Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Índices para catálogo sistemático:
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1 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Jesus, Dánie Marcelo de. / Zolin-Vesz, Fernando./ Carbonieri, Divanize. (Orgs.) Perspectivas críticas no ensino de línguas: novos sentidos para a escola/ Dánie Marcelo de Jesus/ Fernando Zolin-Vesz / Divanize Carbonieri (Orgs.) Campinas, SP : Pontes Editores, 2017 Bibliografia. ISBN l. Linguagem e línguas 2. Meios auxiliares de educação 3. Comunicação I. Título Índices para catálogo sistemático: l. Linguagem e línguas Meios auxiliares de educação Comunicação
2 PERSPECTIVAS CRÍTICAS NO ENSINO DE LÍNGUAS: NOVOS SENTIDOS PARA A ESCOLA PERSPECTIVAS CRÍTICAS NO ENSINO DE LÍNGUAS: NOVOS SENTIDOS PARA A ESCOLA observam que esse cenário pode se converter potencialmente em espaços de problematização e de diálogo crítico com futuros/ as professores/as acerca da transformação de práticas que têm, historicamente, favorecido alguns em detrimento de outros. Já Divanize Carbonieri, em O que pode a literatura? Ou o dia em que Tzvetan Todorov, Antonio Candido e Amara Moira conversaram, coloca os três autores em diálogo, partindo da premissa de que a literatura nos humaniza, alargando nosso entendimento das múltiplas dimensões da existência humana. Conforme a autora, textos literários, em que se inscrevem diversas posições identitárias, tornam-se imperiosos para a compreensão das inúmeras experiências e perspectivas sociais presentes na sociedade. Carbonieri apresenta, portanto, uma literatura preocupada principalmente com o que ela tem a dizer sobre o mundo, e não tão substancialmente com suas características intrínsecas, com sua composição imanente. Por fim, no oitavo e derradeiro capítulo, Souzana Mizan, em Abrindo as possibilidades de identidade de gênero no espaço escolar: perspectivas pedagógicas no uso da literatura, discute o espaço escolar, concebido não somente como lugar de aprendizagem de conhecimentos "científicos", mas também como aquele em que se estuda a diversidade e a pluralidade de perspectivas de nossa sociedade. Por meio do conto Pigs can't jly, de Shyam Selvadurai, a autora propõe introduzir a discussão sobre diversidade de gênero nesse espaço. Assim, os capítulos que compõem esta coletânea podem ser lidos como ilustrativos de possíveis modos de pensar perspectivas críticas para o ensino de línguas. Diante do escamoteamento que vêm afligindo a educação pública neste país, desejamos que o leitor possa ampliar as proveitosas conversas estampadas neste volume, buscando, dessa forma, maior amplitude de criticidade em suas práticas educacionais cotidianas. CAPÍTULO 1 ENSINO CRÍTICO DE LÍNGUA: AFINAL, O QUE É ENSINAR CRITICAMENTE? Rogério Titio Diretrizes, parâmetros e orientações curriculares, currículo (mínimo), formação (inicial e continuada) de professores, metodologias de ensino e livros didáticos são talvez os termos mais recorrentes ao se discutir a qualidade do ensino e tentativas de melhoria na educação. Sem negar a importância e relevância de todos esses elementos, esse capítulo pretende discutir um aspecto que nem sempre é lembrado, embora muito provavelmente possa ser considerado o mais relevante, a base de toda a aprendizagem cidadã: o ensino crítico. Ensinar qualquer componente curricular tem como objetivo contribuir para a inclusão elo aprendiz no mundo globalizado e no seu empoderamento com vistas a atuar em prol de transformações sociais, de forma ética, cidadã e protagonista (ROJO; MOITA LOPES, 2004). Antes de mais nada, contudo, julga-se necessário definir "crítico". Na literatura da área de ensino e aprendizagem, sobretudo de línguas, três expressões que incorporam o termo são particularmente recorrentes; embora relacionadas, possuem características distintas e são muitas vezes equivocadamente utilizadas como sinônimas: pensamento crítico (criticai thinking),
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