História de vida de José Olirio dos Santos

Tamanho: px

Começar a partir da página:

Download "História de vida de José Olirio dos Santos"

Cecília Palmeira Arantes
6 Há anos
Visualizações:

1 História de vida de José Olirio dos Santos A história de vida de seu José Olirio dos Santos é contada a partir dos depoimentos de sua esposa Odila Maria dos Santos e as filhas, a partir de documentos do acervo da família, lembranças e recordações de álbuns com o registro dos melhores momentos vivenciados. José Olirio dos Santos nasceu em 16 de junho de 1943 em Trombudo interior de Santa Cruz do Sul. Era filho de João Manoel dos Santos e Rita dos Santos. Iniciou seus primeiros anos de alfabetização em Formosa, interior de Trombudo, hoje, Vale do Sol, em uma pequena escola mantida pelos colonizadores da região. Mais tarde, continuou seus estudos na Escola Goiás, em Santa Cruz do Sul, onde só concluiu o antigo ginásio, por falta de oportunidade e necessidade de trabalhar. Sua infância foi toda vivida no interior de um jeito humilde, rodeado de amigos, o que fez tornar-se um homem de princípios e de caráter incontestável. Se José sempre foi um bom filho, trabalhador e responsável, coisas que seu pai fazia questão de lhe ensinar desde moleque.

2 Aprendeu a lidar com os animais, a cuidar da roça e do cultivo dos alimentos consumidos no dia a dia pela família. Seu José era filho de colonos do interior, longe da cidade e, portanto, acostumou a fazer o que seu pai lhe ensinava, cabendo ajudar na lida do Campo até ingressar no exercito. Prestou o serviço militar em 1957, aos 17 anos e devido ao seu interesse pela área da saúde, foi desempenhar a função de enfermeiro o que lhe deu a oportunidade de permanecer após o período normal, como soldado antigo. (Na foto, José Olirio ao ingressar no Exército, aos 17 anos) Com uma carreira e um futuro planejado, seu José decidiu assumiu seu namoro com dona Odila, uma vez que eles já se conheciam, estudou na mesma escola e moravam próximos, na mesma localidade. Dona Odila era amiga de infância da irmã de seu José, a Noêmia, o que favoreceu a aproximação dos dois e mesmo que no interior, pela distância de uma residência fica mais difícil encontrar uma namorada. O namoro dos dois começou num baile no interior, em Pinhal no Salão do Elias, no ano de Depois de um ano de namoro e um ano de noivado seu José e dona Odila decidiram se casar. O casamento foi mais rápido do que o normal porque a família de dona Odila mudou-se para Vera Cruz. Como ele trabalhava em Santa Cruz, morava em Trombudo e quando dava ia namorar em Vera Cruz ficou difícil conciliar tudo sem causar um desgaste no romance.

O casal então foi morar em Santa Cruz do Sul facilitando o deslocamento para o seu trabalho e a maior dedicação no cumprimento do seu dever no Oitavo Batalhão de Infantaria Motorizada. dona Odila).

3 Assim, o casamento foi logo marcado. Casaram-se em Vera Cruz, no dia 31 de marco de 1967 na Igreja Santa Tereza de Vera Cruz. A confraternização do enlace aconteceu com a presença da família dos noivos, padrinhos e vizinhos com um almoço festivo em Vera Cruz. O casal então foi morar em Santa Cruz do Sul facilitando o deslocamento para o seu trabalho e a maior dedicação no cumprimento do seu dever no Oitavo Batalhão de Infantaria Motorizada. dona Odila). (Na foto, o feliz enlace de seu José Olirio e Seu José Olirio gostava de jogar bola, canastra com os amigos, e, o que mais lhe dava prazer eram as longas pescarias. Quando não encontrava quem fosse com ele nas pescarias, lá estava pronta dona Odila para lhe fazer companhia, atravessando os balneários do Rio Jacui e Rio Pardo. Para que a família fosse completa era necessário que dessa união viessem os filhos. Então para abrilhantar este momento de alegria do casal nasceu no dia 10 de fevereiro de 1968 a primeira filha do casal, Elaine dos Santos. Ainda tiveram mais quatro filhas, entre elas, Eloisa, Regina (falecida), Soraia e Valéria. (Na foto, à esquerda seu José Olirio, no centro, sentada a mesa dona Odila com as filhas, genros e netos)

4 Em 1971, cumprindo determinação do exército, seu José foi promovido a Cabo do exército e transferido para Porto União, Santa Catarina. Levou a família para morar na cidade de Porto União por vinte anos. Preocupado com o pouco estudo que tinha e com a necessidade de permanecer no exército, seu José decidiu terminar o ensino médio, e até prestou vestibular. Cansado, com preocupações do trabalho, dificuldade pela idade que já tinha e a família para cuidar não prossegui nos estudos. Durante todo o tempo que foi militar, seu José exerceu a função de enfermeiro. José Olirio cumpriu 31 anos de serviço a Pátria, fez muitas amizades, viajou muito, conheceu muitos lugares e pessoas polêmicas que fez tornar-se um homem conhecido e valorizado. (Na foto, à direita, seu José Olirio recebendo o diploma do ensino médio) Podemos dizer que seu José realizou-se profissionalmente, constitui uma bela família, aproveitou todas as alegrias que um homem possa almejar no curto ou talvez longo período de vida a que temos direito.

Em 1991 seu José foi para a reserva e aposentou-se como segundo sargento com honras militares e muitas condecorações pelos anos dedicados a nação brasileira.

5 Em 1991 seu José foi para a reserva e aposentou-se como segundo sargento com honras militares e muitas condecorações pelos anos dedicados a nação brasileira. Um exemplo de homem, de pai e filho que apesar do pouco estudo que tinha mostrou o valor e a dedicação para apreender um oficio. Depois de aposentado voltou para Santa Cruz do Sul, terra que aprendeu a amar e respeitar. Compraram uma casa na Vila Nova onde ainda hoje dona Odila mora sozinha. As filhas casaram e cada uma delas formou sua própria família. (Na foto, homenagem à seu José Olirio pela sua dedicação a Pátria) Os 31 anos de trabalho no serviço militar mais os 17 que ficou trabalhando na roça ajudando os pais, não foram o suficiente para sossegar seu José. Precisava trabalhar, não tinha sossego, tinha que estar em movimento, sendo assim foi trabalhar na Rodoviária de Santa Cruz como fiscal de embarque, nas linhas de ônibus que saiam todos os dias em direção ao interior e capital. Além disso, seu José queria dar uma casa nova para a esposa e filhas, o que seu soldo de aposentado não lhe permitia fazer. Para isso foi trabalhar na Rodoviária de santa Cruz do Sul por dois anos, mas, não satisfeito com o desempenho de sua função, muito diferente do que habitualmente realizava, decidiu procurar algo comum aos dois (ele e a esposa). Para poderem trabalhar juntos, seu José e dona Odila decidiram trabalhar na Lancheria de um Posto de Combustível perto de casa. Deste modo, começaram a trabalhar na Lancheria do Posto de Combustível Giba por mais três anos, tempo suficiente para realização dos sonhos que ambos tinham para a plenitude de suas vidas.

6 Nesse tempo que trabalharam juntos pôde juntar um bom dinheiro, o que lhes assegurou maior tranqüilidade para os momentos de lazer e diversão com a família e os amigos. Após terminar a casa que idealizou em seus sonhos, seu José e dona Odila decidiram aproveitar mais a vida, viajando, fazendo churrasco para os amigos, em festas, dançando nos bailes e em pescarias intermináveis. Foi uma vida plena de realizações, sempre pode ver concretizado cada sonho e de poder dar as filhas o necessário para também constituírem uma família e dar continuidade ao seu nome através de seus netos, Renata Brusque, Denis Brusque, Alexandre Hoffmann, Isadora Hoffmann, Mical Rodrigues e Pedro Fremming, o caçula dos infantes. Seu José não podia fugir a regra, como gaucho, era doente pela nação colorada. Sempre tinha suas rixas com os genros que eram tricolores, mas nem isso lhe tirava o bom humor e a alegria de viver. José Olirio era do signo de Gêmeos, comunicativo, inteligente, perspicaz, com domínio das palavras, grande capacidade de aprender, de transmitir informação e ensinar. Comunica-se através das mãos, gosta de tocar, pois o tato é uma característica forte, tem humor variado, dia acorda bem e outro não tem nem vontade de dar bom dia, mas se fica quieto por um tempo logo se refaz e o humor volta. Tem pensamentos variados, ou seja, pensa varias coisas ao mesmo tempo, sua criatividade é fértil. Tem o poder e o dom de escrever, gosta de se comunicar com irmãos, parentes próximos, vizinhos, pequenas viagens, gosta de animais. O que gêmeos veio fazer na terra: se aprofundar, mas nos conhecimentos, com a paciência e habilidade intelectual, ler livros do principio ao fim e escrever, desenhar, pintar. Cuidar do aparelho respiratório com exercícios como: abraçar, jogar vôlei, nadar, remar, fazer Yoda, meditação, e tudo que envolve concentração, foco e direção e trabalhos manuais. Precisa dessas tarefas para se concentrar porque tem o raciocínio rápido por ser muito inteligente.

7 Mensagem dos filhos e esposa: Saudade é solidão acompanhada É quando o amor ainda não foi Embora, mas o amado já... Saudade é amar um passado que Ainda não passou, é recusar um Presente que nos machuca, é não Ver o futuro que nos convida... Saudade é sentir que existe o que não existe mais... Marido, Pai, Avô obrigado pelos Momentos especiais que você Nos proporcionou em vida... Deus não o levou Totalmente, porque espiritualmente estarás para sempre em nossos corações!!!! (Odila Maria dos santos e família).

Documentos relacionados

HISTÓRIA DE VIDA DE UM PIONEIRO NOS TRANSPORTES COLETIVOS EM SANTA CRUZ DO SUL: DEOMAR DE OLIVEIRA LOPES

HISTÓRIA DE VIDA DE UM PIONEIRO NOS TRANSPORTES COLETIVOS EM SANTA CRUZ DO SUL: DEOMAR DE OLIVEIRA LOPES Fundador da Empresa Oliveira, hoje denominada TC Catedral. A história de vida de Deomar de Oliveira