CLAUDIA CRUZ DO AMARAL

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Suzana Caetano Sousa
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CLAUDIA CRUZ DO AMARAL Nascimento:03 de Abril de 1969. Falecimento: 27 de Outubro de 2010.

1 CLAUDIA CRUZ DO AMARAL Nascimento:03 de Abril de Falecimento: 27 de Outubro de Filha de Clomar Porto do Amaral e Marli Cruz do Amaral, Claudia nasceu no dia 03 de Abril de 1969 na cidade de Canguçu. Além de Claudia, seus pais ainda tiveram Claiton Cruz do Amaral. Os avós maternos eram Bruno Borges da Cruz e Erondina Nunes da Cruz e os paternos eram Carlos Garcia do Amaral e Doralina Porto do Amaral.

2 Deixou a cidade de Canguçu ainda criança, e veio a crescer em Pelotas, junto de sua família, onde fez amigos que levou pra vida toda. Sempre estudiosa e dedicada, completou seus estudos no Instituto Educacional Assis Brasil em Pelotas. Passou sua infância ao lado de sua família e amigos que fazia em todos os lugares. Claudia era simples e sabia brincar com tudo e todos. Tinha dentro de si, conhecimentos sobre diversos tipos de assuntos, e poderia debate-los sem nenhum medo. Era profunda e cheia de sentimentos bons. Tinha o dom da bondade e sabia ser justa com tudo e todos. Foi em uma vinda para a cidade de Santa Cruz do Sul, em um bar local, localizado no centro da cidade que Claudia conheceu o homem que tomou seu coração. Marcos Daniel Nagel, na época com 24 anos de idade e Claudia com 27, viram ali, naquele local, que não tinham se encontrado por acaso.

Claudia saiu de sua cidade natal e veio morar com Marcos em Santa Cruz do Sul. Eram um casal diferente. Eram divertidos e alegres. Viviam no companheirismo e eram amigos.

3 Claudia saiu de sua cidade natal e veio morar com Marcos em Santa Cruz do Sul. Eram um casal diferente. Eram divertidos e alegres. Viviam no companheirismo e eram amigos. Claro que, como todo o casal, Claudia e Marcos tinham momentos turbulentos, porém sabiam passar por cima de tudo e ambos sabiam que precisavam um do outro. No dia 22 de Fevereiro de 2000, veio ao mundo o pequeno Augusto do Amaral Nagel, para tornar o sonho de Claudia realidade. Ser mãe, era um dos maiores sonhos dela, na qual ela tinha tremenda vocação. (Claudia com seu filho Augusto) Era carinhosa, amorosa e amiga de seu filho. Claudia sempre lhe dizia Guto eu quero que tu seja um homem de bem, incentivava seu filho a estudar e buscava sempre aprimorar sua visão. Adorava comidas boas, e quando dizemos comidas boas é lasanha, nhoque, mas principalmente arroz com galinha, não galinhada, mas arroz branco com galinha. Marcos era quem dominava a cozinha, Claudia até gostava de cozinhar, mas já que Marcos fazia questão de fazer e fazia com amor, ela deixava.

4 Gostava de músicas, mas gostava de músicas nostálgicas, que fizessem com que ela pensasse sobre as bobagens da vida. Gostava de coisas que a fizesse pensar, refletir sobre o que faz sentido e o que era banal. Era gremista por opção, mas não acompanhava os jogos do tricolor. A leitura engrandece a alma. Voltaire Ler. Era o que Claudia mais amava fazer. Adorava pegar um bom livro e devorá-lo. Mas havia certos livros que lhe chamavam mais a atenção. Livros espíritas eram os seus preferidos, e todos os que estavam à sua volta sabiam o motivo. Empresária, Claudia trabalhou com a Téia e a Iara, foi sócia na Digicard e por último trabalhou na Cadtec. Era completa, era verdadeira, era Claudia Cruz do Amaral. Começou a estudar Administração na Faculdade Dom Alberto em Santa Cruz do Sul, porém não conseguiu finalizar por motivos de saúde.

5 Em meio as alegrias da vida e as alegria da maternidade, descobriu o câncer no fígado, e com muito medo e ao mesmo tempo coragem, enfrentou a doença. Logo após ficar sabendo da doença, Claudia iniciou o tratamento. Logo, o câncer avançou para o fígado. Lia, relia e escrevia suas tristezas e amarguras vividas. Quando estava mal, Claudia escrevia. Quando estava bem, vivia. Apesar de tudo, Claudia tinha muitas pessoas que oravam por ela e queriam o seu bem. Além da família, havia as amigas Néca, Dinda Môni, Suzéu e Silvia que estavam sempre dando forças para ela, e passando energias positivas. Como as quimioterapias e outros tratamentos não estavam mais respondendo, Claudia teve que optar pela cirurgia, que logo também não deu muito certo. Usou bolsa de colostomia e mostrou para sua família a verdadeira superação. Claudia, enfrentou essa batalha, e, apesar de toda essa luta, não conseguiu vencer o câncer e no dia 27 de Outubro de 2010, veio a falecer de falência múltipla dos órgãos. Ensinou para todos a não guardar rancor, mágoas, ou sentimentos ruins. A ver o lado bom, mesmo não estando tão bom assim. A agradecer e amar as pessoas ao seu redor e saber compartilhar sabedoria e luz a todo mundo. Quinta-feira, dia 10 de Maio de 2007, Claudia demonstrou seu amor maternal em uma revista local. No título havia a seguinte frase: Dia das Mães- o maior presente é o Amor e o texto dizia o seguinte: Será possível definir um amor além do limite das palavras? Foi o que me perguntei, quando meu filho nasceu...ao olhar aqueles olhinhos a me fitar, medrosos, ansiosos, sem saber o que iriam encontrar neste mundo. Diante um do outro nos olhávamos...tanto tempo havíamos passado juntos, por longos meses a preparar este momento. E foi assim...assim que começou nossa história, a mais linda história de amor entre dois seres

6 humanos, igual a tantas que se repetem todos os dias e nos faz melhores como pessoas, como mulheres que somos. Queria partir-me em dois, não deixar-te nunca, ocupar meus dias com teus cuidados, mas para o bem de nós dois voltei à rotina do trabalho, sabendo que nada seria como antes, mas com a tua presença as dificuldades seriam ultrapassadas com um sorriso, o mesmo sorriso que me recebes todas as noites quando volto pra casa. Assim é a vida contigo, meu filho, minha existência depende da tua, mesmo sabendo que não te crio pra mim, que te darei ao mundo, e é pra ele que te preparo, tornar-te-ás um homem e és tu que me carregaras no colo um dia. Ah! Abençoada somos nós mães...mães de sangue, mães de coração, mães-avós, mães-pais, se um dia as palavras puderem expressar o que é ser mãe, então talvez se explique ao mundo o real significado de amar. -Claudia Cruz do Amaral Ainda sabendo que a morte vem de Deus quando nós não a provocarmos, não podemos, por enquanto na Terra, receber a morte com alegria. Porque ninguém recebe um adeus com felicidade, mas podemos receber a separação com fé em Deus, entendendo que um dia nos reencontraremos todos numa vida maior e essa esperança deve aquecer-nos o coração. -Chico Xavier

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