MENSAGENS-CHAVE E RECOMENDAÇÕES

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1 Março de 2018 ANÁLISE À CONTA GERAL DO ESTADO 2016 E DO RESPECTIVO RELATÓRIO E PARECER DO TRIBUNAL ADMINISTRATIVO MENSAGENS-CHAVE E RECOMENDAÇÕES 1. A Conta Geral do Estado (CGE) 2016, tal como as anteriores, foi elaborada sem respeitar os princípios de clareza, exactidão e simplicidade plasmados n.º 1 do artigo 46 da Lei n.º 9/2002, de 12 de Fevereiro (Lei do SISTAFE). O FMO considera urgente e necessário o respeito da lei por parte do Governo que deve elaborar Contas Gerais do Estado de forma clara, exacta e simples para maior acessibilidade e compreensão por maior número possível de moçambicanos (sobretudo os menos letrados) e, acima de tudo, em respeito à legalidade e à transparência na gestão do bem público. 2. Os Programas Quinquenais do Governo (PQGs) correspondem aos mandatos dos Governos em Moçambique. Entretanto, o Tribunal Administrativo (TA) e o Governo, em sede da CGE 2016, tratam os quinquénios de forma diferente dos PQGs, misturando dois PQGs o de e o de , pois referem ao período como um quinquénio. O FMO entende que a análise do desempenho económico e financeiro do Governo deve respeitar a separação dos mandatos do Governo por via da separação dos diferentes PQGs. 3. As auditorias feitas pelo TA à CGE em 2016 cobriram apenas 42% da totalidade do Orçamento do Estado (OE). Ou seja, a imagem que temos do desempenho económico e financeiro do Governo naquele ano é assente na análise de uma parte do OE que é inferior à metade do mesmo. O FMO insta o TA a expandir a cobertura das suas auditorias à maior parte do OE de modo a permitir uma monitoria orçamental mais abrangente. 4. O nível de fiscalidade (ou nível de tributação à economia) baixou significativamente de 2015 para 2016 em 8.6%. Dada a conjuntura nacional e internacional, nada indica que essa tendência possa ser revertida sem que se façam reformas profundas nas finanças públicas nacionais. Assim, no entender do FMO, o Governo deve adoptar um conjunto de reformas para alavancar a economia nacional. Tais reformas devem começar por quatro elementos, a saber: i) eliminar os benefícios fiscais de que gozam os grandes projectos do complexo mineral-energético, passando-os às Pequenas e Médias Empresas (PMEs); ii) esclarecer o dossier das dívidas da EMATUM, MAM e ProIndicus impedindo que seja o povo moçambicano a pagá-las; iii) proceder à restruturação do sector empresarial do Estado; e iv) reduzir efectivamente as despesas de funcionamento do Estado com foco nos altos dirigentes do Estado incluindo o Presidente da República, Presidente da Assembleia da República e dirigentes de outros órgãos de soberania como contributo para aumentar o investimento em sectores com impacto na vida do cidadão. 5. O Governo arrecadou, em 2016, Meticais de receitas não previstas provenientes maioritariamente da emissão de vistos em diversas embaixadas moçambicanas, dos serviços notariais e do Ministério de Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos (Ver Quadro No. V. 16 Entidades com Cobrança mas sem Previsão do Relatório e Parecer do TA, pág. V-15). A Lei do SISTAFE é clara quanto a esta matéria: nenhuma receita, mesmo sendo legal, pode ser cobrada sem que esteja orçamentada, prevista no Orçamento do Estado. Tratando-se de uma constatação que se repete de ano para ano, o FMO considera que o Governo nada faz para resolver essa questão. Assim, recomendase à Assembleia da República, por via da CPO, e das três bancadas parlamentares, a garantirem que, em sede de discussão da CGE 2016, o Governo apresente um compromisso calendarizado de regularização desta questão. 6. Passaram dois anos desde que o Governo, por via do Ministério dos Recursos Minerais e Energia (MIREME) deveria ter promovido a criação da Alta Autoridade da Indústria Extractiva. A não criação desta entidade representa não somente uma violação da Lei de Minas, mas sobretudo a demonstração da incapacidade propositada do Estado moçambicano em fiscalizar devidamente o sector da indústria extractiva. Por isso, o FMO apela à CPO e às três bancadas parlamentares que instem o Governo a criar a referida Alta Autoridade da Indústria Extractiva o mais urgente possivel. 7. O Governo, através do Instituto Nacional de Petróleos (INP), continua a adiar a criação de capacidade para certificar os Custos Recuperáveis apresentados pelas empresas do sub-sector do petróleo e gás: Anadarko e ENI. Desta forma, o Governo continua a deter apenas aquela informação que às empresas interessa que seja

2 de conhecimento do Governo sem nenhuma verificação. A par da criação da Alta Autoridade da Indústria Extractiva, o Governo deve garantir a criação de capacidade interna que proceda à verificação dos Custos Recuperáveis, evitando dessa forma que o país seja prejudicado nos negócios de exploração de hidrocarbonetos. 8. O Orçamento do Estado continua a ser gasto, maioritariamente, a nível central, onde em 2016 foram gastos 68,2%, ou seja, milhões de meticais, contra 14.8% no nível provincial ( Milhões de Meticais), e 15,6% a nível distrital. Sendo Moçambique um país maioritariamente rural e que apregoa a descentralização, é convicção do FMO que o Governo deve alterar esse quadro, de modo a que a maior proporção do OE passe a ser alocado e gasto nas províncias e nos distritos. 9. A província de Maputo-Cidade, em 2016, teve um dotação orçamental de milhões de Meticais (1.7%), ao passo que a província da Zambézia com uma população quatro vezes superior, mais extensa e com piores índices sociais que Maputo- Cidade teve apenas milhões de Meticais equivalentes a 1.5%. Nos anos anteriores, verificouse discrepâncias similares. O FMO insta o Governo a fazer alocações orçamentais que respeitem os conhecidos critérios de extensão territorial, população e indicadores sociais, sem subterfúgios. 10. A CGE 2016 revela as reais prioridades do Governo, nomeadamente: a defesa, a segurança e o serviço de dívida que juntos totalizaram mil Meticais. Ou seja, aqueles três sectores tiveram maior dotação orçamental revista do que o ensino primário, as estradas, a saúde e a protecção ambiental juntos, que somados mereceram mil Meticais. Assim, o FMO recomenda o Governo e a CPO a garantirem que as propaladas prioridades governamentais sejam-no não somente a nível do discurso como também a nível da dotação e execução orçamental. 11. No ano em análise, a dívida pública era superior ao PIB em 101,8%. O FMO, à semelhança dos anos anteriores, insta o Governo a estancar a onda de endividamento que, há vários anos, está a estrangular a economia nacional, o bolso do cidadão e o bem-estar dos moçambicanos. 12. O Ministério de Economia e Finanças (MEF) anunciou que irá negociar a dívida de Moçambique com os credores VTB e Crédit Suisse em Londres a 20 de Março de Porém, dentro do país, o mesmo Governo ainda não prestou contas ao povo moçambicano sobre aquelas dívidas. O FMO considera prioritário e mais importante um esclarecimento do Governo ao povo moçambicano sobre os passos a dar para estancar o endividamento público. A Procuradoria Geral da República deve, por sua vez, publicar o relatório completo de auditoria elaborado pela Kroll e iniciar o processo de responsabilização imediatamente. 13. Em 2016, a dívida bilateral aumentou em 8,7%. O FMO tomou conhecimento da lista dos credores bilaterais de Moçambique. Em nome da transparência, da boa governação e da prestação de contas, o FMO apela ao Governo a publicar a lista completa e detalhada dos objectos (bens ou serviços) que originaram cada uma das dívidas bilaterais referidas na CGE A dívida Interna está a registar um aumento exponencial nos últimos anos. O FMO pretende saber que planos tem o Governo para estancar a dívida interna para não sufocar o sector privado que dela depende para dinamizar a economia para além de ser bastante cara para os cofres públicos. 15. O Governo, a vários níveis, continua a ocultar as receitas públicas ao não depositá-las na Conta Única do Tesouro - CUT. Por exemplo, conforme nota o TA, as Direcções Provinciais de Maputo, Gaza, Inhambane e Zambézia não canalizaram à CUT parte da receita de alienação de imóveis do Estado. O Governo, no exercício do direito do contraditório, prometeu que a receita em falta seja canalizada à CUT em O FMO recomenda a que primeiro se divulgue o valor em causa antes da sua canalização, para permitir controlo por parte do TA, da CPO e da sociedade moçambicana no geral. 16. O Tribunal Administrativo (TA) refere no seu Parecer à CGE 2016 e no seu Relatório Anual de Progresso e Financeiro do Tribunal Administrativo (TA) referente ao ano 2016 que o principal constrangimento que o impede de abranger uma proporção maior do Orçamento do Estado nas suas auditorias é financeiro, isto é, falta de meios. O FMO considera prioritário que a Assembleia da República incremente (durante o debate e aprovação do PES/ OE) as dotações para o TA e insta à CPO a apelar ao Governo a providenciar o máximo de meios necessários para este desempenhe o seu papel com maior abrangência. 17. Em sede do Relatório à CGE 2016, o TA lamenta o facto de não ter podido emitir opinião sobre o saldo final da Conta Única do Tesouro (CUT) do ano 2015, equivalente ao saldo inicial em No entender do FMO, o TA não deve lamentar-se de uma violação da Lei do SISTAFE, ao contrário, deve sim fazer uso dos seus poderes de fazer cumprir a lei sancionando às pessoas e instituições que não a cumprem. 2 Maputo, Março de 2018

3 18. O TA constatou que permanecem montantes elevados em Saldos de Caixa nas Outras Contas do Estado e Recebedorias. E, para o TA, essa ocultação é violação do princípio da unidade de tesouraria consagrado na alínea a) do No. 1 do art. 54 da Lei No 9/2002 de 12 de Fevereiro. O FMO entende que essa ocultação é uma flagrante prática de corrupção, porque ocultar dinheiro público pode ser um dos passos garantidos para o seu desvio. Por isso, o FMO recomenda ao TA, em colaboração com o Gabinente Central de Combate à Corrupção (GCCC), a garantir o fim da ocultação de Saldos de Caixa. 19. Com a Conta Geral do Estado (CGE) 2016, o Governo de Moçambique volta a confirmar que os sectores prioritários sofreram uma degradação financeira. O impacto negativo sobre o espaço fiscal - recursos disponíveis para investimentos productivos que beneficiam à população - do Orçamento agravou-se dramaticamente em No momento da adopção do Orçamento do Estado Revisto para 2016 (OER 2016) em Julho de 2016, o Governo prometeu ao povo moçambicano que iria salvaguardar as despesas em sectores prioritários, especialmente no que concerne os sectores de Educação e de Saúde. Naquela ocasião, o Governo afirmou que os cortes orçamentais em 2016 não iriam afectar os sectores sociais. O FMO chama à atenção do Governo que a execução do OE 2016 demonstrou que as anunciadas intenções de salvaguardar as despesas sociais não passavam de meras promessas. 20. Como em anos anteriores, a CGE 2016 não apresenta nem o défice primário nem as despesas em mora, o que impede uma análise adequada da situação fiscal. A actual metodologia usada pelo Governo ignora esta informação básica que é uma prática normal nas contas fiscais dos outros países, inclusive em África. O FMO enfatiza que uma análise adequada da situação fiscal em Moçambique é extremamente difícil com a falta dessas informações - o Governo deveria aplicar, de forma urgente, essas ferramentas. 21. Tal como nos anos antriores, a CGE 2016 contém uma linha de Outras Operações. Essas operações apresentam um montante de 16, Meticais, representando uma importante percentagem de 8,2% das despesas totais, o que é uma verba aproximada aos encargos da dívida daquele ano, que foram de 16, Meticais. O FMO solicita do Governo uma explicação sobre o conteúdo das tais Outras Operações. A) Introdução, objectivos e metodologia da análise 22. Este documento é uma contribuição do Fórum de Monitoria do Orçamento (FMO) para a melhoria da gestão de finanças públicas (GFP) por via da análise à Conta Geral do Estado (CGE) 2016 e do respectivo Relatório e Parecer do Tribunal Administrativo (TA). 23. Tal como nos anteriores, a actividade do FMO é conduzida pela preocupação com a fortificação das instituições através da implementação de práticas prudentes e procedimentos transparentes na actuação dos detentores do poder público. 24. Esta análise é produzida para submissão à Comissão do Plano e Orçamento (CPO), às bancadas parlamentares na Assembleia da República, ao Governo, bem como para publicação nos órgãos de comunicação social e nas redes de distribuição incluindo websites dos diversos membros do FMO. 25. A análise foi produzida tendo como objectivos os seguintes: i. Identificar lacunas na Conta Geral do Estado (2016) e no Relatório e Parecer do Tribunal Administrativo (TA), com especial atenção para os seguintes sectores: saúde, educação, água e saneamento, protecção social, agricultura, obras públicas e dívida pública; ii. Com base nas lacunas identificadas indicar pontos de advocacia a serem explorados pelas organizações da sociedade civil (OSC), congregadas no Fórum de Monitoria do Orçamento (FMO), incluindo outros agentes interessados na Gestão de Finanças Públicas nacionais; e iii. Finalmente, propor recomendações que possam melhorar a produção da CGE, do Relatório e do Parecer do TA como contributos para a melhoria da GFP, para o alcance da boa governação e promoção do desenvolvimento socioeconómico equilibrado do país. 26. Para o alcance daqueles três objectivos, foram analisados oito documentos, de forma combinada e através de cruzamento e comparação de dados. Os documentos analisados são: o Programa Quinquenal do Governo , o Cenário Fiscal de Médio Prazo (um documento praticamente esquecido pelo Governo), o Plano Económico e Social , o Orçamento do Maputo, Março de

4 Estado , - incluindo as revisões a esses dois documentos (aprovadas em Junho de 2016 pela Assembleia da República), a Conta Geral do Estado 2016, o Relatório e Parecer sobre a Conta Geral do Estado Esses primeiros quatro documentos permitiram construir o quadro geral do desempenho económico e financeiro do Governo de Moçambique (GdM) no ano 2016, olhando para o padrão de cumprimento das metas que ele se propôs a si próprio em sede do PQG , considerando o respeito pela Lei do SISTAFE e tendo como base os limites impostos pelo legislador, a Assembleia da República (AR), para o exercício económico de O quinto documento analisado e cruzado com os anteriores é o Relatório Anual de Progresso e Financeiro do Tribunal Administrativo (TA) referente ao ano Nesse documento, o TA enquanto órgão do Estado responsável pelo controlo da legalidade dos actos administrativos e da fiscalização da legalidade da execução orçamental, apresenta o ponto de situação do seu desempenho, mostrando os avanços e constrangimentos enfrentados. Para o FMO, esse ponto de situação é importante para entender a economia política dentro da qual se processa a fiscalização do desempenho económico e financeiro do Governo. 29. Por último, e para ampliar os termos da discussão dos resultados obtidos, o FMO analisou os resultados do último Inquérito sobre o Orçamento Aberto (IOA) 2 elaborado pela organização internacional International Budget Patrnership (em parceria com um dos membros do FMO - o Centro de Integridade Pública, CIP) que embora seja de 2017 apresenta resultados que consideramos importantes de serem discutidos mesmo quando se trata da CGE Um desses resultados é a participação pública (transparência orçamental) na totalidade do processo de orçamentação. Tratase da amplitude de oportunidades que o Governo oferece ao público para se envolver no processo orçamental. 30. Esta metodologia justifica-se pelo entendimento que o FMO tem de que os elementos da Gestão de Finanças Públicas (GFP), tal como a Conta Geral do Estado - CGE, devem ser analisados de forma integrada, considerando que a CGE não é um mero documento contabilístico, mas sim, expressão da política pública do Governo e indicação do rumo que o Governo dá ao bem-estar dos moçambicanos. B) Constatações e análise B.1. Indicadores macro-económicos e equilíbrio orçamental 31. Os indicadores macro-económicos de Moçambique em 2016 continuaram a deteriorar-se tal como o vinham sendo nos anos anteriores. A previsão de crescimento económico não foi verificada. A taxa de crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) foi estimada em 8,2%, no CFMP , e em 7,0%, no PES 2016, tendo sido de 4,5% a efectiva (vide p.iii-3). Com efeito o crescimento real do PIB foi de 3,8% e a taxa de inflação média anual, de 19,9%, o que representa um desvio de 14,3 p.p., quando comparado com as previsões do CFMP e do PES Conforme consta da CGE 2016, o quinquénio ficou marcado pela pressão inflacionária, em 2016, que chegou a dois dígitos, influenciada pela depreciação do Metical, que é explicada: (i) pela suspensão da ajuda externa directa ao Orçamento do Estado e da Balança de Pagamentos, por parte dos parceiros de cooperação internacional; (ii) pela redução dos fluxos de Investimento Directo Estrangeiro; e (iii) pela redução das exportações e aumento do Serviço da Dívida Pública. 33. Em suma, a combinação de factores como a má conduta do Governo, responsável pela crise da dívida pública (dívidas inconstitucionais e ilegais: EMATUM, MAM e ProIndicus) que originou a suspensão do programa de assistência do Fundo Monetário Internacional (FMI) ao país e a suspensão do apoio directo ao OE pelo G14, com a baixa de preços das commodities no mercado internacional, bem como a instabilidade política responsável pela quebra do IDE resultaram nos maus indicadores macro-económicos verificados em O PQG refere, no Quadro Indicadores: Promover um Ambiente Macroeconómico Equilibrado e Sustentável, que a receita do Estado, em percentagem do PIB, deve registar um crescimento mínimo de 27,5% e um máximo de 32,5%, entre os anos 2015 e 2019, um objectivo que não foi alcançado, pois verificou-se uma arrecadação da receita correspondente a 24,0% do PIB, menos 2,3 p.p., em comparação com o ano anterior e 3,5 p.p., portanto, abaixo do crescimento mínimo estabelecido no PQG Maputo, Março de 2018

5 35. A situação geral do equilíbrio orçamental é demonstrativa das dificuldades económicas e da redução da qualidade de vida que os moçambicanos tiveram em A receita arrecadada foi de milhões de Meticais, o equivalente a 24,0% do PIB, o que significou um decréscimo de 2,3%, face ao PIB de 2015, em que a receita foi de milhões de Meticais e o PIB correspondente, de milhões de Meticais. 36. A preços constantes de 2016, a Receita teve taxas de crescimento anuais de 23,1% e 20,7%, nos anos de 2013 e 2014, respectivamente. Em 2015 e 2016, registou-se decréscimos de 3,7% e 11,4%, na mesma ordem. As Receitas Fiscais apresentaram a mesma tendência decrescente, com as taxas de crescimento anual real de 22,2% e 22,5%, nos anos de 2012 a 2014, e quedas de 7,3%, em 2015 e 10,9%, em A despesa, por sua vez, registou o valor de milhões de Meticais, o que significa 32,0% do PIB, menos 0,2 p.p., relativamente ao rácio despesa/ PIB de Comparativamente ao ano de 2015, as Despesas de Funcionamento registaram um aumento de 19,7% e as de Investimento reduziram 21,5%. Específicamente, na componente de Despesas de Investimentos a CGE 2016 mostra uma cifra realizada muito inferior à orçamentada: 50,3 MMT realizado comparado com 76,0 MMT actualizado uma queda de 33,8% para estas definições. 37. Conforme se pode ler do quadro 1 abaixo, o financiamento do défice orçamental em 2016 foi feito em consistência com o padrão do contínuo endividamento do país. Os empréstimos externos líquidos constituíram a maior fonte de financiamento do défice naquele ano. Quadro 1: Financiamento do défice orçamental em 2016 Fonte: CGE 2016; Relatório e Parecer do TA B.2. Componente de receita 38. Receitas de mega-projectos. A receita cobrada aos mega-projectos caiu em 0,2%. Essa redução deveu-se à queda do preço das commodities no mercado internacional, que não teve impacto significativo na receita devido à pequena contribuição (baixo peso) que os mega-projectos têm no Orçamento do Estado (OE). 39. Receitas não previstas. O Governo arrecadou Meticais de receitas não previstas provenientes maioritariamente da emissão de vistos em diversas embaixadas moçambicanas, dos serviços notariais e do Ministério de Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos. A Lei do SISTAFE é clara quanto a esta matéria: nenhuma receita, mesmo sendo legal, pode ser cobrada sem que esteja orçamentada, prevista no Orçamento do Estado. Excepto, quando se trata de receitas provenientes de mais-valias. 40. Custos recuperáveis. O Governo (Instituto Nacional de Petróleos, INP) continua a adiar a criação de capacidade para certificar os Custos Recuperáveis apresentados pelas empresas do sub-sector do petróleo e gás: Anadarko e ENI. Desta forma, o Governo continua a deter apenas aquela informação que às empresas interessa que seja do conhecimento do Governo sem nenhuma verificação. Quando é que o Governo pensa inverter este cenário? Maputo, Março de

6 B.3. Execução da despesa dos sectores sociais e económicos: saúde, educação, infraestruturas, agricultura e desenvolvimento rural, protecção social, emprego e encargos da dívida pública Quadro 2: Mapa de execução da despesa nos sectores sociais e económicos 41. Os dados do quadro acima mostram, à primeira vista, uma situação em que o sector da educação aparenta ter recebido a maior fasquia da dotação orçamental actualizada em 2016 na ordem de mil Meticais, dando a impressão de que o sector da educação esteve bem servido. No entanto, uma leitura mais atenta mostra que afinal mais de metade daquela dotação orçamental ( mil Meticais) foi canalizada aos Serviços Distritais de sectores acoplados: educação, juventude e tecnologia, não se sabendo com exactidão que parcela exacta foi para a componente educação. 42. A mesma constatação é válida para o sector da saúde que aparenta ter recebido a segunda maior dotação orçamental actualizada ( mil Meticais), quando efectivamente 83% daquela verba, ou seja, mil Meticais foram para a generalidade do que se designa sistema de saúde. Ao passo que a congregação de Serviços Distritais de Saúde, Mulher e Acção Social, entende-se que se trate dos actuais Serviços Distritais de Saúde, Género, Criança e Acção Social (SDSGCAS) recebeu mil Meticais. Aqui também, fica-se sem saber que quantia foi para que sector concreto: quanto para a saúde, para as crianças ou para a acção social? 43. Na componente de infra-estruturas, apresenta maior dotação orçamental a linha que beneficia de maiores apoios dos parceiros de cooperação: as estradas. A componente de Obras Públicas recebeu apenas mil Meticais dos mil Meticais alocados ao sector. 44. Conforme se pode ver, a Agricultura e o Desenvolvimento Rural continuam a não ser prioridade nas alocações orçamentais, contrariando o postulado constitucional de que ela é a base do desenvolvimento de Moçambique. Ela recebeu mil Meticais quando para Encargos da dívida foram alocados mil Meticais. 6 Maputo, Março de 2018

7 45. A Acção Social recebeu cinco vezes menos dinheiro do que os Encargos da dívida: mil Meticais contra mil Meticais. Esta é uma demonstração da grande distância que separa o discurso governamental de compromisso com o desenvolvimento social da sua prática. A evidência patente no quadro acima mostra claramente que a prioridade do Governo é o patrocínio do endividamento público nacional. 46. Fica evidente no quadro 2 acima que, contrariamente às promessas do Governo de salvaguardar os sectores sociais durante o ano de 2016, as despesas realizadas apresentadas referente aos Sectores Económicos e Sociais (o mesmo que sectores sociais ou prioritários na linguagem dos tempos do PARPA e PARP) comparadas com as orçamentadas (actualizadas) no OE 2016 Revisto foram TODAS inferiores. Notavelmente, o sector de Saúde recebeu só 78,3% do valor actualizado do Orçamento, o sector de infra-estructuras recebeu apenas 71,7%, e o sector de Educação somente 95,1%. 47. Note-se que para os primeiros dois sectores acima mencionados, com taxas de realização abaixo da média de 83,0% para o total das despesas, representam falha do Governo em cumprir com as suas promessas. E essa falha teve, e vai ter ainda, consequências negativas directas para o povo moçambicano. Os impactos mais fortes serão nos serviços básicos de que depende a população vulnerável. O FMO insta ao Governo a ser mais transparente e a informar ao povo moçambicano o porquê das mudanças de cifras entre o OE Actualizado e a CGE. Para o FMO, isso significa que o Governo ignorou o objectivo de proteger as camadas mais vulneráveis da sociedade moçambicana. 48. No exercício económico de 2016, os Encargos da Dívida Central tiveram um peso de 21,1%, o Ministério do Interior, 11,8%, as Forças Armadas de Defesa de Moçambique, 7,7%, e o Ministério da Saúde, 6,0%, do total das despesas de funcionamento. As restantes instituições apresentam uma percentagem inferior a 5,0%. 49. O quadro 3 abaixo é mais elucidativo das verdadeiras prioridades do Governo em 2016 que não mudaram, nomeadamente: a defesa, a segurança e o serviço de dívida que juntos totalizaram mil Meticais. Ou seja, aqueles três sectores tiveram maior dotação orçamental revista do que o ensino primário, as estradas, a saúde e a protecção ambiental juntos, que somados mereceram mil Meticais. Quadro 3: Dotações orçamentais actualizadas e seu peso Maputo, Março de

8 B.4. Dívida pública 50. Em 2016 a dívida pública medida em percentagem do PIB situava-se em 101,8%. Ou seja, o rácio dívida pública/pib cresceu para níveis considerados insustentáveis. Quadro 4: Plano de amortização da dívida da MAM, SA Figura 1: Dívida pública em relação ao PIB de 2012 Quadro 5: Pagamentos da dívida da ProIndicus SA efectuados em 2016 a Em 2016, a dívida bilateral aumentou em 8,7% em relação ao ano anterior. O FMO entende que em nome da transparência, boa governação e prestação de contas, o Governo deve publicar a lista completa e detalhada dos objectos (bens ou serviços) que originaram cada uma das dívidas bilaterais. Dívidas inconstitucionais e ilegais: EMATUM, MAM e ProIndicus 52. A Comissão Parlamentar de Inquérito às Dívidas Ocultas concluiu que o processo de contracção das dívidas da Ematum, MAM e Proindicus tinha sido inconstitucional e ilegal. O relatório da Kroll (ainda não publicado na íntegra) corroborou essa conclusão. No entanto, o Governo tem tratado aquelas dívidas como se tivessem sido legal e constitucionalmente contraídas conforme se demonstra adiante pelos quadros 4, 5 e 6. Porque será? Quadro 6: Pagamentos da dívida da EMATUM 53. O Ministro da Economia e Finanças, Adriano Maleiane, anunciou que irá negociar com os credores VTB e Crédit Suisse em Londres a 20 de Março de Mas dentro do país, o mesmo Governo ainda não prestou contas ao povo moçambicano sobre aquelas dívidas. Nem o Conselho Constitucional respondeu à solicitação do FMO. É mais importante procurar reestruturar a dívida do que prestar contas aos moçambicanos dentro do país? B. 5. Outras constatações: o saque do erário pública continua 54. O Governo, a vários níveis, continua a ocultar receitas públicas ao não depositá-las na Conta Única do Tesouro (CUT). Por exemplo, conforme nota o TA, as Direcções Provinciais de Maputo, Gaza, Inhambane e Zambézia não canalizaram à CUT parte da receita de alienação de imóveis do Estado. O Governo, no exercício do direito do contraditório, prometeu que a receita em falta seja canalizada à CUT em Ora, o problema é que não se sabe quanto dinheiro está em falta. Podem o Governo e o TA informar à AR e ao FMO quanto dinheiro ficou em falta, para o devido acompanhamento desse caso? 55. Tal como em anos anteriores, a CGE 2016 contém uma linha de Outras Operações. Essas operações apresentam um montante de 16, milhões de Meticais, representando a percentagem importante de 8,2% das despesas totais, o que é uma verba aproximada aos encargos da dívida daquele ano, que foram de 16, Meticais. Como em anos anteriores, a CGE 2016 fica muda 8 Maputo, Março de 2018

9 quanto a uma explicação sobre de que tratam essas despesas, mostrando apenas o referido montante (Ver Tabela 1 da CGE 2016, pág. 26). 56. O TA constatou que permanecem montantes elevados em Saldos de Caixa nas Outras Contas do Estado e Recebedorias. E, para o TA, essa ocultação é violação do princípio da unidade de tesouraria consagrado na alínea a) do No. 1 do art. 54 da Lei No 9/2002 de 12 de Fevereiro. O FMO entende que essa ocultação é uma flagrante prática de corrupção, porque ocultar dinheiro público pode ser um dos passos garantidos para o seu desvio. Assim, o FMO insta o TA a tratar desses casos envolvendo a Procuradoria Geral da República, mais concretamente o Gabinete Central de Combate à Corrupção. 57. Em 2016, a totalidade do Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares (IRPS) foi de Meticais contra Meticais da totalidade do Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas (IRPC). Em termos numéricos, o IRPC foi maior que o IRPS. Mas em termos proporcionais, os trabalhadores continuam a pagar mais impostos do que as empresas mesmo em plena crise económica e financeira, se tivermos em conta também que apenas cerca de um milhão de moçambicanos pagam impostos. A taxa de realização foi de 90.3% para o IRPC (empresas) contra 111.3% do IRPS (trabalhadores). Isto significa que a máquina fiscal continua a ser forte com os fracos (os trabalhadores) e fraca com os fortes (as empresas). O FMO recomenda ao Governo a alargar a abrangência fiscal, incluindo a revisão das isenções fiscais. 58. O nível de fiscalidade (ou nível de tributação à economia) baixou significativamente de 2015 para 2016 em 8.6%. Essa evidência é contrária aos discursos de retoma da economia nacional. 59. O Governo e o TA tratam os quinquénios de forma diferente dos PQGs. Por exemplo, na CGE 2016 e no respectivo Relatório e Parecer do TA fala-se do quinquénio , misturando-se assim dois PQGs o de e o de Porquê? 60. O OE continua a ser gasto maioritariamente a nível central (68,2%), ou seja, milhões de meticais, contra 14.8% de nível provincial ( Milhões de Meticais), e 15,6% a nível distrital. Tendo em conta a descentralização, o FMO considera necessária a descentralização dos recursos financeiros do Estado, que se reflicta nos próximos Orçamentos do Estado. 61. O Relatório e Parecer da CGE 2016 apresentam inúmeras violações do processo orçamental, algumas das quais se repetem de ano para ano. As mais flagrantes são as seguintes: despesas feitas por diversas instituições do Estado, em combustíveis, em mais de 7 milhões de Meticais, abastecendo viaturas não identificadas (quadro 7); realização de despesas sem guias de remessa num montante de mais de 2 milhões de Meticais (quadro 8) e execução de contratos sem o respectivo visto obrigatório do Tribunal Administrativo, num valor total que ascende os 860 milhões de Meticais (quadro 9). Quadro 7: Abastecimento de combustível em viaturas não identificadas Maputo, Março de

10 Quadro 8: Despesas sem guias de remessa Quadro 9: Contratos executados sem Visto do Tribunal Administrativo C) Transparência orçamental e abrangência das auditorias do TA 62. O último Inquérito sobre o Orçamento Aberto referente ao ano 2017 conclui que Moçambique é um país com uma transparência orçamental limitada e que (...fornece poucas oportunidades para o público se envolver no processo orçamental. 63. O FMO entende que ao se discutir a CGE 2016 sejam, igualmente, discutidas matérias gerais de transparência orçamental, mormente a necessidade de abertura do Governo para que os cidadãos possam participar, de forma aberta e efectiva, no processo orçamental. Essa garantia tem de ser assumida também pela Assembleia da República (AR) através da sua 2ª Comissão, a Comissão do Plano e Orçamento (CPO), que precisa de adoptar mecanismos claros, sistemáticos e previsíveis que permitam aos cidadãos não somente às organizações congregadas no FMO - participarem na discussão das diversas matérias de Gestão de Finanças Públicas (GFP). 64. O supramencionado Inquérito insta à CPO a prestar contas (feedback) sobre como utiliza os pareceres que recebe dos cidadãos organizações da sociedade civil Fórum de Monitoria do Orçamento. 10 Maputo, Março de 2018

11 65. No que diz respeito à abrangência das auditorias que o TA efectua às CGEs, o FMO considera lamentável que depois de mais de uma década de experiência na elaboração de Relatórios e Pareceres sobre as CGEs a sua abrangência ainda esteja abaixo da metade da totalidade do Orçamento do Estado (42%). 66. O FMO considera inaceitável que o TA não possa emitir opinião sobre determinada matéria por falta de informação que devia ter sido fornecida pelo Governo. Por exemplo, a Direcção Nacional do Tesouro (DNT) nunca forneceu ao TA o saldo final da Conta Única do Tesouro (CUT) do ano 2015, equivalente ao saldo inicial em 2016, em Meticais o que impediu o TA de emitir uma opinião sobre esse saldo (p. IX-6 do Relatório e Parecer do TA). E, ao que se percebe nenhuma sanção foi instaurada. O assunto fica assim sem resolução, e o TA organismo supremo de controlo vai continuar à espera que a Direcção Nacional do Tesouro (DNT) decida dar essa informação? D) Conclusões: principais ilações 67. Esta análise mostra que o desempenho económico e financeiro do Governo em 2016 não correspondeu aos objectivos a que se tinha proposto nem ao PQG , nem ao PES e OE 2016, apesar da revisão feita em Junho daquele ano. 68. As dotações orçamentais e sua execução, conforme apresentadas na CGE 2016, mostram que as principais prioridades do Governo naquele ano foram três: defesa, segurança e ordem pública, e gestão da dívida pública. Isto mostra que o discurso político da priorização de sectores sociais e económicos não encontrou tradução nas alocações orçamentais. 69. O Governo continua a não possuir um inventário claro e completo do património imobiliário do Estado. Tal como refere o TA no seu parecer, devem ser criadas condições visando a realização de um trabalho de base atinente ao recenseamento de todo o parque imobiliário do Estado, a nível distrital, autárquico, provincial e central, que inclua as acções de identificação, aferição da situação jurídica, registo/regularização da titularidade e inventariação do bem. i) O relatório está disponível em Financeiro/Relat%C3%B3rio%20Anual%20de%20%20Progresso%20e%20Financeiro% pdf II) O Inquérito é realizado com base em critérios internacionalmente aceites, eno caso moçambicano tem contado com a participação do Governo, por via do Ministério de Economia e Finanças. O mesmo está disponível em internationalbudget.org/wp-content/uploads/mozambique-open-budget-survey-2017-summary-portuguese.pdf Membros do FMO Maputo, Março de

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