História de Adilon Nunes de Ataíde

Transcrição

1 História de Adilon Nunes de Ataíde Nascimento: 21 de maio de 1953 Falecimento: 15 de outubro de 2006 Adilon nasceu em 21 de maio de 1953, em Encruzilhada do Sul. Filho de Marina Nunes de Ataíde e Juventil Vieira de Ataíde, ele teve dez irmãos: Amaro, Alcemira, Acilon, Ilca, Estela, Almiro, Sonídia, Mara e Araci. Passaram muito trabalho durante a infância. Ele perdeu o pai com 6 anos, então precisaram trabalhar desde muito cedo, pois a família era grande e precisavam de mais pessoas que ajudassem no sustento da mesma. Eles trabalhavam para outras pessoas, nas lavouras. Depois de adulto, sempre tentava reunir os parentes em festas, pois valorizava a proximidade entre familiares. Porém, nem sempre dava certo. Ele pouco estudou, mas era um homem inteligente e tinha uma letra muito bonita. Por causa da profissão de

2 mecânico, sempre fazia cursos para se especializar. Mas, nunca tentou faculdade. Adilon morreu trabalhando, mesmo aposentado. Ele gostava de se sentir útil e de exercer essa atividade que tanto amava. Conheceu Jussara Terezinha de Ataíde, quando ela tinha 17 e ele 25 anos. Adilon e a mãe de Jussara trabalhavam no mesmo local. Às vezes, ela ia junto e observava Adilon. Depois que se encontraram em uma festa, começaram a namorar, noivaram e casaram. Teve o filho Maiquel, fruto dessa união que sempre foi tranquila e repleta de cumplicidade. Maiquel lhe deu o neto João Vitor, que ele acabou não conhecendo. Tinha um sonho de comprar uma chácara no interior. Ele adorava estar em contato com a natureza. Era só o convidar para um piquenique para a alegria ficar completa. Lá, ele gostava de pescar e fazer churrasco. Gostava de comer galinhada, carreteiro e churrasco. E, geralmente, ele cozinhava. Era gremista fanático, daqueles que assiste muitos jogos. Era também um homem muito bem, que sempre estava disposto a ajudar. Adilon foi um homem amoroso com as pessoas e, principalmente, com a família. Ia de vez em quando em jantares dançantes e escutava música. Mas, era um homem mais caseiro. Adorava animais. Era bem apegado com o seu cão Bilu. Depois que ele faleceu, o pequeno

3 cachorro ainda percorria os locais da casa onde Adilon costumava ficar, em busca de seu fiel companheiro. Apreciava músicas gaúchas, como Os Atuais. Ele e a esposa iam muito à Santa Catarina, na casa do cunhado Jaime Luiz Schmidt, para aproveitar o calor na praia. Inclusive, eram ótimos amigos.os momentos mais importantes da vida de Adilon foi os 80 anos da sua mãe, onde ele conseguiu reunir sua família. Ele ficou realizado em proporcionar aquele momento para sua mãe, que era tudo para ele. Em finais de anos também gostava de planejar algo para conseguir ver todo mundo. Era muito amigo do sogro João Alfredo Schmidt. Faleceu dia 15 de outubro de 2006, por conta de uma diabete. Desde 1995, quando sofreu um acidente de moto, passou a ter problemas. Fez quatro transfusões na época. E, ele não cuidava. Sua esposa fazia de tudo para ele ter uma vida saudável, mas ele dizia querer aproveitar. Toda hora ia e vinha do hospital. Adilon perdeu muito peso com a doença. A esposa acredita que o fato de ele não se cuidar acelerou a doença. Mas, como ele sempre dizia: não quero morrer de fome. De seu modo intenso, aproveitou os prazeres da vida, como as deliciosas refeições que tanto gostava. Fazia mal para seu corpo, mas muito bem para sua vontade de continuar vivendo.

4 Em seu velório, muitas pessoas compareceram. Fruto dos bons relacionamentos de amizade que teve durante sua vida. Adilon tinha muitos admiradores, que até hoje sentem muito sua ausência. Ele costumava passar ensinamentos de não querer o que não é dos outros. Adilon sabia se posicionar como alguém preocupado, de verdade, com a dignidade e felicidade das pessoas. Ele partiu, mas com a tarefa cumprida de ser bom filho, marido e pai.

5