6ª Conferência Brasileira de Arranjos Produtivos Locais Brasília, dezembro 2013 Prof. Dr. Marcos Junior Marini
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1 6ª Conferência Brasileira de Arranjos Produtivos Locais Brasília, dezembro 2013 Prof. Dr. Marcos Junior Marini Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) Câmpus Pato Branco Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional (PPGDR)
2 Contextualização e Justificativa Problematização Alinhamento teórico: proposta de matriz para APLs Metodologia APL-DSR Estudo de caso: aplicação da metodologia APL-DSR Análise baseada em simulações Considerações Finais 2
3 Teorias do Desenvolvimento Econômico Endógeno: (reestruturação espacial, valorização territorial, importância das aglomerações produtivas). Desenvolvimento como produto da capacidade endógena dos agentes territoriais (articulação das forças produtivas locais, relações sociais, sinergias locais). APLs orientam as políticas públicas brasileiras desde o final da década de 1990, como um indutor do desenvolvimento regional. BRASIL: PPA ( ); PITCE (2003); GTP-APL (2004); PPA ( ); PPA ( ); desenvolvimento integrado e sustentável (PNDR); PROMESO; CB-APL (conferência). 3
4 Analisar o desenvolvimento implica em uma visão mais ampla, onde o desenvolvimento sustentável apresenta-se como um novo olhar necessário (SACHS, 2007; SILVA, 2008; MARINI; SILVA, 2012). PROBLEMAS (lacunas): Falta clareza sobre a importância de um APL para o desenvolvimento regional. Logo, evidencia-se a necessidade em projetar novos modelos, com enfoque sistêmico, articulando as dimensões do desenvolvimento sustentável (5ª CB-APL, 2011). Não faz sentido elaborar diretrizes para uma política de apoio aos APLs se não se tem claro os problemas existentes nos APLs, ou mesmo o estágio de desenvolvimento que estes APLs se encontram na atualidade. (SCATOLIN et al, 2011, p. 53). 4
5 PROBLEMA: Como analisar a contribuição de um Arranjo Produtivo Local para o desenvolvimento regional? PREMISSAS: Um APL é formado por alguns componentes principais e está situado em um território, logo, possui relação direta com um conjunto de variáveis. A análise do desenvolvimento de uma região implica em uma abordagem multidimensional, integrada e sistêmica, baseada nos princípios do desenvolvimento sustentável. 5
6 Proposta de Matriz de Interdependência para APLs Principais componentes + dimensões territoriais (Inovação como componente transversal, nos subcritérios) Proposta de análise multidimensional, integrada e sistêmica. Visão do território socialmente construído. Perspectiva do Desenvolvimento Sustentável Regional. Fonte: Marini et al. (2012) 6
7 FLUXOGRAMA: ETAPAS DA METODOLOGIA 1 1 Esta metodologia foi encaminhada ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), com número de depósito de invenção: BR , em 27 set
8 ETAPA 1 (preliminar): Seleção do APL para a aplicação da proposta metodológica, a partir de uma metodologia específica para a identificação de um arranjo produtivo. ETAPA 2: Cálculo do Índice da Eficiência Coletiva do APL (IEC), utilizando indicadores relacionados com os condicionantes territoriais. Critérios subcritérios variáveis Exemplo: Capital Social Interação da Rede Social IRS_Densidade IFAL (Índice dos Fatores Locacionais): IFAL = Externalidades + Políticas Públicas IPID (Índice do Potencial Interno de Desenvolvimento): IPID = Ações Conjuntas + Capital Social + Governança Local IEC = IFAL + IPID IEC (escala 0 até 1, com 3 casas decimais): quanto mais próximo de 1, melhor a condição do APL. 8
9 ETAPA 3: Cálculo do Índice do Impacto Territorial do APL (IIT), a partir de indicadores-fim: econômicos, sociais e ambientais. Critério subcritérios variáveis Exemplo: Econômicos Aporte Regional Aporte_Contratacao_Local Definição do Índice de Contribuição Social (ICS), a partir de uma análise temporal de indicadores sócio-econômicos. Sinalização Matemática dos Critérios (escala -1 até 1): Impacto Econômico: (sempre positivo) Impacto Ambiental: (sempre negativo) (BRAGA et al., 2002) Impacto Social: variação conforme os cálculos dos subcritérios (ICS). IIT = +Econômicos + ou - Sociais -Ambientais IIT (escala -1 até 1, com 3 casas decimais): quanto mais próximo de 1, melhor impacto para o território. 9
10 ETAPA 4: Representação da contribuição do APL para o desenvolvimento sustentável regional. Normalização da escala IIT para a atividade econômica do APL, gerando VMin e Vmax. PAINEL APL-DSR 1,000 IEC 1,000 IIT 0,750 0,750 0,500 0,500 0,250 0,000 0,470 0,250 0,000 0,125-0,250-0,250-0,500-0,500-0,750-0,750-1,000-1,000 Índice da Eficiência Coletiva do APL Índice do Impacto Territorial Fonte: Marini (2012). 10
11 OPERACIONALIZAÇÃO DAS VARIÁVEIS: Coleta e tratamento dos dados: * Coleta: Fontes primárias (entrevistas) + Fontes Secundárias (bases de dados). Entrevistas: governança local, empresas do APL, agentes de apoio, poder público municipal, empresas locais, entidade de apoio social, órgão público ambiental local. Fontes secundárias: IBGE; MTE/RAIS; PINTEC; PNMA. * Tratamento: baseado nas formulações aritméticas e lógicas da metodologia. 11
12 1ª ETAPA Seleção do APL: APL DE CONFECÇÃO DO SUDOESTE DO PARANÁ Localização: Mesorregião Sudoeste do Paraná, 3 microrregiões: Pato Branco, Francisco Beltrão e Capanema. Mesorregião Grande Fronteira do Mercosul (PNDR). APL prioritário PROMESO; APL reconhecido pela Rede APL Paraná e GTP-APL. 12
13 2ª ETAPA - Mensuração final da Eficiência Coletiva (IEC): Cálculo dos índices finais para os critérios: Valores finais da 2ª etapa: 13
14 3ª ETAPA - Mensuração final do Impacto Territorial (IIT): Cálculo dos índices finais para os critérios: Valores finais da 3ª etapa: 14
15 4ª ETAPA - Análise do nível de contribuição do APL: Normalização da Escala IIT (atividade do APL): VMin = -0,720 VMax = 0,841 15
16 SIMULAÇÕES: complementar a análise Simulações Prospecção de cenários futuros auxiliar na tomada de decisão Etapas da simulação: 1 Seleção das variáveis com baixo desempenho. 2 Identificação dos possíveis relacionamentos entre as variáveis do modelo. 3 Geração dos conjuntos a serem simulados. 4 Alteração nos valores das variáveis selecionadas, com a respectiva projeção em um horizonte temporal de cinco anos. t0 = anterior (-5 anos) t1 = situação atual t2 = cenário futuro (+5 anos) 5 Implementação dos novos valores (simulados) na metodologia APL-DSR. 6 Análise integrada e sistêmica dos resultados obtidos. 7 Definição das ações prioritárias para o APL analisado (com maior impacto). 16
17 Exemplo: resultado do conjunto das simulações (t1 = condição atual t2 = novo cenário simulado) IEC = + 9,67% IIT = + 37,2% 17
18 Definição das Ações Prioritárias para o APL: 18
19 Arranjos Produtivos Locais (APLs) agenda governamental políticas D.R. Objetivo: construção de uma proposta metodológica para analisar a contribuição de um APL para o desenvolvimento sustentável regional. PRINCIPAIS CONTRIBUIÇÕES e POSSIBILIDADES: Proposta interdisciplinar para avaliação do binômio APL-Desenvolvimento Regional. Apresenta uma abordagem multidimensional, sistêmica e integrada. Metodologia APL-DSR gera massa de dados possibilidade para simulações. Análise temporal (prospectiva) identificação de possíveis impactos territoriais. Geração de uma lista de ações prioritárias apoiar na tomada de decisão. 19
20 CONTRIBUIÇÕES ESPECÍFICAS: (Ferramenta de apoio na tomada de decisão) Governo e Políticas Públicas: Apoio na construção da agenda governamental, a partir dos resultados específicos dos indicadores e índices gerados com a aplicação metodológica (IEC, ICS, IIT). Possibilidade de realização de análises comparativas de cenários (resultados obtidos em diferentes APLs situados em diferentes regiões). Identificação de objetivos e demandas para o planejamento dos investimentos destinados tanto para APLs como para as políticas de desenvolvimento das regiões. Governança Local do APL: Contribui com o processo de autoavaliação de indicadores relacionados às características do APL e da própria gestão, apoiando nos encaminhamentos internos. Auxílio nas definições de metas e ações específicas para a construção do planejamento do APL. 20
21 6ª Conferência Brasileira de Arranjos Produtivos Locais Brasília, dezembro 2013 Muito Obrigado!!! Prof. Dr. Marcos Junior Marini Prof. Dr. Christian Luiz da Silva
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