Historia de vida de Leopoldino Vianna da Silva

Transcrição

1 Historia de vida de Leopoldino Vianna da Silva Natural da cidade de Tupaciretã nascia no dia doze de janeiro de 1929, filho de Antonio Lauro da Silva e Rosa Francisca Viana da Silva. Teve uma infância simples, em que não teve condições de estudar, mas muito trabalhador, ajudava o seu pai e os seis irmãos: Leno, Laide, Marlene, Ataíde, Acácio e Pinone nos trabalhos na chácara da família, onde cultivavam para a venda frutas, verduras, ovos e galinha. Mas o que seu Leopoldino mais gostava como nos conta a sua viúva dona Conceição, era de amansar os animais, gado e cavalo, oficio que aprendeu com o seu pai, e os dois juntos trabalhavam nas fazendas e chácaras vizinhas na doma desses animais. Um grande motivo de orgulho para seu Leopoldino era o fato de ter prestado serviço militar na cidade de Santa Maria no Regimento Mallet como condutor de boléia e recebido o certificado de reservista de primeira categoria pelo Ministério da Guerra (hoje, Ministério da Defesa) do 5º R.A. M, EM Seu Leopoldino e dona Conceição no casamento de uma das filhas.

2 Neste mesmo ano, ao fazer a entrega de leite para os construtores de trilhos da Viação Férrea do Rio Grande do Sul, conheceu dona Conceição que estava acompanhando o irmão no acampamento ao lado da chácara para concluir os trabalhos para o governo do estado. Iniciou-se ali um namoro rápido que logo acabou em casamento, que não teve festa pela condição financeira da época, mas sempre teve muito amor, amor esse, que durou mais de sessenta anos. Dona Conceição define seu Leopoldino como um marido fantástico, melhor impossível. E foi na cidade de Tupaciretã que esse amor se fortaleceu com o nascimento dos filhos: Rosa, Enedi, Valdir, Valdecir (falecido) e na cidade de Ibiruba nasceram Olneida, Antonio, Carlos e Rubens, anos mais tarde, já na cidade de Santa Cruz do Sul, nasceu Fabio Rodrigo e com o coração generoso que tinha, seu Leopoldino adotou e criou como filho o sobrinho João Carlos. Seu Leopoldino na hora do descanso. Leopoldino trabalhou no frigorífico Serrana por alguns anos, depois conseguiu emprego na cidade de Ibiruba pelo Ministério da Agricultura, fazendo o que mais gostava, cuidando da saúde dos animais. Pai sério, não era de ficar fazendo brincadeiras com os filhos, mas sempre os queria por perto e conseguiu mante-los ao seu lado. Em 1972 foi transferido para a cidade de Santa Cruz do sul, foram morar no posto agropecuário do Ministério da Agricultura, onde nos dias atuais é a fabrica de fumos da empresa Souza Cruz. Como funcionário publico federal, dois anos mais tarde foi transferido para o Chuí, trabalhando no quarentenário onde ficavam os animais vindos do Uruguai para entrar no Brasil que necessitavam de vacinação e aguardar por quarenta dias para daí entrar em nosso pais. No Chuí não havia escolas e os filhos precisavam atravessar a fronteira para poderem estudar no Uruguai, os anos passaram, os filhos cresceram e precisavam

3 trabalhar e foi então que ele pediu transferência para Santa Cruz do Sul novamente. Quando chegou aqui com a ajuda do prefeito municipal daquela época Elemar Gruendling, assumiu novamente o posto do Ministério da Agricultura. A viagem para esta cidade foi feita num caminhão enviado até o Porto de Rio Grande com mercadorias, que no retorno foi usado para trazer a família de volta para cá, a pedido do prefeito. Já aqui nesse município começou a realizar um antigo sonho, o de estudar, para isso fez o antigo Mobral. Dona Conceição conta que ele era só alegria e que assim que aprendeu a ler e escrever foi fazer o seu titulo eleitoral, tomado de grande emoção. Seu Leopoldino no exercício da profissão. Dois anos mais tarde veio a aposentadoria de funcionário federal e ele continuou a trabalhar para o município por muitos anos ainda. Como funcionário municipal ganhou vários prêmios e troféus em exposições por cuidar muito bem dos animais, especialmente do gado. Foi um avô carinhoso que teve sete netos, Luis Otávio, Glaucia, Marcos, Carlos, Franciele, Gustavo, Fabio, Isadora e Haue. Apreciava um bom chimarrão, era muito caseiro, gostava de música gauchesca e nos finais de semana reunia os filhos e netos para um belo churrasco. Criador de galinhas de raça participava de muitas exposições e feiras, depois de seu falecimento algumas ainda são mantidas pela família no quintal da casa. Após tantas viagens pelo estado, tantas idas e vindas, seu Leopoldino fez a sua grande viagem aos oitenta e um anos de idade, enquanto dormia. Deixando um grande vazio e uma enorme falta no coração de dona Conceição, filhos, netos e um incontável numeram de amigos.

4 Lembranças de momentos vividos Seu Leopoldino com um dos animais que cuidava. Seu Leopoldino recebendo a premiação pelo melhor gado das mãos de Emílio Henrique Hoeltgebaun.

5 Este é o reconhecimento do trabalho de seu Leopoldino. Já faz algum tempo que tu partiste, mas a tua lembrança permanece viva em nossas vidas, teu jeito por vezes extrovertido já outros intempestivo, mas que sempre nos fazia dar conta da grandeza de ser humano que foste, é com muita saudade, mas com fé que te homenageamos, certos de que estas nos braços de Deus olhando pela tua família nos dando força e coragem para continuarmos a nossa caminhada. Saudades dos teus familiares.