do número operações realizadas. É de realçar a evolução verificada nas seguintes actividades: serviços de banca directa, centralização de atendimento a Clientes e Colaboradores, prestação de informação e venda de produtos e serviços. Centralização de atendimento a Clientes e Colaboradores O Banco BPI gere de forma centralizada o atendimento a Clientes provenientes de diversos canais (Internet, telefone, itv, SMS) com base em sistemas de gestão de conteúdos e de tratamento de questões e reclamações alicerçados em bases de dados únicas de informação. Serviços de Banca Directa e migração de operações de baixo valor Máquinas de depósito e fornecimento de cheques Nos balcões onde foram instaladas máquinas de depósito e fornecimento de cheques, registou-se uma migração de cerca de 40% das operações de depósito e 47% das requisições de cheques, respectivamente. Espaços Internet em balcões No decurso de 2003 verificou-se um acréscimo de 127% nos acessos mensais aos Espaços Internet. No mês de Dezembro de 2003, cada espaço registou em média 266 acessos. Help Desk 21 mil chamadas recebidas em Dezembro de 2003, ou seja, um crescimento homólogo de 215%, decorrente do processo de centralização dos Help Desks; Centralização de balcões cerca de 331 mil chamadas telefónicas em 2003, em resultado do alargamento para 305 do número de balcões abrangidos (mais de 50% do total de balcões do Banco BPI); Centralização de avisos e cobranças 11 mil contactos com Clientes. BPI Net e BPI Directo Particulares mil acessos mensais 1 ao BPI Net, aumento homólogo de 84%; 3.2 milhões de operações mensais 1, o que corresponde a um Centralização de chamadas Cobertura da rede de balcões 1 % 75 aumento homólogo de 79%; 2.6 milhões de chamadas telefónicas recebidas em 2003; mil chamadas recebidas em média por dia útil; 72% das chamadas recebidas no ano foram atendidas em menos de 20 segundos no BPI Directo; % das solicitações feitas no ano através do BPI Directo receberam resposta pelo modo de atendimento automático. BPI Net Empresas / BPI Net Negócios 6.6 milhões de páginas visualizadas em 2003; 825 mil consultas e 150 mil transacções em Jun 01 Dez 01 Jun 02 Dez 02 Gráfico 18 Jun 03 Dez 03 1) Balcões tradicionais e balcões in-store. 2) Número de balcões abrangidos. 1) Registado no mês de Dezembro. Relatório Banca Comercial 55

58 Informação Sites E informativos A utilização dos sites informativos do BPI continuou, em 2003, a registar um elevado crescimento: 20.7 milhões de páginas vistas na totalidade dos sites no mês de Dezembro de 2003 aumento de 69% relativamente ao período homólogo; 1.8 milhões de acessos no mês de Dezembro de 2003, um aumento de 77% relativamente ao período homólogo; 281 mil imóveis disponíveis no site BPI Imobiliário, um aumento de 41% face a 2002; 528 mil s enviados a subscritores do serviço de alerta do site BPI Imobiliário em 2003; 17 mil pedidos de visita a imóveis efectuados através do site BPI Imobiliário em 2003, e enviados para os parceiros imobiliários, principalmente mediadoras, o que corresponde a uma variação de 12% em relação a 2002; BPI Imobiliário Imóveis disponíveis no website N.º Linhas de atendimento de produto disponibilização de linhas de informação especificas para produtos de crédito (crédito à habitação, crédito ao consumo, crédito automóvel), fundos de investimento, produtos de investimento e sites Internet. 125 mil chamadas recebidas nas linhas de informação, uma variação de 51% relativamente ao período homólogo; Vendas Neste âmbito à a realçar o lançamento do Clube BPI e a dinamização dos canais telemarketing, e SMS (início no último trimestre de 2003) como canais de venda, aproveitando as suas características próprias, nomeadamente a elevada interactividade e menor custo do que os canais tradicionais, e garantindo a integração da política comercial destes canais num âmbito global da política de vendas do BPI. Clube BPI Nesta actividade de vendas, há a assinalar o lançamento dum site de comércio electrónico para particulares Clube BPI, um canal privilegiado para divulgação dos produtos BPI relacionados com o consumo crédito pessoal e cartões de crédito e que conta com a colaboração de parceiros seleccionados pelo elevado padrão dos serviços que oferecem e pelo nível de desenvolvimento tecnológico Este site tem subjacente a criação de sinergias entre o BPI e os parceiros, conjugando a elevada adesão dos Clientes BPI aos serviços disponibilizados através da Internet, com a experiência dos parceiros na venda de produtos através deste canal. 0 Dez 00 Gráfico 19 Jun 01 Dez 01 Jun 02 Dez 02 Jun 03 Dez 03 Foram realizadas em 2003, um total de 97 campanhas de outbound, através dos diversos canais: telemarketing, e SMS, tendo sido realizados 1.8 milhões de contactos com Clientes. 56 Banco BPI Relatório e Contas 2003

59 APOIO AO NEGÓCIO E ÀS VENDAS Potencial Interno de Crescimento O Banco BPI dispõe de um importante instrumento que lhe permite conhecer o potencial de desenvolvimento da relação com cada um dos seus actuais Clientes. O Potencial Interno de Crescimento (PIC), mede o Potencial de Venda Cruzada (Cross- -Selling) e o potencial de aumento de quota de Cliente (Share- -of-wallet). O PIC é resultado de vários anos de investigação da equipa de CRM, e agrega informação de modelos comportamentais desenvolvidos internamente e de diversos estudos de mercado. Potencial Interno de Crescimento O cálculo do Potencial Interno de Crescimento (PIC) é elaborado com base em informação externa obtida em estudos de mercado permitindo dimensionar o mercado e criar benchmarks G objectivo e em informação interna obtida através de modelos estatísticos de propensão à compra de produtos para cada Cliente do Banco baseados no seu envolvimento, comportamento transaccional e perfil socio-demográfico. O Potencial Interno de Crescimento é calculado para cada nível da organização, desde o Balcão ao total da Rede, representando um referencial importante no trabalho de venda cruzada (cross selling) de cada Balcão dentro da sua actual base de Clientes. Adicionalmente, é também estimado para cada Cliente do Banco o seu nível actual de quota (Share-of-Wallet), medida importante para dimensionar o potencial de captação de recursos que ainda existe em cada Cliente. Como apoio à rede comercial para exploração do potencial, toda esta informação será disponibilizada através dos sistemas de apoio à venda. Cálculo do potencial Definição de objectivos de crescimento Apoio à venda por balcão Estudos de mercado Modelos de propensão Estratégia de crescimento Potencial Interno de Crescimento por produto, segmento e Cliente Colocação actual vs. potencial de crescimento por produto Para o Banco BPI Por região Por área Por balcão Quais o produtos mais propensos para cada Cliente? Quais os Clientes com maior propensão à compra de determinado produto? Qual o actual Share-of-Wallet de cada Cliente? Figura 7 Relatório Banca Comercial 57

60 ÍNDICE DE QUALIDADE DE SERVIÇO O Índice de Qualidade de Serviço (IQS) é uma forma de medir quantitativamente a satisfação dos Clientes com o serviço prestado pelo Banco BPI e envolve três componentes que a seguir se identificam. IQS Concorrência Inquérito bienal a cerca de Clientes de bancos, destinado a avaliar o posicionamento do Banco relativamente à concorrência. IQS Banco Inquérito anual a Clientes do Banco BPI, com vista a avaliar o nível de qualidade do serviço do banco como organização. IQS Balcão Inquérito trimestral a Clientes do Banco BPI com o objectivo de avaliar o nível de qualidade do serviço prestado por cada balcão. Os resultados são apurados e publicados trimestralmente, tendo em consideração os resultados dos dois últimos inquéritos, ou seja, as respostas de Clientes. Metodologia de construção do indicador No início do ano de 2002, foi levado a cabo um vasto conjunto de entrevistas com Clientes e não-clientes oito grupos envolvendo 70 entrevistados de distintas características sociodemográficas e bancárias com o objectivo de determinar quais os factores de satisfação que são levados em conta na avaliação da qualidade do serviço prestado pela banca. Foram ainda tomadas medidas para tornar os balcões comparáveis: identificaram-se os factores não controláveis pelo balcão e com maior influência no nível de satisfação dos Clientes (ex.: número de movimentos de caixa de não-clientes do balcão em estudo), e aplicou-se um coeficiente de correcção de modo a contemplar o efeito destas variáveis no IQS final do balcão. Divulgação de resultados trimestrais Os resultados dos inquéritos trimestrais são regularmente publicados na intranet do BPI e constituem uma informação de gestão importante, pois permitem a cada balcão monitorar a percepção da qualidade de serviço dos seus Clientes e ajustar, em conformidade, o nível de qualidade do serviço. Conclusões globais do IQS-Balcão do 4.º trimestre de 2003 O nível de satisfação dos Clientes BPI, que se relacionam com os balcões, cresceu em todos os trimestres de 2003, atingindo, no 4.º trimestre de 2003, um crescimento de 2.5% relativamente ao período homólogo do ano anterior. O aumento do nível de satisfação dos Clientes está fundamentalmente ligado aos factores capacidade e eficácia dos Colaboradores e tempo de espera. O factor de qualidade de serviço relativamente ao qual o BPI apresenta nível superior de satisfação é o atendimento pessoal, conseguindo inclusivamente superar o nível de satisfação global IQS. Posteriormente, foi realizado um extenso inquérito a Clientes do Banco BPI em média, 45 Clientes por Balcão, numa amostra representativa do balcão, quanto a características sociodemográficas e bancárias. O intuito do inquérito era avaliar o Banco e cada um dos seus balcões, tendo em conta os diferentes factores de satisfação identificados, bem como determinar o peso de cada um destes factores na avaliação global que o Cliente faz do serviço prestado. Índice de satisfação 4º Trimestre de IQS Capacidade e eficácia dos Colaboradores Atendimento pessoal Aumento do indicador (vs. 4º Trim. de 2002) 1.0% 2.5% 2.8% Factores básicos de satisfação 858 Tempo de espera 4.6% Foram determinados quatro factores básicos de satisfação relacionados com os balcões, e foi calculado o respectivo grau de importância (ponderação no IQS): capacidade e eficácia dos Colaboradores, atendimento pessoal, tempo de espera até ao atendimento e eficácia do atendimento telefónico do balcão. 866 Atendimento telefónico 1.9% % 2% 4% 6% Gráfico Banco BPI Relatório e Contas 2003

61 BANCA DE EMPRESAS, BANCA INSTITUCIONAL E PROJECT FINANCE SÍNTESE DA ACTIVIDADE No final de 2003, a Banca de Empresas, Banca Institucional e Project Finance eram responsáveis por uma carteira de crédito e garantias de milhões de euros. Este montante representava um decréscimo de 3.2%, relativamente a A Banca de Empresas continuou a adoptar a mesma política de diversificação do risco da carteira e de selectividade na concessão de crédito, já adoptada em larga medida, em Os padrões de controlo das maiores exposições tornaram-se mais exigentes, o que aprofundou o rebalanceamento da carteira de crédito e garantias. O peso do segmento de Wholesale Banking, no total de aplicações, reduziu-se, em 2003, de 37% para 28%, enquanto o peso do segmento de grandes e médias empresas aumentou de 50% para 53% da carteira. Excluindo o segmento de Wholesale Banking, a carteira de crédito e garantias registou, em 2003, no conjunto dos restantes segmentos da Banca de Empresas, um crescimento de 9%. Os recursos totais, no montante de milhões de euros, registaram um ligeiro decréscimo de 2.4% em relação a Dezembro de Principais indicadores de negócio Crédito e garantias 1 Crédito e garantias Bi ) Inclui crédito a Clientes, crédito a Instituições de Crédito, crédito titulado e garantias. Recursos de Clientes Bi Valores em milhões de euros 1.7 M. % Wholesale banking (921.5) (24.5%) Grandes empresas (0.6) 0.0% Médias empresas % Project finance % Banca institucional % Crédito e garantias (330.8) (3.2%) Recursos (40.1) (2.4%) 1.6 Quadro Os segmentos de Project Finance e Banca Institucional registaram, em 2003, crescimentos muito acentuados, de 54% e de 28%, respectivamente. Importa notar que, durante o ano de 2003, a Direcção de Project Finance passou a assegurar a gestão dos empréstimos sindicados da sucursal de Espanha, anteriormente acompanhados por outras direcções de empresas. Desta mudança resultou uma transferência de operações, no montante de 108 milhões de euros. Registe-se, ainda, o crescimento de cerca de 10% das comissões e outros proveitos líquidos, induzido pelo reforço dos serviços prestados aos Clientes Garantias Crédito Gráfico Gráfico 22 Relatório Banca Comercial 59

62 REDE FÍSICA E CANAIS VIRTUAIS Rede física As áreas de Banca de Empresas, Banca Institucional e Project Finance gerem, de forma integrada, o relacionamento do Banco com os cerca de 14 mil Clientes empresariais e institucionais do BPI, bem como a oferta comercial que lhes é destinada. Depois da autonomização, no segundo semestre de 2002, da área de Wholesale Banking, os Clientes passaram a estar distribuídos por cinco segmentos, de acordo com o respectivo volume de negócios Wholesale Banking, Grandes Empresas e Médias Empresas, bem como de acordo com a respectiva especificidade Project Finance e Banca Institucional. Esta distribuição teve o objectivo de melhor adequar a oferta de produtos e de serviços às características e necessidades de cada segmento. A Banca de Empresas e a Banca Institucional dispõem de redes comerciais específicas centros de empresas e centros institucionais, que lhes asseguram proximidade, concentração e agilidade no serviço prestado aos Clientes. A área de Project Finance dedica-se à organização, montagem e participação em operações de project finance, parcerias público-privadas, assim como em outros financiamentos estruturados. Rede física Centros n.º Wholesale 1 4 Grandes empresas 2 6 Médias empresas 3 38 Project finance 1 Institucionais 4 5 Lisboa Leiria Viana Aveiro Canais virtuais BPI Net Empresas* Banco Electrónico BPI* *44% de Clientes aderentes Braga Porto Coimbra Santarém Viseu Vila Real Guarda Castelo Branco Portalegre Bragança Canais virtuais No final do primeiro semestre de 2003, o BPI lançou o BPI Net Empresas, o serviço de corporate Internet banking, destinado a grandes, médias e pequenas empresas e a Clientes institucionais. Este serviço disponibiliza um conjunto alargado de operações bancárias, incluindo operações de estrangeiro e pagamento de salários, bem como o acesso imediato à informação actualizada sobre a empresa (posição integrada, saldos e movimentos) e a possibilidade de efectuar o download de ficheiros para utilização posterior, com eficiência, rapidez, segurança e flexibilidade, proporcionando uma melhor gestão de tesouraria. Açores Madeira Évora Setúbal Beja Faro O BPI Net Empresas está a registar uma forte adesão por parte dos Clientes da Banca de Empresas, tendo atingido uma taxa de penetração de 31% nos Clientes activos. Este é já o principal meio de relacionamento electrónico dos Clientes da Banca de Empresas com o BPI. 1) Maiores grupos empresariais. 2) Turnover acima de 25 milhões de euros. 3) Turnover entre 1.25 milhões de euros e 25 milhões de euros. 4) Autarquias, regiões autónomas, sistema de segurança social, universidades, associações de utilidade pública e outras entidades com fins não lucrativos. Figura 8 60 Banco BPI Relatório e Contas 2003

63 WHOLESALE BANKING, GRANDES E MÉDIAS EMPRESAS Direcção de Riscos de Crédito Em 2003, consolidou-se o processo de autonomização da gestão do risco nos segmentos de grandes e médias empresas na Direcção de Riscos de Crédito, o que permitiu um melhor controlo do risco da carteira e uma mais eficiente gestão do processo de recuperação do crédito em incumprimento. Sistemas de incentivos públicos À semelhança de anteriores sistemas de incentivos públicos a empresas, o BPI assumiu, em 2003, uma posição de liderança na intervenção no SIME, em número de projectos com parecer de elegibilidade da Unidade de Gestão daquele sistema de incentivos, com uma quota de 23%, e a segunda posição no montante total dos projectos em que interveio. O Banco BPI tem, igualmente, contribuído para a dinamização da garantia mútua, assumindo uma posição de liderança na carteira global do sistema, com uma quota superior a 50%. O Banco é líder a nível regional, quer em valor contratado, quer em valor vivo, em operações realizadas pelas três sociedades de garantia mútua Lisgarante, Norgarante e Garval. PROTOCOLOS E LINHAS DE CRÉDITO Protocolo com o Instituto de Financiamento e Apoio ao Turismo O BPI associou-se à iniciativa conjunta das direcções regionais de turismo e IFT Instituto de Financiamento e Apoio ao Turismo com vista à divulgação do novo regime de protocolos bancários para este sector. A iniciativa integrou um ciclo de sessões de divulgação, promovidas pelas regiões de turismo de Braga, Beja, Aveiro, Mirandela, Guarda, Santarém e Tomar. Nas sessões de Beja, Aveiro e Mirandela, o BPI efectuou intervenções sobre os principais instrumentos de que o Banco dispõe para apoiar as empresas do sector do turismo. Linha de crédito do Banco Europeu de Investimento O BPI celebrou um acordo com o Banco Europeu de Investimento para abertura de uma nova linha de crédito, no valor de cem milhões de euros. Protocolo com sociedades de garantia mútua O BPI assinou um protocolo de colaboração com as três novas sociedades de garantia mútua Norgarante, Lisgarante e Garval, que dão garantias relativas aos empréstimos contraídos pelas empresas junto da banca. Este protocolo permite que cada sociedade de garantia mútua preste garantias até cinco milhões de euros por ano, relativamente a operações de crédito concedido pelo BPI. Apoio à reconstrução nas áreas afectadas pelos incêndios O BPI assinou com as sociedades de garantia mútua Norgarante, Lisgarante e Garval um acordo de prestação de garantias relativas a operações enquadradas na linha de crédito criada para apoiar as empresas, na reconstrução de actividades e do património destruídos pelos fogos. Relatório Banca Comercial 61

64 PROJECT FINANCE A actividade de project finance evidenciou um grande aumento (54%) das responsabilidades efectivas (crédito e garantias) que, em 31 de Dezembro de 2003, atingiram os 984 milhões de euros. Durante o ano de 2003, a Direcção de Project Finance passou a assegurar a gestão dos empréstimos sindicados da sucursal de Espanha, anteriormente acompanhados por outras direcções de empresas. Desta mudança resultou uma transferência de operações, no montante de 108 milhões de euros. Destaque-se o crescimento das comissões de consultoria, de agenciamento de financiamentos estruturados, e de organização e montagem de parcerias público-privadas. A evolução da actividade de project finance reflecte o papel do BPI no apoio a projectos de investimento em alguns sectores estratégicos, nomeadamente, transportes rodoviários, produção, transporte e distribuição de electricidade, transportes ferroviários e telecomunicações. Entre as operações realizadas em 2003, destacam-se as seguintes: PRINCIPAIS OPERAÇÕES DE PROJECT FINANCE G Parcerias público-privadas e administração pública Ministério da Saúde: coordenador global no lançamento do projecto do novo hospital de Loures. Ministério da Administração Interna: consultor financeiro no lançamento do Sistema Integrado das Redes de Segurança e Emergência de Portugal (SIRESP). Governo Regional dos Açores: coordenador global no âmbito da concessão rodoviária da ilha de São Miguel. Município de Mafra: estruturação, montagem e lançamento do projecto Mafratlântico (primeiro caso de uma via municipal financiada em regime de project finance). Administração do Porto de Aveiro: mandato de consultoria financeira para a definição do modelo de exploração dos novos terminais Norte e de granéis sólidos. Área internacional ENA Empresa Nacional de Autopistas (Espanha): aquisição de holding do Estado pela Sacyr Vallehermoso. AES Cartagena (Espanha): central eléctrica de ciclo combinado promovida pela AES americana. Biskaia Energia: central eléctrica de ciclo combinado promovida pela ESB irlandesa. Inalta (Espanha): aquisição de rede de alta tensão. Eurolink (Irlanda): concessão rodoviária adjudicada à CINTRA espanhola. ELWA (Reino Unido): projecto em regime de parceria público- -privada no sector do tratamento de resíduos sólidos urbanos. Estruturação e montagem de reestruturações financeiras / soluções de financiamento no sector público empresarial Transgás: acompanhamento e actualização do modelo económico-financeiro da concessão. Águas de Portugal: apoio na estruturação do financiamento dos sistemas multimunicipais, com destaque para a negociação com o Banco Europeu de Investimento. REFER: assessorias financeiras na definição das bases de um contrato-programa a celebrar com o Estado. Casa da Música / Porto 2001: reestruturação financeira no médio / longo prazo. EMPORDEF e OGMA: reestruturação estratégica e financeira e preparação e desenvolvimento do modelo de privatização da OGMA. Estruturação, montagem e financiamento de operações em project finance Auto-Estradas do Atlântico: reestruturação accionista. Parque eólico da Serra da Cabreira (Eolenerg/SIIF Energies). Euro 2004: projectos de construção / remodelação de estádios (Euroantas e Boavista Futebol Clube). 62 Banco BPI Relatório e Contas 2003

65 BANCA INSTITUCIONAL A carteira de crédito, garantias e outros produtos equiparados da Banca Institucional atingiu os 875 milhões de euros, no final de 2003, o que representa um crescimento de 28% relativamente a Esta evolução evidencia, o empenhamento do Banco em encontrar resposta adequada às necessidades de financiamento a longo prazo das autarquias locais, agora sujeitas a um enquadramento orçamental rigoroso. De acordo com a política de controlo da despesa pública em vigor, é-lhes designadamente imposto um crescimento global nulo do endividamento líquido. Constituíram excepção ao limite de endividamento autárquico, definido para 2004, as operações de cobertura financeira do conjunto de obras municipais associadas à próxima realização do Euro 2004, tendo o Banco contribuído activamente para o desenho e concretização dos principais financiamentos a longo prazo. Fê-lo, em especial, com as Câmaras (ou empresas) Municipais de Braga, Guimarães, Porto, Aveiro, Leiria e Faro. Em paralelo, o Banco reforçou significativamente a sua capacidade para disponibilizar produtos e serviços especializados, capazes de assegurar o normal desenvolvimento da actividade financeira corrente das autarquias e empresas municipais, contribuindo assim para uma gestão racional dos respectivos recursos e aplicações. A actividade de concessão de crédito, num ambiente de forte concorrência que, desde 1998, a tem caracterizado, foi ainda orientada no sentido de, sempre que possível, atrair as fontes de financiamento internacionais capazes de proporcionar as melhores condições financeiras à administração e aos serviços regionais e locais. De entre as principais operações concluídas em 2003 destacam-se, sempre no âmbito de concursos abertos: os empréstimos a longo prazo, contratados com a Câmara Municipal de Leiria, visando o financiamento do novo Estádio Municipal Dr. Magalhães Pessoa, de que o BPI actuou como líder e co-financiador, numa parceria, em operações distintas, com dois bancos internacionais especialmente vocacionados para a concessão de crédito local na União Europeia; a operação de leaseback E imobiliário, realizada com a Câmara Municipal de Aveiro, no valor de 25 milhões de euros, visando a obtenção de recursos destinados ao financiamento das obras de construção do novo estádio; as operações de crédito a longo prazo ao investimento, concretizadas, em especial, com as Câmaras Municipais de Macedo de Cavaleiros, Guimarães, Vila do Conde, Sintra (habitação social), Vila Franca de Xira e Seixal. A participação da Banca Institucional, sempre que necessário em estreita ligação com outras direcções especializadas do Banco, foi ainda especialmente importante na obtenção e realização eficaz dos mandatos de consultoria financeira a algumas iniciativas municipais, ou sob égide municipal. Merece ênfase o trabalho relativo à actualização do rating internacional da Câmara Municipal de Lisboa, recentemente concluído. Relatório Banca Comercial 63

66 GABINETE PARA ANGOLA Reflectindo a importância que o BPI atribui à sua presença em Angola, foi criado, no âmbito da Banca de Empresas, o Gabinete para Angola, núcleo profissional destinado a apoiar as empresas portuguesas que pretendam desenvolver negócios naquele país. Os principais objectivos do Gabinete são: dar resposta consistente, especializada e rápida às necessidades das empresas portuguesas, relativamente ao mercado angolano; prestar esclarecimento e intervir no apoio à montagem de operações ou na disponibilização de serviços; identificar instrumentos financeiros de origem nacional ou internacional, de natureza bilateral ou multilateral que possam ser, directa ou indirectamente, utilizados no apoio à actividade económica em Angola; recolher informação sistematizada sobre as políticas adoptadas e os serviços disponibilizados por outras entidades, com vista a dar resposta aos problemas concretos defrontados pelos diferentes operadores que actuam no mercado angolano, bem como a ponderar a oportunidade de ajustamento das políticas correntemente seguidas pelo BPI / BFA relativamente àquele mercado; detectar oportunidades de negócio e avaliar os riscos envolvidos nos contactos a estabelecer com empresas ou outros promotores de iniciativas; identificar os objectivos, projectos e necessidades das dar a conhecer a actividade do Grupo BPI nas suas relações com o mercado angolano, sublinhando as respectivas potencialidades e divulgando a oferta dos produtos e serviços do Banco BPI e do Banco de Fomento Angola. diversas entidades que actuam no mercado angolano (Estado, outros organismos públicos, empresas públicas e privadas), com vista a propor serviços e soluções adequadas; 64 Banco BPI Relatório e Contas 2003

67 ACTIVIDADE INTERNACIONAL BANCO DE FOMENTO ANGOLA No final de 2003, os capitais próprios do Banco de Fomento Angola (BFA) ascendiam a 56.4 milhões de euros e os activos a 646 milhões de euros, respectivamente, 4.6% e 2.5% dos indicadores correspondentes do Grupo. A carteira de recursos captados de Clientes registou, em 2003, um crescimento de 21%, atingindo os milhões de euros, enquanto a carteira de crédito registou um crescimento de 59%, atingindo os milhões de euros. Quando expressas em dólares norte americanos, moeda de referência local, as mesmas carteiras evidenciam taxas de crescimento ainda mais expressivas: 34% e 90%, respectivamente. No final de 2003, o BFA detinha quotas de mercado de 27% nos recursos e de 21% no crédito. O valor de operações de estrangeiro ascendeu, em 2003, a milhões de dólares americanos, o que corresponde a um aumento de 35% relativamente ao ano anterior. Importa, igualmente, referir o aumento na base de Clientes em mais de 50%, pelo que, no final de 2003, o BFA contava com 134 mil Clientes. Durante o ano de 2003, o BFA continuou a alargar a rede a todo o território nacional, tendo aberto três novas agências em Luanda e sete na província. A rede foi assim aumentada para um total de 27 agências, o que a transformou, no final de 2003, na segunda maior rede bancária do país quanto ao número de balcões. O exercício em apreço ficou, ainda, marcado pela inauguração, em Julho, do edifício sede, representando um investimento de cerca de 20 milhões de USD. Principais indicadores do Banco de Fomento Angola Valores em milhões de euros % Quota 1 Posição 1 Activo (líquido) % - - Crédito a Clientes (líq.) % 21.2% #3 Depósitos de Clientes % 26.7% #2 Contributo para o lucro consolidado do Grupo % - - Colaboradores % - - Balcões % - #2 1) Dados sectoriais relativos a Novembro de Quadro 26 2) Inclui o lucro relativo ao primeiro semestre de 2002, quando a actividade era desenvolvida pela sucursal do Banco BPI. Relativamente à economia angolana, o ano de 2003 caracterizou-se pela adopção de um conjunto de políticas orientadas para a garantia da estabilidade macroeconómica, tendo-se registado uma desaceleração da inflação e da depreciação da moeda angolana relativamente à moeda de referência (dólar americano). O apertado controlo da liquidez permitiu abrandar a pressão inflacionista sobre a economia, tendo o aumento de preços passado de 106%, em 2002, para 77%, em A depreciação acumulada do Kuanza angolano (AKZ), em 2003, foi de 34.8% relativamente ao Dólar americano, e de 61.8%, relativamente ao Euro. Estes valores confirmam as desacelerações na perda de valor do AKZ, relativamente ao ocorrido em 2002 (83.6% e 117%, respectivamente). Quanto a medidas institucionais, importa sublinhar o lançamento do Pacote Monetário e Cambial de Fevereiro, e os subsequentes ajustamentos, bem como a criação de novos produtos e activos financeiros (bilhetes e obrigações do tesouro). Relatório Banca Comercial 65

68 MARCOS DA OPERAÇÃO EM ANGOLA A origem da presença do Grupo BPI em Angola, remonta a Junho de 1990, com a abertura de um escritório de representação do antigo Banco de Fomento e Exterior (BFE). O estatuto desta presença foi reforçado, em Julho de 1993, com a abertura da sucursal do BFE, que iniciou a actividade de banco comercial universal a partir de um capital equivalente a 4 milhões de dólares americanos. A aquisição do BFE pelo Grupo BPI, em Agosto de 1996, marca o início de uma forte expansão da actividade bancária do Grupo em Angola e consequente aumento da importância no sector, identificável qualquer que seja o indicador de referência escolhido: número do Colaboradores, Clientes ou balcões, valores de crédito, depósitos ou activos. Balcões Colaboradores Crédito Depósitos N.º N.º M M Gráfico 23 Gráfico 24 Gráfico 25 Gráfico 26 Em Julho de 2002, o BFA, detido a 100% pelo BPI, assumiu o estatuto de entidade autónoma de direito angolano, na sequência da transformação da sucursal do Banco BPI, com um capital equivalente a 30 milhões de dólares americanos. Em Julho de 2003, é inaugurada a sua nova sede em Luanda, ponto alto da afirmação da marca BFA no mercado local e uma referência no plano de expansão da rede comercial do Banco por concentrar os serviços centrais num único espaço. Elementos qualitativos da actividade do BFA No que diz respeito ao quadro de Colaboradores, importa realçar que de um quadro actual de 441 Colaboradores (de que apenas sete não são angolanos), 67% estão afectos à rede comercial, que 32% têm licenciatura ou frequência universitária e que 50% participaram, em 2003, em acções de formação, nomeadamente, sobre o atendimento a Clientes e operações bancárias gerais. É importante salientar, a respeito da vertente tecnológica, que, toda a rede comercial do vasto país angolano se encontra on-line. As comunicações com os balcões das províncias fazem-se por VSAT com dados e voz integrados, e com os balcões de Luanda por um sistema misto de fibra óptica e sem fios. O BFA, que dispõe de um serviço interno de correio electrónico e de intranet, lançou, em Janeiro de 2004, o seu site E institucional. Trata-se de um canal de acesso aberto que presta informação sobre os produtos e serviços oferecidos às empresas e particulares, mas também de acesso reservado aos Clientes aderentes que queiram dispor do serviço de homebanking E. No domínio da banca electrónica, é considerável o peso do BFA quanto a rede de ATM (35%) e quanto a número de cartões de débito emitidos (65%). 66 Banco BPI Relatório e Contas 2003

69 A política de gestão privilegiou o investimento em recursos humanos angolanos, o contínuo reinvestimento em Angola dos resultados obtidos pelo BFA, a transferência de tecnologia e o acompanhamento regular em termos de auditoria e inspecção ou de resultados de gestão. O BFA, pela sua dimensão, cobertura nacional e operacionalidade, está especialmente bem colocado para apoiar o desenvolvimento e a consolidação das expectativas favoráveis, suscitadas pelo cenário mais provável de evolução. Perspectivas Nos últimos três anos, assistiu-se à bancarização crescente da economia angolana, ao aumento da transformação de depósitos em crédito, à maior diversificação da oferta e dos produtos, ao alargamento dos prazos dos instrumentos financeiros disponíveis e à redução do peso do mercado informal. Activo total líquido M Os desafios da reconstrução de Angola que geram um número crescente de pequenos e médios projectos ligados à indústria ligeira e à agro-pecuária, a par do relançamento de importantes projectos nacionais de infra-estruturas, a juventude da população e a abundância de recursos materiais permitem envolver de algum optimismo as perspectivas sobre Angola, a médio prazo. No entanto, os dividendos da paz e os resultados das prospecções petrolíferas antecipa-se um aumento da extracção de petróleo de cerca de 903 mil barris por dia, em 2002, para 2 milhões por dia, no final da década terão de ser prudentemente ponderados com o reconhecimento dos riscos associados a mercados emergentes Gráfico 27 Relatório Banca Comercial 67

70 BANCO DE FOMENTO MOÇAMBIQUE O Banco de Fomento Moçambique (BFM) começou a operar, em Março de 1993, com a abertura de uma sucursal e uma agência do Banco de Fomento e Exterior (BFE), em Maputo. Com a aquisição do BFE, em 1996, o Grupo BPI reforçou a presença no mercado moçambicano, que até então se tinha circunscrito à área da banca de investimento (consultoria), passando a dispor, através da sucursal do BFE, de um interveniente na área da banca comercial. A CRIAÇÃO DO BCI FOMENTO A transformação, em 30 de Setembro de 1998, da sucursal num banco de direito moçambicano concretizou uma decisão estratégica de reforço do envolvimento do Grupo BPI com Moçambique e criou as condições para que, no exercício de 2003, se concretizasse mais um importante marco na presença do BPI: a fusão, por incorporação, do Banco de Fomento Moçambique com o Banco Comercial e de Investimentos (BCI), mediante a transferência global do património do BFM para o BCI. Este foi, pois, juridicamente extinto, em final de Novembro, conforme escritura de 4 de Dezembro de Principais indicadores do Banco de Fomento Moçambique 1 e do BCI Fomento Valores em milhões de euros BFM 2002 Nov. 03 BCI Fomento Dez. 03 Activo Crédito a Clientes (líquido) Depósitos de Clientes Contributo para lucro consolidado do Grupo (1.3) (0.5) N.º de Colaboradores Balcões ) Os valores de Novembro de 2003 referem-se aos saldos registados Quadro 27 nas contas do BFM, na data da fusão com o BCI. 2) Para Dezembro de 2003, o contributo aqui referido considera apenas a variação mensal da participação no capital de 30% detida pelo Grupo BPI. Em Novembro de 2003, imediatamente antes da fusão com o BCI, dispondo de uma rede de sete balcões e contando com 137 Colaboradores, o BFM registava um volume de depósitos de Clientes de 68 milhões de euros e uma carteira de crédito (líquida) de 34 milhões de euros, ascendendo os seus activos a 90 milhões de euros. Da actividade desenvolvida em 2003, destaca-se o lançamento do cartão cash passport, que permite aos Clientes efectuar levantamentos nos ATM do mundo inteiro. Em resultado desta operação, o Grupo BPI passou a deter uma participação de 30% no Banco Comercial e de Investimentos, que adoptou a marca BCI Fomento. Este passou assim a operar com uma rede de 31 agências e a ter uma quota de mercado de cerca de 20%, convertendo-se na segunda maior instituição bancária do sistema financeiro moçambicano. O valor de balanço da participação de 30% do Grupo BPI no BCI Fomento ascendia, a 1 Dezembro de 2003, a 7.8 milhões de euros, pelo que se registou um goodwill E na fusão de 2.4 milhões de euros. Importa ainda referir que, pelo segundo ano consecutivo, o Banco de Fomento Moçambique recebeu o prémio Bank of the Year in Mozambique, atribuído pela revista The Banker. O Banco foi, igualmente, distinguido com a medalha de ouro por excelência na prática de negócios, atribuída pela Foundation for Excellence in Business Practice, com sede em Genebra. 68 Banco BPI Relatório e Contas 2003

71 Seguros O BPI dispõe na área dos seguros de uma parceria estratégica com o líder mundial do sector o grupo alemão Allianz. Esta associação encontra-se consubstanciada numa participação de 35% do BPI no capital da Allianz Portugal e num acordo de distribuição de seguros através da rede comercial do Banco. Os resultados positivos que têm vindo a ser obtidos encontram-se reflectidos nos níveis de actividade, de proveitos e no número de seguros atingidos em 2003: o valor das comissões aumentou em 22%, para 12.9 milhões de euros; Os Clientes do BPI dispõem, assim, de uma extensa oferta de seguros que compreende tanto o ramo real automóvel, multiriscos habitação, incêndio, obras e montagens, responsabilidade civil e roubo como o ramo vida-risco morte ou invalidez, acidentes pessoais, doença, desemprego, hospitalização e estomatologia. os prémios de seguros de vida e de não-vida atingiram, respectivamente, os 29.8 milhões de euros e 28 milhões de euros. As taxas de crescimento daqueles prémios comparam muito favoravelmente com o crescimento médio registado no sector, tendo sido superiores em 9 p.p. nos seguros de vida risco sem rendas e em 12 p.p. no segmento dos seguros não-vida; AUMENTO DO NÍVEL DE SATISFAÇÃO GLOBAL De acordo com os resultados de um estudo sobre satisfação do Cliente Bancassurance realizado pela conceituada empresa multinacional de estudos de marketing Delloite o nível global de satisfação dos Clientes do BPI que subscreveram seguros da Allianz atingiu, em 2003, o valor de 82% (74% em 2002). De idêntico modo, a Allianz obteve resultados muito positivos na análise individualizada de cada um dos atributos considerados Nível de Informação Prestada, Rapidez na Resolução de Processos, Acessibilidade no Contacto, etc. sendo que 74.4% dos Clientes com sinistros, ficaram satisfeitos com a forma como estes foram resolvidos. a evolução do número de seguros tem, de igual modo, registado um comportamento positivo, tendo-se ultrapassado no final de 2003 os 341 mil seguros activos no segmento vida risco e os 168 mil seguros activos no segmento não-vida. Comissões Intermediação de seguros M Nível de satisfação global dos Clientes do BPI % % % % 25% 50% 75% 100% Gráfico 29 Gráfico 28 Relatório Seguros 69

72 Gestão de Activos SÍNTESE DA ACTIVIDADE O volume de activos gerido pelo BPI aumentou 14.1%, em 2003, apresentando, a 31 de Dezembro, o valor de milhões de euros. Esta evolução é particularmente positiva, tendo em consideração que se manteve, em 2003, a percepção desfavorável à gestão de activos, em especial aos produtos mais expostos à instabilidade dos mercados de acções. Os investidores mantiveram, assim, a preferência por aplicações mais conservadoras, como os seguros de vida, os fundos de tesouraria ou os fundos de taxa variável. A BPI Pensões obteve, de acordo com estudos de entidades independentes e reputadas, o primeiro lugar, entre as sociedades gestoras de fundos de pensões nacionais, no que respeita à rendibilidade mediana anual, com indicadores de 13.2% e de 9.3%, conforme essa rendibilidade seja, ou não, ponderada pelos activos geridos, respectivamente. Activos de terceiros sob gestão Composição dos activos sobre gestão Em 31 de Dezembro de 2003 Bi. Com um excelente desempenho em relação às rendibilidades 10.0 obtidas, a carteira de fundos de investimento mobiliário do BPI, fruto de uma captação líquida de milhões, aumentou 14.6%, o que conferia à BPI Fundos uma quota % 17% 14% 3% de mercado de 17.5%, no final de A BPI Vida atingiu uma produção de milhões de 43% euros, obtendo o segundo lugar no mercado de seguros de vida de capitalização com uma quota de 18%, e progrediu da 11.ª para a quarta posição no ranking de produção de seguros de todo o mercado segurador (vida e não-vida) Fundos de investimento Fundos de pensões Seguros de vida Private Banking Clientes institucionais Gráfico 30 Gráfico 31 Activos sob gestão Valores em milhões de euros % 02 / 03 Fundos de investimento % Fundos de pensões % Seguros de vida % Private Banking % Clientes Institucionais % Activos sob gestão % 1) Ajustados através da eliminação de duplicações. Quadro Banco BPI Relatório e Contas 2003

73 FUNDOS DE INVESTIMENTO Apesar da evolução positiva dos mercados accionistas, os investidores mantiveram as suas aplicações em produtos de risco controlado (liquidez e taxa variável). A carteira de fundos de investimento mobiliário do BPI aumentou 14.6%, tendo atingido os milhões de euros, no final de Fundos de investimento sob gestão Bi Composição dos fundos de investimento sobre gestão Em 31 de Dezembro de % 14% Este aumento resultou da captação líquida de milhões 3.0 5% de euros, concentrada em produtos mais conservadores, nomeadamente em fundos de obrigações de taxa variável, liquidez e PPR/E % Considerando unicamente os fundos domiciliados em Portugal, a BPI Fundos apresentava, no final de 2003, uma quota de mercado de 17.5%, ou seja, ocupava o quarto Obrigações e tesouraria Eficiência fiscal (PPR/E e PPA) Diversificação Valorização (acções) lugar no ranking das sociedades gestoras portuguesas. Gráfico 32 Gráfico 33 Evolução do volume dos fundos de investimento BPI Valores em milhões de euros % 02/03 Obrigações e tesouraria % Valorização (Acções) % Eficiência fiscal (PPR/E e PPA) % Diversificação % Total % Fundos de fundos Quadro 29 Do total de fundos de investimento BPI, 10% estão colocados junto de Clientes de Private Banking do Banco Português de Investimento, enquanto 87% estão nas carteiras de Clientes particulares do Banco BPI. Distribuição dos fundos de investimento BPI Valores em milhões de euros 2000 % 2001 % 2002 % 2003 % Particulares Banco BPI % % % % Private Banking % % % % Outros 197 5% 200 6% 96 3% 112 3% Total % % % % Quadro 30 Relatório Gestão de Activos 71

74 Rendibilidades Os fundos BPI obtiveram elevadas rendibilidades, quer em valor absoluto, quer em termos relativos, quando comparadas com as dos índices de mercado ou com os valores apresentados por fundos da mesma classe: o BPI Euro Taxa Fixa rendeu 4.51%, em 2003 (já em 2002 tinha sido o melhor fundo do mercado português), mantendo a liderança na sua classe (obrigações de taxa fixa euro) e batendo o EFFAS Euro Gov>1 ano, índice que representa a dívida pública europeia; Estes resultados são o corolário da permanente concentração da equipa de gestão na optimização dos retornos. Esta selecciona os investimentos à escala global e controla os níveis de risco de modo a que sejam adequados a cada classe de activos. A atenção dedicada ao estudo dos padrões de mercado e à inovação é enquadrada pela preocupação absoluta na gestão de activos do BPI a preservação do capital. o BPI Universal, fundo que investe em fundos internacionais, teve uma rendibilidade de 21.83%, percentagem muito acima dos fundos da mesma classe em Portugal; o BPI OARAR, fundo de obrigações high yield E, teve uma rendibilidade de 24.16%, percentagem que excede a dos índices de mercado internacionais para obrigações corporate e mercados emergentes; o BPI Global, fundo balanceado que representa o modelo central de gestão discricionária da BPI Fundos, teve uma rendibilidade de 8.05%; os PPR/E do BPI tiveram, em 2003, rendibilidades de 8.43% no caso do Reforma Investimento, fundo que investe em acções, e 4.66% no caso do Reforma Segura, fundo com um perfil de investimento mais conservador. 72 Banco BPI Relatório e Contas 2003

75 SEGUROS DE VIDA DE CAPITALIZAÇÃO A produção da BPI Vida atingiu, em 2003, o valor de milhões de euros, a que corresponde um crescimento de 171.8%, relativamente a Um tal crescimento excede largamente o do mercado que se cifrou em 19.1%. A BPI Vida obteve, assim, em 2003, o segundo lugar na venda de seguros de capitalização, e atingiu uma quota de mercado de 18%. Seguros de vida de capitalização Produção anual M Evolução da produção de seguros de vida de capitalização 1) Não inclui os reinvestimentos em seguros de capitalização. Valores em milhões de euros BPI Taxas Garantidas BPI Novo Aforro Familiar Outros Total Quadro Gráfico 34 A BPI Vida obteve, em 2003, a quarta posição no ranking da produção de seguros de todo o mercado segurador (vida e não vida), o que contrasta com a 11.ª posição que ocupava em Este resultado deve-se, sobretudo, ao sucesso na captação de um novo segmento de Clientes, cuja média de idades se situa nos 55 anos, com apetência por produtos com garantia do montante investido e com rendibilidade superior à dos depósitos. As rendibilidades históricas 4% anual do Novo Aforro Familiar contribuíram em muito para o sucesso do produto. A rendibilidade para os Clientes, neste último ano, foi de 4.34%. O expressivo crescimento da BPI Vida em 2003 (171.8%), na sequência dos crescimentos igualmente elevados em 2002 (67%) e em 2001 (127%), determinaria a realização de dois aumentos de capital sucessivos em 2003 (em Julho e Dezembro), que elevaram o capital social de 17.8 milhões de euros para 50 milhões de euros. Relatório Gestão de Activos 73

76 FUNDOS DE PENSÕES A BPI Pensões geria, em 31 de Dezembro de 2003, 30 fundos de pensões, representando um volume total de activos financeiros de milhões de euros. Relativamente ao valor sob gestão no final do ano anterior, verificou-se um aumento de 6%. Foram acompanhados, em termos actuariais, 60 planos de pensões de benefício definido, foram processadas e pagas pensões a reformados e pensionistas e foi assegurada a manutenção de contas de participantes de planos de pensões de contribuição definida. De acordo com os resultados divulgados pela Mercer Investment Consulting, num estudo que englobou 85% do mercado, a rendibilidade mediana da BPI Pensões, em 2003, situou-se em 9.3%, enquanto o mercado obteve 7.8%. Segundo os resultados apurados pela Watson Wyatt International, a BPI Pensões alcançou o primeiro lugar, numa amostra representativa de 81% do mercado português, com uma rendibilidade mediana, ponderada, de 13.2%, em 2003, enquanto a mediana do mercado se situou em 7.0%. Fundos de pensões sob gestão Esforço de captação de novos Clientes A BPI Pensões participou activamente em concursos para apresentação de propostas de gestão de fundos de pensões. Bi N.º Desta participação resultou a captação de um número apreciável de novos Clientes, entre os quais se destacam o Grupo Sogrape, o Grupo Jerónimo Martins, o Grupo BNP Património sob gestão N.º de Clientes Paribas e a Docapesca. Rendibilidade dos Fundos de Pensões O ano de 2003 foi igualmente marcado pela excelente rendibilidade obtida pelos fundos de pensões sob gestão, Nota: Em 2003, a movimentação de clientes envolveu a extinção de 5 fundos de pensões, a transferência de 3 fundos e a obtenção de 7 novos Clientes. Gráfico 35 tendo a BPI Pensões alcançado, segundo estudos publicados, o primeiro lugar no ranking das sociedades gestoras de fundos de pensões nacionais, quanto a rendibilidade mediana anual. 74 Banco BPI Relatório e Contas 2003

77 Numa análise de longo prazo a três, cinco ou dez anos comparando a mediana da rendibilidade dos fundos de pensões geridos pela BPI Pensões e o desempenho do mercado, a BPI Pensões continua a apresentar resultados muito positivos. Rendibilidade de longo prazo dos fundos de pensões % % Eventos Durante o ano em análise, prosseguiram as iniciativas de estreitamento de relações com Clientes, destacando-se a conferência realizada em Sintra, que contou com a presença de dois prestigiados oradores técnicos estrangeiros, especialistas na área financeira e na de gestão de carteiras. A conferência destinou-se aos Clientes de fundos de pensões e outros Clientes institucionais da Área da Gestão de Activos do Grupo BPI. CLIENTES INSTITUCIONAIS Os activos de Clientes institucionais sob gestão, com mandato discricionário ou de aconselhamento, atingiam os 257 milhões de euros, no final de 2003, o que representa um acréscimo de 8%, relativamente ao final de Esta variação decorreu, primordialmente, da valorização ocorrida na generalidade dos mercados e da angariação de dois novos Clientes. Os resultados estiveram em linha com as rendibilidades obtidas nos produtos distribuídos ao público Últimos 3 anos Últimos 5 anos Últimos 10 anos Fonte: Watson Wyatt International Ltd. Sucursal em Portugal (rendibilidade ponderada pelo valor dos Fundos de Pensões sob gestão). Mediana BPI Pensões Mediana Mercado Últimos 3 anos Últimos 5 anos Últimos 14 anos Fonte: Mercer Investment Consulting. Gráfico 36 Relatório Gestão de Activos 75

78 Banca de Investimento SÍNTESE DA ACTIVIDADE Em 2003, a actividade de Banca de Investimento contribuiu com 8.0 milhões de euros para o lucro consolidado do Grupo e o seu ROE, situou-se em 50.4%. O exercício de 2003 foi o primeiro completo, na sequência da reestruturação do Grupo, no final de 2002, em que a actividade do Banco Português de Investimento esteve, exclusivamente, concentrada nas linhas de negócio de Corporate Finance, Acções e Private Banking. A reorganização societária traduziu-se numa redução significativa da dimensão do Banco de Investimento, conferindo-lhe uma estrutura mais simples e adequada ao negócio. Foram transferidas para o Banco BPI as actividades próprias de banca comercial até então exercidas pelo Banco de Investimento, a função de gestão financeira do Grupo, o trading de taxa fixa e as principais participações. Em consequência, os capitais próprios médios afectos à Banca de Investimento foram reduzidos de 21.9 milhões de euros, em 2002, para 13.1 milhões de euros, em O enquadramento manteve-se, em 2003, desfavorável à actividade de banca de investimento em Portugal, à semelhança do verificado nos dois anos anteriores. A economia portuguesa registou um redução real do PIB e das principais componentes da procura interna, em especial da formação bruta de capital fixo que diminuiu 10%. O mercado primário de acções em Portugal manteve-se praticamente inactivo e o volume de transacções no mercado secundário de acções continuou em queda (-12% relativamente a 2002), apesar da valorização de 16% do mercado, medida pelo índice PSI-20. Num contexto persistentemente desfavorável, os resultados obtidos e o desempenho da Banca de Investimento do BPI têm de ser considerados muito positivos. Na actividade de corporate finance o BPI manteve a intervenção em sectores importantes da economia, nomeadamente nos sectores de telecomunicações, distribuição e pasta de papel, prestando serviços a empresas de relevo Portugal Telecom, Vodafone, Impresa, Jerónimo Martins, Modelo-Continente e Portucel, entre outras. Merece destaque, igualmente, a intervenção do Banco, enquanto consultor, em diversos projectos de elevada notoriedade e relevância para o país e, em especial, para a região norte Metro do Porto; API, promoção do turismo na região do Vale do Douro; e Casa da Música. No mercado de acções, o BPI liderou e tomou firme uma das três operações realizadas no mercado primário e, no mercado secundário, prosseguiu a sua afirmação como broker Ibérico especializado em empresas de pequena e média capitalização. O BPI aumentou para 9.7% a sua quota no mercado secundário de acções da Euronext Lisboa, registou um aumento de 65% no volume de transacções intermediado por Internet e, no mercado de futuros G, manteve a primeira posição no ranking com uma quota de 18% nas transacções de futuros do PSI-20 e a segunda posição no ranking, com uma quota de 19%, nos futuros sobre acções. O research de acções do BPI foi alargado a 76 empresas ibéricas e a sua qualidade continuou, em 2003, a obter o reconhecimento nacional e internacional dos investidores institucionais. Em paralelo, o Banco concluiu, com sucesso, a dupla migração da praça de Lisboa para os sistemas de trading e de clearing da Euronext, aumentou o volume de transacções intermediadas em bolsas estrangeiras, especialmente no mercado espanhol, e abriu um escritório em Madrid. A actividade de private banking esteve orientada para a ampliação da oferta de produtos e fidelização de Clientes e privilegiou uma política de investimento e aconselhamento que, preservando o capital dos Clientes, proporcionasse uma valorização do seu património. Os activos sob gestão discricionária e aconselhamento ascendiam a milhões de euros no final de 2003, o que corresponde a um crescimento anual de 4%. 76 Banco BPI Relatório e Contas 2003

79 CORPORATE FINANCE Em 2003, a conjuntura macroeconómica portuguesa registou uma nova degradação, tendo-se verificado variações reais negativas do produto e das principais componentes da procura interna, em especial do investimento. Estes factores, conjugados com o clima de incerteza geopolítica, estiveram na origem de uma nova retracção da procura de serviços de Corporate Finance e de um aumento da tensão concorrencial. A permanente preocupação do Corporate Finance do BPI com a satisfação das necessidades dos Clientes e com a qualidade das soluções propostas de que resulta a crescente fidelização de um conjunto diversificado de Clientes levou o Banco, ao longo de 2003, a prestar, apesar das condicionantes referidas, um conjunto de serviços de que se destacam os que se seguem. FUSÕES, AQUISIÇÕES, REESTRUTURAÇÕES E CONSULTORIA Impresa: organização, montagem e tomada firme G da operação de aumento de capital, no montante aproximado de 20 milhões de euros. Portugal Telecom: assessoria no processo de avaliação dos activos de media do grupo. Vodafone Telecel: conclusão da assessoria no processo de consolidação do sector português das telecomunicações móveis e apoio à análise de decisões de investimento. Radiotelevisão Portuguesa: assessoria no processo de negociação das taxas de teledifusão. ACE: assessoria na análise de decisões de investimento e de financiamento. Gescartão: assessoria à Gescartão, na segunda fase do processo de privatização, e participação no sindicato de colocação da operação. Portucel: assessoria à Portucel SGPS, no âmbito do processo de privatização da Portucel S.A.: avaliação e apoio na análise das propostas apresentadas a concurso. Manuel Inácio & Filhos: assessoria no processo de aquisição da Sapropor. Modelo Continente: assessoria na avaliação dos activos de distribuição detidos pelo grupo no Brasil, para suporte de transacção interna já efectuada. Unicer: conclusão da assessoria no processo de reestruturação da Unicer Águas e apoio na análise de decisões de investimento. Ibersol: assessoria na reestruturação da dívida do grupo e na análise de decisões de investimento. Amorim Lage: assessoria na análise de decisões de investimento. Jerónimo Martins: assessoria na análise de decisões de investimento e em processos de avaliação. Metro do Porto: assessoria nas parcerias público-privadas das extensões do Sistema de Metropolitano Ligeiro e na definição das soluções financeiras para os interfaces e parques de estacionamento. TAP Air Portugal: conclusão do apoio à preparação do processo de reprivatização do capital da empresa. API Agência Portuguesa para o Investimento: assessoria no processo de promoção do turismo na região do Vale do Douro. Casa da Música: consultoria na definição do modelo de actividade. Quimiparque: assessoria no processo de avaliação de activos imobiliários. Vista Alegre Atlantis: assessoria no processo de reorganização empresarial e apoio em análise de projectos de investimento de internacionalização. CTT / Mailtec: assessoria no processo de concentração dos activos afectos à actividade de finishing. Relatório Banca de Investimento 77

80 ACÇÕES No ano de 2003 concluiu-se um dos períodos mais negativos para os mercados accionistas mundiais, quer pela magnitude das perdas, quer pela duração. O final da guerra no Iraque marcou o início da recuperação dos mercados accionistas; os indicadores de confiança dos investidores melhoraram e, principalmente, a economia americana deu também sinais positivos. Os mercados accionistas europeus recuperaram, desde o final de Março, cerca de 30%. Os mercados ibéricos não foram excepção, tendo o mercado espanhol registado uma valorização de 34%, enquanto o mercado português observou uma subida de 32%, no mesmo período. Apesar do enquadramento positivo, no mercado português continuaram a registar-se volumes de transacção baixos, sendo a média diária de 86 milhões de euros mais baixa do que as médias de 2002 e 2001: 98 milhões de euros e 139 milhões de euros, respectivamente. No Grupo BPI, 2003 foi o primeiro ano em que o negócio de acções foi desenvolvido integralmente no Banco de Investimento, após a incorporação da BPI Dealer, em Dezembro de Este processo, a par de outras medidas de racionalização, permitiu uma diminuição em cerca de 30% dos custos relacionados com esta área de negócio. Mercado primário de acções O mercado primário continuou praticamente inactivo em Portugal, já que apenas se concretizou a privatização da Gescartão. Outras operações de privatização que o mercado esperava foram adiadas. Em 2003, foram realizados dois aumentos de capital: o do BCP e o da Impresa. O BPI liderou e tomou firme o aumento de capital reservado a accionistas da Impresa. Mercado secundário de acções O BPI gerou, no mercado secundário, comissões no valor de 3.9 milhões de euros (uma variação homóloga positiva de 5%). Esta variação reflecte o aumento da quota de mercado do BPI, no mercado português, de 6.1% para 9.7%, bem como o aumento de transacções de acções em bolsas estrangeiras, especialmente no mercado espanhol. Estes factores contrariaram o impacto da diminuição do volume de transacções no mercado português e da pressão sobre as comissões. Em Novembro de 2003, concluiu-se, com sucesso, a dupla migração da praça de Lisboa para os sistemas de trading E e de clearing E da Euronext. Esta migração determinou a escolha de um novo sistema de negociação e back office E pelo BPI, o que implicou elevados investimentos em recursos financeiros e humanos. A BPI Online, corretora do BPI a operar via Internet, registou um aumento de 65% no volume de transacções intermediado, que se pode comparar com o crescimento de 33% do mesmo volume no mercado português de corretagem por Internet. Em 2003, a BPI Online atingiu, assim, uma quota de mercado de 7%, no segmento de corretagem via Internet, o que compara com 5.6% em O ritmo desta evolução positiva da quota de mercado acelerou nos últimos meses de 2003, tendo a BPI Online atingido o quarto lugar do ranking. Desta forma, a BPI Online, com investimentos relativamente reduzidos, aproximou-se e ultrapassou mesmo alguns dos seus principais concorrentes. 78 Banco BPI Relatório e Contas 2003

81 Research e vendas A cobertura de research abrangia, no final de 2003, 76 empresas ibéricas, 43 das quais constam nos índices PSI-20 ou IBEX 35. Entre as empresas cobertas, 49 são espanholas e 27 são portuguesas. As principais adições à lista de empresas cobertas, desde Janeiro de 2003, foram: Abengoa, Acerinox, FCC, Indra, Novabase, Prisa, Recoletos, Sogecable e Tubacex. Em 2003, o research do BPI continuou a ser distinguido nos principais rankings relativos a esta actividade. A qualidade do research foi distinguida pelos investidores institucionais, quer internacionalmente, através da Institutional Investor; quer, em Portugal, através do prémio de melhor equipa de research em Portugal atribuído conjuntamente pelo Semanário Económico e pela Deloitte. Trading A actividade de trading (incluindo a arbitragem) teve um contributo positivo, para os resultados de 2003, no valor de 3.7 milhões de euros. Em 2002, o contributo foi de 1.5 milhões de euros. No mercado de futuros, quer no que diz respeito à actividade por conta de Clientes, quer no que respeita à actividade por conta própria, o BPI continuou a ter um lugar de liderança nos futuros sobre o índice PSI-20 (18% de quota e primeira posição no ranking) e nos futuros sobre acções (19% de quota e segunda posição no ranking). O BPI foi, também, líder destacado, entre os operadores domésticos, na negociação de futuros e de opções sobre índices no MEFF (bolsa espanhola de derivados). O research do BPI obteve ainda boas classificações a nível europeu pela qualidade das estimativas e pelas recomendações relativas a empresas ibéricas. O BPI subscreveu o serviço de uma empresa externa que permanentemente monitoriza e avalia a qualidade das recomendações, bem como a capacidade de previsão dos respectivos analistas de research. Esta medida pretende estimular a qualidade do serviço prestado na área de Acções. O BPI continuou a organizar roadshows para empresas ibéricas, nomeadamente para: Bankinter, Banco Popular, Banco BPI, Ebro Puleva, Enagás, Impresa, NH Hoteles, Novabase, Portugal Telecom, PT Multimedia e Sonaecom. Relatório Banca de Investimento 79

82 PRIVATE BANKING Em 2003, o serviço de Private Banking do BPI concentrou- -se em proporcionar soluções de investimento capazes de aumentar o retorno dos activos sob gestão ou aconselhamento do Banco. Neste sentido, e sempre com o principal objectivo de preservar o património dos Clientes, privilegiou- -se uma política de investimento e aconselhamento baseada na exposição a activos de taxa de juro com perspectivas atractivas quanto à relação risco / retorno. Ao longo do ano, e sobretudo no segundo semestre, procedeu-se ao incremento gradual da exposição a acções, beneficiando-se, assim, da recuperação dos mercados accionistas. Destaca-se o aumento significativo dos recursos afectos a produtos de investimento de valor acrescentado, nomeadamente, fundos de investimento próprios e de terceiros, planos de poupança, seguros de capitalização e produtos estruturados. Salienta-se, neste âmbito, o sucesso das soluções de investimento à medida quer sob a forma de seguros de capitalização quer sob a forma de obrigações, bem como o êxito dos produtos estruturados indexados à inflação e o das aplicações geridas discricionariamente pelo Private Banking. Integrando a oferta no final de 2002, com o objectivo de proporcionar uma optimização fiscal dos investimentos e uma maior eficiência na gestão dos activos e na fidelização dos Clientes, os seguros de capitalização geridos pelo Private Banking representavam, no final de 2003, a principal componente do volume total de seguros de capitalização do Grupo e uma parte significativa do volume de activos geridos discricionariamente pelo Private Banking. O volume de negócio ascendia, em 31 de Dezembro de 2003, a milhões de euros, o que representa um acréscimo de 9% relativamente ao final do ano anterior. Daquele total, cerca de milhões de euros diziam respeito a activos sob gestão discricionária ou aconselhamento efectivo do BPI Private Banking (aumento de 4%), 395 milhões de euros eram relativos a participações estáveis sob custódia (aumento de 25%) e 80 milhões de euros correspondia a crédito concedido a Clientes (aumento de 14%). Principais indicadores do Private Banking Valores em milhões de euros Gestão discricionária e aconselhamento Gestão discricionária Aconselhamento Participações estáveis sob custódia Crédito concedido Quadro 32 BPI (Suisse), S.A. O exercício de 2003 foi o primeiro completo da BPI (Suisse) S.A., unidade de negócio cuja actividade se iniciou em Julho de A Sociedade oferece um serviço de private banking a Clientes particulares de elevado património. A actividade centrou-se, em 2003, na divulgação do serviço oferecido e na angariação de novos Clientes. 80 Banco BPI Relatório e Contas 2003

83 Private Equity No final de 2003, a área de Private Equity G do Grupo BPI geria, através da Inter-Risco, um conjunto de activos que, em valores de balanço, ascendia a cerca de 107 milhões de euros, incluindo carteira própria e fundos de terceiros. Neste âmbito, merece destaque o Fundo Caravela fundo de capital de risco promovido pelo Grupo BPI, cuja actividade arrancou em Janeiro de 2003, com uma dotação inicial de capital no valor de 20 milhões de euros. No leque de investidores do Fundo Caravela, conta-se o FEI Fundo Europeu de Investimento, para o qual esta é a primeira operação do tipo, em Portugal. Está em curso o processo de aumento do capital para 30 milhões de euros. Ao longo do exercício de 2003, foram recebidas e analisadas 70 oportunidades de investimento, que representaram intenções de investimento, na ordem dos 100 milhões de euros valor correspondente a cerca de 55% dos valores do ano anterior. De acordo com a tendência dos últimos anos, verificou-se um aumento da importância relativa dos projectos de expansão, em detrimento dos projectos com características de start-up G. O valor médio solicitado por operação situou-se nos cerca de 1.5 milhões de euros. Considerando as condições de mercado prevalecentes, mantiveram-se critérios particularmente rigorosos de análise e selecção dos projectos, pelo que a taxa de projectos recusados, neste exercício, superou os 70%. Durante o exercício de 2003, realizaram-se investimentos de cerca de oito milhões de euros, essencialmente relativos a reforços de participações já existentes. Adicionalmente, o Grupo BPI subscreveu um total de dez milhões de euros do capital do Fundo Caravela, o qual, dado o arranque recente, dispõe de uma elevada capacidade de investimento. A Inter-Risco subscreveu o protocolo do Fundo de Sindicação de Capital de Risco, criado em Julho de 2003, onde se prevê que o Fundo venha a permitir, nas suas diversas vertentes, alavancar a capacidade de investimento da Inter-Risco e dos fundos por si geridos. A actividade empresarial manteve-se relativamente fraca em Portugal e na Europa, no que diz respeito a fusões e aquisições 2003 registou o valor mais baixo dos últimos quatro anos em número de transacções e em valor transaccionado, bem como no que diz respeito a volumes de investimento de capital (que caíram cerca de 21%, em Portugal). Apesar disto, procedeu-se à alienação integral de seis participações três das quais no âmbito de OPA, no montante de 23 milhões de euros (valores de balanço). Mercado O sector de capital de risco, em Portugal, manteve, em 2003, as mesmas características dos últimos anos: escassez de oportunidades de investimento atractivas, reduzidas perspectivas de rotação da carteira de investimentos devido à fraca movimentação empresarial já referida, e um nível global de actividade pouco expressivo, relativamente ao contexto europeu. Os indicadores disponíveis relativos à actividade de private equity em Portugal, no ano de 2003, apontam para uma diminuição de 10% do volume de investimento, o qual ascendeu a cerca de 100 milhões de euros. Também as oportunidades de venda praticamente não existiram, pelo que os desinvestimentos sofreram uma quebra de 52%, especialmente sentida no desinvestimento por trade sale, que se reduziu em 76% relativamente ao ano anterior. Relatório Private Equity 81

84 Apesar do afluxo significativo de capitais ao sector, fundamentalmente oriundos do sector público, via POE, não ocorreu, durante o exercício, qualquer operação de relevo no mercado português, ao contrário do que se observou num mercado próximo, o espanhol. A nível internacional já se registou algum dinamismo em torno de operações de dimensão relevante, nomeadamente operações public-to-private. uma visão estratégica do negócio, com elevado potencial de crescimento, e providas dos adequados sistemas de informação de gestão. Investimentos A actual carteira de investimentos apresenta um equilíbrio saudável das várias componentes de apreciação, quer sectorial, quer quanto à natureza do investimento. Estratégia de investimento A actividade do Private Equity do BPI, no exercício de 2003, consistiu essencialmente no acompanhamento da carteira de participações existente, e na detecção e análise de oportunidades de investimento. A Inter-Risco passou a exercer a actividade de private equity participando nos fundos de capital de risco por si geridos, à semelhança do modelo adoptado na generalidade dos mercados europeus. Carteira de Private Equity Repartição por sector 13% 16% 1% 14% 3% 5% 48% Carteira de Private Equity Repartição por natureza do investimento 70% 21% 9% Este novo modelo de negócio permitirá potenciar e tornar os proveitos mais recorrentes, alavancando a experiência de gestão de activos de private equity através da atracção de capitais externos, sobre os quais é cobrada uma comissão de gestão anual. Consumidor final Informática Holdings Outras manufacturas Retalho Serviços financeiros Outros Gráfico 37 Buyout Expansion Start-up Gráfico 38 Neste âmbito, a Inter-Risco passará a limitar a actividade directa de investimento a eventuais operações de acompanhamento e reforço de capital em empresas actualmente participadas, direccionando em exclusivo a sua política de novos investimentos para o Fundo Caravela. Na sequência da entrada em actividade do Fundo Caravela, adoptou-se, durante o exercício, uma política activa de procura de oportunidades de investimento, que conduziu ao desenvolvimento de diversas acções, junto de alvos seleccionados. A estratégia de investimento deste Fundo, vocacionado para PME nacionais, privilegiará os projectos liderados por equipas de gestão profissionais, dotadas de 82 Banco BPI Relatório e Contas 2003

85 Investimentos de Private Equity Valores em milhões de euros Empresa % detida Investimento líquido Actividade Vista Alegre Atlantis % 13.6 Produção e comercialização de louça de mesa e decorativa (de porcelana, faiança, cristal e vidro). Cofina 8.58% 12.2 Média, Aços, Celulose, Cerâmica e Vidro. Ibersol % 6.9 Retalho alimentar (Pizza Hut, Goody s, KFC, O Kilo, Pasta Café, Frangão ). Ensitel 10.78% 1.9 Retalho de equipamento de telecomunicações. ParaRede 12.21% 8.2 Serviços e produtos de tecnologias de informação. Arco Bodegas Unidas 2.14% 4.1 Produção e comercialização de vinhos. Fernando & Irmãos (Aveleda) 15.56% 3.2 Produção e comercialização de vinhos. Ricon 17.02% 3.0 Produção e retalho especializado em roupa masculina (lojas Gant e Decenio). Caravela Gest 20.0% 1.2 Retalho alimentar (Häagen Dazs). Tecmic 24.45% 1.4 Microelectrónica. ChipIdea 4.76% 1.2 Prestação de serviços à indústria de semicondutores / design de chips. Multitema % 1.1 Impressão gráfica e produção de conteúdos multimédia. WhatEverNet 12.58% 1.3 Serviços e produtos em tecnologias de informação. TVTEL 25.0% 0.5 Televisão por cabo. Brasopi 15.03% 0.6 Retalho especializado em roupa masculina (lojas Boxer Shorts by Throttleman). Caderno Verde 23.86% 0.1 Grupo editorial e prestação de serviços de comunicação e consultoria ambiental. Outras Participações 10.0 Total Private Equity ) Corresponde às participações directas do Banco BPI (12.72%) e da Inter-Risco (5.11%), detida em 83.64% pelo Grupo BPI, bem como à participação directa do Fundo FRIE (1.89%), de que a Inter-Risco é sociedade gestora, que não se encontra reflectida na carteira consolidada de participações do Grupo. 2) Corresponde à participação directa detida pelo Banco BPI (6.33%) e à participação indirecta (5.50%) detida através da IES. 3) Corresponde à participação directa da Inter-Risco (12.7%), detida em 83.64% pelo Grupo BPI, bem como à participação directa do Fundo FRIE (17.53%), de que a Inter-Risco é sociedade gestora, que não se encontra reflectida na carteira consolidada de participações do Grupo. Quadro 33 Relatório Private Equity 83

86 Análise financeira RESULTADOS CONSOLIDADOS Síntese O lucro líquido consolidado do BPI, no exercício de 2003, ascendeu a milhões de euros, o que corresponde a um crescimento de 17%, relativamente aos milhões de euros obtidos em O lucro líquido por acção situou- -se em 21.6 cêntimos de euro, ou seja, 12.1% superior ao do ano anterior. A rendibilidade dos capitais próprios (ROE) foi de 13.9%. O contributo da actividade doméstica de Banca Comercial aumentou 2.3%, atingindo os milhões de euros, em A área de Banca de Investimento contribuiu com 8.0 milhões de euros para o lucro consolidado (-0.5 milhões de euros em 2002) e o contributo da área de Private Equity e das outras participações de capital aumentou de um valor negativo de 7.5 milhões de euros, em 2002, para um valor positivo de 2.7 milhões de euros, em A actividade internacional contribuiu com 19.9 milhões de euros para o lucro consolidado, o que corresponde a mais 11.7% do que em O crescimento mais moderado (+0.7%) dos recursos de Clientes no balanço depósitos e produtos de dívida estruturados foi compensado com emissões de dívida titulada, colocada junto de institucionais. A componente de funding E de médio e longo prazo foi assim aumentada. Por outro lado, aproveitando algum dinamismo dos mercados de acções, promoveu-se a oferta de fundos de investimento e seguros de capitalização com registo fora do balanço, o que resultou num aumento de 17.9% destes recursos. Lucro líquido Produto bancário M. 200 M A actividade do Grupo desenvolveu-se, em 2003, numa conjuntura mais adversa, marcada por uma contracção da economia, após dois anos de forte desaceleração. Esta conjuntura condicionou a evolução dos proveitos ao longo destes três anos e provocou um aumento do risco de crédito na economia Gráfico Gráfico 40 Em 2003, a carteira global de crédito aumentou 7.1%, valor que reflecte a opção do BPI por uma abordagem diferenciada dos segmentos. A concessão de crédito hipotecário manteve-se prioritária, tendo-se registado um crescimento de 16.5% e um aumento da quota de mercado. A restante carteira de crédito, pelo contrário, contraiu-se em 0.5%. A evolução descrita reflecte uma política de concessão de crédito, cujo principal critério consiste na obtenção de uma adequada rendibilidade do capital em função dos níveis de risco envolvidos. 84 Banco BPI Relatório e Contas 2003

87 A par da evolução dos proveitos, que até ao final de 2003 cresceram, em média, 3% ao ano, desde 2000 (mais 3.2%, em 2003), o BPI intensificou a partir do final de 2001, o programa de racionalização operativa, melhoria da eficiência e aumento da competitividade que permitiu que os custos de estrutura em 2003 fossem inferiores em 2.4% aos do exercício de O programa envolve o rejuvenescimento e racionalização dos recursos humanos, a gestão proactiva e a modernização da rede de balcões, a simplificação e automatização de processos operativos e a intensificação do recurso aos canais virtuais. Em termos gerais, as agências internacionais de rating consideram positivo o desempenho do BPI, nomeadamente pela manutenção dos níveis de rendibilidade e de qualidade dos activos e mantiveram as notações de rating atribuídas ao BPI ao longo do ciclo económico, tendo, em 2003, o outlook do Banco sido melhorado por uma das agências internacionais para positivo. Custos de estrutura 1 M. 600 Rácio de eficiência e rácio cost-to-income % 90 Foi assim possível melhorar o rácio de eficiência 1 de 71.9%, em 2000, para 66.7%, em Em simultâneo com um crescimento e rendibilidade apropriados, o BPI conseguiu, neste ciclo, salvaguardar indicadores adequados de solidez financeira. No final de 2003, os principais indicadores eram: o rácio de requisitos de fundos próprios, calculado de acordo com as normas do Banco de Portugal, ascendia a 9.9% e o rácio Tier I, a 6.7%; rácio total de 11.1%, e Tier I, de 6.8%, de acordo com as normas do Bank of International Settlements (BIS); a carteira de participações registava um saldo positivo entre mais-valias e menos-valias líquidas de provisões de 68.4 milhões de euros; ) Custos com pessoal, outros gastos administrativos e amortizações. Gráfico Rácio de eficiência 1 Cost-to-income 2 1) Custos de estrutura em % do produto bancário, excluindo lucros em operações financeiras. 2) Custos de funcionamento (custos com pessoal e outros gastos administrativos) em % do produto bancário. Gráfico 42 o rácio de crédito vencido com mais de 90 dias era de 1.2% (1.3%, em 2002), e o nível de provisões existentes assegurava uma cobertura de 148%; o património dos fundos de pensões assegurava a cobertura integral (101.4%) das responsabilidades com pensões, reconhecidas no balanço. 1) Relação entre custos de estrutura e produto bancário, excluindo lucros em operações financeiras. Relatório Análise financeira 85

88 CONTA DE RESULTADOS O produto bancário consolidado cresceu 3.2%, ascendendo a milhões de euros, em Importa destacar que as comissões e outros proveitos líquidos aumentaram 6.3%, enquanto a margem financeira registou uma redução de 2.7%. Os custos com pessoal foram reduzidos em 0.4%, o que traduz a execução do programa de racionalização e rejuvenescimento do quadro de Colaboradores afecto à actividade doméstica, que incluiu, em 2003, a realização de 483 reformas antecipadas. Os custos de estrutura registaram um aumento moderado de 0.4%, inferior à progressão dos proveitos, que permitiu manter a trajectória de melhoria do rácio eficiência 1. Este foi reduzido de 67.1%, em 2002, para 66.7%, em As provisões líquidas de reposições aumentaram 19.4%, o que resultou principalmente do aumento das dotações para cobertura do crédito em incumprimento 2. As dotações para risco específico de crédito, em percentagem da carteira de crédito produtivo, aumentaram de 0.38%, em 2002, para 0.49%, em Salienta-se, todavia, que o acréscimo de crédito vencido, ajustado de write-offs 3 G e deduzido das recuperações, em percentagem da carteira de crédito, diminuiu de 0.63%, em 2002, para 0.31%, nível próximo da média dos últimos três anos. Apesar do aumento do custo do risco, em 2003, a melhoria da eficiência permitiu que o resultado corrente aumentasse 4.5%, ascendendo a milhões de euros. Os resultados extraordinários diminuíram de um valor negativo de 5.3 milhões de euros, em 2002, para um valor negativo de 18.9 milhões de euros, o que resulta essencialmente dos custos com as reformas antecipadas realizadas em Por outro lado, a redução da taxa média de imposto sobre os lucros 4, que em 2002 era de 24% e em 2003 foi de 13%, bem como o aumento do contributo das subsidiárias na área dos seguros (consolidadas por equivalência patrimonial) concorreram para que o lucro líquido consolidado crescesse 17% O cash flow após impostos ascendeu a milhões de euros, o que correspondeu a um aumento de 13.1%. Lucro líquido em 2003 M Resultados de subsidiárias reavaliadas por equivalência patrimonial Lucro líquido consolidado Impostos sobre lucros Resultados extraordinários Interesses minoritários Provisões 400 Produto bancário 200 Custos de estrutura 0 Proveitos Resultado líquido Custos e impostos 1) Relação entre custos de estrutura e produto bancário, excluindo lucros em operações financeiras. 2) A cobertura do crédito vencido e de cobrança duvidosa é realizada de forma progressiva, em conformidade com coeficientes mínimos de cobertura, definidos pelo Banco de Portugal (Aviso 8 / 2003). Estes tomam em consideração a antiguidade das situações de incumprimento, o tipo de crédito e a natureza das garantias. 3) Os write-offs correspondem ao montante de créditos vencidos integralmente provisionados que foram abatidos ao activo durante o ano. 4) Medida pela relação entre provisão para impostos e o resultado antes de impostos. Gráfico Banco BPI Relatório e Contas 2003

89 Conta de resultados Valores em milhões de euros Actividade doméstica Actividade internacional Grupo BPI (consolidado) % % % Margem financeira estrita (0.7%) (17.6%) (2.0%) Rendimento de títulos (de rendimento variável) (35.0%) (35.0%) Margem financeira (1.4%) (17.6%) (2.7%) Comissões e outros proveitos equiparados (líq.) % (4.7%) % Recuperações de crédito vencido % % Lucros em operações financeiras (líq.) % (4.2) % % Produto bancário % % % Custos com pessoal (0.7%) % (0.4%) Outros gastos administrativos % % % Amortizações (8.5%) % (6.4%) Custos de estrutura (0.2%) % % Resultado operacional % % % Provisões (líq.) % % % Resultado corrente % % % Resultados extraordinários (líq.) (9.2) (19.0) (105.6%) (96.5%) (5.3) (18.9) (254.4%) Resultado antes de impostos, resultados por equivalência patrimonial e interesses minoritários (2.6%) (2.7%) (2.6%) Impostos sobre lucros (58.9%) (15.4%) (47.2%) Resultado após impostos % % % Resultados de subsidiárias reavaliadas pelo método da equivalência patrimonial % (0.3) % % Interesses minoritários no lucro % % Lucro líquido % % % Cash flow após impostos % % % Quadro 34 SEGMENTAÇÃO GEOGRÁFICA DA ACTIVIDADE DO GRUPO BPI A actividade doméstica corresponde à actividade de Banca Comercial desenvolvida em Portugal, incluindo a prestação de serviços bancários a não residentes, designadamente a elementos das comunidades de emigrantes e os serviços prestados na sucursal de Madrid, e engloba também a actividade de Banca de Investimento, e a actividade de Private Equity e outras participações. Banco Post e, no mês de Dezembro, procedeu-se à fusão, por incorporação, do Banco Fomento Moçambique no Banco Comercial e de Investimentos. Na sequência da fusão, este adoptou a marca BCI Fomento. Em resultado da operação, o Grupo BPI passou a deter 30% do BCI Fomento e as contas deste, já relativamente a Dezembro de 2003, foram integradas pelo método de equivalência patrimonial. A actividade internacional consistiu, até perto do final de 2003, na actividade desenvolvida pelo Banco de Fomento Angola e pelo Banco de Fomento Moçambique, incluindo ainda a apropriação de resultados correspondente à participação de 17% no Banc Post da Roménia. Em Novembro de 2003, concretizou-se a alienação da participação de 17% no Em 31 de Dezembro de 2003, os capitais próprios afectos à actividade da Banca Comercial no estrangeiro (capitais próprios do Banco de Fomento Angola e valor de balanço da participação de 30% no BCI Fomento em Moçambique) ascendiam a 63.8 milhões de euros, o que correspondia a 5.2% dos capitais próprios do Grupo. Relatório Análise financeira 87

90 Rendibilidade por áreas de negócio Em 2003, a rendibilidade média dos capitais próprios (ROE) consolidados do Grupo foi de 13.9%. O ROE da Banca Comercial doméstica situou-se nos 12.3%, enquanto a Banca de Investimento, em virtude do reduzido consumo de capital, registou um ROE de 50.4%. É importante referir que, na sequência da reestruturação do Grupo, no final de 2002, as actividades de project finance e de trading de taxa fixa passaram a ser desenvolvidas pelo Banco Comercial, enquanto o Banco de Investimento se tornou responsável, em exclusivo, pelas actividades de corporate finance, corretagem, trading de acções e private banking. Em consequência, os capitais próprios médios afectos à Banca de Investimento foram reduzidos de 21.9 milhões de euros, em 2002, para 13.1 milhões de euros, em conta este ajustamento, a quase totalidade do capital do Grupo está alocado à Banca Comercial doméstica (94.1% do capital médio em 2003). À Banca de Investimento esteve alocado, em 2003, 1.1% do capital médio do Grupo e à área de Private Equity e outras participações, 3.7% do capital. Quanto à actividade de Banca Comercial no estrangeiro o valor foi de 1.1% do capital. Contributos por área de negócio para o lucro líquido de 2003 M Para efeitos de determinação da rendibilidade, os capitais próprios afectos a cada negócio são ajustados. Tendo em 0 Actividade doméstica de Banca Comercial Banca de investimento Private Equity e outras participações Actividade internacional de Banca Comercial Lucro líquido consolidado Gráfico 44 ROE por áreas de negócio Valores em milhões de euros Banca Comercial Actividade doméstica Banca de Investimento Private Equity e outras participações Actividade internacional de Banca Comercial Grupo BPI (consolidado) Activo médio ponderado pelo risco Capital próprio (207.4) Ajustamento por reafectação do capital (23.2) (401.7) (15.0) (107.6) (93.7) - - Capital alocado (ajustado) Lucro líquido (0.5) 8.0 (7.5) Ajustamento ao lucro por reafectação de capital (1.4) (9.1) (1.1) (1.8) (1.6) - - Lucro líquido (ajustado) (16.6) ROE 14.0% 12.3% 21.5% 50.4% neg. 3.7% 157.7% 145.3% 13.5% 13.9% Nota: Na determinação do capital alocado a cada área pressupôs-se uma utilização de capital idêntica à utilização média no Grupo. Deste modo, o valor do capital Quadro 35 alocado a cada área é calculado multiplicando o activo ponderado pelo quociente entre situação líquida e activo ponderado do Grupo. Sempre que a situação líquida de uma área de negócio seja superior (ou inferior) ao capital alocado, pressupõe-se uma redistribuição de capital, sendo o contributo da área ajustado pelos custos (proveitos) que resultam do aumento (diminuição) dos recursos alheios, em virtude da reafectação do capital. A rendibilidade de cada área resulta do quociente entre o contributo ajustado e o capital alocado à área. 1) Inclui dívida não remunerada do Banco de Fomento Angola. Esta dívida resultou de, no âmbito da transformação da ex-sucursal de Angola em banco de direito local, se ter convertido parte da sua situação líquida num crédito do Banco BPI sobre o novo banco. Este crédito está a ser amortizado, de acordo com um plano de dez prestações semestrais, a primeira das quais teve lugar em Dezembro de Banco BPI Relatório e Contas 2003

91 Margem financeira A margem financeira consolidada diminuiu 2.7% relativamente a 2002, ou seja, 13.1 milhões de euros. A margem financeira em percentagem do activo total médio situou-se em 1.82%, inferior em 0.13 pontos percentuais à de A margem financeira estrita proveniente da actividade doméstica evidenciou uma evolução menos desfavorável ao decrescer 0.7%, ou seja, 2.89 milhões de euros 1. Na actividade internacional, a redução de 17.6% (-6.54 milhões de euros) da margem financeira estrita reflectiu, por um lado, uma redução das taxas de juro das aplicações em moeda local e, por outro lado, uma reafectação de recursos de aplicações em moeda local para aplicações em moedas fortes. Estas aplicações geraram margem financeira menor, em virtude de serem remuneradas a taxas mais baixas, mas em contrapartida, originaram ganhos cambiais, registados em lucros em operações financeiras, que derivaram da respectiva apreciação cambial. Margem financeira Margem financeira M Valores em milhões de euros Margem financeira em 2003 Contributos por segmentos geográficos 1.4% 6.4% 2003 Margem financeira estrita Actividade doméstica (0.7%) Actividade internacional (17.6%) Margem financeira estrita (consolidada) (2.0%) [em % do activo total médio] 1.91% 1.80% Rendimento de títulos (dividendos) (35.0%) Margem financeira (consolidada) (2.7%) [em % do activo total médio] 1.95% 1.82% Por memória: Activo total médio (consolidado) % 92.1% % Quadro 36 Os dividendos recebidos ascenderam a 6.8 milhões de euros, o que correspondeu a uma redução de 3.6 milhões de euros relativamente a Incluíam nesse ano, 6.3 milhões de euros recebidos de uma participação que foi alienada no primeiro trimestre de Gráfico 45 Margem financeira estrita da actividade doméstica Margem financeira estrita da actividade internacional Rendimento de títulos (dividendos) Gráfico 46 1) A consolidação da BPI Rent por integração global, pela primeira vez em 2003, traduziu-se num aumento da margem de 4.6 milhões de euros. Se se excluir o impacto da consolidação da BPI Rent, a margem financeira estrita proveniente da actividade doméstica teria diminuído 1.7 % (-7.5 milhões de euros). Relatório Análise financeira 89

92 Análise de spreads e volumes A evolução da margem financeira estrita consolidada em 2003 continuou pressionada pela redução de spreads. O spread E médio entre activos e passivos remunerados diminuiu 0.19 pontos percentuais, o que deu origem a um impacto negativo na margem de 39 milhões de euros. O referido estreitamento de spreads resultou da redução verificada do lado dos recursos 1 em 0.41 pontos percentuais, que superou o aumento em 0.21 pontos percentuais registado no spread dos activos remunerados 1. O impacto negativo da redução de spreads conduziu à redução da margem financeira estrita, uma vez que, num contexto de crescimento moderado da actividade, foi apenas parcialmente compensado pelo efeito positivo da expansão em 5.2% dos activos remunerados médios. Estes tiveram na margem um impacto de 26.8 milhões de euros. Spread médio trimestral % Entre crédito e depósitos Entre activos e passivos remunerados Gráfico 47 Activos remunerados Saldo médio anual Bi Activos remunerados Crédito a Clientes Gráfico 48 Taxas médias dos activos remunerados e dos passivos remunerados ) Face à média anual da Euribor a três meses: activos remunerados = yield médio - Euribor a três meses passivos remunerados = Euribor a três meses - yield médio 2003 Valores em milhões de euros 2002 / 2003 Saldo médio Taxa média Spread médio 1 Saldo médio Taxa média Spread médio 1 Do saldo médio (M. ) Do spread médio (p.p.) Aplicações em instituições de crédito % (0.2%) % 0.0% Crédito a Clientes % 2.0% % 2.1% Obrigações e outros títulos de rendimento fixo % 3.0% % 2.7% Activos remunerados % 1.7% % 1.9% Débitos para com instituições de crédito % (0.3%) % (0.5%) Débitos para com Clientes % 1.1% % 0.7% Débitos titulados % 0.2% % (0.3%) Passivos subordinados % (1.3%) % (1.3%) Passivos remunerados % 0.5% % 0.1% Spread médio entre activos e passivos remunerados 2.3% 2.1% Por memória: Activo total médio Euribor a três meses 3.3% 2.3% Quadro 37 1) Spread médio face à média anual da Euribor a três meses. 90 Banco BPI Relatório e Contas 2003

93 O saldo médio da carteira de crédito cresceu 5.1% (+810 milhões de euros) e o saldo médio da carteira de obrigações aumentou em 36.1% (+861 milhões de euros), o que reflectiu principalmente o investimento em obrigações do tesouro e em obrigações de empresas estrangeiras de elevado rating. Estes aumentos foram parcialmente financiados com fundos provenientes da redução em milhões de euros do saldo médio das aplicações em instituições de crédito, pelo que o crescimento dos activos médios remunerados se cifrou em 5.1% ( milhões de euros). 2003, e principalmente da redução do peso relativo do crédito de wholesale banking (spread médio 1.07 p.p. em 2003). No final de 2003, a carteira de crédito hipotecário com taxa variável representava 99.5% do total da carteira. O crédito com taxa variável está directamente indexado às taxas de mercado, com um repricing médio de cerca de seis meses. Spread médio trimestral do crédito Face à Euribor 3 meses % 4 Taxas de juro do crédito Taxas médias trimestrais % 10.0 Do lado da captação de fundos, o crescimento mais moderado dos depósitos, que constituem os recursos com maior spread, apenas permitiu o financiamento de 19% da expansão do activo. Em complemento, recorreu-se à captação de fundos junto de outras instituições de crédito, que financiou 49% do aumento do activo, e a emissões de dívida titulada senior e subordinada, que financiaram 28% do crescimento do activo. Spreads do crédito a Clientes O spread médio da carteira de crédito (a qual representava 73% dos activos médios remunerados em 2003) aumentou em 0.17 pontos percentuais em Crédito a Clientes Gráfico Crédito a Clientes Euribor 3 meses Gráfico 50 Este aumento reflectiu, por um lado, o incremento dos spreads em cerca de 0.13 pontos percentuais, em média, nas carteiras dos segmentos de wholesale banking, grandes e médias empresas, em relação aos correspondentes indexantes, e em 0.59 pontos percentuais no crédito ao consumo e crédito pessoal. Por outro lado, a alteração da estrutura da carteira de crédito contribuiu para o aumento do spread médio da carteira em resultado do aumento do peso relativo do crédito hipotecário (spread médio de 1.36 pontos percentuais, em 2003), de 35%, em 2002, para 40%, em Relatório Análise financeira 91

94 Spreads dos recursos A redução de spreads do lado dos recursos esteve essencialmente associada ao enquadramento de queda das taxas de mercado (a média da taxa Euribor G a três meses diminuiu de 3.3%, em 2002, para 2.3%, em 2003). A referida redução foi especialmente acentuada no primeiro semestre de 2003 e conduziu a uma diminuição dos spreads dos depósitos 1. Para o estreitamento dos spreads nos recursos contribuiu também, embora em menor medida, o aumento do saldo médio dos recursos captados junto de outras instituições de crédito e a emissão de dívida titulada, destinados a complementar a utilização dos depósitos no financiamento da expansão dos activos remunerados. Proveitos e custos com juros A margem financeira estrita consolidada diminuiu 9.4 milhões de euros relativamente a 2002, o que resultou essencialmente da conjugação do efeito positivo da expansão dos activos e passivos remunerados de 26.8 milhões de euros, com um impacto negativo superior, de 39 milhões de euros, resultante da redução do spread médio entre as aplicações e os recursos. Spread médio trimestral dos recursos Face à Euribor 3 meses % Depósitos e outros débitos para com Clientes remunerados Passivos remunerados Gráfico 51 Taxas de juro dos recursos Taxas médias trimestrais % Depósitos e outros débitos para com Clientes remunerados Passivos remunerados Euribor 3 meses Gráfico 52 Num contexto de descida das taxa de juro de mercado, a redução da taxa de juro média das aplicações conduziu a uma redução de milhões de euros dos proveitos com juros, enquanto o estreitamento verificado no spread médio dos recursos, determinou uma menor redução dos custos com juros, que se cifrou em milhões de euros. Deste modo, o impacto líquido na margem foi, conforme referido anteriormente, negativo em 39 milhões de euros. 1) Uma parte dos recursos são menos sensíveis à evolução das taxas de juro de mercado, nomeadamente, os depósitos à ordem que são remunerados a taxa zero ou próxima de zero. 92 Banco BPI Relatório e Contas 2003

95 No quadro seguinte, analisa-se a evolução dos proveitos com juros das aplicações remuneradas e dos custos com juros dos recursos remunerados. Evolução dos proveitos e dos custos com juros Valores em milhões de euros 2002 Efeito-saldo Efeito-taxa Efeito-residual Variação total 2003 Proveitos dos activos remunerados Aplicações em instituições de crédito (16.7) (25.8) 4.0 (38.5) 69.3 Crédito a Clientes (131.7) (6.7) (95.5) Obrigações e outros títulos de rendimento fixo (30.3) (11.0) Correcção pelo efeito de estrutura 1 - (23.2) Proveitos dos activos remunerados (169.5) (8.8) (121.3) Custo dos passivos remunerados Débitos para com instituições de crédito (51.4) (4.5) (35.9) Depósitos e outros débitos para com Clientes remunerados (60.6) (1.1) (57.1) Débitos titulados (16.1) (1.3) (8.8) 97.7 Passivos subordinados (6.2) (0.3) (5.0) 23.8 Correcção pelo efeito de estrutura 1 - (4.6) Custo dos passivos remunerados (130.5) (6.3) (106.7) Subtotal (proveitos dos activos custo dos passivos) (39.0) (2.4) (14.6) Outros proveitos e custos 2 (27.9) 9.5 (18.4) Proveitos líquidos de swaps G e outras operações extrapatrimoniais 25.7 (4.3) 21.4 Margem financeira estrita (9.4) Rendimento de títulos de rendimento variável 10.4 (3.6) 6.8 Margem financeira (13.1) ) Linha de reconciliação da soma dos efeitos volume, preço e residual das componentes dos activos e passivos remunerados relativamente ao valor dos mesmos efeitos calculados para a totalidade dos activos e passivos remunerados, em virtude de estes últimos serem igualmente influenciados pela alteração da estrutura das aplicações e recursos, cujo efeito não é apreendido pela soma dos efeitos das respectivas componentes. 2) Proveitos com juros de activos monetários e outros activos, líquidos de contribuições para o fundo de garantia de depósitos e custo com juros de outros passivos. Quadro 38 Evolução da margem financeira em 2003 Proveniência da margem financeira 1 em 2003 M % 7.4% % Margem financeira em 2002 Efeito-saldo Efeito-taxa Efeito residual e outros Rendimento de títulos (de rendimento variável) Margem financeira em 2003 Intermediação de crédito Carteira de obrigações Cobertura, gestão de balanço, trading e outros 1) Considerando o custo médio dos recursos remunerados. Gráfico 53 Gráfico 54 Relatório Análise financeira 93

96 Comissões As comissões e outros proveitos equiparados (líquidos) cresceram 6.3%, no total do Grupo, relativamente a 2002, em resultado do aumento de 7.1% das comissões provenientes da actividade doméstica. Na actividade doméstica, as comissões e outros proveitos equiparados da Banca Comercial aumentaram 9.4%, ou seja, aumentaram 17.9 milhões de euros 1. Salienta-se, relativamente a 2002, o aumento das comissões relativas a crédito e garantias (+18.3%), a cartões (+5.6%), a depósitos e serviços associados (+10.8%), à intermediação de seguros (+22.1%) e à colocação de produtos não financeiros (+22.2%). As comissões de Banca de Investimento, por seu lado, registaram, em 2003, uma redução de 12.2% (-2.7 milhões de euros), cifrando-se em 19.8 milhões de euros. Comissões e outros proveitos equiparados líquidos M Banca de Investimento Banca Comercial no estrangeiro Banca Comercial doméstica Gráfico 55 De referir que as comissões associadas a fundos de investimento e seguros de capitalização 2, no montante global de 45.6 milhões de euros, evidenciaram, em 2003, uma progressão favorável trimestre a trimestre, embora registassem, no ano, uma redução de 5.0% (-2.4 milhões de euros) em relação a Estas comissão estão incluídas nos contributos da Banca Comercial doméstica e da Banca de Investimento. Na actividade internacional de Banca Comercial, as comissões e outros proveitos equiparados ascenderam a 15.2 milhões de euros, o que corresponde a uma diminuição de 4.7% (-0.8 milhões de euros) relativamente a Em 2003, incluíram custos não recorrentes de 0.6 milhões de euros relativos a taxas alfandegárias sobre a importação de equipamento para a nova sede do Banco de Fomento Angola. 1) Se se excluirem as comissões provenientes da BPI Rent de 1.5 milhões de euros em 2003, a qual foi consolidada pela primeira vez por integração global, o crescimento das comissões de Banca Comercial doméstica foi de 8.6%. 2) Inclui comissões de colocação e banco depositário e comissões de gestão da BPI Fundos, as quais são repartidas pelas áreas de Banca Comercial doméstica e Banca de Investimento de acordo com a importância relativa de cada área na colocação dos produtos. Em 2003, 88% das comissões foram alocadas à Banca Comercial doméstica e os restantes 12% à Banca de Investimento. 94 Banco BPI Relatório e Contas 2003

97 Comissões e outros proveitos equiparados 1 (líquidos) 2002 % 2003 % Valores em milhões de euros % Actividade doméstica Comissões associadas a crédito e garantias % % 18.3% Proveitos com cartões % % 5.6% Depósitos à ordem e serviços associados % % 10.8% Fundos de investimento e seguros de capitalização % % 0.1% Intermediação de seguros % % 22.1% Comissões relativas à colocação de produtos não financeiros 3.2 1% 4.0 2% 22.2% Serviços bancários 8.9 4% 8.8 4% (1.5%) Operações sobre títulos 3.3 1% 3.5 1% 6.3% Outras 0.1 0% (0.7) (0%) - Comissões de Banca Comercial % % 9.4% Fundos de investimento 9.8 4% 7.4 3% (25.0%) Serviços bancários 9.2 4% 6.3 3% (31.6%) dos quais, gestão de activos e aconselhamento 2.8 1% 2.3 1% (17.7%) consultoria e avaliação 6.3 3% 4.0 2% (37.1%) Corretagem e outras operações sobre títulos 4.2 2% 5.2 2% 25.5% Outras (0.6) (0%) 0.9 0% - Comissões de Banca de Investimento % % (12.2%) Comissões da actividade doméstica % % 7.1% Comissões da actividade internacional % % (4.7%) Total % % 6.3% 1) Inclui outros proveitos de exploração líquidos, excluindo recuperações de crédito vencido e inclui outros impostos à excepção do imposto sobre os lucros. Quadro 39 Relatório Análise financeira 95

98 Lucros em operações financeiras Os lucros em operações financeiras aumentaram de 19.5 milhões de euros em 2002, que correspondiam a 2.6% do produto bancário, para 36.2 milhões de euros em 2003 e uma importância relativa no produto bancário de 4.7%. Os lucros em operações financeiras na actividade doméstica ascenderam a 24 milhões de euros, montante ligeiramente superior aos 23.8 milhões de euros obtidos em O contributo mais significativo consistiu nos ganhos em instrumentos de taxa de juro, no valor de 15.2 milhões de euros, principalmente associados à gestão financeira do Grupo. Lucros em operações financeiras Valores em milhões de euros M. Actividade doméstica Instrumentos de taxa de juro Acções e futuros de acções Produtos estruturados Private Equity (4.7) Ganhos cambiais Outros (1.0) (3.0) -2.0 Actividade doméstica Actividade internacional (4.2) Total Quadro 40 A actividade de trading, incluindo arbitragem, com acções e futuros de acções, que é predominantemente doméstica, gerou um contributo de 3.7 milhões de euros. Este representa uma evolução positiva relativamente ao valor de 1.5 milhões de euros em Os lucros decorrentes de operações financeiras no âmbito da actividade internacional, no montante de 12.2 milhões de euros, foram essencialmente de natureza cambial e estão associados à actividade desenvolvida em Angola. Estes ganhos resultaram principalmente da valorização cambial das aplicações em moedas fortes estrangeiras, maioritariamente em dólares. Importa referir que, em 2002, o contributo da actividade internacional foi negativamente afectado em 9.6 milhões de euros, em resultado da desvalorização cambial da situação líquida da ex-sucursal em Angola. Lucros em operações financeiras M % Lucros em operações financeiras (escala esq.) Lucros em operações financeiras em % do produto bancário (escala dta.) 5 0 Gráfico 56 Lucros em operações financeiras Actividade doméstica e internacional M Actividade doméstica Actividade internacional Gráfico Banco BPI Relatório e Contas 2003

99 Custos de estrutura Os custos de estrutura ascenderam, em 2003, a milhões de euros, o que corresponde a um aumento de 0.4% relativamente a Este é, no entanto, inferior à progressão dos proveitos, pelo que o indicador custos de estrutura em percentagem dos proveitos recorrentes (produto bancário excluindo lucros em operações financeiras) melhorou de 67.1%, em 2002, para 66.7%, em Na actividade doméstica, os custos de estrutura diminuíram 0.2%, ascendendo a milhões de euros, o que reflecte o impacto da execução rigorosa do programa de racionalização operativa em curso no triénio , que envolve a redução do número de efectivos, a gestão proactiva da rede de balcões, a simplificação e automatização de processos operativos e a intensificação da utilização dos canais virtuais. Refira-se que, em 2003, a BPI Rent passou a ser consolidada por integração global. Se se excluísse o impacto desta alteração de perímetro de consolidação, os custos na actividade doméstica teriam evoluído da seguinte forma: os custos com o pessoal teriam diminuído 1.8%, os fornecimentos e serviços de terceiros teriam aumentado 2.0% e os custos de estrutura teriam diminuído 1.3%, relativamente a Por sua vez, os custos de estrutura da actividade internacional aumentaram 17.4%, ascendendo a 21.2 milhões de euros, o que reflecte o reforço da estrutura operativa em Angola (aumento do quadro de Colaboradores em 54%, do número de balcões em 60% e a inauguração da nova sede). Custos de estrutura 2002 Valores em milhões de euros 2003 Actividade doméstica Custos com pessoal (0.7%) Fornecimentos e serviços de terceiros % Custos de funcionamento % Amortizações (8.5%) Custos de estrutura da actividade doméstica (0.2%) Custos de estrutura da actividade internacional % Custos de estrutura (consolidado) % Custos de funcionamento em % do produto bancário 58.7% 57.5% Custos de estrutura em % do produto bancário, excluindo lucros em operações financeiras 67.1% 66.7% Custos de estrutura M % Quadro 41 Amortizações Outros custos administrativos Custos com o pessoal Gráfico 58 Relatório Análise financeira 97

100 Custos com pessoal Os custos consolidados com pessoal diminuíram 0.4% relativamente a Na actividade doméstica, os custos com pessoal diminuíram 0.7% (a redução foi de 1.8%, se se excluir o impacto da consolidação por integração global da BPI Rent, em 2003), apesar da actualização de 2.6% da tabela salarial de 2003 decorrente do ACTV (Acordo Colectivo de Trabalho para o Sector Bancário). O impacto efectivo da referida actualização nos custos com o pessoal foi de 4.4%, aproximadamente. A continuação do programa de rejuvenescimento e racionalização do quadro de pessoal afecto à actividade doméstica resultou, em 2003, numa diminuição em 5.9% do número médio de Colaboradores. Em 2003, o quadro de pessoal afecto à actividade doméstica (das empresas consolidadas por integração global) foi reduzido em 510 Colaboradores (-7.3%), 487 dos quais através de reforma antecipada (em 2002, reformaram-se antecipadamente 440 Colaboradores). O impacto das reformas antecipadas, concretizadas em 2003, na redução dos custos com o pessoal ainda não se reflecte totalmente na conta de resultados, uma vez que a saída do quadro de pessoal ocorreu, em termos médios, em Setembro, pelo que estes Colaboradores deixaram de constituir um custo, em apenas cerca de 1/4 do ano. Custos com pessoal em % 21.8% Por sua vez, o aumento do quadro de Colaboradores do Banco de Fomento em Angola explica o aumento de 0.9 milhões de euros (+11.1%) nos custos com pessoal afecto à actividade internacional. 58.8% 4.3% Remunerações fixas Remunerações variáveis Encargos sociais Outros Gráfico 59 Custos com pessoal 2002 Valores em milhões de euros 2003 % Actividade doméstica (0.7%) Actividade internacional % Total (0.4%) 1) Custos com pessoal do Banco de Fomento Angola e até Quadro 42 Novembro de 2003 do Banco de Fomento Moçambique. O Banco de Fomento Moçambique foi incorporado no Banco Comercial e de Investimentos, em Dezembro de Na sequência desta incorporação, o Grupo BPI passou a deter uma participação de 30% na entidade resultante, o BCI Fomento, que é reconhecida por equivalência patrimonial. 98 Banco BPI Relatório e Contas 2003

101 Colaboradores do Grupo BPI N.º médio de Colaboradores % N.º de Colaboradores em final do ano % Banco BPI em Portugal (1.0%) (8.2%) Banco Português de Investimento (63.3%) (27.0%) Outras subsidiárias em Portugal (33.6%) % Actividade em Portugal (6.0%) (7.4%) Sucursais e escritórios de representação no exterior (2.1%) (3.7%) Actividade doméstica (5.9%) (7.3%) Actividade internacional % % Quadro de pessoal das empresas que consolidam por integração global (4.2%) (6.4%) Colaboradores das empresas que consolidam por equity method 3 G (74.1%) (74.0%) Total de Colaboradores do Grupo (5.6%) (7.8%) Trabalho temporário % % (5.1%) (7.3%) 1) No final de 2002, na sequência do processo de reorganização do Grupo, o quadro de pessoal do Banco BPI aumentou em 385 Colaboradores, devido à fusão de algumas subsidiárias com o Banco BPI e às transferências de Colaboradores do Banco de Investimento. 2) N.º médio de Colaboradores no Banco de Fomento Angola e no Banco de Fomento Moçambique até Novembro de O número de Colaboradores no final de 2003 inclui apenas os do Banco de Fomento Angola (no final de 2002,o quadro de Colaboradores do Banco Fomento Angola era de 286). 3) A redução do número de Colaboradores resultou da consolidação por integração global da BPI Rent em 2003, na sequência da qual o número de Colaboradores passou a ser incluído em Outras subsidiárias em Portugal. 4) Os custos com trabalho temporário estão reflectidos na rubrica Fornecimento e Serviços de Terceiros. Quadro 43 Relatório Análise financeira 99

102 Fornecimentos e serviços de terceiros Os custos com os fornecimentos e serviços de terceiros aumentaram 4.0%, relativamente a Na actividade doméstica o aumento foi de 3.4%, e se se excluir o impacto da consolidação da BPI Rent por integração global, pela primeira vez em 2003, os fornecimentos e serviços de terceiros aumentariam 2.0%. Na actividade internacional, estes custos aumentaram 17.4%. Fornecimentos e serviços de terceiros Valores em milhões de euros 2002 % 2003 % % Actividade doméstica Água, energia e combustíveis 5.9 4% 5.8 4% (2.8%) Impressos e material de consumo corrente 1.7 1% 0.9 1% (48.2%) Outros fornecimentos de terceiros 1.2 1% 1.9 1% 52.4% Fornecimentos de terceiros 8.9 6% 8.5 5% (4.0%) Rendas e alugueres % % 14.9% [dos quais, rendas de casas] [19.3] [12%] [20.9] [13%] [8.4%] Comunicação e despesas de expedição % % 4.3% Publicidade e edição de publicações % % (3.3%) [dos quais, periodificação dos custos com campanhas] [12.9] [8%] [9.8] [6%] [-24.2%] Avenças e honorários 5.9 4% 5.0 3% (14.1%) Conservação e reparação % % 3.8% Serviços especializados % % 6.0% Outros serviços de terceiros % % (1.8%) Serviços de terceiros % % 3.8% Actividade doméstica % % 3.4% Actividade internacional 7.6 5% 8.9 6% 17.4% Total % % 4.0% 1) O acréscimo está relacionado com a execução do programa de outsourcing de actividades (+1.3 milhões de euros) e com estudos e consultas (+1.1 milhões de euros). Quadro 44 Merece referência o aumento mais moderado, relativamente a 2002, dos custos com outsourcing em 1.3 milhões de euros (+14.2%), por oposição ao aumento de 4.4 milhões de euros registado em 2002, relativamente a A evolução dos custos com o outsourcing E reflecte o abrandamento do ritmo de recurso ao exterior para o desenvolvimento de actividades. O ritmo mais lento é ditado pelo já grande número de situações em que tal recurso ocorre. O BPI tem vindo a reconhecer faseadamente, ao longo de três exercícios, os custos de investimento em campanhas de publicidade institucional e de publicidade a produtos na medida em que os benefícios de tais investimentos se repercutem em vários exercícios. Em 2003, o investimento em campanhas de publicidade com estas características ascendeu a 11.5 milhões de euros (4.0 milhões de euros, em 2002). 100 Banco BPI Relatório e Contas 2003

103 Em 2003, a conta de resultados registou 9.8 milhões de euros, de acordo com o procedimento descrito, dos quais 2.5 milhões de euros relativos ao reconhecimento parcial dos investimentos publicitários realizados no ano, e 7.3 milhões de euros relativos aos efectuados em exercícios anteriores. No quadro seguinte, apresentam-se os investimentos realizados em campanhas de publicidade institucional e de publicidade a produto, e o impacto, na conta de resultados, do diferimento do respectivo custo. No final de 2003, o montante a imputar a exercícios seguintes era de 11.2 milhões de euros. Campanhas de publicidade M Despesa total com campanhas realizadas no ano Custo com campanhas reconhecido em cada ano Gráfico 60 Diferimento do custo de campanhas de publicidade Valores em milhões de euros Ano de realização das campanhas Despesa total 1999 Reconhecimento do custo Montante por amortizar 31 Dez Total Quadro 45 Relatório Análise financeira 101

104 Amortizações As amortizações consolidadas decresceram 6.4% para 47 milhões de euros em 2003 (menos 3.2 milhões de euros que em 2002). Na actividade internacional, as amortizações aumentaram 42%, ou seja, aumentaram 0.9 milhões de euros relativamente a 2002, e reflectem principalmente a primeira amortização da nova sede do Banco de Fomento em Angola, Na actividade doméstica diminuíram 8.5%, ou seja, 4.1 milhões de euros, e reflectem o abrandamento do investimento, após o elevado esforço realizado em anos cuja estimativa de custo foi de 20 milhões de dólares, bem como a abertura de dez novos balcões em Angola, o que representou um aumento em 60% da rede de distribuição. anteriores, principalmente em 1999 e 2000, que acompanhou a expansão em 20% da rede tradicional de Amortizações em 2003 balcões, o lançamento e desenvolvimento dos canais virtuais 33% Actividade internacional e a preparação dos sistemas, quer para o ano 2000, quer para a introdução do euro. As classes de activos nas quais se verificou maior redução nos custos com amortizações, em 2003, foram o imobilizado incorpóreo e o equipamento informático, uma vez que, em virtude dos períodos mais curtos de amortização que lhes estão associados, o 23% 20% 6% 18% Actividade doméstica Imobilizado incorpóreo Imóveis em uso Equipamento informático Outro imobilizado corpóreo em uso Gráfico 61 abrandamento do investimento se reflecte mais rapidamente na conta de resultados. Amortizações de imobilizado incorpóreo e corpóreo Amortizações no ano % Valores em milhões de euros Imobilizado líquido 31 Dez Actividade doméstica Imobilizado incorpóreo (24.3%) 10.0 Imóveis em uso % Equipamento informático (17.0%) 15.4 Outro imobilizado corpóreo em uso % 70.4 Imobilizado corpóreo em curso 26.3 Imobilizado corpóreo (3.6%) Actividade doméstica (8.5%) Actividade internacional % 32.3 Total (6.4%) Quadro Banco BPI Relatório e Contas 2003

105 Provisões As dotações para provisões (líquidas de reposições) aumentaram 19.4% para 81.3 milhões de euros, em Na actividade doméstica, aumentaram em 10 milhões de euros, tendo ascendido a 73.7 milhões de euros, o que determinou um aumento do rácio provisões / resultado operacional na actividade doméstica de 28% para 30%. Na actividade internacional, as provisões aumentaram em 3.1 milhões de euros para 7.6 milhões de euros, o que corresponde a 21% do resultado operacional. Provisões (conta de resultados) Valores em milhões de euros Actividade doméstica Actividade internacional Grupo BPI (consolidado) M M M. Provisões para crédito Provisões específicas para crédito (2.6) Provisões genéricas para crédito Reposições de provisões genéricas (que tiveram como contrapartida dotações para provisões específicas; Aviso 8 / 2003 BdP) - (27.2) (27.2) Total de provisões para crédito Provisões para depreciação de títulos e participações 19.3 (6.9) (6.7) Provisões para risco-país (29.4) (0.8) (29.4) (0.8) Outras provisões Total Quadro 47 Relatório Análise financeira 103

106 Realizaram-se dotações (líquidas de reposições) para situações específicas de incumprimento de crédito, no perímetro de consolidação do Grupo, no valor de 80.1 milhões de euros, o que representa um aumento de 21.5 milhões de euros relativamente a Do montante de dotações realizadas, 29.2 milhões de euros estiveram afectas ao provisionamento das novas situações de crédito vencido e de cobrança duvidosa ocorridas no ano, enquanto o restante se refere ao provisionamento de crédito vencido e de cobrança duvidosa com maturidade superior a um ano. A expansão da carteira de crédito determinou que se fizessem dotações (líquidas de reposições) para provisões genéricas 1 no valor de 9.7 milhões de euros (7.5 milhões de euros, em 2002). O BPI efectuou, por outro lado, em 2003, dotações de provisões não obrigatórias para outros riscos e encargos no valor de 17.5 milhões de euros. Importa referir que, em 2002, se tinha procedido à reposição de 27.8 milhões de euros de provisões para risco- -país que se destinavam a fazer face à cobertura da situação líquida da antiga sucursal de Luanda do Banco BPI. Esta reposição decorreu de, no âmbito da transformação da sucursal num banco de direito local, se ter convertido parte da situação líquida da antiga sucursal num crédito do Banco BPI sobre o novo banco. Este crédito, no montante de 60 milhões de euros, está a ser amortizado em 10 prestações semestrais e encontra-se garantido por um depósito em euros do mesmo montante. Por outro lado, a aplicação das novas regras de provisionamento impostas pelo Aviso 8 / 2003 do Banco de Portugal que, entre outras medidas, estabeleceu a redução de 1% para 0.5% do coeficiente de provisionamento para riscos gerais de crédito no crédito hipotecário à habitação, gerou um excedente de 27.2 milhões de euros de provisões genéricas acumuladas no balanço. Este excedente foi integralmente utilizado em 2003, através da reposição de 27.2 milhões de euros de provisões genéricas, que tiveram por contrapartida dotações, de igual montante, destinadas a provisões específicas para crédito. Em 2003, a valorização da carteira de títulos e participações determinou reposições (líquidas de dotações), com impacto na conta de resultados, de 6.7 milhões de euros quando no ano anterior se tinham efectuado dotações de 19.5 milhões de euros. Provisões para crédito e acréscimo anual de crédito vencido Em % da carteira de crédito produtivo % Provisões totais para crédito (específicas + genéricas) Gráfico 62 Provisões genéricas para crédito Provisões específicas para crédito Acréscimo de crédito vencido no ano 2, ajustado por write-offs G 1) Em 2003, realizaram-se dotações para provisões específicas de 27.2 milhões de euros (0.17% da carteira de crédito produtivo), que corresponderam à utilização (através de reposições efectuadas) do excedente de provisões genéricas resultante da aplicação das novas regras de provisionamento. Deste modo, estas dotações tiveram um impacto nulo na conta de resultados. 2) Crédito vencido com mais de 30 dias ) O crescimento da carteira de crédito determina a obrigatoriedade de constituição de provisões para riscos gerais de crédito correspondentes a 0.5% do crédito garantido por hipoteca sobre imóvel ou operações de locação financeira imobiliária (em ambos os casos, quando o imóvel se destine à habitação do mutuário), a 1.5% do crédito ao consumo e do crédito a particulares sem finalidade definida e a 1% do restante crédito concedido. Deste modo, as provisões para riscos gerais de crédito determinam que o maior esforço de provisionamento se realize nas fases de crescimento mais acentuado do crédito. 104 Banco BPI Relatório e Contas 2003

107 Resultados extraordinários Os resultados extraordinários líquidos evoluíram de um valor negativo de 5.3 milhões de euros, em 2002, para um valor negativo de 18.9 milhões de euros em Os principais factores explicativos foram: mais-valias com a alienação de participações e imobilizado em 2003, no montante de 20.4 milhões de euros, valor ligeiramente inferior às mais-valias realizadas em 2002 de 21.0 milhões de euros; o aumento dos custos relacionados com pensões, de 32.0 milhões de euros, em 2002, para 36.6 milhões de euros, em Resultados extraordinários líquidos Valores em milhões de euros Actividade doméstica Mais-valias da venda de imobilizado Custos com pensões (32.0) (36.6) Outros proveitos extraordinários líquidos 1.8 (2.8) Actividade doméstica (9.2) (19.0) Actividade internacional Total (5.3) (18.9) 1) Inclui, em 2003, um ganho de 4.7 milhões de euros pelo compromisso assumido de não concorrência com o Banc Post no negócio bancário romeno nos próximos três anos, que esteve associado à alienação da participação no Banc Post. Quadro 48 O impacto dos custos com reformas antecipadas nos resultados de 2003 ascendeu a 28.2 milhões de euros, dos quais 10.8 milhões de euros se referem a incentivos à reforma antecipada (487 reformas antecipadas em 2003) e os restantes 17.3 milhões de euros correspondem à periodificação do acréscimo de responsabilidades com as reformas antecipadas concretizadas, sendo 10.3 milhões de euros relativos às de 2001 e 2002 e 7 milhões de euros referentes às de Os resultados extraordinários registam ainda, em 2002 e 2003, um custo de 8.5 milhões de euros com as contribuições para os fundos de pensões para cobertura do acréscimo de responsabilidades derivado da não utilização, no cálculo actuarial, dos decrementos por invalidez G, conforme nova regulamentação do Banco de Portugal, emitida em 2001 e em vigor a partir de Custos com pensões No final de 2003, estavam por relevar na conta de resultados: Valores em milhões de euros milhões de euros, que estão a ser reconhecidos como custo ao longo de um período máximo de dez anos, dos quais milhões de euros são relativos ao acréscimo de responsabilidades motivado pelas reformas antecipadas de 2001, 2002 e 2003; 2003 Incentivos à reforma antecipada Custos com periodificação do acréscimo de responsabilidades com reformas antecipadas [dos quais, relativos às concretizadas em 2001 e 2002] [10.4] [10.3] [dos quais, relativos às concretizadas em 2003] - [7.0] Amortização do acréscimo de responsabilidades com pensões resultante da não utilização de decrementos por invalidez Outros custos associados a pensões 0.2 (0.1) Custos com pensões Quadro milhões de euros relativos ao acréscimo de responsabilidades decorrente da não utilização, no cálculo actuarial, dos decrementos por invalidez. Este montante está a ser financiado e reconhecido nas demonstrações financeiras, até 2021, de acordo com um plano de prestações uniformes. Relatório Análise financeira 105

108 Impostos sobre lucros A taxa média de imposto sobre lucros, medida pela relação entre provisão para impostos e o resultado antes de impostos, diminuiu de 24%, em 2002, para 13%, em A redução da taxa média de imposto reflecte, principalmente, a utilização pelo Banco BPI de reporte fiscal, na sequência do processo de reorganização do Grupo, no final de Resultados de subsidiárias consolidadas por equivalência patrimonial G As subsidiárias consolidadas por equivalência patrimonial contribuíram com 15.5 milhões de euros para o resultado consolidado, enquanto, em 2002, o mesmo contributo tinha sido de 7.9 milhões de euros. A evolução verificada resultou principalmente do aumento, em 2003, para 8.6 milhões de euros do contributo das subsidiárias nas áreas dos seguros de vida de capitalização (BPI Vida) e dos seguros não-vida e risco de vida (Allianz Portugal), que, em 2002, se tinha limitado a 1.6 milhões de euros. Este aumento reflecte principalmente o impacto positivo, nas carteiras de títulos das seguradoras, da evolução favorável dos mercados de acções. Interesses minoritários Os interesses minoritários no lucro ascenderam a 10 milhões de euros em 2003 (9.8 milhões de euros em 2002), e consistem, principalmente, nos dividendos das acções preferenciais G emitidas pela BPI Capital Finance, que ascenderam a 9.5 milhões de euros, em O Banco BPI emitiu, em Agosto de 2003, através da subsidiária BPI Capital Finance Limited, 250 milhões de euros de acções preferenciais com uma taxa de juro variável equivalente à Euribor de três meses (3M), acrescida de 1.55%. Em Setembro de 2003, o BPI exerceu a call sobre as acções preferenciais série B (100 milhões de dólares, à taxa Libor 3M %) e, em Dezembro de 2003, a call sobre as acções preferenciais série A (150 milhões de dólares, à taxa Libor 3M %). Resultados de subsidiárias consolidadas por equivalência patrimonial Valores em milhões de euros Actividade doméstica BPI Pensões BPI Vida Allianz Portugal (0.8) 4.6 Cosec Viacer BPI Rent Outras Actividade doméstica Actividade internacional (0.3) 0.7 Total Quadro Banco BPI Relatório e Contas 2003

109 BALANÇO O activo total líquido ascendia, em 31 de Dezembro de 2003, a milhões de euros, o que corresponde a um acréscimo de 2%, relativamente ao final de No final de 2003, à actividade doméstica estavam associados 97.5% dos activos consolidados do Grupo e à actividade internacional 2.5%. Os capitais próprios afectos à actividade internacional (capitais próprios do Banco de A carteira de crédito a Clientes consolidada cresceu 7.1%, ascendendo a milhões de euros. O crédito hipotecário, cujo aumento alcançou os 16.5%, foi a componente mais dinâmica da carteira de crédito, Fomento Angola e valor de balanço da participação de 30% no BCI Fomento em Moçambique) ascendiam a 63.8 milhões de euros, o que correspondia a 5.2% dos capitais próprios do Grupo. representando, no final de 2003, cerca de 43% da carteira de crédito consolidada. Activo total líquido e desintermedição Bi. O crescimento em 0.7% dos recursos captados junto de Clientes com expressão no balanço (depósitos, produtos estruturados e obrigações de taxa fixa) foi acompanhado pela captação de recursos de médio e longo prazo junto de investidores institucionais, o que permitiu limitar o recurso ao mercado monetário e manter um financiamento adequado à estrutura de maturidade do activo. Em final de 2003, o rácio de transformação de recursos mais estáveis (recursos de Clientes e emissões de médio e longo prazo) em crédito era de 103.1%. Por sua vez, os recursos com registo fora do balanço ascendiam a milhões de euros, o que corresponde a um crescimento de 17.9% relativamente ao final de Desintermediação 1 Activo total 2 1) Recursos de Clientes, com registo fora do balanço. 2) Corrigido de duplicações de registo. Gráfico 63 Composição do balanço Activo Passivo e situação líquida Activos monetários e crédito a instituições de crédito 13.1% 12.0% 23.7% Débitos para com instituições de crédito Carteira de obrigações e acções 16.4% Dívida titulada Crédito a Clientes 67.3% 47.2% Débitos para com Clientes Participações, imobilizado e outros 7.6% 12.8% 31 Dez Dez. 03 Situação líquida, interesses minoritários, dívida subordinada e outros passivos Gráfico 64 Relatório Análise financeira 107

110 Balanço (consolidado) 2002 Valores em milhões de euros 2003 % Activo líquido Activos monetários % Créditos sobre instituições de crédito (24.2%) Crédito sobre Clientes % Carteira de obrigações % Carteira de acções % Participações % Imobilizações % Activos diversos (18.1%) Total do activo % Passivo e situação líquida Débitos para com instituições de crédito (6.5%) Débitos para com Clientes % Débitos titulados % Passivos diversos (5.4%) Provisões e fundo para riscos bancários gerais % Passivos subordinados % Interesses minoritários % Capital subscrito % Reservas % Lucro líquido % Total da situação líquida % Total do passivo e da situação líquida % Por memória Crédito por assinatura (6.9%) Recursos captados de Clientes com registo fora do balanço % 1) Depósitos de Clientes e outros recursos, nomeadamente, cheques e ordens a pagar, operações de venda de títulos com acordo de recompra G. 2) O montante dos fundos de investimento incluídos nestes recursos está corrigido pelas unidades de participação nas carteiras dos bancos do Grupo. Quadro Banco BPI Relatório e Contas 2003

111 Crédito a Clientes A carteira de crédito consolidada cresceu 7.1%. A carteira de crédito produtivo da actividade doméstica, que representa 99% da carteira de crédito consolidada, aumentou 5.9%. Este crescimento reflecte a manutenção da prioridade atribuída ao crédito hipotecário e a selectividade na concessão do crédito, em especial no crédito a empresas. A carteira de crédito hipotecário aumentou 16.5%, o que supera largamente o crescimento médio estimado para o mercado, ou seja, 12.2% 1. O peso do crédito hipotecário no total da carteira de crédito produtivo aumentou de 39%, em 2002, para 43%, em Crédito 1 a Clientes e garantias Bi % Crédito a Clientes em 2003 Repartição por segmentos 3.9% 43.2% 38.8% Salvaguardando uma rendibilidade dos capitais próprios compatível com o risco assumido, a carteira de crédito da Banca de Empresas diminuiu 1.4%. Manteve-se a selectividade na concessão de crédito e reforçou-se os padrões de exigência no controle das maiores exposições. Em 2003 procedeu-se à reafectação das carteira de crédito da Banca de Empresas, que se traduziu, em termos gerais, no aumento significativo do âmbito da actividade e cobertura geográfica da área de Project Finance. Nesse âmbito, procedeu-se à transferência de um conjunto de operações que, em termos de saldo em final de 2002, correspondeu a uma redução de 310 milhões de euros da carteira de wholesale banking e a aumentos de 117 milhões de euros da carteira de grandes empresas e de 215 milhões de euros da carteira de project finance. Com base nos saldos ajustados das carteiras em 2002, a carteira de crédito de Clientes de wholesale banking reduziu-se 18% em 2003 e o crédito a grandes empresas diminuiu 4.4%, enquanto a carteira de crédito do segmento de project finance evidencia uma expansão de 19%. Salienta-se igualmente o aumento de 28% da carteira de crédito da Banca Institucional Garantias Crédito hipotecário Outro crédito a Clientes 1) Carteira de crédito bruta. Gráfico 65 Crédito a empresas, wholesale, project finance e banca institucional Crédito hipotecário Outro crédito a particulares e a pequenos negócios Outro crédito Gráfico 66 1) Variações homólogas em Dezembro de Fonte: Banco de Portugal, "Indicadores de conjuntura, Janeiro de 2004". Relatório Análise financeira 109

112 Carteira de crédito a Clientes Valores em milhões de euros 2002 % 2003 % % Actividade doméstica Wholesale Banking % % (29.9%) Grandes empresas % % 3.4% Médias empresas % % 0.4% Project Finance % % 90.3% Banca Institucional % % 28.3% Banca de Empresas % % (1.4%) Crédito hipotecário % % 16.5% Crédito a particulares outros fins % % 1.9% Crédito a pequenos negócios % % 5.7% Banca de particulares e pequenos negócios % % 13.3% Crédito especializado leasing, ALD % % (26.4%) Outros % % (2.9%) Actividade doméstica % % 5.9% Actividade internacional % % 58.6% Carteira de crédito produtivo % % 6.2% Crédito vencido total (6.7%) Provisões específicas % Carteira de crédito líquida % Ajustamentos por alteração do perímetro de consolidação 2 (162.7) - - Carteira de crédito líquida consolidada % Crédito por assinatura (6.9%) Nota: fez-se a repartição do crédito sob a forma de leasing, factoring e ALD pelos vários segmentos de Clientes. Quadro 52 1) Crédito comercial não alocado aos segmentos. 2) Em 2003, passaram a ser consolidadas, por integração global, a BPI Rent (em Junho de 2003) e a BPI Locação e a Eurolocação (em Dezembro de 2003). Em Dezembro de 2003, ocorreu igualmente a fusão por incorporação do Banco Fomento Moçambique no Banco Comercial e de Investimentos, em resultado da qual o Grupo BPI passou a deter 30% do capital da entidade resultante (BCI Fomento), sendo as respectivas contas integradas pelo método de equivalência patrimonial. Para efeitos de análise fez-se o ajustamento da carteira de crédito em Dezembro Carteira de títulos e participações financeiras Em 31 de Dezembro de 2003, a carteira de títulos e participações financeiras do Grupo BPI ascendia a milhões de euros, ou seja, mais 96.6 milhões de euros (+2.7%) do que no final de Salienta-se, por um lado, o aumento em milhões de euros da carteira de obrigações de empresas estrangeiras de elevado rating na carteira de investimento, decorrente do aproveitamento de uma fase em que os spreads se situaram em níveis significativamente elevados. Por outro lado, destaca-se a redução em milhões de euros dos títulos de emissores públicos na carteira de negociação, e a diminuição em milhões de euros, na carteira de investimento. No final de 2003, a carteira de negociação representava 4.5% do activo total, a carteira de investimento representava 7.4% e a carteira de participações e imobilizações financeiras, 2.1%. 110 Banco BPI Relatório e Contas 2003

113 Carteira de títulos e participações Valores em milhões de euros 2002 % 2003 % % De negociação Obrigações de emissores públicos % % (19.2%) Obrigações de organismos financeiros internacionais % - Obrigações de outros emissores 0.6 0% % % Acções e outros títulos de rendimento variável % % (45.8%) Subtotal negociação % % (18.8%) De investimento Obrigações de emissores públicos % % (16.2%) Obrigações de organismos financeiros internacionais % % (73.4%) Obrigações de outros emissores % % 102.4% Acções e outros títulos de rendimento variável % % 99.6% Subtotal investimento % % 25.9% Participações e imobilizações financeiras Participações financeiras % % 6.9% Outras imobilizações financeiras % % (39.1%) Provisões para depreciação de participações e imobilizações financeiras (29.2) (1%) (71.4) (2%) - Subtotal participações e imobilizações financeiras % % (5.4%) Total carteira de títulos e participações % % 2.7% 1) Partes de capital em empresas associadas não incluídas no perímetro de consolidação (com excepção da participação na Viacer) e outras participações financeiras. 2) Contabilizadas na rubrica de outros activos; não incluem empréstimos. Quadro 53 No final de 2003, o valor de balanço da carteira de participações e imobilizações financeiras, líquidas de provisões, ascendia a milhões de euros. Os investimentos mais relevantes, em 2003, consistiram na aquisição, por 20 milhões de euros, de uma participação adicional de 15% na estação de televisão SIC, mediante exercício do direito de preferência na operação de venda da referida participação, e na subscrição de 50% do capital do fundo de capital de risco Fundo Caravela, no valor de 10 milhões de euros. O Fundo, gerido pelo BPI, iniciou a actividade em Por outro lado, a actual carteira de participações 2, registou, ao longo do ano, uma valorização de milhões de euros, dos quais 73 milhões de euros corresponderam à redução de menos-valias latentes na carteira de participações. Se se considerar a cotação média dos últimos seis meses, critério definido pelo Aviso 4 / 2002 do Banco de Portugal em que se estabelece o regime de cobertura de menos-valias latentes em participações, a valorização da carteira foi de 71.9 milhões de euros, tendo-se reflectido 38.8 milhões de euros na redução de menos-valias latentes. Ao longo de 2003, realizaram-se alienações, com um valor de balanço de 45.2 milhões de euros, que geraram mais- -valias de 8.6 milhões de euros 1. 1) Não inclui ganho de 9.2 milhões de euros obtida com a alienação da participação de 17% detida no Banc Post a qual era incluída no perímetro de consolidação do Grupo. Este ganho correspondeu à uma mais-valia de 4.5 milhões de euros a que acresceram 4.7 milhões de euros pelo compromisso assumido de não concorrência com o Banc Post no negócio bancário romeno nos próximos 3 anos. 2) Com base na cotação de fecho para as empresas cotadas e valor atribuível para as não cotadas calculado de acordo com critério definido pelo Aviso 4 / 2002, ou seja, o capital próprio multiplicado pelo factor 1.5, excepto para a Viacer e para a SIC, cujo valor atribuível corresponde a estimativa do BPI. Relatório Análise financeira 111

114 Em 31 de Dezembro, a carteira de participações registava um saldo positivo de 68.4 milhões de euros entre mais- -valias e menos-valias, líquidas de provisões, com base nas cotações de fecho no final do ano para as cotadas e a avaliação do BPI para as não cotadas. Considerando as cotações médias dos últimos seis meses para as cotadas e a avaliação do BPI para as não cotadas, o correspondente saldo era positivo em 11.5 milhões de euros. Mais-valias e menos-valias latentes líquidas de provisões na carteira de participações % do capital Valor de balanço Provisões existentes Valor de balanço, líquido de provisões Valores em milhões de euros Mais / menos-valias latentes, líquidas de provisões à cotação média Jun.-Dez. 03 à cotação de fecho em 31 Dez. 03 Participações com mais-valias Viacer % SIC 1, 2, % Outras Subtotal Participações com menos-valias Portugal Telecom 1.7% (61.4) (39.0) Impresa 10.3% (27.1) (21.4) SIC 1, % (57.1) (41.7) Outras (20.4) (18.3) Subtotal (166.1) (120.4) Total de participações financeiras Nota: Imobilizações financeiras com menos-valias latentes ) O valor atribuído à participação corresponde a estimativa do BPI. Quadro 54 2) Participação adquirida, em 2003, mediante exercício pelo BPI do direito de preferência na operação de venda da participação. 3) O BPI detém uma participação adicional na SIC de 6.4% na carteira de investimento em acções, cujo valor de balanço líquido de provisões é de 26.2 milhões de euros. O valor desta participação, no final de 2003, estimado com base na cotação de fecho da Impresa em 31 de Dezembro de 2003, era de 26.2 milhões de euros (21.2 milhões de euros, com base na cotação média da Impresa nos últimos seis meses). A participação global detida pelo BPI na SIC, no final de 2003, considerando a carteira de investimento de acções e a carteira de participações, ascendia a 41.4%. Ao abrigo do regime transitório previsto no Aviso n.º 4 / 2002 do Banco de Portugal para cobertura de menos-valias latentes nas participações adquiridas até 31 Dezembro de 2001, constituíram-se, em 2003, provisões de 40.9 milhões de euros, por abate contra reservas, que não têm, portanto, impacto na conta de resultados e provisões de 0.3 milhões de euros por contrapartida de resultados. Por outro lado, foram ainda abatidos aos fundos próprios (Tier II), apenas para efeito do cálculo do rácio de capital, 13.3 milhões de euros. No final de 2003, o BPI já tinha atingido o total de provisões exigido pelo Banco de Portugal, pelo que, tendo em conta a existência do corredor de 15% não sujeito a provisionamento, no montante de 73.6 milhões de euros, e o abate ao Tier II de 46.4 milhões de euros já realizado, o montante de menos-valias a cobrir, com base na cotação média dos últimos seis meses, era de 46.1 milhões de euros. Estes serão abatidos ao Tier II, de forma escalonada, até Banco BPI Relatório e Contas 2003

115 Cobertura de menos-valias latentes em participações e imobilizações financeiras Valores em milhões de euros 31 Dez. 03 Valor bruto de balanço Menos-valias latentes 1, Provisões Menos-valias latentes líquidas de provisões Dedução a fundos próprios para efeitos de cálculo do rácio de solvabilidade 46.4 Corredor utilizado Menos-valias não cobertas (ao abrigo do regime transitório) 46.1 Montante a deduzir aos fundos próprios (Tier II) de 2004 a Em Em Em Total (de 2004 a 2006) ) Valor bruto de balanço das participações (500.4 milhões de euros) Quadro 55 e das imobilizações financeiras (0.11 milhões de euros), com menos valias latentes. No final de 2003, as menos-valias latentes ascendiam a milhões de euros na carteira de participações e a 0.1 milhões de euros na carteira de imobilizações e as provisões acumuladas no balanço afectas à sua cobertura eram, respectivamente, de 64.9 milhões de euros e de 0.03 milhões de euros. 2) Calculadas de acordo com o Aviso 4 / 2002: valor de mercado das empresas cotadas calculado com base na cotação média dos últimos seis meses, e valor atribuível às empresas não cotadas correspondente ao capital próprio multiplicado pelo factor 1.5. Exceptuam-se a Viacer e a SIC, cujo valor atribuível é estimado pelo BPI. 3) O corredor utilizável corresponde a 15% do valor bruto de balanço. Mais e menos valias latentes 1 Com base na cotação média dos ultimos seis meses 2 M Dez.02 Jun.03 Dez.03 Menos valias latentes Mais valias latentes 1) Líquidas de provisões. 2) Para as empresas cotadas. Com base na cotação de fecho 2 M Dez.02 Jun.03 Dez.03 Gráfico 67 AVISO 4 / 2002 DO BANCO DE PORTUGAL Em Junho de 2002, entrou em vigor um novo regime de provisionamento e dedução dos fundos próprios de menos- -valias, na carteira de participações em entidades não sujeitas à supervisão do Banco de Portugal ou do Instituto de Seguros de Portugal. O novo regime aplica-se na situação em que aquelas menos-valias excedem 15% do correspondente valor de aquisição (Aviso 4 / 2002 do Banco de Portugal). Do montante de menos-valias latentes que exceda 15% do valor de aquisição, um mínimo de 40% deverá ser coberto por provisões enquanto o remanescente será subtraído aos fundos próprios, para efeitos de cálculo do rácio de requisitos de fundos próprios. Para as menos-valias em 30 Junho de 2002 (data de entrada em vigor do Aviso 4 / 2002) em participações adquiridas até 31 de Dezembro de 2001, foi definido um regime transitório que estabelece o provisionamento e dedução dos fundos próprios, de modo gradual até O regime transitório permite que, em 2002 e 2003, se possam constituir provisões por contrapartida de reservas, não havendo portanto repercussões na conta de resultados. Relatório Análise financeira 113

116 Recursos captados Os recursos de Clientes com registo no balanço consolidado do Grupo ascendiam, em 31 de Dezembro de 2003, a milhões de euros, o que correspondeu a um crescimento de 0.7%, relativamente a Os recursos de Clientes com registo no balanço da actividade doméstica aumentaram 0.6%, ascendendo a milhões de euros, valor que representa 96% do total de recursos de Clientes no balanço do Grupo. Os depósitos de Clientes diminuíram 0.4%, o que reflecte uma desintermediação de recursos do balanço, sendo que a redução em 7.4% dos depósitos a prazo e o aumento em 10.6% dos depósitos à ordem esteve essencialmente associada à preferência dos Clientes por liquidez. O saldo dos recursos captados através de produtos estruturados aumentou 8.8%, ou seja, milhões de euros. Deveu-se este aumento à colocação de novas emissões estruturadas, maioritariamente indexadas a taxa de juro, num montante de milhões de euros, enquanto ao longo do ano se venceu um montante significativo de emissões, nomeadamente as indexadas a mercados accionistas. No final de 2003, a dívida titulada colocada junto de Clientes tinha uma maturidade residual de 2.5 anos. Refira-se que na actividade em Angola, os recursos de Clientes no balanço cresceram 21.1%, ascendendo a milhões de euros. Em complemento ao crescimento da base de recursos de Clientes do Grupo BPI, privilegiou-se, durante o ano de 2003, a captação de recursos de médio e longo prazo junto de investidores institucionais. O contexto desta medida, caracterizado pela descida dos spreads de crédito nos mercados internacionais e por uma percepção mais optimista dos investidores quanto ao risco de crédito da banca em geral e da banca portuguesa em especial, permitiu realizar emissões a custos sucessivamente decrescentes. Foi assim possível aumentar o peso dos recursos estáveis, mais adequados à estrutura de maturidade do activo, limitando o recurso ao mercado monetário. No final de 2003, o total de recursos estáveis captados pelo Grupo ascendia a milhões de euros, o que corresponde a um crescimento de 5.3%, relativamente a Nesta data, o crédito a Clientes (bruto) representava 103.1% dos recursos de terceiros, de natureza mais estável. Recursos totais de Clientes 1 Bi Maturidade da dívida titulada 1 Projecção do saldo das emissões vivas Bi Recursos de Clientes com registo fora do balanço Recursos de Clientes com registo no balanço 1) Corrigidos de duplicações de registo. Gráfico Emitidas em 2003 Emissões anteriores a 2003 Gráfico 69 1) Senior e subordinada, colocada em Clientes e institucionais. 114 Banco BPI Relatório e Contas 2003

117 Recursos totais com registo no balanço Valores em milhões de euros 2002 % 2003 % % Actividade doméstica Depósitos à ordem % % 10.6% Depósitos a prazo e de poupança % % (7.4%) Total de depósitos % % (0.4%) Produtos estruturados capital seguro / risco limitado e de taxa de juro % % 8.8% Recursos de Clientes na actividade doméstica % % 0.6% Actividade internacional Recursos captados pelo BF Angola % % 21.1% Recursos captados pelo BF Moçambique % Recursos de Clientes na actividade internacional % % 1.6% Recursos de Clientes (consolidado) % % 0.7% Dívida titulada colocada em institucionais % % 31.3% Dívida subordinada % % 24.0% Recursos totais no balanço % % 5.3% Rácio de transformação de recursos totais em crédito 101.4% 103.1% 1) Em Dezembro de 2003, ocorreu a fusão do Banco de Fomento em Moçambique por incorporação no Banco Comercial e de Investimentos (BCI Fomento). Em resultado desta fusão o Grupo BPI passou a deter 30% do capital do BCI Fomento, sendo as respectivas contas integradas pelo método de equivalência patrimonial. Quadro 56 Os recursos de Clientes fora do balanço cresceram 17.9% relativamente a 2002, em resultado principalmente da colocação de fundos de investimento de obrigações e tesouraria, planos de poupança e seguros de capitalização. Foi este o resultado de uma oferta comercial ajustada a uma procura que se caracterizou pela preferência por produtos de reduzido risco. Recursos totais de Clientes Valores em milhões de euros 2002 % 2003 % % Recursos de Clientes no balanço (consolidado) % % 0.7% Recursos de Clientes fora do balanço Fundos de investimento % % 16.4% Planos Poupança Reforma (PPR) e Planos Poupança Acções (PPA) % % 9.3% Seguros de capitalização % % 31.1% Subtotal % % 17.9% Eliminação de duplicações de registo 1 (808.7) (5%) ( ) (7%) Recursos totais de Clientes % % 3.0% Nota: recursos totais corrigidos de duplicações de registo. 1) Aplicações em depósitos dos fundos de investimento e de uma sociedade gestora de produtos de capitalização. Quadro 57 Relatório Análise financeira 115

118 Situação líquida Os capitais próprios, no final de 2003, ascendiam a Evolução da situação líquida em 2003 milhões de euros. M Evolução da situação líquida Valores em milhões de euros Situação líquida em início do ano Dividendos distribuídos no ano (relativos ao ano anterior) (57.9) (60.4) Lucro líquido Encaixe do aumento de capital, em Maio de Provisões para imobilizações financeiras (Aviso n.º 4 / 2002) (19.0) (40.9) Goodwill E pago na aquisição de participações - (9.0) Outros (3.2) Situação líquida em 2002 Lucro líquido Pagamentos Provisões para dos dividendos imobilizações de 2002 financeiras Outros Situação líquida em 2003 Gráfico 70 Situação líquida no final do ano Da qual: capital, reservas e resultados A distribuir a título de dividendos do ano 68.4 Reservas de reavaliação 3.9 1) Após dedução de dividendos a pagar, relativos ao ano (não inclui reservas de reavaliação). Quadro 58 Fundos próprios Os fundos próprios aumentaram em 76.3 milhões de euros (+4.5%), relativamente a A explicação dessa evolução equaciona-se como se segue. Factores com impacto positivo: resultado líquido do ano a reter após distribuição de dividendos 1, no montante de 95.4 milhões de euros; realização de uma emissão de dívida subordinada não perpétua de 244 milhões de euros. Factores com impacto negativo: amortização de uma emissão de dívida subordinada perpétua, no valor de 74.8 milhões de euros e o vencimento de uma emissão de dívida subordinada, no valor de 24.7 milhões de euros; a cobertura de menos-valias latentes em participações com um impacto na base de capital de 54.3 milhões de euros, dos quais 40.9 milhões de euros por redução do Tier I, através da constituição de provisões por contrapartida de reservas e 13.3 milhões de euros por dedução ao Tier II, apenas para cálculo do rácio de requisitos de fundos próprios. No final de 2003, o BPI já tinha atingido o total de provisões exigido pelo Banco de Portugal, e existiam 46.1 milhões de euros de menos-valias latentes a cobrir, montante que será abatido ao Tier II, de forma escalonada, até 2006; a concretização, no ano, de 487 reformas antecipadas, o que implicou contribuições para fundos de pensões, de modo a cobrir o acréscimo de responsabilidades, no montante de 68.8 milhões de euros 2. 1) De acordo com proposta de aplicação de resultados. 2) As contribuições relativas a reformas antecipadas realizadas estão a ser reconhecidas na conta de resultados ao longo de um período máximo de dez anos. Para efeitos de cálculo dos fundos próprios regulamentares, as contribuições para o fundo de pensões relativas a reformas antecipadas, na parte ainda não relevada como custo, são abatidas aos fundos próprios de base. Em 2003, do montante de 68.8 milhões de euros de contribuições para o fundo de pensões, 7.0 milhões de euros foram já reconhecidos na conta de resultados. 116 Banco BPI Relatório e Contas 2003

119 Fundos próprios de acordo com as normas do Banco de Portugal 1) Após dedução de dividendos a pagar, relativos ao ano. Valores em milhões de euros Capital, reservas e resultados Interesses minoritários [dos quais, acções preferenciais] [238.4] [250.0] Fundo para riscos bancários gerais Contribuições para o fundo de pensões ainda não relevadas como custo (89.3) (142.1) Imobilizações incorpóreas (29.1) (27.7) Acções próprias (3.0) (29.6) Fundos próprios de base Reservas de reavaliação Dívida subordinada perpétua Títulos de participação e dívida subordinada não perpétua Fundos próprios complementares Dedução de interesses em participações (31.6) (25.2) Títulos adquiridos em operações de titularização (4.8) - Menos-valias não provisionadas em participações financeiras (33.1) (46.4) Outras deduções (10.5) (14.9) Deduções (80.0) (86.5) Fundos próprios suplementares Total de fundos próprios Quadro 59 EMISSÃO DE ACÇÕES PREFERENCIAIS G BPI CAPITAL FINANCE SÉRIE C No dia 5 de Agosto, o BPI emitiu 250 milhões de euros de acções preferenciais sem direito a voto através da subsidiária BPI Capital Finance. Este tipo de instrumento é elegível como elemento dos Fundos Próprios de Base, pelo que, devido ao respectivo grau de subordinação, paga um prémio acrescido relativamente à restante dívida. Inicialmente concebida para um montante de 100 a 150 milhões de euros, a emissão acabou por ascender aos 250 milhões de euros: as condições atractivas do dividendo preferencial e a estrutura indexada Euribor % por dez anos determinaram uma grande procura, especialmente por parte de investidores institucionais portugueses. Estes ficaram com 65% do total da emissão, os investidores holandeses, com 13%; os espanhóis, com 7%; e os gregos, com 6%. Na sequência desta emissão, o BPI exerceu a opção de reembolso antecipado das séries B e A, num total de 250 milhões de dólares com um custo médio de Libor %, o que representou uma poupança média de spread de cerca de 0.68%, numa base anual. Nos meses que se seguiram à colocação, o preço da emissão subiu significativamente, reflectindo a descida do prémio de risco do Banco, num contexto especialmente favorável quanto aos mercados de crédito. No final de 2003, o spread para a Euribor encontrava-se em 1.40%, tendo alcançado os 1.22%, em meados de Janeiro de Relatório Análise financeira 117

120 Requisitos de fundos próprios Os requisitos totais de fundos próprios aumentaram 98.3 milhões de euros (+7.3%) relativamente a Os aumentos mais relevantes de requisitos de fundos verificaram-se: na carteira de crédito, que cresceu 7.1% e requereu mais 48.2 milhões de euros de fundos próprios (+4.8%), o que reflecte o aumento do crédito hipotecário (com um menor consumo de capital), enquanto o crédito do segmento de wholesale banking registou uma redução significativa; na carteira de títulos, que requereu mais 48.6 milhões de euros (+111%), em resultado, principalmente, do aumento de obrigações de empresas estrangeiras. O capital exigido para cobertura dos riscos associados à carteira de negociação e a posições em moeda estrangeira representa apenas 1.6% do total de requisitos de fundos próprios. Requisitos de fundos próprios de acordo com as normas do Banco de Portugal Activo líquido (valor de balanço) 2002 Coeficiente médio de ponderação Activo ponderado pelo risco Activo líquido (valor de balanço) Valores em milhões de euros 2003 Coeficiente médio de ponderação Activo ponderado pelo risco Activos monetários % % 96.7 Créditos sobre instituições de crédito % % Crédito sobre Clientes % % Carteiras de obrigações e acções % % Participações % % Imobilizações corpóreas % % Activos diversos % % Activo % % Extrapatrimoniais (-) Provisões para riscos gerais de crédito (188.4) (169.9) Activos ponderados pelo risco de crédito Riscos de crédito (activos ponderados x 8%) Operações de titularização Riscos de mercado Total de requisitos de fundos próprios Requisitos totais x Quadro Banco BPI Relatório e Contas 2003

121 Rácio de requisitos de fundos próprios Em 31 de Dezembro de 2003, o rácio de requisitos de fundos próprios G, de acordo com as regras do banco de Portugal, era de 9.9% e o rácio do Tier I era de 6.7%. As acções preferenciais representavam 20.7% do Tier I. O core capital, ou seja os fundos próprios de base deduzidos das acções preferenciais, correspondia a 5.3% dos activos ponderados pelo risco. Fundos próprios e requisitos de fundos próprios Bi Rácio de requisitos de fundos próprios 9.9% 3.2% 11.1% 4.3% 1.4% 1.4% Rácio de requisitos de fundos próprios de acordo com as normas do Banco de Portugal Valores em milhões de euros Total dos fundos próprios [dos quais, fundos próprios de base] [ ] [ ] Requisitos totais Requisitos totais x Rácio de requisitos de fundos próprios 10.2% 9.9% Tier I 7.3% 6.7% Quadro Fundos próprios Requisitos de fundos próprios Gráfico % 6.8% 5.3% 5.4% Banco de Portugal Tier II Acções preferenciais Core Capital BIS Tier I Gráfico 72 O rácio total, calculado de acordo com as normas do Bank of International Settlements (BIS) G, era, no final de 2003, de 11.1% e o Tier I de 6.8%. Relatório Análise financeira 119

122 Responsabilidades com pensões Em 31 de Dezembro de 2003, os fundos de pensões do Grupo asseguravam o financiamento integral (a 101.4%) das responsabilidades com pensões, reconhecidas no balanço. Em 2003, os fundos de pensões obtiveram uma rendibilidade média anual líquida de 14.7%, o que permitiu reduzir em 94.8 milhões de euros a margem utilizada do corredor, previsto pelo Banco de Portugal, para acomodar desvios actuariais e de rendimento do fundo, sem ocasionar impacto nos resultados. Deste modo, o desvios negativos acumulados no corredor diminuíram de milhões de euros, em Dezembro de 2002, para 25.6 milhões de euros, em Dezembro de 2003, existindo, no final de 2003, uma margem não utilizada do referido corredor de milhões de euros (em Dezembro de 2002, a margem não utilizada era de 24.6 milhões de euros). Financiamento das responsabilidades com pensões Valores em milhões de euros Responsabilidades por pensões em pagamento Responsabilidades por serviços passados de Colaboradores Total das responsabilidades com pensões Decrementos de invalidez Total das responsabilidades reconhecidas o balanço Fundos de pensões Financiamento das responsabilidades reconhecidas no balanço 100.1% 101.4% 1) Considerando decrementos por invalidez, no cálculo do valor das responsabilidades. Quadro 62 Em 31 de Dezembro de 2003, existiam 85.5 milhões de euros 1 de responsabilidades com pensões que estão a ser financiados e reconhecidos nas demonstrações financeiras, de acordo com um plano de prestações uniformes, com início em 2002, e por um período máximo de 20 anos. Se também se considerar este montante, a cobertura do total de responsabilidades com pensões pelo património dos fundos ascendia a 95.8%, no final de 2003 (94.0%, em 2002). 1) Acréscimo no valor actual das responsabilidades com pensões, em resultado de, com a entrada em vigor, no final de 2001, do actual quadro regulamentar relativo à cobertura das responsabilidades com pensões (Aviso do Banco de Portugal, n.º 12 / 2001) ter deixado de ser possível utilizar os decrementos de invalidez G, no cálculo do valor actual das responsabilidades. 120 Banco BPI Relatório e Contas 2003

123 RESPONSABILIDADES COM PENSÕES ENQUADRAMENTO REGULAMENTAR Os aspectos mais relevantes do actual quadro regulamentar, relativo à cobertura das responsabilidades com pensões (Avisos do Banco de Portugal, n.º 12 / 2001 e n.º 7 / 2002), em vigor desde final de 2001, são: a obrigatoriedade de o valor patrimonial dos fundos assegurar uma cobertura mínima de 100% das pensões em pagamento, e o estabelecimento de um mínimo de 95% na cobertura de responsabilidades por serviços passados de pessoal no activo; a não consideração dos decrementos de invalidez 1, no cálculo do valor actual das responsabilidades por serviços passados de pessoal no activo; o registo dos acréscimos de responsabilidades por reformas antecipadas e por alterações nos pressupostos actuariais 2 como custo diferido, em contas de regularização; os acréscimos resultantes de reformas antecipadas são reconhecidos como custo ao longo de um período máximo de 10 anos e os acréscimos por alteração dos pressupostos actuariais são reconhecidos como custo, na conta de resultados extraordinários, no mínimo em 10% ao ano, a partir do exercício seguinte ao do respectivo apuramento; o duplo tratamento contabilístico das perdas e ganhos resultantes do desvio entre os pressupostos actuariais e os valores efectivamente verificados (perdas e ganhos actuariais), consoante o respectivo valor acumulado exceda ou não um determinado intervalo ( corredor ), que corresponde a 10% do maior dos valores das responsabilidades com pensões ou património dos fundos de pensões (reportados no final de cada ano). Tendo em consideração este enquadramento regulamentar, as perdas (e ganhos) actuariais verificadas são registadas na rubrica flutuação de valores (nas contas de regularização), até que o montante acumulado iguale o limite definido pelo corredor, não ocasionando qualquer impacto na conta de resultados; a parte que ficar fora do intervalo é registada como custo ou proveito diferido (em contas de regularização) e reconhecido na conta de resultados, no mínimo em 10% ao ano, a partir do exercício seguinte ao do respectivo apuramento. 1) Redução do valor actual das responsabilidades, em resultado de se considerar a probabilidade dos Colaboradores saírem do activo, por invalidez, antes do tempo normal de reforma. 2) Do mesmo modo, as reduções no valor das responsabilidades com pensões que resultarem de alterações nos pressupostos actuariais serão relevados como um proveito na conta de resultados, no mínimo em 10% ao ano, a partir do exercício seguinte ao do respectivo apuramento. Relatório Análise financeira 121

124 FUNDOS DE PENSÕES DO GRUPO BPI De acordo com as regras do Banco de Portugal, os bancos deverão assegurar o financiamento das responsabilidades com reformas, exclusivamente através de fundos de pensões. As restantes sociedades financeiras deverão assegurar a cobertura integral das responsabilidades por fundo de pensões ou por contrato de seguro de efeito equivalente e, na parte não financiada, através de provisões no balanço. Os fundos de pensões do Grupo garantem integralmente as pensões de reforma por velhice e invalidez e pensões de sobrevivência dos Colaboradores e ex-colaboradores dos bancos (Banco BPI e Banco Português de Investimento) e das subsidiárias que aderiram ao Acordo Colectivo de Trabalho Vertical (BPI Fundos e Inter-Risco). No final de 2003, os patrimónios dos fundos ascendiam a milhões de euros (montante superior ao valor da situação líquida do Grupo, que ascendia, nessa data, a milhões de euros) e abrangiam um universo de Colaboradores no activo, pensionistas e ex-trabalhadores. Recapitalização dos fundos de pensões Quando, em 1991, o Grupo entrou na Banca Comercial, através da aquisição do Banco Fonsecas & Burnay (BFB), este apresentava uma insuficiência do fundo de pensões de 128 milhões de euros (dos quais 89 milhões de euros relativos às responsabilidades com pensões em pagamento e 39 milhões de euros relativos às responsabilidades com pensões por serviços passados de Colaboradores no activo). Logo no momento da aquisição, a insuficiência do património dos fundos para fazer face às responsabilidades com pensões em pagamento foi coberta por provisões no balanço. Fruto do esforço financeiro realizado, no final de 1995, os fundos de pensões cobriam já integralmente as responsabilidades com pensões em pagamento e a cobertura a 100% das responsabilidades com Colaboradores no activo foi conseguida, no final de Reformas antecipadas Na sequência da aquisição dos bancos comerciais (BFB, em 1991, e BFE e BBI, em 1996) foram realizados intensos programas de modernização e melhoria da eficiência e competitividade das estruturas adquiridas. A racionalização e rejuvenescimento do quadro de pessoal foi uma das prioridades estabelecidas. Assim se levaram a cabo, nomeadamente, os processos de reforma antecipada, que implicaram um elevado esforço financeiro para cobertura do acréscimo de responsabilidades com pensões. Desde 1995 a 2003, concretizaram-se reformas antecipadas, o que determinou um aumento das responsabilidades com pensões, no valor de 492 milhões de euros. No âmbito do programa estratégico de aumento da eficiência e de redução de custos, estabelecido para o triénio , está em execução um plano de reformas antecipadas, na sequência do qual, em 2002 e 2003, já se concretizaram 927. Património dos fundos e responsabilidades com pensões dos Colaboradores do Grupo BPI M Fundos de pensões Responsabilidades com serviços passados Gráfico Banco BPI Relatório e Contas 2003

125 Rendibilidade Em 2003, os fundos de pensões dos Colaboradores do Grupo BPI obtiveram uma rendibilidade média anual bruta de 15.2%. Desde 31 de Dezembro de 1991, os fundos de pensões do Grupo obtiveram uma rendibilidade média anual de 11.5%, a passo que a actualização da tabela salarial do ACTV do Sector Bancário foi, em média, de 4.2% e a mediana da rendibilidade do mercado de fundos de pensões se situou em 8.4%, de acordo com dados divulgados pela Mercer Investment Consulting. Composição do fundo de pensões dos Colaboradores do Banco BPI Dez Liquidez 15.4% Obrigações de taxa indexada 9.3% Obrigações de taxa fixa 25.3% Acções estrangeiras 4.9% Acções portuguesas 32.6% Imobiliário 12.6% Total 100% Quadro 63 Em 31 de Dezembro 2003, a carteira do Fundo de Pensões do Banco BPI, que correspondia a 99% do património total dos fundos de pensões dos Colaboradores do Grupo, apresentava a seguinte composição: Fundos de pensões dos Colaboradores do Grupo BPI Rendibilidade vs. inflação e actualização do ACTV % 25 Fundos de pensões dos Colaboradores do Grupo BPI Rendibilidade comparada com o mercado % Rendibilidade dos fundos de pensões dos Colaboradores do Grupo BPI Taxa de actualização dos salários (ACTV) Taxa de inflação Gráfico 74 Rendibilidade do fundo de pensões dos Gráfico 75 Colaboradores do Grupo BPI Mediana da rendibilidade do mercado de fundos de pensões Fonte: Mercer Investment Consulting Relatório Análise financeira 123

126 AS NORMAS INTERNACIONAIS DE CONTABILIDADE As Normas Internacionais de Contabilidade (International Financial Reporting Standards IFRS) emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB) visam a harmonização contabilística internacional, maior comparabilidade entre entidades, maior transparência e melhor qualidade da informação. Desta forma, os mercados poderão ver aumentada a confiança dos seus intervenientes. De acordo com o Regulamento n.º 1606 / 02 do Conselho Europeu, as sociedades com valores admitidos à cotação na Europa são obrigadas a apresentar contas consolidadas de acordo com os IFRS a partir de 1 de Janeiro de 2005, obrigação esta que vincula o Banco BPI. O Regulamento obriga ainda à apresentação de um ano de comparabilidade, excepto no que respeita às Normas 32 e 39, relativas à apresentação de informação e contabilização de instrumentos financeiros e ao reconhecimento e mensuração dos instrumentos financeiros, respectivamente. PRINCIPAIS ALTERAÇÕES AO PLANO DE CONTAS ACTUAL Da análise até agora efectuada, sublinham-se as diferenças entre os IFRS e o Plano de Contas do Sistema Bancário Português (PCSB) que poderão vir a assumir maior relevo: Imparidade A noção de imparidade aplica-se quando o valor recuperável (ou justo valor) de um activo é inferior ao seu valor contabilístico. Pode existir imparidade a nível de um activo individual, de um conjunto operacional de activos ou da empresa como um todo (goodwill G ). Regra geral, a perda por imparidade deve ser reconhecida em resultados. O cálculo e o reconhecimento das perdas por imparidade de crédito são bastante complexos. As provisões são baseadas em métodos de discounted cash flow e constituídas apenas para os casos em que seja determinada imparidade (deixam de existir provisões genéricas para crédito e provisões para riscos bancários gerais). Instrumentos financeiros Os instrumentos financeiros são classificados em quatro categorias que determinam a sua forma de mensuração e de reconhecimento das respectivas variações no valor de balanço. Classificação dos Activos Mensuração Na mensuração dos instrumentos financeiros, pressupõe-se que a empresa é capaz de determinar o seu justo valor ( montante pelo qual um activo poderia ser trocado, ou liquidado um passivo, entre partes conhecedoras e dispostas a isso, numa transacção realizada em condições normais de mercado ). Quando tal não for possível, os investimentos devem ser mantidos ao custo deduzidos de eventuais perdas de imparidade. Ao contrário do que acontece actualmente, tanto as mais valias como as menos valias potenciais na carteira de participações financeiras passam a ser reflectidas no valor de balanço por contrapartida de capitais próprios (reserva de justo valor). Todos os derivados (cobertura ou embutidos em outros instrumentos) são relevados ao justo valor. Variações no valor de balanço Negociação Justo valor Resultados Detidos até à maturidade Custo amortizado Resultados Empréstimos e contas a receber Custo amortizado Resultados Disponíveis para venda Justo valor 1 Capitais próprios 2 1) excepto nas situações em que o justo valor não possa ser Quadro 64 medido com fiabilidade 2) até que o activo seja vendido, cobrado, abandonado ou determinada a respectiva imparidade, momento em que as variações são registadas nos resultados do período. Caso seja determinada imparidade nos activos disponíveis para venda, a totalidade do valor registado na reserva de justo valor deverá passar por resultados. Contabilização de cobertura A relação de cobertura tem de ser formalmente documentada, sendo a sua eficácia testada em cada período. Tendo em conta os requisitos complexos e limitativos da contabilização de operações de cobertura, é expectável que um elevado número de transacções passe a ser tratado como operações de negociação. 124 Banco BPI Relatório e Contas 2003

127 Desreconhecimento de activos O desreconhecimento de activos (isto é, deixar de registar os activos no balanço) deve acontecer apenas quando se perde o controlo dos direitos contratuais do activo. Não deve haver desreconhecimento caso exista obrigação de recompra futura ou se a empresa retiver alguns riscos / benefícios do activo vendido. Os princípios de desreconhecimento de activos financeiros serão aplicáveis a transacções ocorridas após 1 Janeiro Activos intangíveis A definição de activo intangível é mais exigente do que a actual e as despesas que não cumprem essa definição devem ser registadas integralmente como custo no ano (despesas com publicidade, pesquisa / investigação, formação, despesas de arranque, custos de reorganização, etc.). Activos tangíveis Os activos tangíveis podem ser reavaliados. As respectivas reavaliações têm por base a alteração do justo valor, não sendo aceites reavaliações fiscais. Quando um elemento do activo fixo tangível é reavaliado, toda a classe a que pertence deve ser também reavaliada. O método de amortização deve reflectir o fluxo de benefícios gerados para a empresa. A amortização tem em conta o valor residual do activo e a vida útil esperada (estes parâmetros devem ser revistos periodicamente). As reformas antecipadas são integralmente custo no ano em que ocorrem. Mantém-se a existência de um corredor e, para além dos desvios actuariais, as alterações de pressupostos passam também a ser enquadráveis nesse corredor. Os valores fora do corredor devem ser amortizados por um período correspondente à diferença entre a idade média esperada de reforma e a idade média dos empregados no activo (de acordo com as actuais regras do Banco de Portugal, o período de amortização é de 10 anos). Impostos diferidos Serão reconhecidos impostos diferidos activos e passivos. Um imposto diferido activo deve ser reconhecido até ao montante em que seja provável a existência de lucros tributáveis futuros contra os quais o activo por imposto diferido possa ser utilizado. Os activos e passivos por impostos diferidos não podem ser descontados e devem ser mensurados com base nas taxas de imposto que se espera serem aplicáveis no momento da reversão das diferenças que as originaram. Transição Na data da transição, os saldos das principais diferenças entre os IFRS e o PCSB deverão ser relevadas em resultados transitados, por forma a não influenciar o resultado do exercício. Benefícios dos empregados Os pressupostos actuariais (demográficos e financeiros) devem ter por base expectativas de mercado à data de balanço. Na avaliação das responsabilidades, os pressupostos actuariais devem ser mutuamente compatíveis e incluir como variáveis demográficas tábuas de mortalidade actualizadas, taxas de rotação, de invalidez, idade normal de reforma e custos com cuidados médicos. A taxa de desconto deve ser determinada com base em taxas de mercado de obrigações de baixo risco, de prazo semelhante ao da liquidação das responsabilidades. Relatório Análise financeira 125

128 A IMPLEMENTAÇÃO DAS IFRS NO GRUPO BPI Em meados de 2003, o Grupo BPI constituiu um grupo de trabalho para identificar e avaliar as diferenças gerais entre os princípios contabilísticos do Banco de Portugal e os IFRS. Posteriormente, a análise tem vindo a assumir maior detalhe, passando a incidir sobre a determinação do impacto nos processos administrativos e de negócio. Para tal têm sido criados grupos de trabalho mais especializados, visando a implementação operacional dos IFRS nas respectivas áreas. O diagnóstico tem envolvido a análise dos seguintes aspectos: análise dos processos e aplicações informáticas existentes para suporte da contabilização de acordo com os IFRS; definição das datas de implementação das principais alterações necessárias; identificação das necessidades de formação dos diferentes grupos de utilizadores; quantificação dos principais impactos por entidade e área de negócio. identificação das principais áreas e operações afectadas em cada uma das entidades do Grupo; hierarquização das diferenças e estabelecimento de prioridades; À redefinição do manual de políticas contabilísticas seguir-se-á uma fase de testes para execução das alterações. O Banco prevê completar a sua transição para os IFRS com a elaboração do pro-forma das demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de Banco BPI Relatório e Contas 2003

129 Gestão de riscos A gestão de riscos, no Grupo BPI, assenta na constante identificação e análise da exposição a diferentes riscos (risco de contraparte, risco-país, riscos de mercado, riscos de liquidez, riscos operacionais e legais) e na adopção de estratégias de maximização dos resultados relativamente aos riscos, dentro de limites preestabelecidos e devidamente supervisionados. A gestão é complementada pela análise, a posteriori, de indicadores de performance. BASILEIA II Em 2003, de acordo com as melhores práticas que constam já do projecto regulamentar designado por Basileia II, procedeu-se à rotina de revisão dos filtros e scorings de crédito ao consumo e de cartões de crédito; foi criado um novo scoring de cartões para análise dos processos de renovação de cartões; foi elaborado um plano de uso de indicadores de risco e de variáveis comerciais para definir todas as variáveis de relacionamento com os Clientes de cartões (aprovação, pricing, overlines ); foi aplicado um scoring não empírico a pequenos negócios, em complemento do expert system; foi gerado um modelo empírico para rating de empresas (a fim de substituir o actual modelo não empírico), a par de um trabalho de sistematização das variáveis a utilizar pelo expert system complementar ao modelo; e foram melhoradas as bases de dados do crédito automóvel, crédito à habitação, pequenos negócios e garantias, tendo em vista a futura introdução de ratings e scorings empíricos em todos os segmentos da actividade, em complemento do expert system e dos filtros em vigor. RISCO DE CRÉDITO Processo de gestão O risco de crédito, associado à possibilidade de incumprimento efectivo da contraparte (ou à variação do valor económico de um dado instrumento ou carteira, em face da degradação da qualidade do risco da contraparte), constitui o risco mais relevante de toda a actividade do Grupo BPI. A avaliação da exposição a este risco efectua-se segundo diferentes metodologias complementares (expert system, ratings, scorings, filtros e outras). Após a avaliação da exposição, a aprovação específica dos créditos segue os princípios e procedimentos estabelecidos nos regulamentos de crédito. Estão definidos, em cada uma das diferentes direcções envolvidas, os níveis hierárquicos competentes para a aprovação de créditos, consoante as características próprias, o que visa a descentralização das decisões capaz de garantir a celeridade e a eficácia do processo. As operações deverão inscrever-se nos limites previamente estabelecidos e deverão respeitar os pretendidos níveis de rendibilidade dos capitais próprios utilizados. A aprovação de créditos tem em conta várias estratégias, incluindo a diversificação geográfica, dos sectores, dos segmentos, das contrapartes e da maturidade; o uso de garantias / colateral e margens; a periodicidade dos esquemas de pagamento e amortização; as cláusulas de prioridade legal ISDA international swaps and derivatives association e garantias CSA credit support annex em derivados; derivados de crédito ou cláusulas de liquidação. São respeitados limites por contraparte, mercado, maturidade, produto ou moeda, estabelecidos em função do grau de risco, capacidade de endividamento do Cliente, relacionamento com o Banco (incluindo a experiência relativa à utilização anterior de limites e rendibilidade do Cliente), e em função da própria dimensão do BPI. A posteriori, o Banco mantém vigilância constante sobre a evolução da sua exposição (incluindo o uso do sistema de alertas, no caso das empresas) e dos resultados e índices de Relatório Gestão de riscos 127

130 rendibilidade alcançados, relativamente aos níveis de risco assumidos. São também analisados, mensalmente, os créditos problemáticos, os índices de cobertura por provisões, write-offs G e recuperações. O alerta de créditos vencidos está disponível on-line, via rede interna, para informação dos gestores do Banco. DIRECÇÃO DE RISCOS DE CRÉDITO A Direcção de Riscos de Crédito completou, em 2003, o primeiro ano de actividade. A criação da Direcção de Riscos de Crédito visou uma maior especialização e independência na análise do risco de crédito. Pretendeu-se contribuir para a aproximação do BPI aos objectivos globais das recomendações do Comité de Basileia II, no que se refere à avaliação e monitorização do risco de crédito. As direcções comerciais têm, ainda assim, um papel relevante nesta avaliação, pois a Direcção de Riscos de Crédito apenas analisa propostas de crédito, se tiver havido uma opinião favorável das direcções comerciais. Por outro lado, cabe às direcções comerciais fornecerem informações qualitativas relevantes, mormente sobre accionistas e gestores das empresas-clientes. As direcções comerciais participam, ainda, nos conselhos de crédito. A Direcção de Riscos é composta por três áreas: Direcção de Riscos de Crédito Concessão de Crédito Responsável pela análise e pela decisão de concessão de crédito, através de um processo de workflow electrónico entre as Direcções Comerciais, a Direcção de Riscos de Crédito e as Direcções Operacionais. Acompanhamento Responsável pela prevenção de situações de incumprimento, através da observação permanente da carteira de crédito vivo e pela realização do follow-up de acções preventivas e de regularização, em coordenação com as Direcções Comerciais, nos casos de incumprimento até 60 dias. Recuperação Responsável pela recuperação de crédito em incumprimento há mais de 60 dias, através de acções desenvolvidas por gestores especializados, com forte apoio jurídico. Figura 9 A Direcção de Riscos de Crédito, na sua função de acompanhamento dos limites de exposição, apoia-se num sistema de alertas que classifica os Clientes com notações de acompanhamento. Este sistema permite detectar alterações no risco representado pelos Clientes da Banca de Empresas, gerando informação complementar à fornecida pelas direcções comerciais, e proporciona orientação para a actuação a seguir na gestão do risco de crédito. Procede-se ainda a uma estimativa das perdas efectivas, quase efectivas ou esperadas (designadas por provisões económicas G ), de forma a avaliar a suficiência das provisões contabilísticas. As provisões económicas são objecto de uma avaliação mensal pela Comissão Executiva do Conselho de Administração (Comissão Executiva para os Riscos de Crédito), e são analisadas semestralmente pelos auditores externos e apreciadas regularmente pelo Comité de Controlo Interno. 128 Banco BPI Relatório e Contas 2003

131 Funcionam como agentes de controlo de todo este processo de gestão, além do Conselho de Administração, do Comité de Controlo Interno e da Comissão Executiva de Riscos de Crédito, a Assessoria de Análise e Controlo de Riscos, os auditores internos e externos e o Banco de Portugal. PROCEDIMENTOS RELATIVOS A CRÉDITO VENCIDO DE EMPRESAS Ao 30.º dia O crédito não pago é classificado como crédito vencido. Os juros não pagos são anulados e é suspensa a contagem de juros. Maturidade 30.º Dia 60.º Dia Na maturidade e até ao 30.º dia As direcções comerciais são responsáveis pela recuperação. Após o 30.º dia e até ao 60.º A Direcção de Riscos de Crédito Área de Acompanhamento analisa a situação, em coordenação com as direcções comerciais, com vista à recuperação. Após o 60.º dia O crédito passa a ser gerido pela Área de Recuperação da Direcção de Riscos de Crédito, que apresenta ao Conselho de Crédito uma proposta de reestruturação ou de execução. Figura 10 Avaliação da exposição ao risco de crédito Empresas, Clientes Institucionais, financiamento especializado Os créditos a empresas, Clientes institucionais e project finance são avaliados por analistas especializados. perda esperada ou potencial, em caso de incumprimento (incluindo especialmente a análise da colateral). O BPI utiliza ainda um sistema interno de rating de empresas, com cinco classes, para avaliar o crédito, as garantias e os títulos, de empresas de média e grande dimensão. A classificação é apurada a partir de rácios económico-financeiros, de indicadores de experiência, conceito comercial e incidentes, bem como de risco do mercado e sector em que a empresa opera. A Direcção de Riscos de Crédito ou, em última instância, a Comissão Executiva para os Riscos de Crédito, complementam esta informação sobre a probabilidade de incumprimento com uma análise qualitativa da estratégia e gestão da empresa (o que resulta em eventual overrule E do rating apurado) e com uma análise da informação sobre a De acordo com esta metodologia de avaliação de riscos e aprovação de créditos, o risco médio da carteira, que no ano anterior era de 46.1, é de 48.4 classe A. Carteira de crédito, títulos e garantias a empresas e institucionais Repartição por classes de risco (rating interno) Classes de risco AAA (<10) 12.6% 17.7% 17.0% AA (10-30) 10.7% 7.3% 5.6% A (30-50) 37.1% 23.2% 20.5% B (50-70) 34.1% 38.6% 42.7% C (70-100) 5.5% 13.2% 14.1% Total 100% 100% 100% Pontuação média Quadro 65 Relatório Gestão de riscos 129

132 Estes sistemas de avaliação do risco da contraparte são complementados por outros, em especial pela identificação de grandes riscos (concentração da exposição numa contraparte ou grupo) e pelo cálculo do capital em risco, segundo avaliação consagrada na regulamentação sobre rácio de solvabilidade ou nela inspirada. A nível global, a carteira é ainda avaliada pelo grau de diversificação geográfica, sectorial e por maturidades. Particulares e Pequenos Negócios No domínio dos particulares, existem diferentes scorings e filtros de selecção de Clientes. Em créditos com garantias específicas (habitação, automóvel) o prejuízo esperado é muito reduzido, dada justamente a relação entre o financiamento e a garantia. O BPI exige para a relação financiamento / garantia do crédito à habitação um limite máximo de 90%. No restante crédito a particulares, a selecção de Clientes assenta, sobretudo, na avaliação das probabilidades de incumprimento por scoring ou expert system e o crédito é atribuído dentro de limites preestabelecidos. De forma a reduzir a probabilidade de incumprimento, é exigido um seguro de protecção ao crédito (com coberturas de desemprego e hospitalização) para o crédito pessoal BPI. Os índices de aceitação ou rejeição globais dos Clientes são associados aos níveis de rendibilidade mínima desejáveis, tendo em conta os riscos. A análise da exposição ao risco da contraparte, no segmento dos pequenos negócios, assenta num scoring não empírico e por expert system, sendo envolvida, mediante análise de diferentes indicadores, uma opinião subjectiva sobre a probabilidade de incumprimento da contraparte ou da entidade que presta garantia, além da análise de um eventual colateral. Carteira de títulos No que respeita à avaliação dos ricos da sua carteira de títulos, o BPI recorre, sobretudo, à informação constante de ratings externos. A carteira de investimento é composta, predominantemente, por títulos de emissores cujo risco de crédito é reduzido. Carteira de investimento de obrigações 1 Repartição por classes de risco (rating externo) Rating 2002 % 2003 % Aaa Aa A Baa Outros / Sem rating (s/ R) Papel Comercial (s/ R) Total ) Inclui acções preferenciais que se contabilizam na carteira de acções. 2) O papel comercial sem notação de rating (s/ R) é garantido por instituições de crédito. M. Quadro 66 Carteira de crédito a empresas e institucionais em 2003 Repartição por classes de risco (rating interno) Carteira de investimento de obrigações em 2003 Repartição por classes de risco (rating externo) 42.7% 14.1% 20.6% 27.3% 9.7% 20.5% 22.6% AAA, AA A B C Gráfico % AAA, AA A Baa Outros / sem rating Gráfico Banco BPI Relatório e Contas 2003

133 Operações de derivados Dada a especificidade da valorização das operações em derivados, o risco de crédito nelas envolvido tem um tratamento especial cuja base é o conceito de valor de substituição, estimado diariamente pela Assessoria de Análise e Controlo de Riscos. Para mitigar o risco de crédito de derivados, além da elaboração de contratos com cláusulas que permitem a compensação de responsabilidades em caso de incumprimento (mesmo no caso de falência), o Grupo tem assinado acordos de limitação do risco de crédito com as contrapartes mais importantes nestes mercados. Estes acordos, que implicam o recebimento (e pagamento) de valores colaterais para cobertura de risco entre as contrapartes, permitiram reduzir, no final de 2003, o valor de substituição da carteira de derivados, em cerca de milhões de euros. Risco corrente de crédito Valor de substituição de derivados por tipo de contraparte Grupo BPI Fundos de investimento / pensões Empresas Particulares Bancos Total Notas: O valor de substituição total é a soma dos valores de substituição Quadro 67 das contrapartes quando positivos. Não inclui opções inseridas em obrigações emitidas ou compradas. O valor de substituição incorpora o efeito de redução do risco, que resulta da compensação entre saldos credores e devedores entre a mesma contraparte, e da existência de acordos com as contrapartes, que servem de garantia ao cumprimento das responsabilidades. Esta forma de avaliação de exposição ao risco de contraparte é completada pela tradicional abordagem regulamentar e antecipa, de algum modo, as melhores práticas do novo acordo de Basileia. M % 2003 % Níveis de incumprimento, provisionamento e recuperação O trabalho de reorganização interna, em que Direcção de Riscos de Crédito assumiu um papel de destaque, a escolha de perfis de exposição, de acordo com a avaliação resultante da aplicação dos métodos citados, e a reduzida média de idades da carteira (fruto do crescimento do crédito) resultam em bons indicadores de performance da carteira e, especialmente, em reduzidos níveis de incumprimento. No final de 2003, o crédito a Clientes, instituições de crédito e os títulos vencidos (há mais de 90 dias) ascendiam a milhões de euros, representando 1.3% da carteira bruta destes activos, e estavam cobertos em 135% por provisões. No conjunto destes incumprimentos, o crédito mal parado a instituições de crédito, carteira de títulos e derivados, líquido das provisões afectas à respectiva cobertura, não tem expressão. o crédito a instituições de crédito em situação de vencido, no montante de 83.0 milhões de euros, encontra-se provisionado a 99.9%. Este diz respeito a crédito concedido a um banco central e é proveniente do balanço dos bancos comerciais adquiridos pelo Grupo, em 1991 e os títulos e juros vencidos ascendiam a 0.2 milhões de euros, o que correspondia a 0.01% do total da carteira de obrigações bruta e estavam integralmente cobertos por provisões específicas para títulos vencidos. Relatório Gestão de riscos 131

134 O crédito a Clientes vencido há mais de 90 dias ascendia, no final de 2003, a 212 milhões de euros, o que correspondia a 1.2% da carteira de crédito bruta e estava coberto por provisões em 148%. Por outro lado, de acordo com o critério estabelecido pela carta circular n.º 99 / 2003 do Banco de Portugal o rácio de crédito em incumprimento era de 1.3% e encontrava-se provisionado a 134%. Além do crédito vencido há mais de 90 dias, no referido rácio, considera-se o crédito de cobrança duvidosa tratado como vencido para efeitos de provisionamento. Em Dezembro de 2003, este ascendia a 22.2 milhões de euros. Em 2003, o acréscimo de crédito a Clientes, vencido há mais de 90 dias e ajustado pelos write-offs G efectuados, atingiu os 70.9 milhões de euros, o que correspondeu a 0.43% da carteira de crédito produtivo no início do ano. Estes valores representam uma redução muito significativa, relativamente à percentagem de 0.73% registada em Por outro lado, ao longo de 2003, recuperaram-se 20.6 milhões de euros de crédito e juros vencidos e anteriormente abatidos ao activo. Deste montante, 7.2 milhões de euros estão relacionados com uma situação antiga de incumprimento que, em 2003, conheceu decisão judicial favorável ao Banco, não passível de recurso. Deste modo, o acréscimo de crédito vencido no ano, ajustado pelos write-offs efectuados e pelas recuperações, ascendeu a 0.31% da carteira de crédito produtivo no início do ano, o que se revela favorável quando comparados os valores com os de 2002 (0.63%). Importa salientar que, em 31 de Dezembro de 2003, o saldo de crédito reestruturado ascendia a 37.1 milhões de euros, montante que corresponde a um aumento de 13.9 milhões de euros face ao existente em final de Este aumento corresponde a 0.08% da carteira de crédito produtivo no início do ano. Rácio de crédito a Clientes vencido % 4 Cobertura de crédito a Clientes vencido % Acréscimo de crédito vencido 1 no ano Em % do crédito produtivo no início do ano % Crédito vencido há mais de 30 dias Crédito vencido há mais de 90 dias Crédito vencido há mais de 30 dias Crédito vencido há mais de 90 dias Variação anual do crédito vencido, ajustada por write-offs Variação anual do crédito vencido, ajustada por write-offs e deduzido de recuperações de crédito vencido Gráfico 78 Gráfico 79 1) Crédito vencido há mais de 30 dias. Gráfico Banco BPI Relatório e Contas 2003

135 Crédito a Clientes vencido há mais de 90 dias Valores em milhões de euros Carteira de crédito a Clientes no final do ano (bruta) Crédito vencido há mais de 90 dias Crédito vencido há mais de 90 dias no início do ano Acréscimo líquido de crédito vencido (ajustado de write-offs) Write-offs (19.1) (16.9) (19.7) (28.5) (75.2) Crédito vencido há mais de 90 dias no fim do ano Crédito de cobrança duvidosa Rácio de crédito vencido e de cobrança duvidosa Crédito vencido há mais de 90 dias em percentagem do crédito total 1.4% 1.0% 0.9% 1.3% 1.2% Crédito vencido há mais de 90 dias e de cobrança duvidosa 1 em percentagem do crédito total % Recuperações de crédito vencido abatido ao activo Acréscimo de crédito vencido em % da carteira de crédito produtivo em início do ano Acréscimo de crédito vencido ajustado por write-offs 0.29% 0.15% 0.13% 0.73% 0.43% Acréscimo de crédito vencido ajustado por write-offs e deduzido de recuperações de crédito vencido -0.05% -0.05% -0.01% 0.63% 0.31% Quadro 68 Provisões para crédito a Clientes Valores em milhões de euros Provisões totais para crédito Provisões totais para crédito no início do ano Dotações (líquidas de reposições) Específicas para crédito vencido Específicas para crédito de cobrança duvidosa (1.5) (1.6) Risco-país (2.1) (1.6) (0.4) Reposições de provisões genéricas (que tiveram como contrapartida dotações para provisões específicas) (27.2) Genéricas para crédito Transferências, reav. cambial e aquisição de crédito ao Fundo EFTA 0.1 (1.5) (2.4) 15.1 (3.4) Write-offs (19.1) (16.9) (19.7) (28.5) (75.2) Provisões totais para crédito no fim do ano Cobertura por provisões Do crédito vencido há mais de 90 dias 157.3% 194.2% 210.0% 153.0% 148.4% Do crédito vencido há mais de 90 dias e do crédito de cobrança duvidosa % 1) Crédito de cobrança duvidosa tratado como vencido para efeitos de provisionamento. Quadro 69 Quando considerado o crédito vencido há mais de 30 dias, o rácio de crédito vencido situava-se, no final de 2003, em 1.3% e o nível de cobertura do crédito vencido por provisões era de 132%. Considerando o crédito vencido há mais de 30 dias e o crédito de cobrança duvidosa tratado como vencido para efeitos de provisionamento, o rácio era de 1.5% e a respectiva cobertura por provisões ascendia a 120%. Relatório Gestão de riscos 133

136 Crédito a Clientes vencido há mais de 30 dias e provisões Valores em milhões de euros Carteira de crédito a Clientes (bruta) Crédito de cobrança duvidosa Crédito vencido há mais de 30 dias Provisões totais para crédito Rácio de crédito vencido e de cobrança duvidosa Crédito vencido há mais de 30 dias em percentagem do crédito total 1.5% 1.3% Crédito vencido há mais de 30 dias e de cobrança duvidosa 1 em percentagem do crédito total - 1.5% Cobertura por provisões Do crédito vencido há mais de 30 dias 130.3% 131.5% Do crédito vencido há mais de 30 dias e do crédito de cobrança duvidosa % Quadro 70 O quadro seguinte apresenta os rácios de crédito vencido há mais de 30 dias por segmento de mercado, bem como o contributo de cada segmento para a carteira de crédito bruta. Crédito vencido há mais de 30 dias por segmentos de mercado 2002 Carteira de crédito (bruta) em % da carteira de crédito consolidada Rácio de crédito vencido 2003 Carteira de crédito (bruta) em % da carteira de crédito consolidada Rácio de crédito vencido Actividade doméstica Wholesale banking 13% 2.0% 9% 2.0% Grandes empresas 9% 1.3% 8% 0.3% Médias empresas 14% 2.9% 13% 2.4% Project finance 2% 0.0% 4% 0.0% Banca institucional 4% 0.0% 4% 0.0% Banca de Empresas 42% 1.9% 39% 1.3% Crédito hipotecário 39% 0.7% 43% 0.9% Crédito a particulares outros fins 5% 2.3% 5% 2.7% Crédito a pequenas empresas e negócios 9% 2.5% 9% 2.3% Banca de Particulares e Pequenos Negócios 54% 1.1% 57% 1.3% Crédito especializado leasing, ALD 2% 3.1% 2% 2.8% Outros 2% 2.8% 2% 3.0% Actividade doméstica 100% 1.5% 99% 1.3% Actividade internacional 1 0.5% 1.3% 1% 1.2% Total 100% 1.5% 100% 1.3% 1) Em Dezembro de 2003, ocorreu a fusão por incorporação do Banco Fomento Moçambique no Banco Comercial e de Investimentos, em resultado Quadro 71 da qual o Grupo BPI passou a deter 30% do capital deste último, sendo as respectivas contas integradas pelo método de equivalência patrimonial. Para efeitos de análise, o rácio de crédito vencido em 2002 na actividade internacional não inclui o crédito do Banco Fomento Moçambique. Se a carteira de crédito do Banco Fomento em Moçambique fosse considerada, o rácio de crédito vencido em 2002 na actividade internacional ascenderia a 2.3%. 134 Banco BPI Relatório e Contas 2003

137 As dotações de provisões específicas para crédito vencido na actividade doméstica foram de 65.3 milhões de euros (líquidas de reposições), em Deste montante, 24.0 milhões de euros destinaram-se à cobertura na actividade doméstica do crédito que entrou em incumprimento durante o ano de 2003, enquanto o restante se destinou ao provisionamento do crédito vencido com antiguidade superior a um ano. No final de 2003, na actividade doméstica, o crédito vencido a Clientes há menos de um ano ascendia a 96.5 milhões de euros e estava provisionado em 25% por provisões específicas para crédito vencido. O crédito vencido com antiguidade superior a um ano representava 59% do crédito vencido total e encontrava-se coberto por provisões específicas em 66%. Actividade doméstica crédito a Clientes vencido por antiguidade e cobertura por provisões específicas (em 31 de Dezembro de 2003) Antiguidade do crédito vencido por classes 1 <3 meses (classe I) 3-6 meses (classe II) < 1 ano 6-9 meses (classe III) 9-12 meses (classe IV) meses (classe V e VI) 1-2 anos meses (classe VII) 2-3 anos (classes VIII e IX) Valores em milhões de euros > 3 anos (classes X a XII) Total Crédito à habitação Crédito vencido Nível de provisionamento 0.5% 10.0% 25.0% 25.0% 34.0% 50.0% 49.5% 63.8% 39.2% Outro crédito com garantia real Crédito vencido Nível de provisionamento 0.8% 9.8% 25.0% 25.0% 49.7% 52.5% 50.0% 85.9% 50.6% Crédito com garantia pessoal Crédito vencido Nível de provisionamento 1.0% 10.0% 25.0% 25.0% 63.8% 100.0% 100.0% 100.0% 39.2% Crédito sem garantia Crédito vencido Nível de provisionamento 1.0% 24.0% 50.0% 73.4% 98.8% 98.2% 100.0% 103.5% 59.2% Crédito vencido total Crédito vencido Nível de provisionamento 0.9% 18.1% 39.2% 40.9% 62.0% 65.2% 59.0% 85.2% 49.4% 1) Classes de crédito vencido por antiguidade, de acordo com o Aviso 8 / 2003 do Banco de Portugal. Quadro 72 Relatório Gestão de riscos 135

138 REGIME DE PROVISIONAMENTO DO CRÉDITO Tipos de provisões Em Portugal, o regime que regulamenta o provisionamento do risco de crédito (Avisos do Banco de Portugal n.º 3 / 1995 e n.º 8 / 2003) estabelece três tipos de provisões para crédito: provisões específicas para crédito e juros vencidos destinadas à cobertura do crédito (capital e juros) vencido que se encontra em incumprimento há mais de 30 dias; provisões específicas para crédito de cobrança duvidosa destinadas à cobertura do risco do crédito ainda não vencido numa operação de crédito ou no total do crédito concedido a um só Cliente, em relação aos quais existam prestações vencidas em incumprimento; provisões para riscos gerais de crédito correspondentes a uma percentagem do total da carteira de crédito produtivo e garantias, em relação às quais não existe um risco de incumprimento identificado; Alterações ao regime de provisionamento Em 2003, entraram em vigor as alterações ao regime de provisionamento de crédito vencido (Aviso do Banco de Portugal, n.º 8 / 2003). Os aspectos mais relevantes das alterações foram: a adopção de critérios mais exigentes de cobertura do crédito vencido, em geral pela elevação dos coeficientes de provisionamento e antecipação da respectiva cobertura integral, e pela especificação de novas classes de crédito que, de acordo com a sua finalidade e natureza da garantia que lhe esteja associada, passaram a ter um tratamento diferenciado; Estas alterações entraram em vigor em Fevereiro de 2003 para o novo crédito concedido, enquanto o ajustamento à cobertura da carteira de crédito pré-existente se tornou efectivo em Agosto de Actual quadro regulamentar Provisões específicas para crédito vencido É considerado vencido o crédito em incumprimento há mais de 30 dias. Após este prazo, é suspensa a contabilização dos juros em contas de proveitos relativamente ao capital registado em crédito vencido e são anulados os juros contados a partir da última prestação de juros paga. Relativamente ao crédito hipotecário, o BPI adopta uma política que conduz a um reconhecimento mais rápido do crédito em incumprimento. Uma vez que, decorridos cinco a seis meses após a primeira prestação em atraso, o BPI interpõe acção legal com vista à recuperação do crédito, os juros são contabilizados até à data em que se inicia a acção legal. O total do crédito (capital e juros) é, nesta data, reconhecido integralmente como crédito vencido, e não apenas as prestações em incumprimento. O provisionamento do crédito vencido é feito de forma progressiva, de acordo com os coeficientes mínimos de cobertura estabelecidos pelo Aviso n.º 8 / 2003 do Banco de Portugal, que define um tratamento diferenciado de acordo com a finalidade do crédito, a natureza das garantias e a antiguidade do incumprimento. a redução do coeficiente de provisionamento para riscos gerais de crédito no crédito hipotecário à habitação, de 1% para 0.5%. As provisões libertadas são obrigatoriamente afectas à constituição ou reforço das provisões para riscos específicos de crédito. 136 Banco BPI Relatório e Contas 2003

139 Coeficientes mínimos de provisionamento (Aviso nº 8 / 2003) Valores em percentagem (%) Antiguidade do crédito em incumprimento Classes Sem garantia Pessoal Finalidade do crédito e natureza das garantias Não hipotecário Outros fins Com garantia Real Hipotecário Crédito à habitação Crédito 75% da garantia Crédito < 75% da garantia De 1 a 3 meses I >3 e 6 meses II >6 e 9 meses III >9 e 12 meses IV 75 >12 e 15 meses V >15 e 18 meses VI >18 e 24 meses VII >24 e 30 meses VIII 75 >30 e 36 meses IX >36 e 48 meses X 75 >48 e 60 meses XI 100 >60 meses XII 100 Figura 11 Provisões específicas para crédito de cobrança duvidosa São classificados como crédito de cobrança duvidosa as prestações vincendas de uma operação de crédito quando: existam prestações em incumprimento (capital e juros) que excedem 25% do capital em dívida (acrescido dos juros vencidos); ou existam prestações em incumprimento há mais de 6 meses nas operações com prazo inferior a 5 anos, há mais de 12 meses nas operações com prazo de 5 a 10 anos ou há mais de 24 meses, nas operações com prazo superior a 10 anos. Nas duas situações atrás referidas, e para efeitos de provisionamento, as prestações vincendas são tratadas como crédito vencido, ou seja, são-lhe aplicados os mesmos coeficientes de provisionamento do crédito vencido, considerando-se que têm uma antiguidade idêntica à da primeira prestação em incumprimento. É igualmente considerado crédito de cobrança duvidosa o total das prestações vincendas de um Cliente cujas prestações em incumprimento (capital e juros) excedam 25% do total de capital em dívida (acrescido dos juros vencidos). Nesta situação e para efeitos de provisionamento, ao total de prestações vincendas do Cliente aplica-se metade dos coeficientes de provisionamento do crédito vencido, sendo a antiguidade determinada considerando a data em que as prestações em incumprimento ultrapassaram os 25% do capital em dívida. Provisões para riscos gerais de crédito São constituídas provisões para riscos gerais de crédito sobre a carteira de crédito produtivo e garantias. Estas correspondem a 0.5% do crédito garantido por hipoteca sobre imóvel ou operações de locação financeira imobiliária (em ambos os casos, quando o imóvel se destine à habitação do mutuário), a 1.5% do crédito ao consumo e do crédito a particulares sem finalidade definida e a 1% do restante crédito concedido. Deste modo, o crescimento da carteira de crédito determina que o maior esforço de provisionamento se faça nas fases de crescimento mais acentuado do crédito. Relatório Gestão de riscos 137

140 RISCO-PAÍS O risco-país G, sendo muito semelhante nos efeitos ao risco de contraparte, está associado a alterações ou perturbações específicas de natureza política, económica ou financeira, nos locais onde operam as contrapartes (ou, mais raramente, num terceiro país onde o negócio tem lugar), que possam impedir o integral cumprimento do contrato, independentemente da vontade ou capacidade das contrapartes. A designação risco- -país é ainda utilizada para indicar o risco de contraparte envolvido em empréstimos a entidades estatais, dada a semelhança entre os métodos de análise do risco-país e do risco associado à contraparte que é um estado (risco soberano). A avaliação do risco-país é efectuada pela Direcção Internacional do Banco, com apoio em ratings externos publicados, estudos externos e internos. A Comissão Executiva do Conselho de Administração aprova a lista de países a cujo risco-país se autoriza a exposição do Banco. São considerados países elegíveis os mercados emergentes de grande dimensão, aderentes à economia de mercado, abertos ao comércio internacional e com importância estratégica no quadro político internacional. Também se consideram operações elegíveis os financiamentos de curto prazo ao comércio externo, os empréstimos a certos bancos multilaterais, as operações de médio prazo com cobertura de risco político ou que, pela sua estruturação, não estejam sujeitas a risco de transferência. A melhoria sensível das condições económicas em países emergentes está na base de uma crescente actividade da Direcção Internacional, tendo sido retomadas as operações de trade finance na Turquia e no Brasil. A exposição líquida de garantias atingiu os milhões de euros, enquanto, em 2002, se tinha cingido a milhões. Exposição a países de risco (em 31 de Dezembro de 2003) País Exposição líquida de garantias 1 Exposição não sujeita a provisões (trade finance de curto prazo) 2 Exposição sujeita a provisões 1) Líquida de garantias de residentes, nomeadamente da COSEC, dos exportadores ou de depósitos. 2) Não estão sujeitas a provisões para risco-país as operações de financiamento externo de curto prazo, as operações com bancos multilaterais de desenvolvimento ou com seguro de risco político. 3) Argélia, Panamá, Cabo Verde e Moçambique. Valores em milhões de euros Provisões Exposição líquida de provisões Angola Brasil Marrocos Turquia Outros Total Quadro Banco BPI Relatório e Contas 2003

141 Cerca de 71% da exposição a risco-país líquida de garantias está, nos termos regulamentares, isenta de provisões (por corresponder a operações de curto prazo de financiamento ao comércio externo ou a operações efectuadas com bancos multilaterais de desenvolvimento ou a operações que dispõem de seguro de risco político). Atendendo às normas do Banco de Portugal sobre provisões para risco-país e de acordo com medidas internas de prudência, a outra parte da exposição, no montante de 91.6 milhões de euros, encontra- -se amplamente provisionada. A exposição líquida, no montante de 5.4 milhões, representa uma fracção inexpressiva (0.4%) da situação líquida do Grupo. Excluindo esta exposição, o Banco está ainda exposto ao risco-país por via directa, através da actividade de trading e, sobretudo, através das participações internacionais. Exposição a risco país, líquida de provisões M Gráfico 81 Em 31 de Dezembro de 2003, a exposição através das participações internacionais ascendia a 63.8 milhões de euros, que correspondiam ao valor dos capitais próprios contabilísticos do Banco de Fomento Angola e ao valor de balanço da participação de 30% no Banco Comercial e de Investimentos (Moçambique). O montante referido representava 5.2% dos capitais próprios do Grupo. Risco de mercado (VaR) RISCOS DE MERCADO M. 28 O risco de mercado ou de preço (taxas de juro, taxas de câmbio, preço de acções, preço de mercadorias, outros), define-se como a possibilidade de incorrer em perdas, devido a variações inesperadas do preço de instrumentos ou operações. 14 A avaliação das posições de tesouraria (curto prazo) e das posições estruturais de risco de taxa de juro ou câmbio (longo prazo), assenta em mapas de gaps E (gaps cambiais, gaps de maturidades, gaps de duração) VaR máximo VaR médio mensal Gráfico 82 Relatório Gestão de riscos 139

142 Em complemento desta avaliação, especialmente no caso da avaliação da exposição em operações de trading, é executada diariamente pela Assessoria de Análise e Controlo de Riscos uma rotina de cálculo do VaR Value at Risk G segundo hipóteses estandardizadas, constantes, em regra, do conjunto de recomendações do BIS. A exposição devida a opções é controlada a partir de modelos específicos. A informação proveniente do Sistema de Avaliação e Controlo de Risco está disponível on-line para os utilizadores autorizados. Risco de mercado global 1 1.º trimestre 2.º trimestre 3.º trimestre 4.º trimestre Valores em milhões de euros 2003 VaR (média mensal) Risco de taxa de juro Risco cambial Risco de acções Mercadorias VaR (máximo) ) Inclui trading e banking book. Perda máxima potencial, com um nível de confiança de 99%, resultante de uma evolução desfavorável dos preços, índices e taxas de juro num horizonte temporal de duas semanas, considerando, no cálculo do risco global, o efeito de correlação dos retornos. É assumida uma distribuição normal dos retornos. Quadro 74 No final de 2003, o VaR associado especificamente a operações de trading representava 1.9 milhões de euros, não ultrapassando ao longo do ano, os três milhões de euros. As posições de trading são geridas autonomamente pelos traders e, tendo em conta o mercado ou o produto, são mantidas dentro dos limites de exposição fixados e revistos periodicamente. Há diferentes limites de exposição, incluindo limites globais de VaR, fixados pela Comissão Executiva de Riscos de Mercado, que são depois distribuídos autonomamente pelos diversos livros e pelas direcções envolvidas na actividade de trading. São definidos, adicionalmente, limites de stop-loss G. A gestão de posições de tesouraria encontra-se delegada na Direcção Financeira, mas subordina-se aos limites definidos pela Comissão Executiva de Riscos de Mercado. As posições estruturais de longo prazo (risco de taxa de juro ou cambial) são geridas segundo directrizes estabelecidas pela Comissão Executiva de Riscos de Mercado. Os resultados associados à gestão da posição estrutural da taxa de juro atingiram, em 2003, os 13.5 milhões de euros. Quanto à posição estrutural resultante da carteira de participações, o risco de mercado que corre não é facilmente medido por metodologias tradicionais como o VaR, dado o horizonte temporal de investimento, a importância das posições, ou a falta de cotação no mercado de acções. A performance desta carteira e as provisões são analisadas no capítulo de análise financeira. 140 Banco BPI Relatório e Contas 2003

143 RISCO DE LIQUIDEZ O risco de liquidez é duplamente acompanhado: i) atendendo à possibilidade de transaccionar os diferentes activos; ii) globalmente, sendo o risco de liquidez definido de acordo com a (in)capacidade de acompanhar o crescimento do activo e de satisfazer necessidades de tesouraria, sem incorrer em prejuízos anormais. Quanto aos diferentes activos, os diferentes gestores mantêm uma constante vigilância da possibilidade de transacção dos vários instrumentos, segundo variados indicadores (quotas de mercado do BPI, número de dias para desfazer posições, dimensão e volatilidade G de spreads, etc.), devidamente enquadrados por limites de actuação para cada mercado. A avaliação da exposição global é efectuada através de mapas de evolução esperada da liquidez (o que permite a atempada identificação de gaps e a cobertura dinâmica dos mesmos) e ainda através de mapas de stress test (acompanhados pelo Banco de Portugal). São também analisados os indicadores de diversificação de funding por contrapartes, maturidades e praças financeiras. A estratégia de gestão deste risco é da competência da Comissão Executiva de Riscos de Mercado e Direcção Financeira do Grupo. Em 2003, destacou-se especialmente a continuidade de uma política de abrandamento selectivo do crescimento do crédito, em consonância com um crescimento (mais lento) da base de recursos de Clientes no balanço (+0.7%) e com o reforço das componentes de funding em prazos mais alargados. Neste âmbito, foi concretizado, em 2003, um total de emissões públicas e privadas de milhões de euros, com recurso parcial, a um programa de MTN. O total de operações de dívida de médio e longo prazo em vida atingiu assim um valor global de milhões de euros. No final de 2003, o crédito a Clientes (bruto) representava 87% dos recursos de terceiros de natureza mais estável (recursos de médio e longo prazo captados junto de instituições de crédito, recursos de Clientes e dívida titulada e subordinada colocada no mercado). No domínio do interbancário, procurou-se uma crescente diversificação de contrapartes (mais de 280 contrapartes ocasionalmente e recentemente activas) com o objectivo de garantir linhas de financiamento contínuo mais intensas e diversificadas. Relatório Gestão de riscos 141

144 RISCOS OPERACIONAIS Os riscos operacionais correspondem à possibilidade de haver prejuízos inesperados associados a falhas humanas, falhas nos procedimentos internos de controlo e nos sistemas de informação ou a causas externas. A definição deste tipo de risco exclui erros estratégicos ou riscos de reputação. As responsabilidades no domínio dos riscos operacionais cabem a todos os departamentos do Banco, em especial, à AACR (medição da exposição global) e à Direcção de Organização (regulamentação de processos). O Grupo BPI coloca especial ênfase na prévia identificação dos pontos críticos de dependência operacional. Em 2003, foram identificados, de forma sistemática, em todos os departamentos, os focos de potenciais problemas operacionais um passo também estimulado pela futura introdução de regulamentação sobre este domínio (Basileia II). A identificação destes pontos críticos serve, depois, a estratégia de gestão do risco correspondente. Neste domínio, a gestão assenta primariamente na formação / qualidade dos recursos humanos e na adequada organização dos mesmos, contemplando a segregação de funções, a definição de responsabilidades, de procedimentos, e a supervisão. Esta supervisão é assegurada por duas unidades centrais (uma vocacionada para os canais de distribuição e outra para as restantes estruturas), bem como pelas acções de auditoria interna e externa e pela gestão central de alertas. Há também um plano de continuidade do negócio assente em programas de contingência para os sistemas informáticos centrais mais relevantes. Em caso de necessidade, motivada por avaria de equipamentos ou por um incidente de maiores proporções, é possível recuperar estes sistemas, no próprio local ou em local alternativo, após um período de tempo diferenciado, de acordo com o tipo de risco. Pode assim ser assegurado, mesmo em condições-limite, o funcionamento mínimo próprio de uma situação de excepção. A mesma metodologia se aplica no caso de o problema envolver os principais equipamentos de telecomunicações. Os serviços de voz e dados, nos principais edifícios do Grupo BPI, serão assegurados graças ao recurso a equipamentos alternativos, de acordo com processos formais de recuperação em caso de desastre. O Grupo BPI estabeleceu ainda procedimentos alternativos para cada uma das situações mais críticas. Está disponível uma base de dados com a indicação de todos esses procedimentos, que pode ser activada em qualquer momento. Os esquemas de disaster recovery são testados e sujeitos a revisão periódica. Finalmente, o Grupo BPI revê anualmente o leque de cobertura das suas apólices de seguro, ajustando-as à realidade do seu funcionamento e do seu enquadramento no mercado, procurando externalizar de forma apropriada, parte do risco operacional. 142 Banco BPI Relatório e Contas 2003

145 RISCOS LEGAIS Os riscos legais correspondem à possibilidade de ocorrência de prejuízos inesperados associados a deficiências na análise do enquadramento jurídico aplicável num dado momento aos contratos / posições a estabelecer, ou à alteração desse enquadramento jurídico. É dado especial relevo, no domínio dos riscos legais, à análise do enquadramento jurídico e à identificação de eventuais desajustamentos regulamentares; à análise das perspectivas de alteração do enquadramento jurídico e respectivas consequências; à clarificação da natureza das relações contratuais e do entendimento que delas fazem as contrapartes; à análise dos produtos, respectivo enquadramento jurídico, centralização da comunicação às entidades de supervisão e instrução dos respectivos processos junto das mesmas entidades; e à identificação / proposta de medidas capazes de reduzir o risco de litigância. Relatório Gestão de riscos 143

146 Rating A estratégia, posição competitiva, solidez financeira e capacidade de geração de resultados do Grupo BPI últimos três anos, o Grupo BPI manteve as notações de rating que lhe tinham sido atribuídas. continuaram a merecer, de entidades independentes e reputadas a Fitch Ratings, a Moody s e a Standard & Poor s uma avaliação que se consubstancia em elevadas notações de rating G. No final de 2002, na sequência da conclusão do processo de reestruturação do Grupo BPI, as agências de rating Moody s, Standard & Poor s e Fitch Ratings confirmaram as notações do BPI e mantiveram o outlook em estável, As agências de rating sublinham, de uma forma geral, a bem sucedida estratégia de crescimento concretizada pelo BPI: a aquisição e adequada integração de quatro bancos Banco sublinhando os benefícios de uma estrutura mais simples e o potencial de poupança de custos resultante da referida reorganização. Fonsecas & Burnay, Banco Borges & Irmão, Banco de Fomento e Exterior e Banco Universo, a elevada qualidade dos activos e a rendibilidade do Grupo. Em Novembro de 2003, a Moody's aumentou o outlook de longo prazo do Banco BPI de estável para positivo, sublinhando a manutenção da rendibilidade e da qualidade Numa conjuntura adversa, de forte desaceleração económica dos activos. e aumento dos riscos de crédito na economia durante os Notações de rating do BPI Último relatório Data Acção Longo prazo Curto prazo Outlook Banco BPI Moody's 21 Nov. 03 Manutenção A2 P-1 Positivo Fitch Ratings 23 Out. 03 Manutenção A+ F1 Estável Standard & Poor's 10 Fev. 04 Manutenção A- A-2 Estável BPI Investimentos Fitch Ratings 23 Out. 03 Manutenção A+ F1 Estável Standard & Poor's 10 Fev. 04 Manutenção A- A-2 Estável Moody s: Fitch Ratings: Standard & Poor s: A2 Títulos com rating A possuem muitos atributos favoráveis e devem ser considerados investimentos de nível médio / superior. (2 significa um posicionamento central na classe A). A+ Crédito de elevada qualidade. Os ratings denotam uma baixa expectativa de risco de crédito. (+ significa um posicionamento superior na classe A). A Uma entidade com rating A possui uma forte capacidade para cumprir as suas obrigações financeiras. ( significa um posicionamento na parte inferior da classe A). Quadro Banco BPI Relatório e Contas 2003

147 RELATÓRIOS DE RATING Moody s, 21 November 2003 London, 21 November 2003 Moody's Investors Service changed to positive from stable the outlook on Banco BPI,S.A.'s A2 long-term ratings and the C+ financial strength rating. According to Moody's the outlook change reflects the bank's continuing solid profitability, as well as its good asset quality, despite the more difficult recent times for the Portuguese economy. It also takes into account the bank's success in maintaining its position within the increasingly competitive Portuguese market. Moody s, 21 de Novembro de 2003 Londres, 21 de Novembro de 2003 A Moody's Investors Service alterou de estável para positivo o seu outlook sobre os ratings A2 de longo prazo e C+ de solidez financeira do Banco BPI. De acordo com a Moody's a alteração do outlook reflecte a capacidade demonstrada pelo Banco BPI em apresentar rácios de rendibilidade sólidos, assim como bons indicadores na qualidade dos activos, não obstante as dificuldades que a economia portuguesa tem enfrentado recentemente. Tem ainda em consideração o sucesso do Banco BPI na defesa da sua posição no mercado apesar do crescente aumento da concorrência. Fitch Ratings, 23 October 2003 Banco BPI's ratings reflect management's track record in delivering consistently good results, its sound asset quality, conservative risk profile and strong franchise in certain business areas. Since the launch of the BPI brand in mid , management has developed a multi-channel approach and focused on business expansion, particularly in domestic retail banking. Fitch Ratings, 23 de Outubro de 2003 As notações de rating do Banco BPI reflectem a experiência da equipa de gestão em gerar bons resultados, a qualidade dos activos do Grupo, o perfil de risco conservador e a posição forte do Grupo no mercado, em algumas áreas de actividade. Desde o lançamento da marca BPI, em meados de 1998, o BPI desenvolveu uma abordagem multi-canal e concentrou-se na expansão da actividade, em especial na área de banca de retalho, no mercado doméstico. The group s ROE and ROA have held up well, despite the decline in net interest margin and its improved equity base, while relatively stable costs have had a positive effect on the group s cost / income ratio, though this still remains higher than its peers. O ROE e ROA do Grupo mantiveram-se em bom nível, apesar do declínio registado na margem financeira e do aumento da base de capital, enquanto a manutenção dos custos teve um efeito positivo no rácio cost-to-income do Grupo que, mesmo assim, permanece superior relativamente aos grupos bancários concorrentes. Portugal s leading banks display sound asset quality ratios and BPIG continues to demonstrate the best ratios among its peer group. Os principais grupos bancários em Portugal apresentam bons indicadores de qualidade dos activos e o Grupo BPI continua a evidenciar os melhores rácios de entre eles. Standard & Poor s, 10 February 2004 The ratings on Banco BPI S.A. (BPI) are supported by the bank's good positioning in Portugal, skilled management, good asset-quality track record, and adequate profitability. Standard & Poor s, 10 de Fevereiro de 2004 As notações de rating do Banco BPI, S.A. (BPI) são suportadas pela firme posição do Grupo no mercado em Portugal, pela capacidade da equipa de gestão, por um historial de boa qualidade dos activos e por uma adequada rendibilidade. The stable outlook assumes that the economic environment will continue to challenge BPI's performance in the short term primarily asset quality and profitability-until the economy returns to a sound pace of growth. Nevertheless, Standard & Poor's expects any deterioration to be manageable. The outlook also assumes that management will maintain its policy of tightening costs to provide the bank with the necessary flexibility to operate in a still adverse environment. Solvency is expected to remain close to current levels, with shareholders contributing additional resources if needed, as in the past. O outlook estável assume que o ambiente económico desfavorável continue a pressionar o desempenho do BPI no curto prazo principalmente a qualidade dos activos e rendibilidade, até que a economia retome níveis de crescimento mais favoráveis. De qualquer modo, a Standard & Poor's espera que qualquer deterioração que possa ocorrer seja gerível. O outlook pressupõe igualmente que a Administração mantenha a política de optimizar e conter custos de forma a proporcionar ao Banco a necessária flexibilidade para operar numa conjuntura económica adversa. Espera-se que a solvabilidade se mantenha a níveis próximos dos actuais, e que, caso seja necessário, os accionistas proporcionarão recursos adicionais, tal como já se verificou no passado. Relatório Rating 145

148 Acções BPI Rendibilidade do accionista As acções do Banco BPI registaram em 2003 uma valorização de 33.9%, superando de forma expressiva o desempenho obtido pelo mercado. Na verdade, em igual período, o mercado accionista registou uma subida de 15.8% em Portugal 1 e 13.7% na Europa 2, tendo o sector bancário Europeu valorizado 21.6% 3. A rendibilidade (ROI G ) do investimento em acções BPI que toma em consideração a apreciação do título em bolsa e pressupõe o reinvestimento dos dividendos em novas acções BPI ascendeu, em 2003, a 38.5%. Evolução das acções Banco BPI e dos índices de referência 1 % 40 Banco BPI DJ Europe STOXX Banks PSI Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez. 1) Evolução face a 31 de Dezembro de Gráfico 83 Resultados por acção O lucro líquido por acção do BPI ascendeu em 2003 a euros (0.192 euros em 2002). O valor contabilístico de cada acção situava-se, no final de Dezembro de 2003, em 1.61 euros. Dividendos O dividendo proposto à Assembleia Geral de Accionistas relativamente ao exercício de 2003 é de 0.09 euros (9 cêntimos de euro) a atribuir a cada uma das acções representativas do capital social existente em 31 de Dezembro de O montante total a distribuir ascende a 68.4 milhões de euros. Cotação das acções do Banco BPI Liquidez Os indicadores de liquidez mantiveram-se, em 2003, em níveis sensívelmente idênticos aos registados no ano anterior. Em 2003, as acções BPI originaram um volume de negócios de 602 milhões de euros, tendo o volume transaccionado médio diário sido de 2.4 milhões de euros. Capitalização bolsista O valor de mercado do Grupo BPI, aferido pela sua capitalização bolsista em 31 de Dezembro de 2003, ascendia a milhões de euros, o que traduz um aumento de 34% face a O BPI era, no final de 2003, a nona maior instituição com acções cotadas na Euronext Lisboa, tendo um peso de 4.5% na capitalização global do mercado. Valorização pelo mercado O PER (price earnings ratio 4 ) evoluiu, ao longo de 2003, num intervalo compreendido entre um mínimo de 9.1 e um máximo de 13.7, fixando-se em 13.5 no final de O indicador price cash flow 5 situava-se em 7.6 no final do ano e o price book value 6 cifrava-se em 1.8. Inclusão no índice Euronext 100 No dia 1 de Julho de 2003, a acção Banco BPI passou a integrar o índice Euronext 100, deixando, por esse facto, de fazer parte do índice Next 150. O índice Euronext 100 é o principal índice da bolsa pan- -Europeia Euronext, sendo composto pelas 100 maiores empresas que se encontram cotadas em Paris, Amesterdão, Bruxelas e Lisboa. A sua capitalização bolsista ascendia no final de 2003 a 1.3 mil biliões de euros. A ascenção da acção Banco BPI ao índice Euronext 100 está directamente relacionada com o desempenho muito favorável tanto em termos absolutos como relativos do título em ) Considerando a evolução do índice PSI-20. 2) Tendo por base a evolução do índice Dow Jones STOXX ) Tomando por referência o índice Dow Jones Europe STOXX Bank. 4) Cotação como múltiplo do resultado líquido. 5) Cotação como múltiplo do cash flow após impostos. 6) Cotação como múltiplo do valor contabilístico. 146 Banco BPI Relatório e Contas 2003

149 Capital social O capital social do Banco BPI é composto por de acções ordinárias nominativas e escriturais, com o valor nominal de um euro cada. Todas as acções têm direito ao dividendo integral relativo ao ano de 2003 e seguintes. As acções encontram-se admitidas, na sua totalidade, à negociação no mercado da Euronext. OUTRAS INFORMAÇÕES ÚTEIS SOBRE AS ACÇÕES BANCO BPI Peso em índices 1 PSI-20: 7.625%; #6 Euronext 100: 0.171% Dow Jones STOXX 600: 0.029% Dow Jones Europe STOXX Bank: 0.142% Códigos e Tickers ISIN e Euronext code: PTBPI0AM004 Reuters: BPIN.IN Bloomberg: BPIN PL 1) Valores em 31 de Dezembro de Acções próprias Em 2003, o Banco BPI adquiriu em bolsa acções ao preço médio de 2.41 euros (no valor total de euros), e vendeu em bolsa acções ao preço médio de 2.39 euros (no valor total de euros). Fora de bolsa, adquiriu acções ao preço médio de 2.61 euros (no valor total de euros) e vendeu acções ao preço médio de 2.31 euros (no valor total de euros). Estas transacções corresponderam a 1.9% do capital social do Banco BPI e destinaram-se exclusivamente à execução do programa de remuneração variável dos Colaboradores e Administradores (série 2001 e série 2002) através da atribuição de acções e opções de compra de acções (RVA). Por seu lado, o Banco Português de Investimento, S.A., entidade detida a 100% pelo Banco BPI adquiriu em bolsa acções ao preço médio de 2.37 euros (no valor total de euros), e vendeu em bolsa acções ao preço médio de 2.35 euros (no valor total de euros). Fora de bolsa, no âmbito do programa RVA, vendeu acções ao preço médio de 2.58 euros (no valor total de euros). Estas transações corresponderam a 1.2% do capital social do Banco BPI, sendo que 24% da quantidade transaccionada destinou-se à cobertura de posições nos futuros G do PSI-20. Em 31 de Dezembro de 2003, o Banco BPI detinha acções próprias, ou seja, 1.3% do capital, destinadas exclusivamente à cobertura do programa de remuneração variável em acções e opções RVA em vigor no Grupo desde Deste montante, acções destinam-se à cobertura da série 2001 do plano de opções, acções destinam-se à cobertura da série 2002 do plano de opções e acções destinam-se à cobertura das acções atribuídas relativamente a 2001 sob condição suspensiva. Por seu lado, o Banco Português de Investimento detinha, em 31 de Dezembro de 2003, acções do Banco BPI, ou seja, 0.04% do capital, todas destinadas à cobertura de posições nos futuros do PSI-20. As restantes subsidiárias sobre as quais o Banco BPI detém o controlo efectivo de gestão, não adquiriram nem alienaram qualquer acção representativa do seu capital social e, em final de Dezembro de 2003, não detinham em carteira acções do Banco BPI. Outras informações Conforme descrito em capítulo próprio relativo à estrutura accionista do banco, o fundo de pensões dos trabalhadores do Banco BPI detinha, em 31 de Dezembro de 2003, acções BPI, correspondentes a 2.2% do capital do Banco. Relatório Acções BPI 147

150 Principais indicadores das acções Banco BPI Valores em euros e milhões de euros Cotações das acções Banco BPI em Bolsa 1 (euros) Cotação máxima Cotação média Cotação mínima Cotação de fecho Variação da cotação e de índices de referência 1 Variação da cotação do Banco BPI (0.1%) (17.6%) (32.3%) 1.5% 33.9% Variação do índice PSI % (13.0%) (24.7%) (25.6%) 15.8% Variação do índice Dow Jones STOXX % (5.2%) (17.0%) (32.5%) 13.7% Variação do índice Dow Jones Europe STOXX Bank 18.5% 9.3% (9.5%) (26.8%) 21.6% Rendibilidade total do accionista (ROI) F Rendibilidade total do accionista 2.5% (16.0%) (30.4%) 3.0% 38.5% Valor de mercado do Grupo BPI N.º de acções em final do ano (em milhões) Capitalização bolsista no final do ano (M. ) Valores por acção (euros) 3 F Cash flow após impostos Lucro líquido Dividendo Valor contabilístico N.º Médio Ponderado de Acções (em milhões) F Indicadores de valorização pelo mercado Preço como múltiplo F do: Cash flow após impostos Lucro líquido Valor contabilístico Dividend yield F 2.4% 2.4% 2.7% 3.9% 4.1% Earnings yield F 5.4% 6.3% 6.2% 9.0% 9.9% Liquidez Volume anual transaccionado (M. ) Rotação do capital G 70.2% 45.2% 21.7% 36.7% 32.3% Volume transaccionado médio diário (M. ) Dividendos Lucro líquido (M. ) Resultados distribuídos (M. ) Pay-out ratio 45.3% 38.1% 43.6% 43.4% 41.7% Dividendo por acção (euro) Dividend yield 2.4% 2.4% 2.7% 3.9% 4.1% 1) Fonte: Bloomberg. 2) Em 1999, procedeu-se ao aumento de capital de 77.9 milhões de acções para 113 milhões de acções, o qual gerou um encaixe de milhões de euros. Posteriormente, realizou-se o stock split das acções BPI SGPS mediante o desdobramento de cada acção existente (com um valor nominal de 5 euros cada), por 5 novas acções com valor nominal de 1 euro cada. 3) Ajustados por aumentos de capital, redenominação e renominalização do capital. Quadro Banco BPI Relatório e Contas 2003

151 Accionistas ESTRUTURA E PRINCIPAIS ACCIONISTAS A 31 de Dezembro de 2003 o capital do Banco BPI era detido por accionistas, dos quais eram particulares e estavam na posse de 10.5% do capital, enquanto 518 pertenciam às classes dos investidores institucionais e das empresas e detinham 89.5% do capital. Distribuição do capital 1 do Banco BPI Em 31 de Dezembro de 2003 Tipo de Accionista N.º de Accionistas Nacionais 1) A distribuição de capital do Banco BPI apresentada baseia-se na informação recebida da Central de Valores Mobiliários, na qual figura o registo de euros, ou seja, 99.99% do capital social do Banco BPI, que é de euros. 2) A distribuição entre tipos de accionistas é, relativamente aos estrangeiros, apenas indicativa. O BPI não dispõe de informação que lhe permita identificar os titulares das acções em nome de bancos de custódia estrangeiros. 3) Inclui participações directas de accionistas institucionais de referência do BPI, participações de empresas e acções em nome de bancos de custódia. % Estrangeiros 2 N.º de Accionistas % N.º de Accionistas Particulares % % % Fundos de pensões % % Fundos de investimento % % Outros institucionais % % % Total % % % Total % Quadro 77 Posições accionistas superiores a 2% do capital do Banco BPI Em 31 de Dezembro de 2003 Accionista N.º de acções detidas % do capital detida % dos direitos de voto 1 (de acordo com o código VM) Grupo Itaú 2, % 16.3% Grupo La Caixa 2, % 16.2% Grupo Allianz % 9.0% Grupo Totta % 7.7% Participação qualificada do Banco BPI % 3.8% Grupo BCP % 3.4% Arsopi % 3.0% Violas SGPS, S.A % 2.9% The Chase Manhattan Bank % 2.8% Grupo Espírito Santo % 2.3% Grupo Caixa Geral de Depósitos % 2.1% Nota: posições accionistas registadas a 31 de Dezembro de 2003 na Central de Valores Mobiliários, com base na informação recebida da Central de Valores Mobiliários. Quadro 78 1) Tomando em consideração que, em 31 de Dezembro de 2003, o Grupo BPI tinha registadas na Central de Valores Mobiliários acções próprias correspondentes a 1.24% do capital social do Banco BPI. 2) De acordo com disposição estatutária, os direitos de voto, para efeitos do seu exercício, estão limitados a 12.5%. 3) Através da IPI Itaúsa Portugal SGPS, S.A., detida a 100%. 4) Através da Catalunya de Valores SGPS, Unipessoal, Lda detida a 100%. 5) Através de subsidiárias dominadas pela Reunione Adriática di Sicurtá S.p.A. (detida a 55.5% pela Allianz AG): através da RAS International, N.V.(8.64%), detida a 100% e através da Companhia de Seguros Allianz Portugal (0.20%), detida a 65% 6) Através de sociedades dominadas pelo Banco Totta & Açores (5.42%), pelos fundos de pensões dos Colaboradores do Banco Totta & Açores e do CPP, de sociedades dominadas pelo Totta (1.95%) e por fundos de investimento (0.27%). 7) Através do fundo de pensões dos Colaboradores do Banco BPI (2.22%), através de fundos de investimento geridos pela BPI Fundos (0.22%), através das carteiras de Clientes sob gestão discricionária pelo Banco Português de Investimento (0.06%) e detidas pelos órgãos de administração e fiscalização do Banco BPI e de sociedades por ele dominadas (1.23%). 8) Através do BCP e de sociedades por ele dominadas (1.05%), pelo Fundo de Pensões do Grupo BCP (1.91%) e por fundos de investimento (0.44%). 9) Acções detidas por sociedades do Grupo Arsopi e por seus Accionistas. 10) Banco de custódia. 11) Através do BES e de sociedades por ele dominadas (0.21%), pelo Fundo de Pensões do BES (1.97%), por fundos de investimento (0.08%). 12) Através de sociedades dominadas pela Caixa Geral de Depósitos (0.16%), pelo Fundo de Pensões do Pessoal da Caixa Geral de Depósitos (1.60%) e por fundos de investimento (0.34%). Relatório Accionistas 149

152 Criação de valor para os Accionistas Rendibilidade do investimento (ROI) A valorização das acções BPI tem sido consistente: o investidor que subscreveu acções aquando do aumento de capital dirigido ao público em geral, em Setembro de 1986, obteve, até ao final de 2003, uma taxa média anual de retorno do investimento (ROI) F de 13.4%, enquanto que se tivesse optado por um investimento alternativo em acções portuguesas medido através do índice PSI Geral teria obtido um retorno médio anual de 9.9%. No quadro seguinte, apresentam-se, por linha, as diversas taxas médias anuais de rendibilidade obtidas por um accionista que, tendo investido em acções BPI, no início de um ano, desinvestisse no final do mesmo ano, ou no final de cada um dos anos seguintes: Rendibilidade anual do Accionista do Banco BPI 1) Rendibilidade calculada com base na cotação de fecho do Índice PSI Geral ( total return ) em 31 de Dezembro de BPI Mercado 1 Desde a Oferta Pública Inicial Setembro de % 9.9% Desde a aquisição do Banco Fonsecas & Burnay Agosto de % 8.6% Desde a aquisição do Banco Fomento e Exterior Agosto de % 8.2% Últimos 2 anos Dezembro de % -3.5% Quadro 79 Criação de valor para os Accionistas do BPI 1 ( ) Retorno em percentagem; taxas médias anuais Saída Entrada , (16.2) (2.9) (6.5) (4.2) (0.5) (0.7) (1.8) (0.5) (12.3) (5.3) (0.1) (0.9) (30.9) (19.1) (4.8) (5.6) (7.2) (4.9) (7.4) (16.3) (11.3) (2.1) 2000 (16.0) (23.8) (15.1) (3.1) 2001 (30.4) (14.7) ) Pressupôs-se que, durante o período de investimento, o accionista reinvestiu os seus dividendos no dia imediato àquele em que os recebeu, adquirindo novas acções BPI e que participou em todos os aumentos de capital e emissões de dívida convertível reservados a accionistas, subscrevendo a quantidade máxima de títulos a que tinha direito. 2) Entrada (em início de ano). 3) Saída (em final de ano). 4) Entrada em Setembro de 1986, por subscrição de acções no aumento de capital dirigido ao público em geral. Quadro Banco BPI Relatório e Contas 2003

153 Referências finais Apesar de em 2003 se ter continuado a enfrentar uma conjuntura particularmente adversa, o Grupo BPI conseguiu não só prosseguir na concretização do ambicioso plano de racionalização da organização e funcionamento que se propusera, como alcançar resultados e registar indicadores que se consideram muito positivos. Tal não teria sido possível sem o dedicado empenhamento dos Colaboradores, sem o apoio e a compreensão dos Clientes, sem a cooperação das Autoridades Monetárias e Financeiras e sem a confiança dos Accionistas. A todos se expressa, pois, o mais vivo reconhecimento. Um agradecimento especial é, porém, devido ao Eng.º João Talone que, já no corrente exercício, tomou a iniciativa de renunciar ao mandato para que fôra eleito, assim terminando ao atingir os 80 anos a sua carreira profissional. O Eng.º João Talone participou no projecto BPI desde a sua concepção, tendo sido promotor, fundador e membro do Conselho de Administração tanto da SPI Sociedade Portuguesa de Investimento, como do Banco BPI que dela viria a resultar. Pela sua inestimável contribuição para a criação, afirmação e sucesso do Grupo BPI se lhe exprime, assim, o mais profundo reconhecimento. Porto, 3 de Março de 2004 O Conselho de Administração Relatório Criação de valor para os Accionistas e Referências finais 151

154 Proposta de aplicação dos resultados No exercício de 2003, o Banco BPI, S.A. obteve um lucro consolidado de euros e um lucro individual de euros. O Conselho de Administração propõe que, relativamente ao exercício de 2003, seja distribuído um dividendo de 0.09 euros (9 cêntimos de euro) a cada uma das acções representativas do capital social em 31 de Dezembro de O dividendo por acção proposto representa um aumento de 8% face ao dividendo distribuído relativamente ao exercício de 2002 ajustado pelo aumento de capital ocorrido nesse ano e implica uma distribuição de resultados correspondente a 42% do lucro consolidado do exercício. Nas contas individuais, o Banco BPI deverá, nos termos do n.º 1 do artigo 97 do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras, destinar 10% dos lucros líquidos à formação da reserva legal. Assim, no exercício da competência que lhe confere o artigo 16, n.º 2, b) dos Estatutos, o Conselho de Administração propõe a seguinte aplicação do lucro individual do exercício: Para reserva legal (artigo 295 do Código das Sociedades Comerciais) Para dividendos Para reserva livre Total euros euros euros euros Porto, 3 de Março de 2004 O Conselho de Administração 152 Banco BPI Relatório e Contas 2003

155 Demonstrações financeiras consolidadas

156 BALANÇOS CONSOLIDADOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2003 E DE 2002 ACTIVO Notas Valor bruto 2003 Amortizações e provisões Valor líquido Caixa e disponibilidades em bancos centrais Disponibilidades à vista sobre instituições de crédito Outros créditos sobre instituições de crédito Créditos sobre Clientes Obrigações e outros títulos de rendimento fixo Emissores públicos Outros emissores Acções e outros títulos de rendimento variável Partes de capital em empresas associadas Partes de capital em empresas filiais excluídas da consolidação Outras participações financeiras Imobilizações incorpóreas Imobilizações corpóreas Das quais: [Imóveis] [ ] [ ] [ ] [ ] Acções próprias Outros activos Contas de regularização Valor liquído Total do activo RUBRICAS EXTRAPATRIMONIAIS Garantias prestadas e outros passivos eventuais Dos quais: [Garantias e avales] [ ] [ ] [Outros] [70 519] [77 444] Compromissos O Técnico Oficial de Contas 154 Banco BPI Relatório e Contas 2003

157 (Montantes expressos em milhares de euros) PASSIVO E CAPITAIS PRÓPRIOS Notas Débitos para com instituições de crédito À vista A prazo ou com pré-aviso Débitos para com Clientes Depósitos de poupança Outros débitos À vista A prazo Débitos representados por títulos Obrigações em circulação Outros Outros passivos Contas de regularização Provisões para riscos e encargos Provisões para pensões e encargos similares Outras provisões Fundo para riscos bancários gerais Passivos subordinados Interesses minoritários Capital subscrito Prémios de emissão Reservas (18 027) Lucro consolidado do exercício Total do passivo e dos capitais próprios As notas anexas fazem parte integrante destes balanços. O Conselho de Administração Demonstrações financeiras consolidadas 155

158 DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS CONSOLIDADOS POR NATUREZAS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2003 E DE 2002 CUSTOS Notas Juros e custos equiparados Comissões Prejuízos em operações financeiras Gastos gerais administrativos Custos com o pessoal Outros gastos administrativos Amortizações do exercício 4.10 / Outros custos de exploração Provisões para crédito vencido e para outros riscos Provisões para imobilizações financeiras Perdas extraordinárias Impostos sobre os lucros Outros impostos Interesses minoritários no lucro do exercício Lucro consolidado do exercício O Técnico Oficial de Contas 156 Banco BPI Relatório e Contas 2003

159 (Montantes expressos em milhares de euros) PROVEITOS Notas Juros e proveitos equiparados Rendimento de títulos Comissões Lucros em operações financeiras Reposições e anulações de provisões Resultados em empresas associadas e em filiais excluídas da consolidação Outros proveitos de exploração Ganhos extraordinários As notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações. O Conselho de Administração Demonstrações financeiras consolidadas 157

160 DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS CONSOLIDADOS POR FUNÇÕES PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2003 E DE 2002 (Montantes expressos em milhares de euros) Margem financeira Provisões para risco de crédito (61 700) (35 857) Recuperações de crédito Margem financeira líquida Comissões líquidas Outros resultados de exploração líquidos Margem de serviços Rendimento de títulos Resultados consolidados pelo método da equivalência patrimonial Resultados em operações financeiras Provisões para depreciação de títulos (17 225) Margem da função investimento Outros custos (6 946) (4 404) Resultados antes de custos de transformação Custos com o pessoal ( ) ( ) Outros gastos administrativos ( ) ( ) Amortizações do exercício (47 011) (50 198) Custos de transformação ( ) ( ) Resultado operacional Outras provisões (29 204) (15 027) Resultados na alienação de participações Outros resultados extraordinários (31 982) (25 580) Resultados antes de impostos e interesses minoritários Impostos (23 629) (44 743) Interesses minoritários (9 978) (9 802) Lucro consolidado do exercício As notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações. O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração 158 Banco BPI Relatório e Contas 2003

161 DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA CONSOLIDADOS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2003 E DE 2002 (Montantes expressos em milhares de euros) Actividades operacionais Juros, comissões e outros proveitos equiparados recebidos Juros, comissões e outros custos equiparados pagos ( ) ( ) Pagamentos a empregados e fornecedores ( ) (7 268) Recuperações de crédito e juros vencidos Resultados extraordinários operacionais (31 554) ( ) Fluxo líquido proveniente dos proveitos e custos Diminuições (aumentos) em: Outros créditos sobre instituições de crédito Créditos sobre clientes ( ) ( ) Obrigações e outros títulos de rendimento fixo (74 570) ( ) Acções e outros títulos de rendimento variável (61 732) (9 728) Outros activos e contas de regularização (19 166) Fluxo líquido proveniente dos activos operacionais ( ) ( ) Aumentos (diminuições) em: Débitos para com instituições de crédito a prazo ou com pré-aviso ( ) (67 759) Débitos para com clientes Outros passivos e contas de regularização (33 678) Fluxo líquido proveniente dos passivos operacionais ( ) Contribuições para Fundos de Pensões (21 180) ( ) Pagamento de impostos sobre lucros (15 675) (78 462) ( ) ( ) Actividades de investimento Aquisição / constituição de partes de capital Aquapor Serviços, S.A. (1 740) BPI Vida Companhia de Seguros de Vida, S.A. (32 012) CrédiUniverso Serviços de Marketing, S.A. (8 400) Solo Investimentos em Comunicação, S.G.P.S., S.A. (7 223 Venda de partes de capital Luságua Gestão de Águas, S.A. Banc Post S.A Aquisições de participações e outras imobilizações financeiras (41 334) (31 964) Vendas de participações e outras imobilizações financeiras Aquisições de imobilizado incorpóreo e corpóreo (78 638) (44 151) Vendas de imobilizado corpóreo: Imóveis de serviços próprio Outros Dividendos recebidos e outros proveitos (54 431) As notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações. Demonstrações financeiras consolidadas 159

162 (Montantes expressos em milhares de euros) Actividades de financiamento Emissões de dívida titulada e subordinada Amortizações de dívida títulada ( ) ( ) Aquisições e vendas de dívida titulada e subordinada própria Amortização de acções preferenciais ( ) Emissão de acções preferenciais Aumento de capital Valor nominal Prémios de emissão Juros de dívida titulada e subordinada ( ) ( ) Distribuição de dividendos de acções preferenciais (8 248) (9 568) Distribuição de dividendos (60 371) (57 875) Aumento (diminuição) de caixa e seus equivalentes (7 854) Caixa e seus equivalentes no início do exercício Alterações no perímetro de consolidação (11 163) (560) Caixa e seus equivalentes no fim do exercício As notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações. O Técnico Oficial de Contas Alberto Pitôrra O Conselho de Administração Presidente Vice-Presidentes Vogais Artur Santos Silva Carlos da Câmara Pestana Fernando Ulrich Ruy Octávio Matos de Carvalho Alfredo Costa Rezende de Almeida António Domingues António Farinha Morais Armando Leite de Pinho Fernando Ramirez Isidro Fainé Casas João Sanguinetti Talone José Pena do Amaral Klaus Dührkop Manuel Soares de Oliveira Violas Manuel Ferreira da Silva Maria Celeste Hagatong Diethart Breipohl Roberto Egydio Setúbal Tomaz Jervell 160 Banco BPI Relatório e Contas 2003

163 Notas às demonstrações financeiras consolidadas

164 Notas às demonstrações financeiras consolidadas em 31 de Dezembro de 2003 e de 2002 (Montantes expressos em milhares de euros m. euros excepto quando expressamente indicada outra unidade) 1. GRUPO FINANCEIRO O Banco BPI, S.A. (Banco BPI) é uma sociedade que resultou da transformação do BPI SGPS, S.A., (BPI SGPS) por alteração da sua denominação e objecto social que passou a ser o exercício da actividade bancária com incorporação do património e operações do Banco BPI, S.A., entretanto extinto. Esta transformação produz efeitos desde 20 de Dezembro de 2002, data em que ocorreu a inscrição no registo comercial das operações que integraram uma reestruturação societária do Grupo BPI e que, além daquela transformação, envolveu: a fusão por incorporação no BPI SGPS da BPI Ventures, SGPS, S.A., reportada a 1 de Janeiro de 2002, e da Dixit Investimentos Estratégicos, SGPS, S.A.; a cisão-fusão do Banco Português de Investimento, S.A. (BPI Investimentos) com destaque de parte do respectivo património para incorporação no BPI SGPS; a fusão por incorporação no Banco BPI da BPI Leasing Sociedade Portuguesa de Locação Financeira, S.A., da BPI Factor Sociedade Portuguesa de Factoring, S.A. e da Estratégia, SGPS, S.A. O Grupo BPI iniciou a sua actividade em 1981 através da constituição da SPI Sociedade Portuguesa de Investimentos, S.A.R.L. Por escritura pública de Dezembro de 1984, esta sociedade foi transformada no BPI Banco Português de Investimento, S.A. que se constituiu no primeiro banco de investimento privado criado em Portugal após a reabertura do exercício da actividade bancária à iniciativa privada ocorrida em Em 30 de Novembro de 1995, o BPI Banco Português de Investimento, S.A. deu origem ao BPI SGPS, S.A. que exercia, em exclusivo, as funções de holding do Grupo BPI; nesta data, foi constituído o BPI Investimentos para exercer a actividade de banca de investimento do Grupo BPI. O Banco BPI é a entidade principal de um Grupo Financeiro, centrado na actividade bancária, multiespecializado, que oferece um extenso conjunto de serviços e produtos financeiros para empresas, investidores institucionais e particulares. O Banco BPI está cotado em Bolsa desde investimento. O Banco BPI detém a totalidade do capital social do BPI Investimentos. O Banco BPI detém, directa e indirectamente, participações financeiras em empresas filiais e associadas. São consideradas empresas filiais aquelas em que a percentagem de participação excede 50% do seu capital. Empresas associadas são aquelas em que a percentagem de participação se situa entre 20% e 50% do seu capital ou em que o Banco BPI, directa ou indirectamente, exerce uma influência significativa sobre a sua gestão e a sua política financeira (nota 4.7). Em 2002, foi concluído o processo de constituição e autorização para o exercício da actividade bancária do BPI Cayman, Ltd. O capital social deste banco é de m. euros e é integralmente detido pelo Grupo BPI. Em 2002, o Grupo BPI constituiu a BPI (Suisse), S.A. com o capital social inicial de francos suiços detido em 99.87% pelo Grupo BPI. Durante o exercício de 2003, o Grupo BPI subscreveu integralmente o aumento do capital social desta empresa para francos suiços. Em 2003, o Banco BPI adquiriu os restantes 50% do capital social da CrédiUniverso Serviços de Marketing, S.A. Posteriormente, absorveu, por fusão, a CrédiUniverso. Para efeitos contabilísticos, a fusão produziu efeitos a partir de 1 de Janeiro de Em 2003, o Grupo BPI vendeu a participação que detinha no Banc Post, S.A. correspondente a 17% do capital social daquele Banco. Em 2003, na sequência da fusão por incorporação do Banco de Fomento Moçambique, S.A.R.L. no Banco Comercial e de Investimentos, S.A.R.L., o Grupo BPI passou a deter 30% do Banco Comercial e de Investimentos, S.A.R.L., pelo que, em consequência, esta sociedade passou a ser consolidada pelo método da equivalência patrimonial. A fusão produziu efeitos a partir de 1 de Dezembro de Em 31 de Dezembro de 2003, a actividade bancária do Grupo é desenvolvida, principalmente, através do Banco BPI na área da banca comercial e do BPI Investimentos na área da banca de 162 Banco BPI Relatório e Contas 2003

165 Em 31 de Dezembro de 2003, as sociedades que integram o Grupo BPI são: Sede Capitais próprios Lucro Participação Participação Método de (prejuízo) do exercício directa efectiva consolidação Bancos BBanco BPI, S.A. Portugal Banco Português de Investimento, S.A. Portugal % 100.0% Integr. global Banco Comercial e de Investimentos, S.A.R.L. Moçambique % 30.0% Eq. patrimonial Banco de Fomento, S.A.R.L. 1 Angola % 100.0% Integr. global Banco BPI Cayman, Ltd. Ilhas Cayman % Integr. global Crédito especializado BPI Rent Comércio e Aluguer de Bens, Lda. Portugal (12 016) (7 795) 100.0% 100.0% Integr. global Eurolocação Comércio e Aluguer de Veículos e Equipamento, S.A. Portugal (2) 100.0% 100.0% Integr. Global BPI Locação de Equipamentos, Lda. Portugal (6 491) (1 228) 100.0% 100.0% Integr. global Gestão de activos e corretagem BPI Dealer Sociedade Financeira de Corretagem (Moçambique), S.A.R.L. Moçambique % 92.7% Integr. global BPI Fundos Gestão de Fundos de Investimento Mobiliários, S.A. Portugal % 100.0% Integr. global BPI Global Investment Fund Management Company, S.A. Luxemburgo % 100.0% Integr. global BPI Pensões Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A. Portugal % 100.0% Eq. patrimonial Sofinac Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A. Portugal % 100.0% Integr. global BPI (Suisse), S.A. Suiça (851) 99.90% Integr. global Capital de risco / desenvolvimento F. Turismo Capital de Risco, S.A. Portugal % 25.0% Eq. patrimonial Inter-Risco Sociedade de Capital de Risco, S.A. Portugal (1 930) 83.7% 83.7% Integr. global Solo Investimentos em Comunicação, SGPS, S.A. Portugal (27) (43) 100.0% 100.0% Integr. global Seguros BPI Vida Companhia de Seguros de Vida, S.A. Portugal % 100.0% Eq. patrimonial Cosec Companhia de Seguros de Crédito, S.A. Portugal % 50.0% Eq. patrimonial Companhia de Seguros Allianz Portugal, S.A. Portugal % 35.0% Eq. patrimonial Outras BPI Capital Finance Ltd. 2 Ilhas Cayman % 100.0% Integr. global BPI, Inc. 3 E.U.A (188) 100.0% 100.0% Eq. patrimonial BPI Madeira, SGPS, Unipessoal, S.A. Portugal % 100.0% Integr. global Douro Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. Portugal % 100.0% Integr. global Finangeste Empresa Financeira de Gestão e Desenvolvimento, S.A. Portugal % 32.8% Eq. patrimonial Promática Sociedade de Informação e de Organização de Empresas, S.A. Portugal (408) 100.0% 100.0% Eq. patrimonial Simofer Sociedade de Empreendimentos Imobiliários e Construção Civil, Lda. Portugal (5 092) (15) 100.0% 100.0% Eq. patrimonial Viacer Sociedade Gestora de Participações Sociais, Lda. Portugal % 26.0% Eq. patrimonial Nota: Os valores reportam-se a 31 de Dezembro de 2003 (saldos contabilísticos, antes de ajustamentos de consolidação) excepto se outra data for explicitada. 1) O Banco BPI detém acções, sendo o capital social constituído por acções detidas, na totalidade, pelo Grupo BPI. 2) O capital social está representado por acções ordinárias com o valor nominal de 1 dólar americano cada e por de acções preferenciais, sem direito de voto, com o valor nominal de 25 dólares americanos cada. Considerando as acções preferenciais, a participação efectiva do Grupo BPI nesta empresa é de 0.002%. 3) Valores relativos a 30 de Setembro de 2003 resultantes da conversão de dólares americanos ao câmbio de 31 de Dezembro de Activo Demonstrações financeiras consolidadas Notas 163

166 2. COMPARABILIDADE DA INFORMAÇÃO, BASES DE APRESENTAÇÃO, PRINCÍPIOS DE CONSOLIDAÇÃO E PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS COMPARABILIDADE DA INFORMAÇÃO Em 31 de Dezembro de 2002, as demonstrações financeiras da BPI Rent Comércio e Aluguer de Bens, Lda., da Eurolocação Comércio e Aluguer de Veículos e Equipamento, S.A., da BPI Locação de Equipamentos, S.A. e da Douro Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. foram consolidadas pelo método da equivalência patrimonial. Em 31 de Dezembro de 2003, por orientação do Banco de Portugal, as demonstrações financeiras destas empresas passaram a ser consolidadas pelo método de integração global. BASES DE APRESENTAÇÃO As demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas com base nos registos contabilísticos do Banco BPI e das suas filiais e associadas e foram processadas de acordo com o Plano de Contas para o Sistema Bancário, estabelecido pelo Banco de Portugal na sequência da competência que lhe foi atribuída pelo n.º 1 do artigo 115 do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 298 / 92, de 31 de Dezembro (com alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 246 / 95, de 14 de Setembro, pelo Decreto-Lei n.º 232 / 94, de 5 de Dezembro, pelo Decreto-Lei n.º 222 / 99, de 22 de Junho, pelo Decreto-Lei n.º 250 / 00, de 13 de Outubro, pelo Decreto Lei n.º 285 / 2001, de 30 de Novembro, e pelo Decreto- -Lei n.º 201 / 2002, de 26 de Setembro), bem como com o regime estabelecido pelo Decreto-Lei n.º 36 / 92, de 28 de Março. Adicionalmente, foram efectuados ajustamentos de consolidação. PRINCÍPIOS DE CONSOLIDAÇÃO As demonstrações financeiras das empresas filiais são consolidadas pelo método de integração global, excepto se a sua integração não permitir que as demonstrações financeiras consolidadas dêem uma imagem fiel do património, da situação financeira e dos resultados do conjunto das empresas compreendidas na consolidação (n.º 1 do artigo 5.º do Decreto- -Lei n.º 36 / 92, de 28 de Março). As transacções e os saldos significativos entre as empresas cujas demonstrações financeiras são objecto de consolidação são eliminados no processo de consolidação e o valor do capital, das reservas e dos resultados correspondente à participação de terceiros nestas empresas é apresentado na rubrica INTERESSES MINORITÁRIOS. As demonstrações financeiras das empresas filiais excluídas da integração global nos termos da excepção ao princípio anteriormente referido bem como as das empresas associadas são reconhecidas pelo método de equivalência patrimonial, correspondendo o valor da participação a uma percentagem do capital, das reservas e dos resultados equivalente à percentagem da participação, directa ou indirecta, do Banco BPI nessas empresas. As demonstrações financeiras das empresas filiais ou associadas inactivas, em liquidação, em que as correspondentes participações tenham a natureza de aplicações de capital de desenvolvimento ou quando haja a intenção de alienar tais participações são excluídas da consolidação e de reavaliação por equivalência patrimonial. A inclusão das demonstrações financeiras expressas em moeda estrangeira é precedida da sua conversão para euros com base no câmbio de divisas, divulgado a título indicativo pelo Banco de Portugal, sendo o efeito cambial originado na conversão reconhecido como resultado do período. Os valores de goodwill e badwill, decorrentes da diferença entre o custo de aquisição e o valor patrimonial equivalente das empresas filiais e associadas na data da primeira consolidação, são totalmente amortizados no ano de aquisição ou da primeira consolidação por contrapartida de reservas. O lucro consolidado resulta da agregação dos resultados líquidos do Banco BPI e das empresas do Grupo, estes na proporção da participação efectiva e do período de detenção respectivos após se efectuarem os ajustamentos de consolidação, designadamente a eliminação de proveitos e custos gerados em transacções realizadas entre as empresas incluídas no perímetro de consolidação. As participações de capital que não são objecto de consolidação pelo método de integração global ou de reavaliação pelo método de equivalência patrimonial registam-se de acordo com o critério definido na nota 2.4. PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS As políticas contabilísticas que se seguem são aplicáveis às demonstrações financeiras consolidadas em 31 de Dezembro de 2003 e Especialização de exercícios Os juros das operações activas e das operações passivas são reconhecidos de acordo com o princípio contabilístico da especialização de exercícios, isto é, são registados à medida que são gerados, independentemente do momento em que são cobrados ou pagos. Porém, os juros vencidos e não cobrados são contabilizados como juros vencidos a regularizar na data em que a cobrança se deveria ter efectivado, ficando a aguardar, pelo período máximo de 30 dias, a respectiva regularização. Decorrido este prazo, é suspensa a contabilização dos juros em contas de proveitos relativamente ao capital registado em crédito vencido e são anulados os juros contados a partir da última prestação de juros paga, com excepção das operações de crédito 164 Banco BPI Relatório e Contas 2003

167 com garantia hipotecária cujos juros permanecem registados até à data em que passam a ser consideradas em situação de contencioso. Estas operações passam a situação de contencioso no momento da entrega de requerimento executivo em tribunal, normalmente 150 dias após a data do 1.º incumprimento. As despesas com campanhas de publicidade relacionadas com o lançamento de produtos de médio e longo prazo e da marca do Banco BPI são registadas como despesas com custo diferido quando efectuadas e contabilizadas como custos com fornecimentos de terceiros nos trinta e seis meses seguintes. Os dividendos são reconhecidos quando são atribuídos ou recebidos. De acordo com este critério, os dividendos antecipados são registados como proveitos no exercício em que é deliberada a sua distribuição. Os outros proveitos e os outros custos são também reconhecidos de acordo com o referido princípio contabilístico da especialização de exercícios, excepto no caso das responsabilidades com pensões de reforma e de sobrevivência que são registados segundo o descrito na política contabilística vencido são registados na rubrica OUTROS ACTIVOS pelo valor acordado no contrato de dação, o qual corresponde ao menor dos valores da dívida existente ou da avaliação do imóvel, à data da dação em cumprimento do crédito. Estes imóveis são mantidos no activo até serem vendidos e são objecto de avaliações periódicas que dão lugar à constituição de provisões sempre que o valor decorrente dessas avaliações seja inferior ao valor por que se encontram contabilizados. As despesas de investimento em obras não passíveis de recuperação, realizadas em edifícios que não sejam propriedade do Banco, são amortizadas em prazo compatível com o da sua utilidade esperada ou do contrato de arrendamento, pelo período máximo de 10 anos Imobilizações incorpóreas O Grupo BPI tem por política registar nesta rubrica as despesas notariais, de registo e outras relacionadas com aumentos de capital, bem como as despesas com estudos e projectos (nomeadamente estudos de consultoria e software) elaborados por terceiros cujo impacto se repercuta para além do exercício em que são realizados Imobilizações corpóreas As imobilizações corpóreas são contabilisticamente relevadas pelo custo de aquisição ou pelo valor de reavaliação, calculado nos termos da legislação aplicável, sendo a contrapartida do saldo resultante dos movimentos contabilísticos inerentes aos processos de reavaliação registada numa rubrica dos capitais próprios denominada RESERVAS DE REAVALIAÇÃO. As imobilizações corpóreas são amortizadas pelo método das quotas anuais constantes, por duodécimos, às taxas máximas aceites fiscalmente como custo, as quais têm subjacente o número de anos de vida útil esperada para os diferentes tipos de imobilizado como a seguir se indica: Anos de vida útil Imóveis 20 a 50 Obras em edifícios próprios 10 a 50 Imobilizações não passíveis de recuperação efectuadas em edifícios arrendados 3 a 10 Equipamento 3 a 12 Outras imobilizações corpóreas 3 a 10 Nos termos da lei, uma parcela correspondente a 40% do aumento das amortizações que resulta das reavaliações registadas não é considerada como custo para efeitos fiscais. Os correspondentes impostos diferidos passivos não são registados. Os imóveis recebidos em dação em cumprimento de crédito As imobilizações incorpóreas são amortizadas pelo método das quotas anuais constantes, por duodécimos, às taxas máximas aceites fiscalmente como custo, as quais, em geral, têm subjacente um período de amortização de três anos Participações financeiras As participações em empresas cujas demonstrações financeiras não são consolidadas nem reconhecidas pelo método da equivalência patrimonial encontram-se registadas ao custo de aquisição. A constituição de provisões para menos valias potenciais em participações financeiras é efectuada nos termos dos Avisos do Banco de Portugal n.º 4 / 2002 e 3 / 95, de 25 de Junho e 30 de Junho, respectivamente. Nos termos do Aviso do Banco de Portugal n.º 4 / 2002, de 25 de Junho, quando o montante da menos valia potencial numa participação determinada com base na média das cotações diárias dos últimos seis meses, no caso dos títulos cotados, ou, determinada pelo produto da parte correspondente à situação líquida da sociedade participada pelo factor 1.5, no caso dos títulos não cotados exceder 15% do valor de inscrição no balanço, há lugar à constituição de uma provisão correspondente a, pelo menos, 40% daquele excesso. O referido aviso estabeleceu um regime transitório aplicável ao conjunto das participações financeiras que estavam em carteira Demonstrações financeiras consolidadas Notas 165

168 em 31 de Dezembro de No âmbito deste regime especial, a constituição de provisões e a dedução aos fundos próprios em função das menos valias potenciais apuradas naquele conjunto de participações financeiras é efectuada de forma gradual até 2006, se se tratar de participações financeiras em empresas não sujeitas à supervisão do Banco de Portugal ou do Instituto de Seguros de Portugal, e até 2011, se se tratar de participações financeiras sujeitas à supervisão daquelas entidades. As provisões constituídas em 2002 e 2003 poderão ser registadas contra reservas. No âmbito deste regime, o Grupo BPI registou até 31 de Dezembro de 2003 a totalidade das provisões a constituir, nos termos do aviso, até ao final do período transitório. Adicionalmente, o Aviso do Banco de Portugal n.º 3 / 95, de 30 de Junho, determina a constituição de provisões para menos valias potenciais em participações financeiras se, relativamente à sociedade participada, se verificar alguma das circunstâncias seguintes: ter apresentado resultados negativos em três exercícios, seguidos ou interpolados, nos últimos cinco anos; encontrar-se em situação de insolvência, ter sido declarado o estado de falência, ter sido objecto de alguma providência de recuperação de empresas ou ter cessado actividade Obrigações, acções e outros títulos de rendimento fixo ou variável As compras e vendas de títulos são registadas na data da transacção, salvo se decorrer de expressa estipulação contratual ou de regime legal ou regulamentar aplicável que os direitos e obrigações inerentes aos valores transaccionados se transferem em data diferente, casos em que será esta última a data relevante. Os títulos transaccionáveis são objecto de esquemas de contabilização diferenciados em função das suas características e da prévia explicitação sobre a intenção da aquisição. i) Títulos de negociação São considerados títulos de negociação aqueles que são adquiridos com o objectivo de venda até um prazo que não pode exceder seis meses, visando a obtenção de uma mais-valia e em que a natureza e o volume dos títulos a transaccionar não oferecem quaisquer dúvidas quanto à sua negociabilidade tendo em conta as condições concretas de mercado. valorizados ao custo de aquisição acrescido dos juros corridos desde a data do último vencimento de juros. As diferenças negativas ou positivas que resultam da aplicação dos critérios anteriores são registadas como custos ou proveitos (notas 2.8 e 4.5). As acções são registadas ao valor de mercado ou, na sua ausência, ao menor dos valores de aquisição ou presumível de mercado. As diferenças de valorização relativas a acções que integram a composição dos índices BVL30 e PSI20 (Euronext) e a acções que apresentem liquidez adequada são registadas como custos ou proveitos. As diferenças de valorização relativas a outras acções são registadas em contas de regularização do activo ou do passivo, consoante se trate de perdas ou de ganhos potenciais, dando as perdas lugar à constituição de uma provisão (notas 2.8 e 4.6). As acções próprias são registadas em termos idênticos aos anteriormente referidos, excepto as acções que se encontram afectas ao programa RVA Remuneração Variável em Acções (nota 2.18). ii) Títulos de investimento Os títulos de investimento são aqueles que são adquiridos com a finalidade de os conservar por prazo superior a seis meses. Os títulos emitidos a valor descontado são registados pelo valor de reembolso (valor nominal). A diferença entre o valor nominal e o valor de aquisição é considerada como receita com proveito diferido. Mensalmente os juros corridos são registados nas respectivas contas de proveitos de acordo com a taxa de juro implícita em regime de juro composto. As obrigações e outros títulos de rendimento fixo emitidos com base no valor nominal são registados ao custo de aquisição. Os juros corridos são contabilizados como proveitos a receber. A diferença entre o custo de aquisição e o valor de reembolso dos títulos que constitui o prémio ou desconto verificado por ocasião da compra é repercutida nos resultados de modo escalonado ao longo do período que decorrerá até à amortização. A diferença entre o custo de aquisição (corrigido das parcelas do prémio ou do desconto reconhecidas nos resultados) e o valor de mercado das obrigações e outros títulos de rendimento fixo, se for positiva, dá origem à constituição de uma provisão (notas 2.8 e 4.5). As obrigações e outros títulos de rendimento fixo são escriturados pelo valor de aquisição e reavaliados diariamente com base no valor de mercado, acrescido do montante dos juros corridos e não cobrados. Na ausência de valor de mercado, tais títulos são O valor dos títulos com capitalização dos juros incorpora a periodificação desses juros. As acções e outros títulos de rendimento variável são registados 166 Banco BPI Relatório e Contas 2003

169 ao custo de aquisição. Sempre que o valor de mercado (ou presumível de mercado, no caso de títulos não cotados) for inferior ao custo de aquisição, tem lugar a constituição de uma provisão (notas 2.8 e 4.6). As acções próprias são registadas em termos idênticos aos anteriormente referidos. iii) Vendas de títulos a descoberto As vendas de títulos de que resultam posições curtas (vendas a descoberto) são registadas a crédito da conta VENDAS A DESCOBERTO, sendo o saldo desta conta incluído na rubrica DÉBITOS PARA COM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO ou DÉBITOS PARA COM CLIENTES, de acordo com a contraparte respectiva na operação. As aquisições de títulos para cobertura de posições curtas abertas pelas vendas a descoberto são registadas por débito da conta VENDAS A DESCOBERTO. O saldo da conta VENDAS A DESCOBERTO é ajustado diariamente em função do valor de mercado dos títulos vendidos, sendo as diferenças de valorização registadas como custos ou proveitos ou em contas de regularização consoante as regras de valorimetria que seriam aplicáveis a esses títulos se pertencessem à carteira de negociação própria. Posição à vista A posição à vista numa moeda é dada pelo saldo líquido dos activos e passivos nessa moeda, acrescido dos montantes das operações à vista a aguardar liquidação e das operações a prazo que se vençam nos dois dias úteis subsequentes. A posição cambial à vista é reavaliada com base nos câmbios oficiais de divisas do dia, divulgados a título indicativo pelo Banco de Portugal, dando origem à movimentação da conta de posição cambial (moeda nacional) por contrapartida de contas de custos ou proveitos. Posição a prazo A posição a prazo numa moeda é dada pelo saldo líquido das operações a prazo a aguardar liquidação, com exclusão das que se vençam nos dois dias úteis subsequentes. Todos os contratos relativos a estas operações são reavaliados às taxas de câmbio a prazo do mercado ou, na ausência destas, através do seu cálculo com base nas taxas de juro das respectivas moedas para o prazo residual de cada operação. As diferenças entre os contravalores em euros às taxas de reavaliação a prazo aplicadas e os contravalores em euros às taxas contratadas representam o custo ou o proveito da reavaliação da posição cambial a prazo, sendo registadas numa conta de reavaliação da posição cambial (conta de regularização) por contrapartida de contas de custos ou proveitos Operações em moeda estrangeira As operações em moeda estrangeira são registadas segundo o sistema multi-currency, isto é, nas respectivas moedas de denominação. Os procedimentos contabilísticos diferem em função do efeito que as operações têm sobre a posição cambial. Enquanto as operações que impliquem variação do saldo líquido de uma moeda estrangeira (por exemplo, compras, vendas, integração de resultados na moeda de conversão) têm por contrapartida a posição cambial, a constituição ou a aceitação de depósitos e a concessão ou a obtenção de crédito não têm qualquer efeito na posição cambial. i) Posição cambial e operações de permuta de divisas (swaps) O conteúdo e critério de reavaliação das notas e moedas estrangeiras e da posição cambial, à vista e a prazo, são descritos de seguida. Notas e moedas estrangeiras As notas e moedas estrangeiras são reavaliadas diariamente com base nos câmbios indicativos divulgados pelo Banco de Portugal. As diferenças cambiais apuradas são registadas como custos ou proveitos do período. Operações de permuta de divisas (swaps) As operações de permuta de divisas (swaps) e outras operações de fixação de câmbio não são consideradas na reavaliação das posições à vista e a prazo. Os prémios ou descontos destas operações são amortizados linearmente durante o seu período de vida, sendo reconhecido o respectivo custo ou proveito. ii) Conversão em euros de saldos em moeda estrangeira A conversão para euros dos activos e passivos expressos em moeda estrangeira é efectuada com base no câmbio oficial de divisas, divulgado a título indicativo pelo Banco de Portugal. iii) Conversão em euros de resultados em moeda estrangeira Os proveitos e custos apurados nas diferentes moedas são convertidos para euros ao câmbio do dia em que são reconhecidos Provisões para risco específico de crédito As provisões para risco específico de crédito são constituídas para crédito, títulos e juros vencidos e para outros créditos de cobrança duvidosa, nos termos do Aviso do Banco de Portugal n.º 3 / 95, de 30 de Junho (com as alterações introduzidas pelo Aviso do Banco de Portugal n.º 8 / 03, de 30 de Janeiro). Demonstrações financeiras consolidadas Notas 167

170 As provisões para crédito, títulos e juros vencidos destinam-se a fazer face aos riscos de não cobrança de créditos com prestações de capital ou juros vencidos não regularizados (notas 4.3, 4.4, 4.5 e 4.27), dependendo de eventuais garantias existentes e sendo o seu montante crescente em função do tempo decorrido desde a entrada em incumprimento Provisões para depreciação de títulos e para outros activos As provisões para depreciação de títulos e de outros activos são constituídas para fazer face à totalidade das perdas potenciais apuradas nos termos dos critérios valorimétricos adoptados para as obrigações, acções, outros títulos de rendimento fixo ou variável e outros activos (notas 2.4, 2.5, 4.5, 4.6, 4.9, 4.12 e 4.27). As provisões para outros créditos de cobrança duvidosa destinam-se a fazer face aos riscos de não cobrança das prestações vincendas relativas a créditos daquela natureza não vencidos (notas 4.4, 4.12 e 4.27). São considerados nesta situação: a) as prestações vincendas de uma mesma operação de crédito em que se verifique, relativamente às respectivas prestações em mora de capital e juros, pelo menos uma das seguintes condições: (i) excederem 25% do capital em dívida, acrescido dos juros vencidos; 2.9. Provisões para risco-país As provisões para risco-país são constituídas para fazer face ao risco imputado aos activos financeiros e elementos extrapatrimoniais sobre residentes de países considerados de risco (notas 4.3, 4.4, 4.5 e 4.27). O regime de constituição destas provisões é o que está previsto no Aviso do Banco de Portugal n.º 3 / 95, de 30 de Junho, na Instrução do Banco de Portugal n.º 94 / 96, publicada no Boletim de Normas e Informações n.º 1, de 17 de Junho de 1996, e em Carta do Banco de Portugal sob referência 4903 / / 02 / DSBDR, de 12 de Junho de (ii) estarem em incumprimento há mais de: seis meses, nas operações com prazo inferior a cinco anos; doze meses, nas operações com prazo igual ou superior a 5 e inferior a 10 anos; vinte e quatro meses, nas operações com prazo igual ou superior a 10 anos. Os créditos nestas condições são considerados vencidos apenas para efeitos da constituição de provisões, sendo provisionados com base nas taxas aplicáveis ao crédito vencido dessas operações. b) os créditos vincendos sobre um mesmo Cliente se, de acordo com a sua reclassificação prevista na alínea anterior, o crédito e juros vencidos de todas as operações relativamente a esse Cliente, excederem 25% do crédito total, acrescido dos juros vencidos (notas 4.4, 4.12 e 4.27). As alterações introduzidas pelo Aviso do Banco de Portugal n.º 8 / 03 para as provisões para créditos de cobrança duvidosa gozaram de um regime transitório de seis meses, só tendo passado a produzir efeitos a partir de Agosto de Assim, e até aquela data, as provisões para créditos de cobrança duvidosa continuaram a ser calculadas de acordo com as regras do Aviso do Banco de Portugal n.º 3 / 95. Mensalmente, as instituições de crédito do Grupo BPI avaliam a adequação das provisões para risco específico e para riscos gerais de crédito aos riscos associados a operações de crédito, a garantias prestadas e à carteira de obrigações Provisões para riscos e encargos i) Riscos gerais de crédito As instituições de crédito do Grupo BPI sujeitas ao regime do Aviso do Banco de Portugal n.º 3 / 95, de 30 de Junho (com as alterações introduzidas pelos Avisos do Banco de Portugal n.º 2 / / 99 e 8 / 03, de 26 de Janeiro e 30 de Janeiro, respectivamente), constituem uma provisão para riscos gerais de crédito que corresponde a 1.5% do crédito ao consumo e do crédito a particulares de finalidade não determinada, a 0.5% do crédito garantido por hipoteca sobre imóvel, ou operações de locação financeira imobiliária, em ambos os casos quando o imóvel se destine a habitação do mutuário, e a 1% do restante crédito concedido, incluindo o representado por aceites, garantias e outros instrumentos de natureza análoga (notas 4.19 e 4.27). As provisões libertas, em consequência de os créditos garantidos por hipoteca sobre imóvel, ou operações de locação financeira imobiliária, em ambos os casos quando o imóvel se destine a habitação do mutuário, passarem a ser provisionados por 0.5% (em vez de 1%), foram obrigatoriamente afectas à constituição ou reforço de provisões para risco específico de crédito. Nos termos da legislação fiscal em vigor, entre 1 de Janeiro de 2001 e 31 de Dezembro de 2002 o reforço desta provisão foi apenas considerado como custo fiscal por 50% do seu montante. A partir de 1 de Janeiro de 2003, o reforço desta provisão deixou de ser aceite como custo fiscal. Adicionalmente, nos termos da legislação fiscal em vigor, a partir de 1 de Janeiro de 2001, quando se verifique a reposição de provisões para riscos gerais de crédito, são consideradas proveitos do exercício, em primeiro lugar, aquelas que tenham sido custo fiscal no 168 Banco BPI Relatório e Contas 2003

171 exercício da respectiva constituição. ii) Outros riscos e encargos Esta rubrica inclui as provisões constituídas para fazer face a outros riscos específicos, nomeadamente contingências fiscais, processos judiciais, riscos da carteira de crédito e encargos com impostos a pagar decorrentes de ganhos em curso de operações cujo reconhecimento fiscal, nos termos do artigo 78 do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas, apenas tem lugar no exercício de liquidação dessas operações (notas 4.19 e 4.27). a não utilização, no cálculo do valor actual das responsabilidades por serviços passados do pessoal no activo, dos decrementos de invalidez, a não ser que naquele valor esteja incluido o valor actual das responsabilidades por serviços passados relativo à garantia das pensões de invalidez ou que o risco de invalidez se encontre total e integralmente transferido para uma companhia de seguros. A cobertura das responsabilidades com serviços passados (incluindo o acréscimo de responsabilidades originado pelas reformas antecipadas) é assegurada por fundos de pensões Fundo para riscos bancários gerais Destina-se a fazer face a riscos não específicos resultantes da actividade do Grupo BPI (notas 4.19 e 4.27) Pensões de reforma e de sobrevivência A generalidade dos Colaboradores do Grupo BPI não está abrangida pelo Sistema de Segurança Social. Porém, as Instituições do Grupo BPI que aderiram ao Acordo Colectivo de Trabalho Vertical para o Sector Bancário assumem o compromisso de atribuir aos seus Colaboradores ou às suas famílias prestações pecuniárias a título de reforma por velhice ou invalidez, de reforma antecipada ou de sobrevivência. Estas prestações consistem numa percentagem crescente com o número de anos de serviço do Colaborador, aplicada aos seus salários. O regime de cálculo, reconhecimento contabilístico, financiamento e imputação à conta de resultados das responsabilidades por pensões de reforma e de sobrevivência é o que está previsto no Aviso do Banco de Portugal n.º 12 / 2001, de 23 de Novembro, com as alterações que lhe foram introduzidas pelo Aviso do Banco de Portugal n.º 7 / 2002, de 31 de Dezembro. Este regime entrou em vigor em 31 de Dezembro de 2001 e determina: a obrigatoriedade de financiamento integral das responsabilidades por pensões em pagamento e de um nível mínimo de financiamento de 95% das responsabilidades por serviços passados de pessoal no activo; o estabelecimento de um intervalo ( corredor ) de 10%, fixado em função do maior dos valores actual das responsabilidades por serviços passados ou do fundo de pensões, por forma que os ganhos e perdas actuariais resultantes de diferenças entre os pressupostos actuariais e financeiros utilizados e os valores efectivamente observados não sejam relevados na conta de resultados, desde que o valor líquido acumulado desses ganhos e perdas se situe dentro daquele intervalo; Nos termos do regime em vigor, o valor acumulado líquido dos ganhos e perdas actuariais resultantes de alterações nos pressupostos actuariais e financeiros e de alterações nas condições gerais dos respectivos planos de pensões bem como da parcela não enquadrável no corredor dos ganhos e perdas actuariais resultantes de diferenças entre os pressupostos actuariais e financeiros utilizados e os valores efectivamente verificados pode ser relevado em custos ou proveitos diferidos devendo ser amortizado, no mínimo, em 10% ao ano a partir do exercício seguinte ao do apuramento respectivo. Em 31 de Dezembro de 2003 e 2002, o Grupo BPI regista as perdas actuariais decorrentes de alterações nos pressupostos actuariais e financeiros e nas condições gerais dos respectivos planos bem como a parcela não enquadrável no corredor de diferenças entre os pressupostos actuariais e financeiros utilizados e os valores efectivamente verificados em despesas com custo diferido; e, o montante enquadrável no corredor é registado em flutuação de valores (nota 4.13). Em 31 de Dezembro de 2003 e 2002, o Grupo regista os ganhos actuariais decorrentes de alterações nos pressupostos actuariais e financeiros e nas condições gerais dos respectivos planos bem como de diferenças entre os pressupostos actuariais e financeiros utilizados e os valores efectivamente verificados em receitas com proveito diferido, após a anulação do corredor anteriormente utilizado (nota 4.18). Nos termos do Aviso do Banco de Portugal n.º 12 / 2001, o acréscimo de responsabilidades por serviços passados decorrente da passagem de Colaboradores à situação de reforma antecipada é integralmente coberto por correspondente contribuição para o fundo de pensões, podendo tal contribuição ser reflectida na conta de resultados por prazo máximo de 10 anos a contar da data efectiva da reforma, não podendo, porém, ser ultrapassado o quarto exercício seguinte ao do ano em que presumivelmente a reforma ocorreria. Em 31 de Dezembro de 2003 e 2002, o Grupo BPI registou o saldo das contribuições para o fundo de pensões decorrente dos acréscimos de responsabilidades por reformas antecipadas não relevadas como custo em despesas com custo diferido (nota 4.13). Demonstrações financeiras consolidadas Notas 169

172 O acréscimo de responsabilidades por serviços passados de Colaboradores no activo decorrente de não utilização de decrementos por invalidez está a ser reconhecido como custo e financiado de acordo com um plano de amortização de prestações uniformes anuais, durante um período máximo de 20 anos com início no exercício de Este procedimento mereceu o acordo do Banco de Portugal. Em 31 de Dezembro de 2003 e 2002, o Grupo BPI registou o acréscimo de responsabilidades resultantes da situação acima referida, ainda não reconhecidas como custo nem financiadas, como elemento extrapatrimonial (nota 4.28) Impostos sobre os lucros Todas as empresas do Grupo são tributadas individualmente. Como locador Os activos detidos sob locação financeira são registados no balanço como créditos concedidos pelo valor do desembolso líquido efectuado na data de aquisição dos bens locados. As rendas são constituídas pelo proveito financeiro e pela amortização financeira do capital. O reconhecimento do resultado financeiro reflecte uma taxa de rendimento periódico constante sobre o capital em dívida Factoring Os activos decorrentes de operações de factoring contratadas com recurso são registados no balanço como créditos concedidos pelo valor dos adiantamentos de fundos por conta dos contratos respectivos. O Banco BPI bem como as empresas filiais e associadas cuja sede se encontra localizada em Portugal estão sujeitos ao regime fiscal consignado no Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas e no Estatuto dos Benefícios Fiscais. As Sucursais Financeiras Exteriores na Região Autónoma da Madeira e de Santa Maria do Banco BPI beneficiam, ao abrigo do artigo 31.º do Estatuto dos Benefícios Fiscais, de isenção de IRC até 31 de Dezembro de Para efeitos da aplicação desta isenção, de acordo com o disposto na Portaria n.º 555 / / 2002, de 4 de Junho, considera-se que pelo menos 80% do lucro tributável da actividade global do Banco é resultante de actividades exercidas fora do âmbito institucional da zona Franca da Madeira e Sta Maria. Este regime é aplicável desde 1 de Janeiro de O Banco BPI e as suas filiais não registam os impostos diferidos activos, excepto no que se refere a empresas associadas em que tal registo seja autorizado no Plano Oficial de Contabilidade ou pelo Instituto de Seguros de Portugal. Não são igualmente registados impostos diferidos passivos, excepto no caso de ganhos em curso de operações cujo reconhecimento fiscal apenas tem lugar no exercício da liquidação dessas operações Locação financeira Como locatário O imobilizado corpóreo é amortizado de acordo com o procedimento descrito na nota 2.2. As rendas são constituídas pelo encargo financeiro e pela amortização financeira do capital. Os encargos financeiros são imputados aos períodos durante o prazo de locação a fim de produzir uma taxa de juro periódica constante sobre o saldo remanescente do passivo para cada período. Os passivos são reduzidos pelo montante correspondente à amortização do capital de cada uma das rendas. Os activos decorrentes de operações de factoring contratadas sem recurso são registadas no balanço como créditos concedidos pelo valor dos créditos tomados e tendo por contrapartida o registo de um passivo na rubrica CREDORES POR OPERAÇÕES DE FACTORING. As entregas de fundos efectuadas aos aderentes originam o débito correspondente na rubrica CREDORES POR OPERAÇÕES DE FACTORING. As tomadas, ao abrigo dos contratos de factoring, de facturas com recurso sem adiantamento de fundos por conta dos contratos respectivos são registadas na rubrica extrapatrimonial CONTRATOS COM RECURSO facturas não financiadas pelo valor das facturas tomadas. A regularização do saldo desta rubrica ocorrerá na medida em que tais facturas forem liquidadas. Os compromissos resultantes das linhas de crédito negociadas com os aderentes e ainda não utilizadas são registados como elemento extrapatrimonial Operações em produtos derivados Contratos de trocas de taxas de juro (swaps de taxas de juro) Os contratos de trocas de taxas de juro (swaps de taxas de juro) são registados em contas extrapatrimoniais pelo seu valor teórico (valor nocional), distinguindo-se consoante a sua natureza de negociação ou de cobertura. No caso das operações de cobertura, os fluxos de juros são registados em contas de resultados de acordo com o princípio contabilístico da especialização dos exercícios. A reavaliação dos contratos apenas é efectuada se tiver havido lugar à constituição de provisões para depreciação dos activos cobertos. As operações de negociação são reavaliadas diariamente e são registados os fluxos de juros em contas de resultados de acordo com o princípio contabilístico da especialização dos exercícios. 170 Banco BPI Relatório e Contas 2003

173 A reavaliação é efectuada com base no valor actual dos fluxos financeiros futuros a pagar e a receber, calculado com base em taxas de mercado, deduzidos dos juros periodificados, sendo o ganho ou perda resultante reconhecido directamente em resultados, por contrapartida de uma conta de regularização. Contratos a prazo de taxas de juro (FRA) Os contratos de fixação a prazo de taxas de juro (FRA) são registados em contas extrapatrimoniais pelo seu montante teórico (valor nocional), distinguindo-se consoante a sua natureza de cobertura ou de negociação. Este registo é anulado na data da liquidação. No caso dos contratos de cobertura as importâncias relativas a diferenciais de juros recebidas ou pagas na data de liquidação são periodificadas durante o prazo da operação e imputadas às contas de custos ou proveitos associadas aos elementos do passivo ou activo que foram objecto de cobertura. No caso dos contratos de negociação as operações são reavaliadas mensalmente com base no custo ou no proveito que seria obtido se o contrato fosse liquidado na data em que a reavaliação é efectuada. As diferenças negativas ou positivas daí resultantes são registadas como custos ou proveitos por contrapartida de contas de regularização. Futuros Os contratos de futuros, realizados com finalidade de negociação e por conta própria, são registados em contas extrapatrimoniais pelo valor de mercado actualizado diariamente. Este registo é anulado na data do fecho das posições. Estas posições são reavaliadas diariamente com base nas cotações do mercado ou no preço de fecho (tratando-se de posições encerradas), sendo os lucros e as perdas relevados em resultados do exercício por contrapartida de contas de devedores (no caso de se tratar de lucros) e de credores (no caso de se tratar de perdas). Por sua vez, os saldos destas contas são anulados por contrapartida dos movimentos financeiros originados diariamente pela regularização das variações das cotações do mercado. Os contratos de opções de negociação são reavaliados mensalmente com base nas cotações de referência disponíveis, sendo os lucros e as perdas relevados em resultados do exercício por contrapartida de contas de devedores e credores. O montante dos prémios recebidos (por opções vendidas) ou pagos (por opções compradas) é registado como um proveito ou custo diferido até à data em que ocorra a execução do contrato. Os contratos de opções sobre índices, realizados com finalidade de cobertura de riscos, são reavaliados mensalmente em consonância com a evolução dos índices subjacentes e os resultados das reavaliações são registados como custos ou proveitos por contrapartida de contas de regularização. Estes resultados são compensados por resultados de sinal oposto registados em relação com as operações cobertas. Os prémios pagos pelas opções compradas bem como os prémios recebidos pelas opções vendidas são registados como despesas com custo diferido e receitas com proveito diferido e periodificados linearmente durante o prazo dos contratos Valores mobiliários de terceiros recebidos em depósito Os valores mobiliários de terceiros recebidos em depósito encontram-se registados ao valor de mercado ou, na sua ausência, ao valor nominal (no caso dos títulos de rendimento fixo), ao valor de aquisição (no caso dos títulos de rendimento variável) ou ao valor patrimonial (no caso de unidades de participação) Acções próprias afectas ao programa RVA Remuneração Variável em Acções O Programa de Remuneração Variável em Acções (RVA) é um esquema remuneratório pelo qual uma parte da remuneração variável dos Administradores Executivos e dos Colaboradores do Grupo BPI (cuja remuneração variável anual seja igual ou superior a euros) é paga em acções BPI e em opções de compra de acções BPI. A parcela de remuneração variável individual que corresponde ao RVA oscila entre 10% e 50%, sendo a percentagem tanto maior quanto maior for o nível de responsabilidade do Administrador ou Colaborador. Os custos com as remunerações variáveis, incluindo o RVA, são registados em custos com pessoal. Opções Os contratos de opções são registados em contas extrapatrimoniais pelo seu valor teórico (valor nocional), distinguindo-se consoante a sua natureza de cobertura ou de negociação. As acções atribuídas no âmbito do RVA ficam disponíveis para o beneficiário de uma forma gradual: 25% no momento da atribuição e 25% em cada um dos três anos seguintes. A partir de 2002, a transmissão de propriedade das acções atribuídas no âmbito do RVA é integralmente efectuada na data de atribuição 1. As opções de compra de acções podem ser exercidas entre o primeiro e o quinto ano a contar da data de atribuição. 1) No âmbito do RVA 2001 foram atribuídas, por opção do beneficiário, acções sob condição suspensiva, nas quais a transmissão de propriedade se faz à medida que as acções ficam disponíveis. As acções próprias atribuídas sob condição suspensiva mas ainda não transmitidas para os beneficiários foram registadas em contas de regularização do activo pelo valor de atribuição e não são submetidas a reavaliação pelo valor de mercado. Dado que as diferenças entre o valor de aquisição e o valor de atribuição foram registadas em resultados, o valor contabilístico coincide com o preço de venda (valor de atribuição). Demonstrações financeiras consolidadas Notas 171

174 O Grupo BPI constituiu uma carteira de acções BPI de modo a assegurar a cobertura das responsabilidades decorrentes da emissão de opções de compra de acções BPI de acordo com uma estratégia de cobertura de delta (determinada por um modelo de avaliação de opções do BPI desenvolvido internamente e baseado na metodologia Black-Scholes). Esta estratégia corresponde a constituir uma carteira com delta acções por cada opção emitida, sendo que delta corresponde à relação entre a variação do preço de uma opção e a variação do preço da acção subjacente. As acções próprias detidas para cobrir o risco de variação do valor das opções vendidas são registadas em contas de títulos de negociação onde permanecem enquanto estiverem afectas àquela finalidade. Estas acções são submetidas a reavaliação pelo valor de mercado e as diferenças de valorização são registadas em contas de regularização. Na eventualidade do resultado conjunto destas diferenças e da reavaliação das opções representar uma perda, será constituída uma provisão pelo montante correspondente a essa perda. 172 Banco BPI Relatório e Contas 2003

175 3. REPARTIÇÃO SECTORIAL DAS APLICAÇÕES E INVENTÁRIO DE TÍTULOS E PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS 3.1. Repartição sectorial das aplicações Em 31 de Dezembro de 2003, a estrutura sectorial das aplicações das empresas do Grupo BPI consolidadas pelo método de integração global era: Crédito sobre Clientes Crédito 1 e títulos vencidos Garantias prestadas 2 Obrigações 3 Acções 4 Total Valor % Valor % Valor % Valor % Valor % Valor % Agricultura, silvicultura e pesca Indústrias extractivas Indústrias transformadoras Indústrias alimentares, das bebidas e do tabaco Indústrias têxtil e vestuário Indústrias do couro e dos produtos do couro Indústrias da madeira e da cortiça Indústrias de pasta, de papel e cartão, edição e impressão Indústrias de coque, produtos petrolíferos e combustível nuclear Indústrias químicas e de fibras sintéticas ou artificiais Indústrias da borracha e de matérias plásticas Indústrias de outros produtos minerais não metálicos Indústrias metalúrgicas de base e produtos metálicos Fabricação de máquinas e de equipamentos Fabricação de equipamento eléctrico e de óptica Fabricação de material de transporte Outras indústrias transformadoras Produção e distribuição de electricidade, gás e água Construção e obras públicas Comércio por grosso e a retalho Alojamento e restauração Transportes, armazenagem e comunicações Bancos e outras instituições de crédito Outras instituições financeiras e seguradoras Sociedades gestoras de participações sociais Actividades imobiliárias, alugueres e serviços prestados a empresas Administração pública, defesa e segurança social obrigatória Educação, saúde e acção social Actividades recreativas, culturais e desportivas Outras empresas de serviços Particulares Crédito imobiliário Outros Instituições financeiras supranacionais Outros sectores Não residentes ) O crédito vencido corresponde a crédito sobre Clientes. 2) Inclui garantias e avales, créditos documentários abertos e fianças e indemnizações. 3) Não inclui obrigações de emissores públicos. 4) Inclui quotas, unidades de participação e outros valores. Demonstrações financeiras consolidadas Notas 173

176 3.2 Inventário de títulos e participações financeiras Em 31 de Dezembro de 2003, os títulos e participações financeiras detidos pelas empresas do Grupo BPI consolidadas pelo método de integração global eram: Natureza e espécie dos títulos Quantidade Valor nominal Valor médio de aquisição Valor de cotação Valor de balanço euros m. euros TÍTULOS NEGOCIAÇÃO Titulos de rendimento fixo emitidos por residentes De dívida pública portuguesa Obrigações do tesouro OT 3% Julho 2003 / OT 3.625% Agosto 1999 / OT 4.875% Agosto 2002 / OT 5.25% Outubro 2000 / OT 5.45% Setembro 1998 / OT 5.85% Maio 2000 / OT 6.625% Fevereiro 1997 / OT 8.875% Janeiro 1994 / OT 9.5% Fevereiro 1996 / OT % Fevereiro 1995 / Titulos de rendimento fixo emitidos por não residentes De emissores públicos estrangeiros Bilhetes do Tesouro Bilhetes do Tesouro de Angola Obrigações Banco Nacional de Angola Belgium Kingdom 3% (28/09/2008) Belgium Kingdom 3.75% (28/03/2009) Belgium Kingdom 4.25% (28/09/2013) Belgium Kingdom 5% (28/09/2011) Belgium Kingdom 5.75% (28/03/2008) Belgium Kingdom 5.75% (28/09/2010) Bundesobligation 4.5% (17/08/2007) Bundesobligation 5% (19/08/2005) Bundersrepublik Deutschl. 5% (04/07/2011) Buonni Poliennali 3.5% (15/09/2005) Buonni Poliennali 5.25% (01/08/2011) Fannie Mae 3.25% (15/01/2008) Fannie Mae 4.125% (29/12/2008) Fannie Mae 5% (15/01/2007) Fannie Mae 5.74% (21/01/2009) Fannie Mae 6.125% (15/03/2012) Fannie Mae 6.4% (15/05/2009) Fed Home Loan MTG Corp 5.75% (15/03/2009) Finnish Government 3% (04/07/2008) Finnish Government 5.375% (04/07/2013) Finnish Government 5.75% (23/2/2011) France (Govt of) 4.25% (25/04/2019) France OAT 4% (25/10/2009) France OAT 5.5% (25/04/2007) France OAT 5.5% (25/04/2010) France OAT 5.5% (25/10/2010) France OAT 8.5% (25/10/2019) Provisões 174 Banco BPI Relatório e Contas 2003

177 Natureza e espécie dos títulos Quantidade Valor nominal Valor médio de aquisição Valor de cotação Valor de balanço euros m. euros Titulos de rendimento fixo emitidos por não residentes De emissores públicos estrangeiros (cont.) Obrigações (cont.) French Treasury Note 3% (12/07/2008) French Treasury Note 4.5% (12/07/2006) Netherlands Government 4% (15/07/2005) Netherlands Government 4.25% (15/07/2013) Netherlands Government 5% (15/07/2011) Netherlands Government 5% (15/07/2012) Netherlands Government 5.75% (15/02/2007) Obligac. Del Estado 4% (31/01/2010) Obligac. Del Estado 4.25% (31/10/2007) Obligac. Del Estado 4.8% (31/10/2006) Obligac. Del Estado 5% (30/07/2012) Obligac. Del Estado 5.15% (30/07/2009) Obligac. Del Estado 5.4% (30/07/2011) Obligac. Del Estado 5.5% (30/07/2017) Reino da Dinamarca 5% (15/11/2013) Reino da Suécia 6.5% (05/05/2008) Reino da Suécia 6.75% (05/05/2004) Rep. Grécia 2.75% (21/06/2006) Rep. Grécia 3.5% (18/04/2008) Rep. Grécia 4.6% (20/05/2013) Rep. Grécia 4.65% (21/06/2005) Rep. Grécia 5.25% (18/05/2012) Rep. Grécia 5.9% (22/10/2022) Rep. Grécia 6% (19/02/2006) Rep. Grécia 6% (19/05/2010) Rep. Grécia 6.3% (29/01/2009) Rep. of Austria 5% (15/07/2012) Rep. of Austria 5.5% (15/01/2010) Rep. of Austria 5.5% (20/10/2007) U.S.Treasury 2.125% (31/10/2004) U.S.Treasury 3.25% (15/08/2008) U.S.Treasury 3.875% (15/01/2009) U.S.Treasury 4.25% (15/08/2013) U.S.Treasury 4.625% (15/05/2006) U.S.Treasury 4.75% (15/11/2008) U.S.Treasury 4.875% (15/02/2012) U.S.Treasury 5% (15/02/2011) U.S.Treasury 5.375% (15/02/2031) U.S.Treasury 5.75% (15/08/2010) U.S.Treasury 5.75% (15/11/2005) U.S.Treasury 6% (15/08/2009) U.S.Treasury 6.5% (15/10/2006) U.S.Treasury 6.5% (15/02/2010) Organismos Financeiros Internacionais Obrigações BEI / 1999 EUR 4.875% (15/04/2006) BEI EUR / % (15/10/2012) Provisões Demonstrações financeiras consolidadas Notas 175

178 Natureza e espécie dos títulos Quantidade Valor nominal Valor médio de aquisição Valor de cotação Valor de balanço Provisões euros m. euros De outros não residentes Outras obrigações Kredit Fuer Wieder. 3.5% (15/11/2005) TDM Títulos de rendimento variável emitidos por residentes Direitos de Incorporação Sag Gest Dir. Sub. (Ob. C/ War) E Acções Banco Comercial Português Nom Banco Espírito Santo Nom Brisa Priv Cimpor Cim. de Portugal SGPS Cofina SGPS Corticeira Amorim SGPS EDP Electricidade de Portugal Nom Efacec Capital, SGPS Gescartão, SGPS Impresa SGPS Jerónimo Martins SGPS Novabase, SGPS Pararede SGPS Portucel Industrial Nom Portugal Telecom Nom PT Multimédia, SGPS NOM SAG GEST Soluções Autom. Globais, SGPS Semapa Soc. de Inv. e Gestão SGPS Sonae.Com., SGPS Sonae SGPS Títulos de rendimento variável emitidos por não residentes Acções Altadis Arcelor Banco Bilbao Vizcaya Argentaria Banco Santander Central Hispano Banco Santander Central Hispano (BVLP) N Commerzbank AG Ebro Puleva Endesa Empresa Nacional Electricidade ENEL SPA Euronext Gamesa Corp Tecnologia Grupo Ferrovial Iberdrola Infineon Technologies AG Man AG NH Hoteles Nokia OYJ Peugeot Citroen Reed Elsevier NV Banco BPI Relatório e Contas 2003

179 Valor nominal Valor médio de aquisição Valor de cotação Valor de balanço Natureza e espécie dos títulos Quantidade Provisões euros m. euros Títulos de rendimento variável emitidos por não residentes (cont.) Acções (cont.) Repsol YPF Royal Dutch Petroleum Telefonica Unicrédito Italiano SPA Vivendi Universal Unidades de Participação Rydex US Government Money Mark Fund TÍTULOS PRÓPRIOS Banco BPI, S.A. (RVA 2001) Banco BPI, S.A. (RVA 2002) TÍTULOS INVESTIMENTO Títulos de rendimento fixo de emissores públicos De dívida pública portuguesa Obrigações do Tesouro OT 3.625% Agosto 1999 / OT 5% Junho 2002 / OT 5.25% Outubro 2000 / OT 8.875% Janeiro 1994 / OT % Fevereiro 1995 / De outros emissores públicos nacionais Obrigações Governo Regional da Madeira / 1994 var De emissores públicos estrangeiros Obrigações Gov. Spain JPY / % (14/03/2005) Obligac. Del Estado 4.5% (30/07/2004) Obrigações do Tesouro de Angola Republica da Grécia EUR / % (31/3/2008) Republica da Grécia JPY / % (29/01/2004) De rendimento fixo de outros emissores Emitidos por residentes Obrigações de caixa Banco Alves Ribeiro / 1999 Ob. Cx. Sr. A Banco Alves Ribeiro / 2001 Ob. Cx. 1.ª Em Outras obrigações Auto Sueco / Auto Sueco / Banco Itaú Europa Tx. Vr. (24/07/2006) CMP / Fábrica Textil de Vizela / 1987 (Ac. Cred.) Fábrica Vidros Barbosa & Almeida / Fapobol / Inparsa / 1998 (Obg. s/ war.) Jerónimo Martins / Demonstrações financeiras consolidadas Notas 177

180 Valor nominal Valor médio de aquisição Valor de cotação Valor de balanço Natureza e espécie dos títulos Quantidade Provisões euros m. euros De rendimento fixo de outros emissores (cont.) Emitidos por residentes (cont.) Outras obrigações (cont.) Jerónimo Martins 2003 Tx. Vr Lisnave Estaleiros Navais de Lisboa 92 / Medinfar / 2003 Tx. Vr. ( ) Polimaia / 89 Série C Salvador Caetano / ª Em Secil Prebetão Prefabricados de Betão, S.A Soares da Costa / Somague SGPS / Papel comercial Arsopi Em Banif Leasing S.A. Em Climaespaço Em Compal 4.ª Em Companhia Portuguesa de Computadores 12.ª Empresa Tráfego Estiva Euroges Em Incompol 5.ª 623 Jaba Farmaceutica Em J.B.Fernandes 46.ª Emissão 500 JM Fonseca Intl Vinhos JM Fonseca Sucs Vinhos JMR Gestão Emp Retalho Jornal Notícias Em JP Vinhos Em M&J Pestana 116.ª Manuel Poças Junior 10.ª 469 Mundileasing Em Procme E Recheio SGPS 14.ª Rentipar Em Soc. Franc. Man. Santos 11.ª Soc. Franc. Man. Santos 12.ª Soc.Vi.Terras Valdigem 10.ª 313 Solverde 135.ª Sonae SGPS Em Sonae SGPS Em Tertir 13.ª Unicer Em Unicer Em Unicer Em Emitidos por não residentes Por organismos financeiros internacionais Obrigações BEI PTE / 1995 Tx. Vr. (Mar. 2005) BEI PTE / 1996 F.R.N. (Dez. 2006) Banco BPI Relatório e Contas 2003

181 Natureza e espécie dos títulos Quantidade Valor nominal Valor médio de aquisição Valor de cotação Valor de balanço Provisões euros m. euros De rendimento fixo de outros emissores (cont.) Por outros não residentes Outras obrigações Aegis SRL CL 1 Tx. Vr. (01/06/2016) Allianz Fin.II B.V % (31/05/2022) Allianz Fin.II B.V. 6.5% (13/01/2025) Allied Domeq Fin Serv 5.875% (12/06/2009) Anglian Water Ser. Fin 4.625% (2013/10/07) AT&T Corp. 6% (21/11/2006) Avalon Capital Ltd. 2 Tx. Vr. (24/5/2012) Bat Intl Finance PLC (3/04/2006) Brazil Div Pymt Rights T.V. (20/03/2007) Brazilian Her Vouch R 5.911% (15/06/2011) Casino Guichard Perrac (23/11/2007) Crédit Local France Cup. Zero PTE / CVRD Finance Ltd. Tx. Vr. (15/10/2007) Daimlerchrysler Int. F % (21/3/2006) Deutshe Telekom Int Fin (11/07/06) Deutshe Telekom Int Fin (06/07/05) Deutshe Telekom Int Fin (11/07/11) Dollar Divers. Ri. F 6.55% (16/12/2013) Reg Dow Chemical 5% (18/10/2006) Dutch Mor. Port. Loans ( ) O. Hip Cl. B EFG Ora Funding Ltd. 2% conv. (4/5/2005) El Monte Int Finance Tx. Vr. (12/12/2005) Eneco Holding NV 4.125% (10/6/2010) Essent NV 4.5% (25/06/2013) Eurofima PTE / 1994 Tx. Vr. (17/08/2004) Eurofima PTE / 1995 Tx. Vr. (19/01/2005) Eurofima PTE / 1998 Tx. Vr. (28/05/2008) Euro Vip USD / 1990 Tx. Vr. (23/11/2030) FCE Bank Plc Tx. Vr. (16/2/2005) FCE Bank Plc Tx. Vr. (18/2/2005) FCE Bank Plc Tx. Vr. (21/3/2006) FCE Bank Plc Tx. Vr. (28/6/2006) Finbnk Trd & Div Pymt Tr Tv (15/03/2005) Ford Motor Credit Tx. Vr. (06/1/2006) France Telecom 5.4% (26/02/2005) France Telecom 7% (23/12/2009) France Telecom 7.25% (28/1/2013) France Telecom 8.25% (14/3/2008) GENL Motors Accept Corp (2/12/2004) GENL Motors Accept Corp. 5.5 (2/2/2005) GENL Motors Accept Corp. T.V. (5/7/2005) Gie Suez Alliance 4.25% (24/6/2010) Gie Suez Alliance 5.5% (20/2/2009) GMAC Intl Finance BV 5.375% (18/01/2005) Goldman Sachs Group PTE / 1997 Tx. Vr. (24/04/2007) Holcim Fin. Lux % (23/06/2010) Imperial Tobacco Canada 5.125% (14/11/2006) Imperial Tobacco Finance 5.75% (06/06/2005) Demonstrações financeiras consolidadas Notas 179

182 Valor nominal Valor médio de aquisição Valor de cotação Valor de balanço Natureza e espécie dos títulos Quantidade Provisões euros m. euros De rendimento fixo de outros emissores (cont.) Por outros não residentes (cont.) Outras obrigações (cont.) Imperial Tobacco Finance 6.375% (27/09/2006) International Divers. Pay. Rig. DO 6.75% (20/08/2010) International Endesa BV (18/06/09) International Endesa BV 5.25 (22/02/06) International Endesa BV (21/02/13) Italease Finance Spa (10/03/2011) O. Hip. Cl. A K2 Corporation Tx. Vr. (15/02/2013) Koninklijke KPN NV 7.25% (12/4/2006) Lafarge 5.448% (04/12/2013) Lafarge 5.875% (6/11/2008) Lone Star Industr. Inc % (8/11/2004) Madison Avenue C. Ltd. (24/03/2014) O. Hip. Cl. A MBNA Europe Funding PLC 4.5% (23/01/2009) Metro AG Tv. (29/5/2006) MPS Capital Trust I Ob. Perp Munich RE Finance BV 6.75% (21/06/2023) NGG Finance PLC 5.25% (23/8/2006) NGG Finance PLC 6.125% (23/8/2011) OTE PLC OTE PLC 5% (5/8/2013) Pemex Proj.FDG Master Trust 7.75% (02/08/2007) Public Power Corp. 6.25% (08/11/2010) Renault S.A % (28/05/2010) Renault S.A % (26/06/2009) Repsol Intl.Finance 3.75% (23/02/2004) Repsol Intl.Finance 5% (22/07/2013) Sogerim 6.125% (20/04/2006) Standard Chartered Cap Trust Ob. Perp Stichting Eurostar CDO (10/03/2013) O.H Cl A Tafisa, S.A TDC AS 5.2% (28/01/2010) TDC AS 5.875% (24/04/2006) Telecom Italia SPA 5.625% (02/02/2007) Telecom Italia SPA 6.25% (01/02/2012) Telefonica Europe USD / % (14/02/2013) Telekom Finanzmanagement 5% (22/07/2013) UBB Divers. Pay. Rights Fin T (15/07/2009) Union Fenosa Finance 4.25% (02/11/2004) Union Fenosa Finance 5% (09/12/2010) Union Fenosa Finance 5.875% (26/06/2007) UPM Kymmene Corp 6.125% (23/01/2012) Volkswagen Int'l Fin 4.125% (22/5/2009) Zurich Finance (USA) 5.75% (2/10/2023) Papel comercial Brazcomp One Votorantrad Banco BPI Relatório e Contas 2003

183 Natureza e espécie dos títulos Quantidade Valor nominal Valor médio de aquisição Valor de cotação Valor de balanço Provisões euros m. euros Valores de rendimento variável emitidos por residentes Acções Alar Emp. Ibérica de Material Aeronautico, S.A Apis Soc. Ind. Parquetes Azarujense Banco Comercial Português Boavista Futebol Clube Brasopi Comércio de Vestuário Buciqueira SGPS Cap. Red. Em Caderno Verde Comunicação Caderno Verde Comunicação (C) Carmo & Braz Casa Hipólito, S.A Change SGPS, S.A Cimpor Cimentos de Portugal, S.A Companhia Águas da Fonte Santa de Monfortinho, S.A Companhia Aurifícia, S.A Companhia Aurifícia, S.A Companhia de Diamantes de Angola Companhia de Fiação e Tecidos de Fafe, S.A Companhia Portuguesa do Cobre Imobiliária, S.A Comundo Consórcio Mundial de Import.e Export., S.A Corticeira Amorim SGPS Cosec Empresa Cinematográfica S. Pedro Águeda Empresa O Comércio do Porto, S.A Esence Soc. Nac. Corticeira Nom Estamparia Império Emp.Industriais e Imobiliários, S.A Eurofil Ind. de Petróleos, Plástico e Filamentos, S.A Eurominas Electro Metalurgia, S.A Fábricas Vasco da Gama Ind. Transformadoras, S.A Fernando & Irmão, Lda Finantel, SGPS Fit Fomento e Industria do Tomate, S.A Foncar Org. Industrial Com. Textil, S.A Futebol Clube do Porto Gap Gestão Agro-Pecuária, SGPS, S.A GEIE Gestão de Espaços de Incub.Empres.S.A Gregório & Ca Impresa SGPS Incal Indústria e Comércio de Alimentação, S.A Intersis, S.A Investimento Directo Soc. Corretora, S.A J. Soares Correia Armazéns de Ferro, S.A Jotocar João Tomás Cardoso, S.A Lisnave Est. Navais Matur Sociedade de Empreend. Tur. da Madeira, S.A Matur Sociedade de Empreend. Tur. da Madeira, S.A Maxstor Metalurgia Casal, S.A Multitema Demonstrações financeiras consolidadas Notas 181

184 Valor nominal Valor médio de aquisição Valor de cotação Valor de balanço Natureza e espécie dos títulos Quantidade Provisões euros m. euros Valores de rendimento variável emitidos por residentes (cont.) Acções (cont.) Novabase, SGPS Nutroton Industrias da Avicultura Pema, S.A Pirites Alentejanas, S.A Porto de Cavaleiros, SGPS Portugal Telecom N Ricon Salvador Caetano, Ind. Maq. e Veic. de Transp., S.A Salvor Soc. Investimentos Hoteleiros, S.A Secca Construções Metálicas Ac. Ord. Em Secca Pref. s/ Voto Em Semapa Soc. Inv. Gestão SGPS Stock Split Senal Soc. Nacional de Promoção de Empresas, S.A SIC Soc. Independente de Comunicação Sociedade de Construções ERG Sociedade Industrial Aliança, S.A Somotel Soc. Portuguesa de Moteis, S.A Sonae SGPS Sopeal Soc. Promoção Educacional Alcacerense, S.A Sorefame Socs. Reunidas Fabricações Metálicas, S.A Sport Lisboa e Benfica (Pub.Geral) Star Turismo, S.A SVB, SGPS, S.A TECMIC Telecine Moro, S.A Terologos Tecnologias de Manutenção P Textil Lopes da Costa, S.A Turopa Operadores Turisticos, S.A TVTEL G.P Unicer União Cervejeira, S.A Whatevernet Xelb Cork Co. e Ind. Cortiça Unidades de participação Fundo BPI América Fundo Grupo BFE Imobiliário Outros valores Atlântis Pref. S/ Voto Dir. Inc. / Em Banco Comercial Português Dir. Inc. Em ª 11 Banco Espírito Santo Dir. Inc. Em Oliva Direitos de redução Cimpor Cim. Portugal SGPS Dir. Inc. Em 99 1 Fabricas Triunfo Dir. reduçao Em Soc. Construções Erg / 93 3 Somague SGPS Warrant (Obgs. 98) Sonae Industria SGPS D.I. / Em ª Banco BPI Relatório e Contas 2003

185 Natureza e espécie dos títulos Quantidade Valor nominal Valor médio de aquisição Valor de cotação Valor de balanço Provisões euros m. euros De rendimento variável emitidos por não residentes Acções Altitude Software BPI Strategies, LTD. Class B Cis Corporation European Investment Fund Growela Cabo Verde Liaoyang EFACEC Sofaris Unirisco Galicia Acções preferenciais / Perp. Anglo Irish Cap Funding 7.75% Pref. Perp BBVA Cap Fund. Cayman Pref. Perp. 6.35% BBVA International Ltd. Pref. Perp. 7% BCH Eurocapital Pref. B. 97 / 2049 Tx. Vr Central Hispano Euroc. Acç. Pref. S/ voto A Deutsche BK Cap Fund III Pref. Perp. 6.6% Erste Finance (Jersey) 6.625% Pref. Perp Intesa BCI TIER1 FRN Perp Unidades de participação Fundo BPI Europa (Luxemburgo) Scudder New Europe Fund Inc Títulos subordinados Axa 6.75% (15/12/2020) Banca Lombarda T.V. (10/12/2012) BNU PTE / 1998 Tx. Vr. (15/10/2008) Ob. Cx. Sub K2 Corporation Tx. Vr. Pref. Perp NBG Finance PLC Tx. Vr. (25/06/2012) Santander Central Hispano Iss 5.25% (21/9/2011) IMOBILIZAÇÕES FINANCEIRAS Partes de capital em empresas associadas Participações sujeitas ao regime transitório definido no Aviso do Banco de Portugal n.º 4 / 2002 Aquapor Serviços, S.A Auto-Estradas Atlantico II Conc.Serviços Auto-Estradas do Oeste Conc. Rodov Banco Comercial e de Investimentos Caravela Gest, SGPS, S.A Companhia de Seguros Allianz Portugal, S.A Cosec Companhia de Seguros de Crédito, S.A F. Turismo Capital de Risco, S.A Finangeste Empresa Financeira de Gestão e Desenvolvimento, S.A Sociedade Imobiliária Urbanização do Parque, S.A Telemanutenção Assistência Remota e Computadores, S.A Vera Cruz Exportação Indústria e Comércio, S.A Viacer Sociedade Gestora de Participações Sociais, Lda Demonstrações financeiras consolidadas Notas 183

186 Natureza e espécie dos títulos Quantidade Valor nominal Valor médio de aquisição Valor de cotação Valor de balanço Provisões euros m. euros Partes de capital em empresas associadas (cont.) Participações não sujeitas ao regime transitório definido no Aviso do Banco de Portugal n.º 4 / 2002 Auto-Estradas Atlantico II Conc. Serviços Auto-Estradas do Oeste Concessões Rodoviárias Sociedade Imobiliária Urbanização do Parque, S.A Partes de capital em empresas filiais excluídas da consolidação Participações sujeitas ao regime transitório definido no Aviso do Banco de Portugal n.º 4 / 2002 BPI, Inc BPI Pensões Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A BPI Strategies Ltd BPI Vida Companhia de Seguros de Vida, S.A Promática Sociedade Informação e de Organização de Empresas, S.A Simofer Sociedade de Empreendimentos Imobiliários e Construção Civil, Lda Outras participações financeiras Participações sujeitas ao regime transitório definido no Aviso do Banco de Portugal n.º 4 / 2002 No país em instituições de crédito Lisgarante Soc. de Garantia Mútua Norgarante Soc. de Garantia Mútua SPGM Sociedade de Investimentos, S.A. N No país em outras empresas Alberto Gaspar, S.A Ambelis Agência p/ Modernização Economica de Lisboa, S.A Apor Agência p/ Modernização do Porto Cl. B Arco Bodegas Unidas Cofina SGPS Coimbravita Agência Desenvolvimento Regional Conduril Construtora Duriense, S.A Digitmarket Sistemas de Informação, S.A EIA Ensino, Investigação e Administração, S.A FIEP Fundo para a Internacionalização das Empresas Portuguesas SGPS, S.A Gestinsua Aq. Al. Patrimonio Ibersol SGPS, S.A Impresa SGPS International Factors Group Margueira Sociedade Gestora de Fundos Investimento Imobiliário, S.A Mimalha, S.A NET Novas Empresas e Tecnologias, S.A Pararede SGPS, S.A PME Capital Sociedade Portuguesa de Capital de Risco, S.A PME Investimentos Sociedade de Investimentos S.A Portugal Telecom, S.A Primus Prom. e Desenvolvimento Regional, S.A Sanjimo Sociedade Imobiliária SIBS Sociedade Interbancária de Serviços, S.A SIC Sociedade Independente de Comunicação, S.A Soc. Portuguesa de Inovação, Consultoria Empresarial e Fomento da Inovação, S.A Sodera Investimentos e Projectos Banco BPI Relatório e Contas 2003

187 Valor nominal Valor médio de aquisição Natureza e espécie dos títulos Quantidade euros Outras participações financeiras (cont.) Participações sujeitas ao regime transitório definido no Aviso do Banco de Portugal n.º 4 / 2002 (cont.) No país em instituições de crédito (cont.) Valor de cotação Valor de balanço m. euros Provisões Soset Sociedade Desenvolvimento Regional Peninsula Setúbal, S.A Spidouro Soc. Promoção e Investimento Douro e Tras-os-Montes SUBLOC Locação de submarinos, S.A Tagusparque Soc. de Promoção e Desenvolvimento do Parque, S.A Unicre Cartão Internacional de Crédito VAA Vista Alegre Atlantis SGPS (Fusão) VAA Vista Alegre Atlantis SGPS (St. Split.) ViaLitoral Conc. Rodoviária da Madeira No estrangeiro em outras empresas CLD Credit Logement Developpment Club Financiero Vigo Empresa Interbancaria de Serviços InterBancos Nasdaq Europe SA/VN Swift Society for Worldwide Inf. Dev Tharwa Finance (dirhams) Participações não sujeitas ao regime transitório definido no Aviso do Banco de Portugal n.º 4 / 2002 No país em outras empresas Cofina SGPS Em (Conv. War.) Garval Sociedade de Garantia Mutua IES SGPS Margueira Sociedade Gestora de Fundos Investimento Imobiliário, S.A NET Novas Empresas e Tecnologias, S.A Pararede SGPS Cap. Red. Em Plastrade SDEM Soc. de Desenvolvimento Empr. Madeira, SGPS SIC Soc. Independente de Comunicação VAA Vista Alegre Atlantis Fusão No estrangeiro em outras empresas Euronext Swift Society for Worldwide Inf. Dev Outras imobilizações financeiras Cauções 363 Empréstimos subordinados 128 Prestações suplementares de capital: Plastrade 154 Contratos de suprimento: Auto Estradas do Oeste, S.A. 11 Caderno Verde Caravela Gest SGPS Digitmarket 879 Empresa Interbancária de Serviços 48 GEIE GESTÃO DE ESPAÇOS DE INCB Intersis Maxstor Suportes e Matrizes Informáticos, S.A Demonstrações financeiras consolidadas Notas 185

188 Natureza e espécie dos títulos Quantidade Valor nominal Valor médio de aquisição Valor de cotação Valor de balanço Provisões euros m. euros Outras imobilizações financeiras (cont.) Contratos de suprimento: Multitema Propaço Imobiliária de Paço d' Arcos Sociedade Imobiliária Urbanização do Parque, S.A. 136 SVB SGPS, S.A ViaLitoral Conc. Rodoviária da Madeira Outros Imobilizações sujeitas ao regime transitório definido no Aviso do Banco de Portugal n.º 4 / 2002 Amsco African Management Services Com Associação para Escola Gestão do Porto / Citeve Cent. Tec. Ind. Tex. Vest. Portugal Frie Inter-Risco Frie PME Capital Frie PME Capital Retex Fun. Cap. Risco P/ Inv. Qual API CAPITAL II Fun. Cap. Risco Invest. Qual PME Inv Fun. Cap. Risco P/ Invest. Qual PME Inv Fundo Inv. Capital de Risco F. Turismo Fundo Inv. Imobiliário Margueira Cap Parque Industrial da Matola MZM Parque Industrial da Matola PTE Imobilizações não sujeitas ao regime transitório definido no Aviso do Banco de Portugal n.º 4 / 2002 Fundo Caravela Fundo Inv. Capital de Risco F. Turismo Fundo Inv. Imobiliário Margueira Cap Propaço Soc. Imob. De Paço D' Arcos Banco BPI Relatório e Contas 2003

189 Em 31 de Dezembro de 2003, os valores de balanço e os valores de mercado (ou valores atribuíveis, se aqueles não existirem) das participações financeiras detidas pelo Grupo BPI são: Valor bruto 2 Valor de balanço Mais-valia suspensa 3 Provisão Valor líquido Valor de Valor mercado 4 atribuível 5 Mais (menos) valia latente Partes de capital em associadas Aquapor-Serviços,S.A (5 385) Auto-Estradas Oeste (3 178) Auto-Estradas Atlantico II Conc. Serviços Caravela Gest, SGPS, S.A (89) Sociedade Imobiliária Urbanização do Parque, S.A Telemanutenção Assistência Remota e Computadores, S.A Vera Cruz Exportação Indústria e Comércio, S.A Viacer Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A Outras participações financeiras Alberto Gaspar, S.A Ambelis Agência p/ Modernização Economica de Lisboa, S.A (13) Apor Agência p/ Modernização do Porto Arco Bodegas Unidas,S.A (1 102) Associação NASDAQ (4) CLD Credit Logement Developpment Club Financiero Vigo (12) Cofina, SGPS, S.A (1 682) Coimbravita Agência Desenvolvimento Regional Conduril Construtora Duriense, S.A Digitmarket Sistemas de Informação, S.A. 742 (22) (14) EIA Ensino, Investigação e Administração, S.A (32) Empresa Interbancária de Serviços Euronext FIEP Fundo para a Internacionalização das Empresas Portuguesas SGPS, S.A Garval Sociedade de Garantia Mutua Gestinsua Aq.Al.Patrimonio 2 2 Ibersol,SGPS,S.A (767) IES Indústria,Engenharia e Serviços, SGPS, S.A (528) Impresa Sociedade Gestora de Participações Sociais,S.A (27 126) International Factors Group 1 1 (1) Lisgarante Margueira Sociedade Gestora de Fundos Investimento Imobiliário, S.A Mimalha, S.A NET Novas Empresas e Tecnologias, S.A Norgarante ParaRede,SGPS,S.A (2 302) Plastrade Comércio Internacional Plásticos, S.A PME Capital Sociedade Portuguesa de Capital de Risco, S.A PME Investimentos Sociedade de Investimentos S.A Portugal Telecom,S.A (61 434) Primus Prom. e Desenvolvimento Regional, S.A Sanjimo Sociedade Imobiliária 8 8 SDEM Sociedade de Desenvolvimento de Empresas da Madeira, SGPS SIBS Sociedade Interbancária de Serviços, S.A SIC Sociedade Independente de Comunicação,S.A (27 543) Soc. Portuguesa de Inovação, Consultoria Empresarial e Fomento da Inovação, S.A (4) Sodera Sociedade de Desenvolvimento Regional do Alentejo, S.A Soset Sociedade de Desenvolvimento Regional Peninsula Setubal, S.A SPGM Sociedade de Investimentos Spidouro Sociedade Promoção e Investimento Douro e Tras-os-Montes SUBLOC Locação de submarinos, S.A (7) Swift Society for Worldwide Inf. Dev Tagusparque Sociedade de Promoção e Desenvolvimento do Parque, S.A Tharwa Finance Unicre Cartão Internacional de Crédito VAA Vista Alegre Atlantis,SGPS,S.A. (Fusão) (776) (4 266) VAA Vista Alegre Atlantis,SGPS,S.A (1 049) ViaLitoral Conc. Rodoviária da Madeira (94 093) ) A participação na Viacer Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. é incluída no perímetro de consolidação do Grupo BPI. 2) O valor bruto de balanço corresponde ao valor de aquisição ou, no caso de participações reavaliadas pelo método da equivalência patrimonial, ao valor da participação do BPI nos capitais próprios. 3) A mais valia suspensa é dedutível ao valor de balanço por o seu reconhecimento como resultado do período se encontrar suspenso. 4) O valor de mercado é determinado pela média de cotações diárias dos últimos seis meses completos. 5) Excepto quanto à Viacer Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. e à SIC Sociedade Independente de Comunicação, S.A., o valor atribuível é determinado pelo produto da parte correspondente à situação líquida da sociedade participada pelo factor 1.5. No caso da Viacer, o valor atribuível corresponde a avaliação do BPI; no caso da SIC, o valor atribuível depende do valor de mercado da Impresa e corresponde à percentagem do valor da SIC considerada no valor da Impresa, de acordo com avaliação do BPI. Demonstrações financeiras consolidadas Notas 187

190 4. NOTAS 4.1. Caixa e disponibilidades em bancos centrais Esta rubrica tem a seguinte composição: 4.3. Outros créditos sobre instituições de crédito Esta rubrica tem a seguinte composição: Caixa Depósitos à ordem no Banco de Portugal Depósitos à ordem em bancos centrais estrangeiros A rubrica DEPÓSITOS À ORDEM NO BANCO DE PORTUGAL inclui os depósitos constituídos para satisfazer as exigências do Sistema de Reservas Mínimas do Sistema Europeu de Bancos Centrais (SEBC). Estes depósitos são remunerados e correspondem a 2% dos depósitos e títulos de dívida com prazo até 2 anos, excluindo destes os depósitos e os títulos de dívida de instituições sujeitas ao regime de reservas mínimas do SEBC Disponibilidades à vista sobre instituições de crédito Esta rubrica tem a seguinte composição: Disponibilidades sobre instituições de crédito no País Depósitos à ordem Cheques a cobrar Outras disponibilidades Disponibilidades sobre instituições de crédito no estrangeiro Depósitos à ordem Cheques a cobrar Outras disponibilidades Aplicações em bancos centrais No Banco de Portugal Títulos de depósito Outros Aplicações em outras instituições monetárias Mercado monetário interbancário Outros Aplicações em outras instituições de crédito No país No estrangeiro Crédito e juros vencidos Provisões para crédito vencido (82 922) (99 790) Provisões para risco país (20) (28) (82 942) (99 818) Os títulos de depósito representam depósitos constituídos junto do Banco de Portugal sob forma escritural que foram subscritos, em montantes fixados pelo Banco Central, no âmbito da alteração do regime de constituição das disponibilidades mínimas de caixa entrado em vigor em 1 de Novembro de Em 31 de Dezembro de 2003 e 2002, estes títulos venciam juros às taxas de 2.05% e 3.28%, respectivamente. O saldo da rubrica CHEQUES A COBRAR SOBRE INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO NO PAÍS corresponde a cheques sacados por terceiros sobre outras instituições monetárias residentes, os quais, em geral, não permanecem nesta conta por mais de um dia útil. A rubrica CRÉDITO E JUROS VENCIDOS respeita a créditos sobre um Banco Central. O movimento ocorrido nas provisões durante os exercícios de 2003 e 2002 é apresentado na nota Em 31 de Dezembro de 2003 e 2002, esta rubrica apresenta a seguinte estrutura, de acordo com os prazos residuais de vencimento: Até 3 meses De 3 meses a 1 ano De 1 a 5 anos Superior a 5 anos Indeterminado Nota: não inclui crédito e juros vencidos. 188 Banco BPI Relatório e Contas 2003

191 4.4. Créditos sobre Clientes Esta rubrica tem a seguinte composição: O movimento ocorrido nas provisões durante os exercícios de 2003 e 2002 é apresentado na nota Crédito a curto prazo Interno Desconto Créditos titulados por efeitos Créditos em conta corrente Descobertos em depósitos à ordem Créditos tomados factoring Outros créditos Ao exterior Crédito a médio e longo prazos Interno Desconto Empréstimos Imobiliário Outros Créditos titulados por efeitos Créditos em conta corrente Outros créditos Ao exterior Locação financeira mobiliária Locação financeira imobiliária Empréstimos subordinados Aplicações de recursos consignados Crédito e juros vencidos Provisões para crédito de cobrança duvidosa (25 586) (21 383) Provisões para crédito vencido ( ) ( ) Provisões para risco país (750) (1 142) ( ) ( ) Em 31 de Dezembro de 2003 e 2002, esta rubrica apresenta a seguinte estrutura, de acordo com os prazos residuais de vencimento: Até 3 meses De 3 meses a 1 ano De 1 a 5 anos Superior a 5 anos Indeterminado Nota: não inclui crédito e juros vencidos. Demonstrações financeiras consolidadas Notas 189

192 4.5. Obrigações e outros títulos de rendimento fixo Esta rubrica tem a seguinte composição: Valor de balanço Valor de mercado A. Emissores públicos Títulos cotados De negociação Obrigações de emissores públicos nacionais Taxa fixa Obrigações de emissores públicos estrangeiros De investimento Obrigações de emissores públicos nacionais Taxa fixa Taxa variável Obrigações de emissores públicos estrangeiros Provisões para depreciação de títulos (2) B. Outros emissores Títulos cotados De negociação Obrigações de organismos financeiros internacionais Obrigações de outros emissores estrangeiros De investimento Obrigações de outros emissores nacionais Obrigações de organismos financeiros internacionais Obrigações de outros emissores estrangeiros Títulos subordinados Provisões para depreciação de títulos (3 104) (4 836) Títulos não cotados De negociação Obrigações de outros emissores estrangeiros 574 De investimento Obrigações de outros emissores nacionais Obrigações de organismos financeiros internacionais Obrigações de outros emissores estrangeiros Provisões para depreciação de títulos (346) Provisões para risco país (409) Títulos e juros vencidos Provisões para títulos e juros vencidos (195) (341) Em 31 de Dezembro de 2003 e 2002, a rubrica OBRIGAÇÕES DE OUTROS EMISSORES NACIONAIS NÃO COTADAS, da carteira de investimento, inclui m. euros e m. euros, respectivamente, relativos a papel comercial. Em 31 de Dezembro de 2003 e 2002, a rubrica OBRIGAÇÕES DE OUTROS EMISSORES ESTRANGEIROS NÃO COTADAS, da carteira de investimento, inclui m. euros e m. euros, respectivamente, relativos a papel comercial. O movimento ocorrido nas provisões durante os exercícios de 2003 e 2002 é apresentado na nota Banco BPI Relatório e Contas 2003

193 4.6. Acções e outros títulos de rendimento variável Esta rubrica tem a seguinte composição: Valor de balanço Valor de mercado Títulos cotados De negociação Acções Unidades de participação Flutuação de valores Provisões para depreciação de títulos (4) De investimento Acções Acções preferenciais Outras unidades de participação Provisões para depreciação de títulos (1 143) (3 728) Títulos não cotados De negociação Acções De investimento Acções Unidades de participação em FRIEs Outras unidades de participação Provisões para depreciação de títulos (63 726) (71 278) O movimento ocorrido nas provisões durante os exercícios de 2003 e 2002 é apresentado na nota Em 31 de Dezembro de 2003, as unidades de participação em FRIEs estão registadas na carteira de outras imobilizações financeiras (nota 4.12) Partes de capital em empresas associadas As partes de capital em empresas associadas correspondem a: Participação efectiva (%) Valor de balanço (líq.) Aquapor Serviços, S.A Auto-Estradas do Oeste S.A Auto-Estradas do Atlântico II, S.A Banc Post S.A Banco Comercial e de Investimentos, S.A.R.L Caravela Gest, SGPS, S.A Companhia de Seguros Allianz Portugal, S.A Cosec Companhia de Seguros de Crédito, S.A F. Turismo Capital de Risco, S.A Finangeste Empresa Financeira de Gestão e Desenvolvimento, S.A Sociedade Imobiliária Urbanização do Parque, S.A Telemanutenção Assistência Remota a Computadores, S.A Vera Cruz Exportação Indústria e Comércio, S.A Viacer Sociedade Gestora de Participações Sociais, Lda Nota: O valor de balanço das empresas associadas integradas no Grupo BPI (nota 1) corresponde à reavaliação da participação pelo método de equivalência patrimonial. 1) Esta participação não é incluída no perimetro de consolidação por o Grupo BPI dispôr de uma opção de venda. 2) Esta participação não é incluída no perimetro de consolidação por se encontrarem em perspectiva transacções sobre o capital social desta empresa no âmbito das quais a participação do Grupo BPI deverá ficar abaixo dos 20%. 3) Esta participação foi vendida durante o exercício de ) Esta participação está integralmente provisionada. Demonstrações financeiras consolidadas Notas 191

194 O movimento ocorrido nas provisões durante os exercícios de 2003 e 2002 é apresentado na nota Em 31 de Dezembro de 2003, os saldos respeitantes a operações com as empresas associadas integradas no Grupo BPI são os seguintes: Crédito concedido Devedores 379 Depósitos Credores 92 Garantias prestadas Partes de capital em empresas filiais excluídas da consolidação As partes de capital em empresas filiais excluídas da consolidação correspondem a: Participação efectiva (%) Valor de balanço (líq.) BPI, Inc BPI Locação de Equipamentos, Lda BPI Pensões Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A BPI Rent Comércio e Aluguer de Bens, Lda BPI Strategies, Ltd BPI Vida Companhia de Seguros de Vida, S.A Douro Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A Eurolocação Comércio e Aluguer de Veículos e Equipamento, S.A Promática Sociedade de Informação e de Organização de Empresas, S.A Simofer Sociedade de Empreendimentos Imobiliários e Construção Civil, Lda Nota: O valor de balanço das empresas filiais integradas no Grupo BPI (nota 1) corresponde à reavaliação da participação pelo método de equivalência patrimonial. 1) Em 31 de Dezembro de 2003 esta participação passou a ser consolidada pelo método de integração global. 2) Em 30 de Junho de 2003 esta participação passou a ser consolidada pelo método de integração global. 3) O valor desta participação para efeitos de consolidação é nulo, estando constituída uma provisão (na rubrica PROVISÕES PARA RISCOS E ENCARGOS) para fazer face aos prejuízos acumulados pela empresa. Em 31 de Dezembro de 2003, os saldos respeitantes a operações realizadas por empresas do Grupo BPI com as suas filiais não consolidadas pelo método de integração global são os seguintes: Crédito concedido Depósitos Credores 21 Garantias prestadas Outras participações financeiras Esta rubrica tem a seguinte composição: Títulos cotados Acções Títulos não cotados Acções Provisões para depreciação de participações (61 492) (23 872) Banco BPI Relatório e Contas 2003

195 O movimento ocorrido nas provisões durante os exercícios de 2003 e 2002 é apresentado na nota Em 31 de Dezembro de 2003 e 2002, o saldo desta rubrica corresponde a: Participação efectiva (%) Valor de balanço (líq.) Arco Bodegas Unidas B.A. Fábrica de Vidros Barbosa & Almeida, S.A Cofina, SGPS, S.A Conduril Construtora Duriense, S.A Euronext FIEP Fundo para a Internacionalização das Emp. Portuguesas SGPS, S.A Ibersol SGPS, S.A IES Indústria, Engenharia e Serviços, SGPS, S.A Impresa Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A Pararede SGPS, S.A PME Capital Sociedade Portuguesa de Capital de Risco, S.A PME Investimentos Sociedade de Investimentos, S.A Portugal Telecom, S.A SIBS Sociedade Interbancária de Serviços, S.A SIC Sociedade Independente de Comunicação, S.A S.P.G.M. Sociedade de Investimentos, S.A Tagusparque, S.A Unicre Cartão Internacional de Crédito, S.A VAA Vista Alegre Atlantis, SGPS, S.A ViaLitoral Concessão Rodoviária da Madeira SDEM Sociedade de Desenvolvimento de Empresas da Madeira, SGPS Outras Nota: O quadro individualiza as participações financeiras de montante global superior a 500 mil euros (líquidas de provisões). 1) Participação alienada no segundo semestre de 2003, na sequência do lançamento de uma oferta pública geral de aquisição. 2) Em 31 de Dezembro de 2002 esta participação estava registada na rubrica OUTRAS IMOBILIZAÇÕES FINANCEIRAS. 3) Em 2003, o Banco BPI adquiriu uma participação adicional de 15% do capital social da SIC. O Banco dispõe de autorização temporária para manutenção desta participação ao custo de aquisição, líquido de provisões. Em 31 de Dezembro de 2003, o Grupo BPI detém ainda uma participação de 6.4% registada na carteira de investimento. Demonstrações financeiras consolidadas Notas 193

196 4.10. Imobilizações incorpóreas Esta rubrica tem a seguinte composição: Saldo em Aquisições Valor bruto Abates Transferências e outros Saldo em Trespasse 578 (97) 481 Despesas de estabelecimento (9) (712) Custos plurienais (92) Despesas de investigação e desenvolvimento Sistemas de tratamento automático de dados (84) Outras imobilizações (2) (95) Imobilizações em curso (1 806) (95) (1 277) Imobilizações corpóreas Esta rubrica tem a seguinte composição: Saldo em Aquisições Valor bruto Alienações e abates Transferências e outros Saldo em Imóveis em uso Imóveis de serviço próprio Outros imóveis (1 485) Obras em imóveis arrendados (7) Imóveis em curso Imóveis de serviço próprio (3 522) Outros imóveis Obras em imóveis arrendados (3 670) (1 492) Equipamento Mobiliário e material (1 050) Máquinas e ferramentas (2 493) (209) Equipamento informático (2 224) Instalações interiores (41) Material de transporte (2 923) (8 249) Equipamento de segurança (44) Outro equipamento (1) (1 118) (8 776) Outras imobilizações Património artístico (18) Outras imobilizações em locação financeira Imobilizado em locação operacional Outras (4) (22) Imobilizações em curso Equipamento (13 470) Outras imobilizações (69) 97 Adiantamentos por conta de imobilizações (23 558) (37 097) (10 290) (12 247) Banco BPI Relatório e Contas 2003

197 Amortizações Valor líquido Saldo em Amortizações do exercício Alienações e abates Transferências e outros Saldo em Saldo em Saldo em (9) (462) (21) (84) (2) (27) (448) (448) Amortizações Valor líquido Saldo em Amortizações do exercício Alienações e abates Transferências e outros Saldo em Saldo em Saldo em (595) (493) (6) (499) (1 008) (2 487) (78) (1 995) (205) (39) (2 491) (201) (40) (21) (1) (8 061) (258) (2) (4) (4) (8 564) Demonstrações financeiras consolidadas Notas 195

198 4.12. Outros activos Esta rubrica tem a seguinte composição: Contas de regularização (activo) Esta rubrica tem a seguinte composição: Ouro, metais preciosos e numismática Outras disponibilidades Devedores Bonificações a receber Adiantamentos BPI Taxa Garantida Cessão de créditos à Finangeste Impostos a recuperar Outros Aplicações por recuperação de créditos Imóveis Outros Devedores por operações com futuros e opções Outras aplicações Outras imobilizações financeiras Provisões para devedores de cobrança duvidosa (19) (55) Provisões para aplicações por recuperação de créditos (5 490) (7 238) Provisões para depreciação de outras imobilizações financeiras (9 565) (6 646) (15 074) (13 939) O detalhe do saldo da rubrica OUTRAS IMOBILIZAÇÕES FINANCEIRAS em 31 de Dezembro de 2003 é apresentado na nota 3.3. O movimento ocorrido nas provisões durante os exercícios de 2003 e 2002 é apresentado na nota Proveitos a receber De aplicações em instituições de crédito De crédito De títulos De operações cambiais, de taxas de juro e sobre cotações (swaps) Reavaliação das obrigações Capital Seguro e Risco Limitado Outros Despesas com custo diferido De responsabilidades representadas por títulos De campanhas de publicidade De contribuições para fundos de pensões De prémios de opções associadas às operações Capital Seguro De operações de swap De outras operações extrapatrimoniais 2 37 Outras Flutuação de valores Fundos de pensões Outras Outras contas de regularização Dividendos antecipados relativos a acções preferenciais Operações sobre valores mobiliários a regularizar Operações activas a regularizar Reavaliação de opções compradas associadas às operações Capital Seguro Outras Em 31 de Dezembro de 2003 e 2002, o saldo das despesas com custo diferido / campanhas de publicidade resulta de: Saldo no início do exercício Despesas efectuadas no exercício Imputação a custos efectuada no exercício (9 767) (12 885) Alteração no método de consolidação do Banco de Fomento Moçambique (5) Saldo no fim do exercício Banco BPI Relatório e Contas 2003

199 Em 31 de Dezembro de 2003 e 2002, o saldo das despesas com custo diferido / contribuições para fundos de pensões inclui os seguintes saldos (nota 4.20): 2003 Em 31 de Dezembro de 2003 e 2002, o saldo da rubrica 2002 Acréscimo de responsabilidades por reformas antecipadas Perdas resultantes de diferenças entre os pressupostos actuariais e os valores efectivamente realizados Perdas resultantes de alterações nos pressupostos actuariais Excesso de cobertura dos fundos de pensões ) Valores relativos à BPI Fundos. 2) Decorrentes da atribuição de um plano de pensões complementares a um grupo de quadros directivos. FLUTUAÇÃO DE VALORES / FUNDOS DE PENSÕES corresponde a perdas actuariais acumuladas relativas à cobertura das responsabilidades por pensões de reforma e sobrevivência, resultantes de diferenças entre os pressupostos actuariais e financeiros e os valores efectivamente realizados (pelo montante enquadrável no corredor ), nos termos do Aviso do Banco de Portugal n.º 12 / 2001 de 23 de Novembro. Em 2003, os ganhos actuariais provocaram uma diminuição do saldo desta rubrica, dando origem a um excesso de cobertura nos fundos de pensões no montante de m. euros. Em 31 de Dezembro de 2003 e 2002, a rubrica OPERAÇÕES SOBRE VALORES MOBILIÁRIOS A REGULARIZAR corresponde ao valor líquido das operações sobre valores mobiliários registadas entre a data de execução das operações e a data prevista nos regulamentos para a respectiva liquidação financeira (nota 4.18). Em 31 de Dezembro de 2003 e 2002, a rubrica OPERAÇÕES ACTIVAS A REGULARIZAR inclui m. euros relativos a impostos em contencioso pagos ao abrigo do Decreto-Lei n.º 248-A / 02, de 14 de Novembro Débitos para com instituições de crédito Esta rubrica tem a seguinte composição: 2003 Em 31 de Dezembro de 2003 e 2002, o saldo dos recursos de outras instituições de crédito no estrangeiro inclui, respectivamente, m. euros e m. euros de fundos captados pelas sucursais financeiras exteriores do Banco BPI À vista No País No estrangeiro A prazo ou com pré-aviso Recursos do Banco de Portugal Depósitos a prazo Operações de venda com acordo de recompra Recursos de outras instituições monetárias Mercado monetário interbancário Depósitos a prazo ou com pré-aviso Outros Recursos de outras instituições de crédito No País Depósitos a prazo ou com pré-aviso Outros No estrangeiro Organismos financeiros internacionais Depósitos a prazo ou com pré-aviso Margens para cobertura de derivados Outros Vendas a descoberto Os débitos para com instituições de crédito a prazo ou com préaviso apresentam a seguinte estrutura, de acordo com os prazos residuais de vencimento: Até 3 meses De 3 meses a 1 ano De 1 a 5 anos Superior a 5 anos Indeterminado Demonstrações financeiras consolidadas Notas 197

200 4.15. Débitos para com Clientes Esta rubrica tem a seguinte composição: Débitos representados por títulos Esta rubrica tem a seguinte composição: Depósitos de poupança Outros débitos À vista A prazo Depósitos Empréstimos Outros recursos Cheques e ordens a pagar Recursos por operações sobre futuros e opções Outros Em 31 de Dezembro de 2003 e 2002, a rubrica DÉBITOS PARA COM CLIENTES inclui, respectivamente, m. euros e m. euros de depósitos de Fundos de Investimento geridos pelo Grupo BPI bem como de depósitos da BPI Vida (sociedade que processa os seguros de capitalização vendidos pelo Grupo BPI). Em 31 de Dezembro de 2003, a rubrica OUTROS RECURSOS A PRAZO outros inclui m. euros relativos a contas caução provenientes da BPI Rent cujas demonstrações financeiras passaram a ser consolidadas pelo método de integração global em Junho de Os DÉBITOS PARA COM CLIENTES A PRAZO (incluindo depósitos de poupança) apresentam a seguinte estrutura, de acordo com os prazos residuais de vencimento: Até 3 meses De 3 meses a 1 ano De 1 a 5 anos Superior a 5 anos Indeterminado Obrigações em circulação Obrigações de caixa de taxa fixa BBPI Cayman 16/06/ % BBPI Cayman 08/03/ % BBPI Cayman Rendimento Cresc. USD BBPI Cayman USD 28/05/ % BBPI Rendimento Crescente EUR BBPI Rendimento Crescente USD BBPI Rendimento Fixo 2 Anos 4.00% BBPI Rendimento Fixo 2 Anos 4.10% BBPI Rendimento Fixo 3 Anos 2.15% BBPI Rendimento Fixo 3 Anos 2.35% BBPI Rendimento Fixo 3 Anos 2.55% BBPI Rendimento Fixo 3 Anos 2.65% BBPI Rendimento Fixo 3 Anos 2.70% BBPI Rendimento Fixo 3 Anos 2.80% BBPI Rendimento Fixo 3 Anos 2.90% BBPI Rendimento Fixo 3 Anos 3.00% BBPI Rendimento Fixo 3 Anos 3.10% BBPI Rendimento Fixo 3 Anos 3.25% BBPI Rendimento Fixo 3 Anos 3.40% BBPI Rendimento Fixo 3 Anos 3.50% BBPI Rendimento Fixo 3 Anos 3.60% BBPI Rendimento Fixo 3 Anos 3.75% BBPI Rendimento Fixo 3 Anos 3.85% BBPI Rendimento Fixo 3 Anos 4.00% BBPI Rendimento Fixo 3 Anos 4.10% BBPI Rendimento Fixo 3 Anos 4.20% BBPI Rendimento Fixo 3 Anos 4.25% BBPI Rendimento Fixo 3 Anos 4.40% BBPI Rendimento Fixo 3 Anos 4.65% BBPI Rendimento Fixo 5 Anos 3.50% BBPI Rendimento Fixo 5 Anos 4.10% BBPI Rendimento Fixo 5 Anos 4.28% BBPI Rendimento Fixo 5 Anos 4.40% BBPI Rendimento Fixo 5 Anos 4.50% BBPI Rendimento Fixo 7 Anos 4.04% BBPI Rendimento Fixo Crescente BPI 95 / Cupão Zero BPI 96 1.ª Emissão / Cupão Zero BPI 97 1.ª Emissão / Cupão Zero Obrigações de caixa de taxa variável BBPI Cayman 01/03/ BBPI Cayman 03/05/ BBPI Cayman 06/06/ BBPI Cayman 09/02/ BBPI Cayman 15/12/ BBPI Cayman 18/03/ BBPI Cayman 26/02/ BBPI Cayman 28/07/ Banco BPI Relatório e Contas 2003

201 Obrigações de caixa de taxa variável (cont.) BBPI Cayman USD 20/10/ BBPI Cayman CZK 15/09/ BBPI Cayman EMT 15/11/ BBPI Cayman EMT 30/05/ BBPI Cayman HKD 10/09/ BBPI Rendimento Variavel 3 Anos Obrigações de caixa de rendimento variável 1 BBPI Capital Seguro Euribor Crescente BBPI Capital Seguro Triple Chance BBPI Capital Seguro Euribor 6% 12/03/ BBPI Capital Seguro 10 Uncommon Values USD / BBPI Capital Seguro American Call / BBPI Capital Seguro American Call II / BBPI Capital Seguro American Call III / BBPI Capital Seguro Biotecnologia USD / BBPI Capital Seguro Brasil / BBPI Capital Seguro Cinco Mais BBPI Capital Seguro Comunicações Móveis EUR / BBPI Capital Seguro Comunicações Móveis EUR / ª Emissão BBPI Capital Seguro Comunicações Móveis EUR / ª Emissão BBPI Capital Seguro Comunicações Móveis EUR / ª Emissão BBPI Capital Seguro Comunicações Móveis USD / BBPI Capital Seguro Directo BBPI Capital Seguro Euro BBPI BBPI Capital Seguro Euro Best Of BBPI Capital Seguro Euro Imobiliário BBPI Capital Seguro Euro Stoxx 50 / BBPI Capital Seguro Euro Stoxx 50 / BBPI Capital Seguro Euro Stoxx 50 / BBPI Capital Seguro Euro Stoxx BBPI Capital Seguro Euro Stoxx BBPI Capital Seguro Grandes Marcas BBPI Capital Seguro Grandes Marcas II BBPI Capital Seguro Healthcare BBPI Capital Seguro Healthcare ª emissão BBPI Capital Seguro Imobiliário BBPI Capital Seguro Índices Mundiais BBPI Capital Seguro Inflação Plus BBPI Capital Seguro Inflação Zona Euro 10 anos BBPI Capital Seguro Internet Euro / BBPI Capital Seguro Internet Euro / 99 2.ª Emissão BBPI Capital Seguro Internet USD / BBPI Capital Seguro Libor Digital EUR BBPI Capital Seguro Multinacionais / BBPI Capital Seguro Portugal / BBPI Capital Seguro PTNC BBPI Capital Seguro Quattro BBPI Capital Seguro Rendimento Euribor 5.75% Obrigações de caixa de rendimento variável (cont.) 1 BBPI Capital Seguro Rendimento Máximo 25% BBPI Capital Seguro Rendimento Máximo 27.5% BBPI Capital Seguro Rendimento Máximo 27.5% BBPI Capital Seguro Rendimento Máximo 5% BBPI Capital Seguro Reverse Euribor BBPI Capital Seguro Reverse Euribor BBPI Capital Seguro Reverse Libor CHF BBPI Capital Seguro Reverse Libor USD I BBPI Capital Seguro Reverse Libor USD II BBPI Capital Seguro Reverse Libor USD III BBPI Capital Seguro Selecção Europa ª emissão BBPI Capital Seguro Selecção Europa ª emissão BBPI Capital Seguro Zona Euro BBPI Capital Seguro Zona Euro BBPI Capital Seguro Zona Euro ª Emissão BBPI Capital Seguro Zona Euro BBPI Capital Seguro Zona Euro ª emissão BBPI Capital Seguro Zona Euro BBPI Cayman EMT 08/08/2008 Index Link BBPI Cayman EMT 15/11/2005 Index Link BBPI Cayman EMT 18/10/2006 Index Link BBPI Cayman EMT 26/06/2008 Index Link BBPI Cayman EMT 28/11/2008 Inf Link BBPI Cayman Global Brands BBPI Cayman Global Brands II BBPI Risco Limitado 10 Uncommon Values USD / BBPI Risco Limitado 80 Cabaz Indices BBPI Risco Limitado 90 Cabaz Indices BBPI Risco Limitado Biotecnologia USD / BBPI Risco Limitado Comunicações Móveis USD / BBPI Risco Limitado Euro PT ª emissão BBPI Risco Limitado Euro Stoxx BBPI Risco Limitado Euro Telefonica BBPI Risco Limitado Portugal Telecom BBPI Risco Limitado Portugal Telecom BBPI Risco Limitado Portuguese Basket BBPI Risco Limitado PT BBPI Risco Limitado Tecnologia BFB Capital Seguro Europa-100 / BFB Capital Seguro França / BFB Capital Seguro Itália / BFB Capital Seguro Japão / BFB Capital Seguro Portugal / BFB Risco Limitado Europa & América / Outros Certificados de depósito ) O Grupo BPI dispõe de opções para cobertura dos riscos de variação dos custos suportados com estas obrigações. Demonstrações financeiras consolidadas Notas 199

202 As emissões de títulos a que se referem os saldos em 31 de Dezembro de 2003 têm as características seguintes: Valor nominal Remuneração Taxa de juro em vigor a (%) Data de reembolso Obrigações de caixa de taxa fixa BBPI Cayman 16/06/ % Fixada em 3.3% 3.3 Junho de 2008 BBPI Cayman 08/03/ % Fixada em 4.25% 4.25 Agosto de 2007 BBPI Cayman Rendimento Crescente USD 2008 (2 emissões) Fixada em 2.75% em 2004, 3.25% em 2005, 2.75 Abril de 2008 (USD ) 3.5% em 2006, 3.75% em 2007 e 4.0% em 2008 BBPI Cayman USD 28/05/ % Fixada em 4% 4.0 Maio de 2005 (USD ) BBPI Rendimento Crescente EUR Fixada em 3.25% em 2004, 3.50% em 2005, 3.25 Maio de % em 2006, 4.0% em 2007 e 4.25% em 2008 BBPI Rendimento Crescente USD 332 Fixada em 2.75% em 2004, 3.25% em 2005, 2.75 Abril de (USD ) 3.5% em 2006, 3.75% em 2007 e 4.0% em 2008 BBPI Rendimento Fixo 2 Anos 4.% Fixada em 4.0% 4.0 Entre Março de 2004 (2 emissões) e Abril de 2004 BBPI Rendimento Fixo 2 Anos 4.1% 500 Fixada em 4.1% 4.1 Abril de 2004 BBPI Rendimento Fixo 3 Anos 2.15% Fixada em 2.15% 2.15 Entre Junho de 2006 e (2 emissões) Julho de 2006 BBPI Rendimento Fixo 3 Anos 2.35% Fixada em 2.35% 2.35 Entre Junho de 2006 e (2 emissões) Julho de 2006 BBPI Rendimento Fixo 3 Anos 2.55% Fixada em 2.55% 2.55 Entre Março de 2006 e (2 emissões) Maio de 2006 BBPI Rendimento Fixo 3 Anos 2.65% Fixada em 2.65% 2.65 Entre Março de 2006 e (4 emissões) Abril de 2006 BBPI Rendimento Fixo 3 Anos 2.70% Fixada em 2.70% 2.7 Entre Maio de 2006 e (2 emissões) Agosto de 2006 BBPI Rendimento Fixo 3 Anos 2.80% Fixada em 2.80% 2.8 Fevereiro de 2006 BBPI Rendimento Fixo 3 Anos 2.90% Fixada em 2.90% 2.9 Entre Fevereiro de 2006 (2 emissões) e Agosto de 2006 BBPI Rendimento Fixo 3 Anos 3.00% Fixada em 3.00% 3.0 Entre Janeiro de 2006 e (2 emissões) Setembro de 2006 BBPI Rendimento Fixo 3 Anos 3.1% Fixada em 3.1% 3.1 Entre Dezembro de 2004 (2 emissões) e Janeiro de 2006 BBPI Rendimento Fixo 3 Anos 3.25% Fixada em 3.25% 3.25 Entre Janeiro de 2005 e (3 emissões) Dezembro 2005 BBPI Rendimento Fixo 3 Anos 3.4% Fixada em 3.4% 3.4 Novembro de 2005 (2 emissões) BBPI Rendimento Fixo 3 Anos 3.5% Fixada em 3.5% 3.5 Entre Novembro de 2004 (2 emissões) e Fevereiro de 2005 BBPI Rendimento Fixo 3 Anos 3.6% Fixada em 3.6% 3.6 Outubro de 2005 (2 emissões) BBPI Rendimento Fixo 3 Anos 3.75% Fixada em 3.75% 3.75 Março de 2005 BBPI Rendimento Fixo 3 Anos 3.85% Fixada em 3.85% 3.85 Setembro de 2005 (2 emissões) BBPI Rendimento Fixo 3 Anos 4.0% Fixada em 4.0% 4.0 Entre Abril de 2004 e (5 emissões) Agosto de 2005 BBPI Rendimento Fixo 3 Anos 4.1% Fixada em 4.1% 4.1 Setembro de 2004 BBPI Rendimento Fixo 3 Anos 4.2% Fixada em 4.2% 4.2 Fevereiro de 2004 BBPI Rendimento Fixo 3 Anos 4.25% Fixada em 4.25% 4.25 Entre Fevereiro de 2004 (17 emissões) e Agosto de 2005 BBPI Rendimento Fixo Crescente 3 Anos Fixada em 2.50% em 2004, 2.75% em Outubro de 2006 (2 emissões) e 3.00% em 2006 BBPI Rendimento Fixo Crescente 3 Anos Fixada em 2.75% em 2004, 3.00% em Entre Setembro de 2006 (4 emissões) e 3.25% em 2006 e Dezembro de 2006 BBPI Rendimento Fixo Crescente 3 Anos Fixada em 3.00% em 2004, 3.10% em Novembro de 2006 e 3.20% em 2006 BBPI Rendimento Fixo 5 Anos 3.50% Fixada em 3.50% 3.5 Janeiro de 2009 BBPI Rendimento Fixo 5 Anos 4.1% Fixada em 4.1% 4.1 Outubro de 2004 (3 emissões) BBPI Rendimento Fixo 5 Anos 4.28% Fixada em 4.28% 4.28 Agosto de 2006 BBPI Rendimento Fixo 5 Anos 4.4% 938 Fixada em 4.4% 4.4 Março de 2005 (2 emissões) 200 Banco BPI Relatório e Contas 2003

203 Valor nominal Remuneração Taxa de juro em vigor a (%) Data de reembolso Obrigações de caixa de taxa fixa (cont.) BBPI Rendimento Fixo 5 Anos 4.5% Fixada em 4.5% 4.5 Fevereiro de 2005 (2 emissões) BBPI Rendimento Fixo 7 Anos 4.04% 750 Fixada em 4.04% 4.04 Outubro de 2009 BPI 96 1.ª Emissão / Cupão Zero Diferença entre o respectivo valor de reembolso Abril de 2004 e preço de emissão (998 m. euros) BPI 97 1.ª Emissão / Cupão Zero 768 Diferença entre o respectivo valor de reembolso Novembro de 2005 e preço de emissão (499 m. euros) Obrigações de caixa de taxa variável BBPI Cayman 01/03/ Indexada à Euribor a 3 meses Abril de 2006 BBPI Cayman 03/05/ Indexada à Euribor a 3 meses Maio de 2006 BBPI Cayman 06/06/ Indexada à Euribor a 3 meses Junho de 2005 BBPI Cayman 09/02/ Indexada à Euribor a 3 meses Fevereiro de 2004 BBPI Cayman 15/12/ /01/ Indexada à Euribor Telerate a 3 meses 2.26 Janeiro de 2007 BBPI Cayman 18/03/ Indexada à Euribor a 3 meses Março de 2005 BBPI Cayman 15/09/ Indexada à CZK Pribor PRBO 2.27 Setembro de 2008 BBPI Cayman EMT 15/11/ Indexada à Euribor a 3 meses Novembro de 2005 BBPI Cayman EMT 30/05/ Indexada à Euribor a 6 meses Maio de 2006 BBPI Cayman 09/09/ /09/ Indexada à HKD Hibor HKAB a 3 meses Setembro de 2007 BBPI Rendimento Variável 3 anos (22 emissões) Indexada à Euribor a 1 ano Entre Fevereiro de 2006 e Dezembro de 2006 Obrigações de caixa de rendimento Variável BBPI Capital Seguro Euribor Crescente Taxas fixas de 4.5% e 4.75% para os 1.º e 2.º ano, 4.5 Março de do 3.º ao 5.º ano indexada à Euribor a 12 meses BBPI Capital Seguro Euribor 6% % no 1.º ano, do 2.º ao 5.º ano a taxa é variável entre 6.0 Março de % e 6% e indexada à Euribor a 12 meses BBPI Capital Seguro Inflação Plus % no 1.º ano, do 2.º ao 5.º ano indexado ao HICP 3.5 Abril de 2008 (Índice de preços do consumidor, excluindo o tabaco, harmonizado para a zona euro) BBPI Cayman EMT 26/06/2008 Index Link % no 1.º ano, do 2.º ao 5.º ano indexado ao HICP 3.0 Junho de 2008 (Índice de preços do consumidor, excluindo o tabaco, harmonizado para a zona euro) BBPI Risco Limitado 80 Cabaz de Índices Indexado aos índices Nasdaq 100, Eurostock 50 e S&P 500 Abril de 2008 BBPI Risco Limitado 90 Cabaz de Índices Indexado aos índices Nasdaq 100, Eurostock 50 e S&P 500 Abril de 2008 BBPI Capital Seguro Portugal / Indexada ao índice PSI20, tendo como limite mínimo por Abril de 2004 obrigação zero BBPI Capital Seguro Multinacionais / Indexada a um índice composto por um conjunto de Junho de 2004 acções de empresas multinacionais cotadas em bolsas internacionais, tendo como limite mínimo por obrigação zero BBPI Capital Seguro Brasil / % do valor nominal na data de reembolso ou zero se Julho de 2004 se verificar alguma das condições de incumprimento por parte da República Federal do Brasil BBPI Capital Seguro Zona Euro Indexada ao índice DJ Euro Stoxx 50 Price, tendo como Julho de 2004 limite mínimo por obrigação zero BBPI Capital Seguro Zona Euro Indexada ao índice DJ Euro Stoxx 50 Price, tendo como Agosto de 2007 limite mínimo por obrigação 0.16 euros BBPI Capital Seguro Internet USD / Indexada ao índice DJ Internet Composite, tendo como Outubro de 2004 (USD ) limite mínimo por obrigação zero BBPI Capital Seguro Internet Euro / Indexada ao índice DJ Internet Composite, tendo como Novembro de 2004 limite mínimo por obrigação zero BBPI Capital Seguro Internet Euro / Indexada ao índice DJ Internet Composite, tendo como Novembro de ª Emissão limite mínimo por obrigação zero BBPI Risco Limitado Comunicações Indexada ao índice BPI Comunicações Móveis, tendo como Janeiro de 2005 Móveis USD / 2000 (USD ) limite mínimo por obrigação USD 0.1 BBPI Capital Seguro Comunicações Indexada ao índice BPI Comunicações Móveis, tendo como Janeiro de 2005 Móveis USD / 2000 (USD ) limite mínimo por obrigação zero BBPI Capital Seguro Comunicações Indexada ao índice BPI Comunicações Móveis, tendo como Fevereiro de 2005 Móveis EUR / 2000 limite mínimo por obrigação zero BBPI Capital Seguro Comunicações Indexada ao índice BPI Comunicações Móveis (2.ª Emissão), Março de 2005 Móveis EUR / ª Emissão tendo como limite mínimo por obrigação zero BBPI Risco Limitado Sector Nasdaq Indexada ao índice Nasdaq 100, tendo como limite mínimo Março de 2005 USD / 2000 (USD ) por obrigação USD 0.1 Demonstrações financeiras consolidadas Notas 201

204 Valor nominal Remuneração Taxa de juro em vigor a (%) Data de reembolso Obrigações de caixa de rendimento variável (cont.) BBPI Risco Limitado Sector Internet Indexada ao índice Dow Jones Internet Composite, Março de 2005 USD / 2000 (USD ) tendo como limite mínimo por obrigação USD 0.1 BBPI Risco Limitado Sector Indexada ao índice 10 Uncommon Values, tendo como Março de 2005 Uncommon Values USD / 2000 (USD ) limite mínimo por obrigação USD 0.1 BBPI Risco Limitado Sector Indexada ao índice Amex Biotechnology, tendo como Março de 2005 Biotecnologia USD / 2000 (USD ) limite mínimo por obrigação USD 0.1 BBPI Capital Seguro Comunicações Indexada ao índice BPI Comunicações Móveis (3.ª Emissão), Março de 2005 Móveis EUR / ª Emissão tendo como limite mínimo por obrigação zero BBPI Capital Seguro Biotecnologia Indexada ao índice Amex Biotechnology, tendo como Março de 2005 USD / 2000 (USD ) limite mínimo por obrigação zero BBPI Risco Limitado Biotecnologia Indexada ao índice Amex Biotechnology, tendo como Março de 2005 USD / 2000 (USD ) limite mínimo por obrigação USD 0.1 BBPI Risco Limitado 10 Uncommon Indexada ao índice 10 Uncommon Values, tendo como Abril de 2005 Values USD / ª Emissão (USD ) limite mínimo por obrigação USD 0.1 BBPI Capital Seguro Comunicações Indexada ao índice BPI Comunicações Móveis (4.ª Emissão), Abril de 2005 Móveis EUR / ª Emissão tendo como limite mínimo por obrigação zero BBPI Capital Seguro 10 Uncommon Indexada ao índice 10 Uncommon Values, tendo como Abril de 2005 Values USD / 2000 (USD ) limite mínimo por obrigação zero BBPI Capital Seguro Zona Euro Indexada ao índice Dow Jones Euro Stoxx 50 Price, Junho de ª Emissão tendo como limite mínimo por obrigação zero BBPI Capital Seguro Euro Stoxx 50 / Indexada ao índice Dow Jones Euro Stoxx 50 Price, Julho de 2008 tendo como limite mínimo por obrigação 0.05 euros BBPI Risco Limitado Euro Stoxx Indexada ao índice Dow Jones Euro Stoxx 50 Price, tendo Agosto de 2005 como limite mínimo por obrigação 0.1 euros BBPI Capital Seguro Euro Stoxx Indexada ao índice Dow Jones Euro Stoxx 50 Price, Agosto de 2005 tendo como limite mínimo por obrigação zero BBPI Capital Seguro Euro Stoxx Indexada ao índice Dow Jones Euro Stoxx 50 Price tendo Abril de 2007 como limite mínimo por obrigação zero BBPI Capital Seguro Índices Mundiais Indexada aos índices Nikkei 225, FTSE 100, Dow Jones Março de 2006 Euro Stoxx 50, Nasdaq 100 e S&P 500, tendo como limite mínimo por obrigação zero BBPI Capital Seguro Zona Euro Indexada ao índice Dow Jones Euro Stoxx 50 Price tendo Maio de 2006 como limite mínimo por obrigação 10 euros BBPI Capital Seguro PTNC Indexada às cotações das acções Portugal Telecom, Maio de 2004 Telefónica, Nokia e Cisco, tendo como limites por obrigação 9 euros e 22 euros BBPI Capital Seguro Zona Euro ª Emissão Indexada ao índice Dow Jones Euro Stoxx 50 Price tendo Junho de 2006 como limite mínimo por obrigação 10 euros BBPI Capital Seguro Quattro Indexada às cotações das acções Portugal Telecom, Junho de 2004 Telefónica, Nokia e Cisco Systems, tendo como limites por obrigação 6 euros e 25 euros BBPI Capital Seguro Rendimento Máximo Indexada às cotações das acções Portugal Telecom, Julho de % Telefónica, AXA e Bayer, tendo como limites por obrigação 6 euros e 27.5 euros BBPI Capital Seguro Directo Indexada às cotações das acções Portugal Telecom, Dezembro de 2004 Telefónica, Nokia e Cisco Systems, tendo como limites por obrigação 6 euros e 20 euros BBPI Capital Seguro Healthcare Indexada ao índice Dow Jones Stoxx Healthcare Price, Dezembro de 2006 tendo como limite mínimo por obrigação zero BBPI Capital Seguro Healthcare ª Emissão Indexada ao índice Dow Jones Europe Stoxx Healthcare Price, Dezembro de 2006 tendo como limite mínimo por obrigação zero BBPI Capital Seguro Euro Stoxx Indexada ao índice Dow Jones Euro Stoxx 50 Price tendo Dezembro de 2004 como limite mínimo por obrigação 3 euros BBPI Cayman Indexada a um conjunto de índices Outubro de 2006 BBPI Cayman Indexada a um conjunto de índices Dow Jones Novembro de 2005 BBPI Capital Seguro Imobiliário Indexada ao índice European Public Real Estate Index, tendo Junho de 2007 como limite mínimo por obrigação 10 euros BBPI Capital Seguro Euro Imobiliário Indexada ao índice European Public Real Estate Index, tendo Maio de 2007 como limite mínimo por obrigação 8 euros BBPI Capital Seguro Cinco Mais Indexada à cotação das acções da Endesa, JP Morgan Chase, Junho de 2007 Nestlé, Portugal Telecom e Royal Dutch Petroleum, tendo como limite mínimo por obrigação zero 202 Banco BPI Relatório e Contas 2003

205 Valor nominal Remuneração Taxa de juro em vigor a (%) Data de reembolso Obrigações de caixa de rendimento Variável (cont.) BBPI Risco Limitado Portugal Telecom Indexada à cotação das acções da Portugal Telecom Março de 2004 BBPI Risco Limitado Euro Portugal Telecom Indexada à cotação das acções da Portugal Telecom, Março de tendo como limite máximo por obrigação 17 euros BBPI Capital Seguro Rendimento Máximo Indexada à USD Libor a 6 meses Março de % 2002 BBPI Capital Seguro Rendimento Máximo Indexada à cotação das acções da Acesa, Aegon NV, Março de % Bayer e British American Tobacco BBPI Inflação Zona Euro 10 anos (3 emissões) Indexada ao HICP (Indíce de preços do consumidor, Entre Outubro de 2012 e excluindo o tabaco, harmonizado para a zona euro) e Abril de 2013 BBPI Capital Seguro Rendimento Máximo Indexada à cotação das acções da Intel, AT&T, Maio de % Hewlett-Packard e Deutsche Telekom BBPI Cayman Global Brands Indexada a um cabaz de 15 acções Julho de 2009 BBPI Cayman EMT 08/08/2008 Index Link Taxa fixa de 3.25% para o 1.º ano e indexada à evolução 3.25 Agosto de 2008 da inflação da zona euro a partir de 08/08/2004 BBPI Capital Seguro Reverse Euribor % no 1.º ano, do 2.º ao 5.º ano a taxa será 3.75 Agosto de Cayman respectivamente de 5.5%, 6.5%, 7.5% e 8.5% Euribor a 1 ano, com um mínimo de zero BBPI Capital Seguro Reverse Libor USD II % no 1.º ano, do 2.º ao 5.º ano a taxa será 3.75 Agosto de Cayman (USD ) respectivamente de 5.5%, 6.5%, 7.5% e 8.5% USD Libor 1 ano, com um mínimo de zero BBPI Capital Seguro Libor Digital EUR % ou 4.25% conforme a evolução Dezembro de Cayman da USD Libor BBA BBPI Cayman Global Brands II Indexada a um cabaz de 15 acções Outubro de 2008 BBPI Capital Seguro Reverse Libor USD III % no 1.º ano, do 2.º ao 4.º ano a taxa será 5.0 Novembro de Cayman (USD ) respectivamente de 5.75%, 6.25% e 7% USD Libor 1 ano, com um mínimo de zero BBPI Cayman EMT 28/11/2008 Inf Link Taxa fixa de 3.25% para o 1.º ano e indexada à evolução 3.25 Novembro de 2008 da inflação da zona euro a partir de 28/11/2004 BBPI Capital Seguro Reverse Libor CHF % no 1.º ano, do 2.º ao 5.º ano a taxa será 3.5 Dezembro de Cayman (CHF ) respectivamente de 4%, 4.25%, 4.5% e 5% CHF Libor 6 meses, com um mínimo de zero BBPI EUR Triple Chance Indexada à cotação das acções Telefonica, Ing Groep e UBS AG Junho de 2006 BBPI Capital seguro Grandes Marcas Máximo entre uma componente fixa (2% no início e nunca 2.0 Julho de inferior ao rendimento pago no ano anterior) e uma componente variável indexada a um cabaz de 15 acções BBPI Capital Seguro American Call Indexada à evolução do índice SPX (500) Outubro de 2008 BBPI Capital seguro Grandes Marcas II Máximo entre uma componente fixa (1% no início e nunca 1.0 Outubro de inferior ao rendimento pago no ano anterior) e uma componente variável indexada a um cabaz de 15 acções BBPI Capital Seguro American Call II Indexada à evolução do índice SPX (500) Novembro de 2008 BBPI Capital Seguro American Call III Indexada à evolução do índice SPX (500) Novembro de 2008 BBPI Risco Limitado Portuguese Basket Indexada à cotação das acções Portugal Telecom, Novembro de Cayman BCP e EDP BBPI Capital Seguro Eur Best of Indexada à evolução de um cabaz de 9 EFTs Fevereiro de Cayman (Exchange Traded Funds) BBPI Capital Seguro Reverse Euribor % no 1.º e 2.º ano, do 3.º ao 7.º ano a taxa será 8.25% 5.75 Dezembro de Euribor a 1 ano, com um mínimo de zero Demonstrações financeiras consolidadas Notas 203

206 4.17. Outros passivos Esta rubrica tem a seguinte composição: Contas de regularização (passivo) Esta rubrica tem a seguinte composição: Credores Fornecedores Credores por contratos de factoring Credores diversos Outras exigibilidades Sector Público Administrativo IRC a pagar Retenção de impostos na fonte Outros Contribuições para fundos de pensões 7 48 Outras Em 31 de Dezembro de 2002, a rubrica CREDORES DIVERSOS inclui m. euros relativos a cobranças efectuadas a Clientes do Banco de Fomento, S.A.R.L. (Angola) que aguardam autorização do Banco Nacional de Angola para a emissão de ordens de pagamento ao exterior. Custos a pagar De recursos de instituições de crédito De depósitos De empréstimos 180 De responsabilidades representadas por títulos De custos administrativos Remunerações variáveis Outros De operações cambiais, de taxas de juro e sobre cotações (swaps) Reavaliação das obrigações Capital Seguro e Risco Limitado Outros Receitas com proveito diferido De rendimento de títulos emitidos a valor descontado De fundos de pensões De prémios de opções vendidas associadas às operações Capital Seguro De operações de swap De outras operações extrapatrimoniais Outras Flutuação de valores Outras contas de regularização Valores cobrados Operações sobre valores mobiliários a regularizar Operações passivas a regularizar Reavaliação de opções associadas às operações Capital Seguro IRC Pagamentos por conta Outras Outras contas internas (nota 2.6) Em 31 de Dezembro de 2003 e 2002, a rubrica OUTRAS RECEITAS COM PROVEITO DIFERIDO inclui m. euros e m. euros, respectivamente, relativos à operação de compra do Fundo EFTA. Este montante resulta de os créditos detidos pelo Fundo terem sido adquiridos pelo BPI por preço inferior ao valor nominal. Em 31 de Dezembro de 2003, a rubrica VALORES COBRADOS inclui m. euros cobrados pelo BPI e que foram pagos a Clientes no início de Janeiro de Banco BPI Relatório e Contas 2003

207 Em 31 de Dezembro de 2003 e 2002, a rubrica OPERAÇÕES SOBRE VALORES MOBILIÁRIOS A REGULARIZAR corresponde ao valor líquido das operações sobre valores mobiliários registadas entre a data de execução das operações e data prevista nos regulamentos para a respectiva liquidação financeira (nota 4.13). Em 31 de Dezembro de 2003, a rubrica OPERAÇÕES PASSIVAS A REGULARIZAR inclui operações relativas a transferências electrónicas interbancárias e de ATMs / POS a regularizar com a SIBS, nos montantes de m. euros e m. euros, respectivamente. Em 31 de Dezembro de 2003, a rubrica OUTRAS CONTAS DE REGULARIZAÇÃO inclui m. euros relativos a montantes a regularizar relacionados com as actividades de leasing e factoring e m. euros relativos a reavaliações relacionadas com o RVA Remuneração Variável em Acções Provisões para riscos e encargos e fundo para riscos bancários gerais Esta rubrica tem a seguinte composição: Para pensões Outras provisões (nota 2.10) Para riscos gerais de crédito Para outros riscos e encargos Fundo para riscos bancários gerais (nota 2.11) Os Administradores que integram a Comissão Executiva do Banco BPI, S.A. bem como os demais Administradores do BPI Investimentos beneficiam de um plano complementar de pensões de reforma e sobrevivência. Em 31 de Dezembro de 2003 e 2002, o valor actual das responsabilidades por serviços passados correspondentes ao plano era de m. euros e m. euros, respectivamente. Estas responsabilidades estão a ser reconhecidas como custos através de um plano de amortizações uniformes anuais à taxa de 7% e ao longo de um período que corresponde à vida activa remanescente dos Administradores a que respeitam. Em 31 de Dezembro de 2003 e 2002, o saldo da rubrica PROVISÕES PARA PENSÕES E ENCARGOS SIMILARES inclui, respectivamente, m. euros e m. euros para cobertura destas responsabilidades. Em 31 de Dezembro de 2003 e 2002, o saldo da rubrica PROVISÕES PARA PENSÕES E ENCARGOS SIMILARES inclui ainda m. euros e m. euros, respectivamente, respeitantes a responsabilidades por serviços passados de Colaboradores do Banco de Fomento, S.A.R.L. (Angola). Em 31 de Dezembro de 2002, esta rubrica inclui ainda 374 m. euros e m. euros relativos a responsabilidades por serviços passados de Colaboradores da Sucursal de Madrid do Banco BPI e do Banco Fomento, S.A.R.L. (Moçambique), respectivamente. O movimento ocorrido nas provisões durante os exercícios de 2003 e 2002 é apresentado na nota Responsabilidades por pensões de reforma e sobrevivência As responsabilidades por serviços passados de Pensionistas e de Colaboradores que estão, ou estiveram, ao serviço de empresas 1 do Grupo BPI e cuja cobertura se encontra assegurada por fundos de pensões são calculadas em conformidade com o estabelecido no Aviso do Banco de Portugal n.º 12 / 2001, de 23 de Novembro, com as alterações que lhe foram introduzidas pelo Aviso do Banco de Portugal n.º 7 / 2002, de 31 de Dezembro. A BPI Pensões é a entidade a quem compete a responsabilidade de elaborar as avaliações actuariais necessárias ao cálculo das responsabilidades por pensões de reforma e sobrevivência bem como a de gerir os fundos de pensões respectivos. Os métodos de valorização actuarial utilizados são o Projected Unit Credit, para o cálculo do custo normal e das responsabilidades com serviços passados por velhice, e os Prémios Únicos Sucessivos, para o cálculo dos custos relativos aos benefícios de invalidez e sobrevivência. Os principais pressupostos actuariais e financeiros utilizados no cálculo das responsabilidades por pensões são: Pressupostos Realizado Tábua de mortalidade TV 73 / Tábua de invalidez EKV Taxa de desconto 7.0% - - Taxa de rendimento dos activos dos fundos de pensões 7.0% 14.7% 3.1% Taxa de crescimento dos salários pensionáveis 4.0% 4.5% 3.5% Taxa de crescimento das pensões 3.0% 2.6% 3.2% Taxa de rotação do pessoal 0% - - Decrementos Por mortalidade - - 1) Empresas consolidadas pelo método de integração global (Banco BPI, BPI Investimentos, BPI Fundos e Inter-Risco. Demonstrações financeiras consolidadas Notas 205

208 Em 31 de Dezembro de 2003 e 2002, os Pensionistas e Colaboradores beneficiários de planos de pensões financiados pelos fundos de pensões são em número de: 2003 Em 31 de Dezembro de 2003 e 2002, o valor actual das responsabilidades por pensões de reforma e sobrevivência é: 2002 Pensionistas por reforma Pensionistas por sobrevivência Colaboradores em actividade Ex-trabalhadores (cláusula 137.ª A e 140.ª) A. Responsabilidades por serviços passados Responsabilidades por pensões em pagamento Das quais: [acréscimo de responsabilidades resultante de reformas antecipadas efectuadas no exercício] [ ] [ ] Responsabilidades por serviços passados de Colaboradores no activo Responsabilidades por serviços passados de ex-colaboradores B. Responsabilidades por serviços futuros C. Responsabilidades por serviços totais (A+B) De acordo com a disciplina do Aviso do Banco de Portugal n.º 12 / 2001, não são utilizados desde 31 de Dezembro de 2001 decrementos por invalidez no cálculo das responsabilidades por serviços passados de Colaboradores no activo. Esta alteração implicou um acréscimo das responsabilidades por serviços passados no valor de m. euros que, mediante acordo do Banco de Portugal, está a ser reconhecido como custo e financiado de acordo com um plano de amortização de prestações uniformes anuais, durante um período máximo de 20 anos iniciado em 2002 (nota 4.28). Em 31 de Dezembro de 2003 e 2002, a cobertura financeira das responsabilidades por serviços passados é: A. Responsabilidades totais por serviços passados B. Responsabilidades por serviços passados a reconhecer até 2021 (85 529) (87 880) C. Responsabilidades por serviços passados reconhecidas no balanço D. Situação patrimonial dos fundos de pensões Saldo inicial Contribuições de empresas do Grupo BPI Relativas ao custo corrente do exercício Extraordinárias Outras 51 0 Contribuições de Colaboradores Rendimento dos fundos de pensões (líquido) Pensões pagas pelos fundos de pensões (86 915) (77 196) E. Contribuições a transferir para os Fundos de Pensões (notas 4.17) 0 48 F. Cobertura total (D+E) G. Excesso de cobertura (F-C) H. Grau de cobertura das responsbilidades reconhecidas no balanço (F/C) 101% 100% I. Grau de cobertura das responsabilidades totais (F/A) 96% 94% Nos exercícios de 2003 e 2002, as contribuições para os fundos de pensões foram realizadas em dinheiro. Em 31 de Dezembro de 2003 e 2002, os fundos de pensões detinham imóveis utilizados em regime de arrendamento por sociedades do Grupo BPI cujos valores globais são de m. euros e m. euros, respectivamente. Em 31 de Dezembro de 2003 e 2002, as responsabilidades por serviços passados ainda não reconhecidas como custo são: A. Acréscimo de responsabilidades por reformas antecipadas B. Perdas (ganhos) actuariais resultantes de alterações nos pressupostos actuariais B1. Reconhecidos como despesas com custo diferido B2. Reconhecidos como receitas com proveito diferido (655) C. Perdas (ganhos) actuariais resultantes de diferenças entre os pressupostos actuariais e financeiras e os valores efectivamente realizados C1. Reconhecidos como flutuação de valores C2. Reconhecidos como despesas com custo diferido C3. Reconhecidos como receitas com proveito diferido D. Responsabilidades a amortizar (A+B+C2+C3) Banco BPI Relatório e Contas 2003

209 Em 31 de Dezembro de 2003 e 2002, o acréscimo de responsabilidades decorrentes da não utilização de decrementos de invalidez é de m. euros e euros, respectivamente. Em 31 de Dezembro de 2003 e 2002, as demonstrações financeiras consolidadas registam os seguintes custos relacionados com a cobertura de responsabilidades por pensões: Em custos com pessoal Custo do ano Em perdas (ganhos) extraordinários Prestação relativa ao reconhecimento no balanço do acréscimo de responsabilidades por não utilização dos decrementos Amortização do acréscimo de responsabilidades por reformas antecipadas Amortização de perdas (ganhos) actuariais devidas a: alterações dos pressupostos actuariais (55) 169 diferenças entre os pressupostos e os valores verificados Passivos subordinados Esta rubrica tem a seguinte composição: Títulos de participação Títulos de participação BFE 1.ª Emissão Títulos de participação BFE 2.ª Emissão Empréstimos subordinados Obrigações de Caixa Subordinadas BPI Obrigações de Caixa Subordinadas BPI Obrigações Perpétuas Subordinadas BPI Obrigações Perpétuas Subordinadas BPI 96 em yenes Obrigações de Caixa Subordinadas BFB 1997 / Obrigações de Caixa Subordinadas BBI / Obrigações de Caixa Subordinadas BPI Rendimento Mais Obrigações de Caixa Subordinadas BPI 2001 / Obrigações de Caixa Subordinadas BPI 2003 / As emissões dos títulos a que se referem os saldos em 31 de Dezembro de 2003 têm as características seguintes: Valor nominal Remuneração Taxa de juro em vigor a (%) Data de reembolso Títulos de participação Títulos de Participação BFE 87 1.ª emissão Indexada à Euribor a 1 ano e aos resultados Fixa: 1.34 do Banco BPI Variável: Títulos de Participação BFE 87 2.ª emissão Indexada à Euribor a 1 ano e aos resultados Fixa: do Banco BPI Variável: Empréstimos subordinado Obrigações de Caixa Subordinadas BPI Indexada à Euribor a 6 meses Outubro de 2004 Obrigações de Caixa Subordinadas BPI Indexada à Euribor a 6 meses Dezembro de 2006 Obrigações Perpétuas Subordinadas % até Novembro de 2011 e, posteriormente, 4.0 BPI 96 em yenes (7 500 milhões JPY) indexada à taxa de rendimento dos títulos do Governo Japonês a 5 anos Obrigações de Caixa Subordinadas Indexada à Euribor a 3 meses Novembro de 2007 BFB 1997 / 2007 Obrigações de Caixa Subordinadas BPI Indexada à Euribor a 6 meses Julho de 2006 Rendimento Mais 2001 Obrigações de Caixa Subordinadas BPI % no 1.º ano, 5.1% no 2.º ano, 5.2% no 3.º ano, 5.2 Julho de / % no 4.º ano, 5.4% no 5.º ano, 5.5% no 6.º ano, 5.85 no 7.º ano, 6.2% no 8.º ano, 6.55% no 9.º ano e 7% no 10.º ano Obrigações de Caixa Subordinadas BPI Indexada à Euribor a 3 meses Outubro de / 2013 As obrigações de caixa subordinadas BPI 96, as obrigações de caixa subordinadas BFB 1997 / 2007, as obrigações de caixa subordinadas BPI Rendimento Mais 2001 e as obrigações de caixa subordinadas BPI 2003 / 2013 poderão ser reembolsadas antecipadamente, total ou parcialmente, por iniciativa do Banco BPI a partir, respectivamente, do 10.º, 20.º, 10.º e 20.º cupões, inclusivé, nas respectivas datas de pagamento de juros. As obrigações perpétuas subordinadas BPI 96 em yenes poderão ser reembolsadas antecipadamente, total ou parcialmente, por iniciativa do Banco BPI a partir do 15.º ano de vida, inclusivé, e posteriormente nas respectivas datas de pagamento de juros. O Banco de Portugal considera que os fundos provenientes destes passivos são equiparados, para efeitos de cumprimento dos requisitos de solvabilidade, a fundos próprios. Nos cinco anos que precedem o respectivo reembolso o montante equiparado a fundos próprios é gradualmente reduzido, nos termos do Aviso do Banco de Portugal n.º 12 / 92, de 22 de Dezembro. Demonstrações financeiras consolidadas Notas 207

210 4.22. Interesses minoritários Esta rubrica tem a seguinte composição: Balanço Demonstração de resultados Accionistas minoritários de: BPI Capital Finance Ltd CrediUniverso Serviços de Marketing, S.A Inter-Risco Sociedade de Capital de Risco, S.A (318) (280) BPI (Suisse), S.A. 1 1 (1) (1) BPI Dealer Sociedade Financeira de Corretagem (Moçambique), S.A.R.L. 4 Solo Investimentos em Comunicação, S.A. (11) ) Resultados adquiridos a minoritários. Em 31 de Dezembro de 2003, os interesses minoritários da BPI Capital Finance Ltd. incluem m. euros correspondentes a acções preferenciais Série C, com o valor nominal de euros cada e emitidas por aquela filial do Banco BPI em Agosto de Durante o exercício de 2003 foram amortizadas de acções preferenciais Série A e de acções preferenciais Série B, ambas sem direito a voto, com o valor nominal de 25 dólares americanos cada e emitidas pela BPI Capital Finance Ltd Capital subscrito Por escritura pública de 3 de Junho de 2002, o capital social do Banco BPI foi aumentado de m. euros para m. euros por emissão de acções ordinárias nominativas e escriturais com o valor nominal de 1 euro por subscrição pública reservada a accionistas. As acções foram pagas a um preço de subscrição de 1.75 euros cada, o que, em função do seu valor nominal unitário, correspondeu a um prémio de emissão de 0.75 euros por acção (nota 4.24). O pagamento de dividendos e o reembolso das acções preferenciais são garantidos pelo Banco BPI. As acções preferenciais da Série C dão direito ao pagamento de um dividendo preferencial não cumulativo determinado pela aplicação de uma taxa anual correspondente à Euribor 3 meses acrescida de uma margem de 1.55 pontos percentuais até 12 de Agosto de 2013, e correspondente à Euribor 3 meses acrescida de 2.55 pontos percentuais a partir de 12 de Agosto de 2013, sobre o valor nominal. Os juros são pagos trimestralmente em 12 de Fevereiro, 12 de Maio, 12 de Agosto e 12 de Novembro de cada ano. Durante o exercício de 2003, o valor dos dividendos (antecipados) pagos pela BPI Capital Finance aos detentores das acções preferenciais ascendeu a m. euros. As acções preferenciais da Série C são reembolsáveis, no todo ou em parte, ao valor nominal por opção da BPI Capital Finance, Ltd., mediante aprovação prévia do Banco de Portugal e do Banco BPI, em qualquer data de pagamento do dividendo a partir de Agosto de Estas acções são subordinadas em relação a qualquer passivo do Banco BPI e pari passu relativamente a quaisquer acções preferenciais que venham a ser emitidas pelo Grupo. Em 2003, a Assembleia Geral de 10 de Abril atribuiu ao Conselho de Administração do Banco BPI poderes para, no prazo de dezoito meses: a) comprar em mercados regulamentados acções do Banco BPI representativas de até 10% do seu capital social, sendo o preço máximo igual a 110% da média ponderada das médias diárias ponderadas da cotação das acções do Banco BPI nas 20 sessões de bolsa anteriores à data da compra e o mínimo de 1 euro; b) alienar aos Colaboradores do Banco BPI e de Sociedades por ele dominadas, bem como aos respectivos Administradores, a título de remuneração variável, acções e opções de compra de acções do Banco BPI, nos termos e condições constantes do Regulamento em vigor para o Programa de Remuneração Variável em Acções (RVA); c) alienar a terceiros ao preço mínimo de 10% abaixo da cotação média ponderada de Bolsa nas 20 sessões anteriores à data de venda, devendo esta ser feita em Bolsa, salvo se tal venda se relacionar com a colocação de ADR s (American Depositary Receipts) nos Estados Unidos da América. Em 31 de Dezembro de 2003, o capital social do Banco BPI está representado por acções de valor nominal de 1 euro e encontra-se integralmente realizado. 208 Banco BPI Relatório e Contas 2003

211 4.24. Prémios de emissão Entre 31 de Dezembro de 2001 e 31 de Dezembro de 2003, o movimento ocorrido nos prémios de emissão foi o seguinte: Saldo em 31 de Dezembro de Aumento de capital realizado em Junho de 2002 (Escritura pública de 3 de Junho de 2002) Prémios de emissão realizados (nota 4.23) Saldo em 31 de Dezembro de Provisões para imobilizações financeiras (Aviso n.º 4 / 2002) (55 527) Saldo em 31 de Dezembro de Nos termos da Portaria n.º 408 / 99, de 4 de Junho, publicada no Diário da República I Série B, n.º 129, os prémios de emissão não podem ser utilizados para a atribuição de dividendos nem para a aquisição de acções próprias Reservas Esta rubrica tem a seguinte composição: Reserva legal Reservas livres Reservas de fusão (2 463) Reservas de consolidação (92 260) (18 027) De acordo com o disposto no art. 97.º do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 298 / 91, de 31 de Dezembro e alterado pelo Decreto-Lei n.º 201 / 2002, de 25 de Setembro, o Banco BPI deve destinar uma fracção não inferior a 10% dos lucros líquidos apurados em cada exercício à formação de uma reserva legal, até um limite igual ao valor do capital social ou ao somatório das reservas livres constituídas e dos resultados transitados, se superior. Entre 31 de Dezembro de 2001 e 31 de Dezembro de 2003, o movimento ocorrido nas reservas de fusão foi o seguinte: Reservas de fusão em 31 de Dezembro de Operação de reestruturação do Grupo BPI em 2002 ( ) Reservas de fusão em 31 de Dezembro de Correcção à reserva de fusão gerada em 2002 (103) Fusão da CrédiUniverso no Banco BPI (9 720) Reservas de fusão em 31 de Dezembro de 2003 (2 463) A operação de reestruturação do Grupo BPI, em 2002, inclui a incorporação, por fusão, do Banco BPI, da BPI Factor, da BPI Leasing, da Estratégia, da Dixit e da BPI Ventures no BPI SGPS e a incorporação, por cisão, de parte do património do Banco Português de Investimento no BPI SGPS. Em 31 de Dezembro de 2003 e 2002, os prémios de emissão e as reservas legais das Sociedades que consolidam no Banco BPI, indisponíveis em conformidade com a legislação aplicável, ascendem a m. euros e m. euros, respectivamente, as quais, ponderadas pela percentagem (efectiva) de participação do Banco BPI, ascendem a m. euros e a m. euros, respectivamente. Estas reservas são incluídas na rubrica RESERVAS DE CONSOLIDAÇÃO. Em 31 de Dezembro de 2003 e 2002, as reservas de reavaliação das Sociedades que consolidam no Banco BPI ascendem a m. euros e m. euros, as quais, ponderadas pela percentagem (efectiva) de participação do Banco BPI, ascendem a m. euros e a m. euros, respectivamente. Estas reservas são incluídas na rubrica RESERVAS DE CONSOLIDAÇÃO. A rubrica RESERVAS DE CONSOLIDAÇÃO representa a diferença entre a quota-parte que corresponde à percentagem (efectiva) de participação do Banco BPI nos capitais próprios das participadas e o valor do respectivo custo de aquisição após a introdução dos ajustamentos considerados necessários. Entre 31 de Dezembro de 2001 e 31 de Dezembro de 2003, o movimento ocorrido nas reservas foi o seguinte: Reservas em 31 de Dezembro de 2001 (71 273) Lucro consolidado de Dividendos distribuídos em 2002 (57 875) Provisões para imobilizações financeiras (Aviso n.º 4 / 2002) (19 000) Variação das reservas regulamentares das seguradoras (3 123) Distribuição de resultados a orgãos sociais (50) Outros 11 Reservas em 31 de Dezembro de 2002 (18 027) Lucro consolidado de Dividendos distribuídos em 2003 (60 371) Provisões para imobilizações financeiras (Aviso n.º 4 / 2002) Variação das reservas regulamentares das seguradoras Distribuição de resultados a orgãos sociais e empregados (89) Goodwill na aquisição de 50% da CrédiUniverso (6 601) Goodwill gerado na fusão do Banco de Fomento Moçambique com o Banco Comercial e de Investimentos (2 439) Outros (805) Reservas em 31 de Dezembro de Demonstrações financeiras consolidadas Notas 209

212 4.26. Goodwill O valor do goodwill relativo à aquisição de 50% do capital social da CrédiUniverso no segundo semestre de 2003 foi: Valor dos capitais próprios ajustados da CrédiUniverso Valor dos capitais próprios da CrédiUniverso adquiridos pelo Banco BPI (50%) Valor de custo da participação adquirida pelo Banco BPI (8 400) Valor do goodwill (6 601) O valor do goodwill gerado na fusão do Banco de Fomento Moçambique com o Banco Comercial e de Investimentos em 2003 foi: Valor dos capitais próprios do Banco Comercial e de Investimentos Valor dos capitais próprios do Banco Comercial e de Investimentos apropriados pelo banco BPI (30%) Valor da participação do Banco BPI no Banco de Fomento Moçambique (10 234) Valor do goodwill (2 439) Provisões para crédito, títulos e outros activos O movimento ocorrido nas provisões do Grupo durante o exercício 2003 foi o seguinte: Saldo em Dotações Transferências Utilizações Reposições Reavaliação cambial e outros Saldo em Provisões para créditos de cobrança duvidosa Para crédito (nota 4.4) (2 740) (4 612) (3 621) (939) Para devedores e outras aplicações (nota 4.12) 55 (36) 19 Provisões para crédito e juros vencidos Para aplicações em instituições de crédito (nota 4.3) (27) (16 841) Para crédito (nota 4.4) (70 598) (2 012) (1 468) Para títulos (nota 4.5) (38) (129) (20) 195 Provisões para risco-país Para aplicações em instituições de crédito (nota 4.3) 28 (8) 20 Para crédito (nota 4.4) (392) 750 Para títulos (nota 4.5) 409 (409) 0 Provisões para obrigações e outros títulos de rendimento fixo (nota 4.5) (2 275) Provisões para acções e outros títulos de rendimento variável (nota 4.6) (2 308) (274) (9 987) (25) Provisões para partes de capital em empresas associadas Provisões para depreciação de imobilizações financeiras Para outras participações financeiras (nota 4.9) (860) 0 (3 727) Para outras imobilizações financeiras (nota 4.12) (473) (1 361) (28) (334) Provisões para aplicações por recuperação de créditos (nota 4.12) (973) (995) Provisões para pensões de reforma e sobrevivência (nota 4.19) (303) (677) (1 288) Provisões para riscos gerais de crédito (nota 4.19) (21 670) (1 039) Provisões para outros riscos e encargos (nota 4.19) (204) (6 320) Fundo para riscos bancários gerais (nota 4.19) (2 059) (203) (2) (1 190) (78 566) (52 315) Em 31 de Dezembro de 2003, as rubricas PROVISÕES PARA PARTES DE CAPITAL EM EMPRESAS ASSOCIADAS e PROVISÕES PARA DEPRECIAÇÃO DE IMOBILIZAÇÕES FINANCEIRAS incluem, sob a epígrafe reavaliação cambial e outros, m. euros relativos a provisões constituídas por contrapartida de reservas e prémios de emissão nos termos do Aviso n.º 4 / 2002 (notas 2.4, 4.24 e 4.25). O Aviso do Banco de Portugal n.º 8 / 2003, de 30 de Janeiro, alterou a taxa de provisão para riscos gerais de crédito de 1% para 0.5% para as operações de crédito hipotecário destinado a habitação do mutuário. As provisões libertas, no montante de m. euros, foram integralmente afectas a provisões para riscos específicos de crédito (crédito vencido e crédito de cobrança duvidosa). 210 Banco BPI Relatório e Contas 2003

213 O movimento ocorrido nas provisões do Grupo durante o exercício de 2002 foi o seguinte: Saldo em Dotações Transferências Utilizações Reposições Reavaliação cambial e outros Saldo em Provisões para créditos de cobrança duvidosa Para crédito (nota 4.4) (562) (6 192) Para devedores e outras aplicações (nota 4.12) Provisões para crédito e juros vencidos Para aplicações em instituições de crédito (nota 4.3) (322) (975) (17 841) Para crédito (nota 4.4) (28 464) (8 327) (919) Para títulos (nota 4.5) (297) (9) (9) 341 Provisões para risco-país Para aplicações em instituições de crédito (nota 4.3) 27 5 (4) 28 Para crédito (nota 4.4) (1 623) Para títulos (nota 4.5) Para outras aplicações (nota 4.12) (27 821) 0 Provisões para obrigações e outros títulos de rendimento fixo (nota 4.5) (1) (689) Provisões para acções e outros títulos de rendimento variável (nota 4.6) (782) (1 986) (28) Provisões para partes de capital em empresas associadas 938 (258) Provisões para depreciação de imobilizações financeiras Para outras participações financeiras (nota 4.9) (22) (1 847) Para outras imobilizações financeiras (nota 4.12) (167) Provisões para aplicações por recuperação de créditos (nota 4.12) (38) (132) Provisões para pensões de reforma e sobrevivência (nota 4.19) Provisões para riscos gerais de crédito (nota 4.19) (11 732) (346) Provisões para outros riscos e encargos (nota 4.19) (44 138) (178) (1 230) Fundo para riscos bancários gerais (nota 4.19) (7 552) (50) (60) (37 914) (62 617) Em 31 de Dezembro de 2002, as reposições de provisões para risco país outras aplicações correspondem à reposição de uma provisão para fazer face ao risco de transferência da situação líquida da antiga Sucursal de Luanda do Banco BPI. Esta reposição decorre de, no âmbito da transformação da Sucursal em banco de direito angolano, o Banco BPI ter convertido parte do património transmitido num crédito sobre o novo banco garantido por um depósito em euros. Em 31 de Dezembro de 2002, as rubricas PROVISÕES PARA PARTES DE CAPITAL EM EMPRESAS ASSOCIADAS e PROVISÕES PARA DEPRECIAÇÃO DE IMOBILIZAÇÕES FINANCEIRAS incluem, sob a epígrafe reavaliação cambial e outros, m. euros relativos a provisões constituídas por contrapartida de reservas nos termos do Aviso n.º 4 / 2002 (notas 2.4 e 4.25). Em 31 de Dezembro de 2002, a reavaliação cambial e outros inclui m. euros de provisões relativas à aquisição de créditos do Fundo EFTA. Nos exercícios de 2003 e 2002, as utilizações de provisões para crédito e para títulos vencidos correspondem a writte-offs efectuados naqueles períodos. Demonstrações financeiras consolidadas Notas 211

214 4.28. Contas extrapatrimoniais Esta rubrica tem a seguinte composição: Em 31 de Dezembro de 2003, o saldo da rubrica ACTIVOS DADOS EM GARANTIA inclui: títulos dados em garantia ao BEI por empréstimos concedidos ao Banco BPI no montante de m. euros; títulos dados em garantia ao BEI por swaps de taxa de juro efectuados com o Banco BPI no montante de m. euros; títulos dados em garantia ao Banco de Portugal no âmbito do Sistema de Pagamento de Grandes Transacções no montante de m. euros; títulos dados em garantia ao Fundo de Garantia de Depósitos no montante de m. euros; 2003 títulos dados em garantia à Euronext no âmbito da actividade de derivados no montante de m. euros; títulos dados em garantia à BDP no montante de m. euros Garantias prestadas e outros passivos eventuais Garantias e avales Créditos documentários abertos Aceites e endossos 368 Fianças e indemnizações Outros passivos eventuais Activos dados em garantia Compromissos perante terceiros Compromissos irrevogáveis Opções sobre activos Linhas de crédito irrevogáveis Subscrição de títulos Responsabilidades por pensões de reforma (nota 4.20) Responsabilidades a prazo de contribuições anuais para o Fundo de Garantia de Depósitos Responsabilidade potencial para com o Sistema de Indemnização aos Investidores Outros compromissos irrevogáveis Compromissos revogáveis Responsabilidades por prestação de serviços Por depósito e guarda de valores Por cobrança de valores Por valores administrados pela instituição Outras Em 31 de Dezembro de 2003 e 2002, o saldo da rubrica RESPONSABILIDADES POR PENSÕES DE REFORMA NÃO COBERTAS PELO FUNDO DE PENSÕES corresponde integralmente ao acréscimo de responsabilidades resultante de terem deixado de ser utilizados decrementos por invalidez no cálculo das responsabilidades por serviços passados de Colaboradores no activo (nota 4.20). Em 31 de Dezembro de 2003 e 2002, o saldo da rubrica RESPONSABILIDADES A PRAZO DE CONTRIBUIÇÕES ANUAIS PARA O FUNDO DE GARANTIA DE DEPÓSITOS corresponde ao compromisso irrevogável que o BPI assumiu, por força da lei, de entregar àquele Fundo, em caso de solicitação deste, as parcelas não realizadas das contribuições anuais. Em 31 de Dezembro de 2003 e 2002, o saldo da rubrica RESPONSABILIDADE POTENCIAL PARA COM O SISTEMA DE INDEMNIZAÇÃO AOS INVESTIDORES corresponde à obrigação irrevogável que o BPI assumiu, por força da lei aplicável, de entregar àquele Sistema, em caso de accionamento deste, os montantes necessários para pagamento da sua quota-parte nas indemnizações que forem devidas aos investidores. Em 31 de Dezembro de 2003, a rubrica OPÇÕES SOBRE ACTIVOS refere-se a opções sobre acções emitidas pelo Grupo BPI no âmbito do programa RVA Remuneração variável em acções. Em 31 de Dezembro de 2003, o Grupo BPI detinha sob gestão os seguintes activos de terceiros: Fundos de Investimento e PPRs Fundos de pensões Produtos de capitalização ) Inclui os fundos de pensões de empresas do Grupo. O Grupo BPI realiza operações derivadas no âmbito da sua actividade, gerindo posições próprias com base em expectativas de evolução dos mercados, satisfazendo as necessidades dos seus Clientes ou cobrindo posições de natureza estrutural. O Grupo BPI transacciona derivados financeiros, nomeadamente sob a forma de contratos sobre taxas de câmbio, de contratos sobre taxas de juro, de contratos sobre preços futuros de mercadorias e de contratos sobre acções ou sobre índices. Estas transacções são efectuadas em mercados de balcão (OTC) e em mercados organizados (especialmente bolsas de valores). A negociação de derivados em mercados organizados rege-se pelas normas e regulamentação próprias desses mercados. A negociação de derivados no mercado de balcão baseia-se normalmente num contrato bilateral standard (no caso de relações interprofissionais um contrato ISDA; no caso de 212 Banco BPI Relatório e Contas 2003

215 relações com Clientes um contrato próprio do BPI) que engloba o conjunto das operações sobre derivados existentes entre as partes e em que se prevê a compensação de responsabilidades em caso de incumprimento (compensação cuja abrangência está prevista no próprio contrato e é regulada na lei). Os derivados podem ser reconhecidos pelos seus valores contabilístico, de substituição e líquido de mercado. O valor contabilístico, registado em contas extrapatrimoniais, tem por base o valor nocional, isto é, o valor de referência para efeitos de cálculo dos fluxos de pagamentos e recebimentos originados pela operação. O valor de substituição corresponde à perda potencial, em termos de valor actual, no caso de incumprimento da contraparte. No caso de um contrato de derivados em que esteja prevista a compensação de responsabilidades em caso de incumprimento o valor de substituição é igual à soma algébrica dos valores de mercado do conjunto das operações regidas por esse contrato quando positiva. No caso de operações cujo contrato não preveja a compensação de responsabilidades, o valor de substituição é igual à soma dos valores de mercado de cada transacção individual, quando positivos. A abrangência das cláusulas de compensação em caso de incumprimento é considerada pelo Grupo BPI de forma conservadora, sendo em caso de dúvida considerado que a compensação não existe. O valor líquido de mercado (fair value) corresponde ao valor que os derivados teriam se fossem transaccionados no mercado na data de referência. Para além destes valores, que dão indicações sobre a importância relativa da carteira de derivados na actividade do Grupo, é também indicado o impacto dessa carteira no balanço (através de juros e prémios corridos e de revalorizações). O valor contabilístico das operações derivadas constitui, apenas, um indicador do volume de actividade nos diferentes mercados, não se podendo estabelecer relação simples entre aquele valor e o risco de crédito da operação. A perda potencial de um conjunto de operações derivadas num dado momento é dada pelo seu valor de substituição nesse momento. No caso dos futuros, as contrapartes do Grupo BPI são bolsas de valores pelo que o risco de crédito é eliminado diariamente através da liquidação financeira. Nas operações derivadas a médio e longo prazos, os contratos que enquadram as operações prevêm em geral a compensação entre saldos devedores e credores com a mesma contraparte, o que elimina ou reduz o risco de crédito. Com a finalidade de controlar o risco de crédito em derivados OTC, foram também assinados alguns acordos pelos quais o Banco recebe da (ou transfere para a) sua contraparte valores (em divisas ou em títulos) que servem de garantia ao bom cumprimento das responsabilidades. As operações com derivados estão, principalmente, associadas a operações sobre activos e passivos reconhecidos nos balanços, devendo a correcta avaliação do valor dessas transacções tomar em conta essa associação. Diferentemente das operações tradicionais de mútuo em que o valor de mercado é directamente relacionado com o capital mutuado, nas operações derivadas com fluxos financeiros determinados o valor líquido de mercado é representado pelo valor actual desses fluxos, dado o conjunto de taxas de juros relevantes vigentes no momento do cálculo (swaps ou forwards) ou é determinado pelo próprio mercado (futuros). No caso das opções, o valor de mercado é determinado por recurso a modelos que procuram reflectir o preço e a volatilidade do preço dos activos subjacentes no momento do cálculo bem como as características próprias da opção (preço de exercício e período de tempo até à data de vencimento). Demonstrações financeiras consolidadas Notas 213

216 Em 31 de Dezembro de 2003 e 2002, a actividade desenvolvida pelo Grupo BPI em operações derivadas traduz-se pelos seguintes valores: Valor nocional 1 Valores de balanço 2 Valor de substituíção 3 1) Valor contabilístico extrapatrimonial. 2) Impacto das operações derivadas em contas de balanço. 3) Soma dos valores de substituição das contrapartes, tomando em conta as cláusulas de compensação, quando existentes. 4) Soma algébrica dos valores de mercado das operações na data de referência. 5) O valor de substituição dos futuros é nulo por serem transaccionados em bolsas de valores. 6) Não inclui opções inseridas em obrigações emitidas ou compradas. 7) Efeito da compensação entre valores de substituição de transacções com a mesma contraparte mas registadas em linhas diferentes do quadro. Valor líquido de mercado 4 Valor nocional 1 Contratos de taxa de câmbio Carteira de investimento (cobertura) Cambiais a prazo (outright forwards) (309) (8 110) Swaps cambiais (62 335) (62 504) Swaps de médio e longo prazo (3 020) 411 (3 514) (65 664) (74 128) Contratos de taxa de juro Carteira de negociação Futuros Swaps de médio e longo prazo (interest rate swaps) Carteira de investimento (cobertura) FRA (forward rate agreements) Swaps de médio e longo prazo (interest rate swaps) Dos quais: [Cobertura de posições estruturais de depósito] [ ] [6 452] [194] [2 298] - Opções compradas Contratos sobre acções Carteira de negociação Futuros (7) 0 (608) Carteira de investimento (cobertura) Opções compradas Opções vendidas (1 826) 0 (1 630) Contratos sobre mercadorias Carteira de negociação Futuros (18) 0 (2) (18) 0 (2) Acordos de redução de risco de crédito de derivados 0 0 ( ) 0 0 Efeito do netting (30 359) Banco BPI Relatório e Contas 2003

217 Em 31 de Dezembro de 2003, a repartição do valor nocional por maturidades residuais é: < = 3 meses > 3 meses < = 6 meses > 6 meses < = 1 ano > 1 ano < = 5 anos > 5 anos Total Contratos de taxa de câmbio Carteira de investimento (cobertura) Cambiais a prazo (outright forwards) Swaps cambiais Swaps de médio e longo prazo Contratos de taxa de juro Carteira de negociação Futuros Swaps de médio e longo prazo (interest rate swaps) Carteira de investimento (cobertura) Swaps de médio e longo prazo (interest rate swaps) Opções compradas Contratos sobre acções Carteira de negociação Futuros Carteira de investimento (cobertura) Opções compradas Opções vendidas Contratos sobre mercadorias Carteira de negociação Futuros Demonstrações financeiras consolidadas Notas 215

218 Em 31 de Dezembro de 2003, a repartição das operações derivadas por categorias de contrapartes é: Valores de balanço Valor nocional Contratos sobre taxa de câmbio OTC com Instituições Financeiras (72 376) % OTC com Clientes % (65 664) % Contratos sobre taxa de juro OTC com Instituições Financeiras % OTC com Clientes % Em bolsa % % Contratos sobre acções OTC com Instituições Financeiras % Em bolsa (7) % % Contratos sobre mercadorias Em bolsa (18) % (18) % % Em 31 de Dezembro de 2003, a repartição das operações derivadas por rating externo de contrapartes é: % Margem financeira Esta rubrica tem a seguinte composição: Juros e proveitos equiparados Juros de aplicações Instituições de crédito Crédito Títulos Devedores e outras aplicações Crédito vencido Juros de operações de swap Outros juros e proveitos equiparados Rendimento de títulos Juros e custos equiparados Juros de recursos alheios Instituições de crédito Depósitos Débitos representados por títulos Outros recursos Juros de capitais próprios e equiparados Contribuições para o Fundo de Garantia de Depósitos Juros de operações de swap Outros juros e custos equiparados Valor nocional Valor de substituição Valor líquido de mercado Valor nocional Transaccionados em mercado de balcão (OTC) AAA (5 211) AA A BBB N.R Transaccionados em Bolsa (597) Acordos de redução de risco de crédito de derivados 0 ( ) Nota: Os valores foram agregados por níveis de rating das contrapartes, tomando em conta os ratings da dívida senior de médio longo prazo atribuídos pelas agências Moody s, Standard & Poor s e Fitch e vigentes na data de referência. A escolha do rating a considerar para uma dada contraparte segue a regra aconselhada pelo Comitê de Basileia (quando há ratings divergentes escolher o segundo melhor). Em termos de mapping considerou-se uma correspondência perfeita dos níveis atribuídos pelas três agências a partir do topo (Aaa = AAA; Aa1 =AA+; etc). As operações com entidades sem rating por estas agências (N.R.) representam sobretudo Clientes sujeitos a rating interno. 216 Banco BPI Relatório e Contas 2003

219 4.30. Comissões líquidas Esta rubrica tem a seguinte composição: Lucros líquidos em operações financeiras Esta rubrica tem a seguinte composição: Comissões recebidas Por garantias prestadas Por compromissos perante terceiros Por serviços bancários prestados Por operações de factoring Por operações realizadas por conta de terceiros Outras Comissões pagas Por serviços bancários de terceiros Por operações realizadas por terceiros Outras Lucros em operações financeiras Lucros e diferenças de reavaliação na posição cambial Lucros e diferenças de reavaliação em aplicações Diferenças de reavaliação em recursos alheios Lucros em operações extrapatrimoniais Outros lucros e proveitos Prejuízos em operações financeiras Prejuízos e diferenças de reavaliação na posição cambial Prejuízos e diferenças de reavaliação em aplicações Diferenças de reavaliação em recursos alheios Custos em operações extrapatrimoniais Outros custos e prejuízos Em 31 de Dezembro de 2003 e 2002, os lucros em operações extrapatrimoniais incluem m. euros e m. euros, respectivamente, relativos a prémios recebidos pela amortização antecipada e pela renegociação das condições de swaps. Em 31 de Dezembro de 2003, as rubricas OUTROS LUCROS E PROVEITOS e OUTROS CUSTOS E PREJUÍZOS incluem, respectivamente, m. euros e m. euros associados às operações Capital Seguro e Risco Limitado. Em 31 de Dezembro de 2002, as rubricas OUTROS LUCROS E PROVEITOS e OUTROS CUSTOS E PREJUÍZOS incluem, respectivamente, m. euros e m. euros associados às operações Capital Seguro e Risco Limitado. Demonstrações financeiras consolidadas Notas 217

220 4.32. Custos com o pessoal Esta rubrica tem a seguinte composição: Outros proveitos e custos de exploração Estas rubricas têm a seguinte composição: Remuneração dos órgãos de gestão e fiscalização Remuneração de empregados Encargos sociais Obrigatórios Facultativos Outros custos com o pessoal Em 31 de Dezembro de 2003 e 2002, a rubrica CUSTOS COM PESSOAL inclui a totalidade dos custos relativos à atribuição de remunerações variáveis, nomeadamente os custos da aplicação, nos exercícios de 2003 e 2002, do programa RVA Remuneração Variável em Acções (nota 2.18). Outros proveitos e lucros Rendimento de imóveis Remuneração pelo exercício de cargos sociais Prestação de serviços diversos Reembolso de despesas Mais-valias em bens de locação financeira Recuperação de créditos e juros vencidos Outros Outros custos e prejuízos Quotizações e donativos Remuneração de títulos de participação Menos-valias em bens de locação financeira Outros Banco BPI Relatório e Contas 2003

221 4.34. Ganhos e perdas extraordinários Estas rubricas têm a seguinte composição: Ganhos extraordinários Mais-valias realizadas na venda de valores imobilizados Indemnizações por incumprimento de contratos Outros ganhos relativos a exercícios anteriores Outros ganhos extraordinários Perdas extraordinárias Menos-valias realizadas na venda de valores imobilizados Outras perdas em valores imobilizados Multas e outras penalidades legais Prejuízos por roubo, extravio e falsificação de valores Indemnizações por incumprimento de contratos Perdas relativas a exercícios anteriores Outras perdas extraordinárias Em 31 de Dezembro de 2003, a rubrica MAIS VALIAS REALIZADAS NA VENDA DE VALORES IMOBILIZADOS inclui m. euros relativos ao ganho na venda da participação no Banc Post e m. euros relativos ao ganho na alienação da participação na Barbosa & Almeida. Em 31 de Dezembro de 2002, esta rubrica inclui m. euros relativos a ganhos na venda da participação do Grupo BPI na Brisa e m. euros relativos a ganhos na venda da participação do Grupo BPI na BVLP Impostos sobre os lucros A carga fiscal, medida pela relação entre a dotação para impostos sobre os lucros e o lucro do exercício antes daquela dotação, foi a seguinte: 2003 A diminuição da carga fiscal em 2003 reflecte a utilização de reporte fiscal pelo Banco BPI, na sequência da operação de reestruturação a que o Grupo BPI se submeteu em Dezembro de Nos exercícios de 2003 e 2002, os lucros gerados pelas Sucursais Financeiras Exteriores do Banco BPI e isentos de tributação foram: 2002 Impostos sobre os lucros Lucro do período antes de impostos Carga fiscal 13.0% 24.0% 1) Considera o lucro antes de impostos adicionado dos interesses minoritários e deduzido dos resultados de filiais excluídas da consolidação Sucursal Financeira Exterior do Funchal Sucursal Financeira Exterior de Sta. Maria Em 31 de Dezembro de 2003 e 2002, as rubricas PERDAS E GANHOS EXTRAORDINÁRIOS incluem m. euros e m. euros de custos relativos à cobertura de responsabilidades por pensões de reforma e sobrevivência (nota 4.20). Em 31 de Dezembro de 2003 e 2002, a rubrica OUTRAS PERDAS EXTRAORDINÁRIAS inclui ainda m. euros e m. euros, respectivamente, relativos a outros custos relacionados com reformas antecipadas realizadas em 2003 e em Demonstrações financeiras consolidadas Notas 219

222 4.36. Lucro consolidado A formação do lucro consolidado nos exercícios de 2003 e 2002 foi a seguinte: Resultado contabilístico (não consolidado) do Banco BPI, S.A Resultado contabilístico (não consolidado) do BPI Investimentos, S.A Resultado contabilístico (não consolidado) do Banco Comercial e de Investimento, S.A.R.L Resultado contabilístico (não consolidado) do Banco de Fomento, S.A.R.L. (Angola) Resultado contabilístico (não consolidado) do Banc Post Resultado contabilístico (não consolidado) do Banco BPI Cayman Ltd Contribuição das filiais e associadas do Banco BPI (excluindo os Bancos) para o lucro consolidado Resultados gerados pela recuperação de ajustamentos considerados no goodwill pago na aquisição do BFE, associados a: Provisões diversas 132 Reversão dos custos com a amortização de reformas no Banco BPI, já amortizadas por reservas no consolidado Anulação de provisões (4 695) Anulação de dividendos (25 384) (41 204) Reconhecimento e anulação de mais e menos valias geradas na alienação de participações (7 386) (761) Outros ajustamentos de consolidação (3 864) ) Em 2002, os resultados indicados incluem os resultados das sociedades que, em 31 de Dezembro de 2002, se encontram integradas no Banco BPI. 2) Inclui o lucro gerado pelo Banco de Fomento, S.A.R.L. (Moçambique) em 2002 e até 30 de Novembro de ) Em 2002, o resultado gerado pelo Banco de Fomento, S.A.R.L. (Angola) até 30 de Junho está incluído no resultado do Banco BPI. 220 Banco BPI Relatório e Contas 2003

223 Nos exercícios de 2003 e 2002, a contribuição do Banco BPI e das empresas suas filiais e associadas para o resultado consolidado é a seguinte: Montante % Montante % Bancos Banco BPI, S.A. 1, Banco Português de Investimento, S.A (3 220) (2.2) Banco Comercial e de Investimentos, S.A.R.L. 1 (1 797) (1.1) Banco de Fomento S.A.R.L. (Angola) Banco Post S.A. 1, (330) (0.2) Banco BPI Cayman, Ltd Crédito especializado BPI Locação de Equipamentos, Lda BPI Rent Comércio e Aluguer de Bens, Lda Eurolocação Comércio e Aluguer de Veículos e Equipamentos, S.A. (2) Gestão de activos e corretagem BPI Dealer Sociedade Financeira de Corretagem (Moçambique), S.A.R.L. 1 (6) 0.0 (13) 0.0 BPI Fundos Gestão de Fundos de Investimento Mobiliários, S.A BPI Global Investment Fund Management Company, S.A BPI Pensões Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A Sofinac Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A BPI (Suisse), S.A. 1 (927) (0.6) (353) (0.2) Capital de risco / desenvolvimento F. Turismo Capital de Risco, S.A Inter-Risco Sociedade de Capital de Risco, S.A. 1 (1 614) (1.0) (1 299) (0.9) Solo Investimentos em Comunicação, SGPS, S.A. (43) 0.0 (10) 0.0 Seguros BPI Vida Companhia de Seguros de Vida, S.A Cosec Companhia de Seguros de Crédito, S.A Companhia de Seguros Allianz Portugal, S.A (808) (0.6) Outros BPI, Inc (12) 0.0 BPI Madeira, SGPS, Unipessoal, S.A (2) 0.0 Douro SGPS, S.A (54) 0.0 Finangeste Empresa Financeira de Gestão e Desenvolvimento, S.A Promática Sociedade de Informação e Organização de Empresas, S.A. (417) (0.3) Simofer Sociedade de Empreendimentos Imobiliários e Construção Civil, Lda. (14) 0.0 (20) 0.0 Digitmarket Serviços de Informação, S.A. 1 (595) (0.4) Viacer Sociedade Gestora de Participações Sociais, Lda ) Lucro ajustado. 2) Em 2003, o Banco BPI incorporou, por fusão, a CrédiUniverso. Em 2002, o resultado indicado para o Banco BPI corresponde à soma dos contributos do Banco BPI e da CrédiUniverso. 3) Participação vendida em Em 2003, o contributo corresponde ao resultado do Banc Post em 31 de Agosto de Demonstrações financeiras consolidadas Notas 221

224 4.37. Segmentação por mercados geográficos e linhas de negócio Em 31 de Dezembro de 2003, a estrutura de segmentação do Grupo BPI por mercados geográficos é a seguinte: Portugal Resto da União Europeia Resto da Europa África Resto do Mundo 1 Operações intrasegmentos Juros e proveitos equiparados Juros e custos equiparados Comissões (proveito) Comissões (custo) Rendimentos de títulos Lucros em operações financeiras Prejuízos em operações financeiras Reposições e anulações de provisões Provisões para crédito vencido e outros riscos Outros proveitos de exploração Resultado líquido do exercício Créditos sobre Clientes (líq.) Débitos para com Clientes Activo líquido total ) Os valores relativos ao "Resto da União Europeia" correspondem essencialmente à sucursal de Madrid e Paris. Os valores do "Resto do Mundo" correspondem às empresas domiciliadas em Cayman (sucursal do Banco BPI, Banco BPI Cayman e BPI Capital Finance). 2) Não inclui as provisões associadas a imobilizações financeiras. Total Em 31 de Dezembro de 2003, a estrutura de segmentação do Grupo BPI por linhas de negócio 1 é a seguinte: Corporate finance Trading Corretagem & sales (retalho) Operações intrasegmentos Banca de retalho 2 Pagamentos e Banca 3 No Doméstica Comercial estrangeiro liquidações Custódia Gestão de activos Outros Juros e proveitos equiparados (10 361) Juros e custos equiparados (10 361) Comissões (proveito) (2 140) Comissões (custo) (2 140) Rendimentos de títulos (17) Lucros em operações financeiras Prejuízos em operações financeiras Reposições e anulações de provisões Provisões para crédito vencido e outros riscos Outros proveitos de exploração Resultado líquido do exercício Créditos sobre Clientes (líq.) (11 379) Crédito bruto (11 379) Provisões Débitos para com Clientes (35 572) Activo líquido total ) Segmentação por linhas de negócio definida nos termos da instrução n.º 11 / 2003, do Banco de Portugal. 2) Os valores relativos à Banca de Retalho doméstica correspondem essencialmente à actividade da Banca de Particulares e Pequenos Negócios. 3) Os valores relativos à Banca Comercial correspondem essencialmente à actividade da Banca de Empresas. 4) Não inclui as provisões associadas a imobilizações financeiras. Total 222 Banco BPI Relatório e Contas 2003

225 4.38. Efectivos Nos exercícios de 2003 e 2002, o número de efectivos 1, em média e no final do período, eram os seguintes: 2003 Média do período Final do período 2002 Média do período Final do período Administradores Quadros superiores Outros quadros Outros Colaboradores ) Efectivos das empresas do Grupo consolidadas pelo método da integração global. Inclui os efectivos ao serviço das sucursais do Banco BPI no exterior Crédito aos membros do Conselho de Administração do Banco BPI De acordo com a política definida, os membros da Comissão Executiva do Conselho de Administração do Banco BPI beneficiam do Regime de Concessão de Crédito Bonificado à Habitação em vigor nos Bancos para todos os seus Colaboradores. Deste modo, em 31 de Dezembro de 2003, o saldo global do crédito hipotecário concedido aos elementos da Comissão Executiva do Conselho de Administração por Bancos do Grupo com vista à aquisição de habitação própria ascendia a 972 m. euros. Demonstrações financeiras consolidadas Notas 223

226 Certificação legal das contas e relatório de auditoria MAGALHÃES, NEVES & ASSOCIADOS, SROC S.A. Inscrição na OROC n.º 95 Registo na CMVM n.º 223 NIPC Capital Social euros Matriculada na CRC de Lisboa sob o n.º CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS E RELATÓRIO DE AUDITORIA CONTAS CONSOLIDADAS (Montantes expressos em milhares de euros m. euros) Introdução 1. Nos termos da legislação aplicável, apresentamos a Certificação Legal das Contas e Relatório de Auditoria sobre a informação financeira consolidada contida no Relatório de Gestão e as demonstrações financeiras consolidadas anexas do exercício de 2003 do Banco BPI, S.A. (anteriormente denominado BPI SGPS, S.A., tendo o seu objecto e denominação social sido alterados em 20 de Dezembro de 2002 nota 1), as quais compreendem o Balanço consolidado em 31 de Dezembro de 2003 que evidencia um total de m. euros e capitais próprios de m. euros, incluindo um resultado líquido de m. euros, as Demonstrações consolidadas dos resultados por naturezas e por funções e a Demonstração consolidada dos fluxos de caixa do exercício findo naquela data e as correspondentes notas. Responsabilidades 2. É da responsabilidade do Conselho de Administração do Banco BPI, S.A. (Banco): (i) a preparação de demonstrações financeiras consolidadas que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira do conjunto das empresas incluídas na consolidação, o resultado consolidado das suas operações e os seus fluxos consolidados de caixa; (ii) que a informação financeira histórica seja preparada de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites e que seja completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliários; (iii) a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados e a manutenção de sistemas de controlo interno apropriados; (iv) a informação de qualquer facto relevante que tenha influenciado a actividade do conjunto das empresas incluídas na consolidação, a sua posição financeira ou os seus resultados. 3. A nossa responsabilidade consiste em examinar a informação financeira contida nos documentos de prestação de contas acima referidos, incluindo a verificação se, para os aspectos materialmente relevantes, é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliários, competindo-nos emitir um relatório profissional e independente baseado no nosso exame. Âmbito 4. O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e as Directrizes de Revisão / Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que seja planeado e executado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras consolidadas estão isentas de distorções materialmente relevantes. Este exame incluiu a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e informações divulgadas nas demonstrações financeiras e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação. Este exame incluiu, igualmente, a verificação das operações de consolidação, da aplicação do método da equivalência patrimonial e de terem sido apropriadamente examinadas as demonstrações financeiras das empresas incluídas na consolidação, a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas, a sua aplicação uniforme e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias, a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade das operações, a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras consolidadas, e a apreciação, para os aspectos materialmente relevantes, se a informação financeira é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita. O nosso exame abrangeu ainda a verificação da concordância da informação financeira consolidada constante do Relatório de Gestão com os restantes documentos de prestação de contas consolidadas. Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião. Sede em Lisboa: Amoreiras Torre 1 7.º Lisboa Telefone Escritório no Porto: Av. da Boavista, º Porto Telefone Banco BPI Relatório e Contas 2003

227 MAGALHÃES, NEVES & ASSOCIADOS, SROC S.A. 2 Opinião 5. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras consolidadas referidas no parágrafo 1 acima apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira consolidada do Banco BPI, S.A. em 31 de Dezembro de 2003, o resultado consolidado das suas operações e os seus fluxos consolidados de caixa no exercício findo naquela data, em conformidade com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal para o sector bancário e a informação financeira nelas constante é, nos termos das definições incluídas nas Directrizes mencionadas no parágrafo 4 acima, completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita. Ênfases 6. Conforme descrito em maior detalhe na nota 2.4, no exercício de 2002 o Banco de Portugal, através do seu Aviso n.º 4 / 2002, de 25 de Junho, introduziu uma nova metodologia de determinação das menos-valias potenciais na carteira de participações financeiras e respectivo provisionamento, tendo estabelecido um regime transitório de registo gradual das provisões ao longo de um período máximo de cinco anos, aplicável ao conjunto de participações financeiras em carteira em 31 de Dezembro de Em 2003 o Banco optou por completar o registo das provisões requeridas pelo referido Aviso no prazo de dois anos, ou seja até 31 de Dezembro de 2003, tendo constituído no exercício de 2003 provisões de m. euros por contrapartida de prémios de emissão e reservas (notas 3.2, 4.24, 4.25 e 4.27). As provisões constituídas em 2002 ao abrigo do novo regime ascenderam a m. euros, tendo m. euros sido registados por contrapartida de reservas (notas 3.2, 4.25 e 4.27). 7. As demonstrações financeiras consolidadas relativas ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2002 são apresentadas pelo Banco de forma a dar cumprimento aos requisitos de publicação de contas. Estas demonstrações financeiras foram por nós examinadas e a nossa opinião sobre as mesmas, expressa no nosso relatório datado de 28 de Fevereiro de 2003, incluía uma ênfase sobre o assunto referido no parágrafo 6 acima. Porto, 4 de Março de 2004 Magalhães, Neves & Associados, SROC S.A. Representada por Maria Augusta Cardador Francisco Certificação legal das contas e relatório de auditoria 225

228 Relatório dos Auditores Amoreiras, Torre 1-15º Lisboa Portugal Aos Exmos. Senhores Accionistas do Banco BPI, S.A. Tel: +(351) Fax: +(351) (Montantes expressos em milhares de euros m. euros) 1. Auditámos as demonstrações financeiras consolidadas anexas do Banco BPI, S.A. (anteriormente denominado BPI SGPS, S.A., tendo o seu objecto e denominação social sido alterados em 20 de Dezembro de 2002 nota 1), as quais compreendem o Balanço consolidado em 31 de Dezembro de 2003, as Demonstrações consolidadas dos resultados por naturezas e por funções e a Demonstração consolidada dos fluxos de caixa do exercício findo naquela data e as correspondentes notas. Estas demonstrações financeiras consolidadas são da responsabilidade do Conselho de Administração do Banco BPI, S.A. (Banco). A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião profissional e independente, baseada na nossa auditoria daquelas demonstrações financeiras consolidadas. 2. A nossa auditoria foi efectuada de acordo com as normas de auditoria geralmente aceites em Portugal, as quais exigem que seja planeada e executada com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras estão isentas de distorções materialmente relevantes. Esta auditoria incluiu a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e informações divulgadas nas demonstrações financeiras consolidadas e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação. Esta auditoria incluiu igualmente, a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias, a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade das operações e a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras consolidadas. Entendemos que a auditoria efectuada proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião. 3. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras consolidadas referidas no parágrafo 1 acima apresentam de forma apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira consolidada do Banco BPI, S.A. em 31 de Dezembro de 2003, bem como o resultado consolidado das suas operações e os seus fluxos consolidados de caixa no exercício findo naquela data, em conformidade com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal para o sector bancário. 4. Conforme descrito em maior detalhe na nota 2.4, no exercício de 2002 o Banco de Portugal, através do seu Aviso n.º 4 / 2002, de 25 de Junho, introduziu uma nova metodologia de determinação das menos-valias potenciais na carteira de participações financeiras e respectivo provisionamento, tendo estabelecido um regime transitório de registo gradual das provisões ao longo de um período máximo de cinco anos, aplicável ao conjunto de participações financeiras em carteira em 31 de Dezembro de Em 2003 o Banco optou por completar o registo das provisões requeridas pelo referido Aviso no prazo de dois anos, ou seja até 31 de Dezembro de 2003, tendo constituído no exercício de 2003 provisões de m. euros por contrapartida de prémios de emissão e reservas (notas 3.2, 4.24, 4.25 e 4.27). As provisões constituídas em 2002 ao abrigo do novo regime ascenderam a m. euros, tendo m. euros sido registados por contrapartida de reservas (notas 3.2, 4.25 e 4.27). 5. As demonstrações financeiras consolidadas relativas ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2002 são apresentadas pelo Banco de forma a dar cumprimento aos requisitos de publicação de contas. Estas demonstrações financeiras foram por nós auditadas e a nossa opinião sobre as mesmas, datada de 28 de Fevereiro de 2003, incluía uma ênfase sobre o assunto referido no parágrafo 4 acima. Porto, 4 de Março de 2004 Audit Tax Consulting Corporate Finance Deloitte & Touche Quality Firm - Serviços Profissionais de Auditoria e Consultoria, S.A. Tipo: Sociedade Anónima - Capital Social: euros - NIPC: Matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Lisboa sob o n.º 1295 Sede: Amoreiras, Torre 1-15.º, Lisboa A member firm of Deloitte Touche Tohmatsu 226 Banco BPI Relatório e Contas 2003

229 Relatório e parecer do Conselho Fiscal RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL CONTAS CONSOLIDADAS Aos Accionistas do Banco BPI, S.A. Em conformidade com a legislação em vigor e o mandato que nos foi conferido, vimos submeter à vossa apreciação o nosso Relatório e Parecer que abrange a actividade por nós desenvolvida e os documentos consolidados de prestação de contas do Banco BPI, S.A. (anteriormente denominado BPI SGPS, S.A., tendo o seu objecto e denominação social sido alterados em 20 de Dezembro de 2002) relativos ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2003, os quais são da responsabilidade do Conselho de Administração. Ao longo do exercício de 2003 acompanhámos a evolução da actividade e os negócios do Banco BPI, S.A. e das principais empresas participadas, a regularidade dos seus registos contabilísticos e o cumprimento dos estatutos em vigor, tendo recebido do Conselho de Administração, dos diversos serviços do Banco e dos órgãos sociais e serviços das principais empresas participadas, as informações e esclarecimentos solicitados. No âmbito das nossas funções examinámos o Balanço consolidado em 31 de Dezembro de 2003, as Demonstrações consolidadas dos resultados por naturezas e por funções e dos fluxos de caixa e as respectivas notas anexas, bem como o Relatório de Gestão, preparado pelo Conselho de Administração, para o exercício findo naquela data. Adicionalmente, analisámos a Certificação Legal das Contas e Relatório de Auditoria, elaborado pelo Revisor Oficial de Contas vogal deste Conselho, o qual mereceu o nosso acordo. Face ao exposto, somos de opinião que, após considerado o assunto descrito no parágrafo 6 da Certificação Legal das Contas e Relatório de Auditoria, as demonstrações financeiras consolidadas supra referidas e o Relatório de Gestão, bem como a proposta nele expressa, estão de acordo com as disposições contabilísticas e estatutárias aplicáveis, pelo que poderão ser aprovados em Assembleia Geral de Accionistas. Desejamos ainda manifestar ao Conselho de Administração e aos serviços do Banco BPI, S.A. o nosso apreço pela colaboração prestada. Porto, 4 de Março de 2004 Jorge Figueiredo Dias Presidente José Ferreira Amorim Vogal Magalhães, Neves & Associados, SROC, S.A. Representada por Maria Augusta Cardador Francisco Vogal Relatório dos Auditores e Relatório e parecer do Conselho Fiscal 227

230

231 Relatório sobre o Governo do Grupo BPI

232 Relatório sobre o Governo do Grupo BPI Declaração de cumprimento Introdução Princípios orientadores da política de governo do Grupo BPI Estrutura, repartição de competências e funcionamento dos órgãos de gestão e controlo do Grupo BPI Estrutura de governo e fiscalização do Grupo Assembleia Geral Conselho de Administração Comissão Executiva do Conselho de Administração Comité de Auditoria e de Controlo Interno Conselho Fiscal Comissão de Remunerações Administração do Banco Português de Investimento Comissão de acompanhamento do governo do Grupo BPI Organograma funcional do Grupo Gestão de riscos Princípios da gestão de riscos Repartição de competências em matéria de controlo e gestão de riscos Auditores externos Independência Remuneração Outros mecanismos de salvaguarda Remuneração Política de remuneração Remuneração dos membros dos Conselhos de Administração do Banco BPI e do Banco Português de Investimento Programa de remuneração variável em acções Planos de pensões dos Administradores dos bancos Crédito aos membros do Conselho de Administração do Banco BPI Seguros dos Administradores do Banco BPI Controlo accionista e transmissibilidade das acções Controlo accionista Acordos parassociais relativos ao exercício de direitos sociais ou relativos à transmissibilidade de acções Banco BPI Relatório e Contas 2003

233 9. Exercício do direito de voto e representação de Accionistas Promoção do exercício do direito de voto Atribuição do direito de voto Procedimentos relativos à representação Procedimentos relativos ao voto por correspondência Procedimentos relativos ao voto por meios electrónicos Exercício de direitos sociais por entidades do Grupo BPI Ética e deontologia Compromisso para com rigorosas normas de natureza ética e deontológica Equidade e salvaguarda de situações de conflito de interesses Violação do sigilo profissional Actividade de intermediação de valores mobiliários Combate ao terrorismo e branqueamento de capitais Prevenção de situações de inside trading Negócios realizados entre o Banco BPI, de um lado e, do outro, membros do seu Conselho de Administração, membros do Conselho Fiscal, titulares de participações qualificadas ou sociedades pertencentes ao Grupo Comunicação com o mercado Princípios de divulgação da informação financeira e outros factos relevantes Direcção de Relações com os Investidores Sítio na Internet Representante para as relações com o mercado Acção Banco BPI Rendibilidade do Accionista Evolução em bolsa e comunicações ao mercado Política de dividendos 284 APÊNDICE Outros cargos de administração e fiscalização desempenhados em sociedades pelos membros do Conselho de Administração do Banco BPI, S.A. 285 Publicações, comunicações e eventos em Correspondência entre as normas e recomendações da CMVM sobre o governo das sociedades e o Relatório sobre o governo do BPI 288 Relatório sobre o Governo do Grupo BPI 231

234 Declaração de cumprimento O BPI cumpre integralmente as recomendações da CMVM relativas: ao governo das sociedades cotadas; ao exercício do voto por correspondência nas sociedades abertas; à divulgação de informação através da Internet. O sistema de remuneração do Conselho de Administração do Banco BPI e a sua divulgação pública respeitam os princípios e objectivos das Recomendações da CMVM sobre o Governo das Sociedades Cotadas, nomeadamente a Recomendação n.º 8, sem explicitar a remuneração individual de cada um dos seus membros. O actual sistema de remuneração, em vigor desde 2001, encontra-se descrito em capítulo próprio do Relatório e inclui, para os membros da Comissão Executiva do Conselho de Administração, uma componente variável em acções e opções, com regras próprias, definidas e tornadas públicas em cada exercício. Esta componente foi criada com o objectivo expresso de reforçar o alinhamento dos principais executivos do Banco com os interesses da Instituição e dos Accionistas. indicação individualizada da percentagem da remuneração variável que representa, para cada membro da Comissão Executiva do Conselho de Administração, o Programa de Remuneração Variável em Acções (RVA) relativo ao período abrangido pelo Relatório; indicação individualizada da quantidade de acções e opções atribuídas a cada membro da Comissão Executiva do Conselho de Administração, no âmbito do Programa de Remuneração Variável em Acções (RVA). Ponderados os interesses do BPI e dos seus Accionistas actuais e potenciais, as necessidades do mercado e os objectivos invocados nas recomendações da CMVM, a Comissão Executiva do Conselho de Administração considerou que a explicitação das remunerações individuais dos seus membros não acrescenta informação relevante para aqueles interesses, necessidades e objectivos, em relação às práticas já seguidas pelo Banco, que acolheu, por antecipação, o essencial da Recomendação n.º 8 da CMVM, segundo a qual a remuneração dos membros do órgão de administração deve ser estruturada por forma a permitir o alinhamento dos interesses daqueles com os interesses da sociedade e deve ser objecto de divulgação anual em termos individuais. Por sua vez, a informação contida no relatório sobre as condições de remuneração do Conselho de Administração inclui, desde 2001, os seguintes elementos: montante total, agregado, de todas as remunerações auferidas pelos membros do Conselho de Administração, distinguindo entre membros executivos e não-executivos e entre remunerações fixas e variáveis; 232 Banco BPI Relatório e Contas 2003

235 1. Introdução O Conselho de Administração do Banco BPI vem submeter à apreciação dos seus Accionistas e do mercado o seu Relatório sobre o Governo do Grupo BPI, relativo ao exercício de 2003, em cumprimento do seu dever de informação e transparência e em conformidade com as normas em vigor. prestação de informação complementar acerca da remuneração dos membros do Conselho de Administração; prestação de informação sobre a remuneração e independência dos auditores externos do Banco BPI; O Conselho de Administração do BPI tem procurado apresentar um relatório cada vez mais completo, com a preocupação de responder positivamente às iniciativas 1 da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) e de aperfeiçoar o modelo de governo do banco e a respectiva política de reporte, de acordo com as reflexões publicadas por diversos organismos europeus, nomeadamente a Comissão Europeia. Aperfeiçoamentos no Relatório de 2003 De entre todos os melhoramentos realizados no Relatório sobre o Governo do Grupo BPI relativo ao exercício de 2003, merecem especial destaque os seguintes: descrição sucinta da actividade desenvolvida e principais decisões tomadas pelos órgãos sociais do Banco BPI no exercício de 2003; revisão da relação de competências e de regras de funcionamento do Conselho de Administração do Banco BPI, da Comissão Executiva do Conselho de Administração do Banco BPI e do Comité de Auditoria e de Controlo Interno, em virtude da alteração dos respectivos regulamentos em 2003; aprofundamento do tema "ética e deontologia", designadamente dos aspectos associados à salvaguarda de conflitos de interesses, violação do sigilo profissional, diligência e lealdade na actividade de intermediação de valores mobiliários, combate ao terrorismo, branqueamento de capitais e prevenção de situações de inside trading; enumeração das propostas apresentadas à Assembleia Geral de Accionistas nos últimos quatro anos e dos resultados das respectivas votações, bem como a agenda preliminar da Assembleia Geral Anual, que se realizará no dia 20 de Abril de 2004, e canais disponíveis para a obtenção de informação sobre o evento; indicação da actividade desenvolvida pela Direcção de Relações com Investidores em 2003, incluindo informação pormenorizada sobre os conteúdos e funcionalidades do site de Relações com Investidores. 1) Consubstanciadas, principalmente, na aprovação do Regulamento da CMVM n.º 11 / 2003 e na revisão das suas "Recomendações sobre o Governo das Sociedades Cotadas" Relatório sobre o Governo do Grupo BPI 233

236 2. Princípios orientadores da política de governo do Grupo BPI Princípios orientadores da politica de governo do Grupo BPI 1 2 Transparência da gestão Informação interna permite aos membros do Conselho de Administração, aos membros do Conselho Fiscal e aos membros do do Comité de Auditoria e de Controlo Interno levar a cabo, com facilidade e eficácia, as suas funções de supervisão e fiscalização. Informação externa permite aos Accionistas, às autoridades, aos auditores, aos investidores e à comunidade, em geral, avaliar da qualidade e da conformidade da informação prestada e dos resultados alcançados. Independência da gestão executiva relativamente a qualquer Accionista individual ou a interesses específicos. 3 Equidade no relacionamento com os Accionistas, com os Clientes e com os Colaboradores. 4 Lealdade através da implementação de mecanismos que previnam a ocorrência de situações de conflito de interesses. 5 Eficiência no funcionamento e interacção de todos os órgãos de administração e fiscalização da Sociedade. 6 Rigor na administração dos diversos riscos subjacentes à actividade do Grupo. 7 Partilha através da adopção de modelos colegiais nos processos de tomada de decisão e no fomento do trabalho de equipa. 8 Desempenho e mérito como critérios fundamentais da política de remuneração dos Colaboradores e Administradores. 9 Harmonia No alinhamento entre os interesses dos Accionistas e dos Administradores e Colaboradores 10 Criação de valor como objectivo último da Administração e dos Colaboradores do BPI. 234 Banco BPI Relatório e Contas 2003

237 3. Estrutura, repartição de competências e funcionamento dos órgãos de gestão e de controlo do Grupo BPI 3.1. ESTRUTURA DE GOVERNO E FISCALIZAÇÃO DO GRUPO As grandes linhas estratégicas do Grupo BPI são definidas pelo Conselho de Administração do Banco BPI. Tais orientações, periodicamente validadas em Assembleia Geral de Accionistas, são depois implementadas pela Comissão Executiva do Conselho de Administração do Banco BPI, cuja actividade é sistematicamente acompanhada pelo Conselho de Administração. Com efeito, o Conselho de Administração aprova o plano e orçamento anual; avalia a evolução do Grupo face ao orçamento; delibera sobre a tomada de participações mais significativas em instituições financeiras, sobre a aquisição de posições de elevado montante no capital de outras empresas; acompanha a evolução de riscos de crédito e dos riscos de mercado; avalia a gestão dos fundos de pensões e o comportamento da carteira de participações financeiras e a gestão dos fundos de pensões relativamente às principais instituições com que concorre no mercado; e analisa os juízos emitidos por agências de rating, por entidades de supervisão e por analistas financeiros sobre a actividade do Grupo BPI. Nas reuniões plenárias em 2003 realizaram-se sete são ainda aprovados os resultados trimestrais do Grupo e a comunicação dos mesmos ao mercado. A Comissão Executiva do Conselho de Administração do Banco BPI é o órgão executivo responsável pela gestão da actividade do Grupo, e as funções mais relevantes que assume são a alocação de capital, a avaliação da rendibilidade dos principais negócios, a gestão dos riscos financeiros, a decisão sobre os riscos de crédito e o acompanhamento dos mesmos, a decisão de investimento ou de desinvestimento nas participações de capital, e a definição da política de recursos humanos. A fim de assegurar um mais estreito acompanhamento de todas as áreas de risco do Grupo BPI, foi criado, em 1999, no âmbito do Conselho de Administração, o Comité de Controlo Interno, que recentemente passou a designar-se Comité de Auditoria e de Controlo Interno. Este órgão integra quatro Administradores não-executivos, dos quais dois são vice-presidentes do Conselho de Administração, e tem por principais funções a escolha dos auditores externos, a fixação dos programas anuais para as auditorias internas e externas, o acompanhamento dos procedimentos do sistema de controlo interno dos dois bancos portugueses do Grupo, bem como das áreas cuja actividade dê lugar aos riscos operacionais mais importantes para o Grupo BPI. Ao Conselho Fiscal compete acompanhar toda a actividade do Banco BPI, zelando pela observância da lei e dos estatutos. A Comissão de Remunerações fixa a remuneração dos titulares dos órgãos sociais do Banco BPI e procede à avaliação dos elementos da Comissão Executiva do Banco BPI e do Conselho de Administração do Banco Português de Investimento, com vista à determinação das respectivas remunerações variáveis anuais. O Secretário da Sociedade, além de desempenhar as funções previstas na lei, é responsável pelas relações com as autoridades de supervisão e fiscalização, nomeadamente, o Banco de Portugal, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) 1, o Instituto de Seguros de Portugal, a Direcção Geral de Impostos e Inspecção de Finanças. Compete ainda ao Secretário do Banco BPI elaborar as actas do Conselho de Administração e da Comissão Executiva, promovendo a circulação das mesmas por todos os membros e assegurando o envio dos documentos de apoio às reuniões do Conselho de Administração. Os estatutos do Banco BPI estão disponíveis no web site de Relações com Investidores localizado no endereço Banco BPI Assembleia Geral de Accionistas Comissão de Remunerações Comité de Auditoria e de Controlo Interno Conselho de Administração do Banco BPI Conselho Fiscal Secretário da sociedade Comissão Executiva do Banco BPI Comissão Executiva da Banca de Investimento 1) Em articulação com o Representante para as Relações com o Mercado de Valores Mobiliários. Relatório sobre o Governo do Grupo BPI 235

238 3.2. ASSEMBLEIA GERAL Composição, modo de participação e atribuições A Assembleia Geral (AG) é o órgão social constituído pelos Accionistas com direito a voto isto é, todos os titulares de, pelo menos, mil acções do Banco BPI que aprecia matérias de vital importância para a vida da sociedade, sobre elas delibera e vota. PRINCIPAIS COMPETÊNCIAS DA ASSEMBLEIA GERAL Eleição dos membros do Conselho de Administração, do Conselho Fiscal, da Comissão de Remunerações e da Mesa da Assembleia Geral. Apreciação do relatório anual do Conselho de Administração, discussão e votação do balanço e contas consolidadas e individuais, assim como o parecer do Conselho Fiscal. Apreciação da orientação estratégica e das políticas adoptadas. Deliberação sobre a aplicação dos resultados do exercício, os aumentos de capital e a emissão de obrigações convertíveis em acções ou conferentes do direito a subscrever acções. Deliberação sobre alterações aos estatutos. Regras de funcionamento A Assembleia Geral Anual deve, por lei, reunir até ao final do mês de Maio. O Presidente da Mesa deverá proceder à convocação extraordinária da Assembleia Geral, sempre que tal lhe seja solicitado pelo Conselho de Administração, pelo Conselho Fiscal, por Accionistas titulares de acções correspondentes a, pelo menos, 5% do capital social ou noutros casos previstos na lei. A Assembleia Geral pode deliberar, em primeira convocação, qualquer que seja o número de Accionistas presentes ou representados. Exceptua-se a votação de propostas relativas a alterações nos estatutos do Banco ou operações de fusão, cisão ou dissolução da Sociedade, entre outras situações especiais previstas na lei. Nestes casos, é necessário que estejam presentes ou representados Accionistas que detenham, pelo menos, acções correspondentes a um terço do capital social. Em segunda convocação, a Assembleia pode deliberar, seja qual for o número de Accionistas presentes ou representados e o capital por eles representado. Os Accionistas que não possuam mil acções podem agrupar-se, de forma a perfazer este número, e adquirir assim direito de voto. Por disposição estatutária, não são considerados os votos emitidos por um só Accionista, em nome próprio ou como representante de outro ou de outros, que excedam 12.5% da totalidade dos votos correspondentes ao capital social. Os Accionistas dispõem de diversas formas de participação na Assembleia: presencial, mediante representação (por outros Accionistas ou por terceiros), voto por correspondência postal e, pela primeira vez, na Assembleia Geral Anual a realizar em 20 de Abril de 2004, poderão exercer o voto por correspondência electrónica. Composição da Mesa da Assembleia Geral Presidente Rui Manuel Chancerelle de Machete Vice-Presidente Vasco Manuel Airão Marques Secretários Galucho Indústrias Metalomecânicas, S.A. (representada por Vitalina Justino Antunes) Produtos Sarcol, Lda. (representada por Estela M. Barbot) Nas últimas três Assembleias, realizadas a 3 de Abril de 2002, 8 de Novembro de 2002 e 10 de Abril de 2003, estiveram presentes ou representados Accionistas detentores de acções correspondentes a 57.2%, 60.4% e 59.3% dos direitos de voto, respectivamente. O Accionista ou Accionistas que possuam acções correspondentes a, pelo menos, 5% do capital social podem requerer que na ordem de trabalhos de uma Assembleia Geral, já convocada ou a convocar, sejam incluídos determinados assuntos. Já no decorrer das Assembleias Gerais, qualquer Accionista pode requerer que lhe sejam prestadas as informações necessárias a formar opinião fundamentada sobre os assuntos sujeitos a deliberação. Não obstante a faculdade expressa no parágrafo anterior, as propostas apresentadas à Assembleia de Accionistas têm sido, em geral, da iniciativa do Conselho de Administração. Resultados das Assembleias de Accionistas desde 2000 As propostas apresentadas em Assembleia Geral têm sido, consistentemente, aprovadas pela totalidade ou quase totalidade dos Accionistas presentes ou representados, conforme é possível verificar no quadro seguinte. 236 Banco BPI Relatório e Contas 2003

239 Propostas (em termos genéricos) apresentadas nas Assembleias de Accionistas realizadas nos últimos quatro anos e percentagem de votos a favor que obtiveram 29 Mar Set Mar Jun Abr Nov Abr. 03 Relatório e contas 99.99% % % % Aplicação de resultados 99.99% % % % Apreciação geral da administração e fiscalização % % % % Aquisição e alienação de acções próprias % % % Eleição trienal dos órgãos sociais % Alteração dos estatutos % Reorganização societária % % 3 - Alteração aa composição do Conselho de Administração % % Aumento de capital % % - - 1) Proposta de voto de confiança e louvor aos membros do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal apresentada por um Accionista. 2) Proposta de um Accionista. 3) Nesta Assembleia foram votadas quatro propostas, todas referentes ao projecto de reorganização societária concluído no final de ) Associada a esta proposta, foi ainda votada uma outra, relativa à limitação do direito de preferência dos Accionistas, que foi aprovada com igual percentagem de votos. A última Assembleia Extraordinária decorreu no dia 8 de Novembro de 2002, com o objectivo de deliberar sobre as propostas apresentadas relativas aos seguintes projectos: projecto de fusão por incorporação da BPI Ventures e da Dixit Investimentos Estratégicos no BPI SGPS; projecto de cisão do Banco Português de Investimento, na modalidade de cisão-fusão, envolvendo o destaque de elementos do respectivo património para o BPI SGPS cisão que, nos termos do respectivo projecto, envolvia igualmente a redução do capital social do Banco Português de Investimento, de euros para euros e a correspondente alteração do artigo 4.º dos estatutos daquela sociedade cindida; projecto de fusão por incorporação do Banco BPI no BPI SGPS e alteração dos artigos 1.º, 3.º e 8.º do contrato de sociedade do BPI SGPS, a fim de possibilitar a esta sociedade o exercício da actividade bancária, bem como a emissão de warrants autónomos; projecto de fusão por incorporação da BPI Factor, da BPI Leasing e da Estratégia, SGPS, no BPI SGPS. Estas propostas foram aprovadas por unanimidade. Reunião da Assembleia Geral Anual em 2003 A Assembleia Geral de Accionistas do Banco BPI reuniu, em 2003, por uma única vez, no dia 10 de Abril. Estiveram presentes ou representados Accionistas detentores de acções correspondentes a 59.3% dos direitos de voto, tendo os Accionistas deliberado e aprovado as propostas que se seguem. Percentagem de votos A favor Abstenções Contra Relatório de gestão e contas individuais e consolidadas do Banco BPI, referentes ao exercício de % 0.014% - Aplicação dos resultados do exercício de 2002, incluindo a distribuição de um dividendo de oito cêntimos a cada uma das acções representativas do capital social, em 31 de Dezembro de % - - Voto de confiança e louvor ao Conselho de Administração e ao Conselho Fiscal, extensivo a todos e a cada um dos membros dos órgãos sociais, pelo modo como exerceram os respectivos mandatos durante o exercício de % 0.446% 0.009% Alteração dos artigos 2.º, 7.º, 8.º, 11, 14, 16, 17 e 18 dos estatutos da Sociedade % - - Aquisição e alienação de acções próprias % % Ratificação da cooptação feita para preenchimento de uma vaga no Conselho de Administração % 0.002% - Relatório sobre o Governo do Grupo BPI 237

240 O BPI adopta a política de anunciar publicamente, após conclusão da Assembleia Geral, os resultados das deliberações dos Accionistas através de comunicado difundido no web site da CMVM ( enviado aos órgãos de comunicação social generalistas e especializados e através do web site de Relações com Investidores do BPI ( 3. da apreciação geral da administração e fiscalização da Sociedade; 4. do preenchimento de uma vaga no Conselho de Administração; 5. de uma proposta de alteração do artigo 12 dos estatutos da Sociedade; 6. da aquisição e alienação de acções próprias. Assembleia Geral Anual 20 de Abril de 2004 A próxima Assembleia Geral Anual realizar-se-á no dia 20 de Abril, pelas 11 horas, na Fundação de Serralves, na cidade do Porto. O Conselho de Administração irá propor aos Accionistas a deliberação e votação: 1. do relatório de gestão e contas individuais e consolidadas do Banco BPI, relativas ao exercício de 2003; 2. da proposta de aplicação dos resultados do exercício de 2003; O BPI tem a preocupação permanente de estimular a participação dos Accionistas na vida da Sociedade, designadamente, nas reuniões da Assembleia Geral. Para o efeito, promove activamente o exercício do direito de voto presencial, por representação ou por correspondência postal e electrónica, facultando aos Accionistas muito para além daquilo que lhe seria exigível por lei toda a informação e meios necessários à participação destes nas referidas reuniões. Toda a informação é facultada aos Accionistas, simultaneamente, em língua portuguesa e inglesa. Informação preparatória da Assembleia Geral de Accionistas de 20 de Abril de 2004 e meios de informação disponíveis Elementos obrigatórios por lei ou regulamento 3 Convocatória Presencialmente 1 Internet ( Disponibilizados pelo BPI Canais de Comunicação Linha telefónica informativa (ag2004@bpi.pt) sobre a AGA ( ) Por iniciativa do BPI Correio Postal Por solicitação do accionista 2 Outros canais Web site da CMVM ( 4 Media Data de disponibilidade nos canais BPI 19 Março 04 Propostas do Conselho de Administração: Alteração dos estatutos Outras propostas Relatório e contas 5 referente ao exercício de Março 04 5 Abril 04 5 Abril 04 Outros cargos de administração e fiscalização desempenhados em outras sociedades pelos membros dos órgãos sociais Nome, qualificações e experiência profissional de um novo membro a propor para o Conselho de Administração 5 Abril 04 5 Abril 04 Elementos adicionais disponibilizados pelo BPI Minutas para o exercício de voto por representação 4 30 Março 04 Solicitação de emissão de declaração de registo e mobilização 4 30 Março 04 Boletins de voto para o exercício de voto por correspondência postal 4 30 Março 04 Minutas para o exercício de voto por correspondência electrónica 4 30 Março 04 Esclarecimento de questões 19 Março 04 Estatutos e regulamentos do Banco BPI 19 Março 04 Resultados das votações das propostas 20 Abril 04 1) Na sede do Banco BPI (Direcção de Relações com Investidores, Rua Tenente Valadim, n.º 284, 3.º andar, Porto) e em Lisboa, na Direcção de Relações Públicas, no Largo Jean Monnet, n.º 1, 1.º andar. 2) Endereço postal: Assembleia Geral de Accionistas - Abril de 2004, Departamento de Títulos - Área de Fundos e Serviços, Rua Tenente Valadim, 284, Porto. 3) Código das Sociedades Comerciais (artigo 289) e Regulamentos da CMVM (n.º 11/2003). 4) Enviados a Accionistas detentores de 5 ou mais direitos de voto. 5) Relatório de gestão, contas individuais e consolidadas, certificação legal das contas e parecer do Conselho Fiscal. 238 Banco BPI Relatório e Contas 2003

241 3.3. CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Competências do Conselho de Administração O Conselho de Administração do Banco BPI é o órgão social ao qual cabe zelar pelos interesses gerais da Sociedade, praticando todos os actos necessários ou convenientes para o desenvolvimento das actividades previstas no objecto social. O Conselho de Administração tem delegado numa Comissão Executiva a gestão corrente da Sociedade, dentro dos limites definidos pelo respectivo regulamento. Competências do Presidente do Conselho de Administração Cabe ao Presidente do Conselho de Administração coordenar a actividade do Conselho, dirigindo as respectivas reuniões e velando pela execução das suas deliberações. Ao Presidente compete ainda, em primeira linha, a responsabilidade de representar a instituição junto dos poderes públicos e demais autoridades. PRINCIPAIS COMPETÊNCIAS DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Escolher a Comissão Executiva e estar sistematicamente a par da respectiva actividade. Aprovar o plano estratégico, bem como o plano e orçamento anual do Grupo BPI, acompanhando periodicamente a execução do mesmo. Aprovar exposições de risco superiores a 15% do capital próprio e manter-se informado a respeito das mesmas. Apreciar, anualmente, o sistema interno de rating, aplicado a todas as empresas com risco de crédito e cujo volume de vendas seja superior a 1.25 milhões de euros. Analisar a evolução das principais participações de capital do Grupo BPI. Deliberar sobre investimentos e parcerias estratégicas. Acompanhar a evolução das responsabilidades e dos activos dos fundos de pensões dos Colaboradores do Grupo. Preparar os documentos de prestação de contas e a proposta de aplicação de resultados a apresentar à Assembleia Geral. Propor à Assembleia Geral eventuais alterações aos estatutos, aumentos de capital e emissões de obrigações que não sejam da sua competência (isto é, obrigações convertíveis em acções e obrigações conferentes do direito a subscrever acções). Deliberar a emissão de obrigações, quando para tal for competente. Aprovar os códigos de conduta das sociedades que domina totalmente. Representar a Sociedade em juízo ou fora dele, activa e passivamente, instaurar e contestar quaisquer procedimentos judiciais ou arbitrais, confessar, desistir ou transigir em quaisquer acções e comprometer-se em arbítrios. Adquirir, alienar ou onerar quaisquer bens ou direitos; Constituir mandatários para a prática de determinados actos, ou categorias de actos, definindo a extensão dos respectivos mandatos. Relatório sobre o Governo do Grupo BPI 239

242 Composição do Conselho de Administração O Conselho de Administração do Banco BPI é, actualmente, composto por 19 membros, dos quais sete constituem a Comissão Executiva. Composição do Conselho de Administração do Banco BPI Conselho de Administração Comissão Administradores não-executivos Executiva Não-independentes Independentes Comité de Auditoria e de Controlo Interno Comissão de Remunerações Presidente Artur Santos Silva Vice-Presidentes 1) Em representação da Caixa Holding, S.A. 2) Em representação da RAS International, N. V. 3) Em representação da IPI Itaúsa Portugal, SGPS, S.A. 4) Em representação da Cotesi Companhia de Têxteis Sintéticos, S.A. 5) Em representação da Arsopi Indústria Metalúrgica Arlindo Soares de Pinho, S.A. Presidente Carlos da Câmara Pestana Presidente 3 Fernando Ulrich Vice-Presidente Rui Octávio Matos de Carvalho Presidente Vogais Alfredo Rezende de Almeida 4 António Domingues António Farinha Morais Armando Leite de Pinho 5 Fernando Ramirez 1 Isidro Fainé Casas João Sanguinetti Talone José Pena do Amaral Klaus Dührkop Manuel de Oliveira Violas Manuel Ferreira da Silva Maria Celeste Hagatong Diethart Breipohl 2 Roberto Egydeo Setúbal Tomaz Jervell Os membros do Conselho de Administração são eleitos por períodos de três anos, sendo sempre possível a sua reeleição. Qualificação dos membros do Conselho de Administração quanto à independência O Conselho é composto por dezanove membros. De acordo com os critérios estabelecidos no Regulamento da CMVM n.º 11 / 2003, cinco Administradores do Banco BPI qualificam-se como «não-independentes» pelo facto de exercerem funções de administração em sociedades susceptíveis de serem consideradas como concorrentes do BPI. A saber: os Administradores Carlos da Câmara Pestana e Roberto Egydeo Setúbal exercem funções de administração em bancos do Grupo Itaú; os Administradores Isidro Fainé Casas e Fernando Ramirez exercem funções de administração ou direcção em instituições de crédito do Grupo La Caixa; o Administrador Diethart Breiphol exerce funções de administração no Crédit Lyonnais e no Banco Popular Español. Informa-se, por outro lado, que o Administrador não-executivo Klaus Dürkop representa o Accionista Allianz, detentor, em 31 de Dezembro de 2003, de 8.8% do capital do BPI; o Administrador não-executivo Armando Leite de Pinho e pessoas e entidades com ele relacionadas detém 2.9% do capital do BPI; o Administrador não-executivo Manuel de Oliveira Violas é Presidente do Conselho de Administração da Violas, SGPS, S.A., detentora de uma participação de 2.9% no capital do BPI; e o Administrador não-executivo Tomaz Jervell é o presidente do Conselho de Gerência da AutoSueco, Lda., sociedade que controla 1.6% do capital social do BPI. 240 Banco BPI Relatório e Contas 2003

243 Regras de funcionamento O Conselho de Administração só pode deliberar estando presente ou estando representada a maioria dos seus membros. As decisões são tomadas por maioria absoluta de votos e o Presidente tem voto de qualidade. Qualquer membro do Conselho de Administração pode fazer-se representar por outro membro do Conselho de Administração, mas nenhum poderá representar, em cada reunião, mais de um membro. Informação aos membros não-executivos Com o objectivo de manter os Administradores não-executivos permanentemente informados sobre a situação do Grupo é-lhes enviada mensalmente informação sobre a situação económico- -financeira consolidada do Grupo, bem como sobre a evolução e situação das principais unidades de negócio e do fundo de pensões do Banco BPI. Esta informação contém texto justificativo das alterações mais salientes e inclui, sempre que possível, a comparação da evolução no mês e a acumulada com o orçamento e com o período homólogo do ano anterior. Paralelamente, os Administradores não-executivos são regularmente informados das principais decisões tomadas pela Comissão Executiva através de documento preparado pelo Secretário da Sociedade, que assiste a todas as reuniões da Comissão Executiva e elabora as respectivas actas. Regulamentos e códigos de conduta Cabe ainda ao Conselho de Administração regular o seu funcionamento interno, através da elaboração e aprovação de regulamentos. A mais recente revisão dos regulamentos do Conselho de Administração e da Comissão Executiva ocorreu em 3 de Dezembro de Os Accionistas podem consultar os referidos regulamentos na sede da Sociedade e no site Os membros do Conselho de Administração estão vinculados a um rigoroso dever de confidencialidade sobre as matérias discutidas nas reuniões do Conselho, e os membros que façam parte da Comissão de Remunerações e do Comité de Auditoria e de Controlo Interno estão obrigados ao cumprimento do mesmo dever, quanto às reuniões destes órgãos. CONFLITOS DE INTERESSES Artigo 9.º do Regulamento do Conselho de Administração 1. Os membros do Conselho de Administração devem dar conta de qualquer interesse, directo ou indirecto, que eles, algum dos seus familiares ou entidades a que profissionalmente se encontrem ligados, possam ter na Empresa em relação à qual seja considerada a possibilidade de uma tomada de participação ou de os bancos ou sociedades do Grupo BPI concederem um financiamento ou prestarem algum serviço. 2. Nas circunstâncias referidas no número anterior, deverão eles descrever a natureza e extensão de tal interesse e, caso este seja substancial, abster-se de participar na discussão e / ou votação de qualquer proposta que a essa operação diga respeito. A lei portuguesa 1 estabelece que os Administradores, assim como os membros do Conselho Fiscal, são solidariamente responsáveis para com a sociedade e para com os credores sociais 2, respondendo pela inobservância culposa de disposições legais e dos deveres estatutários. Os membros do Conselho de Administração detinham, em nome individual, em 31 de Dezembro de 2003, 0.5% do capital social e representavam Accionistas ou exerciam cargos de administração em Accionistas, que, à data de 31 de Dezembro de 2003, eram detentores de acções correspondentes a 48.3% do capital do Banco BPI. A relação dos cargos desempenhados pelos membros do Conselho de Administração do Banco BPI em empresas do Grupo BPI ou em outras sociedades é apresentada em apêndice a este relatório. Os membros do Conselho de Administração encontram-se vinculados, de forma idêntica, a rigorosos deveres de informação e actuação, com o objectivo de assegurar que, no desempenho das suas funções, não possam vir a colocar-se em situação em que haja ou possa haver conflitos de interesses. 1) Código das Sociedades Comerciais Capítulo VII: "Responsabilidade civil pela constituição, administração e fiscalização da sociedade". 2) Quando o património da Sociedade se torne insuficiente para a satisfação dos referidos créditos. Relatório sobre o Governo do Grupo BPI 241

244 Exercício das funções do Conselho em 2003 O Conselho de Administração reuniu por sete vezes em Nas reuniões de 29 de Janeiro e 3 de Março de 2004 o Conselho de Administração apreciou e deliberou sobre matérias respeitantes ao exercício de 2003, em especial a aprovação das propostas de relatório e contas do exercício e das propostas de distribuição de resultados a apresentar aos Accionistas. Durante o exercício de 2003, e nas reuniões de 29 de Janeiro e 3 de Março de 2004, o Conselho de Administração do Banco BPI ponderou e aprovou, entre outras, as matérias que abaixo se indicam. Principais deliberações do Conselho de Administração Definição das políticas gerais do Grupo Início de reflexão tendo em vista as opções estratégicas do Grupo BPI num horizonte de médio prazo. 29 Janeiro 2004 Aprovação dos planos e orçamentos Aprovação da alteração do Orçamento do Grupo BPI para Abril 2003 Aprovação do Plano e Orçamento do Grupo BPI para Dezembro 2003 Prestação de contas e proposta de aplicação de resultados Aprovação do projecto de Relatório e Contas e da Proposta de Aplicação de Resultados, relativos aos exercícios de 2002 e Fevereiro 2003 para apresentar à Assembleia Geral de Accionistas. 3 Março 2004 Emissão de obrigações Renovação / revisão do Euro Medium Term Note Programm (EMTN Programme) e elevação do respectivo montante global. 24 Abril 2003 Iniciativas de apresentação de propostas à Assembleia Geral de Accionistas Aprovação da proposta de Convocatória das Assembleia Gerais Ordinárias de Accionistas, realizada em 10 Abril 2003 e a realizar 27 Fevereiro 2003 em 20 Abril 2004, bem como as propostas a apresentar pelo Conselho de Administração naquelas Assembleias. 3 Março 2004 Competência legal Aprovação do projecto de fusão, por incorporação, da sociedade Crediuniverso Serviços de Marketing, S.A. no Banco BPI, S.A. 11 Setembro 2003 Normas de funcionamento interno Aprovação da designação do Vice-Presidente Fernando Ulrich para o cargo de Presidente da Comissão Executiva do Conselho 3 Dezembro 2003 de Administração com efeitos a partir da realização da Assembleia Geral de Accionistas convocada para o dia 20 Abril 2004 Aprovação da introdução de alterações nos Regulamentos do Conselho de Administração, da Comissão Executiva do Conselho 24 Abril 2003 de Administração e do Comité de Auditoria e Controlo Interno. 3 Dezembro 2003 Prossecução dos interesses gerais da sociedade, assegurar a gestão dos seus negócios Apreciação das contas consolidadas, relativas aos exercícios de 2002 e 2003, respectivamente, e deliberação sobre a sua divulgação pública. 3 Fevereiro Janeiro 2004 Aprovação das contas consolidadas do primeiro semestre 2003 e deliberação sobre a sua divulgação pública. 30 Julho 2003 Apreciação das contas consolidadas dos primeiro e terceiro trimestres 2003, respectivamente, e deliberação sobre a sua divulgação pública. 24 Abril Outubro 2003 Análise da evolução do comportamento das acções do Banco BPI em bolsa. 2003: 3 Fev., 27 Fev., 24 Abr., 30 Jul., 23 Out. e 3 Dez. 2004: 27 Jan. e 3 Mar. Análise das exposições individuais a riscos de crédito superiores a 15% dos capitais próprios consolidados do BPI e análise, em 2003: 27 Fev., 30 Jul. 23 Outubro 2003, dos resultados da aplicação dos sistemas de avaliação do risco quer na área de crédito a empresas quer e 23 Out. na área de negócios com particulares (especialmente crédito hipotecário) e pequenos negócios. 2004: 3 Mar. Análise das responsabilidades por pensões de reforma e de sobrevivência e a respectiva cobertura pelo Fundo de Pensões bem 2003: 24 Abr., 30 Jul., como a rendibilidade por este conseguida. 23 Out. e 3 Dez. 2004: 29 Jan. e 3 Mar. Análise da evolução dos principais investimentos que integram a carteira de participações financeiras do BPI e aprovação, em 30 Jul. 2003, 30 Jul., 23 Out. da alienação da participação no Banc Post e da aquisição de 50% do capital social da Crediuniverso. e 3 Dez Análise da evolução do programa de redução dos efectivos do Grupo. 24 Abril 2003 Apreciação dos critérios de aplicação do RVA Programa de Remuneração Variável em Acções pelo desempenho dos Membros 27 Fevereiro 2003 da Comissão Executiva do Conselho de Administração e demais Colaboradores durante o exercício de 2003 e aprovação, em 3 Dezembro Dezembro 2003 e em 3 Março 2004, de alterações ao mesmo programa. 3 Março 2004 Análise da situação e perspectivas da economia portuguesa. 24 Abr., 30 Jul. e 3 Dez Aprovação da prestação de garantia pelo Banco BPI à emissão pelo BPI Capital Finance Ltd (ou outra subsidiária a constituir para 30 Julho 2003 o efeito) de até duzentos e cinquenta milhões de euros de acções preferenciais sem voto. O Conselho de Administração foi informado pelo Presidente do Comité de Auditoria e de Controlo Interno sobre a actividade 30 Julho, 23 Outubro desenvolvida por este órgão. e 3 Dezembro 2003 Apreciação da posição comercial do BPI no sistema financeiro Português por referência a um conjunto de características de 23 Outubro 2003 percepção pelo mercado, de atributos próprios e de produtos. Apreciação da qualidade dos serviços prestados pelo Banco BPI e pelos seus balcões (medido através do Índice de Qualidade de Serviço). 23 Outubro Banco BPI Relatório e Contas 2003

245 COMUNICADO SOBRE ALTERAÇÃO NA COMPOSIÇÃO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DO BANCO BPI O Engenheiro João Talone, membro não-executivo do Conselho de Administração do BPI, tomou a iniciativa de renunciar ao seu mandato, que terminaria no final de 2004, pondo termo, com a idade de 80 anos, à sua carreira profissional. A decisão terá efeitos a partir da próxima Assembleia Geral, prevista para 20 de Abril. O Engenheiro João Talone licenciou-se em engenharia de minas no Instituto Superior Técnico e concluiu com distinção um mestrado na Universidade de Lovaina em 1948, altura em que iniciou a sua carreira profissional como Director Técnico da Companha União Fabril Portuense (CUFP) que viria a dar origem, após a sua nacionalização, à Unicer. Foi o principal responsável pelo grande desenvolvimento da CUFP onde exerceu as funções de Administrador, Administrador-Delegado e Presidente do Conselho de Administração. Em representação da CUFP, foi Administrador da CUCA, empresa pioneira e líder do sector cervejeiro em Angola. De 1972 até à nacionalização, em 1975, exerceu, sucessivamente, as funções de Administrador Executivo do Banco Português do Atlântico, onde criou a área de promoção e acompanhamento das participações industriais. Pertenceu à Comissão de Reestruturação do Sector Cervejeiro, de 1975 a 1976, e foi Administrador do Grupo Artois (Bélgica), uma das principais empresas cervejeiras da Europa. Já após a privatização da Unicer, foi Vice-Presidente do Conselho de Administração da empresa, em representação do BPI. Foi também membro da Academia de Cervejeiros dos Estados Unidos. O Engenheiro João Talone participou no projecto do BPI desde a sua concepção, tendo sido promotor, fundador e membro do Conselho de Administração da SPI Sociedade Portuguesa de Investimentos, que deu origem ao Banco. Integrou o Conselho Geral e a sua Comissão Especial até à transformação daquele órgão em Conselho de Administração, a que sempre pertenceu. O Conselho de Administração e os principais Accionistas do BPI manifestam ao Engenheiro João Talone o mais profundo reconhecimento pela sua inestimável contribuição para a criação, afirmação e sucesso do Grupo. Será proposto à Assembleia Geral o nome do Dr. Pedro Barreto para ocupar o lugar aberto no elenco do Conselho de Administração. Se for eleito pela Assembleia Geral, o Dr. Pedro Barreto será nomeado pelo Conselho de Administração para a Comissão Executiva. O Dr. Pedro Barreto, de 38 anos, é licenciado em Gestão de Empresas pela Universidade Católica de Lisboa e frequentou o Programa de Formação de Executivos da Universidade de Stanford, na Califórnia. Entrou no BPI em Outubro de 1988 e ocupa desde Novembro de 1998 o cargo de Director-Central de Marketing de Particulares, sendo membro da Comissão Executiva para a Banca Comercial, desde Agosto de 2000, e tendo tido uma importante participação no processo de modernização e crescimento do Banco. Porto, 5 de Março de 2004 O Conselho de Administração do Banco BPI Relatório sobre o Governo do Grupo BPI 243

246 3.4. COMISSÃO EXECUTIVA DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Competências da Comissão Executiva A Comissão Executiva do Conselho de Administração (Comissão Executiva) do Banco BPI é o órgão responsável pela gestão global da actividade do Grupo. Todos os membros da Comissão Executiva desempenham um papel activo na gestão corrente do negócio do Grupo, tendo sob sua responsabilidade uma ou mais áreas específicas do negócio, de acordo com o respectivo perfil e com as especializações individuais. Sem prejuízo da maior ou menor concentração de um ou outro elemento numa determinada área, o processo de tomada de decisão em matéria relacionada com a condução operacional do Grupo desenrola-se de modo colegial. São conferidos, à Comissão Executiva do Conselho de Administração do Banco BPI, os amplos poderes de gestão necessários ou convenientes para o exercício da actividade bancária. PRINCIPAIS COMPETÊNCIAS DA COMISSÃO EXECUTIVA Concessão de crédito e garantias, desde que de tal não resulte um envolvimento com uma só entidade ou Grupo, cuja expressão seja superior a 15% dos capitais próprios consolidados do Banco BPI. Realização de operações cambiais. Realização de operações passivas, incluindo emissão de obrigações de caixa e instrumentos financeiros de natureza similar. Investimento ou desinvestimento em participações de capital, à excepção das participações em Bancos e Companhias de Seguros. Aquisição, alienação ou oneração de quaisquer outros valores mobiliários, imobiliários, bens móveis e serviços. Admissão de Colaboradores, definição das condições remuneratórias e exercício do poder disciplinar. Abertura ou encerramento de sucursais ou agências. Encontram-se vedados à Comissão Executiva todos os actos de gestão que não se encontrem previstos na lista de competências que faz parte do seu regulamento. Competências do Presidente da Comissão Executiva Cabe ao Presidente da Comissão Executiva coordenar as suas actividades, convocar e dirigir as reuniões da Comissão, velando pela execução das respectivas deliberações. As competências do Presidente da Comissão Executiva do Conselho de Administração e as competências do Presidente do Conselho de Administração encontram-se perfeitamente delimitadas por força da existência de dois regulamentos autónomos que balizam as competências de cada um. Não obstante o essencial desses regulamentos se encontrar neste Relatório, a versão integral de ambos pode ser consultada no web site ou por solicitação à Direcção de Relações com Investidores através do endereço investor_relations@bpi.pt. Composição da Comissão Executiva Constituem a Comissão Executiva sete Administradores Executivos independentes. Presidente Artur Santos Silva Vice-Presidente Fernando Ulrich Vogais António Domingues José Pena do Amaral Maria Celeste Hagatong Manuel Ferreira da Silva António Farinha Morais No seu conjunto, os membros da Comissão Executiva detinham, em 31 de Dezembro de 2003, 0.2% do capital social. Designação dos representantes do Banco nas Assembleias Gerais das sociedades suas participadas. Designação das pessoas que deverão exercer os cargos sociais para os quais o Banco venha a ser eleito. Emissão de instruções vinculativas para as sociedades que estiverem com a Sociedade em relação de grupo constituído por domínio total. Representação do Banco em juízo ou fora dele. Nomeação de mandatários para a prática de determinados actos. 244 Banco BPI Relatório e Contas 2003

247 Experiência e qualificação profissional dos membros da Comissão Executiva do Conselho de Administração do Banco BPI Artur Santos Silva (Presidente) Data de nascimento Formação académica Principais cargos desempenhados no Grupo BPI Admissão no Grupo BPI Experiência profissional 22 de Maio de 1941 (62 anos) 1985: Stanford Executive Program, Stanford University 1963: Licenciatura em Direito na Universidade de Coimbra Presidente do Conselho de Administração do Banco BPI Presidente da Comissão Executiva do Banco BPI Presidente do Conselho de Administração do Banco Português de Investimento Presidente do Conselho de Administração do Banco de Fomento Angola 1981: Presidente da SPI Sociedade Portuguesa de Investimentos : Vice-Governador do Banco de Portugal : Secretário de Estado do Tesouro : Director do Banco Português do Atlântico : Assistente da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, nas cadeiras de Finanças Públicas e Economia Política Fernando Ulrich (Vice-Presidente) Data de nascimento Formação académica Principais cargos desempenhados no Grupo BPI Principais áreas de responsabilidade no Grupo BPI Admissão no Grupo BPI Experiência profissional 26 de Abril de 1952 (51 anos) : Frequência do Curso de Gestão de Empresas no Instituto Superior de Economia de Lisboa Vice-Presidente do Conselho de Administração do Banco BPI Vice-Presidente da Comissão Executiva do Conselho de Administração do Banco BPI Vice-Presidente do Banco Português de Investimento Vice-Presidente do Banco de Fomento Angola Responsabilidade global sobre a Banca de Retalho, Contabilidade e Planeamento, Financiamento Imobiliário e Gestão de Activos 1983: Director-adjunto da SPI Sociedade Portuguesa de Investimentos : Chefe de Gabinete do Ministro das Finanças e do Plano : Técnico no Secretariado para a Cooperação Económica Externa do Ministério dos Negócios Estrangeiros (Relações com a EFTA, OCDE e GATT) : Membro da Delegação de Portugal junto da OCDE (Paris) responsável pelos assuntos económicos e financeiros : Responsável pela secção sobre mercados financeiros do semanário Expresso António Domingues (Vogal) Data de nascimento Formação académica Principais cargos desempenhados no Grupo BPI Principais áreas de responsabilidade no Grupo BPI Admissão no Grupo BPI Experiência profissional 30 de Dezembro de 1956 (47 anos) 1979: Licenciatura em Economia pelo Instituto Superior de Economia (ISE); prémio Prof. Beirão da Veiga para a mais elevada classificação de licenciatura Vogal do Conselho de Administração do Banco BPI Membro da Comissão Executiva do Banco BPI Vogal do Conselho de Administração do Banco de Fomento Angola Presidente da Comissão Executiva do Banco de Fomento Angola Direcção Financeira, Direcção Internacional, Sistemas de Informação, Cartões, Operações e Aprovisionamento, Segurança e Instalações, e Património 1989: Director responsável pela Direcção Financeira do Banco Português de Investimento : Director-geral adjunto da sucursal em França do Banco Português do Atlântico : Técnico assessor do Departamento de Estrangeiro do Banco de Portugal : Director do Departamento de Estrangeiro do Instituto Emissor de Macau 1981: Economista no IAPMEI Até 1981: Técnico economista no Gabinete de Estudos e Planeamento do Ministério da Indústria e Energia Relatório sobre o Governo do Grupo BPI 245

248 José Pena do Amaral (Vogal) Data de nascimento Formação académica Principais cargos desempenhados no Grupo BPI Principais áreas de responsabilidade no Grupo BPI Admissão no Grupo BPI Experiência profissional 29 de Novembro de 1955 (48 anos) 1978: Licenciado em Economia pelo Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa Vogal do Conselho de Administração do Banco BPI Membro da Comissão Executiva do Banco BPI Comunicação, Marca, Qualidade, Formação, Seguros, Banca de Protocolos, Banca Automática, Financiamento Automóvel e Crédito Pessoal 1986: Assessor da Direcção do Banco Português de Investimento : Consultor da Casa Civil do Presidente da República para os Assuntos Europeus : Chefe do Gabinete do Ministro das Finanças e do Plano; membro permanente da delegação ministerial portuguesa nas negociações para a adesão de Portugal às Comunidades Económicas Europeias : Membro do gabinete de consultores Jalles & Vasconcelos Porto; correspondente do Expresso, da RTP e da Deutsche Welle em Bruxelas : Chefe da delegação da ANOP em Bruxelas : Editor do suplemento de economia do Diário de Notícias : Jornalista profissional do Diário de Notícias Maria Celeste Hagatong (Vogal) Data de nascimento Formação académica Principais cargos desempenhados no Grupo BPI Principais áreas de responsabilidade no Grupo BPI Admissão no Grupo BPI Experiência profissional 2 de Julho de 1952 (52 anos) 1977: Licenciatura em Finanças pelo Instituto Superior de Economia da Universidade Técnica de Lisboa Vogal do Conselho de Administração do Banco BPI Membro da Comissão Executiva do Banco BPI Banca de Empresas, Wholesale Banking, Marketing de Empresas, Banca Institucional e Project Finance 1985: Directora de projectos do Departamento de Empresas do BPI : Directora dos Serviços Financeiros da Direcção-Geral do Tesouro do Ministério das Finanças : Membro do Conselho de Administração do Fonds de Rétablissement du Conseil de L'Europe : Responsável pelo Departamento de Finanças Locais do Ministério de Administração Interna Manuel Ferreira da Silva (Vogal) Data de nascimento Formação académica Principais cargos desempenhados no Grupo BPI Principais áreas de responsabilidade no Grupo BPI Admissão no Grupo BPI Experiência profissional 25 de Fevereiro de 1957 (47 anos) 1982: MBA, curso de pós-graduação em Gestão de Empresas da Universidade Nova de Lisboa em colaboração com a Wharton School (Universidade da Pennsylvania) 1980: Licenciatura em Economia pela Faculdade de Economia da Universidade do Porto Vogal do Conselho de Administração do Banco BPI Membro da Comissão Executiva do Banco BPI Presidente da Comissão Executiva do Conselho de Administração do Banco Português de Investimento Banca de Investimento, Private Equity, Relações com Investidores e Análise e Controlo de Riscos 1983: Técnico do Departamento de Operações Financeiras da SPI Sociedade Portuguesa de Investimentos : Docente na Faculdade de Economia da Universidade do Porto : Adjunto do director do Centro de Investigação Operacional da Armada António Farinha Morais (Vogal) Data de nascimento Formação académica Principais cargos desempenhados no Grupo BPI Principais áreas de responsabilidade no Grupo BPI Admissão no Grupo BPI Experiência profissional 2 de Agosto de 1951 (52 anos) 1974: Licenciatura em Finanças pelo ISCEF Vogal do Conselho de Administração do Banco BPI Membro da Comissão Executiva do Banco BPI Rede de Particulares e Pequenos Negócios, Riscos de Crédito de Particulares, Emigração 1996: Director-central responsável pela Rede de Particulares e Pequenos Negócios do Banco BPI : Administrador do Banco de Fomento e Exterior e do Banco Borges & Irmão 1992: Administrador da Companhia de Seguros Aliança : Administrador do Banco Pinto & Sotto Mayor : Administrador da SEFIS e da Eurofinanceira, sociedades do Grupo BFE : Director dos serviços Financeiros e Mercado de Capitais do Banco de Fomento e Exterior : Técnico analista de projectos de investimento no Banco de Fomento e Exterior : Docente no Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa e no Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Lisboa : Responsável administrativo e financeiro de um grupo de quatro empresas 246 Banco BPI Relatório e Contas 2003

249 Alteração da Presidência da Comissão Executiva do Banco BPI O Conselho de Administração do Banco BPI deliberou, em 3 de Dezembro de 2003, designar o Vice-Presidente Fernando Ulrich para o cargo de Presidente da Comissão Executiva do Conselho de Administração, com efeitos a partir da realização da Assembleia Geral de Accionistas convocada para o dia 20 de Abril de O texto que se segue constitui a reprodução do comunicado então emitido. ANÚNCIO DE ALTERAÇÃO NA PRESIDÊNCIA DA COMISSÃO EXECUTIVA DO BANCO BPI O Conselho de Administração do Banco BPI, reunido em Lisboa a 3 de Dezembro de 2003, aprovou por unanimidade a designação do Vice-Presidente Fernando Ulrich para o cargo de Presidente da Comissão Executiva do Conselho de Administração, com efeitos a partir da data da próxima Assembleia Geral, que deverá realizar-se em Abril de A designação de Fernando Ulrich foi proposta pelo Presidente do Conselho de Administração, Artur Santos Silva, que cessará funções executivas na mesma data, após a aprovação das contas de 2003, exercício em que completou 62 anos, limite de idade para o desempenho de funções executivas no Banco, de acordo com o artigo 26, número 3 dos Estatutos. O limite de idade para o exercício de funções executivas no Conselho de Administração foi fixado em 1998 por proposta do Presidente do Conselho de Administração, Artur Santos Silva. Os titulares dos órgãos sociais do BPI são eleitos em Assembleia Geral por períodos de três anos, renováveis. Os membros do Conselho de Administração designam entre si a Comissão Executiva e o seu Presidente. O actual mandato terminará em Abril de 2005, mantendo-se em funções o Presidente do Conselho, Artur Santos Silva, os Vice-Presidentes Carlos da Câmara Pestana, Ruy de Carvalho e Fernando Ulrich, bem como os vogais do Conselho. Os membros do Conselho de Administração do BPI manifestaram a Artur Santos Silva o maior apreço pela obra realizada desde 1981 como líder e fundador do BPI, primeira instituição financeira privada criada em Portugal desde 1974, e felicitam-se pela sua continuidade como Presidente do Conselho de Administração e Presidente da Comissão de Auditoria e de Controlo Interno do Banco. Os membros do Conselho de Administração congratulam-se com a designação de Fernando Ulrich para Presidente da Comissão Executiva, sublinhando o seu papel decisivo no desenvolvimento do Grupo BPI, para o qual entrou em Julho de 1983, e a afinidade que sempre manteve com o Presidente do Conselho de Administração, Artur Santos Silva. Essa afinidade é considerada especialmente importante para uma boa coordenação entre o Conselho de Administração e a sua Comissão Executiva, nesta fase nova da vida do Banco em que, pela primeira vez, os dois órgãos são presididos por pessoas diferentes. Lisboa, 3 de Dezembro de 2003 O Conselho de Administração Regras de funcionamento A Comissão Executiva só pode deliberar na presença da maioria dos seus membros; as decisões são tomadas por maioria absoluta de votos e o Presidente tem voto de qualidade. Não é admitido o voto por representação. Os Administradores que sejam membros da Comissão Executiva cessam funções na Comissão, assim que forem aprovadas as contas respeitantes ao exercício em que completarem 62 anos. No exercício de 2003, a Comissão Executiva reuniu 51 vezes. Relatório sobre o Governo do Grupo BPI 247

250 Comissões Executivas especializadas A Comissão Executiva reúne pelo menos uma vez por mês para tratar de assuntos de interesse geral relacionados com o Banco BPI e com as suas participadas. Ocupa-se semanalmente de três áreas especializadas da gestão do Grupo, para as quais foram criadas três comissões específicas: Comissão Executiva para a Banca Comercial Comissão Executiva para os Riscos de Crédito Comissão Executiva para os Riscos de Mercado Comissão Executiva Riscos de Crédito Comissão Executiva do Banco BPI Comissão Executiva Banca Comercial Comissão Executiva Riscos de Mercado Comissão Executiva para a Banca Comercial A Comissão Executiva para a Banca Comercial, presidida pelo Vice-Presidente da Comissão Executiva do Conselho de Administração do Banco BPI, é o órgão responsável pela gestão da infra-estrutura tecnológica, das estruturas centrais de apoio às redes comerciais, e da actividade relacionada com Clientes particulares, pequenos negócios e empresas. A Comissão é constituída por cinco Administradores Executivos do Banco BPI Fernando Ulrich, António Domingues, José Pena do Amaral, Maria Celeste Hagatong e António Farinha Morais, um Administrador não-executivo do Banco de Investimento Manuel Menezes e dois Directores-Centrais do Banco BPI Benjamim Pinho e Pedro Barreto, cujas áreas de responsabilidade se referem no quadro abaixo. Principais áreas de responsabilidade dos membros da Comissão Executiva da Banca Comercial Fernando Ulrich Presidente António Domingues José Pena do Amaral Maria Celeste Hagatong Responsabilidade global sobre a Banca de Retalho, Contabilidade e Planeamento, Financiamento Imobiliário e Gestão de Activos. Direcção Financeira, Direcção Internacional, Sistemas de Informação, Cartões, Operações e Aprovisionamento, Segurança e Instalações, e Património. Comunicação, Marca, Qualidade, Formação, Seguros, Banca de Protocolos, Banca Automática, Financiamento Automóvel e Crédito Pessoal. Banca de Empresas, Wholesale Banking, Marketing de Empresas, Banca Institucional e Project Finance. António Farinha Morais Rede de Particulares e Pequenos Negócios, Riscos de Crédito de Particulares, Emigração. Manuel Menezes Benjamim Pinho Auditoria e Inspecção, Títulos e Transferências, Organização, Leasing Mobiliário, Factoring, Créditos documentários e recursos de Clientes. Riscos de Crédito a Empresas. Pedro Barreto Marketing Operacional e Estratégico e Novos Canais (Internet, banca telefónica e banca electrónica) Comissão Executiva para os Riscos de Crédito A Comissão Executiva para os Riscos de Crédito é o órgão que toma as principais decisões relacionadas com a concessão, o acompanhamento e a recuperação de processos de crédito. Este órgão inclui (para além dos elementos da Comissão Executiva do Banco BPI) dois Administradores não-executivos do Banco de Investimento Francisco Costa e Maria do Carmo Oliveira, responsáveis respectivamente pelas áreas de wholesale banking, Sul e Norte, o Director-Central responsável pela Direcção de Riscos de Crédito Benjamim Pinho, o Director-Central, responsável pela Banca Institucional Filipe Cartaxo e os Directores-Centrais da Banca de Empresas, Maria Isabel Lacerda (Direcção de Grandes Empresas, Norte), João Álvares Ribeiro (Direcção de Médias Empresas, Norte), João Coutinho (Direcção de Grandes Empresas, Sul) e Joaquim Pinheiro (Direcção de Médias Empresas, Sul). Desde Fevereiro de 2004 participa também neste órgão o Director-Central João Ermida, responsável pela Direcção de Mercados. 248 Banco BPI Relatório e Contas 2003

251 Comissão Executiva para os Riscos de Mercado A Comissão Executiva Para os Riscos de Mercado é o órgão que procede à análise da conformidade das posições e dos mecanismos associados à avaliação dos riscos de taxa de juro, cambial e de acções. Para além de incluir os membros da Comissão Executiva do Banco BPI, este órgão é composto pelo Administrador do Banco Português de Investimento, Rui Martins dos Santos, responsável pela área de análise e controlo de riscos e pelo departamento de estudos económicos e financeiros; pela Directora-Central, Isabel Castelo Branco, responsável pelas direcções financeiras de ambos os bancos do Grupo; e pelo Director-Central, José Manuel Toscano, responsável pela Direcção Internacional. Desde Fevereiro de 2004, participa também neste órgão o Director-Central, João Ermida. A política, os procedimentos e a repartição de competências entre os vários órgãos e departamentos em matéria de controlo e gestão dos riscos do Grupo risco de crédito, risco de mercado, risco de liquidez e risco operacional encontram-se pormenorizadamente descritos em capítulo autónomo do relatório de gestão. Relatório sobre o Governo do Grupo BPI 249

252 3.5. COMITÉ DE AUDITORIA E DE CONTROLO INTERNO O Comité de Auditoria e de Controlo Interno, criado no âmbito do Conselho de Administração e em funcionamento desde 1999, é constituído por quatro Administradores não-executivos. Por disposição do regulamento do Conselho de Administração, o Comité só pode incluir membros sem funções executivas. A independência dos membros deste Comité perante a Comissão Executiva visa assegurar, de forma adequada, o cumprimento das funções que lhe estão atribuidas. Competências do Comité de Auditoria e de Controlo Interno Compete ao Comité de Auditoria e de Controlo Interno: zelar pela existência de um sistema adequado de controlo interno dos bancos e das sociedades relacionadas com a actividade de seguros e de gestão de activos dominadas pelo Grupo BPI e pelo efectivo cumprimento dos respectivos objectivos; Composição do Comité de Auditoria e de Controlo Interno escolher os auditores externos; Presidente Vogais Ruy Octávio Matos de Carvalho Carlos da Câmara Pestana Alfredo Rezende de Almeida Caixa Holding, S.A., Sociedad Unipersonal (Fernando Ramirez) supervisionar a actividade das auditorias interna e externa dos bancos do Grupo BPI. O Comité fixou os objectivos que se seguem, com vista a cumprir a missão que lhe foi confiada: PRINCIPAIS OBJECTIVOS DO COMITÉ DE AUDITORIA E DE CONTROLO INTERNO 1. Avaliar a eficiência do Grupo no uso dos seus recursos e no estabelecimento de mecanismos de controlo que o protejam de eventuais perdas, decorrentes do exercício da sua actividade, nomeadamente dos riscos de crédito, de mercado, de liquidez e do risco operacional nela envolvidos. 2. Assegurar a integridade, fiabilidade e actualidade da informação contabilística e financeira que alimenta os sistemas de informação de gestão. 3. Assegurar a conformidade das operações e dos negócios dos bancos do Grupo com os dispositivos legais e outros normativos emitidos pelas autoridades de supervisão, bem como com os regulamentos e as políticas gerais do Grupo BPI. 4. Aprovar e acompanhar a execução dos programas de auditoria externa e interna, procedendo nomeadamente à avaliação das recomendações de alteração de procedimentos elaboradas pelos auditores externos. 5. Aprovar os honorários a pagar aos auditores externos pela prestação do serviço de auditoria; 6. Apreciar os relatórios sobre o sistema de controlo interno a remeter anualmente ao Banco de Portugal (BP) por todas as instituições de crédito e sociedades financeiras do Grupo BPI e acompanhar todas as acções de inspecção do BP, da CMVM, do Instituto de Seguros de Portugal, da Direcção- -Geral de Impostos e da Inspecção-Geral de Finanças. 7. Prevenir o envolvimento do Grupo BPI em operações relacionadas com o branqueamento de capitais. 8. Analisar as provisões económicas da carteira de crédito, as provisões específicas para participações financeiras e para a carteira de títulos. 9. Analisar as ocorrências geradoras de prejuízos resultantes de fraudes de Clientes ou Colaboradores. 10. Apreciar as exposições a risco de crédito superiores a 5% e inferiores a 15% dos capitais próprios consolidados do Banco BPI. 11. Apreciar os incumprimentos superiores a 90 dias, relativos a exposições a risco de crédito superiores a 500 mil euros. 12. Manter-se a par das menos-valias decorrentes da carteira de títulos e participações financeiras. 13. Acompanhar a situação dos fundos de pensões dos Colaboradores dos bancos controlados pelo Grupo BPI. 14. Analisar as reclamações de Clientes sistematicamente reportadas nos relatórios elaborados pela Direcção de Qualidade. 250 Banco BPI Relatório e Contas 2003

253 Actividade do Comité em 2003 O Comité de Auditoria e de Controlo Interno acompanha os trabalhos de introdução dos IAS (normas internacionais de contabilidade) e das alterações decorrentes do acordo Basileia II, mantendo-se ainda informado dos principais aspectos abordados nas reuniões de acompanhamento com as agências de rating que avaliam o Banco BPI. Os auditores externos e internos dos bancos do Grupo BPI participam nas reuniões do Comité de Auditoria e de Controlo Interno e prestam-lhe directa colaboração. O Comité é ainda assistido, sem direito a voto, pelo Presidente da Comissão Executiva do Conselho de Administração, pelo Administrador do Grupo BPI que seja responsável pelas áreas de controlo interno e auditoria dos bancos do Grupo BPI, pelos membros de alta direcção que sejam responsáveis por estas áreas, bem como por aqueles em cuja participação na apreciação dos assuntos agendados se veja conveniência. O Comité de Controlo Interno reuniu quatro vezes em Síntese da actividade do Comité de Auditoria e de Controlo Interno em 2003 Avaliar a eficiência do Grupo no uso dos seus recursos e no estabelecimento de mecanismos de controlo que o protejam de eventuais perdas decorrentes do exercício da sua actividade (gestão de riscos) Análise do âmbito, objectivos e desenvolvimentos de um projecto que visa o aperfeiçoamento da gestão do risco operacional, tendo ainda em vista a progressiva aproximação às regras previstas no Acordo de Basileia II. Ponto da situação referente ao projecto «Risco operacional» e lançamento das bases para o estudo do impacto, no cálculo do capital regulamentar do Banco, dos métodos de medição do risco operacional propostos no Acordo de Basileia II. 17 de Junho 19 de Novembro Assegurar a conformidade das operações e dos negócios dos bancos do Grupo com os dispositivos legais e outros normativos emitidos pelas autoridades de supervisão, bem como com os regulamentos e a políticas gerais do Grupo BPI Comparação das conclusões do survey do Comité de Basileia à prática bancária internacional, em matéria de auditoria interna e supervisão bancária, com a prática do Grupo BPI. 17 de Junho Assegurar a integridade, fiabilidade e actualidade da informação contabilística e financeira que alimenta os sistemas de informação de gestão Aprovar e acompanhar a execução dos programas de auditoria externa e interna, procedendo nomeadamente à avaliação das recomendações de alteração de procedimentos elaboradas pelos auditores externos Análise das conclusões e sugestões da Deloitte & Touche relativas ao trabalho de revisão dos procedimentos existentes na Direcção de Títulos Transferências e Crédito, nas áreas de garantias e de crédito a empresas. Balanço da actividade desenvolvida pela Direcção de Auditoria e Inspecção aos Serviços Centrais, Estrangeiro e Participadas no segundo semestre de 2002 e aprovação do plano de auditoria para o segundo quadrimestre de Balanço da actividade desenvolvida pela Direcção de Auditoria e Inspecção Comercial, no segundo semestre de Aprovação do plano de revisões de procedimentos a efectuar pelos auditores externos, em Análise das conclusões e sugestões da Deloitte & Touche relativas ao trabalho de revisão dos procedimentos adoptados pela Direcção de Recursos Humanos, no cálculo da responsabilidade com pensões, no controlo da informação enviada à BPI Pensões e no processamento salarial e de pensões. Análise das conclusões e sugestões da Deloitte & Touche relativas ao trabalho de revisão dos procedimentos abrangidos pela metodologia de classificação das operações geridas pela Direcção Financeira; debate de aspectos suscitados pela introdução das normas internacionais de contabilidade (IAS). Balanço da actividade desenvolvida pela Direcção de Auditoria e Inspecção aos Serviços Centrais, Estrangeiro e Participadas, no primeiro semestre de 2003, e aprovação do plano de auditoria para o terceiro quadrimestre de Balanço da actividade desenvolvida pela Direcção de Auditoria e Inspecção Comercial, no primeiro semestre de Análise das conclusões e sugestões da Deloitte & Touche relativas ao trabalho de revisão dos procedimentos adoptados pela Direcção de Financiamento Automóvel, e na aplicação de gestão de cauções da Direcção de Títulos Transferências e Crédito. Apreciação dos relatórios do sistema de controlo interno das sociedades BPI Fundos e SOFINAC. Balanço da actividade desenvolvida pela Direcção de Auditoria e Inspecção aos Serviços Centrais, Estrangeiro e Participadas nos meses de Julho, Agosto, Setembro e Outubro. Análise das conclusões e sugestões da Deloitte & Touche relativas ao trabalho de revisão dos procedimentos adoptados pelo departamento de private banking do Banco Português de Investimento. Análise das conclusões e sugestões de um documento da Deloitte & Touche referente às áreas fiscais do Banco BPI e do Banco Português de Investimento. 19 de Março 19 de Março 19 de Março 19 de Março 17 de Junho 17 de Junho 24 de Setembro 24 de Setembro 24 de Setembro 24 de Setembro 19 de Novembro 19 de Novembro 19 de Novembro Relatório sobre o Governo do Grupo BPI 251

254 Síntese da actividade do Comité de Auditoria e de Controlo Interno em 2003 (continuação) Aprovar os honorários a pagar aos auditores externos pela prestação do serviço de auditoria Estabelecimento dos termos de colaboração com a Deloitte & Touche para o ano de 2004, incluindo honorários. 19 de Novembro Apreciar os relatórios sobre o sistema de controlo interno a remeter anualmente ao Banco de Portugal por todos os bancos e sociedades financeiras do Grupo BPI e acompanhar todas as acções de inspecção do Banco de Portugal, da CMVM, do ISP Instituto de Seguros de Portugal e da DGCI Direcção Geral de Contribuções e Impostos Apreciação dos relatórios de controlo interno do Banco BPI e do Banco Português de Investimento a enviar ao Banco de Portugal. Tomada de conhecimento das cartas do Banco de Portugal sobre o conteúdo dos pareceres dos órgãos de fiscalização relativos ao sistema de controlo interno. Apreciação dos relatórios de controlo interno das sociedades BPI Fundos e SOFINAC enviados para o Banco de Portugal. 17 de Junho 17 de Junho 24 de Setembro Analisar as provisões económicas da carteira de crédito, as provisões específicas para participações financeiras e para a carteira de títulos Troca de considerações acerca do cumprimento de uma circular do Banco de Portugal que determina a elaboração, por parte dos auditores externos, de um relatório semestral sobre a quantidade de provisões económicas adequadas ao risco implícito na carteira de crédito. Análise do relatório apresentado pelos auditores externos, em cumprimento das orientações definidas pelo Banco de Portugal, sobre a quantificação das provisões económicas adequadas ao risco implícito na carteira de crédito do Banco BPI, com referência a 30 de Junho. 19 de Março 19 de Novembro Analisar as ocorrências geradoras de prejuízos resultantes de fraudes de Clientes ou Colaboradores Levantamento das ocorrências detectadas pelas Direcção de Auditoria e Inspecção do Banco (DAISP e DAIC), no segundo semestre de 2002, e das quais resultaram prejuízos; medidas correctivas e sanções disciplinares aplicadas. Levantamento das ocorrências detectadas pelas Direcção de Auditoria e Inspecção do Banco (DAISP e DAIC), no primeiro semestre 19 de Março 24 de Setembro de 2003, e das quais resultaram prejuízos; medidas correctivas e sanções disciplinares aplicadas. Levantamento das ocorrências detectadas pelas Direcção de Auditoria e Inspecção do Banco (DAISP e DAIC), no terceiro trimestre de 2003, e das quais resultaram prejuízos; medidas correctivas e sanções disciplinares aplicadas. Apreciação de um documento contendo um elenco das deficiências e omissões mais comuns, que as acções de auditoria e inspecção detectaram e, identificação das lacunas que mais favorecem a prática de fraudes e dificultam a identificação dos respectivos autores. 19 de Novembro 19 de Novembro Apreciar as exposições a risco de crédito superiores a 5% e inferiores a 15% dos capitais próprios consolidados do Banco BPI Análise da exposição do Banco aos riscos de crédito compreendidos entre os cinco e 15 milhões de euros, incluindo uma avaliação da situação económico-financeira das empresas com rating na classe "C" ou nas quais haja montantes mais significativos envolvidos. 24 de Setembro Apreciar os incumprimentos superiores a 90 dias, relativos a exposições a risco de crédito superiores a 500 mil euros Análise dos casos de Clientes com incumprimentos de valores superiores a 100 mil euros e relativamente aos quais o Banco tem uma exposição superior a 500 mil euros. 24 de Setembro Manter-se a par das menos-valias decorrentes da carteira de títulos e participações financeiras Análise das menos-valias associadas a participações financeiras (à luz do Aviso do Banco de Portugal 4 / 2002), das provisões constituídas para a respectiva cobertura e impacto nos fundos próprios. 24 de Setembro Acompanhar a situação dos fundos de pensões dos Colaboradores dos Bancos controlados pelo Grupo BPI Apreciação da rendibilidade apresentada pelo Fundo de Pensões do Banco em 2002, assim como da composição da carteira de activos do mesmo. Análise da actividade da BPI Fundos, especialmente da evolução da rendibilidade (por categoria de activos) das carteiras, e da captação de novos Clientes. 19 de Março 24 de Setembro 252 Banco BPI Relatório e Contas 2003

255 3.6. CONSELHO FISCAL Competências do Conselho Fiscal Compete ao Conselho Fiscal fiscalizar a actividade da Sociedade, observando o cumprimento rigoroso da Lei e dos Estatutos. No âmbito desta competência, o Conselho Fiscal elabora anualmente um relatório sobre a sua actuação e emite um parecer sobre os documentos de prestação de contas e sobre a proposta de aplicação de resultados, apresentados pelo Conselho de Administração à Assembleia Geral. Os membros do Conselho Fiscal estão dotados das qualificações técnicas designadamente nas áreas do direito, da contabilidade e da gestão financeira e da experiência profissional que lhes permite cumprir, de forma efectiva e rigorosa, as responsabilidades que lhes estão cometidas. Importa notar que, em Portugal, é obrigatório por lei que um dos membros efectivos e um dos membros suplentes do Conselho Fiscal sejam revisores oficiais de contas (ou sociedades de revisores oficiais de contas). Composição do Conselho Fiscal Presidente Jorge de Figueiredo Dias Vogais José Ferreira Amorim Magalhães, Neves & Associados, SROC (Augusta Francisco) Vogal Suplente António Dias & Associados, SROC (António Dias) O Conselho Fiscal reuniu cinco vezes, ao longo de EXPERIÊNCIA E QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL DOS MEMBROS DO CONSELHO FISCAL Jorge de Figueiredo Dias, 66 anos de idade. É professor catedrático de Direito Penal, Processo Penal e Ciência Criminal na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Foi, até 2003, Presidente do Conselho Científico desta Faculdade, onde desempenhou, também, os cargos de Presidente da Assembleia de Representantes, do Conselho Directivo e do Conselho Pedagógico. É membro eleito do Senado da Universidade de Coimbra, em representação dos professores. É professor na Faculdade de Direito da Universidade Católica Portuguesa, na Faculdade de Direito de Macau, na Universidade Paris I (Panthéon Sorbonne) e na Universidade Val Paraíso (Chile). É professor responsável pelo Instituto de Direito Penal Económico Europeu (Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra) e presidente do respectivo Conselho de Direcção. É membro do Conselho Directivo da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento. Foi presidente da Assembleia Geral da Caixa Geral de Depósitos. José Ferreira de Amorim, 78 anos de idade. É presidente do Conselho de Administração da SIMON Sociedade Imobiliária do Norte, S.A., e da RIAOVAR Empreendimentos Turísticos e Imobiliários, S.A. É procurador da SANOR Sociedade Agrícola do Norte, Lda. A partir de 1950 e até 1987, foi sócio-gerente de empresas do Grupo Amorim. Relatório sobre o Governo do Grupo BPI 253

256 3.7. COMISSÃO DE REMUNERAÇÕES Competências da Comissão de Remunerações A Comissão de Remunerações tem por atribuições fixar a remuneração dos titulares dos órgãos sociais do Banco BPI, definir a política de remunerações e aplicar o regime de reforma dos membros da Comissão Executiva do Banco BPI e do Conselho de Administração do Banco Português de Investimento. Composição da Comissão de Remunerações A Comissão de Remunerações é composta por três Accionistas eleitos trienalmente pela Assembleia Geral, os quais, por sua vez, elegem o presidente, que dispõe de voto de qualidade. Constituem presentemente a Comissão os Accionistas Itaúsa Portugal, Cotesi Companhia de Têxteis Sintéticos, S.A., e Arsopi Indústria Metalúrgicas Arlindo Soares de Pinho, S.A. Presidente Itaúsa Portugal Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. Vogais Cotesi Companhia de Têxteis Sintéticos, S.A. Arsopi Industrias Metalúrgicas Arlindo Soares de Pinho, S.A. ACTIVIDADE DA COMISSÃO DE REMUNERAÇÕES A Comissão de Remunerações procedeu, em 28 de Janeiro de 2004, ao ajustamento, para vigorar a partir de 2004 e até ao termo do seu mandato, das remunerações mensais dos membros da Comissão Executiva do Banco BPI e dos demais membros do Conselho de Administração do Banco Português de Investimento, que deverão ter um aumento correspondente à variação aplicável, de acordo com o ACTV, ao nível 18. A Comissão de Remunerações estabeleceu, em 17 de Abril de 2003 e em 28 de Janeiro de 2004, os valores das remunerações variáveis dos membros da Comissão Executiva do Banco BPI e dos demais membros do Conselho de Administração do Banco Português de Investimento, relativas ao exercício de funções em 2002 e em 2003, respectivamente. A Comissão de Remunerações deliberou, em 17 de Abril de 2003 e em 28 de Janeiro de 2004, sobre as condições do RVA Programa de Remuneração. Variável em Acções aos membros da Comissão Executiva do Banco BPI e aos demais membros do Conselho de Administração do Banco Português de Investimento, tendo fixado o custo das opções, respectivamente, em 0.33 euros (2002) e 0.45 euros (2003), e o preço das acções em 2.14 euros (2002) e em 3.13 euros (2003). A Comissão de Remunerações decidiu, em 17 de Abril de 2003, que o crédito à habitação concedido aos membros da Comissão Executiva do Banco BPI, não enquadrável no ACTV para o sector bancário, deverá obedecer a condições iguais às que são aplicáveis aos Clientes do Banco BPI. A Comissão de Remunerações exerceu as funções atribuídas no âmbito do regime de reforma dos Administradores do Grupo BPI, aprovado pelo então Conselho Geral, na sua deliberação de 25 de Julho de Nenhum Administrador tem a faculdade de fixar a sua própria remuneração. Os princípios, critérios e montantes envolvidos na fixação da remuneração dos titulares dos órgãos sociais do Banco BPI serão abordados de forma pormenorizada no capítulo sete ("Remuneração") do presente Relatório. 254 Banco BPI Relatório e Contas 2003

257 3.8. ADMINISTRAÇÃO DO BANCO PORTUGUÊS DE INVESTIMENTO O Banco Português de Investimento é a unidade que desenvolve o negócio de banca de investimento do Grupo, nomeadamente as actividades de Corporate Finance, Acções e Private Banking. O Conselho de Administração do Banco Português de Investimento é constituído por 11 elementos: o Presidente e o Vice-Presidente, que são os mesmos da Comissão Executiva do Banco BPI, cinco Administradores Executivos e quatro Administradores Não-executivos. A gestão corrente da actividade encontra-se delegada numa Comissão Executiva constituída por quatro Administradores Executivos e três Directores-Centrais, e presidida por Manuel Ferreira da Silva, vogal da Comissão Executiva do Banco BPI. Conselho de Administração do Banco Português de Investimento Administradores Artur Santos Silva Fernando Ulrich Manuel Ferreira da Silva Rui Lélis José Carlos Agrellos António Borges de Assunção Rui Martins dos Santos Maria Celeste Hagatong Francisco Costa Maria do Carmo Oliveira Manuel Meneses Executivos Não-executivos Presidente Vice-Presidente O Conselho de Administração só pode deliberar na presença da maioria dos seus membros, sendo as deliberações feitas por maioria absoluta de votos e cabendo ao presidente voto de qualidade. Qualquer Administrador poderá fazer-se representar na reunião por um outro, mediante carta dirigida ao Presidente, mas cada instrumento de mandato não poderá ser utilizado mais de uma vez. O Conselho de Administração reúne, pelo menos, trimestralmente, ao passo que a Comissão Executiva reuniu 36 vezes, em Comissão Executiva do Banco Português de Investimento Administradores Responsabilidade Manuel Ferreira da Silva Presidente Rui Lélis Jurídica e Recursos Humanos José Carlos Agrellos Private Banking António Borges de Assunção Corporate Finance Carlos Casqueiro Corporate Finance Henrique Cabral Menezes Acções Rui Lopes Ferreira Private Equity À semelhança do que sucede no Banco BPI, todos os membros do Conselho de Administração estão vinculados a rigorosos deveres de confidencialidade sobre as matérias discutidas nas reuniões do Conselho, assim como a um conjunto de regras internas, expressas num código de conduta, tendentes a prevenir a existência de conflitos de interesses ou de situações de abuso de informação privilegiada. Esta matéria é desenvolvida em maior pormenor no ponto 11 deste relatório "Ética e Deontologia" COMISSÃO DE ACOMPANHAMENTO DO GOVERNO DO GRUPO BPI Em Abril de 2004, o Conselho de Administração do Banco BPI, deliberará sobre a criação de uma comissão com competências na avaliação da estrutura e governo do Grupo BPI. Relatório sobre o Governo do Grupo BPI 255

258 4. Organograma funcional do Grupo Gestão executiva, fiscalização e controlo A composição e funções dos órgãos de gestão, fiscalização e controlo do Grupo BPI são pormenorizadamente apresentadas nos pontos 3.1 a 3.8 do presente Relatório. Funções do Grupo BPI As unidades agrupadas em torno de funções do Grupo BPI estão sob comando directo da Comissão Executiva do Banco BPI. Estruturas centrais Estas estruturas compreendem todo o conjunto de serviços partilhados, com natureza de back-office, que actuam como apoio directo às restantes unidades do Grupo ao assegurarem o desenvolvimento e manutenção das suas infra-estruturas operacionais, físicas e tecnológicas. Riscos de crédito A Comissão Executiva Para os Riscos de Crédito é o órgão que toma as principais decisões relativas à concessão, ao acompanhamento e à recuperação de processos de crédito. A um nível mais operacional, a gestão do risco de crédito encontra-se segregada por cinco segmentos: particulares, pequenos negócios; empresas, banca institucional e project finance. O modo como os diversos riscos são geridos no Grupo BPI encontra-se exaustivamente pormenorizado em capítulo autónomo do Relatório de Gestão. Unidades de produto O desenvolvimento da oferta comercial encontra-se atribuído a diversas direcções especializadas (unidades de produto), parte das quais financiamento imobiliário, financiamento automóvel, cartões, gestão de activos, leasing e factoring servem em simultâneo os segmentos de particulares, pequenos negócios e empresas. A oferta de produtos de passivo do Banco, como sejam os depósitos a prazo, os fundos de investimento, os produtos estruturados e os seguros de capitalização, encontra-se concentrada numa única unidade denominada "Recursos de Clientes". Canais O BPI possui uma rede de distribuição multicanal, totalmente integrada, composta por 483 balcões de retalho, serviço de homebanking (BPI Net), banca telefónica (BPI Directo), balcões especializados e estruturas dedicadas ao segmento de empresas e Clientes institucionais, quatro centros de wholesale, 44 centros de empresas (médias e grandes) e cinco centros de Clientes institucionais. Fora de Portugal, o BPI tem uma operação de banca comercial em Angola e Moçambique, através de dois bancos de direito local Banco de Fomento (detido em 100% pelo Grupo BPI) e BCI Fomento (detido em 30% pelo Grupo BPI), respectivamente, e, ainda, diversas sucursais e escritórios de representação, que prestam, essencialmente, apoio às comunidades de emigrantes. Riscos de mercado A Comissão Executiva para os Riscos de Mercado é o órgão que toma as principais decisões relativas a actividades que envolvem riscos de mercado para o BPI. Compete-lhe, principalmente, definir a estratégia global e os regulamentos de actuação, fixar os limites para as exposições de tesouraria, a respeitar pela Direcção Financeira, definindo as directrizes para a gestão das posições estruturais de longo prazo (riscos de taxas de juro ou cambial), e fixar os limites globais de valor em risco (VaR). Marca e qualidade A qualidade, formação, comunicação e gestão da marca são geridas sob o comando do mesmo membro da Comissão Executiva do Banco BPI. Esta circunstância tem em vista o objectivo de dar prioridade à qualidade do serviço, o que determina a estreita coordenação dos programas de qualidade, de formação técnica e comportamental, bem como de comunicação e desenvolvimento da marca. Marketing A função de marketing é desenvolvida de forma segregada, de acordo com a segmentação entre particulares e pequenos negócios, por um lado, e empresas, por outro. O marketing de particulares e pequenos negócios é desenvolvido por duas direcções que reportam ao mesmo responsável executivo. a Direcção de Marketing Estratégico concentrada, sobretudo, na gestão do sistema CRM (customer relationship management) e a de Marketing Operacional concentrada na coordenação da função de vendas. A Direcção de Marketing de Empresas trata dos aspectos relacionados com a comunicação, gestão de informação e gestão de bases de dados associados à actividade comercial com empresas. 256 Banco BPI Relatório e Contas 2003

259 ORGANOGRAMA FUNCIONAL DO GRUPO BPI Banco BPI Assembleia Geral Secretário da Sociedade Conselho de Administração do Banco BPI Comissão Executiva do Banco BPI Conselho Fiscal Comité de Auditoria e Controlo Interno Funções do Grupo Contabilidade e Planeamento Jurídica Gestão Financeira Análise e Controlo de Riscos Recursos Humanos Relações com Investidores Relações Públicas Estudos Económicos e Financeiros Auditores Externos Auditores Internos Comissão Executiva Riscos de Crédito Comissão Executiva Banca Comercial Comissão Executiva Riscos de Mercado Comissão Executiva Banca de Investimento Estruturas Centrais Sistemas de Informação Organização Títulos, Transf. e Crédito Operações e Aprovisionamento Instalações e Património Segurança Áreas de Negócio Banca de Particulares e Pequenos Negócios Riscos de Crédito Particulares e Pequenos Negócios Marketing Marketing Operacional Marketing Estratégico Banca Comercial Doméstica Banca de Empresas, Banca Institucional e Project Finance Médias e Grandes Empresas, Wholesale Banking, Banca Institucional, Project Finance, Internacional Marketing de Empresas Banca Comercial no Exterior Bancos Banco de Fomento Angola Banco BPI Cayman BCI Fomento 1 Moçambique Gestão de Activos Private Equity Banca de Investimento Acções Corporate Finance Private Banking BPI Suisse Madrid Fábricas de Produtos Recursos de Clientes Crédito Pessoal Cartões Financiamento Imobiliário Financiamento Automóvel Leasing, Factoring e Créditos Documentários Canais Balcões Tradicionais Centros de Investimento Balcões in-store Centros de Empresas Centros de Institucionais Banca Electrónica Banca Automática Banca Telefónica BPI Net Lojas Habitação Outros Canais Imobiliários Outros Canais financiamento automóvel Emigração Internacional Sucursais Santiago de Compostela Madrid Paris Escritórios de Representação Paris Genebra Hamburgo Newark Caracas Joanesburgo Canais BPI Online Apoio ao negócio Comunicação e Gestão da Marca Qualidade Formação Relações Públicas Protocolos 1) Participação de 30%. Relatório sobre o Governo do Grupo BPI 257

260 5. Gestão de riscos 5.1. PRINCÍPIOS DA GESTÃO DE RISCOS A gestão de riscos no Grupo BPI assenta na constante identificação e análise da exposição a diferentes tipos de riscos risco de crédito, risco-país, riscos de mercado, riscos de liquidez, riscos operacionais e legais e na adopção de estratégias de maximização da rendibilidade dentro de limites preestabelecidos (e devidamente supervisionados). A gestão é complementada pela análise, a posteriori, de indicadores de performance REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS EM MATÉRIA DE CONTROLO E GESTÃO DE RISCOS A política, os procedimentos e a repartição de competências entre os vários órgãos e departamentos em matérias de controlo e gestão dos riscos do Grupo encontram-se pormenorizadamente descritos em capítulo autónomo do Relatório de Gestão. Matriz de competências para a gestão e controlo de riscos Identificação e análise de exposição Estratégia Limites e controlo Avaliação de Performance Risco de Crédito / / Contraparte AACR: Ratings e Scorings (PDs, LGD) para todos os segmentos de crédito AACR e DIG: Títulos de dívida e crédito a Instituições Financeiras identificação de Ratings externos DRC Empresas: Expert System CA, CEBC, CERC: Estratégia global e aprovação de operações de maior relevância DRC e Direcções de Crédito: Aprovação de operações CA, CERC, DRC, AACR, DIG, DM e Áreas de risco de Departamentos de Crédito: Limites CA, CACI, CEBC, CERC, AACR, Auditores internos e externos, Banco de Portugal: Controlo CA CEBC, CERM, CERC Direcção de Planeamento, AACR Todas as Direcções AACR: Exposição em derivados AACR: Análise global de exposição ao risco de crédito Risco País DIG: Análise de risco país individual CA e CERM: Estratégia global Recurso a Ratings e análises externas AACR: Análise de exposição global DIG, DF, Dep. Acções, Dep. Mercado: Operações Risco de Mercado AACR: Análise de riscos por Livros / instrumentose riscos globais taxas de juro, cambios, acções, mercadorias CA e CERM: Estratégia global DF, Dep. Acções e DM: Operações CA, CERM, AACR: Limites CA, CACI, CERM, AACR, Auditores internos e externos, Banco de Portugal: Controlo Risco de Liquidez Departamento Financeiro, Departamento de Acções e Departamento de Mercados: Análise de riscos individuais de liquidez, por instrumento CA e CERM: Estratégia global AACR: Análise de risco global de liquidez Riscos Operacionais AACR: Análise de exposição global DORG e todos os Departamentos: identificação de pontos críticos CA: Organização global DORG: Regulamentação CA, CERM, DORG, AACR: Regulamentação e limites CA, CACI, AACR, Auditores internos e externos, Banco de Portugal: Controlo Riscos Legais Direcção Jurídica CA, CACI, Dep Jurídico, Auditores internos e externos, Banco de Portugal: Controlo AACR Assessoria de Auditoria e Controle de Riscos; CA Conselho de Administração; CACI Comité de Auditoria e de Controlo Interno; CEBC Comissão Executiva da Banca Comercial; CERC Comissão Executiva de Riscos de Crédito; CERM Comissão Executiva de Riscos de Mercado; DIG Direcção Internacional do Grupo; DORG Direcção da Organização; DRC Direcção de Riscos de Crédito. 258 Banco BPI Relatório e Contas 2003

261 6. Auditores externos A Deloitte Portugal, pertencente à rede internacional Deloitte Touche Tohmatsu, são os auditores externos do Grupo BPI. A partner responsável pela auditoria às demonstrações financeiras consolidadas do Banco BPI é a Dr.ª Maria Augusta Cardador Francisco. A sociedade de revisores oficiais de contas (SROC) responsável pela certificação legal das contas é a Magalhães, Neves e Associados. Esta sociedade pertence à rede da Deloitte Portugal INDEPENDÊNCIA O BPI reconhece e subscreve as preocupações manifestadas pela CMVM, pela Comissão Europeia e pela IOSCO 1, entre outras entidades, quanto à salvaguarda da independência dos auditores e revisores oficiais de contas relativamente ao Cliente da auditoria e / ou revisão. O BPI entende que esta independência tanto de espírito como de facto é essencial para assegurar a confiança do público na fiabilidade dos seus relatórios e na credibilidade das informações financeiras publicadas. O BPI é da opinião de que os seus auditores e revisores oficiais de conta são independentes na acepção dos requisitos regulamentares e profissionais aplicáveis e que a sua objectividade não se encontra comprometida. O BPI tem incorporado nas suas práticas e políticas de governo diversos mecanismos que acautelam a independência dos auditores / ROC. A saber: a nomeação do auditor externo é da responsabilidade do Comité de Auditoria e de Controlo Interno, que, como já referido em capítulo próprio, é obrigatoriamente composto, em exclusivo, por membros sem funções executivas; as sociedades que auditam as contas do Grupo BPI, bem como os responsáveis por estes trabalhos, não detêm, tanto quanto o BPI tem conhecimento, qualquer interesse efectivo ou iminente financeiro, comercial, laboral, familiar ou de outra natureza além dos que resultam do normal decurso da actividade profissional em empresas do Grupo BPI, capaz de levar um terceiro, razoável e informado, a concluir que possa estar comprometida a independência do auditor; o Grupo BPI não contrata elementos que mantenham ligações profissionais com o auditor ou com a sociedade de revisores oficiais de contas. Por outro lado, o Código das Sociedades Comerciais determina que os membros do Conselho Fiscal do qual fazem parte os Revisores Oficiais de Contas (ROC) sejam eleitos pela Assembleia Geral, o que reforça a respectiva independência em relação à equipa de gestão da Sociedade; o diploma regulador dos ROC estabelece que aquele que tenha exercido, nos três anos anteriores, funções de membro de órgãos de administração ou gestão de uma empresa não pode exercer função de ROC na mesma empresa. De igual modo, os ROC e sócios duma sociedade de revisores oficiais de contas que nos três anos anteriores tenham exercido funções de revisão legal de contas em empresas ou entidades não podem nela exercer funções de membros dos órgãos de administração ou gestão. O BPI adopta como princípio que não seja celebrado nenhum contrato de trabalho com um auditor ou ROC, antes de ter decorrido um período significativo após a cessação da relação com o auditor ou ROC. Aliás, nunca qualquer auditor ou ROC foi contratado para os quadros do BPI, ao longo da sua existência de mais de 22 anos. QUALIDADE, INDEPENDÊNCIA E ÉTICA Políticas e procedimentos da Deloitte Portugal Em paralelo, a Deloitte Portugal, auditor externo nomeado pelo BPI, tem, de acordo com a informação por esta prestada ao BPI, implementado políticas e procedimentos, concebidos para assegurar que o seu network mundial preste serviços de qualidade e cumpra todas as regras de independência e de ética aplicáveis. Estas políticas e estes procedimentos baseiam-se nos emitidos pelo IFAC (International Federation of Accountants) e são complementados com regras nacionais ou outras mais exigentes, nomeadamente as emitidas pela "SEC" (U.S. Securities and Exchange Commission), as previstas no "Sarbanes Oxley Act" e na recomendação da Comissão Europeia de 16 de Maio de 2002 sobre a independência de auditores. A divulgação do sistema de controlo de independência e de ética é assegurada através de normas escritas, periodicamente actualizadas, e disponibilizadas via Intranet a todas as pessoas da organização Deloitte. Realizam-se periodicamente acções de formação interna sobre matérias de independência e ética, cuja frequência é obrigatória. 1) IOSCO International Organization of Securities Commissions. Relatório sobre o Governo do Grupo BPI 259

262 O funcionamento do sistema de controlo da independência e da ética é assegurado, em primeiro lugar, pela designação, a nível mundial e a nível nacional, de partners com grande experiência em auditoria (practice directors), sem responsabilidades de gestão corrente, e cuja função, na respectiva jurisdição, consiste na liderança de todos os assuntos relacionados com a independência, dentro da organização Deloitte. As respectivas atribuições incluem a implementação e manutenção de mecanismos de aprovação e consulta (entre diferentes linhas de serviços e entre diferentes países ou jurisdições), a gestão e actualização da lista global de Clientes da Deloitte com títulos cotados em bolsas de valores ( International Restricted Entities List ), a análise da informação produzida pelo software de gestão global de independência, GIMS (que abrange Clientes, pessoas e serviços prestados), o controlo do processo de confirmação anual de independência, a condução de programas de teste e inspecção periódicos, e a aplicação de procedimentos disciplinares nos casos de eventual desrespeito pelas regras estabelecidas quanto à independência e à ética REMUNERAÇÃO A remuneração atribuída à Deloitte e à sua rede 1 por serviços prestados a sociedades do Grupo BPI, no exercício de 2003, ascendeu a 1.4 milhões de euros. Este valor reparte-se, segundo a natureza e a sociedade à qual os serviços foram prestados, da forma abaixo indicada. Tipo de serviço Banco BPI Banco Português de Investimento Outras sociedades do Grupo BPI Valores em milhares de euros Revisão legal de contas Outros serviços de garantia de fiabilidade Consultoria fiscal Outros serviços Total Total A Deloitte e a sua rede não prestou ao Grupo BPI nenhum serviço, em áreas como a tecnologia da informação financeira, a auditoria interna, a avaliação, a defesa em justiça, o recrutamento, entre outras, susceptível de gerar situações de conflitos de interesses e de prejuízo para a qualidade do trabalho de auditoria e de revisão legal das contas. Estão já aprovadas as condições de remuneração dos serviços de revisão legal de contas para OUTROS MECANISMOS DE SALVAGUARDA Caberá ao Comité de Auditoria e de Controlo Interno aprovar todas as remunerações a atribuir aos auditores externos, bem como todos os serviços que poderão vir a ser prestados ao Grupo BPI. Em Abril de 2004, o Conselho de Administração do Banco BPI deliberará sobre alterações a introduzir no regulamento do Comité de Auditoria e de Controlo Interno, com o objectivo de atribuir ao Comité um conjunto de competências que consubstanciarão o aperfeiçoamento dos mecanismos de salvaguarda da independência dos auditores externos, nomeadamente sujeitando à apreciação prévia do Comité todos os serviços a prestar pelos auditores externos e respectiva remuneração. 1) A "Rede" de auditores do BPI compreende a Deloitte e a SROC, Magalhães, Neves e Associados, e está de acordo com a definição de "Rede" estabelecida pela Comissão Europeia na sua Recomendação n.º C (2002) 1873, de 16 de Maio de Banco BPI Relatório e Contas 2003

263 7. Remuneração 7.1. POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO A política de remuneração do BPI assenta em cinco vectores: Desempenho As remunerações dos Administradores e dos Colaboradores do BPI estão directamente associadas aos níveis de desempenho obtidos: especialização, nível de responsabilidade e zona geográfica. Ao adoptar esta política, o BPI tem o objectivo de atrair e reter os elementos mais eficientes, mais rendíveis e com maior potencial para a organização. pelo Banco; pela unidade de negócio ou de apoio ao negócio à qual a pessoa em causa está associada; pelo seu mérito individual. Estratégia A remuneração atribuída a um determinado Colaborador é ainda influenciada pelas necessidades específicas e prioridades estratégicas do BPI, num dado momento, assim como pela importância e singularidade do contributo da pessoa para a organização. Os critérios utilizados na aferição do nível de desempenho e do peso relativo de cada uma das áreas atrás referidas variam de acordo com as funções e com o nível de responsabilidade da pessoa em causa. Competitividade O BPI procura oferecer aos seus Administradores e Colaboradores pacotes remuneratórios competitivos, tendo em conta a prática do mercado para uma dada área de Equidade A prática remuneratória do BPI assenta em critérios uniformes, consistentes, justos e equilibrados. Alinhamento com os Accionistas Todos os Administradores, Quadros Directivos e parte dos Colaboradores têm associada parte da respectiva remuneração à valorização das acções do Banco BPI em bolsa. A remuneração atribuída aos Administradores e Colaboradores do Grupo BPI inclui uma componente fixa e uma componente variável. Esta tem tanto mais peso quanto mais alto é o nível de responsabilidade, e é estabelecida em função do mérito de cada um. A atribuição anual de remuneração variável aos Colaboradores com mais responsabilidades no Grupo resulta de um processo de avaliação individual, realizado pela Comissão Executiva do Banco BPI. Os Colaboradores da rede comercial de particulares e pequenos negócios beneficiam ainda de uma componente de remuneração variável, atribuída em função do desempenho comercial, cuja designação é SIM Sistema de Incentivo e Motivação. As condições específicas desta componente são revistas trimestralmente REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DOS CONSELHOS DE ADMINISTRAÇÃO DO BANCO BPI E DO BANCO PORTUGUÊS DE INVESTIMENTO O valor das remunerações fixas do Conselho de Administração e da Comissão Executiva bem como o valor das remunerações variáveis do Presidente e do Vice-Presidente da Comissão Executiva do Conselho de Administração do Banco BPI são estabelecidos pela Comissão de Remunerações. Quanto aos restantes membros da Comissão Executiva do Banco BPI e aos demais membros do Conselho de Administração do Banco Português de Investimento, o Presidente do Conselho de Administração do Banco BPI, tendo em conta nomeadamente o desempenho de cada um, propõe, à Comissão de Remunerações, os montantes a atribuir a título de remuneração variável. Esta aprecia as propostas e aprova depois as remunerações variáveis a conceder. No ponto 7.3 Programa de Remuneração Variável em Acções (RVA) é prestada informação detalhada sobre este importante instrumento de reforço do alinhamento dos interesses dos Colaboradores e Administradores com os interesses dos Accionistas. Os montantes auferidos pelos membros do Conselho de Administração do Banco BPI, a título de remuneração pelo exercício dos seus cargos, em 2002 e em 2003, são os seguintes: Relatório sobre o Governo do Grupo BPI 261

264 Remuneração dos membros do Conselho de Administração do Banco BPI 1,2 Fixa 2002 Variável Total Valores em milhares de euros Fixa 2003 Variável Total Executivos 2, Não-executivos Total ) O Conselho de Administração do Banco BPI foi designado, até 20 de Dezembro de 2002, por Conselho de Administração do BPI SGPS. 2) A remuneração variável dos Administradores que integram a Comissão Executiva do Banco BPI, até 2002, era deliberada pela Comissão de Remunerações, em data posterior à da realização da Assembleia Geral anual; desde 2003, é deliberada por ocasião da divulgação de resultados. A participação nos lucros pelo conjunto dos Administradores Executivos não pode exceder, anualmente, 5% do lucro líquido (artigo 25 dos Estatutos). 3) As remunerações auferidas por funções exercidas, não só no Banco BPI, mas em todas as sociedades com as quais o Banco BPI se encontre em relação de domínio ou de grupo, conforme as alterações introduzidas ao Anexo ao Regulamento da CMVM n.º 7 / 2001 pelo Regulamento da CMVM n.º 11 / É política do Grupo BPI que os elementos que integram a Comissão Executiva do Banco BPI e os Administradores do Banco Português de Investimento só exerçam cargos sociais noutras empresas em representação do BPI. As remunerações que lhes sejam atribuídas pelo exercício desses cargos são consideradas na remuneração global fixada pela Comissão de Remunerações. Está ainda vedado a tais Administradores exercerem quaisquer outras funções remuneradas PROGRAMA DE REMUNERAÇÃO VARIÁVEL EM ACÇÕES Caracterização geral O Grupo BPI dispõe de um Programa de Remuneração Variável em Acções (RVA) que consiste na atribuição de uma parte da remuneração variável sob a forma de acções do Banco BPI e opções de compra G de acções do Banco BPI. Este programa está em vigor no Grupo desde o início do exercício de O programa RVA abrange a Comissão Executiva do Banco BPI e o Conselho de Administração do Banco Português de Investimento, assim como todos os Colaboradores cuja remuneração variável anual seja igual ou superior a 2500 euros. O programa RVA constitui um importante instrumento de gestão dos recursos humanos do Grupo e reforça o alinhamento dos interesses de Administradores e Colaboradores com o objectivo último do Grupo e Accionistas a criação de valor. promove o mérito individual, uma vez que, ao ser uma componente da remuneração variável, o valor da mesma é crescente, consoante o desempenho e mérito individual. alinha os interesses de Administradores e Colaboradores com os interesses dos Accionistas, dado que o rendimento passa a estar intrinsecamente associado à valorização da acção BPI em bolsa e a importância relativa do incentivo da RVA no total da remuneração é crescente com o nível de responsabilidade. Este estímulo é intensificado pela existência da componente de opções de compra de acções BPI que permite uma alavancagem dos ganhos com a valorização futura das acções em bolsa, enquanto uma evolução negativa da cotação da acção resulta num valor nulo das opções. fideliza e retém talentos, uma vez que os incentivos do RVA são disponibilizados ao beneficiário de forma faseada, desde a atribuição até ao final do terceiro ano seguinte, e sob condição de o beneficiário manter a ligação ao Grupo. Este efeito será tanto mais relevante quanto maior o nível de responsabilidade e de mérito individual, constituindo portanto um meio importante de selecção positiva dos recursos humanos. Abrangência do programa de RVA A remuneração variável que, até ao exercício de 200O, era integralmente paga em numerário passou, a partir do exercício de 2001, a incluir, para os Administradores e Colaboradores abrangidos pelo RVA, uma parte em numerário e uma parte em acções e opções. Para estes, o peso da componente em acções e opções (RVA) na remuneração variável oscila entre um mínimo de 10% e um máximo de 50%, sendo a percentagem tanto maior quanto maior for o nível de responsabilidade do Colaborador ou Administrador. O número de Administradores Executivos dos Bancos, Quadros Directivos e outros Colaboradores do Grupo BPI abrangidos pelo RVA-2003 ascendeu a 2 168, o que representa 36% do quadro de efectivos do Grupo em Portugal. 262 Banco BPI Relatório e Contas 2003

265 % do RVA na remuneração variável N.º de elementos abrangidos RVA-2001 RVA-2002 RVA-2003 Presidente e Vice-Presidente da Comissão Executiva do Banco BPI 1 50% Outros Administradores da Comissão Executiva do Banco BPI 1 40% Outros Administradores do Banco Português de Investimento 2 35% Quadros Directivos, dos quais: Directores-Centrais 30% Directores-Coordenadores 25% Directores 20% Directores-Adjuntos e Subdirectores 15% Outros Colaboradores 10% Total ) Administradores Executivos do BPI SGPS, em 2001, e até 20 de Dezembro de ) Outros Administradores do Banco BPI e do Banco Português de Investimento, em 2001, e até 20 de Dezembro de Condições de atribuição Plano de acções As acções, regra geral, são atribuídas sob condição resolutiva, segundo a qual a transferência para a titularidade do beneficiário é imediata. A disponibilização das acções, no entanto, faz-se de forma faseada 25% ficam livres no momento da atribuição e os restantes 75% são libertados no final dos primeiro, segundo e terceiro anos a contar da data de atribuição, na condição de a relação de trabalho se manter naquelas datas. Caso contrário, a transmissão das acções ainda não libertadas é anulada. A Comissão Executiva poderá, tal como o fez relativamente ao RVA de 2001, proceder à atribuição das acções sob condição suspensiva, ou seja, tanto a transmissão da titularidade quanto a respectiva disponibilidade ocorrem de forma faseada e em simultâneo, estando, igualmente, sujeitas à condição de manutenção do vínculo laboral. Plano de acções atribuição, transmissão e disponibilidade Atribuição sob condição resolutiva Atribuição sob condição suspensiva Atribuição Transmissão Disponibilidade 1 Atribuição Transmissão Disponibilidade 1 Na data de atribuição 100% 100% 25% 100% 25% 25% 1 ano após % - 25% 25% 2 anos após % - 25% 25% 3 anos após % - 25% 25% 1) Nas datas de disponibilidade, ocorre a consolidação da transmissão das acções que se tornam livres. Plano de opções As opções de compra G de acções do Banco BPI transmitem-se para a titularidade do beneficiário na data de atribuição. As opções não são transaccionáveis e podem exercer-se entre o fim do primeiro ano da sua atribuição desde que até essa data não tenha cessado o vínculo laboral, caso em que a transmissão é anulada e o fim do quinto ano a contar da data de atribuição. Plano de opções atribuição, transmissão e disponibilidade Atribuição Transmissão Disponibilidade Na data de atribuição 100% 100% - 1 ano após - - Início do período de exercício 2 anos após anos após 4 anos após 5 anos após - - Fim do período de exercício Relatório sobre o Governo do Grupo BPI 263

266 Direito a dividendos, direito de preferência em aumentos de capital e direito de voto em Assembleias Gerais As acções do Banco BPI transmitidas para a propriedade do Administrador ou Colaborador, quer por atribuição directa de acções, no âmbito do programa de RVA, quer por exercício das opções que lhe foram atribuídas, são de natureza idêntica às restantes acções do Banco BPI e conferem, nesses termos, os mesmos direitos. Nomeadamente, o direito a dividendos, o direito de preferência em aumentos de capital e o direito de voto em Assembleias Gerais. No caso das acções atribuídas sob condição suspensiva em 2001 e ainda não transferidas para a titularidade do Administrador ou Colaborador, são adicionalmente atribuídas acções a título de ajustamento devido a pagamento de dividendos ou devido a aumento de capital por incorporação de reservas. No caso de aumentos de capital reservados a Accionistas, permite-se a aquisição de acções adicionais, na proporção estabelecida pelo coeficiente de subscrição do aumento de capital e a um preço idêntico ao preço de subscrição. Por sua vez, no caso das opções, o número detido e o preço de exercício são ajustados em caso de aumentos de capital através de incorporação de reservas ou a subscrição reservada a Accionistas, de forma a que a posição do detentor das opções se mantenha, em substância, idêntica à situação anterior à ocorrência do facto. Determinação do preço de atribuição O valor das acções, para efeitos de atribuição, corresponde à média ponderada da cotação nas dez sessões de bolsa anteriores à data de atribuição. No caso das opções é utilizado o seu justo valor, considerando como preço de exercício G o valor de atribuição das acções. O justo valor das opções é calculado com base num modelo que, quanto às características e pressupostos, cumpre as regras contabilísticas em vigor e reflecte a melhor informação disponível no momento. Determinação da quantidade de acções e opções de compra a atribuir O número de acções e opções a atribuir resulta do quociente entre a parte de remuneração variável a atribuir sob a forma de incentivo em RVA e o preço definido de atribuição das acções e opções de compra. Nos programas RVA de 2001 e de 2002, o peso da componente acções e o peso da componente opções no valor dos incentivos em RVA foi obrigatoriamente idêntico (50% / 50%), enquanto no programa RVA de 2003 se concedeu, aos Administradores e Colaboradores, a faculdade de escolherem o peso relativo de cada uma das componentes, de entre as seguintes combinações: 50% acções / 50% opções (regime de 2001 e 2002); 75% acções / 25% opções; 100% acções / 0% opções. Períodos de inibição de exercício das opções e transacção de acções Transacção de acções As transacções de acções atribuídas no âmbito do programa de RVA e as resultantes do exercício de opções enquadram-se no normativo presente nos códigos de conduta, em vigor no Grupo, relativo a transacções de acções do Banco BPI por Administradores e Colaboradores. Exercício de opções As opções são exercíveis em qualquer momento no decurso do período de exercício G. No entanto, a alienação das acções resultantes do exercício de opções, e portanto a realização do ganho que tenha sido proporcionado pelo plano de opções, está sujeita aos períodos de inibição definidos nos códigos de conduta relativos a transacções de acções do Banco BPI por Administradores e Colaboradores. 264 Banco BPI Relatório e Contas 2003

267 Linha de crédito para exercício de opções e manutenção das acções em carteira No início de 2004, foi disponibilizada uma linha de crédito RVA aos Colaboradores e Administradores Executivos do Banco que pretendam exercer as opções de RVA e manter em carteira as acções assim adquiridas. Competências da Comissão Executiva para execução e alteração do RVA No quadro do regulamento do programa Remuneração Variável em Acções (RVA), as principais competências atribuídas à Comissão Executiva para a execução ou modificação do programa são as seguintes: Relativamente à utilização da linha de crédito pelos membros da Comissão Executiva, obteve-se o parecer favorável do Conselho Fiscal, a autorização do Banco de Portugal, e foi dado conhecimento à Comissão de Remunerações. fixar o número máximo de acções e opções a atribuir em cada ano, assim como os critérios (dos quais fará sempre parte o da avaliação do mérito de cada Colaborador) e as condições de distribuição das mesmas pelos Colaboradores do Grupo; Esta linha de crédito proporciona um montante com um limite mínimo de 2500 euros e até 75% do valor de mercado das acções a adquirir em consequência do exercício das respectivas opções, com um máximo de 100% do montante necessário para exercer as opções. Aprovação, regulamento, directrizes e competências para a execução e modificação da RVA As linhas gerais da RVA foram aprovadas pelo Conselho Geral 1 em 10 de Dezembro de Na Assembleia Geral de Accionistas de 21 de Abril de 1999, o Presidente do Conselho de Administração colocou à apreciação dos Accionistas uma proposta de autorização de aquisição e alienação de acções próprias pela Sociedade, destinadas a tornar viável a execução do referido plano de incentivos. Esta proposta foi aprovada com 99.99% de votos a favor, tendo sido renovada nos exercícios seguintes. adoptar, em cada atribuição, o modelo de avaliação de opções que melhor permita a determinação razoável e realista do seu justo valor; interpretar o regulamento do RVA e preencher eventuais lacunas; proceder, pontualmente, a alterações em disposições contratuais do RVA, como por exemplo a antecipação da data de vencimento de opções ou a dispensa de verificação de condições suspensivas. A execução anual do programa RVA, da competência da Comissão Executiva, por delegação do Conselho de Administração, é objecto de acompanhamento, pelo Comité de Auditoria e de Controlo Interno e pelo próprio Conselho de Administração. As disposições gerais do Programa RVA, bem como as competências dos órgãos para execução e modificação do mesmo estão definidas em regulamento próprio. O regulamento do RVA foi aprovado pelo Conselho Geral em 25 de Fevereiro de 1999, tendo-lhe sido introduzidas alterações em 3 de Março de Programa de Remuneração Variável em Acções de 2003 Fixação do preço de atribuição das acções e opções de compra No âmbito do regulamento do RVA, a Comissão Executiva estabeleceu a data 23 de Fevereiro de 2004 para efeitos de atribuição de acções e opções de compra de acções, relativamente ao exercício de Directrizes de execução do RVA Os aspectos concretos de execução do Programa RVA são regulados por um conjunto de directrizes, aprovado pelo Conselho de Administração, que vinculam a actuação da Comissão Executiva. O valor das acções foi fixado em 3.13 euros, montante correspondente à média ponderada dos valores, nas dez sessões de bolsa que decorreram no período de 9 a 20 de Fevereiro de ) Órgão de administração no anterior modelo de governo do Grupo BPI. Relatório sobre o Governo do Grupo BPI 265

268 O valor das opções (prémio) G, para um preço de exercício idêntico ao valor de atribuição de acções, foi fixado em 0.45 euros. De acordo com as competências definidas no Regulamento do RVA, a Comissão Executiva utilizou para avaliação das opções o modelo Black-Scholes considerando os seguintes parâmetros: a vida estimada da opção de 3.3 anos (2/3 da maturidade contratual); uma volatilidade estimada de 21.5%; taxa de juro isenta de risco para a vida estimada da opção de 3%. A Comissão Executiva solicitou à firma Watson Wyatt uma opinião independente relativamente às metodologias e procedimentos adoptados pelo BPI no programa RVA 2003, com vista à determinação do valor das opções na atribuição e contabilização de acordo com os IAS. De acordo com o parecer da Watson Wyatt, emitido em 25 de Fevereiro de 2004, a abordagem utilizada pelo BPI para determinação do valor da opção e os pressupostos assumidos, nomeadamente a vida média estimada da opção e a volatilidade estimada, são razoáveis e realísticos e produzem uma avaliação razoável do valor da opção. A Watson Wyatt confirmou que a abordagem do BPI é aceitável para efeitos de atribuição de opções e que, na sua opinião, está de acordo com o normativo contabilístico do International Accounting Standard 2 (IFRS2). Atribuição de acções e opções de compra Em 2003, as remunerações variáveis da Comissão Executiva do Conselho de Administração do Banco BPI ascenderam a 2.8 milhões de euros 1. Do valor da remuneração variável recebido, 1.3 milhões de euros diziam respeito a incentivos do RVA, isto é, em média, 45.3% do valor da remuneração variável. Aos membros do Conselho de Administração do Banco Português de Investimento (que não são membros da Comissão Executiva do Banco BPI) foram atribuídos 1.3 milhões de euros, a título de remuneração variável relativa ao exercício de Deste valor, 35% corresponderam a incentivos do RVA. Composição da remuneração variável relativa a 2003 Valores em milhares de euros Numerário RVA 2003 Plano de acções Plano de opções Total Comissão Executiva do Banco BPI Conselho de Administração do Banco Português de Investimento Quadros Directivos e outros Colaboradores Total ) Não incluídos os membros da Comissão Executiva do Conselho de Administração do Banco BPI. 2) Colaboradores do Grupo abrangidos pelo Programa RVA. Total 1) A Comissão de Remunerações do Banco BPI deliberou sobre o montante da remuneração variável atribuída aos membros da Comissão Executiva do Conselho de Administração do Banco BPI e do Conselho de Administração do Banco Português de Investimento, em 28 de Janeiro de Banco BPI Relatório e Contas 2003

269 O número de acções atribuídas aos Administradores Executivos do Banco BPI, no âmbito do programa de 2003, ascende a cerca de 221 mil. Atribuição de acções RVA 2001 Programa de atribuição de acções RVA 2001 (valores ajustados por dividendos e RVA 2002 RVA 2003 aumento de capital de 2002) Forma de atribuição Sob condição resolutiva e Sob condição Sob condição sob condição suspensiva resolutiva resolutiva Data de atribuição 21 Março Fevereiro Fevereiro 04 Preço de atribuição 2.67 euros 2.54 euros euros 3.13 euros N.º de acções atribuídas 2 Comissão Executiva do Banco BPI Conselho de Administração do Banco Português de Investimento Quadros directivos e outros Colaboradores do Grupo Total ) Preço de atribuição da RVA em 2001, ajustado pelo aumento de capital realizado em Maio de ) O número de acções atribuído inicialmente a título de RVA em 2001 foi ajustado pelo pagamento de dividendos e pelo aumento de capital do BPI SGPS (agora Banco BPI), em Maio de Os ajustamentos consistiram na atribuição adicional de acções (por contrapartida do pagamento de 1.75 euros por acção) a Administradores, Quadros Directivos e outros Colaboradores, a título de ajustamento pelo aumento de capital realizado, e de acções como ajustamento à distribuição de dividendos relativos ao exercício de Quanto a este último aspecto, importa notar que apenas os Administradores ou Colaboradores que optaram pelo regime de condição suspensiva de acordo com o qual as acções em situação de indisponibilidade permanecem, em termos jurídicos, propriedade do Banco foram alvo do referido ajustamento. Os elementos que optaram pelo regime de condição resolutiva receberam o dividendo referente a todas as acções cativas ou disponíveis em numerário. 3) Administradores Executivos do BPI SGPS, em 2001 e até 20 de Dezembro de ) Outros Administradores do Banco BPI e do Banco Português de Investimento, em 2001 e até 20 de Dezembro de O calendário da disponibilidade das acções atribuídas no âmbito do programa RVA-2001, RVA-2002 e RVA-2003 é o seguinte: Disponibilidade RVA-2001 RVA-2002 RVA % 21 Mar % 21 Mar Fev % 21 Mar Fev Fev % 21 Mar Fev Fev % - 22 Fev Fev % 23 Fev ) A efectiva disponibilidade ocorre após o cumprimento dos procedimentos prévios à contratualização da operação de atribuição. Relatório sobre o Governo do Grupo BPI 267

270 O número de opções atribuídas aos Administradores Executivos do Banco BPI, no âmbito do programa de 2003, ascende a cerca de mil. Atribuição de opções de compra de acções RVA-2001 Programa de atribuição de opções RVA 2001 (valores ajustados pelo aumento de RVA 2002 RVA 2003 capital de 2002) 1 Data de atribuição 21 Março Fevereiro Fevereiro 04 Período de exercício 21 Março 03 a 21 Março Fevereiro 04 a 23 Fevereiro 05 a 22 Fevereiro Fevereiro 09 N.º de acções adquiríveis por cada opção detida Preço de exercício 2.67 euros 2.54 euros 2.14 euros 3.13 euros Valor de cada opção 0.65 euros 0.62 euros 0.33 euros 0.45 euros N.º de opções atribuídas Comissão Executiva do Banco BPI Conselho de Administração do Banco Português de Investimento Quadros Directivos e outros Colaboradores do Grupo Total ) Em virtude do aumento do capital do BPI SGPS (agora Banco BPI), realizado em Maio de 2002, o preço de exercício das opções resultantes do RVA-2001 foi ajustado de 2.67 euros para 2.54 euros e o número de opções atribuídas, no âmbito do RVA de 2001, foi acrescido em 5%. 2) Administradores Executivos do BPI SGPS, em 2001 e até 20 de Dezembro de ) Outros Administradores do Banco BPI e do Banco Português de Investimento, em 2001 e até 20 de Dezembro de Evolução do programa de atribuição de opções de compra de acções 2001, 2002 e 2003 Programa de atribuição de opções Comissão Executiva do Banco BPI 1 Conselho de Administração do Banco Português de Investimento 2 Quadros Directivos e outros Colaboradores TOTAL RVA 2001 (número de opções) Atribuídas em Março de , exercidas em extintas em Opções do RVA 2001 existentes em 31 Dez exercidas em extintas em Opções do RVA 2001 existentes em 31 Dez Opções do RVA 2001 exercíveis em 31 Dez RVA 2002 (número de opções) Atribuídas em Fevereiro de exercidas em extintas em Opções do RVA 2002 existentes em 31 Dez Opções do RVA 2002 exercíveis em 31 Dez RVA 2003 (número de opções) Atribuídas em Fevereiro de Exercíveis em Opções do RVA 2003 existentes em 31 Dez ) Administradores-Executivos do BPI SGPS, em 2001 e até 20 de Dezembro de 2002 (data de transformação do BPI SGPS em Banco BPI). 2) Outros Administradores do Banco BPI e do Banco Português de Investimento, em 2001 e até 20 de Dezembro de ) Número de opções atribuídas, ajustado pelo aumento do capital do BPI SGPS (agora Banco BPI), realizado em Maio de ) Segundo o regulamento do RVA, o número de acções objecto de opções atribuídas no ano não poderá exceder 1% do capital social do Banco BPI, à data da atribuição dos referidos incentivos. Simultaneamente, o total de acções objecto de opções em vigor, vencidas ou não, não poderá exceder, em momento algum, 5% do capital social do Banco BPI. 5) Pressupondo que não se exercem ou extinguem quaisquer opções durante Banco BPI Relatório e Contas 2003

271 Situação actual do programa de atribuição de opções de compra de acções 2001, 2002 e 2003 Programa de atribuição de opções Comissão Executiva do Banco BPI 1 Conselho de Administração do Banco Português de Investimento 2 Quadros Directivos e outros Colaboradores TOTAL TOTAL DO PROGRAMA RVA Número de opções: Opções existentes em 31 Dez Atribuição de opções do RVA 2003 (em Fev. 2004) Subtotal (opções existentes em Fev. 04) opções não exercíveis até 31 Dez opções exercíveis até 31 Dez Número de acções necessárias para fazer face ao exercício de: Opções atribuídas (e não exercíveis) no início de no final de Opções exercíveis no início de no final de ) Administradores Executivos do BPI SGPS, em 2001 e até 20 de Dezembro de 2002 (data de transformação do BPI SGPS em Banco BPI). 2) Outros Administradores do Banco BPI e do Banco Português de Investimento, em 2001 e até 20 de Dezembro de ) Após a atribuição de opções do RVA ) Pressupondo que não se exercem ou extinguem quaisquer opções durante Registo contabilístico O BPI regista integralmente os custos de atribuição de remunerações variáveis, incluindo os associados aos RVA, na demonstração de resultados do exercício relativamente ao qual a atribuição é realizada, na conta "Custos com o pessoal". Para este efeito, as acções são contabilizadas ao valor de atribuição e as opções atribuídas são contabilizadas pelo justo valor (na data de atribuição, é idêntico ao valor de atribuição). Até 31 de Dezembro de 2003, a referida actividade de cobertura não gerou qualquer perda ou custo para o Grupo BPI. Se vierem a ocorrer, tais perdas ou custos serão relevados nas contas do exercício em que ocorram. Cobertura do programa RVA O Grupo BPI executa a cobertura (hedging) G própria do programa de atribuição de acções e opções (RVA), detendo para o efeito carteiras de acções afectas à cobertura das responsabilidades derivadas da atribuição de acções sob condição suspensiva e de opções. Para a cobertura do programa de opções, o BPI utiliza um modelo próprio. Relatório sobre o Governo do Grupo BPI 269

272 Rendibilidade dos Programas de Remuneração Variável em Acções de 2001 e 2002 O valor efectivo dos incentivos atribuídos, no âmbito do programa RVA está ligado à valorização das acções do Banco BPI em bolsa. Considerando o valor de mercado das acções, acrescido dos dividendos recebidos e do valor intrínseco das opções atribuídas aos Administradores e Colaboradores abrangidos pelo Programa RVA, o valor do incentivo em 2 de Março de 2004 (última sessão de bolsa, anterior à aprovação do presente Relatório pelo Conselho de Administração) corresponde, relativamente ao valor de atribuição, a uma valorização média anual de 10.7% para o programa de RVA de 2001 e de 135.4% para o de Rendibilidade média anual Saída em 2 de Março de RVA de 2001 Plano de acções Plano de opções Total do RVA ROI do Accionista do Banco BPI ROI do mercado (PSI Geral) (data de atribuição: 21 Mar. 02) +16.7% +4.1% +10.7% +16.7% +4.2% RVA de 2002 (data de atribuição: 22 Fev. 03) +53.6% % % +52.2% +39.7% Nota: pressupôs-se que, durante o período, o beneficiário do RVA, subscreveu a quantidade máxima de acções a que tinha direito no aumento de capital em 2002, não alienou acções ou exerceu acções. Em 2 de Março de 2004, a carteira de acções foi avaliada com base na cotação de fecho e, em relação à carteira de opções, considerou-se o seu valor intrínseco, isto é, a diferença entre a cotação de fecho, em 2 de Março, e o preço de exercício das opções. 1) Última sessão de bolsa anterior à aprovação do relatório em Conselho de Administração (cotação de fecho da acção Banco BPI de 3.21 euros). Refira-se que as opções de compra, na data de atribuição, partem de um valor intrínseco nulo ou próximo de zero, mas proporcionam uma alavancagem da valorização da acção em bolsa, enquanto uma evolução negativa da cotação da acção resulta num valor nulo do incentivo. Deste modo, o programa RVA implica níveis mínimos de valorização das acções em bolsa, de acordo com o valor fixado de atribuição das acções e das opções, para que o valor efectivo do incentivo seja superior ao valor de atribuição. A partir destes níveis, o programa RVA proporciona aos Administradores e Colaboradores abrangidos uma alavancagem da valorização do incentivo. Este efeito será tanto mais relevante quanto maior for o nível de responsabilidade, uma vez que a importância relativa da remuneração do programa de RVA na remuneração variável está indexada ao nível de responsabilidade. Cotações de referência da acção BPI 1 Cotação de mercado e valorização em bolsa que iguala o valor do incentivo em RVA ao valor de atribuição RVA 2001 Cotação da acção BPI na data de atribuição 1 (em euros) Break-even 2 (em euros) Valorização da acção para se atingir o break-even Plano de acções % Plano de opções % Programa RVA % RVA de 2002 Plano de acções % Plano de opções % Programa RVA % RVA de 2003 Plano de acções % Plano de opções % Programa RVA % Nota: o valor global do incentivo em RVA, em 2001 e em 2002, foi atribuído em partes iguais sob a forma de acções BPI e sob a forma de opções de compra de acções BPI. 1) Cotação da acção BPI considerada para efeitos de atribuição do RVA (cotação média nas últimas 10 sessões de bolsa). 2) Cotação de mercado da acção BPI que iguala o valor do incentivo em RVA ao valor de atribuição. 3) Valor de atribuição das acções. Não se consideraram, nos planos de acções, os dividendos relativos aos exercícios de 2001 e 2002 recebidos pelos beneficiários dos programas de RVA de 2001 e Caso fossem considerados, o break-even seria alcançado à cotação de 2.38 euros no plano de acções do programa de RVA de 2001 e à cotação de 2.06 euros no plano de acções do programa de RVA de ) Preço de exercício acrescido do valor de atribuição das opções. 5) Considerou-se uma composição do RVA 2003 de 50% de acções e 50% de opções de compra. 270 Banco BPI Relatório e Contas 2003

273 7.4. PLANOS DE PENSÕES DOS ADMINISTRADORES DOS BANCOS O plano de pensões dos Administradores dos Bancos do Grupo BPI está consubstanciado em dois regulamentos: um que se aplica aos Administradores da Comissão Executiva do ex-bpi SGPS e aos antigos membros da Direcção eleita que, após nove anos de exercício, se mantenham em funções de gestão em qualquer Banco por esta controlado; e outro que se aplica aos Administradores do Banco BPI (ex-bfb). Quanto a benefícios, os regulamentos estabelecem o pagamento de pensões de reforma (velhice ou invalidez) e de sobrevivência, calculadas em função do vencimento mensal fixo auferido no mês anterior à data da reforma e do número de anos de exercício de funções, sendo atingido o benefício máximo (100%) com 16 anos de serviço. Está previsto que às pensões asseguradas pelo plano dos Administradores sejam deduzidas as pensões atribuídas pela Segurança Social, ou por outros planos de pensões do Grupo BPI. Para efeito do cálculo das responsabilidades afectas ao plano de pensões dos Administradores, também se considera a aplicação dos regulamentos de que beneficiam os Administradores do Banco Fonsecas & Burnay (incorporado no Banco BPI) e os Administradores do Banco Português de Investimento, pelo que o universo de Administradores abrangidos, em 31 de Dezembro de 2003, era o que se segue: No activo Na reforma Total Número de pessoas Responsabilidades (milhares de euros) Tal como se refere na nota às contas 4.19, essas responsabilidades estão a ser reconhecidas como custos através de um plano de amortizações uniformes e anuais à taxa de 7% e ao longo de um período que corresponde à vida activa remanescente dos Administradores a que respeita. Em 31 de Dezembro de 2003, o saldo da rubrica "provisões para pensões de Administradores" incluía mil euros, o que cobria em 89.4% o valor actual das responsabilidades por serviços passados, correspondente ao plano complementar de pensões de reforma e sobrevivência dos Administradores do Banco BPI, do Banco Português de Investimento e do Banco Fonsecas & Burnay (incorporado no Banco BPI) CRÉDITO AOS MEMBROS DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DO BANCO BPI De acordo com a política definida, os membros da Comissão Executiva do Conselho de Administração do Banco BPI beneficiam do Regime de Concessão de Crédito Bonificado à Habitação em vigor nos Bancos para todos os seus Colaboradores. Deste modo, em 31 de Dezembro de 2003, o saldo global do crédito hipotecário concedido aos elementos da Comissão Executiva do Conselho de Administração com vista à aquisição de habitação própria ascendia a 972 milhares de euros. Os termos e condições avaliação de risco, taxa de juro, garantias prestadas, prazo, etc. em que são concedidos os empréstimos aos membros da Comissão Executiva do Conselho de Administração do Banco BPI são em tudo idênticos aos que se aplicam aos restantes Colaboradores do Grupo. Relativamente à Comissão Executiva em exercício de funções, em 31 de Dezembro de 2003, a situação era a que se segue: Número de pessoas 7 Tempo de serviço médio 10.4 Responsabilidades (milhares de euros) Relatório sobre o Governo do Grupo BPI 271

274 7.6. SEGUROS DOS ADMINISTRADORES DO BANCO BPI Os Administradores Executivos do Banco BPI no activo, beneficiam, à semelhança dos Colaboradores, de um conjunto de seguros que cobrem os riscos de vida, de doença e de acidente. Apólice Riscos cobertos Capital seguro (em milhares de euro) Doença 424 Seguro de vida grupo Acidente (causa exterior à vontade) 848 Acidente de circulação Seguro de acidentes pessoais Acidente 127 Seguro de acidentes de trabalho Morte ou invalidez profissional Pensão 1 Seguro de saúde 2 Doença ou acidente 25 (por ano) 1) Para o próprio (ou cônjuge sobrevivo) e para os filhos (se dependentes). 2) Abrange o respectivo agregado familiar. Os custos suportados pelo Grupo BPI das apólices acima referidas, ascenderam, em 2003, a 35.3 mil euros. Adicionalmente, o Grupo BPI suporta o custo de 6.2 mil euros com os encargos para os SAMS relativos a três vogais da Comissão Executiva do Banco BPI que beneficiam da protecção do referido regime. 272 Banco BPI Relatório e Contas 2003

275 8. Controlo accionista e transmissibilidade das acções 8.1. CONTROLO ACCIONISTA O Banco BPI não adoptou nenhuma cláusula defensiva capaz de impedir a livre transmissibilidade das acções e a livre apreciação, pelos Accionistas, do desempenho dos titulares do órgão de administração. O capital detido pelos Accionistas representados no Conselho de Administração e no Conselho Fiscal era, em 31 de Dezembro de 2003, de 48.2%. A correspondente percentagem de direitos de voto, tendo em conta as acções próprias detidas pelo Grupo e a limitação estatutária, era de 43.4%. O capital do Banco BPI era, naquela data, detido por Accionistas. Os estatutos do Banco BPI estipulam que não se contem os votos emitidos por um só Accionista, em nome próprio ou como representante de outro ou outros, que excedam 12.5% da totalidade dos votos correspondentes ao capital social. Os Administradores e Quadros Directivos do Grupo BPI não beneficiam de qualquer cláusula de indemnização de natureza extraordinária, que os compense na eventualidade da ocorrência de uma alteração no controlo da Sociedade (golden parachutes) ACORDOS PARASSOCIAIS RELATIVOS AO EXERCÍCIO DE DIREITOS SOCIAIS OU RELATIVOS À TRANSMISSIBILIDADE DE ACÇÕES Não existe nenhum acordo parassocial com a mesma natureza dos mencionados no Art.º 19 do Código dos Valores Mobiliários, relativamente ao exercício de direitos sociais ou à transmissibilidade das acções do Banco BPI. Não existe, mesmo, nenhum sindicato de voto ou acordo de defesa contra ofertas públicas de aquisição. Foi celebrado, em 1986, um acordo de preferência entre alguns dos mais significativos Accionistas do BPI, onde se determina que qualquer um dos contraentes cuja intenção seja transmitir, a título oneroso, a totalidade ou parte das acções abrangidas pelo referido acordo, está obrigado a dar preferência, na alienação, em igualdade de condições, aos restantes contraentes. Este acordo encontra-se actualmente subscrito por seis Accionistas do Banco BPI e, em 31 de Dezembro de 2003, abrangia acções representativas de 44.7% do capital social do Banco BPI. O acordo tem vindo a ser sucessivamente renovado por períodos de três anos, tendo a última renovação ocorrido em 21 de Agosto de Qualquer denúncia a este acordo tem de ser comunicada com, pelo menos, seis meses de antecedência. Relatório sobre o Governo do Grupo BPI 273

276 9. Exercício do direito de voto e representação de accionistas 9.1. PROMOÇÃO DO EXERCÍCIO DO DIREITO DE VOTO O Banco BPI promove activamente o exercício do direito de voto, quer directamente presencialmente ou por correspondência (postal ou electrónica) quer por representação. No âmbito desta política, o BPI tem implementado um conjunto de medidas tendentes a combater o absentismo dos Accionistas nas Assembleias Gerais: a possibilidade do voto por correspondência, quer por via postal quer por via electrónica, e a colocação à disposição dos Accionistas de boletins de voto; a ampla divulgação da realização das Assembleias Gerais (por correio postal, por correio electrónico e pela Internet), dos temas a serem deliberados e das diferentes formas de exercício do voto; a descrição clara e detalhada, no texto da convocatória e na carta e documentos preparatórios 1 da Assembleia Geral que são enviados aos Accionistas 2, dos procedimentos a adoptar para o exercício do voto por correspondência ou por representação (regime consagrado estatutariamente). Importa ainda referir que o Conselho de Administração do Banco BPI, dando resposta positiva às mais recentes recomendações da CMVM, irá propor aos seus Accionistas que, na próxima Assembleia Geral, se aprove uma alteração ao artigo 12 dos Estatutos da Sociedade, com vista a encurtar, de 15 para cinco dias úteis, o prazo de antecedência do depósito e bloqueio das acções para participação em Assembleia Geral. As propostas a submeter à apreciação e deliberação em Assembleia, bem como os demais elementos de informação necessários à preparação das reuniões são postos à disposição dos Accionistas, até 15 dias antes da realização da Assembleia, na sede do Banco BPI (Rua Tenente Valadim, 284, Porto) e no site O envio de qualquer um dos elementos supra- -referidos, incluindo exemplares de boletins de voto para o exercício do voto por correspondência, poderá ser solicitado também para o endereço de divulgado publicamente ATRIBUIÇÃO DE DIREITO DE VOTO Terá direito de voto o Accionista que for titular de pelo menos 1000 acções do Banco BPI, no 15.º dia anterior ao designado para a reunião da Assembleia Geral. O registo desta titularidade deverá ser provado perante o Banco BPI até às 18 horas do quinto dia útil anterior ao designado para a reunião. A cada 1000 acções corresponde um voto PROCEDIMENTOS RELATIVOS À REPRESENTAÇÃO O BPI segue, por iniciativa própria, a política de enviar aos Accionistas o conteúdo das propostas incluídas na agenda de trabalhos, bem como os impressos próprios para a atribuição do mandato de representação, acompanhados de envelope de porte pago e pré-endereçado. As representações são comunicadas por carta endereçada ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral, com assinatura devidamente reconhecida (por notário, advogado ou solicitador) ou certificada pela Sociedade. Esta carta deverá dar entrada na sede do Banco BPI até às 18 horas do quinto dia útil anterior ao dia designado para a Assembleia Geral. O Presidente da Mesa da Assembleia disponibiliza-se, regra geral, para representar os Accionistas que assim o desejarem, expressando de forma clara o sentido do seu voto, no caso de o representado não estipular quaisquer instruções PROCEDIMENTOS RELATIVOS AO VOTO POR CORRESPONDÊNCIA O BPI envia, em anexo à convocatória da Assembleia Geral, boletins de voto endereçados ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral, através dos quais o Accionista pode exprimir de forma clara o sentido do seu voto. O boletim, disponível em português e inglês, deverá ser assinado e o reconhecimento da assinatura (por notário, advogado ou solicitador) deverá ser nele registado. Os boletins de voto devem dar entrada na sede do Banco BPI até às 18 horas do quinto dia útil anterior ao dia designado para a Assembleia Geral. Os votos por correspondência contam para a formação do quorum constitutivo da Assembleia Geral sendo interpretados à luz dos assuntos constantes na convocatória. Não se considera expressarem nenhum sentido quanto a novos assuntos. 1) Também disponíveis na Internet no web site 2) Aos Accionistas com direito a pelo menos cinco votos. 274 Banco BPI Relatório e Contas 2003

277 As declarações de voto por correspondência são abertas pelo Presidente da Mesa da Assembleia Geral, a quem cabe verificar a respectiva autenticidade, conformidade com as regras e a inexistência de duplicação de votos decorrente da presença, na Assembleia Geral, dos Accionistas cujo voto chegou por correspondência. Os votos por correspondência são considerados após a contagem dos votos presenciais relativos a cada uma das propostas. O Presidente da Mesa da Assembleia Geral informa os presentes da quantidade e do sentido dos votos recebidos por correspondência. A descrição do modo como se processa o escrutínio dos votos por correspondência em Assembleia Geral consta dos documentos disponibilizados pelo BPI para o exercício do voto por correspondência, sendo igualmente descritos na secção do web site de Relações com Investidores dedicado ao evento. O secretário da Sociedade assegura a confidencialidade dos votos recebidos por correspondência até ao dia da Assembleia Geral. Nesta data, a salvaguarda do mesmo passa a ser garantida pelo Presidente da Mesa da Assembleia Geral até ao momento da votação. O BPI envia atempadamente aos seus Accionistas, em anexo aos restantes elementos preparatórios da Assembleia Geral, uma minuta disponível em português e inglês que lhes permitirá optar pelo regime de voto por correspondência electrónica. Esta minuta pode ainda ser obtida no web site em ou mediante solicitação à Direcção de Relações com Investidores. A minuta deverá estar assinada e a assinatura deverá estar reconhecida por notário, advogado ou solicitador. Na minuta, solicita-se ao Accionista que, entre outros elementos, defina uma palavra-chave e indique um endereço de . Este documento terá de dar entrada na sede do Banco, conjuntamente com a respectiva declaração de depósito e bloqueio das acções, até às 18 horas do quinto dia útil anterior ao dia designado para a Assembleia Geral. No final do quinto dia útil anterior à data da Assembleia, o BPI envia ao Accionista um indicando-lhe uma contra-senha, que, em conjunto com a senha inicial, lhe permitirá o acesso a um boletim de voto electrónico existente numa página do site O Accionista poderá exercer o seu direito de voto no quarto e terceiro dias úteis anteriores à Assembleia. Considera-se revogado o voto por correspondência, no caso da presença do Accionista ou do respectivo representante na Assembleia Geral. Embora o voto por correspondência, pela sua própria natureza, assuma, à partida, uma função alternativa à representação dos Accionistas, nada impede que os dois institutos sejam cumuláveis PROCEDIMENTOS RELATIVOS AO VOTO POR MEIOS ELECTRÓNICOS O BPI facultará, pela primeira vez, aos seus Accionistas, a possibilidade de exercerem o voto por correspondência electrónica sobre as propostas em deliberação na Assembleia Geral de 20 de Abril de Os procedimentos exigidos para o voto por correspondência electrónica são, em parte, similares aos necessários para o voto por correspondência postal. Relatório sobre o Governo do Grupo BPI 275

278 10. Exercício de direitos sociais por entidades do Grupo BPI As entidades do Grupo BPI que actuam no mercado como investidores institucionais Sociedades Gestoras de Fundos de Investimento, Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, Banco de Investimento e Sociedades de Capital de Desenvolvimento estão vinculadas a regras que tendem a assegurar uma utilização diligente, eficiente e crítica dos direitos inerentes aos valores mobiliários de que são titulares ou cuja gestão lhes esteja confiada, nomeadamente, a regras respeitantes aos direitos de informação e de voto. Por outro lado, o BPI, por sua iniciativa, não investe em empresas pertencentes à indústria da pornografia ou do armamento. No entanto, por detenção de unidades de participação em fundos de investimento geridos por terceiros, ou por outras formas de investimento indirecto, o BPI poderá ser detentor de interesses financeiros em sociedades associadas a àqueles negócios. As entidades gestoras de activos pertencentes ao Grupo BPI, para além dos tradicionais critérios de investimento associados ao binómio risco / retorno, consideram ainda, no processo de tomada de decisão sobre investimento, os seguintes factores: qualidade do sistema de governo e fiscalização; transparência na prestação de informação; boas práticas ambientais. 276 Banco BPI Relatório e Contas 2003

279 11. Ética e deontologia COMPROMISSO PARA COM RIGOROSAS NORMAS DE NATUREZA ÉTICA E DEONTOLÓGICA A actividade profissional dos membros dos órgãos sociais e dos Colaboradores das sociedades pertencentes à esfera do Grupo BPI rege-se pelos seguintes princípios: Os normativos éticos e deontológicos impostos àqueles que exercem actividades no seio do Grupo BPI pretendem acautelar o sigilo profissional e a defesa dos interesses dos Clientes, bem como impedir a utilização de informação privilegiada em benefício próprio. respeito pela absoluta independência, tanto entre os interesses da Sociedade e dos Clientes, como entre os seus interesses pessoais e os da Sociedade, e os dos Clientes entre si; idoneidade profissional; integridade pessoal. Com vista a salvaguardar o absoluto respeito por todas as normas de natureza ética e deontológica em cada sociedade do Grupo BPI, os Colaboradores, os membros dos órgãos sociais, os prestadores de serviços e os consultores externos comprometem- -se a respeitar as normas que declaram, por escrito, conhecer através dos seguintes documentos: EQUIDADE E SALVAGUARDA DE SITUAÇÕES DE CONFLITO DE INTERESSES Os membros do Conselho de Administração do Banco BPI assumem o compromisso de dar conhecimento de qualquer interesse, directo ou indirecto, que eles, algum dos seus familiares ou entidades a que profissionalmente se encontrem ligados, possam ter na empresa em relação à qual se considere a possibilidade de uma tomada de participação ou de os bancos ou sociedades do Grupo BPI concederem um financiamento ou prestarem algum serviço. Nestas circunstâncias, os Administradores deverão informar da natureza e extensão de tal interesse e, caso este seja substancial, abster-se de participar na discussão e / ou votação de qualquer proposta que à operação diga respeito. códigos de conduta das respectivas associações, designadamente a Associação Portuguesa de Bancos (APB) e a Associação Portuguesa das Sociedades Gestoras de Patrimónios e de Fundos de Investimento (APFIN); códigos de conduta próprios, ajustados em conformidade com o tipo de actividade desenvolvida por cada um dos bancos e empresas participadas. Estes contêm, em certos casos, regras mais restritivas do que as estabelecidas pelas directrizes emanadas pelas associações a que pertencem e pelas entidades de supervisão. O código de conduta do BPI foi pela primeira vez aprovado em Março de 1994, tendo desde então sido actualizado após revisões pontuais. A infracção dos deveres previstos nos referidos códigos punir-se- -á, de acordo com a gravidade da violação, o grau de culpa do infractor e as consequências do acto. A gravidade das sanções a aplicar será definida casuisticamente e poderá variar entre a repreensão verbal e o despedimento com justa causa. A responsabilidade disciplinar é independente da responsabilidade civil, contra-ordenacional e criminal. No que toca à esfera dos Clientes dos bancos e sociedades do Grupo BPI, é assegurada aos Clientes igualdade de tratamento em todas as situações em que não exista motivo de ordem legal e / ou contratual para proceder de forma distinta. Tal não colide com a prática de condições diferenciadas na realização de operações, depois de ponderado o risco destas, a respectiva rendibilidade e / ou a rendibilidade do Cliente VIOLAÇÃO DO SIGILO PROFISSIONAL Nos contactos com os Clientes e com o mercado, os membros dos órgãos sociais e os Colaboradores das sociedades do Grupo BPI deverão pautar a sua conduta pela máxima discrição e devem guardar segredo profissional sobre serviços prestados aos seus Clientes e, bem assim, sobre os factos ou informações relativos aos mesmos Clientes ou a terceiros, cujo conhecimento lhes advenha do desenvolvimento das respectivas actividades. Este dever apenas cessa mediante autorização escrita da pessoa a que respeitam os casos ou mediante o que estiver expressamente previsto na lei. O dever de sigilo profissional mantêm-se mesmo quando termina o exercício das funções de membro de órgãos sociais e de Colaborador. Os códigos de conduta em vigor no Grupo BPI estão disponíveis para consulta ou download no web site ou mediante solicitação à Direcção de Relações com Investidores (ver contactos no ponto 12.2 deste Relatório). Relatório sobre o Governo do Grupo BPI 277

280 11.4. ACTIVIDADE DE INTERMEDIAÇÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS Actuação por conta própria Existem regras de actuação rigorosas sobre tudo quanto respeite à execução de operações com valores mobiliários por conta própria (e de familiares), nas sociedades especialmente envolvidas neste tipo de actividade, como sejam o Banco Português de Investimento e o BPI Fundos. Exemplo destas regras é o de os valores mobiliários adquiridos por Colaboradores e membros dos órgãos sociais destas sociedades só poderem ser alienados decorridos 30 dias sobre a sua aquisição, o que limita o risco de envolvimento impróprio em operações de natureza especulativa. O cumprimento desta regra apenas poderá ser dispensada por decisão de um Administrador ou, estando em causa um membro de um órgão social, por deliberação do Conselho de Administração, tomada após apresentação pelo interessado de requerimento escrito. Até à data, nunca nenhum membro de um órgão social requereu ao Conselho de Administração a dispensa do cumprimento da referida regra. Importa referir, em termos mais gerais, a obrigação que têm todos os Colaboradores e Administradores do Grupo de comunicar à Administração, num prazo de 24 horas, todas as operações realizadas com valores mobiliários (excluindo obrigações emitidas por entidades com risco soberano ou equiparado), excepto no caso de terem sido utilizados os canais de intermediação do Grupo, o que vale, para este efeito, como comunicação da operação. Os referidos canais constituem um meio obrigatório para os Colaboradores afectos à actividade de intermediação. Actuação por conta de Clientes Os Colaboradores dos Bancos do Grupo BPI que estão envolvidos na actividade de intermediação de valores mobiliários estão vinculados aos deveres estabelecidos pelo código de conduta da Associação Portuguesa de Bancos, onde se determina que os mesmos devem, na execução de quaisquer operações de que forem incumbidos, servir os seus Clientes com diligência, lealdade e discrição, designadamente: realizando as transacções com celeridade e nas melhores condições que o mercado viabilize; abstendo-se de realizar e de incitar os seus Clientes a efectuarem operações repetidas de compra e venda de valores mobiliários, quando tais operações se não justifiquem e tenham como fim único ou principal a cobrança das correspondentes comissões ou qualquer outro objectivo estranho aos interesses do Cliente; abstendo-se de se atribuir a si mesmos valores mobiliários quando tenham Clientes que os hajam solicitado a preço idêntico ou mais alto ou, por outro lado, abstendo-se de vender valores mobiliários de que sejam titulares, em vez de valores idênticos cuja venda lhes tenha sido ordenada pelos seus Clientes a preço igual ou mais baixo. Paralelamente os bancos devem informar os seus Clientes de todos os aspectos materiais de que careçam para tomarem uma decisão fundamentada sobre a transacção que pretendam realizar, alertando-os, em especial, para a natureza dos riscos existentes e para as consequências financeiras que eles poderão implicar. Tratando-se da prestação do serviço de gestão de carteira de valores mobiliários, os bancos e as sociedades gestoras de fundos de investimento devem assegurar que os Clientes se encontram elucidados sobre o nível de risco a que ficam sujeitos, o grau de discricionariedade concedida ao intermediário e sobre todas as comissões e outras despesas que lhes serão cobradas COMBATE AO TERRORISMO E AO BRANQUEAMENTO DE CAPITAIS De acordo com as normas estabelecidas, tanto a nível nacional como comunitário, e com vista a evitar o uso do sistema financeiro para efeito de branqueamento de capitais, os bancos do Grupo têm o dever de comunicar às autoridades competentes a realização de operações que suscitem suspeitas neste domínio. Os Colaboradores do Banco devem, portanto,informar os respectivos superiores hierárquicos e a Direcção de Recursos Humanos sobre as operações realizadas e / ou a realizar que, pela natureza, montante ou características, possam indiciar a utilização de valores provenientes de actividades ilícitas. Compete à Direcção e à Comissão Executiva, apoiadas pela Auditoria Interna, analisar as ocorrências, dar-lhes o seguimento adequado, e tomar as medidas necessárias no sentido de prevenir o envolvimento do Grupo BPI em operações relacionadas com o branqueamento de capitais. O Comité de Auditoria e de Controlo Interno é, sistematicamente, informado da evolução das ocorrências e suas consequências. 278 Banco BPI Relatório e Contas 2003

281 11.6. PREVENÇÃO DE SITUAÇÕES DE INSIDE TRADING E Os Colaboradores e Administradores que, por efeito das suas funções, tomem conhecimento de informações, designadamente as que não tenham sido ainda tornadas públicas e que possam influenciar os preços em qualquer mercado, têm um rigoroso dever de sigilo e abster-se de efectuar transacções sobre os valores mobiliários envolvidos, até à divulgação pública. Para reforçar a salvaguarda da inexistência de situações de abuso derivadas da posse de informação privilegiada, o BPI segue ainda a política de: divulgar resultados, no mesmo dia em que o Conselho de Administração os aprova; Nos termos dos Códigos de Conduta do Banco BPI e do Banco Português de Investimento, os membros da Administração ou outros com categoria igual ou superior a Director, assim como os Colaboradores envolvidos na preparação de documentos de prestação de contas ou de emissão de acções ou de títulos nelas convertíveis, estão impedidos de transaccionar acções representativas do capital do Banco BPI, bem como títulos nelas convertíveis ou que a elas confiram direitos: aguardar pelo fecho da sessão de bolsa para proceder à divulgação de factos relevantes; dar conhecimento à CMVM e colocar no site de Relações com Investidores as apresentações realizadas na Conferência anual do BPI com Analistas e Investidores, em cujas últimas duas edições se procedeu a uma análise e revisão dos objectivos estratégicos do Grupo. a) no período compreendido entre o 15.º dia anterior ao termo de cada trimestre ou de cada exercício e o momento da divulgação dos correspondentes resultados, o que, considerando a prática habitual do BPI, significa a inibição de transaccionar acções Banco BPI em sensivelmente metade das sessões de bolsa do ano; b) no período compreendido entre a decisão da Administração do BPI em propor uma emissão de acções representativas do respectivo capital social ou de títulos nelas convertíveis ou que a elas confiram direito e o momento da respectiva divulgação pública. O Banco BPI e os seus Administradores estão ainda vinculados a rigorosos deveres de comunicação impostos pela lei e pelos regulamentos da CMVM, como seja a obrigatoriedade de, num prazo de sete dias úteis, os primeiros terem de informar o segundo e este a CMVM de quaisquer operações realizadas sobre acções Banco BPI NEGÓCIOS REALIZADOS ENTRE O BANCO BPI, DE UM LADO, E, DO OUTRO, MEMBROS DO SEU CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO, MEMBROS DO CONSELHO FISCAL, TITULARES DE PARTICIPAÇÕES QUALIFICADAS OU SOCIEDADES PERTENCENTES AO GRUPO Não foram realizados, em 2003, nenhuns negócios ou operações entre o Banco BPI, de um lado, e, do outro, membros do seu Conselho de Administração, membros do seu Conselho Fiscal, titulares de participações qualificadas ou sociedades pertencentes ao Grupo, que tenham sido economicamente significativos e, cumulativamente, tenham sido realizados em condições distintas da prática do mercado (aplicáveis a operações similares) ou fora do âmbito da actividade corrente do Banco. Relatório sobre o Governo do Grupo BPI 279

282 12. Comunicação com o mercado PRINCÍPIOS DE DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÃO FINANCEIRA E OUTROS FACTOS RELEVANTES Princípios de divulgação de informação financeira e outros factos relevantes Transparência Consistência Simplicidade Disponibilidade Materialidade Antecipação Ao facultar ao mercado toda a informação relevante que lhe permita formular um juízo fundamentado acerca da evolução da actividade e dos resultados alcançados, bem como das perspectivas de crescimento, rendibilidade e riscos existentes. Na manutenção dos critérios utilizados na prestação da informação e no esclarecimento dos motivos subjacentes à alteração destes, quando esta ocorra, de modo a assegurar a possibilidade de comparação da informação entre os períodos de reporte. Por se utilizar uma linguagem clara, e se recorrer a notas pedagógicas para tratar assuntos complexos e por se incluir um glossário e de um formulário no relatório de gestão anual. Na adopção de uma postura proactiva, aberta e inovadora na comunicação com o mercado. Na divulgação de toda a informação que tenha relevância e na atribuição, a cada peça de informação, de um grau de visibilidade e de pormenor correspondente à respectiva importância. Na adopção de práticas de comunicação e de prestação de informação que, não sendo obrigatórias, são valorizadas pelo mercado DIRECÇÃO DE RELAÇÕES COM INVESTIDORES Conceito e competências O Banco BPI atribui uma especial importância à manutenção de uma relação franca e transparente com os analistas financeiros, os investidores, os Accionistas, as autoridades, a comunicação social e os restantes intervenientes no mercado. De acordo com esta permanente preocupação, o BPI tem em funcionamento, desde 1993, uma estrutura exclusivamente dedicada às relações com os investidores e com o mercado. A Direcção de Relações com Investidores (DRI), que reporta directamente à Comissão Executiva do Conselho de Administração do Banco BPI, tem a missão de prestar ao mercado informação rigorosa, regular, oportuna e equilibradamente disseminada acerca do Grupo BPI, especialmente a que é relevante para a formação do preço das acções do Banco BPI, cotadas em bolsa. A Direcção de Relações com Investidores tem as funções principais de assegurar, junto das autoridades e do mercado, o cumprimento das obrigações legais e regulamentares de reporte que impendem sobre o Banco BPI, dar resposta às solicitações de informação dos investidores, analistas financeiros e demais agentes, e apoiar a Comissão Executiva em aspectos relacionados com o estatuto de entidade cotada que o Banco BPI tem no mercado. No âmbito da primeira daquelas responsabilidades, destaca-se a difusão da informação enquadrável na moldura de "facto relevante" ou de "outras comunicações", a prestação de informação trimestral sobre a actividade e os resultados do Grupo e a preparação dos relatórios e contas anuais e semestrais. O BPI divulga informação, com periodicidade trimestral, relativa à respectiva actividade e resultados consolidados, desde o último trimestre de O BPI segue, desde a sua admissão à cotação em bolsa em 1986, a política de promover uma auditoria completa às suas contas do primeiro semestre, embora a lei apenas exija uma revisão limitada. No âmbito da assessoria à Comissão Executiva, merecem referência o acompanhamento da evolução das acções Banco BPI em mercado, nas suas múltiplas vertentes, o apoio nos contactos directos que a Comissão Executiva regularmente realiza com analistas financeiros e investidores institucionais (nacionais e estrangeiros), quer no âmbito de conferências e roadshows, quer através de reuniões individuais. Relativamente a este aspecto importa destacar a Conferência para Investidores e Analistas Financeiros que a Comissão Executiva, desde 2001, promove anualmente. O BPI tem por política divulgar junto do mercado a informação apresentada nestas reuniões, difundindo um comunicado à imprensa com os aspectos mais relevantes e disponibilizando, no web site de Relações com Investidores, as apresentações realizadas durante o evento. A disponibilidade e os contactos da Direcção de Relações com Investidores são amplamente divulgados. Toda a informação pública sobre o Grupo BPI pode ser solicitada à DRI através da página de contactos do seu site ( por telefone ( ), correio electrónico (investor_relations@bpi.pt), fax ( ) ou carta (Rua Tenente Valadim, 284, Porto). 280 Banco BPI Relatório e Contas 2003

283 Actividade em 2003 A Direcção de Relações com Investidores desenvolveu intensa actividade em Além dos compromissos habituais relacionados com as obrigações legais e regulamentares de reporte que incluem a responsabilidade pela elaboração do relatório anual e semestral do Banco BPI (incluindo o presente Relatório) e de todos os documentos associados às divulgações trimestrais de resultados e com os pedidos regulares de informação quer pelo mercado quer internos ao Grupo BPI a DRI esteve envolvida nos seguintes eventos: Conselho de Administração, Fernando Ulrich e / ou com a participação do membro da Comissão Executiva responsável pela Direcção de Relações com Investidores, Manuel Ferreira da Silva. A Conferência Anual para Analistas e Investidores realizou-se em 18 de Março de 2003 e contou com a presença de 25 analistas, provenientes de 19 bancos de investimento e 13 investidores institucionais. apresentação do Banco em cinco conferências para investidores (organizadas por terceiros) em Lisboa, Madrid, Paris e Londres; realização de quatro roadshows, organizados por bancos de investimento de renome internacional, efectuados em Londres e na região da Escandinávia; realização de mais de 40 reuniões individuais com investidores e analistas financeiros (one-on-ones). As apresentações do banco, os roadshows e as reuniões individuais com investidores e analistas contaram com a participação do vice-presidente da Comissão Executiva do SÍTIO NA INTERNET Web site Relações com Investidores Em Junho de 2003, o BPI procedeu a uma renovação substancial do seu site dedicado à divulgação de informação de natureza institucional acerca do Grupo. Este web site anteriormente sediado em está agora disponível no endereço ou, para as pessoas que não disponham de acesso à Internet, nos Quiosques Internet, existentes na maior parte dos balcões do Banco BPI. O web site, disponível em português e inglês, encontra-se dividido em seis secções principais que desenvolvem entre outras as matérias abaixo indicadas: Web site de Relações com Investidores conteúdo e organização Grupo BPI Informação Financeira Accionistas Acção Banco BPI Dívida Notícias e Eventos História Indicadores Estrutura Accionista Indicadores Divida emitida Comunicados Gestão Executiva Corporate Governance Estratégia Identidade Responsabilidade Pública Resultados Relatórios e Contas Calculador de Rendibilidade Dividendos Capital Assembleias Gerais Gráficos e Cotações Cobertura de Analistas Canais de transacção Rating Notícias Calendário Apresentações De entre os mais de 200 conteúdos / funcionalidades de que o web site dispõe, merecem especial destaque os seguintes: simulador interactivo para cálculo do retorno total (i.e. considerando o reinvestimento de dividendos) no investimento em acções Banco BPI; secção sobre "dívida" contendo fichas de resumo e documentação de suporte relativa às principais emissões públicas de dívida senior, subordinada e de acções preferenciais; gráficos interactivos, incluindo benchmarking com mercado. extensa informação financeira integralmente actualizada, quatro vezes por ano, no próprio dia da divulgação de resultados; Relatório sobre o Governo do Grupo BPI 281

284 Toda a informação de natureza institucional que é pública e material encontra-se, por regra, disponível no web site. Para os eventos mais significativos, como seja a Assembleia Geral de Accionistas, a distribuição de dividendos e a divulgação trimestral de resultados, são ainda criadas páginas específicas para a difusão de informação e apoio aos referidos eventos. Os utilizadores do web site têm também a oportunidade de se registarem e receberem diariamente um contendo um resumo do comportamento da acção Banco BPI em bolsa, um alerta sempre que a acção atingir uma determinada percentagem e notícias ou conteúdos novos publicados no site. Os subscritores destas mailing lists poderão cancelar a qualquer momento a sua subscrição, bastando para tanto seguir os links destinados, no final de cada , ao efeito. Na divulgação dos resultados consolidados do Banco BPI referentes a 2003 foram enviados pela Direcção de Relações com Investidores aproximadamente 650 mensagens de . Estas mensagens foram enviadas a pessoas ou entidades que expressamente manifestaram o desejo de serem incluídas na mailing list do BPI. A Direcção de Relações com Investidores tem por política não enviar mensagens por a pessoas que não o solicitam expressamente e procede periodicamente a uma revisão da sua base de contactos, a fim de eliminar endereços ou destinatários inactivos. De uma forma geral, todos os documentos emitidos em suporte de papel (incluindo os documentos preparatórios das assembleias gerais) estão disponíveis para envio em formato electrónico, mediante solicitação. O web site de Relações com Investidores cumpre integralmente as recomendações da CMVM sobre a utilização da Internet como meio de divulgação de informação institucional. O site de Relações com Investidores registou, em 2003, uma média mensal de 181 milhares de visualizações das respectivas páginas, e 12.4 milhares de visitas REPRESENTANTE PARA AS RELAÇÕES COM O MERCADO O representante do Banco BPI para as relações com o mercado é Rui Lélis, administrador do Banco Português de Investimento. Correio electrónico ( ) Os anúncios de factos relevantes e outras comunicações, para além de serem publicados no site de Relações com Investidores e no sistema de difusão de informação da CMVM, são ainda enviados por correio electrónico ( ) às autoridades de supervisão, aos média, aos analistas, bem como a todos os investidores institucionais ou particulares que expressamente o solicitem. 282 Banco BPI Relatório e Contas 2003

285 13. Acção Banco BPI RENDIBILIDADE DO ACCIONISTA As acções do Banco BPI registaram em 2003 uma valorização de 33.9%, superando de forma expressiva o desempenho obtido pelo mercado. Na verdade, em igual período, o mercado accionista registou uma subida de 15.8%, em Portugal 1, e 13.7%, na Europa 2, tendo o sector bancário europeu valorizado 21.6% 3. A rendibilidade (ROI) do investimento em acções BPI que toma em consideração a apreciação do título em bolsa e pressupõe o reinvestimento dos dividendos em novas acções BPI ascendeu, em 2003, a 38.5%. Evolução da acção do Banco BPI em 2003 Comunicação ao mercado de eventos relevantes Em capítulo próprio do relatório, "Acções BPI", é apresentada uma descrição pormenorizada do comportamento bolsista das acções do Banco BPI, que inclui o valor, nos últimos cinco anos, dos resultados por acção, do dividendo distribuído, das cotações em bolsa, da rendibilidade do accionista, indicadores de liquidez, capitalização bolsista e indicadores de valorização pelo mercado. Estas séries históricas são ajustadas por eventos EVOLUÇÃO EM BOLSA E COMUNICAÇÕES AO MERCADO O gráfico em baixo apresenta a evolução da acção Banco BPI em 2003 e a comunicação ao mercado de factos relevantes e outras comunicações /6/ Variação anual +33.9% Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Comunicação ao mercado de eventos relevantes N.º Data de comunicação ao mercado 1.ª sessão de bolsa após comunicação Descritivo 1 03 Fev Fev Comunicado de divulgação de resultados consolidados do Banco BPI em Fev Fev Data de atribuição das acções e opções do RVA Programa de Remuneração Variável em Acções 3 10 Mar Mar Convocatória para a AGA a realizar em 10 de Abril de Mar Mar Actualização dos objectivos operacionais para anunciada na conferência anual com analistas e investidores 5 14 Abr Abr Pagamento de dividendos relativos ao exercício de Abr Abr Resultados da votação da AGA realizada em 10 de Abril de Abr Abr BPI pensões informa o mercado que detem 2.32% do capital do Banco BPI 8 24 Abr Abr Divulgação dos resultados consolidados do Grupo BPI no 1.º trimestre de Jul Jul Banco BPI chega a acordo para venda de participação detida no Banc Post Jul Jul Banco BPI e Modelo Continente, SGPS informam sobre remodelação do quadro de colaboração relativo ao Cartão de Crédito Universo Jul Jul Comunicado de divulgação de resultados consolidados do Banco BPI relativos ao 1.º semestre de Set Set Comunicado conjunto referente à Auto-Estradas do Atlântico Set Set Integração da Crediuniverso no Banco BPI Out Out Comunicado de divulgação de resultados consolidados do Banco BPI relativos ao terceiro trimestre de Out Nov Transferência entre participadas da posição detida pela "La Caixa" no capital do Banco BPI Nov Nov BPI aumenta posição na SIC para 41.4% Dez Dez Alteração da Presidência da Comissão Executiva do Banco BPI Nota: O BPI segue a política de divulgar os factos relevantes após o encerramento da sessão de bolsa, pelo que o eventual efeito nas cotações é apenas sentido na sessão de bolsa seguinte. 1) Considerando a evolução do índice PSI-20. 2) Tendo por base a evolução do índice Dow Jones STOXX ) Tomando por referência o índice Dow Jones Europe STOXX Bank. Relatório sobre o Governo do Grupo BPI 283

286 14. Política de dividendos A política de dividendos do Grupo BPI caracteriza-se por: considerar o lucro líquido consolidado do Grupo como base de cálculo relevante para o dividendo a distribuir; em termos históricos, o BPI ter mantido um payout não inferior a 30%, retendo resultados que possam assegurar o financiamento das necessidades de crescimento do Grupo; Em capítulo próprio do relatório, "Acções BPI", é apresentada, no quadro "Principais indicadores das acções Banco BPI", informação relativa ao montante de resultados distribuídos, ao payout ratio, ao dividendo por acção e ao dividend yield dos últimos cinco exercícios. Por outro lado, em encontra-se disponível uma secção inteiramente dedicada a dividendos, que contém o histórico completo (i.e. desde a criação do BPI) da informação relativa a este tópico. fixar o dividendo por acção em termos ajustados, designadamente, por aumentos de capital (em dinheiro ou por incorporação de reservas) e por desdobramento de acções (stock splits). 284 Banco BPI Relatório e Contas 2003

287 APÊNDICE DO RELATÓRIO SOBRE O GOVERNO DA SOCIEDADE OUTROS CARGOS DE ADMINISTRAÇÃO E FISCALIZAÇÃO DESEMPENHADOS EM SOCIEDADES PELOS MEMBROS DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DO BANCO BPI, S.A Artur Santos Silva, 62 anos de idade, exerce funções executivas no Grupo BPI há 22 anos. É Presidente do Conselho de Administração do Banco Português de Investimento, S.A., do Banco de Fomento, SARL, da BPI Madeira, SGPS, Unipessoal, S.A., e da Inter-Risco Sociedade de Capital de Risco, S.A. É Administrador do Banco BPI Cayman, Ltd. É Gerente da Viacer Sociedade Gestora de Participações Sociais, Lda. Carlos da Câmara Pestana, 72 anos de idade. É Vice-Presidente do Conselho de Administração do Banco Itaú Europa, S.A. (Portugal). É membro do Conselho de Administração do Banco Itaú, S.A. (Brasil) e da Itaúsa Portugal, SGPS, S.A. É membro do Conselho de Gerência da Itaúsa Madeira Investimentos, SGPS, Lda., da IPI Itaúsa Portugal Investimentos, SGPS, Lda, da Itaú Europa, SGPS, Lda., e da Cashedge Consultores e Serviços, Lda. Fernando Ulrich, 51 anos de idade, exerce funções executivas no Grupo BPI há 20 anos. É Vice-Presidente do Conselho de Administração do Banco Português de Investimento, S.A. É Presidente do Conselho de Administração da BPI Fundos Gestão de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A., da BPI Pensões Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A., da BPI Vida Companhia de Seguros de Vida, S.A., da BPI Capital Finance Limited, da BPI Global Investment Fund Management Company, S.A. e da Solo Investimentos em Comunicação, SGPS, S.A. É membro do Conselho de Administração do Banco de Fomento, SARL, da BPI Madeira, SGPS, Unipessoal, S.A., da Companhia de Seguros Allianz Portugal, S.A. e da Inter- Risco Sociedade de Capital de Risco, S.A. É Administrador do Banco BPI Cayman, Ltd. É membro não-executivo do Conselho de Administração da Portugal Telecom, S.A. e da PT Multimédia, S.A. Ruy Octávio Matos de Carvalho, 71 anos de idade. É Presidente do Conselho Fiscal da EFACEC Capital, SGPS, S.A. É Vice-Presidente da Yura Internacional e da Vittoria Capital. É Vogal do Conselho de Administração da João Marques Pinto Investimentos Imobiliários, S.A. Alfredo Costa Rezende de Almeida, 69 anos de idade. É Presidente do Conselho de Administração da ARCO TÊXTEIS Empresa Industrial de Santo Tirso, S.A. e da ARCO FIO Fiação, S.A. É Vice-Presidente do Conselho de Administração da ARCO TINTO Tinturaria, S.A. É membro do Conselho de Administração da Fábrica do Arco Recursos Energéticos, S.A. É Sócio- -Gerente da Casa de Ardias Sociedade Agrícola e Comercial, Lda. António Domingues, 47 anos de idade, exerce funções executivas no Grupo BPI há 14 anos. É membro do Conselho de Administração do Banco de Fomento, SARL, do BCI Banco Comercial e de Investimentos, SARL (Moçambique), do BPI Capital Finance, Limited, da BPI Madeira, SGPS, Unipessoal, S.A., da Digitmarket Sistemas de Informação, S.A., da SIBS Sociedade Interbancária de Serviços, S.A. e da Unicre Cartão Internacional de Crédito, S.A. António Farinha Morais, 52 anos de idade, exerce funções executivas no Grupo BPI na sequência da aquisição do antigo BFE em Anteriormente, exercia actividade profissional no BFE, desde É membro do Conselho de Administração da BPI Fundos Gestão de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A., e da BPI Global Investment Fund Management Company, S.A. Armando Costa Leite de Pinho, 69 anos de idade. É Presidente do Conselho de Administração da Arsopi Indústrias Metalúrgicas Arlindo S. Pinho, S.A., da Arsopi Holding, SGPS, S.A., da A.P. Invest, SGPS, S.A., da ROE, SGPS, S.A., e da Security, SGPS, S.A. É Vice-Presidente do Conselho de Administração da Unicer Bebidas de Portugal, SGPS, S.A. É membro do Conselho de Administração da Plurimodos Sociedade Imobiliária, S.A., da Pluricasas Sociedade Imobiliária, S.A. e da Plurimodus Turismo, S.A. É Gerente da Arsopi Thermal, Equipamentos Térmicos, Lda., da Tecnocon Tecnologia e Sistemas de Controle, Lda., da Equitrade Equipamentos e Tecnologia Industrial, Lda., da Acinox Acessórios Inoxidáveis, Lda., da Viacer Sociedade Gestora de Participações Sociais, Lda. e da IPA Imobiliária Pinhos & Antunes, Lda. Caixa Holding, S.A. Sociedad Unipersonal representada por Fernando Ramirez Mazarredo, 50 anos de idade. É Director-Geral Adjunto da Caja de Ahorros y Pensiones de Barcelona La Caixa. É Vice-Presidente do Conselho de Administração da MEFF Sociedad Holding de Productos Financieros Derivados. É membro do Conselho de Administração da Societé Monegasque de Banque Privée, da Bolsa de Barcelona, da E-lacaixa, da Caixabank Banque Privée (Suisse), da Iberclear e da Bolsas y Mercados Españoles Sociedad Holding de Mercados y Sistemas Financieros, S.A. É membro da Comissão Executiva e do Conselho de Administração de Gás Natural SDG, S.A. Isidro Fainé Casas, 61 anos de idade. É Director-Geral da Caixa de Ahorros y Pensiones de Barcelona la Caixa. É Presidente da Abertis Infraestructuras, S.A. É Vice-Presidente da Telefónica, S.A. É membro do Conselho de Administração da Caixa Holding, S.A. e da CaixaBank France. João Sanguinetti Talone, 80 anos de idade. Não desempenha funções de administração ou de fiscalização em outras sociedades. José Alberto Ferreira Pena do Amaral, 48 anos de idade, exerce funções executivas no Grupo BPI há 17 anos. É Presidente do Conselho de Administração da Eurolocação Comércio e Aluguer de Veículos e Equipamentos, S.A. É membro do Conselho de Administração da BPI Madeira, SGPS, Unipessoal, S.A. e da Companhia de Seguros Allianz Portugal, S.A. É Gerente da BPI Locação de Equipamentos, Lda., e da BPI Rent Comércio e Aluguer de Bens, Lda. Klaus Dührkop, 50 anos de idade. É Vice-Presidente Executivo da Allianz, AG. É membro do Conselho de Administração da RAS (Itália), da Lloyd Adriático (Itália), da Allianz Subalpina (Itália), da Companhia de Seguros Allianz Portugal, S.A., da Allianz Greece, da Assurances Federale (France) e da Koc Allianz (Turquia). Manuel Ferreira da Silva, 46 anos de idade, exerce funções executivas no Grupo BPI há 20 anos. É membro do Conselho de Administração do Banco Português de Investimento, S.A., da Inter-Risco Sociedade de Capital de Risco, S.A. e da BPI Madeira, SGPS, Unipessoal, S.A. Manuel Soares de Oliveira Violas, 45 anos de idade. É Presidente do Conselho de Administração da Violas SGPS, S.A., da Cotesi Companhia de Têxteis Sintéticos, S.A., da Solverde Sociedade de Investimentos Turísticos da Costa Verde, S.A., da Sociedade Imobiliária da Praia da Rocha, S.A., da I.I.I. Investimentos Industriais e Imobiliários, S.A., da Corfi Organizações Industriais Têxteis Manuel de Oliveira Violas, S.A. e do CLIP Colégio Luso Internacional do Porto, S.A. Maria Celeste Hagatong, 51 anos de idade, exerce funções executivas no Grupo BPI há 18 anos. É membro do Conselho de Administração da BPI Madeira, SGPS, Unipessoal, S.A. É membro não-executivo do Conselho de Administração do Banco Português de Investimento, S.A. e da CVP Sociedade de Gestão Hospitalar, S.A. Riunione Adriática di Sicurtá, representada por Diethart Breipohl, 64 anos de idade. É membro do Conselho de Supervisão da Allianz AG (München), da Beiersdorf AG (Hamburg), da Continental AG (Hannover), da Karstad Quelle (Essen), da Mg Tecnologies AG (Frankfurt) e da KM Europa Metal AG (Osnabrück). É membro do Conselho de Administração do Crédit Lyonnais (Paris), da Assurances Générales de France AGF (Paris), do Banco Popular Español (Madrid) e da Euler & Hermes (Paris). Roberto Egydio Setúbal, 49 anos de idade. É Vice-Presidente do Conselho de Administração, Director-Presidente, Director-Geral e membro do Comité Consultivo Internacional do Banco Itaú Holding Financeira, S.A. É Director- -Presidente e Director-Geral do Banco Itaú, S.A. É Director Vice-Presidente Executivo da Itaúsa Investimentos Itaú, S.A. É Presidente do Conselho de Administração e Director-Presidente do Banco Bemge, S.A., do Banco Beg, S.A., do Banco Banestado, S.A., do Itaú Banco de Investimento, S.A., da CIA Itauleasing de Arrendamento Mercantil, da Investimentos Bemge, S.A., da Itauint Participações Internacionais, S.A. e do Itaú Administradora de Consórcios, Lda. É Director Presidente do Banco Banerj, S.A., do Itaú Capitalização, S.A., da Itaú Previdência e Seguros, S.A., da Itaucard Financeira, S.A. Crédito, Financiamento e Investimento, do Banco Itaú Europa, S.A., do Itaú Bank, Ltd. e do Banco Itaú Buen Ayre, S.A. É Administrador da Itaúsa Portugal, SGPS, S.A. Tomaz Jervell, 59 anos de idade. É Presidente do Conselho de Gerência da Auto-Sueco, Lda. É Presidente do Conselho de Administração da Norbase, SGPS, S.A., da Auto-Sueco (Angola), SARL, da Auto-Sueco (Minho), S.A., da Soma, S.A., da Biosafe, S.A. e da Vellar, SGPS, S.A. É membro do Conselho de Gerência da Auto-Sueco (Coimbra), Lda. Relatório sobre o Governo do Grupo BPI 285

288 PUBLICAÇÕES, COMUNICAÇÕES E EVENTOS EM 2004 Datas relevantes Calendário legal / regulamentar Calendário 2004 (Datas previstas) Relatório e contas: Exercício de 2003 Brochura PDF Publicação até 30 dias após a AGA 21 Abr Abr. 04 RAO 1 Mai. 04 Governo do Grupo BPI: Exercício de 2003 Brochura PDF Publicação até 30 dias após a AGA 21 Abr Abr. 04 RGO 2 Mai. 04 Relatório e contas: 1º semestre de 2004 Brochura PDF Publicação até 30 de Setembro 15/30 Set. 04 Comunicado 1º e 3º Trim.: até 30 dias após o final do trim.; 2º Trim.: até 30/Set 21 Abr., 21 Jul., 27 Out. Divulgação de Resultados Trimestrais Apresentação Conference Call 3 Webcast 3 21/22 Abr., 21/22 Jul., 27/28 Out. Assembleias Gerais Convocatória Propostas Resultados da AG Publicação até 30 dias antes da AGA Publicação 15 ou 30 dias (dependendo da proposta) antes da AGA 19 Mar. 04 Entre 19 Mar. e 5 Abr. 20 Abr. 04 Eventos Dividendos Propostas Anúncio Pagamento 15 dias antes da AGA 15 dias antes do Pagamento Conferência anual para analistas e investidores Outras apresentações institucionais Comunicados Factos Relevantes Outras comunicações Calendário de eventos institucionais Até 20 de Maio 5 Abr /30 Abr. 2.º semana de Maio Calendário de eventos disponível no site de RI Transmitidos ao mercado no dia em que ficam disponíveis No início de cada semestre A agendar Actualização permanente do calendário de eventos para o exercício em curso Participações qualificadas De outras sociedades no capital do BPI Do BPI no capital de outras sociedades abertas Assim que seja dado conhecimento ao BPI da ocorrência da alteração na sua estrutura accionista Até 3 dias após a data da transacção Outras obrigações de reporte Transacção de acções próprias 1% do capital desde a última comunicação 0.05% do capital numa só sessão Até 5 dias após a data de transacção que gerou o dever de comunicar Imediatamente Transacções de acções Banco BPI realizadas pelos membros do Conselho de Administração Até 7 dias úteis após a transacção (ou nomeação) Acção Banco BPI Dívida / Rating Actualização permanente Responsabilidade Pública Notícias institucionais [de divulgação não obrigatória] 5 Abr. 04 (Relatório Anual) 1) RAO Relatório Anual Online. 2) RGO Relatório de Governo Online 3) No âmbito da apresentação dos resultados pela Comissão Executiva do Conselho de Administração do Banco BPI. 286 Banco BPI Relatório e Contas 2003

289 Web site ( Disponível para envio (página de contactos) Disponível Disponível para envio (página de contactos) Disponível Disponível para envio (página de contactos) Disponível Disponível Disponível (em diferido) Canais da Direcção de Relações com Investidores Disponível por solicitação Disponível por pedido pontual ou por inscrição na mailing list Disponível por solicitação Disponível por pedido pontual ou por inscrição na mailing list Disponível por solicitação Disponível por pedido pontual ou por inscrição na mailing list Disponível por pedido pontual ou por inscrição na mailing list Disponível por solicitação Telefone Disponível por solicitação Acessível através de inscrição no serviço Presencialmente ou correio postal Rua Tenente Valadim, 284, Porto Disponível por solicitação Disponível por solicitação Disponível por solicitação Disponível por solicitação Website da CMVM Página dedicada ao evento com: propostas, boletins de voto, minutas de cartas de representação, etc; disponível em português e inglês Página dedicada à distribuição de dividendos contendo: montantes, datas relevantes, informação fiscal, indicadores, etc; disponível em português e inglês Disponível (apresentação e comunicado) Disponível Endereço específico para apoio ao evento: ag2004@bpi.pt - Envio de notícias sobre Dividendos para os subscritores da mailing list do site de RI; - Endereço disponível para esclarecimentos Linha dedicada de apoio ao evento: Elementos preparatórios da AGA: - Disponíveis na sede da sociedade na Rua Tenente Valadim, n.º 284, Porto; - Enviados por correio postal para todos os accionistas com mais de acções Contacto disponível para esclarecimentos Contactos disponíveis para esclarecimentos ou envio de informação (comunicado) Disponível (incluíndo histórico) Envio de notícias para os subscritores da mailing list do site de RI Contactos disponíveis para esclarecimentos ou envio de informação Disponível (eventos passados e futuros) Contactos disponíveis para esclarecimentos ou envio de informação Disponível para as datas de fim de semestre e de exercício Disponível Contactos disponíveis para esclarecimentos ou envio de informação Cotações históricas, Gráficos, Calculador de Rendibilidade, etc. Informação sobre o programa EMTN, acções preferenciais e relatórios de rating Disponível Alerta de variação de preços e envio diário de um resumo da sessão Envio de notícias sobre Dívida para os subscritores da mailing list do site de RI Contacto para assuntos sobre Dívida: Endereço para assuntos sobre Dívida: "Direcção Financeira - Mercado de Capitais, Dívida; Largo Jean Monnet, Lisboa" Contactos disponíveis para esclarecimentos ou envio de informação [pagamento de juros de empréstimos obrigacionistas] Disponível (incluindo histórico) Envio de notícias para os subscritores da mailing list do site de RI Contacto disponível para esclarecimentos Anexos ao Relatório sobre o Governo do Grupo BPI 287

290 CORRESPONDÊNCIA ENTRE AS NORMAS E RECOMENDAÇÕES DA CMVM E O RELATÓRIO SOBRE O GOVERNO DO BPI Descritivo Natureza Regulamento Recomendação Capítulo 0. DECLARAÇÃO DE CUMPRIMENTO Indicação discriminada das recomendações da CMVM sobre governo das sociedades adoptadas ou não adoptadas 0. I. DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÃO Organogramas relativos à repartição de competências entre os vários órgãos e departamentos da sociedade no quadro do processo de decisão empresarial 4. Lista das comissões específicas criadas na sociedade com indicação da sua composição e das suas atribuições 3.7. Descrição do sistema de controlo de riscos implementado na sociedade 3.5. e 5. Descrição da evolução da cotação das acções do emitente Descrição da política de distribuição de dividendos 14. Descrição das principais características dos planos de atribuição de acções e dos planos de atribuição de opções de aquisição de acções adoptados 7.3. Negócios realizados entre, de um lado, a sociedade e, de outro, os membros dos seus órgãos de administração e fiscalização, titulares de participações qualificadas ou sociedades do Grupo Gabinete de Apoio ao Investidor funções, tipo de informação disponibilizada e vias de acesso Sítio da sociedade na Internet Identificação do representante para as relações com o mercado Indicação da composição da comissão de remunerações 3.7. Indicação do montante da remuneração anual paga ao auditor e sua rede 6.1. Descrição dos meios de salvaguarda da independência do auditor 6.2. II. EXERCÍCIO DE DIREITO DE VOTO E REPRESENTAÇÃO DE ACCIONISTAS Existência de regras estatutárias sobre o exercício do direito de voto, nomeadamente que afastem o exercício do direito de voto por correspondência 9.1. Existência de um modelo para o exercício do direito de voto por correspondência 9.4. Possibilidade de exercício do direito de voto por meios electrónicos 9.5. Antecedência exigida para o depósito ou bloqueio das acções para a participação na assembleia geral 9.1. Exigência de prazo que medeie entre a recepção da declaração de voto por correspondência e a data da realização da Assembleia Geral 9.4. Número de acções a que corresponde um voto 9.2. III. REGRAS SOCIETÁRIAS Existência de códigos de conduta dos órgãos da sociedade ou de outros regulamentos internos 3.3. e Descrição dos procedimentos internos adoptados para o controlo de risco na actividade da sociedade 3.5. e 5. Medidas susceptíveis de interferir no êxito de ofertas públicas de aquisição (limites ao exercício dos direitos de voto, restrições à transmissibilidade de acções, acordos parassociais, etc.) 8. IV. ÓRGÃO DE ADMINISTRAÇÃO Órgão de Administração: distinção entre membros executivos e não-executivos e membros independentes e não independentes 3.3. Funções exercidas pelos membros do Órgão de Administração em outras sociedades Apêndice Existência de uma Comissão Executiva ou de outras comissões com competência em matéria de gestão, identificando os poderes e competências atribuídos a essas comissões e a sua composição 3.4. Delimitação de competências entre o Presidente do Órgão de Administração e o Presidente da Comissão Executiva 3.4. Lista de matérias vedadas à Comissão Executiva 3.4. Informação aos membros do Órgão de Administração relativamente às matérias tratadas e decisões tomadas pela Comissão Executiva 3.3. Lista de incompatibilidades definida internamente pelo Órgão de Administração 7.2. Número de reuniões do Órgão de Administração durante o exercício em causa 3.3. Descrição da política de remuneração, incluindo designadamente os meios de alinhamento dos interesses dos Administradores com o interesse da sociedade 7.1. Indicação da remuneração auferida, distinguindo-se os Administradores Executivos dos não-executivos e a parte fixa da parte variável 7.2. Existência de comissões de controlo internas com atribuição de competências na avaliação da estrutura e governo societários 3.9. Remuneração da Administração: formas de alinhamento dos interesses dos Administradores com os Accionistas e divulgação em termos individuais 0., 7.1, 7.3. Independência dos membros da Comissão de Remunerações relativamente aos membros do Órgão de Administração 3.7. Proposta submetida à Assembleia Geral relativa à aprovação de planos de atribuição de acções e/ou de opções deve conter todos os elementos necessários para uma avaliação correcta do plano 7.3. Investidores institucionais: utilização diligente, eficiente e crítica dos direitos inerentes aos valores mobiliários de que sejam titulares ou cuja gestão se lhes encontre confiada Banco BPI Relatório e Contas 2003

291 Anexos

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