Procedimento especial, subordinado e limitado a fundamentos restritos, tanto na propositura do pedido, como na resposta do demandado.

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1 Ação de Consignação em Pagamento (arts ) Cabimento e Características: Procedimento especial, subordinado e limitado a fundamentos restritos, tanto na propositura do pedido, como na resposta do demandado. 1 A ação de Consignação em Pagamento está regulada no art. 890 e seguintes do CPC: Nos casos previstos em lei, poderá o devedor ou terceiro requerer, com efeito de pagamento, a consignação da quantia ou da coisa devida. Aplicável, portanto, a consignação em pagamento tanto para dinheiro, quanto para coisas (móveis, imóveis, semoventes...) devidas. Objetiva liberar o devedor da obrigação. Execução forçada às avessas Do lado ativo o devedor, no pólo passivo o credor. O devedor não possui somente o dever de pagar, mas também o direito de ver satisfeita a sua obrigação. Com a recusa do credor quanto ao pagamento ou recebimento da coisa, poderá o devedor consigná-la. Terceiros também podem figurar no pólo ativo, possuindo ou não interesse direto na solução da dívida. Exemplos: avalista, fiador, etc. 2 No pólo passivo da consignatória está o credor que se recusou a receber o pagamento ou que se absteve de tomar providências necessárias à sua concretização. Quando há incerteza por parte do devedor (autor) no que tange ao credor (réu), no pólo passivo estarão todos os possíveis interessados. Via de regra, cabível portanto a consignatória nos termos do art. 335 do Código Civil: 1 Humberto Theodoro Júnior, em sua obra Curso de Direito Processual Civil Procedimentos Especiais, Volume III. 2 Não é apenas o devedor que pode consignar. Quem pode pagar pode também consignar, porque a consignação nada mais é do que uma modalidade de pagamento (TJMG, Ap. no , Rel. Des. Humberto Theodoro) 1

2 Art A consignação tem lugar: I - se o credor não puder, ou, sem justa causa, recusar receber o pagamento, ou dar quitação na devida forma; (Ex.: credor recusa em dar recibo) II - se o credor não for, nem mandar receber a coisa no lugar, tempo e condição devidos; (Ex.: recusa no recebimento de um animal dado em pagamento, pois não possui instalações próprias) III - se o credor for incapaz de receber, for desconhecido, declarado ausente, ou residir em lugar incerto ou de acesso perigoso ou difícil; (Ex.: credor não é encontrado, não tenho conhecimento da conta corrente) IV - se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o objeto do pagamento; (Ex.: dois ou mais credores aparentam legitimidade para receber, locação de imóvel de propriedade de pessoa falecida) V - se pender litígio sobre o objeto do pagamento. (Ex.: demanda judicial entre credor e terceiro sobre o objeto do pagamento. Compra e Venda de um bem móvel que está sendo discutido, tv, sofá, jóias, etc.) O requisito da liquidez e certeza da obrigação, todavia, não equivale à indiscutibilidade da dívida. A jurisprudência do STJ acolheu o entendimento no sentido de que a ação de consignação em pagamento, como ação de natureza especial que é, não se presta à indagação e discussão de matéria outra que não a liberação de obrigação. Todavia, para o desempenho de tal desideratum muitas vezes se faz necessário ampliar-se-lhe o rito para questionar temas em torno da relação material ou acerca de quem seja o consignado, qual o valor da obrigação ou perquirir desta outros aspectos para esclarecimentos (STJ, Resp. no , ac. de , in JSTJ/TRFs 52/188) Mesmo o devedor estando em mora, poderá promover a consignação em pagamento, dado que o credor não pode recusar-se a receber o pagamento, desde que a prestação ainda lhe seja útil e acrescidas de todos os encargos legais. 2

3 Possibilidade do Depósito Extrajudicial Obrigações em Dinheiro Art. 890, 1 o Tratando-se de obrigação em dinheiro, poderá o devedor ou terceiro optar pelo depósito da quantia devida, em estabelecimento bancário, oficial onde houver, situado no lugar do pagamento, em conta com correção monetária, cientificando-se o credor por carta com aviso de recepção, assinado o prazo de 10 (dez) dias para a manifestação de recusa. 2 o Decorrido o prazo referido no parágrafo anterior, sem a manifestação de recusa, reputar-se-á o devedor liberado da obrigação, ficando à disposição do credor a quantia depositada. 3 o Ocorrendo a recusa, manifestada por escrito ao estabelecimento bancário, o devedor ou terceiro poderá propor, dentro de 30 (trinta) dias, a ação de consignação, instruindo a inicial com a prova do depósito e da recusa. 4 o Não proposta a ação no prazo do parágrafo anterior, ficará sem efeito o depósito, podendo levantá-lo o depositante. Faculdade conferida ao devedor para consignar extrajudicialmente o pagamento. Somente para obrigações em dinheiro. Consignação de coisas será feita sempre judicialmente. Depósito efetivado no lugar do pagamento, em conta com correção monetária. O prazo de 10 (dez) dias é contado da ciência do depósito, ou seja, da data que constar no aviso de recepção assinado pelo próprio destinatário. (Aqui não se aplica a regra da juntada ao autos pois não há demanda judicial, por óbvio, não há autos) Não havendo recusa no prazo de 10 (dez) dias, fica juridicamente o devedor liberado da obrigação. A quantia depositada fica disponível para o credor. A recusa do credor em receber a quantia deverá ser manifestada por escrito. O devedor ou terceiro deve promover a Ação de Consignação no prazo de 30 (trinta) dias, no caso de ocorrer a recusa. 3

4 Não respeitado o prazo de 30 (trinta) dias para a propositura da Ação de Consignação, fica sem efeito o depósito efetuado, podendo o depositante levantá-lo. Fica sem efeito o depósito extrajudicial. Foro Competente Art Requerer-se-á a consignação no lugar do pagamento, cessando para o devedor, tanto que se efetue o depósito, os juros e os riscos, salvo se for julgada improcedente. Parágrafo único. Quando a coisa devida for corpo que deva ser entregue no lugar em que está, poderá o devedor requerer a consignação no foro em que ela se encontra. Ação a ser proposta no lugar do pagamento. No foro onde deve ser cumprida a obrigação. Foro do cumprimento da obrigação. O parágrafo único basicamente confirma a regra do caput. Se a coisa devida for corpo que deva ser entregue no lugar em que está, este lugar, efetivamente, é o lugar do pagamento. A Consignação e as prestações periódicas Art Tratando-se de prestações periódicas, uma vez consignada a primeira, pode o devedor continuar a consignar, no mesmo processo e sem mais formalidades, as que se forem vencendo, desde que os depósitos sejam efetuados até 5 (cinco) dias, contados da data do vencimento. Aplicável nas prestações de trato sucessivo. Exemplos: aluguéis, salários, vendas a crédito, etc. Repetições de depósitos periódicos no seu devido tempo. Faculdade conferida ao devedor, autor da Ação de Consignação em Pagamento. Caso o devedor, autor da consignatória, não efetue o depósito no qüinqüídio, ocorrerá a preclusão do direito de depositar a prestação vencida bem como as que se seguirem. A 4

5 sentença ficará restrita ao reconhecimento da eficácia liberatória dos depósitos feitos em tempo útil. 3 Petição Inicial - Pedido Art O autor, na petição inicial, requererá: I - o depósito da quantia ou da coisa devida, a ser efetivado no prazo de 5 (cinco) dias contados do deferimento, ressalvada a hipótese do 3 o do art. 890; II - a citação do réu para levantar o depósito ou oferecer resposta. Depósito da quantia ou coisa devida no prazo de 5 (cinco) dias contados do deferimento. Não realizado o depósito, o processo é extinto sem resolução do mérito. Isto porque, no caso da Ação Consignatória, a sentença final tem o objetivo de declarar a eficácia liberatória o depósito. Sem depósito, não há o que declarar. A hipótese do art. 890, 3º do CPC é a que diz respeito ao depósito prévio extrajudicial. A ordem de citação possui o efeito de: - convocar o credor para receber a prestação devida que foi depositada judicialmente - dar a oportunidade de contestar a ação, caso não aceitar o depósito nos termos em que se deu. A citação será efetivada somente após realizado o depósito completo, quando for o caso, com juros, multa e correção monetária. Obrigações Alternativas e a Consignatória Art Se o objeto da prestação for coisa indeterminada e a escolha couber ao credor, será este citado para exercer o direito dentro de 5 (cinco) dias, se outro prazo não constar de lei ou do contrato, ou para aceitar que o devedor o faça, devendo o juiz, ao despachar a petição inicial, fixar lugar, dia e hora em que se fará a entrega, sob pena de depósito. 3 Humberto Theodoro Júnior, Curso de Direito Processual Civil Procedimentos Especiais, Volume III. 5

6 Resposta do Réu Uma vez citado, o Réu poderá: a) aceitar a prestação devida; b) ficar revel; c) contestar a ação. Comparecendo o Réu para aceitar a prestação devida, importa no imediato e antecipado julgamento da lide, sendo o pedido procedente, declarando-se extinta a obrigação. O Réu (credor), nesse caso, será condenado em custas e honorários advocatícios. Contestação O prazo da apresentar a contestação é de 15 (quinze dias) Art Na contestação, o réu poderá alegar que: I - não houve recusa ou mora em receber a quantia ou coisa devida; (toca ao autor devedor o ônus da recusa) 4. II - foi justa a recusa; (descumprimento ou ineficácia do vínculo jurídico estabelecido entre as partes. Ex.: compro lote de foguetes para a virada do ano e o devedor quer fazer a entrega dia 02 de janeiro) III - o depósito não se efetuou no prazo ou no lugar do pagamento; (refere-se também ao inciso anterior, diz respeito com a justiça da recusa, por se relacionarem à inobservância de requisitos de validade da oferta do pagamento, defesa quanto ao tempo, lugar e importância do depósito) IV - o depósito não é integral. (O credor não é obrigado a receber prestação menor ou diversa daquela pela qual se obrigou o devedor ver próximo item). 4 A simples mora do credor ocorre quando a dívida é quesível (quérable), ou seja, naqueles casos em que toca ao credor o encargo de procurar o devedor para pagamento. 6

7 Parágrafo único. No caso do inciso IV, a alegação será admissível se o réu indicar o montante que entende devido. Em verdade, o Réu (credor) poderá apresentar os diversos tipos de resposta formulados no procedimento ordinário, quais sejam, exceções, reconvenção Importa ressaltar que, uma vez apresentada a resposta, a consignação seguirá o procedimento ordinário. Pagamento Parcial Depósito Insuficiente Art Quando na contestação o réu alegar que o depósito não é integral, é lícito ao autor completá-lo, dentro em 10 (dez) dias, salvo se corresponder a prestação, cujo inadimplemento acarrete a rescisão do contrato. 1 o Alegada a insuficiência do depósito, poderá o réu levantar, desde logo, a quantia ou a coisa depositada, com a conseqüente liberação parcial do autor, prosseguindo o processo quanto à parcela controvertida. A alegação de insuficiência do depósito não impedirá o réu de, desde logo, levanta-lo, ficando liberado, parcialmente, o devedor. Seguirá o processo quanto à parcela controvertida. A mora solvendi fica evidenciada com a oferta de uma prestação insuficiente, tornando cabível o depósito complementar quando ainda seja possível a emenda da mora. É necessário que o depósito complementar seja efetuado no prazo de 10 (dez) dias, a contar da intimação ao autor dos termos da resposta do réu, como também o negócio não tenha se resolvido necessária e diretamente pelo inadimplemento. Art. 899 (...) 2 o A sentença que concluir pela insuficiência do depósito determinará, sempre que possível, o montante devido, e, neste caso, valerá como título executivo, facultado ao credor promover-lhe a execução nos mesmos autos. No caso de ser considerado insuficiente o depósito, o réu (credor) poderá promover a execução do saldo nos próprios autos. A sentença 7

8 já é o título executivo do Réu (credor). É o caráter dúplice da Ação de Consignação em Pagamento. Da sentença Art Não oferecida a contestação, e ocorrentes os efeitos da revelia, o juiz julgará procedente o pedido, declarará extinta a obrigação e condenará o réu nas custas e honorários advocatícios. Parágrafo Único.: Proceder-se-á do mesmo modo se o credor receber e der quitação. Consignação no caso de dúvida quanto à titularidade do crédito Art Quando a consignação se fundar em dúvida sobre quem deva legitimamente receber, não comparecendo nenhum pretendente, converter-se-á o depósito em arrecadação de bens de ausentes; comparecendo apenas um, o juiz decidirá de plano; comparecendo mais de um, o juiz declarará efetuado o depósito e extinta a obrigação, continuando o processo a correr unicamente entre os credores; caso em que se observará o procedimento ordinário. É uma medida de prudência do devedor, pois pelo ordenamento jurídico quem paga mal, paga duas vezes. O devedor se encontra em dúvida entre pagar este ou aquele que se apresenta como credor. Por exemplo, quando o devedor é notificado por dois credores distintos para quitar determinado débito. Quando há uma disputa judicial ou extrajudicial pelos credores. QUESTÃO Mário emitiu um cheque do Banco Popular, da conta-corrente n.º , agência 36, no valor de R$ 850,00, para pagamento de despesas de prestação de serviço, cujo beneficiário/portador é Auto 8

9 Peças e Serviços Ltda., localizada, à época, na Rua 1, n.º 2, em Natal RN, e, hoje, em local incerto e desconhecido. Ocorre que, ao tempo em que o beneficiário do cheque tentou sacar o valor deste, no dia 17 de agosto de 2006, no caixa da agência supramencionada, não havia, na conta-corrente do emitente, provisão de fundos. Dias depois, novamente tentou o beneficiário receber o valor do referido cheque no caixa da agência do emitente e, mais uma vez, não obteve êxito, haja vista que a conta-corrente continuava sem provisão de fundos. Em razão disso, o nome de Mário foi incluído no serviço de proteção ao crédito, em 26/8/2006, pelo seu banco. No entanto, Mário somente veio a saber da existência desse débito no mês de setembro desse mesmo ano. Ao tomar conhecimento da inclusão de seu nome no rol dos maus pagadores, Mário procurou a empresa beneficiária do título, para, assim, possibilitar o seu pagamento, mas, apesar de várias tentativas empreendidas, não conseguiu localizá-la. Conforme atesta a certidão emitida pela junta comercial de Natal RN, houve alteração na propriedade e o novo dono não foi encontrado no endereço fornecido como sendo a sede da empresa. Mário tem necessidade urgente de retirar o seu nome do referido rol dos maus pagadores, bem como deseja quitar o débito, mas, até a presente data, não lhe foi possível conhecer e tampouco localizar o credor. Nunciação de Obra Nova (arts ) Proteção da Propriedade direito de construir. Caráter preventivo finalidade: evitar a lesão ao direito contra o ato ilícito. Interesse Público e Interesse Privado. Qualquer obra/atividade (não necessita ser construção, pode ser extração, demolição, entre outros) que exponha a risco o imóvel alheio ou viole norma legal. Medida autônoma, dispensa a propositura da ação principal. Art CC: O proprietário ou o possuidor de um prédio tem o direito de fazer cessar as interferências prejudiciais à segurança, ao sossego e à saúde dos que o habitam, provocadas pela utilização de propriedade vizinha. Consiste em atuação de pessoa prejudicada no sentido de impedir o prosseguimento de construção, remodelação, demolição ou quaisquer outros trabalhos congêneres Adroaldo Furtado Fabrício. 9

10 "Concebida a ação originariamente apenas para os conflitos entre vizinhos, acabou o Código Processual de 1973 dando-lhe maior alcance, no que veio a satisfazer velha aspiração doutrinária. Assim é que, hoje, a nunciação de obra nova pode ser utilizada: a) em conflitos típicos de vizinhança (art. 934, I); b) em litígios entre condôminos, para evitar que um co-proprietário execute obra com prejuízo ou alteração da coisa comum (art. 934, II); c) nos conflitos entre o Poder Público e os particulares, para impedir violação da lei, regulamento ou postura pertinente às construções (art. 934, III)". Humberto Theodoro Junior. "Existe um ponto de tangenciamento entre as ações possessórias e a de nunciação de obra nova; aliás, muitos doutrinadores atribuem caráter possessório a esta ação. Com efeito, entre outras finalidades, a nunciação de obra nova serve de instrumento ao proprietário ou possuidor para defender sua posse, mais precisamente para impedir que a edificação em imóvel vizinho lhe prejudique o prédio, suas servidões ou fins a que é destinado (art. 934, I)". Elpídio Donizetti Nunes. PROCESSUAL CIVIL. NUNCIAÇÃO DE OBRA NOVA. VIOLAÇÃO DE NORMAS MUNICIPAIS. AJUIZAMENTO DA AÇÃO PELO PARTICULAR. POSSIBILIDADE. ART. 934, CPC. DOUTRINA. PRECEDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. RECURSO DESACOLHIDO. A ação de nunciação de obra nova à disposição do proprietário ou do possuidor tem por escopo evitar que a obra em construção prejudique o prédio existente. Esse prejuízo, que constitui o fundamento maior da referida demanda, pode se dar tanto pelo descumprimento das normas do direito vizinhança quanto das normas municipais de uso e ocupação do solo urbano, haja vista a inexistência de restrição no inciso I do art. 934 do Código de Processo Civil (REsp PB, 4ª Turma do STJ, rel. Min. Sálvio de Figueiredo Teixeira) Se concluída, o caso não é mais de nunciação, mas de ação ordinária demolitória Vicente Greco Filho. Recurso Especial. Nunciação de Obra Nova. Edificação já concluída. Conversão. Ação Demolitória. Possibilidade. 1. A diversidade de requisitos entre a ação de nunciação de obra nova e a ação demolitória não impede possa ser feita a conversão de uma em outra, quando erroneamente ajuizada; 2. A pretensão deduzida na ação demolitória se reproduz na inicial da nunciação de obra nova (artigo 936, I, in fine, do CPC), de modo que não seria concedido ao autor nenhum outro bem jurídico que ele já não houvesse pleiteado; daí porque não se falar em alteração do pedido, após a estabilização da lide; 3. Recurso conhecido e provido (STJ, 4ª. Turma, REso /RS) 10

11 Art Compete esta ação: I ao proprietário ou possuidor, a fim de impedir que a edificação de obra nova em imóvel vizinho lhe prejudique o prédio, suas servidões ou fins a que é destinado; II ao condômino, para impedir que o co-proprietário execute alguma obra com prejuízo ou alteração de coisa comum; III ao Município, a fim de impedir que o particular construa em contravenção da lei, do regulamento ou de postura. A ação poderá ser proposta também pela União ou pelo Estado na defesa do interesse público, consoante Misael Motenegro Filho. O particular poderá propor ação de nunciação de obra nova alegando violação de legislação municipal (STJ, REsp /PB) Competência será o Foro da Situação da Coisa art. 95 do CPC. EMBARGO EXTRAJUDICIAL Art Ao prejudicado também é lícito, se o caso for urgente, fazer o embargo extrajudicial, notificando verbalmente, perante 2 (duas) testemunhas, o proprietário ou, em sua falta, o construtor, para não continuar a obra. Parágrafo único. Dentro de 3 (três) dias requererá o nunciante a ratificação em juízo, sob pena de cessar o efeito do embargo. Por óbvio, a medida em questão não se confunde com a atividade de Poder de Polícia, realizada pela Administração Pública, que pode ser efetivada a qualquer momento, se verificada a infração a regra jurídica. Aqui, tem-se medida administrativa, levada a cabo pelo Poder Público, de ofício ou a requerimento do interessado, e independentemente da caracterização de urgência. - Luiz Guilherme Marinoni e Sérgio Cruz Arenhart. Art Na petição inicial, elaborada com observância dos requisitos do art. 282, requererá o nunciante: I - o embargo para que fique suspensa a obra e se mande afinal reconstituir, modificar ou demolir o que estiver feito em seu detrimento; 11

12 II - a cominação de pena para o caso de inobservância do preceito; III - a condenação em perdas e danos. Parágrafo único. Tratando-se de demolição, colheita, corte de madeiras, extração de minérios e obras semelhantes, pode incluir-se o pedido de apreensão e depósito dos materiais e produtos já retirados. Sendo pedido mandamental, poderá o autor requerer multa coercitiva, art. 461, 4º. Art É lícito ao juiz conceder o embargo liminarmente ou após justificação prévia. Art Deferido o embargo, o oficial de justiça, encarregado de seu cumprimento, lavrará auto circunstanciado, descrevendo o estado em que se encontra a obra; e, ato contínuo, intimará o construtor e os operários a que não continuem a obra sob pena de desobediência e citará o proprietário a contestar em 5 (cinco) dias a ação. Art Aplica-se a esta ação o disposto no art Art O nunciado poderá, a qualquer tempo e em qualquer grau de jurisdição, requerer o prosseguimento da obra, desde que preste caução e demonstre prejuízo resultante da suspensão dela. 1 o A caução será prestada no juízo de origem, embora a causa se encontre no tribunal. 2 o Em nenhuma hipótese terá lugar o prosseguimento, tratando-se de obra nova levantada contra determinação de regulamentos administrativos. QUESTÃO João é proprietário de prédio residencial localizado no Bairro de Santana, na capital de São Paulo. O prédio vizinho ao seu é de propriedade de Flávio que reside na cidade de Campinas. Há dois meses, Flávio iniciou a construção de uma edícula nos fundos de seu terreno. Ao invés de implantar novos alicerces para a estrutura, Flávio aproveitou antigas colunas que fazia parte do terreno, tornando temerária a construção, que ameaça cair sobre o prédio de João. Como advogado de João, promova a medida judicial cabível para obstar a construção e garantir que ele não terá prejuízos no caso de ruína dos prédios. 12

13 QUESTÕES MARQUE V OU F ACERCA DA CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO 01. ( ) A sentença que julgar insuficiente o depósito, sempre que possível determinará o montante vencido e servirá como título executivo. 02. ( ) Não se admite reconvenção, em qualquer hipótese, pois se trata de procedimento especial. 03. ( ) Quando o depósito for feito a menor, não pode o réu levantá-lo imediatamente, sob pena de quitação. 04. ( ) Após o deferimento da inicial, o depósito sempre deverá ser realizado em 5 dias. 05. ( ) Se o devedor tiver dúvidas sobre quem deve receber o crédito, deverá propor a ação contra todos os possíveis credores que disputam o crédito. 06. ( ) Se o juiz concluir pela insuficiência do depósito, deverá determinar na sentença, sempre que possível, o montante devido, condenando o consignante ao respectivo pagamento ou depósito da coisa, valendo tal decisão como título executivo judicial que favorece o réu consignado. Isso se dá em razão da natureza dúplice da ação. 07. ( ) Admite-se a consignatória nas obrigações de trato sucessivo, podendo o devedor consignar o pagamento das prestações vencidas e das prestações vincendas. Quanto a estas, o devedor poderá depositar as prestações que forem vencendo no mesmo processo, desde que os depósitos sejam realizados no prazo de 5 dias contados da data dos respectivos vencimentos. 08. ( ) CESPE - TJ-TO - Juiz A ação de consignação em pagamento é o meio hábil para que o devedor possa exonerar-se da obrigação, obtendo os efeitos do pagamento com o depósito da quantia ou da coisa devida. É necessário, para que se alcance tal fim, que a recusa do credor em receber seja injusta. Nessa ação, é possível discussão sobre o débito e o seu valor, inclusive com a interpretação da validade e do alcance das cláusulas contratuais. 09. ( ) CESPE - TJ-SE - Juiz Na ação de consignação em pagamento, o credor não é obrigado a receber prestação menor pela qual se obrigou o devedor. Por 13

14 isso, a insuficiência do depósito efetuado pelo autor da consignatória acarreta a improcedência do pedido. 10. ( ) CESPE - TJ-SE - Juiz Na ação de consignação em pagamento, a sentença de procedência do pedido tem eficácia declaratória de que o depósito preenche e satisfaz os requisitos legais para substituir o pagamento e para liberação do devedor. 11. ( ) CESPE - TJ-SE - Juiz Não é cabível a ação consignatória quando houver divergência das partes quanto à interpretação de cláusulas contratuais acerca de índices ou reajustes de parcelas de obrigações por elas assumidas. 12. ( ) EJEF - TJ-MG - Juiz Quando a ação de consignação em pagamento se fundar em dúvida sobre quem deva legitimamente receber e comparecendo apenas um pretendente, conforme disposição no CPC, é CORRETO afirmar que o Juiz: a) determinará a conversão do depósito em arrecadação de bens de ausentes. b) declarará efetuado o depósito e extinta a obrigação. c) decidirá de plano. d) declarará efetuado o depósito, extinta a obrigação, continuando o processo a correr unicamente entre os credores. 13. ( ) TJ-DFT - TJ-DF - Juiz - Objetiva Em ação de nunciação de obra nova, vizinho é parte legítima para reclamar da desconformidade da construção de antena de telefonia móvel com exigências legais. 14. ( ) CESPE - TCE-BA - Procurador Em ação de nunciação de obra nova, têm legitimidade passiva para suportar a ação o possuidor da obra nova, o condômino e o município, quando houver contravenção da lei, postura ou regulamento vigente. 15. ( ) CESPE - DPE-PI - Defensor Público Segundo o art. 892 do CPC, no procedimento especial da consignação em pagamento, sendo o caso de prestações periódicas, uma vez consignada a primeira, pode o devedor continuar a consignar, no mesmo processo e sem mais formalidades, as que se forem vencendo. O direito previsto nesse dispositivo poderá ser exercido a) somente no primeiro grau de jurisdição. b) desde que os depósitos sejam efetuados em até trinta dias, contados da data do vencimento de cada prestação. c) desde que os depósitos sejam efetuados em até quinze dias, contados da data do vencimento de cada prestação. 14

15 d) mesmo após a publicação da sentença e até o seu trânsito em julgado. e) independentemente de autorização judicial. 15

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